1) O documento discute a transição das sociedades disciplinares para as sociedades de controle, onde o confinamento é substituído por formas de controle mais flexíveis e modulares.
2) Nas sociedades de controle, a linguagem numérica e as cifras substituem as palavras de ordem e os números de matrícula das sociedades disciplinares.
3) O documento argumenta que atualmente vivemos em uma sociedade de controle, onde instituições como a escola e a fábrica estão em crise e no
O documento discute as ideias de Foucault e Deleuze sobre as sociedades disciplinares e de controle. Foucault analisa como a medicina, escola, sistema judiciário e fábricas produzem controle e normalização dos indivíduos. Deleuze criou o conceito de "sociedade de controle" para descrever como as pessoas têm a ilusão de autonomia mas são controladas à distância por empresas e governo.
O documento discute as ideias de Michel Foucault e Gilles Deleuze sobre as sociedades disciplinares e de controle. Foucault analisa como a disciplina é usada para controlar minuciosamente os corpos através de vigilância, horários e normalização. Deleuze descreve a sociedade de controle, onde as pessoas têm a ilusão de autonomia mas são controladas à distância por bancos, empresas e governo.
O documento descreve a teoria de Michel Foucault sobre a "sociedade disciplinar", na qual as instituições como prisões, escolas e hospitais treinam os corpos e comportamentos das pessoas para torná-las mais úteis ao poder estatal e ao sistema econômico capitalista. Foucault argumenta que a disciplina envolve isolar as pessoas em locais fechados, controlar seus movimentos no espaço e tempo por meio de horários rígidos e punições. O objetivo é produzir indivíduos dóceis que se submetam
O documento discute as ideias de Foucault e Deleuze sobre as sociedades disciplinares e de controle. Foucault analisa como a medicina, escola, sistema judiciário e fábricas produzem corpos dóceis através de técnicas de vigilância e normalização. Deleuze argumenta que as sociedades atuais controlam as pessoas de forma mais sutil através do consumo e dados online.
O documento discute a transição das sociedades disciplinares para as sociedades de controle descritas por Deleuze, onde o poder de vigilância se espalhou para todos os aspectos da vida social através de novas tecnologias como celulares e internet, permitindo um controle mais eficiente e sem fronteiras dos indivíduos.
O documento discute as obras e ideias principais de Michel Foucault sobre o poder e o corpo. Foucault analisa como o poder se dissemina na sociedade através de instituições como escolas, exército e prisões para vigiar e controlar os corpos de forma sutil através de exames e sanções. Ele também questiona noções tradicionais de saber e verdade ao mostrar como estas são usadas para fins de controle social.
O documento descreve a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault, analisando o conceito de panoptismo e como ele representa uma forma de poder disciplinar na sociedade moderna. Foucault descreve como as medidas tomadas durante uma praga no século XVII serviram de modelo para o panóptico de Bentham, que permitia a vigilância total e individualizada de detentos. Esse modelo se espalhou e influenciou diversas instituições como prisões, fábricas e escolas, representando a evolução de uma "sociedade disciplinar".
O documento discute as ideias de Foucault e Deleuze sobre as sociedades disciplinares e de controle. Foucault analisa como a medicina, escola, sistema judiciário e fábricas produzem controle e normalização dos indivíduos. Deleuze criou o conceito de "sociedade de controle" para descrever como as pessoas têm a ilusão de autonomia mas são controladas à distância por empresas e governo.
O documento discute as ideias de Michel Foucault e Gilles Deleuze sobre as sociedades disciplinares e de controle. Foucault analisa como a disciplina é usada para controlar minuciosamente os corpos através de vigilância, horários e normalização. Deleuze descreve a sociedade de controle, onde as pessoas têm a ilusão de autonomia mas são controladas à distância por bancos, empresas e governo.
O documento descreve a teoria de Michel Foucault sobre a "sociedade disciplinar", na qual as instituições como prisões, escolas e hospitais treinam os corpos e comportamentos das pessoas para torná-las mais úteis ao poder estatal e ao sistema econômico capitalista. Foucault argumenta que a disciplina envolve isolar as pessoas em locais fechados, controlar seus movimentos no espaço e tempo por meio de horários rígidos e punições. O objetivo é produzir indivíduos dóceis que se submetam
O documento discute as ideias de Foucault e Deleuze sobre as sociedades disciplinares e de controle. Foucault analisa como a medicina, escola, sistema judiciário e fábricas produzem corpos dóceis através de técnicas de vigilância e normalização. Deleuze argumenta que as sociedades atuais controlam as pessoas de forma mais sutil através do consumo e dados online.
O documento discute a transição das sociedades disciplinares para as sociedades de controle descritas por Deleuze, onde o poder de vigilância se espalhou para todos os aspectos da vida social através de novas tecnologias como celulares e internet, permitindo um controle mais eficiente e sem fronteiras dos indivíduos.
O documento discute as obras e ideias principais de Michel Foucault sobre o poder e o corpo. Foucault analisa como o poder se dissemina na sociedade através de instituições como escolas, exército e prisões para vigiar e controlar os corpos de forma sutil através de exames e sanções. Ele também questiona noções tradicionais de saber e verdade ao mostrar como estas são usadas para fins de controle social.
O documento descreve a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault, analisando o conceito de panoptismo e como ele representa uma forma de poder disciplinar na sociedade moderna. Foucault descreve como as medidas tomadas durante uma praga no século XVII serviram de modelo para o panóptico de Bentham, que permitia a vigilância total e individualizada de detentos. Esse modelo se espalhou e influenciou diversas instituições como prisões, fábricas e escolas, representando a evolução de uma "sociedade disciplinar".
1) O documento discute as relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade, analisando como a universidade obtem legitimidade e visibilidade perante a sociedade.
2) Utiliza os conceitos de Foucault sobre regimes de visibilidade em diferentes épocas históricas para mostrar como a universidade atingiu seu auge na sociedade disciplinar moderna, mas enfrenta desafios na sociedade de controle atual onde o poder é exercido de forma mais difusa.
3) Argumenta que os meios de comunicação de massa são hoje o
O documento discute como novas perspectivas emocionais e sociais desafiam a visão racionalista tradicional do ser humano. A teoria do biólogo Humberto Maturana mostra que somos seres emocionais e não estamos separados do mundo, trazendo uma revolução epistemológica. Isso tem implicações para como entendemos progresso, educação e relações sociais.
Os três domínios na obra de michel foucault 1Karla Saraiva
1) O documento apresenta conceitos do filósofo Michel Foucault sobre poder, saber e subjetividade e sua aplicação na educação. 2) Foucault analisou três domínios - arqueologia, genealogia e ética - e desenvolveu conceitos como poder disciplinar, biopoder e panóptico. 3) O documento resume os principais conceitos foucaultianos para pensar criticamente as práticas educacionais.
Este documento resume um livro de Léon Denis sobre como o Espiritismo e o Socialismo estão ligados. Denis afirma que o Socialismo oferece ao Espiritismo um elemento de sabedoria, justiça e idealismo para que o Espiritismo não permaneça impotente ou caia no obscurantismo da anarquia. O prefácio discute as origens operárias de Denis e como isso o levou a defender causas sociais.
1) O documento discute a necessidade de despertar espiritualmente em resposta à crise moderna e à mecanização do mundo.
2) Ele explica como a ciência mecanicista, as máquinas e o pensamento reducionista ameaçam a humanidade, levando à mecanização do espírito, adormecimento da alma e animalização do corpo.
3) Finalmente, argumenta que precisamos buscar nossa essência interior para desenvolver imunidade contra essas forças e encontrar os templos espirituais invisíveis.
A modernidade surgiu na Europa Ocidental como uma busca por ordem a partir da desordem dos séculos XV e XVI. Ela se caracterizou pela Reforma Protestante, Estados Nacionais centralizados, expansão comercial, ideais humanistas de um futuro melhor construído pelo homem e racionalidade. A modernidade ampliou a percepção do tempo histórico e tentou estabelecer limites claros entre ordem e caos.
O documento discute o conceito de liberdade à luz da Doutrina Espírita, destacando que a verdadeira liberdade só é alcançada quando se liberta das paixões e instintos inferiores que causam sofrimento aos outros. A liberdade pressupõe responsabilidade pelos atos e respeito à liberdade alheia. Jesus ensinou que o conhecimento da verdade liberta dos erros que levam ao transviamento.
Este documento discute formas pós-religiosas de espiritualidade que podem florescer nos mundos altamente conectados do futuro. Argumenta-se que essas novas formas de espiritualidade serão mais baseadas na experiência cotidiana das pessoas e menos em doutrinas codificadas, evitando assim a criação de novas religiões institucionalizadas.
O livro-mãe FLUZZ (2011), de Augusto de Franco foi revisado e deu origem a uma série de nove volumes. Este SEM RELIGIÃO E SEM IGREJA (2012) é o quinto da série.
O documento discute as diferenças entre materialismo, espiritualismo e espiritismo. O materialismo acredita apenas na matéria enquanto o espiritualismo acredita na existência do espírito. O espiritismo foi codificado por Allan Kardec e acredita na comunicação com espíritos, reencarnação e pluralidade dos mundos.
A filosofia e outras formas de pensar atualizado 1.0KauanCoutinho1
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Explica que o mito usa narrativas para explicar o mundo, diferentemente da filosofia que busca explicações racionais. A religião se baseia em dogmas e revelações, enquanto a filosofia procura construir explicações racionais. O senso comum não é sistemático, ao contrário da filosofia que parte do senso comum mas vai além através de métodos.
Este documento apresenta 15 escritos espirituais de Augusto de Franco publicados em 2013 que abordam temas como hierarquia, espiritualidade, evolução e comportamento humano. Os textos discutem como conceitos como hierarquia e evolução foram usados para justificar o controle sobre os outros. O autor argumenta que a espiritualidade deve nos conectar mais com nossa humanidade, em vez de nos separar dos outros.
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associaçãomoratonoise
O documento discute o princípio da associação como solução revolucionária proposta por alguns teóricos. O autor argumenta que a associação não é um princípio diretor nem uma força industrial, e sim um dogma rígido que leva a sistemas excludentes em vez de progredir a sociedade. A associação por si só não tem poder de organização ou produção.
1. O autor publicou um livro anteriormente chamado "O Complexo Darth Vader" que explorava as vertentes mítico-sacerdotais e utópico-proféticas na constituição da cultura ocidental.
2. Seus estudos sobre redes sociais anos depois foram baseados nas bases filosóficas estabelecidas nesse livro anterior.
3. Neste livro, o autor transcreve excertos selecionados do "Complexo Darth Vader" original sem adicionar nada de novo, mantendo a introdução, créditos e notas.
Enquanto as religiões discutem que tem razão, quem salva e quem não salva, ele continua sorrateiro, plantando a incredulidade e a desesperança no corações e mentes de nossos jovens: O Materialismo.
Kant e foucalt e a etica do cuidado de siHapha Soares
O artigo analisa a proximidade entre a filosofia tardia de Kant e a ética do cuidado de si de Foucault. Argumenta-se que ambos defendiam uma tese de autoformação ou autoconstrução do homem, na qual a natureza humana pode se modificar e construir a si mesma. Kant mostrava que a moralidade é exequível para seres humanos livres, ao passo que Foucault defendia uma ética do cuidado de si na qual o homem se cultiva a si mesmo.
1) O documento discute as possibilidades de um reflorescimento da espiritualidade nos mundos altamente conectados do século 21 fora das estruturas religiosas tradicionais.
2) Ele argumenta que novas formas pós-religiosas de espiritualidade podem florescer sem as ordenações das burocracias religiosas.
3) Essas novas espiritualidades seriam mais baseadas nas interações entre as pessoas do que em crenças sobre um todo cósmico extra-humano.
O autor descreve como seria uma religião que ele fundaria, que (1) não exigiria a inclusão de pessoas em grupos fechados ou declararia ser o único caminho verdadeiro, (2) não teria doutrina, dogma, símbolos, igrejas ou sacerdotes, e (3) seria uma rede aberta onde as pessoas compartilhariam experiências espirituais sem hierarquias ou líderes.
Ecologia profunda como devir da esperança - A inevitável consciência espiritualJorge Moreira
A Ecologia Profunda é simultaneamente uma ética ambiental radical e uma ontologia – uma filosofia de vida centrada na ecosfera, preocupada, cuidada e respeitosa. Adota a igualdade biocêntrica e atribui valor intrínseco aos seres não-humanos, elementos abióticos e ecossistemas. A palavra radical associada a este movimento refere-se à necessidade de ir à raiz do problema. Isto é, refletir profundamente a nossa relação com a Terra, que deve ser acompanhada de mudanças progressivas, mas radicais das nossas atitudes e comportamentos, desligando-se do paradigma insustentável, consumista e cruel da nossa sociedade atual, para uma vivência centrada na bondade, na liberdade, no respeito e na riqueza interior. Ela reúne ciência, tradição, religião, filosofia, arte e espiritualidade...
O Socialismo Científico foi desenvolvido por Marx e Engels no século XIX como uma crítica ao Socialismo Utópico. Ele defende a análise materialista da história e da sociedade e a organização da classe proletária para derrubar o capitalismo através da revolução. Marx acreditava que o último estágio da história seria o comunismo, onde não haveria mais classes, Estado ou propriedade privada.
O Socialismo Científico foi desenvolvido por Marx e Engels no século XIX como uma crítica ao Socialismo Utópico. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas de classes entre a burguesia e o proletariado e que o capitalismo levaria inevitavelmente ao socialismo e depois ao comunismo, uma sociedade sem classes ou Estado.
1) O documento discute as relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade, analisando como a universidade obtem legitimidade e visibilidade perante a sociedade.
2) Utiliza os conceitos de Foucault sobre regimes de visibilidade em diferentes épocas históricas para mostrar como a universidade atingiu seu auge na sociedade disciplinar moderna, mas enfrenta desafios na sociedade de controle atual onde o poder é exercido de forma mais difusa.
3) Argumenta que os meios de comunicação de massa são hoje o
O documento discute como novas perspectivas emocionais e sociais desafiam a visão racionalista tradicional do ser humano. A teoria do biólogo Humberto Maturana mostra que somos seres emocionais e não estamos separados do mundo, trazendo uma revolução epistemológica. Isso tem implicações para como entendemos progresso, educação e relações sociais.
Os três domínios na obra de michel foucault 1Karla Saraiva
1) O documento apresenta conceitos do filósofo Michel Foucault sobre poder, saber e subjetividade e sua aplicação na educação. 2) Foucault analisou três domínios - arqueologia, genealogia e ética - e desenvolveu conceitos como poder disciplinar, biopoder e panóptico. 3) O documento resume os principais conceitos foucaultianos para pensar criticamente as práticas educacionais.
Este documento resume um livro de Léon Denis sobre como o Espiritismo e o Socialismo estão ligados. Denis afirma que o Socialismo oferece ao Espiritismo um elemento de sabedoria, justiça e idealismo para que o Espiritismo não permaneça impotente ou caia no obscurantismo da anarquia. O prefácio discute as origens operárias de Denis e como isso o levou a defender causas sociais.
1) O documento discute a necessidade de despertar espiritualmente em resposta à crise moderna e à mecanização do mundo.
2) Ele explica como a ciência mecanicista, as máquinas e o pensamento reducionista ameaçam a humanidade, levando à mecanização do espírito, adormecimento da alma e animalização do corpo.
3) Finalmente, argumenta que precisamos buscar nossa essência interior para desenvolver imunidade contra essas forças e encontrar os templos espirituais invisíveis.
A modernidade surgiu na Europa Ocidental como uma busca por ordem a partir da desordem dos séculos XV e XVI. Ela se caracterizou pela Reforma Protestante, Estados Nacionais centralizados, expansão comercial, ideais humanistas de um futuro melhor construído pelo homem e racionalidade. A modernidade ampliou a percepção do tempo histórico e tentou estabelecer limites claros entre ordem e caos.
O documento discute o conceito de liberdade à luz da Doutrina Espírita, destacando que a verdadeira liberdade só é alcançada quando se liberta das paixões e instintos inferiores que causam sofrimento aos outros. A liberdade pressupõe responsabilidade pelos atos e respeito à liberdade alheia. Jesus ensinou que o conhecimento da verdade liberta dos erros que levam ao transviamento.
Este documento discute formas pós-religiosas de espiritualidade que podem florescer nos mundos altamente conectados do futuro. Argumenta-se que essas novas formas de espiritualidade serão mais baseadas na experiência cotidiana das pessoas e menos em doutrinas codificadas, evitando assim a criação de novas religiões institucionalizadas.
O livro-mãe FLUZZ (2011), de Augusto de Franco foi revisado e deu origem a uma série de nove volumes. Este SEM RELIGIÃO E SEM IGREJA (2012) é o quinto da série.
O documento discute as diferenças entre materialismo, espiritualismo e espiritismo. O materialismo acredita apenas na matéria enquanto o espiritualismo acredita na existência do espírito. O espiritismo foi codificado por Allan Kardec e acredita na comunicação com espíritos, reencarnação e pluralidade dos mundos.
A filosofia e outras formas de pensar atualizado 1.0KauanCoutinho1
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Explica que o mito usa narrativas para explicar o mundo, diferentemente da filosofia que busca explicações racionais. A religião se baseia em dogmas e revelações, enquanto a filosofia procura construir explicações racionais. O senso comum não é sistemático, ao contrário da filosofia que parte do senso comum mas vai além através de métodos.
Este documento apresenta 15 escritos espirituais de Augusto de Franco publicados em 2013 que abordam temas como hierarquia, espiritualidade, evolução e comportamento humano. Os textos discutem como conceitos como hierarquia e evolução foram usados para justificar o controle sobre os outros. O autor argumenta que a espiritualidade deve nos conectar mais com nossa humanidade, em vez de nos separar dos outros.
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associaçãomoratonoise
O documento discute o princípio da associação como solução revolucionária proposta por alguns teóricos. O autor argumenta que a associação não é um princípio diretor nem uma força industrial, e sim um dogma rígido que leva a sistemas excludentes em vez de progredir a sociedade. A associação por si só não tem poder de organização ou produção.
1. O autor publicou um livro anteriormente chamado "O Complexo Darth Vader" que explorava as vertentes mítico-sacerdotais e utópico-proféticas na constituição da cultura ocidental.
2. Seus estudos sobre redes sociais anos depois foram baseados nas bases filosóficas estabelecidas nesse livro anterior.
3. Neste livro, o autor transcreve excertos selecionados do "Complexo Darth Vader" original sem adicionar nada de novo, mantendo a introdução, créditos e notas.
Enquanto as religiões discutem que tem razão, quem salva e quem não salva, ele continua sorrateiro, plantando a incredulidade e a desesperança no corações e mentes de nossos jovens: O Materialismo.
Kant e foucalt e a etica do cuidado de siHapha Soares
O artigo analisa a proximidade entre a filosofia tardia de Kant e a ética do cuidado de si de Foucault. Argumenta-se que ambos defendiam uma tese de autoformação ou autoconstrução do homem, na qual a natureza humana pode se modificar e construir a si mesma. Kant mostrava que a moralidade é exequível para seres humanos livres, ao passo que Foucault defendia uma ética do cuidado de si na qual o homem se cultiva a si mesmo.
1) O documento discute as possibilidades de um reflorescimento da espiritualidade nos mundos altamente conectados do século 21 fora das estruturas religiosas tradicionais.
2) Ele argumenta que novas formas pós-religiosas de espiritualidade podem florescer sem as ordenações das burocracias religiosas.
3) Essas novas espiritualidades seriam mais baseadas nas interações entre as pessoas do que em crenças sobre um todo cósmico extra-humano.
O autor descreve como seria uma religião que ele fundaria, que (1) não exigiria a inclusão de pessoas em grupos fechados ou declararia ser o único caminho verdadeiro, (2) não teria doutrina, dogma, símbolos, igrejas ou sacerdotes, e (3) seria uma rede aberta onde as pessoas compartilhariam experiências espirituais sem hierarquias ou líderes.
Ecologia profunda como devir da esperança - A inevitável consciência espiritualJorge Moreira
A Ecologia Profunda é simultaneamente uma ética ambiental radical e uma ontologia – uma filosofia de vida centrada na ecosfera, preocupada, cuidada e respeitosa. Adota a igualdade biocêntrica e atribui valor intrínseco aos seres não-humanos, elementos abióticos e ecossistemas. A palavra radical associada a este movimento refere-se à necessidade de ir à raiz do problema. Isto é, refletir profundamente a nossa relação com a Terra, que deve ser acompanhada de mudanças progressivas, mas radicais das nossas atitudes e comportamentos, desligando-se do paradigma insustentável, consumista e cruel da nossa sociedade atual, para uma vivência centrada na bondade, na liberdade, no respeito e na riqueza interior. Ela reúne ciência, tradição, religião, filosofia, arte e espiritualidade...
O Socialismo Científico foi desenvolvido por Marx e Engels no século XIX como uma crítica ao Socialismo Utópico. Ele defende a análise materialista da história e da sociedade e a organização da classe proletária para derrubar o capitalismo através da revolução. Marx acreditava que o último estágio da história seria o comunismo, onde não haveria mais classes, Estado ou propriedade privada.
O Socialismo Científico foi desenvolvido por Marx e Engels no século XIX como uma crítica ao Socialismo Utópico. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas de classes entre a burguesia e o proletariado e que o capitalismo levaria inevitavelmente ao socialismo e depois ao comunismo, uma sociedade sem classes ou Estado.
O documento discute os problemas com o sistema de salários proposto pelos coletivistas. Argumenta que manter o conceito de assalariado em uma sociedade sem propriedade privada é contraditório, e que tentar medir e remunerar o trabalho de forma individual é impraticável em uma sociedade baseada na propriedade comum.
Karl Marx analisou as classes sociais e a exploração do proletariado pela burguesia no capitalismo. A mais-valia é apropriada pelo dono dos meios de produção através da alienação do trabalho. A ideologia burguesa oculta esta exploração para manter a dominação da classe dominante.
O documento discute os principais conceitos da sociologia clássica, incluindo a relação entre indivíduo e sociedade, as visões de Durkheim, Weber e Marx. Aborda temas como consciência coletiva, tipos de solidariedade, tipos de autoridade e a luta de classes.
O documento discute a necessidade de considerar bancos centrais como um quinto poder independente para regular o sistema financeiro e prevenir crises. Argumenta que, sem essa independência, os governos poderiam dominar os outros poderes e causar desequilíbrio no sistema. Também defende que os bancos centrais devem agir de forma "transfuncional", ou seja, de forma independente mas também cooperando com os demais poderes.
O documento discute a necessidade de considerar bancos centrais como um quinto poder independente para regular o sistema financeiro e prevenir crises. Argumenta que bancos centrais atualmente têm poderes extrajudiciais e, se subordinados ao executivo, poderiam dominar os outros poderes e levar a desequilíbrios. Propõe que bancos centrais devem ter independência para monitorar os mercados e agir rapidamente para restaurar o equilíbrio quando problemas surgirem.
Este documento discute a origem e desenvolvimento da sociologia como disciplina acadêmica. Apresenta os principais pensadores que contribuíram para a sociologia, como Marx, Durkheim, Weber, Lukács e a Escola de Frankfurt. Argumenta que, apesar das limitações do positivismo, esses pensadores ajudaram a compreender a sociedade e as relações humanas.
Marx discordava da visão positivista sobre a desigualdade social por achar que as leis aplicadas nas ciências naturais não se aplicam à sociedade, onde há conflitos constantes entre proletários e capitalistas que são ignorados pelo positivismo. Para Marx, tais conflitos são os fatos mais importantes da sociedade moderna.
O documento resume as principais ideias do filósofo Karl Marx. Em três frases:
1) Marx acreditava que a história é determinada pelas condições materiais e pela luta de classes entre proletariado e burguesia.
2) Ele explicou como o capitalismo explora o trabalho do proletariado através da apropriação da mais-valia gerada no trabalho excedente.
3) Marx previa que o proletariado iria derrubar o capitalismo e estabelecer uma sociedade socialista mais justa.
Este documento resume o seminário sobre a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault. Foucault analisa como as prisões e outras instituições modernas produzem "corpos dóceis" através de técnicas disciplinares como a vigilância. O poder é exercido através da normalização do comportamento e da coerção. A obra teve grande influência ao questionar como o poder é exercido de forma sutil na sociedade moderna.
O documento discute as mudanças nas interações humanas e na sociedade devido ao aumento da conectividade em redes no terceiro milênio. Em três frases ou menos, o autor argumenta que: 1) a vida humana e a convivência social serão reveladas como configurações de pessoas interconectadas em redes, não mais em instituições hierárquicas; 2) os mundos deixarão de ser vistos como um único mundo imposto e passarão a ser múltiplos mundos interconectados; 3) novos papéis sociais como h
1) O documento discute a palestra "A Ordem do Discurso" de Michel Foucault em sua aula inaugural no Collège de France em 1970. 2) Foucault analisa os mecanismos de controle e exclusão que regulam a produção de discursos nas sociedades, incluindo sistemas externos e internos de exclusão e regras impostas aos sujeitos. 3) Seu objetivo era questionar a "ordem do discurso" e mostrar como ela pode ser subvertida.
1) O documento discute a evolução do Estado capitalista e suas diferentes formas ao longo do tempo, incluindo o Estado Liberal, Estado de Bem-Estar Social e Estado Neoliberal.
2) Argumenta que o Estado Neoliberal promove a privatização dos serviços públicos e a redução do papel do Estado, priorizando a economia de mercado.
3) Discute que a educação sob o Estado Neoliberal tende a se direcionar para atender as demandas do mercado em vez de promover o desenvolvimento humano de forma holística.
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para ajudar os usuários a automatizar tarefas complexas. Analistas acreditam que o produto pode ser um sucesso comercial se for fácil de usar e entregar resultados precisos como prometido.
O documento descreve a evolução das formas de organização do trabalho ao longo da história, desde sociedades nômades na Pré-História até o surgimento do trabalho assalariado com a Revolução Industrial. Aborda teorias de Marx, Durkheim e Weber sobre a divisão do trabalho e apresenta novos modelos como o fordismo.
Resumo relação entre o filme tempos modernos e a teoria de karl maxJoyce Mourão
O documento resume os principais conceitos de Karl Marx sobre o modo de produção capitalista e a alienação do trabalhador. Apresenta como Marx via o trabalho como central para entender a sociedade e como a divisão do trabalho leva à alienação, fazendo com que os trabalhadores se sintam como máquinas. Também discute como o capitalismo gera mais-valia através da exploração do trabalho não pago e do aumento da produtividade.
Soc trabalho prof carmem - aula_03 em 18 de agosto 2010Carmem Rocha
O documento discute as visões de Marx, Durkheim e Weber sobre o trabalho. Marx via a mais-valia como exploração do trabalhador pelo capitalista. Durkheim distinguia solidariedade mecânica e orgânica em sociedades. Weber associou certos tipos de protestantismo ao espírito do capitalismo e viu o estado como tendo monopólio do uso da força.
Black, Bob (1985) - A Abolição do TrabalhoFabio Pedrazzi
O documento defende que ninguém deveria ter que trabalhar e que o trabalho deveria ser abolido. O autor argumenta que o trabalho é a origem de grande parte do sofrimento no mundo e que as pessoas são controladas e disciplinadas no trabalho da mesma forma que em prisões ou conventos. Ele propõe que as pessoas deveriam ter mais tempo livre para o divertimento e lazer sem a obrigação de trabalhar.
O documento discute como o trabalho será abolido nos "mundos altamente conectados" do futuro. Muitas atividades atualmente consideradas trabalho serão exercidas como diversão e jogos criativos. Isso não significa o fim das empresas, mas sim sua reprogramação para se tornarem redes de empreendedores colaborando voluntariamente, em vez de hierarquias com trabalhadores subordinados.
Semelhante a Deleuze post scriptum sobre sociedades de controle (20)
Deleuze post scriptum sobre sociedades de controle
1. GILLES DELEUZE
POST-SCRIPTUM SOBRE AS SOCIEDADES DE CONTROLE
Conversações: 1972-1990. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992, p. 219-226.
Tradução de Peter Pál Pelbart
I. HISTÓRICO
Foucault situou as sociedades disciplinares nos séculos VIII e XIX; atingem seu apogeu no início do século XX.
Elas procedem à organização dos grandes meios de confinamento. O indivíduo não cessa de passar de um espaço
fechado a outro, cada um com suas leis: primeiro a família, depois a escola ("você não está mais na sua família"),
depois a caserna ("você não está mais na escola"), depois a fábrica, de vez em quando o hospital, eventualmente a
prisão, que é o meio de confinamento por excelência. É a prisão que serve de modelo analógico: a heroína de
Europa 51 pode exclamar, ao ver operários, "pensei estar vendo condenados...". Foucault analisou muito bem o
projeto ideal dos meios de confinamento, visível especialmente na fábrica: concentrar; distribuir no espaço;
ordenar no tempo; compor no espaço-tempo uma força produtiva cujo efeito deve ser superior à soma das forças
elementares. Mas o que Foucault também sabia era da brevidade deste modelo: ele sucedia às sociedades de
soberania cujo objetivo ef unções eram completamente diferentes (açambarcar, mais do que organizar a
produção, decidir sobre a morte mais do que gerir a vida); a transição foi feita progressivamente, e Napoleão
parece ter operado a grande conversão de uma sociedade à outra. Mas as disciplinas, por sua vez, também
conheceriam uma crise, em favor de novas forças que se instalavam lentamente e que se precipitariam depois da
Segunda Guerra mundial: sociedades disciplinares é o que já não éramos mais, o que deixávamos de ser.
Encontramo-nos numa crise generalizada de todos os meios de confinamento, prisão, hospital, fábrica, escola,
família. A família é um "interior", em crise como qualquer outro interior, escolar, profissional, etc. Os ministros
competentes não param de anunciar reformas supostamente necessárias. Reformar a escola, reformar a indústria,
o hospital, o exército, a prisão; mas todos sabem que essas instituições estão condenadas, num prazo mais ou
menos longo. Trata-se apenas de gerir sua agonia e ocupar as pessoas, até a instalação das novas forças que se
anunciam. São as sociedades de controle que estão substituindo as sociedades disciplinares. "Controle" é o nome
que Burroughs propõe para designar o novo monstro, e que Foucault reconhece como nosso futuro próximo. Paul
Virillo também analisa sem parar as formas ultra rápidas de controle ao ar livre, que substituem as antigas
disciplinas que operavam na duração de um sistema fechado. Não cabe invocar produções farmacêuticas
extraordinárias, formações nucleares, manipulações genéticas, ainda que elas sejam destinadas a intervir no novo
processo. Não se deve perguntar qual é o regime mais duro, ou o mais tolerável, pois é em cada um deles que se
enfrentam as liberações e as sujeições. Por exemplo, na crise do hospital como meio de confinamento, a
setorização, os hospitais-dia, o atendimento a domicílio puderam marcar de início novas liberdades, mas também
passaram a integrar mecanismos de controle que rivalizam com os mais duros confinamentos. Não cabe temer ou
esperar, mas buscar novas armas.
2. GILLES DELEUZE — POST-SCRIPTUM SOBRE AS SOCIEDADES DE CONTROLE 2
II. LÓGICA
Os diferentes internatos ou meios de confinamento pelos quais passa o indivíduo são variáveis independentes:
supõe-se que a cada vez ele recomece do zero, e a linguagem comum a todos esses meios existe, mas é analógica.
Ao passo que os diferentes modos de controle, os controlatos, são variações inseparáveis, formando um sistema
de geometria variável cuja linguagem é numérica (o que não quer dizer necessariamente binária). Os
confinamentos são moldes, distintas moldagens, mas os controles são uma modulação, como uma moldagem
auto-deformante que mudasse continuamente, a cada instante, ou como uma peneira cujas malhas mudassem de
um ponto a outro. Isto se vê claramente na questão dos salários: a fábrica era um corpo que levava suas forças
internas a um ponto de equilíbrio, o mais alto possível para a produção, o mais baixo possível para os salários;
mas numa sociedade de controle a empresa substituiu a fábrica, e a empresa é uma alma, um gás. Sem dúvida a
fábrica já conhecia o sistema de prêmios mas a empresa se esforça mais profundamente em impor uma
modulação para cada salário, num estado de perpétua metaestabilidade, que passa por desafios, concursos e
colóquios extremamente cômicos. Se os jogos de televisão mais idiotas têm tanto sucesso é porque exprimem
adequadamente a situação de empresa. A fábrica constituía os indivíduos em um só corpo, para a dupla
vantagem do patronato que vigiava cada elemento na massa, e dos sindicatos que mobilizavam uma massa de
resistência; mas a empresa introduz o tempo todo uma rivalidade inexpiável como sã emulação, excelente
motivação que contrapõe os indivíduos entre si e atravessa cada um, dividindo-o em si mesmo. O princípio
modulador do "salário por mérito" tenta a própria Educação nacional: com efeito, assim como a empresa substitui
a fábrica, a formação permanente tende a substituir a escola, e o controle contínuo substitui o exame. Este é o
meio mais garantido de entregar a escola à empresa.
Nas sociedades de disciplina não se parava de recomeçar (da escola à caserna, da caserna à fábrica), enquanto nas
sociedades de controle nunca se termina nada, a empresa, a formação, o serviço sendo os estados metaestáveis e
coexistentes de uma mesma modulação, como que de um deformador universal. Kafka, que já se instalava no
cruzamento dos dois tipos de sociedade, descreveu em O processo as formas jurídicas mais temíveis: a quitação
aparente das sociedades disciplinares (entre dois confinamentos), a moratória ilimitada das sociedades de
controle (em variação contínua) são dois modos de vida jurídicos muito diferentes, e se nosso direito, ele mesmo
em crise, hesita entre ambos, é porque saímos de um para entrar no outro. As sociedades disciplinares têm dois
pólos: a assinatura que indica o indivíduo, e o número de matrícula que indica sua posição numa massa. É que as
disciplinas nunca viram incompatibilidade entre os dois, e é ao mesmo tempo que o poder é massificante e
individuante, isto é, constitui num corpo único aqueles sobre os quais se exerce, e molda a individualidade de
cada membro do corpo (Foucault via a origem desse duplo cuidado no poder pastoral do sacerdote - o rebanho e
cada um dos animais - mas o poder civil, por sua vez, iria converter-se em "pastor" laico por outros meios). Nas
sociedades de controle, ao contrário, o essencial não é mais uma assinatura e nem um número, mas uma cifra: a
cifra é uma senha, ao passo que as sociedades disciplinares são reguladas por palavras de ordem (tanto do ponto
de vista da integração quanto da resistência). A linguagem numérica do controle é feita de cifras, que marcam o
acesso à informação, ou a rejeição. Não se está mais diante do par massa-indivíduo. Os indivíduos tornaram-se
3. GILLES DELEUZE — POST-SCRIPTUM SOBRE AS SOCIEDADES DE CONTROLE 3
"dividuais", divisíveis, e as massas tornaram-se amostras, dados, mercados ou "bancos". É o dinheiro que talvez
melhor exprima a distinção entre as duas sociedades, visto que a disciplina sempre se referiu a moedas cunhadas
em ouro - que servia de medida padrão -, ao passo que o controle remete a trocas flutuantes, modulações que
fazem intervir como cifra uma percentagem de diferentes amostras de moeda. A velha toupeira monetária é o
animal dos meios de confinamento, mas a serpente o é das sociedades de controle. Passamos de um animal a
outro, da toupeira à serpente, no regime em que vivemos, mas também na nossa maneira de viver e nas nossas
relações com outrem. O homem da disciplina era um produtor descontínuo de energia, mas o homem do
controleé antes ondulatório, funcionando em órbita, num feixe contínuo. Por toda parte o surf já substituiu os
antigos esportes.
É fácil fazer corresponder a cada sociedade certos tipos de máquina, não porque as máquinas sejam
determinantes, mas porque elas exprimem as formas sociais capazes de lhes darem nascimento e utilizá-las. As
antigas sociedades de soberania manejavam máquinas simples, alavancas, roldanas, relógios; mas as sociedades
disciplinares recentes tinham por equipamento máquinas energéticas, com o perigo passivo da entropia e o
perigo ativo da sabotagem; as sociedades de controle operam por máquinas de uma terceira espécie, máquinas de
informática e computadores, cujo perigo passivo é a interferência, e o ativo a pirataria e a introdução de vírus.
Não é uma evolução tecnológica sem ser, mais profundamente, uma mutação do capitalismo. É uma mutação já
bem conhecida que pode ser resumida assim: o capitalismo do século XIX é de concentração, para a produção, e
de propriedade. Por conseguinte, erige a fábrica como meio de confinamento, o capitalista sendo o proprietário
dos meios de produção, mas também eventualmente proprietário de outros espaços concebidos por analogia (a
casa familiar do operário, a escola). Quanto ao mercado, é conquistado ora por especialização, ora por
colonização, ora por redução dos custos de produção. Mas atualmente o capitalismo não é mais dirigido para a
produção, relegada com frequência à periferia do Terceiro Mundo, mesmo sob as formas complexas do têxtil, da
metalurgia ou do petróleo. É um capitalismo de sobre-produção. Não compra mais matéria-prima e já não vende
produtos acabados: compra produtos acabados, ou monta peças destacadas. O que ele quer vender são serviços, e
o que quer comprar são ações. Já não é um capitalismo dirigido para a produção, mas para o produto, isto é, para
a venda ou para o mercado. Por isso ele é essencialmente dispersivo, e a fábrica cedeu lugar à empresa. A família,
a escola, o exército, a fábrica não são mais espaços analógicos distintos que convergem para um proprietário,
Estado ou potência privada, mas são agora figuras cifradas, deformáveis e transformáveis, de uma mesma
empresa que só tem gerentes. Até a arte abandonou os espaços fechados para entrar nos circuitos abertos do
banco. As conquistas de mercado se fazem por tomada de controle e não mais por formação de disciplina, por
fixação de cotações mais do que por redução de custos, por transformação do produto mais do que por
especialização da produção. A corrupção ganha aí uma nova potência. O serviço de vendas tornou-se o centro ou
a "alma" da empresa. Informam-nos que as empresas têm uma alma, o que é efetivamente a notícia mais
terrificante do mundo. O marketing é agora o instrumento de controle social, e forma a raça impudente dos
nossos senhores. O controle é de curto prazo e de rotação rápida, mas também contínuo e ilimitado, ao passo que
a disciplina era de longa duração, infinita e descontínua. O homem não é mais o homem confinado, mas o
homem endividado. É verdade que o capitalismo manteve como constante a extrema miséria de três quartos da
4. GILLES DELEUZE — POST-SCRIPTUM SOBRE AS SOCIEDADES DE CONTROLE 4
humanidade, pobres demais para a dívida, numerosos demais para o confinamento: o controle não só terá que
enfrentar a dissipação das fronteiras, mas também a explosão dos guetos e favelas.
III. PROGRAMA
Não há necessidade de ficção científica para se conceber um mecanismo de controle que dê, a cada instante, a
posição de um elemento em espaço aberto, animal numa reserva, homem numa empresa (coleira eletrônica). Félix
Guattari imaginou uma cidade onde cada um pudesse deixar seu apartamento, sua rua, seu bairro, graças a um
cartão eletrônico (dividual) que abriria as barreiras; mas o cartão poderia também ser recusado em tal dia, ou
entre tal e tal hora; o que conta não é a barreira, mas o computador que detecta a posição de cada um, lícita ou
ilícita, e opera uma modulação universal.
O estudo sócio-técnico dos mecanismos de controle, apreendidos em sua aurora, deveria ser categorial e
descrever o que já está em vias de ser implantado no lugar dos meios de confinamento disciplinares, cuja crise
todo mundo anuncia. Pode ser que meios antigos, tomados de empréstimo às antigas sociedades de soberania,
retornem à cena, mas devidamente adaptados. O que conta é que estamos no início de alguma coisa. No regime
das prisões: a busca de penas "substitutivas", ao menos para a pequena delinqüência, e a utilização de coleiras
eletrônicas que obrigam o condenado a ficar em casa em certas horas. No regime das escolas: as formas de
controle contínuo, avaliação contínua, e a ação da formação permanente sobre a escola, o abandono
correspondente de qualquer pesquisa na Universidade, a introdução da "empresa" em todos os níveis de
escolaridade. No regime dos hospitais: a nova medicina "sem médico nem doente", que resgata doentes
potenciais e sujeitos a risco, o que de modo algum demonstra um progresso em direção à individuação, como se
diz, mas substitui o corpo individual ou numérico pela cifra de uma matéria "dividual" a ser controlada. No
regime da empresa: as novas maneiras de tratar o dinheiro, os produtos e os homens, que já não passam pela
antiga forma-fábrica. São exemplos frágeis, mas que permitiriam compreender melhor o que se entende por crise
das instituições, isto é, a implantação progressiva e dispersa de um novo regime de dominação. Uma das
questões mais importantes diria respeito à inaptidão dos sindicatos: ligados, por toda sua história, à luta contra
disciplinas ou nos meios de confinamento, conseguirão adaptar-se ou cederão o lugar a novas formas de
resistência contra as sociedades de controle? Será que já se pode apreender esboços dessas formas por vir,
capazes de combater as alegrias do marketing? Muitos jovens pedem estranhamente para serem "motivados", e
solicitam novos estágios e formação permanente; cabe a eles descobrir a que estão sendo levados a servir, assim
como seus antecessores descobriram, não sem dor, a finalidade das disciplinas. Os anéis de uma serpente são
ainda mais complicados que os buracos de uma toupeira.