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CIRCUITOS 
INTEGRADOS 
Surgiram na década de 1970. O seu interesse resulta da 
miniaturização dos circuitos. 
http://www.prof2000.pt/users/lpa
Parte funcional do componente 
discreto 
Os componentes discretos são maiores do que precisavam de ser. O corpo 
normal do componente, que nos parece pequeno, é, na verdade um autêntico 
exagero, se nos restringirmos, electricamente, ao que realmente “faz o 
trabalho” no componente, ou seja, a sua parte funcional. 
Por exemplo num díodo: 
2 
(parte funcional)
O que são os circuitos integrados? 
Os circuitos integrados são circuitos electrónicos funcionais, 
constituídos por um conjunto de transístores, díodos, 
resistências e condensadores, fabricados num mesmo processo, 
sobre uma substância comum semicondutora de silício que se 
designa vulgarmente por chip. 
3 
Chip 
Terminais do CI 
Fios finíssimos 
de ligação do chip 
aos terminais do CI 
Circuito integrado (CI) 
visto por dentro e por cima. 
O circuito integrado propriamente dito chama-se pastilha (chip, em inglês) e é muito 
pequeno. A maior parte do tamanho externo do circuito integrado deve-se à caixa e às 
ligações da pastilha aos terminais externos.
Vantagens dos C.I. em relação aos 
circuitos com componentes discretos 
4 
Redução de custos, peso e tamanho. 
Aumento da fiabilidade. 
Maior velocidade de trabalho. 
Redução das capacidades parasitas. 
Menor consumo de energia. 
Melhor manutenção. 
Redução de stocks. 
Redução dos erros de montagem. 
Melhoria das características técnicas do circuito. 
Simplifica ao máximo a produção industrial.
5 
Limitações dos C.I. 
Limitação nos valores das resistências e condensadores a integrar. 
Reduzida potência de dissipação. 
Limitações nas tensões de funcionamento. 
Impossibilidade de integrar num chip bobinas ou indutâncias (salvo 
se forem de valores muitíssimo pequenos).
Classificação dos C.I. 
Classificação dos circuitos integrados quanto ao processo de 
fabrico: 
Circuito integrado monolítico 
(o seu processo de fabrico baseia-se na técnica planar) 
Circuito integrado pelicular 
(película delgada – thin-film - ou película grossa – thick-film) 
Circuito integrado multiplaca 
Circuito integrado híbrido 
(combinação das técnicas de integração monolítica e pelicular) 
6
Classificação dos C.I. 
Classificação dos circuitos integrados quanto ao tipo de transístores 
utilizados: Bipolar e Mos-Fet. 
Os circuitos integrados digitais estão agrupados em famílias lógicas. 
Famílias lógicas bipolares: 
RTL – Resistor Transistor Logic – Lógica de transístor e resistência. 
DTL – Díode Transistor Logic – Lógica de transístor e díodo. 
TTL – Transistor Transistor Logic – Lógica transístor-transístor. 
HTL – High Threshold Logic – Lógica de transístor com alto limiar. 
ECL – Emitter Coupled Logic – Lógica de emissores ligados. 
I2L – Integrated-Injection Logic – Lógica de injecção integrada. 
Famílias lógicas MOS: 
CMOS – Complemantary MOS – MOS de pares complementares NMOS/PMOS 
NMOS – Utiliza só transístores MOS-FET canal N. 
PMOS - Utiliza só transístores MOS-FET canal P. 
7
Classificação dos C.I. 
Classificação dos circuitos integrados quanto à sua aplicação: 
Lineares ou analógicos 
Digitais 
Os primeiros, são CIs que produzem sinais contínuos em função dos sinais 
que lhe são aplicados nas suas entradas. A função principal do CI analógico 
é a amplificação. Podem destacar-se neste grupo de circuitos integrados os 
amplificadores operacionais (AmpOp). 
Os segundos são circuitos que só funcionam com um determinado número 
de valores ou estados lógicos, que geralmente são dois (0 e 1). 
8 
Nível lógico 1 
Nível lógico 0 
t 
Sinal analógico: sinal que tem uma 
variação contínua ao longo do tempo. 
Sinal digital: sinal que tem uma variação 
por saltos de uma forma descontínua.
Classificação dos C.I. 
Classificação dos circuitos integrados quanto à sua gama de integração: 
A gama de integração refere-se ao número de componentes que o CI contém. 
SSI (Small Scale Integration) – Integração em pequena escala: São os CI com menos 
componentes. Podem dispor de até 30 dispositivos por pastilha (chip). 
MSI (Medium Scale Integration) – Integração em média escala: Corresponde aos CI 
com várias centenas de componentes, podendo possuir de 30 a 1000 dispositivos por 
pastilha (estes circuitos incluem descodificadores, contadores, etc.). 
LSI (Large Scale Integration) – Integração em grande escala: Contém milhares de 
componentes podendo possuir de 1000 até 100 000 dispositivos por pastilha (estes 
circuitos normalmente efectuam funções lógicas complexas, tais como toda a parte 
aritmética duma calculadora, um relógio digital, etc.). 
VLSI (Very Large Scale Integration) – Integração em muito larga escala: É o grupo de 
CI com um número de componentes compreendido entre 100 000 e 10 milhões de 
dispositivos por pastilha (são utilizados na implementação de microprocessadores). 
ULSI (Ultra Large Scale Integration) – Integração em escala ultra larga: É o grupo de 
CI com mais de 10 milhões de dispositivos por pastilha. 
9
Tipos de cápsulas do C.I. 
Os principais tipos de cápsulas utilizadas para envolver e proteger os 
chips são basicamente quatro: 
Cápsulas com dupla fila de pinos (DIL ou DIP – Dual In Line) 
Cápsulas planas (Flat-pack) 
Cápsulas metálicas TO-5 (cilíndricas) 
Cápsulas especiais 
Enquanto as cápsulas TO-5 são de material metálico, as restantes podem 
utilizar materiais plásticos ou cerâmicos. 
10
Cápsula com dupla fila de pinos 
11 
Para os CI de baixa potência – DIL ou DIP 
As cápsulas de dupla fila de pinos são as mais 
utilizadas, podendo conter vários chips 
interligados. 
Nos integrados de encapsulamento DIL a 
numeração dos terminais é feita a partir do 
terminal 1 (identificado pela marca), vai por essa 
linha de terminais e volta pela outra (em sentido 
anti-horário). 
Durante essa identificação dos terminais o CI 
deve ser sempre observado por cima.
Cápsula com quatro filas de pinos 
QIL – Quad In Line 
Para c.i. de média potência, por exemplo, 
amplificadores de áudio. 
A principal razão da linha quádrupla de pinos é 
o de permitir um maior afastamento das 
respectivas “ilhas” de ligação no circuito 
impresso, de forma que pistas mais largas 
(portanto para correntes maiores) possam ser 
ligadas a tais “ilhas”. 
12 
1
Cápsula com linha única de pinos 
13 
SIL – Single In Line 
Alguns integrados pré-amlificadores, e mesmo 
alguns amplificadores de certa potência, para 
áudio, apresentam esta configuração. 1
Cápsulas planas (Flat-pack) 
As cápsulas planas têm reduzido volume e espessura e são formadas por 
terminais dispostos horizontalmente. Pelo facto de se disporem sobre o 
circuito impresso a sua instalação ocupa pouco espaço. 
14
Cápsulas metálicas TO-5 
Têm um corpo cilíndrico metálico, com os terminais dispostos em linha 
circular, na sua base. 
A contagem dos terminais inicia-se pela pequena marca, em sentido 
horário, com o componente visto por baixo. 
15
Cápsulas especiais 
As cápsulas especiais são as que dispõem de numerosos terminais para 
interligarem a enorme integração de componentes que determinados chips 
dispõem (por exemplo, CI contendo microprocessadores). 
Encapsulamento QUAD PACK 
16
Circuitos Integrados de potência 
Alguns integrados de potência têm uma 
cápsula extremamente parecida com a 
dos transístores de potência. 
17 
Algumas observações importantes a 
respeito das aletas de acoplamento aos 
dissipadores de calor: 
Aleta metálica 
Dissipador 
de calor 
As aletas podem ser fixadas a dissipadores de alumínio em método idêntico 
ao utilizado nos transístores de potência. 
Acoplar-se as aletas à própria caixa (se for metálica) que contém o circuito. 
As aletas podem ser soldadas a uma das faces de cobre do circuito 
impresso (no caso de uma dupla face). 
As aletas, quase sempre estão ligadas electricamente por dentro do c.i., ao 
pino correspondente ao negativo da alimentação (massa).
Cápsulas de C.I. em SMT 
Existem três tipos básicos de cápsulas de circuitos integrados 
em SMT (Surface Mount Technology): 
SOIC – Small-Outline Integrated Circuit – é semelhante a um 
DIP em miniatura e com os pinos dobrados. 
PLCC – Plastic-Leaded Chip Carrier – tem os terminais 
dobrados para debaixo do corpo. 
LCCC – Leadless Ceramic Chip Carrier – não tem pinos. No 
seu lugar existem uns contactos metálicos moldados na 
cápsula cerâmica.
Bases para os C.I. 
A base ou soquete, em termos práticos, além de facilitar a eventual 
manutenção do circuito, evita o aquecimento do circuito integrado quando 
se solda. 
Lucínio Preza de Araújo

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Circuitos integradosrr

  • 1. CIRCUITOS INTEGRADOS Surgiram na década de 1970. O seu interesse resulta da miniaturização dos circuitos. http://www.prof2000.pt/users/lpa
  • 2. Parte funcional do componente discreto Os componentes discretos são maiores do que precisavam de ser. O corpo normal do componente, que nos parece pequeno, é, na verdade um autêntico exagero, se nos restringirmos, electricamente, ao que realmente “faz o trabalho” no componente, ou seja, a sua parte funcional. Por exemplo num díodo: 2 (parte funcional)
  • 3. O que são os circuitos integrados? Os circuitos integrados são circuitos electrónicos funcionais, constituídos por um conjunto de transístores, díodos, resistências e condensadores, fabricados num mesmo processo, sobre uma substância comum semicondutora de silício que se designa vulgarmente por chip. 3 Chip Terminais do CI Fios finíssimos de ligação do chip aos terminais do CI Circuito integrado (CI) visto por dentro e por cima. O circuito integrado propriamente dito chama-se pastilha (chip, em inglês) e é muito pequeno. A maior parte do tamanho externo do circuito integrado deve-se à caixa e às ligações da pastilha aos terminais externos.
  • 4. Vantagens dos C.I. em relação aos circuitos com componentes discretos 4 Redução de custos, peso e tamanho. Aumento da fiabilidade. Maior velocidade de trabalho. Redução das capacidades parasitas. Menor consumo de energia. Melhor manutenção. Redução de stocks. Redução dos erros de montagem. Melhoria das características técnicas do circuito. Simplifica ao máximo a produção industrial.
  • 5. 5 Limitações dos C.I. Limitação nos valores das resistências e condensadores a integrar. Reduzida potência de dissipação. Limitações nas tensões de funcionamento. Impossibilidade de integrar num chip bobinas ou indutâncias (salvo se forem de valores muitíssimo pequenos).
  • 6. Classificação dos C.I. Classificação dos circuitos integrados quanto ao processo de fabrico: Circuito integrado monolítico (o seu processo de fabrico baseia-se na técnica planar) Circuito integrado pelicular (película delgada – thin-film - ou película grossa – thick-film) Circuito integrado multiplaca Circuito integrado híbrido (combinação das técnicas de integração monolítica e pelicular) 6
  • 7. Classificação dos C.I. Classificação dos circuitos integrados quanto ao tipo de transístores utilizados: Bipolar e Mos-Fet. Os circuitos integrados digitais estão agrupados em famílias lógicas. Famílias lógicas bipolares: RTL – Resistor Transistor Logic – Lógica de transístor e resistência. DTL – Díode Transistor Logic – Lógica de transístor e díodo. TTL – Transistor Transistor Logic – Lógica transístor-transístor. HTL – High Threshold Logic – Lógica de transístor com alto limiar. ECL – Emitter Coupled Logic – Lógica de emissores ligados. I2L – Integrated-Injection Logic – Lógica de injecção integrada. Famílias lógicas MOS: CMOS – Complemantary MOS – MOS de pares complementares NMOS/PMOS NMOS – Utiliza só transístores MOS-FET canal N. PMOS - Utiliza só transístores MOS-FET canal P. 7
  • 8. Classificação dos C.I. Classificação dos circuitos integrados quanto à sua aplicação: Lineares ou analógicos Digitais Os primeiros, são CIs que produzem sinais contínuos em função dos sinais que lhe são aplicados nas suas entradas. A função principal do CI analógico é a amplificação. Podem destacar-se neste grupo de circuitos integrados os amplificadores operacionais (AmpOp). Os segundos são circuitos que só funcionam com um determinado número de valores ou estados lógicos, que geralmente são dois (0 e 1). 8 Nível lógico 1 Nível lógico 0 t Sinal analógico: sinal que tem uma variação contínua ao longo do tempo. Sinal digital: sinal que tem uma variação por saltos de uma forma descontínua.
  • 9. Classificação dos C.I. Classificação dos circuitos integrados quanto à sua gama de integração: A gama de integração refere-se ao número de componentes que o CI contém. SSI (Small Scale Integration) – Integração em pequena escala: São os CI com menos componentes. Podem dispor de até 30 dispositivos por pastilha (chip). MSI (Medium Scale Integration) – Integração em média escala: Corresponde aos CI com várias centenas de componentes, podendo possuir de 30 a 1000 dispositivos por pastilha (estes circuitos incluem descodificadores, contadores, etc.). LSI (Large Scale Integration) – Integração em grande escala: Contém milhares de componentes podendo possuir de 1000 até 100 000 dispositivos por pastilha (estes circuitos normalmente efectuam funções lógicas complexas, tais como toda a parte aritmética duma calculadora, um relógio digital, etc.). VLSI (Very Large Scale Integration) – Integração em muito larga escala: É o grupo de CI com um número de componentes compreendido entre 100 000 e 10 milhões de dispositivos por pastilha (são utilizados na implementação de microprocessadores). ULSI (Ultra Large Scale Integration) – Integração em escala ultra larga: É o grupo de CI com mais de 10 milhões de dispositivos por pastilha. 9
  • 10. Tipos de cápsulas do C.I. Os principais tipos de cápsulas utilizadas para envolver e proteger os chips são basicamente quatro: Cápsulas com dupla fila de pinos (DIL ou DIP – Dual In Line) Cápsulas planas (Flat-pack) Cápsulas metálicas TO-5 (cilíndricas) Cápsulas especiais Enquanto as cápsulas TO-5 são de material metálico, as restantes podem utilizar materiais plásticos ou cerâmicos. 10
  • 11. Cápsula com dupla fila de pinos 11 Para os CI de baixa potência – DIL ou DIP As cápsulas de dupla fila de pinos são as mais utilizadas, podendo conter vários chips interligados. Nos integrados de encapsulamento DIL a numeração dos terminais é feita a partir do terminal 1 (identificado pela marca), vai por essa linha de terminais e volta pela outra (em sentido anti-horário). Durante essa identificação dos terminais o CI deve ser sempre observado por cima.
  • 12. Cápsula com quatro filas de pinos QIL – Quad In Line Para c.i. de média potência, por exemplo, amplificadores de áudio. A principal razão da linha quádrupla de pinos é o de permitir um maior afastamento das respectivas “ilhas” de ligação no circuito impresso, de forma que pistas mais largas (portanto para correntes maiores) possam ser ligadas a tais “ilhas”. 12 1
  • 13. Cápsula com linha única de pinos 13 SIL – Single In Line Alguns integrados pré-amlificadores, e mesmo alguns amplificadores de certa potência, para áudio, apresentam esta configuração. 1
  • 14. Cápsulas planas (Flat-pack) As cápsulas planas têm reduzido volume e espessura e são formadas por terminais dispostos horizontalmente. Pelo facto de se disporem sobre o circuito impresso a sua instalação ocupa pouco espaço. 14
  • 15. Cápsulas metálicas TO-5 Têm um corpo cilíndrico metálico, com os terminais dispostos em linha circular, na sua base. A contagem dos terminais inicia-se pela pequena marca, em sentido horário, com o componente visto por baixo. 15
  • 16. Cápsulas especiais As cápsulas especiais são as que dispõem de numerosos terminais para interligarem a enorme integração de componentes que determinados chips dispõem (por exemplo, CI contendo microprocessadores). Encapsulamento QUAD PACK 16
  • 17. Circuitos Integrados de potência Alguns integrados de potência têm uma cápsula extremamente parecida com a dos transístores de potência. 17 Algumas observações importantes a respeito das aletas de acoplamento aos dissipadores de calor: Aleta metálica Dissipador de calor As aletas podem ser fixadas a dissipadores de alumínio em método idêntico ao utilizado nos transístores de potência. Acoplar-se as aletas à própria caixa (se for metálica) que contém o circuito. As aletas podem ser soldadas a uma das faces de cobre do circuito impresso (no caso de uma dupla face). As aletas, quase sempre estão ligadas electricamente por dentro do c.i., ao pino correspondente ao negativo da alimentação (massa).
  • 18. Cápsulas de C.I. em SMT Existem três tipos básicos de cápsulas de circuitos integrados em SMT (Surface Mount Technology): SOIC – Small-Outline Integrated Circuit – é semelhante a um DIP em miniatura e com os pinos dobrados. PLCC – Plastic-Leaded Chip Carrier – tem os terminais dobrados para debaixo do corpo. LCCC – Leadless Ceramic Chip Carrier – não tem pinos. No seu lugar existem uns contactos metálicos moldados na cápsula cerâmica.
  • 19. Bases para os C.I. A base ou soquete, em termos práticos, além de facilitar a eventual manutenção do circuito, evita o aquecimento do circuito integrado quando se solda. Lucínio Preza de Araújo