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ESTADO DE MATO GROSSO
        SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
     UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
  DIVISÃO DE LICENCIATURAS PLENAS PARCELADAS
    CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MÉDIO ARAGUAIA
       NÚCLEO PEDAGÓGICO DE VILA RICA-MT




CURSO: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

          DISCIPLINA: Ciência Naturas l

        DOCENTE: Dr. Pedro Martins Sousa

                 ACADÊMICO:

               Jonaldo Vieira Nunes
                Jandir Luiz Cagliari
             Rosane da Rosa Geleski
            Wigna Silva de Melo Sousa
             Sileide Machado Lucio
O PROCESSO DE ABATE DE BOVINOS
        O Brasil detém o segundo maior rebanho de
bovinos do mundo, ficando atrás apenas da                    Isabel Cristina Lopes
                                                             Dias Antonio Carlos
índia, muito embora esse país não utilize a pecuária         Leal de Castro
bovina com fins comerciais. Com o maior rebanho
bovino comercial do mundo, o Brasil possui um efetivo
de animais de 200 milhões"SEGUNDO O INSTITUTO
BRASILEIRO           DE        GEOGRAFI             E
ESTATISTICA, 2010", superando, neste quesito, os
rebanhos chinês e indiano, sendo também o maior
exportador de carne bovina.




                                 Cad. Pesq., São Luis, v. 18, n. especial, dez. 2011
Esse crescimento da produção animal para corte no
pais se traduz no surgimento de um números crescente de
abatedouros, seja de bovinos, suínos ou de aves. A
industria de abate e processamento de carnes participa de
forma relevante na atividade econômica brasileira, no
tocante ao volume de produção de exportação e
capacidade de geração de empregos.
Associado a isso, as indústria de alimentos e
as agroindústrias geralmente produzem grandes
quantidades de resíduos, não estando disponíveis
sistemas adequados de disposição, criando
problemas ambientais. Nas indústrias de carne, os
processos de abate são os principais contribuintes
para os resíduos líquidos (NIETO, 2000).
A maioria dos estabelecimentos lança suas águas
residuárias diretamente em cursos d' água que, se forem
volumosos e perenes, são capaz de autodepurar a carga
recebida sem maiores prejuízos. Porém, o que
freqüentemente acontece é que os rios são de pequeno
porte, e como os efluentes possuem alta concentração de
matérias orgânica, isto torna as águas receptoras
impróprias á vida aquática e aos vários usos de natureza
agrícola, comercial, ou recreativo ( RIBEIRO, 2010).
Em abatedouros, assim como em vários tipos de
indústrias, o alto consumo de água acarreta grandes volumes de
efluentes, considerando que 80 a 90% da água consumida são
descarregadas como efluente líquido. Estes efluentes
caracterizam-se principalmente por: alta carga orgânica, devido
á presença de sangue, gorduras, esterco, conteúdo estomacal
não-digeridos e conteúdo intestinal; flutuações de ph em função
do uso de agentes de limpeza ácidos e básicos; altos conteúdos
de nitrogênios, fósforo, sal, e flutuações de temperaturas- uso da
água quente e fria (COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE
SANEAMENTO AMBIENTAL, 2008).
O trabalho com produtos perecíveis faz com que os trabalhadores
tenham de trabalhar muito rapidamente, sendo esta uma das
características das condições de trabalho nas unidades frigoríficas e
não permitindo que o trabalhador tenha controle sobre seu modo
trabalhar. Nesses estabelecimentos, o trabalho é muito especializado e
quase todas as tarefas se realizam ao longo de linhas de produção nas
quais a matéria- prima se desloca em trilhos ou transportadores aéreos
e cada trabalhador realiza apenas uma operação. Objetos cortante são
manipulados em movimentos firmes e vigorosos que podem causar
lesões do sistemas músculo-esquelético, principalmente pela
possibilidade dos animais reagirem de forma violentas inesperada
(TAVOLARO et al., 2007).
Diante do presente trabalho destaca os principais problemas
relacionados ás condições de saúde ocupacional e ambiental
durante o processo de trabalho em abatedouros. Os primeiros
relatos de doenças ocupacionais em abatedouro e frigoríficos
datam de 1906. Desde esta época, a forma de organização da
produção neste setor evoluiu muito pouco. Depois da
recessão que afetou a indústria da carne nos anos 70, os
abatedouros se tornaram mais mecanizados e automatizados.
A produção em massa foi implementada, com especialização
do maquinário, extensa divisão de tarefas, trabalho semi-
qualificado e produção relativamente homogênea para o
consumo em grande escala. O número de acidentes
ocupacionais nos abatedouros, cuja média sempre foi maior
do que em outras indústria, aumentou em função da
transformação e organização, processo e relações de trabalho
(NOVEK, YASSI1990 E SPIEGEL).
Os abatedouros são locais úmidos, barulhento, com
alta e baixa temperaturas se alternando dentro da mesma
instalação. As operações de abate e obtenção de carnes
ocorrem de forma seqüencial, como numa linha de
montagem, na qual a velocidade de trabalho não é
determinada pelo individuo, mas pelo número de animais
que devem ser abatidos por intervalo de tempo (PARDI et
al., 1993).
Além disso, O Brasil elenca alguns dos principais
fatores de risco á saúde dos trabalhadores nas atividades de
processamento de carnes, como: realização de atividade
fragmentadas, sujeitas á cadência imposta pelas máquinas e
pela organização da produção, com pressões de tempos;
atividades, em sua maioria fixa e pouco variáveis, com ciclos de
trabalho muito curtos, ocasionado alta repetitividade; posturas
inadequada dos membros superiores, do tronco e da cabeça.
Um grande número de tarefa nos frigoríficos exige atenção
visual de forma permanente; trabalho permanente em ambiente
frio; exposição continua a níveis de ruído acima de 80 decibéis;
condições insalubres como exposição á umidade e a agentes
biológicos.
Os critérios estabelecidos pelas Diretrizes para Programas de
gerenciamento Ergonômico para Empresas de abate e Processamento
de Carnes recomendam a adoção das seguintes medidas hábeis á
redução de doenças ocupacionais neste setor econômico: alteração na
velocidade do processo produtivo; redução do número total de repetições
por trabalhador, por meio da redução dos níveis da produção, assim
como a limitação de horas extras; pausas de recuperação de fadiga;
aumento do número de empregados designados para realizar as tarefas
mais criticas, especialmente em relação levantamento de objetos
pesados; rodízio de tarefas; número suficiente de empregados para
produção e cobrir absenteísmo (OCCUPATIONAL SAFETY AND
HEALTH ADMINISTRATION, 2010).

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Processo de abate e impactos na saúde

  • 1. ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DIVISÃO DE LICENCIATURAS PLENAS PARCELADAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MÉDIO ARAGUAIA NÚCLEO PEDAGÓGICO DE VILA RICA-MT CURSO: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO DISCIPLINA: Ciência Naturas l DOCENTE: Dr. Pedro Martins Sousa ACADÊMICO: Jonaldo Vieira Nunes Jandir Luiz Cagliari Rosane da Rosa Geleski Wigna Silva de Melo Sousa Sileide Machado Lucio
  • 2. O PROCESSO DE ABATE DE BOVINOS O Brasil detém o segundo maior rebanho de bovinos do mundo, ficando atrás apenas da Isabel Cristina Lopes Dias Antonio Carlos índia, muito embora esse país não utilize a pecuária Leal de Castro bovina com fins comerciais. Com o maior rebanho bovino comercial do mundo, o Brasil possui um efetivo de animais de 200 milhões"SEGUNDO O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFI E ESTATISTICA, 2010", superando, neste quesito, os rebanhos chinês e indiano, sendo também o maior exportador de carne bovina. Cad. Pesq., São Luis, v. 18, n. especial, dez. 2011
  • 3. Esse crescimento da produção animal para corte no pais se traduz no surgimento de um números crescente de abatedouros, seja de bovinos, suínos ou de aves. A industria de abate e processamento de carnes participa de forma relevante na atividade econômica brasileira, no tocante ao volume de produção de exportação e capacidade de geração de empregos.
  • 4. Associado a isso, as indústria de alimentos e as agroindústrias geralmente produzem grandes quantidades de resíduos, não estando disponíveis sistemas adequados de disposição, criando problemas ambientais. Nas indústrias de carne, os processos de abate são os principais contribuintes para os resíduos líquidos (NIETO, 2000).
  • 5. A maioria dos estabelecimentos lança suas águas residuárias diretamente em cursos d' água que, se forem volumosos e perenes, são capaz de autodepurar a carga recebida sem maiores prejuízos. Porém, o que freqüentemente acontece é que os rios são de pequeno porte, e como os efluentes possuem alta concentração de matérias orgânica, isto torna as águas receptoras impróprias á vida aquática e aos vários usos de natureza agrícola, comercial, ou recreativo ( RIBEIRO, 2010).
  • 6. Em abatedouros, assim como em vários tipos de indústrias, o alto consumo de água acarreta grandes volumes de efluentes, considerando que 80 a 90% da água consumida são descarregadas como efluente líquido. Estes efluentes caracterizam-se principalmente por: alta carga orgânica, devido á presença de sangue, gorduras, esterco, conteúdo estomacal não-digeridos e conteúdo intestinal; flutuações de ph em função do uso de agentes de limpeza ácidos e básicos; altos conteúdos de nitrogênios, fósforo, sal, e flutuações de temperaturas- uso da água quente e fria (COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 2008).
  • 7. O trabalho com produtos perecíveis faz com que os trabalhadores tenham de trabalhar muito rapidamente, sendo esta uma das características das condições de trabalho nas unidades frigoríficas e não permitindo que o trabalhador tenha controle sobre seu modo trabalhar. Nesses estabelecimentos, o trabalho é muito especializado e quase todas as tarefas se realizam ao longo de linhas de produção nas quais a matéria- prima se desloca em trilhos ou transportadores aéreos e cada trabalhador realiza apenas uma operação. Objetos cortante são manipulados em movimentos firmes e vigorosos que podem causar lesões do sistemas músculo-esquelético, principalmente pela possibilidade dos animais reagirem de forma violentas inesperada (TAVOLARO et al., 2007).
  • 8. Diante do presente trabalho destaca os principais problemas relacionados ás condições de saúde ocupacional e ambiental durante o processo de trabalho em abatedouros. Os primeiros relatos de doenças ocupacionais em abatedouro e frigoríficos datam de 1906. Desde esta época, a forma de organização da produção neste setor evoluiu muito pouco. Depois da recessão que afetou a indústria da carne nos anos 70, os abatedouros se tornaram mais mecanizados e automatizados. A produção em massa foi implementada, com especialização do maquinário, extensa divisão de tarefas, trabalho semi- qualificado e produção relativamente homogênea para o consumo em grande escala. O número de acidentes ocupacionais nos abatedouros, cuja média sempre foi maior do que em outras indústria, aumentou em função da transformação e organização, processo e relações de trabalho (NOVEK, YASSI1990 E SPIEGEL).
  • 9. Os abatedouros são locais úmidos, barulhento, com alta e baixa temperaturas se alternando dentro da mesma instalação. As operações de abate e obtenção de carnes ocorrem de forma seqüencial, como numa linha de montagem, na qual a velocidade de trabalho não é determinada pelo individuo, mas pelo número de animais que devem ser abatidos por intervalo de tempo (PARDI et al., 1993).
  • 10. Além disso, O Brasil elenca alguns dos principais fatores de risco á saúde dos trabalhadores nas atividades de processamento de carnes, como: realização de atividade fragmentadas, sujeitas á cadência imposta pelas máquinas e pela organização da produção, com pressões de tempos; atividades, em sua maioria fixa e pouco variáveis, com ciclos de trabalho muito curtos, ocasionado alta repetitividade; posturas inadequada dos membros superiores, do tronco e da cabeça. Um grande número de tarefa nos frigoríficos exige atenção visual de forma permanente; trabalho permanente em ambiente frio; exposição continua a níveis de ruído acima de 80 decibéis; condições insalubres como exposição á umidade e a agentes biológicos.
  • 11. Os critérios estabelecidos pelas Diretrizes para Programas de gerenciamento Ergonômico para Empresas de abate e Processamento de Carnes recomendam a adoção das seguintes medidas hábeis á redução de doenças ocupacionais neste setor econômico: alteração na velocidade do processo produtivo; redução do número total de repetições por trabalhador, por meio da redução dos níveis da produção, assim como a limitação de horas extras; pausas de recuperação de fadiga; aumento do número de empregados designados para realizar as tarefas mais criticas, especialmente em relação levantamento de objetos pesados; rodízio de tarefas; número suficiente de empregados para produção e cobrir absenteísmo (OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH ADMINISTRATION, 2010).