2. A proposta de estudo e de divisão do território brasileiro em complexos
geoeconômicos foi criada em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger.
A divisão foi elaborada de acordo com critérios geográficos e econômicos, que
definiram três grandes unidades:
3. Região economicamente mais dinâmica
Principal destino de migrantes do país
Região mais industrializada Agricultura de
exportação
Região mais pobre do país; indicadores
sociais ruins; concentração populacional na
faixa litorânea; riqueza cultural
Baixa densidade demográfica/vazios demográficos
Concentração populacional em Manaus e Belém
Economia baseada no extrativismo
Destaque para a industrialização no PIM
4. Amazônia
A região geoeconômica da Amazônia ou
Complexo Regional Amazônico
compreende todos os estados da Região Norte
do Brasil (com exceção do extremo sul do
Tocantins), praticamente todo o Mato Grosso e
o oeste do Maranhão.
Abrange nove estados distribuídos em uma área de
aproximadamente 5,1 milhões de quilômetros quadrados,
mais da metade do território do país. Apesar de se a maior
região geoeconômica é a menos populosa.
5. O governo brasileiro tinha como objetivo ocupar a Região Amazônica,
povoando e industrializando para uma maior legitimação de suas fronteiras.
Os principais acontecimentos nesse processo foram a criação
da Zona Franca de Manaus, a criação do projeto Grande Carajás e a
criação de usinas hidrelétricas, como a do Tucuruí.
6. A baixa densidade demográfica, os conflitos
fundiários são constantes, porque o Brasil é
marcado pela concentração fundiária,
principalmente na região da Amazônia, onde
multinacionais e grandes fazendeiros
promovem conflitos com indígenas e
movimentos sociais.
7. A biodiversidade da Amazônia, apesar de ser rica, não está associada ao solo. O
solo da Amazônia recebe pouca luminosidade devido à vegetação latifoliada e
perenifólia, tornando o solo pobre em húmus
8. Nordeste
Formada pelos estados de Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte
e Sergipe, a região Nordeste possui
extensão territorial de 1.554.257,0
quilômetros quadrados. Conforme
contagem populacional, realizada em
2009, pelo Instituto de Geografia e
Estatística (IBGE), sua população totaliza
53.591.197 habitantes.
10. Normalmente, o Nordeste é visto como um local
de pobreza, seca e outros problemas de ordem
socioeconômica.
No entanto, deve-se romper com essas ideias
preconceituosas, o estudo das sub-regiões
proporciona uma análise aprofundada sobre essa
região tão rica em belezas naturais e
manifestações culturais.
11. Meio-norte – é uma faixa de transição entre a
Amazônia e o sertão semiárido do Nordeste, é
composta pelos estados do Maranhão e oeste do
Piauí.
A vegetação natural dessa área é a mata de cocais,
carnaúbas e babaçus, em sua maioria. Apresenta
índices pluviométricos maiores a oeste.
É uma região economicamente pouco desenvolvida,
prevalece o extrativismo vegetal, praticado na mata
de cocais remanescente (babaçu), agricultura
tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz, além
da pecuária extensiva.
12.
13. Sertão – é uma extensa área de clima semiárido,
conhecido como “Polígono das Secas”. Compreende o
centro da Região Nordeste, está presente em quase todos
os estados. Essa sub-região nordestina possui o menor
índice demográfico da Região.
Os índices de pluviosidade são baixos e irregulares, com a
ocorrência periódica de secas. A vegetação típica é a
caatinga. A bacia do rio São Francisco é a maior da região
e a única fonte de água perene para as populações que
habitam suas margens, é aproveitado também para
irrigação e fonte de energia através de hidrelétricas como
a de Sobradinho (BA).
14. As maiores concentrações populacionais estão nos
vales dos rios Cariri e São Francisco. A principal
atividade econômica é a pecuária extensiva e de
corte. Outras atividades desenvolvidas no Sertão são:
cultivo irrigado de frutas, flores, cana de açúcar,
milho, feijão, algodão de fibra longa (no Vale do Cariri,
Ceará), extração de sal (litoral cearense e potiguar) e
o turismo nas cidades litorâneas.
A indústria baseia-se no polo têxtil e de confecções.
Políticas públicas são necessárias para o
desenvolvimento socioeconômico no Sertão
nordestino, proporcionado qualidade de vida para sua
população.
15.
16. Agreste – corresponde à área de transição entre o sertão
semiárido e a zona da mata, úmida e cheia de brejos.
Essa sub-região é composta pelos estados do Rio Grande
do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e
Bahia. A principal atividade econômica nos trechos mais
secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos
mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária
leiteira.
Predominam as pequenas e médias propriedades com o
cultivo do algodão, do café e do sisal (planta da qual se
extrai uma fibra utilizada para fabricar tapetes, bolsas,
cordas, etc.). Outro elemento de destaque na economia
local é o turismo, com a realização de festas que atraem
multidões, como, por exemplo, as festas juninas.
17.
18. As principais cidades do Agreste nordestino são Caruaru (PE), Campina
Grande (PB) e Feira de Santana (BA).
Caruaru (PE) Campina Grande (PB)- by Dilminha
Feira de Santana (BA)
19. Zona da Mata – também conhecida como Litoral Continental, essa
sub-região compreende uma faixa litorânea de até 200 quilômetros
de largura que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia.
Apresenta a maior concentração populacional do Nordeste e é a
sub-região mais urbanizada.
O clima é tropical úmido e o solo é fértil em razão da regularidade
de chuvas. A vegetação natural é a mata Atlântica. O cultivo da cana
de açúcar é a principal atividade econômica praticada na Zona da
Mata.
Outras atividades econômicas desenvolvidas são: extração de
petróleo, o cultivo de cacau, café, frutas, fumo, lavoura de
subsistência, significativa industrialização, destaca-se também a
produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte,
além da atividade turística que atraí milhões de visitantes para as
belas praias nordestinas.
20.
21. SUB-REGIÕES CLIMA VEGETAÇÃO ECONOMIA
MEIO NORTE CLIMA DE
TRANSIÇÃO
MATA DOS
COCAIS /
VEGETAÇÃO DE
TRANSIÇÃO
EXTRATIVISMO
AGRESTE CLIMA DE
ALTITUDE E
TRANSIÇÃO AO
SEMIÁRIDO
VEGETAÇÃO DE
ALTITUDE
POLICULTURA /
ATIVIDADE
INDUSTRIAL
(TÊXTIL)
ZONA DA MATA
ZONA AÇUCAREIRA
RECÔNCAVO BAIANO
ZONA DO CACAU OU SUL
DA BAHIA
TROPICAL
LITORÂNEO OU
ÚMIDO
MATA ATLÂNTICA
/ MANGUE /
VEGETAÇÃO
SECUNDÁRIA
AGRICULTURA
(CANA DE
AÇUCAR)
(CACAU)/
EXTRAÇÃO DE
PETRÓLEO /
INDÚSTRIA
SERTÃO SEMIÁRIDO CAATINGA EXTRATIVISMO /
PECUÁRIA
CAPRINA /
22. O Polígono das Secas compreender os estados
do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e
extremo norte de Minas Gerais e do Espírito
Santo. É um território reconhecido pela
legislação como sujeito a períodos críticos de
prolongadas estiagens. Recentemente, as
Áreas Susceptíveis à Desertificação (SAD)
passaram a ser denominadas, por força de
convenções internacionais (Convenção de
Nairóbi), de semiárido brasileiro. O Polígono
das Secas é uma divisão regional efetuada em
termos político-administrativos dentro da zona
semiárida. A Sudene elabora projetos e
acompanha o processo de ocupação das áreas
especificadas.
23. A Sudene foi criada em 1959, pelo presidente Juscelino Kubitschek, com o
objetivo de promover a redistribuição de investimento nacionais. A ideia foi
investir no processo de industrialização do Nordeste, no Norte de Minas Gerais
e, posteriormente, no norte do Espírito Santo. Esses investimentos geraram
divisas e empregos para a região, dinamizando sua economia. Em 2001 o
órgão foi extinto pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, mas, em 2007,
foi recriado pelo presidente Lula.
24. Centro-Sul
A região Centro-Sul é a mais desenvolvida,
economicamente, do Brasil, uma vez que é a
principal responsável pelo Produto Interno Bruto
(PIB) nacional: cerca de 75% do PIB brasileiro. Sua
economia é dinâmica, apresentando um elevado
grau de industrialização. As principais atividades
econômicas são: agropecuária moderna, variados
segmentos industriais dotados de um efetivo aparato
tecnológico, bancos, desenvolvimento de pesquisas
científicas, serviços diversos, etc.
Esse é o complexo regional que concentra a maior
parte da renda nacional, além de apresentar os
melhores Índices de Desenvolvimento Humano
(IDH) do país.