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Construções Especiais
Eng. Civil Esp. Antonio Batista
Sistemas estruturais em madeira
Projeto de estruturas de madeira e normas
O projeto estrutural tem como objetivo garantir a segurança
estrutural, impedindo o colapso da estrutura, e garantir um
adequado desempenho da estrutura durante o período de
utilização, evitando a ocorrência de grandes deslocamentos,
vibrações excessivas e danos localizados na estrutura e nos
seus componentes (alvenarias, esquadrias, etc.).
De acordo com a NBR 7190/1997 – Projeto de estruturas de
madeira, um projeto é composto por memorial justificado,
desenhos e plano de execução.
Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira
O dimensionamento dos elementos estruturais pode ser
realizado por meio de dois métodos de cálculo distintos:
No método das tensões admissíveis, o dimensionamento é
considerado satisfatório quando a máxima tensão solicitante,
em cada seção, é inferior à tensão resistente característica
reduzida por um coeficiente de segurança. Este método utiliza
um único coeficiente de segurança para expressar todas as
incertezas, independente da origem, o que leva a uma
limitação de cálculo.
Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira
No entanto, a NBR 7190 (ABNT, 1997) adota como
procedimento de cálculo o método dos estados limites, que
apresenta diferentes fatores de segurança aplicados às cargas
e resistências.
Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira
O estado limite último está associado ao colapso da estrutura
devido à ocorrência de ações excessivas que determinam a
paralisação parcial ou total da estrutura em função de, por
exemplo, perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a
estrutura como um corpo rígido, ruptura de uma ligação ou
de uma seção, instabilidade por deformação ou instabilidade
dinâmica (ressonância).
Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira
O estado limite de serviço está associado à ocorrência de
efeitos estruturais que comprometam a durabilidade ou
usabilidade da estrutura, como deformações excessivas que
afetam a utilização da construção, comprometem o aspecto
estético, prejudicam o funcionamento de equipamentos ou
instalações ou causam danos aos subsistemas da construção.
Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira
O estado limite de serviço está associado à ocorrência de
efeitos estruturais que comprometam a durabilidade ou
usabilidade da estrutura, como deformações excessivas que
afetam a utilização da construção, comprometem o aspecto
estético, prejudicam o funcionamento de equipamentos ou
instalações ou causam danos aos subsistemas da construção.
A garantia da segurança no método dos estados limites é
demonstrada pela equação: 𝑆𝑑 ≤ 𝑅𝑑, onde 𝑆𝑑 representa a
solicitação de projeto e 𝑅𝑑 é a resistência de projeto.
A resistência de projeto 𝑅𝑑 pode ser escrita em termos da
tensão resistente de projeto 𝑓𝑑, dada pela expressão:
𝑓𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑
𝑓𝑘
𝛾𝑤
onde:
𝑓𝑑 - Valor de cálculo da resistência;
𝑓𝑘 - Valor característico da resistência;
𝑘𝑚𝑜𝑑 - Coeficiente de modificação;
𝛾𝑤- Coeficiente de ponderação das resistências dos materiais.
𝛾𝑚- Coeficiente de ponderação (6.4.5 e 6.4.6)
Tabela 1.0 Coeficiente de ponderação da resistência da
madeira para os estados limites últimos
Compressão paralela as fibras 𝛾𝑤𝑐 = 1,4
Tração paralela as fibras 𝛾𝑤𝑡 = 1,8
Cisalhamento paralelo as fibras 𝛾𝑤𝑣 = 1,8
Estados limites de utilização 𝛾𝑤 = 1,0
𝑓𝑘- Valor característico da resistência (6.4.5 e 6.4.6)
A resistência característica 𝑓𝑘 é obtida por meio de ensaios
padronizados e pode ser estimada a partir dos valores médios
experimentais. A NBR 7190/1997 nas páginas 90-92
apresenta valores médios 𝑓𝑚 para diversas espécies de
madeira, sendo que 𝑓𝑘 será tomado igual a 0,70𝑓𝑚.
As Tabelas a seguir apresentam valores para algumas
madeiras, sendo que o fator 0 se refere à resistência na
direção das fibras e 90 à resistência perpendicular às fibras.
𝑘𝑚𝑜𝑑- Coeficiente de modificação (6.4.4)
O coeficiente de modificação 𝑘𝑚𝑜𝑑 considera a influência de
diversos fatores na resistência da madeira, expresso pela
equação:
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3
𝑘𝑚𝑜𝑑,1 refere-se ao tipo de material empregado e à classe de
carregamento;
𝑘𝑚𝑜𝑑,2 considera o efeito da umidade e o tipo de material
empregado;
𝑘𝑚𝑜𝑑,3 considera a classificação estrutural da madeira (1ª ou
2ª categoria).
Madeira de 1ª categoria aquela que passou por classificação
visual para garantir a isenção de defeitos e por classificação
mecânica para garantir a homogeneidade da rigidez.
Madeira de 2ª categoria é considerada para os demais casos.
Carregamento é um conjunto de ações que tenham a
probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente,
sendo a classe de carregamento das combinações
determinada com base na duração total prevista para a ação
variável, tomada como ação variável principal na combinação
analisada.
Exemplo:
Você necessita determinar a tensão resistente de cálculo à
tração paralela às fibras 𝑓𝑡0,𝑑, de uma peça de ipê, serrada, de
primeira categoria e classe de umidade 3, que será sujeita a
uma carga de longa duração.
Qual a tensão resistente de cálculo à tração paralela às fibras
𝑓𝑡0,𝑑?
Para resolução tomaremos:
𝑓𝑡0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑
𝑓𝑡0,𝑘
𝛾𝑤
Da tabela 1.1 temos:
Logo:
𝑓𝑡0,𝑘 = 0,7 ∙ 96,8 = 67,76 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑡0,𝑚 = 96,8 𝑀𝑃𝑎
Temos ainda que o coeficiente de ponderação da resistência,
𝛾𝑚 , que pode ser verificado na tabela 1.0 é:
𝛾𝑚 = 1,8
Quanto ao coeficiente de modificação 𝑘𝑚𝑜𝑑:
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3
𝑘𝑚𝑜𝑑,1 = 0,70 (Tabela 1.5)
𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 0,80 (Tabela 1.6)
𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 1,00 (Tabela 1.7)
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,70 ∙ 0,80 ∙ 1,00 = 0,56
Assim sendo:
𝑓𝑡0,𝑑 = 0,56 ∙
67,76
1,8
𝑓𝑡0,𝑑 = 21,08 𝑀𝑃𝑎
As Tabelas 1.8 e 1.9 indicam as classes de resistência
adotadas pela NBR 7190/1997 com o objetivo de simplificar a
especificação do material na fase de projeto, desta forma, o
projetista adota uma dentre as classes existentes que seja
adequada ao seu projeto.
Ações nas estruturas de madeira
As ações são classificadas de acordo com a sua permanência
ao longo do tempo de vida da construção, podendo ser:
Ações permanentes quando atuam durante praticamente
toda a vida útil da construção de forma constante ou
apresentando pequena variação de intensidade;
Ações variáveis quando ocorrem durante o uso da edificação,
apresentando variação significativa;
Ações excepcionais quando apresentam duração
extremamente curta, com baixa probabilidade de ocorrência
ao longo da vida útil da construção.
Ações nas estruturas de madeira
O carregamento utilizado no cálculo estrutural é definido pela
combinações das ações solicitantes, considerando-se a
probabilidade, não desprezível, de atuação simultânea das
cargas sobre a estrutura durante um período preestabelecido,
de forma que possam ser determinados os efeitos mais
desfavoráveis para a estrutura.
No estado limite último existem três possibilidades de
combinações, que são:
Combinações últimas normais
Decorrentes das ações do uso previsto da construção, dado
pela expressão:
𝐹𝑑 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍
𝑗=2
𝑛
𝝍0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
Em que:
𝐹𝑑 carga solicitante de projeto;
𝐹𝐺𝑖,𝑘 valor característico das ações permanentes;
𝐹𝑄1,𝑘 valor característico da ação variável principal;
𝐹𝑄𝑗,𝑘 valores das demais ações variáveis;
𝝍0𝑗 coeficiente de redução das ações variáveis (Tabela 1.10);
𝛾𝐺𝑖 coeficiente de ponderação das cargas permanentes
(Tabela 1.11);
𝛾𝑄 coeficiente de ponderação das cargas variáveis (Tabela
1.12).
Combinações normais são consideradas pela NBR 7190/ 1997
como carregamentos de longa duração, e a ação decorrente
das combinações deve ser comparada à resistência de projeto
associada a uma carga de longa duração. Visando considerar a
maior resistência da madeira a ações de curta duração, como
o vento em edificações ou forças de frenagem e aceleração
em pontes, nas combinações normais em que estas ações
forem consideradas variáveis principais, os seus valores serão
reduzidos, multiplicando-os por 0,75.
Combinações últimas especiais ou de construção
Referentes a ações especiais ou de construção decorrentes de
uso não previsto da estrutura, dado pela expressão:
𝐹𝑑 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍
𝑗=2
𝑛
𝝍0𝑗,𝑒𝑓𝐹𝑄𝑗,𝑘
Em que:
𝐹𝐺𝑖,𝑘; 𝐹𝑄1,𝑘; 𝐹𝑄𝑗,𝑘; 𝛾𝐺𝑖 e 𝛾𝑄 conforme definido anteriormente
e 𝝍0𝑗,𝑒𝑓 é o fator de redução das demais cargas variáveis,
sendo igual 𝝍0𝑗, exceto quando a ação variável principal 𝐹𝑄1,𝑘
tiver um tempo muito pequeno de atuação, caso em que
𝝍0𝑗,𝑒𝑓, pode ser tomado igual a 𝝍2𝑗, dado na Tabela 1.10.
Combinações últimas excepcionais
Decorrentes de ações excepcionais, dado pela expressão:
𝐹𝑑 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑐 + 𝛾𝑄 ෍
𝑗=1
𝑛
𝝍0𝑗,𝑒𝑓𝐹𝑄𝑗,𝑘
com 𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑐 representando o valor da ação transitória
excepcional.
Para o estado limite de serviço, teremos quatro tipos de
combinações possíveis, a saber:
Combinações de longa duração
São utilizadas no controle das deformações usuais das
estruturas. Considerando todas as ações variáveis com valores
de longa duração, sendo expressa por:
𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝐹𝐺𝑖,𝑘 + ෍
𝑗=1
𝑛
𝝍2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
com𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖representando a carga de projeto no estado limite
de serviço; demais parâmetros.
Combinações de média duração
São utilizadas no caso em que o controle das deformações é
particularmente relevante, considerando a ação variável
principal 𝐹𝑄1,𝑘, agindo com seu valor de média duração e as
demais ações variáveis com seus valores de longa duração,
sendo expressa por:
𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝝍1𝐹𝑄1,𝑘 + ෍
𝑗=2
𝑛
𝝍2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
Combinações de curta duração
São utilizadas quando for necessário impedir defeitos
resultantes das deformações da estrutura, com a ação
variável principal 𝐹𝑄1,𝑘 trabalhando com seu valor
característico e as demais ações variáveis, com seus valores
de média duração, sendo expressa por:
𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍
𝑗=2
𝑛
𝝍1𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
Combinações de duração instantânea
Levam em consideração a presença de uma ação variável
especial, 𝐹𝑄,𝑒𝑠𝑝, de duração imediata. Sendo as outras ações
variáveis analisadas com valores que efetivamente possam
existir simultaneamente com a carga especial, quando não
existir outros parâmetros a serem considerados, as demais
ações podem ser analisadas com seus valores de longa
duração, sendo expressas por:
𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄,𝑒𝑠𝑝 + ෍
𝑗=1
𝑛
𝝍2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
Valores para 𝛾𝐺
Valores para 𝛾𝑞
O professor Batista, solicitou que a turma de Construções
Especiais, dimensionasse um pergolado, que será construído
no campus da Uninassau – São Luís.
Um Pergolado é uma estrutura composta por pilares e vigas
de madeira, que ficará exposta às intempéries (sol, chuva,
etc.).
Como sua primeira tarefa, foi solicitado a determinação das
ações atuantes no pergolado e os carregamentos verticais e
horizontais característicos atuantes.
Para facilitar o entendimento do projeto, seu professor
disponibilizou o projeto arquitetônico em 3D, e a planta baixa.
Valores para 𝛾𝑞
Valores para 𝛾𝑞
Desejamos determinar as ações e os carregamentos verticais
e horizontais característicos atuantes no pergolado.
Seu professor solicitou que você considerasse combinação
última normal de carregamento, uma vez que esta
combinação é a utilizada para ações decorrentes do uso
previsto da construção, não sendo identificado nenhum fator
que demande a utilização de combinações especiais, de
construção ou excepcionais.
Logo, para a resolução dessa tarefa, será utilizada a
expressão:
𝐹𝑑 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍
𝑗=2
𝑛
𝝍0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
Considere ainda :
Peso Próprio G = 0,90 kN/m
Carregamento acidental Q = 1,5 kN/m
Vento em sobrepessão 𝑉1= 2,8 kN/m
Vento em sucção 𝑉2= -0,6 kN/m
Vento a sotavento 𝑉
𝑠= 1,82 kN/m
Vento a barlavento 𝑉𝑏= 2,69 kN/m
4m
𝐶𝑣
𝑉
𝑠
𝑉𝑏
Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos:
O peso próprio, que é uma carga permanente de pequena
variabilidade, logo, seu coeficiente de ponderação 𝛾𝐺𝑖 é dado
conforme a Tabela 1.11, para combinações normais;
Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos:
O carregamento acidental e as cargas de vento, são ações
variáveis cujo coeficiente de ponderação 𝛾𝑄é dado conforme
Tabelas 1.12.
Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos:
Consideremos ainda os coeficiente de redução 𝝍0𝑗, conforme
Tabela 1.10.
Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos:
Consideremos ainda os coeficiente de redução 𝝍0𝑗, conforme
Tabela 1.10.
Resumo das ações e coeficientes:
Barra superior
Como atuam três ações variáveis Q , 𝑉1 e 𝑉2, serão três
combinações normais de ações.
𝐹𝑑 = ෍
𝑖=1
𝑚
𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍
𝑗=2
𝑛
𝝍0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
Combinação 1: (variável principal peso próprio)
𝑆𝑑 = 1,3𝐺 + 1,4𝑄 + 1,4 ∙ 0,5𝑉1
𝑆𝑑 = 1,3 ∙ 0,9 + 1,4 ∙ 1,5 + 1,4 ∙ 0,5 ∙ 2,8
𝑆𝑑 = 1,17 + 2,10 + 1,96
𝑆𝑑 = 5,23 𝑘𝑁/𝑚
Combinação 2: (Variável principal vento em sobrepessão)
Carga de vento em sobrepressão será considerada como
variável principal, é necessário utilizar o fator de redução
igual a 0,75 NBR 7190/1997
𝑆𝑑 = 1,3𝐺 + 0,75 ∙ 1,4𝑉1 + 1,4 ∙ 0,4𝑄
𝑆𝑑 = 1,3 ∙ 0,9 + 0,75 ∙ 1,4 ∙ 2,8 + 1,4 ∙ 0,4 ∙ 1,5
𝑆𝑑 = 1,17 + 2,94 + 0,84
𝑆𝑑 = 4,95 𝑘𝑁/𝑚
Combinação 3: (Variável principal vento em sucção)
Carga de vento em sucção será considerada como variável
principal, é necessário utilizar o fator de redução igual a 0,75
NBR 7190/1997, considerar fator favorável para carga
permanente.
𝑆𝑑 = 0,9𝐺 + 0,75 ∙ 1,4𝑉2
𝑆𝑑 = 0,9 ∙ 0,9 + 0,75 ∙ 1,4 ∙ −0,6
𝑆𝑑 = 0,81 − 0,63
𝑆𝑑 = 0,18 𝑘𝑁/𝑚
O elemento de madeira componente horizontal do pórtico
deverá ser dimensionado para o maior esforço decorrente das
combinações de ações, logo:
𝑆𝑑 = 5,23 𝑘𝑁/𝑚
Para os componentes verticais do pórtico teremos apenas a
carga atuante devido à ação do vento, logo, serão necessárias
apenas uma combinação para a determinação de 𝑉
𝑠:
𝑉𝑠,𝑠𝑑 = 0,75 ∙ 1,4 ∙ 1,82
𝑉𝑠,𝑠𝑑 = 1,91 𝑘𝑁/𝑚
Para os componentes verticais do pórtico teremos apenas a
carga atuante devido à ação do vento, logo, serão necessárias
apenas uma combinação para a determinação de 𝑉𝑏:
𝑉𝑏,𝑠𝑑 = 0,75 ∙ 1,4 ∙ 2,69
𝑉𝑠,𝑠𝑑 = 2,82 𝑘𝑁/𝑚
4m
5,23 kN/m
2,82
kN/m
1,81
kN/m
BOA NOITE!

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  • 1. Construções Especiais Eng. Civil Esp. Antonio Batista Sistemas estruturais em madeira
  • 2. Projeto de estruturas de madeira e normas O projeto estrutural tem como objetivo garantir a segurança estrutural, impedindo o colapso da estrutura, e garantir um adequado desempenho da estrutura durante o período de utilização, evitando a ocorrência de grandes deslocamentos, vibrações excessivas e danos localizados na estrutura e nos seus componentes (alvenarias, esquadrias, etc.). De acordo com a NBR 7190/1997 – Projeto de estruturas de madeira, um projeto é composto por memorial justificado, desenhos e plano de execução.
  • 3. Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira O dimensionamento dos elementos estruturais pode ser realizado por meio de dois métodos de cálculo distintos: No método das tensões admissíveis, o dimensionamento é considerado satisfatório quando a máxima tensão solicitante, em cada seção, é inferior à tensão resistente característica reduzida por um coeficiente de segurança. Este método utiliza um único coeficiente de segurança para expressar todas as incertezas, independente da origem, o que leva a uma limitação de cálculo.
  • 4. Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira No entanto, a NBR 7190 (ABNT, 1997) adota como procedimento de cálculo o método dos estados limites, que apresenta diferentes fatores de segurança aplicados às cargas e resistências.
  • 5. Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira O estado limite último está associado ao colapso da estrutura devido à ocorrência de ações excessivas que determinam a paralisação parcial ou total da estrutura em função de, por exemplo, perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como um corpo rígido, ruptura de uma ligação ou de uma seção, instabilidade por deformação ou instabilidade dinâmica (ressonância).
  • 6. Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira O estado limite de serviço está associado à ocorrência de efeitos estruturais que comprometam a durabilidade ou usabilidade da estrutura, como deformações excessivas que afetam a utilização da construção, comprometem o aspecto estético, prejudicam o funcionamento de equipamentos ou instalações ou causam danos aos subsistemas da construção.
  • 7. Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira O estado limite de serviço está associado à ocorrência de efeitos estruturais que comprometam a durabilidade ou usabilidade da estrutura, como deformações excessivas que afetam a utilização da construção, comprometem o aspecto estético, prejudicam o funcionamento de equipamentos ou instalações ou causam danos aos subsistemas da construção.
  • 8. A garantia da segurança no método dos estados limites é demonstrada pela equação: 𝑆𝑑 ≤ 𝑅𝑑, onde 𝑆𝑑 representa a solicitação de projeto e 𝑅𝑑 é a resistência de projeto.
  • 9. A resistência de projeto 𝑅𝑑 pode ser escrita em termos da tensão resistente de projeto 𝑓𝑑, dada pela expressão: 𝑓𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 𝑓𝑘 𝛾𝑤 onde: 𝑓𝑑 - Valor de cálculo da resistência; 𝑓𝑘 - Valor característico da resistência; 𝑘𝑚𝑜𝑑 - Coeficiente de modificação; 𝛾𝑤- Coeficiente de ponderação das resistências dos materiais.
  • 10. 𝛾𝑚- Coeficiente de ponderação (6.4.5 e 6.4.6) Tabela 1.0 Coeficiente de ponderação da resistência da madeira para os estados limites últimos Compressão paralela as fibras 𝛾𝑤𝑐 = 1,4 Tração paralela as fibras 𝛾𝑤𝑡 = 1,8 Cisalhamento paralelo as fibras 𝛾𝑤𝑣 = 1,8 Estados limites de utilização 𝛾𝑤 = 1,0
  • 11. 𝑓𝑘- Valor característico da resistência (6.4.5 e 6.4.6) A resistência característica 𝑓𝑘 é obtida por meio de ensaios padronizados e pode ser estimada a partir dos valores médios experimentais. A NBR 7190/1997 nas páginas 90-92 apresenta valores médios 𝑓𝑚 para diversas espécies de madeira, sendo que 𝑓𝑘 será tomado igual a 0,70𝑓𝑚. As Tabelas a seguir apresentam valores para algumas madeiras, sendo que o fator 0 se refere à resistência na direção das fibras e 90 à resistência perpendicular às fibras.
  • 12.
  • 13.
  • 14. 𝑘𝑚𝑜𝑑- Coeficiente de modificação (6.4.4) O coeficiente de modificação 𝑘𝑚𝑜𝑑 considera a influência de diversos fatores na resistência da madeira, expresso pela equação: 𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 refere-se ao tipo de material empregado e à classe de carregamento; 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 considera o efeito da umidade e o tipo de material empregado; 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 considera a classificação estrutural da madeira (1ª ou 2ª categoria).
  • 15. Madeira de 1ª categoria aquela que passou por classificação visual para garantir a isenção de defeitos e por classificação mecânica para garantir a homogeneidade da rigidez. Madeira de 2ª categoria é considerada para os demais casos. Carregamento é um conjunto de ações que tenham a probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente, sendo a classe de carregamento das combinações determinada com base na duração total prevista para a ação variável, tomada como ação variável principal na combinação analisada.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Exemplo: Você necessita determinar a tensão resistente de cálculo à tração paralela às fibras 𝑓𝑡0,𝑑, de uma peça de ipê, serrada, de primeira categoria e classe de umidade 3, que será sujeita a uma carga de longa duração. Qual a tensão resistente de cálculo à tração paralela às fibras 𝑓𝑡0,𝑑?
  • 22. Para resolução tomaremos: 𝑓𝑡0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 𝑓𝑡0,𝑘 𝛾𝑤 Da tabela 1.1 temos: Logo: 𝑓𝑡0,𝑘 = 0,7 ∙ 96,8 = 67,76 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑡0,𝑚 = 96,8 𝑀𝑃𝑎
  • 23. Temos ainda que o coeficiente de ponderação da resistência, 𝛾𝑚 , que pode ser verificado na tabela 1.0 é: 𝛾𝑚 = 1,8
  • 24. Quanto ao coeficiente de modificação 𝑘𝑚𝑜𝑑: 𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 = 0,70 (Tabela 1.5) 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 0,80 (Tabela 1.6) 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 1,00 (Tabela 1.7) 𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,70 ∙ 0,80 ∙ 1,00 = 0,56
  • 25. Assim sendo: 𝑓𝑡0,𝑑 = 0,56 ∙ 67,76 1,8 𝑓𝑡0,𝑑 = 21,08 𝑀𝑃𝑎
  • 26. As Tabelas 1.8 e 1.9 indicam as classes de resistência adotadas pela NBR 7190/1997 com o objetivo de simplificar a especificação do material na fase de projeto, desta forma, o projetista adota uma dentre as classes existentes que seja adequada ao seu projeto.
  • 27.
  • 28.
  • 29. Ações nas estruturas de madeira As ações são classificadas de acordo com a sua permanência ao longo do tempo de vida da construção, podendo ser: Ações permanentes quando atuam durante praticamente toda a vida útil da construção de forma constante ou apresentando pequena variação de intensidade; Ações variáveis quando ocorrem durante o uso da edificação, apresentando variação significativa; Ações excepcionais quando apresentam duração extremamente curta, com baixa probabilidade de ocorrência ao longo da vida útil da construção.
  • 30. Ações nas estruturas de madeira O carregamento utilizado no cálculo estrutural é definido pela combinações das ações solicitantes, considerando-se a probabilidade, não desprezível, de atuação simultânea das cargas sobre a estrutura durante um período preestabelecido, de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura. No estado limite último existem três possibilidades de combinações, que são:
  • 31. Combinações últimas normais Decorrentes das ações do uso previsto da construção, dado pela expressão: 𝐹𝑑 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍ 𝑗=2 𝑛 𝝍0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
  • 32. Em que: 𝐹𝑑 carga solicitante de projeto; 𝐹𝐺𝑖,𝑘 valor característico das ações permanentes; 𝐹𝑄1,𝑘 valor característico da ação variável principal; 𝐹𝑄𝑗,𝑘 valores das demais ações variáveis; 𝝍0𝑗 coeficiente de redução das ações variáveis (Tabela 1.10); 𝛾𝐺𝑖 coeficiente de ponderação das cargas permanentes (Tabela 1.11); 𝛾𝑄 coeficiente de ponderação das cargas variáveis (Tabela 1.12).
  • 33. Combinações normais são consideradas pela NBR 7190/ 1997 como carregamentos de longa duração, e a ação decorrente das combinações deve ser comparada à resistência de projeto associada a uma carga de longa duração. Visando considerar a maior resistência da madeira a ações de curta duração, como o vento em edificações ou forças de frenagem e aceleração em pontes, nas combinações normais em que estas ações forem consideradas variáveis principais, os seus valores serão reduzidos, multiplicando-os por 0,75.
  • 34. Combinações últimas especiais ou de construção Referentes a ações especiais ou de construção decorrentes de uso não previsto da estrutura, dado pela expressão: 𝐹𝑑 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍ 𝑗=2 𝑛 𝝍0𝑗,𝑒𝑓𝐹𝑄𝑗,𝑘
  • 35. Em que: 𝐹𝐺𝑖,𝑘; 𝐹𝑄1,𝑘; 𝐹𝑄𝑗,𝑘; 𝛾𝐺𝑖 e 𝛾𝑄 conforme definido anteriormente e 𝝍0𝑗,𝑒𝑓 é o fator de redução das demais cargas variáveis, sendo igual 𝝍0𝑗, exceto quando a ação variável principal 𝐹𝑄1,𝑘 tiver um tempo muito pequeno de atuação, caso em que 𝝍0𝑗,𝑒𝑓, pode ser tomado igual a 𝝍2𝑗, dado na Tabela 1.10.
  • 36. Combinações últimas excepcionais Decorrentes de ações excepcionais, dado pela expressão: 𝐹𝑑 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑐 + 𝛾𝑄 ෍ 𝑗=1 𝑛 𝝍0𝑗,𝑒𝑓𝐹𝑄𝑗,𝑘 com 𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑐 representando o valor da ação transitória excepcional.
  • 37. Para o estado limite de serviço, teremos quatro tipos de combinações possíveis, a saber:
  • 38. Combinações de longa duração São utilizadas no controle das deformações usuais das estruturas. Considerando todas as ações variáveis com valores de longa duração, sendo expressa por: 𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + ෍ 𝑗=1 𝑛 𝝍2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘 com𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖representando a carga de projeto no estado limite de serviço; demais parâmetros.
  • 39. Combinações de média duração São utilizadas no caso em que o controle das deformações é particularmente relevante, considerando a ação variável principal 𝐹𝑄1,𝑘, agindo com seu valor de média duração e as demais ações variáveis com seus valores de longa duração, sendo expressa por: 𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝝍1𝐹𝑄1,𝑘 + ෍ 𝑗=2 𝑛 𝝍2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
  • 40. Combinações de curta duração São utilizadas quando for necessário impedir defeitos resultantes das deformações da estrutura, com a ação variável principal 𝐹𝑄1,𝑘 trabalhando com seu valor característico e as demais ações variáveis, com seus valores de média duração, sendo expressa por: 𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍ 𝑗=2 𝑛 𝝍1𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
  • 41. Combinações de duração instantânea Levam em consideração a presença de uma ação variável especial, 𝐹𝑄,𝑒𝑠𝑝, de duração imediata. Sendo as outras ações variáveis analisadas com valores que efetivamente possam existir simultaneamente com a carga especial, quando não existir outros parâmetros a serem considerados, as demais ações podem ser analisadas com seus valores de longa duração, sendo expressas por: 𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄,𝑒𝑠𝑝 + ෍ 𝑗=1 𝑛 𝝍2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
  • 42.
  • 45. O professor Batista, solicitou que a turma de Construções Especiais, dimensionasse um pergolado, que será construído no campus da Uninassau – São Luís. Um Pergolado é uma estrutura composta por pilares e vigas de madeira, que ficará exposta às intempéries (sol, chuva, etc.). Como sua primeira tarefa, foi solicitado a determinação das ações atuantes no pergolado e os carregamentos verticais e horizontais característicos atuantes. Para facilitar o entendimento do projeto, seu professor disponibilizou o projeto arquitetônico em 3D, e a planta baixa.
  • 48. Desejamos determinar as ações e os carregamentos verticais e horizontais característicos atuantes no pergolado. Seu professor solicitou que você considerasse combinação última normal de carregamento, uma vez que esta combinação é a utilizada para ações decorrentes do uso previsto da construção, não sendo identificado nenhum fator que demande a utilização de combinações especiais, de construção ou excepcionais.
  • 49. Logo, para a resolução dessa tarefa, será utilizada a expressão: 𝐹𝑑 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍ 𝑗=2 𝑛 𝝍0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘 Considere ainda : Peso Próprio G = 0,90 kN/m Carregamento acidental Q = 1,5 kN/m Vento em sobrepessão 𝑉1= 2,8 kN/m Vento em sucção 𝑉2= -0,6 kN/m Vento a sotavento 𝑉 𝑠= 1,82 kN/m Vento a barlavento 𝑉𝑏= 2,69 kN/m
  • 51. Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos: O peso próprio, que é uma carga permanente de pequena variabilidade, logo, seu coeficiente de ponderação 𝛾𝐺𝑖 é dado conforme a Tabela 1.11, para combinações normais;
  • 52. Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos: O carregamento acidental e as cargas de vento, são ações variáveis cujo coeficiente de ponderação 𝛾𝑄é dado conforme Tabelas 1.12.
  • 53. Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos: Consideremos ainda os coeficiente de redução 𝝍0𝑗, conforme Tabela 1.10.
  • 54. Para as cargas atuantes na viga do pórtico 𝐶𝑣, temos: Consideremos ainda os coeficiente de redução 𝝍0𝑗, conforme Tabela 1.10.
  • 55. Resumo das ações e coeficientes:
  • 56. Barra superior Como atuam três ações variáveis Q , 𝑉1 e 𝑉2, serão três combinações normais de ações. 𝐹𝑑 = ෍ 𝑖=1 𝑚 𝛾𝐺𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑄 𝐹𝑄1,𝑘 + ෍ 𝑗=2 𝑛 𝝍0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘
  • 57. Combinação 1: (variável principal peso próprio) 𝑆𝑑 = 1,3𝐺 + 1,4𝑄 + 1,4 ∙ 0,5𝑉1 𝑆𝑑 = 1,3 ∙ 0,9 + 1,4 ∙ 1,5 + 1,4 ∙ 0,5 ∙ 2,8 𝑆𝑑 = 1,17 + 2,10 + 1,96 𝑆𝑑 = 5,23 𝑘𝑁/𝑚
  • 58. Combinação 2: (Variável principal vento em sobrepessão) Carga de vento em sobrepressão será considerada como variável principal, é necessário utilizar o fator de redução igual a 0,75 NBR 7190/1997 𝑆𝑑 = 1,3𝐺 + 0,75 ∙ 1,4𝑉1 + 1,4 ∙ 0,4𝑄 𝑆𝑑 = 1,3 ∙ 0,9 + 0,75 ∙ 1,4 ∙ 2,8 + 1,4 ∙ 0,4 ∙ 1,5 𝑆𝑑 = 1,17 + 2,94 + 0,84 𝑆𝑑 = 4,95 𝑘𝑁/𝑚
  • 59. Combinação 3: (Variável principal vento em sucção) Carga de vento em sucção será considerada como variável principal, é necessário utilizar o fator de redução igual a 0,75 NBR 7190/1997, considerar fator favorável para carga permanente. 𝑆𝑑 = 0,9𝐺 + 0,75 ∙ 1,4𝑉2 𝑆𝑑 = 0,9 ∙ 0,9 + 0,75 ∙ 1,4 ∙ −0,6 𝑆𝑑 = 0,81 − 0,63 𝑆𝑑 = 0,18 𝑘𝑁/𝑚
  • 60. O elemento de madeira componente horizontal do pórtico deverá ser dimensionado para o maior esforço decorrente das combinações de ações, logo: 𝑆𝑑 = 5,23 𝑘𝑁/𝑚
  • 61. Para os componentes verticais do pórtico teremos apenas a carga atuante devido à ação do vento, logo, serão necessárias apenas uma combinação para a determinação de 𝑉 𝑠: 𝑉𝑠,𝑠𝑑 = 0,75 ∙ 1,4 ∙ 1,82 𝑉𝑠,𝑠𝑑 = 1,91 𝑘𝑁/𝑚
  • 62. Para os componentes verticais do pórtico teremos apenas a carga atuante devido à ação do vento, logo, serão necessárias apenas uma combinação para a determinação de 𝑉𝑏: 𝑉𝑏,𝑠𝑑 = 0,75 ∙ 1,4 ∙ 2,69 𝑉𝑠,𝑠𝑑 = 2,82 𝑘𝑁/𝑚