Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre o manejo da fertilização potássica e regime hídrico em amendoim cultivado em segunda safra. O estudo avaliou o crescimento, rendimento e absorção de nutrientes do amendoim sob diferentes níveis de irrigação e aplicações de potássio. Os resultados indicaram que o maior crescimento, produtividade e absorção de nutrientes ocorreram com irrigação equivalente a 100% da evapotranspiração da cultura associada a aplicações parceladas de potássio ao longo do c
Avaliação da fotossíntese em mudas de macaúba (acrocomia aculeata (jacq.) lod...AcessoMacauba
Avaliou-se a fotossíntese em mudas de macaúba submetidas à restrição hídrica. A macaúba mostrou tolerância à deficiência hídrica, com a fotossíntese chegando a zero após 4 semanas, enquanto a relação carbono interno/externo e eficiência no uso da água diminuíram apenas na quinta semana. Essa tolerância pode explicar a ocorrência natural da macaúba em regiões com sazonalidade pluviométrica.
Este estudo avaliou o comportamento fenológico e a produção de flores de acessos de Passiflora cincinnata ao longo do ano para identificar os mais produtivos. A espécie apresenta potencial ornamental e frutífero e é usada na alimentação e renda de agricultores familiares na região da Caatinga. As avaliações foram realizadas em 117 indivíduos cultivados na Embrapa Semiárido, com medições mensais das fenofases reprodutivas e vegetativas.
O documento descreve um estudo sobre as formas de fósforo no solo sob sistemas de cultivo de milho exclusivo e consorciado com feijão sob adubação orgânica e mineral. Os principais achados são: 1) a adição de composto orgânico e fertilizante mineral aumentou as formas mais lábeis de fósforo orgânico no solo; 2) a adição de composto orgânico aumentou o fósforo na biomassa microbiana em ambos os sistemas de cultivo; 3) o fósforo orgânico solúvel predomin
O documento avalia dois métodos de manejo de irrigação (tensiometria e balanço hídrico climatológico) em cultivo de feijoeiro sob sistemas convencional e direto. Os métodos permitiram gerenciar a irrigação de forma eficiente sem reduzir a produtividade. A tensiometria possibilitou economia de 15% da água aplicada em relação ao balanço hídrico.
Seleção de famílias de tomateiro para processamento nos sistemas pivô central...Jose Carvalho
Este documento descreve uma pesquisa sobre a seleção de famílias de tomateiro para processamento nos sistemas de irrigação por pivô central e gotejamento. O objetivo foi avaliar 30 famílias de tomateiro em comparação com híbridos comerciais, considerando características agronômicas e industriais. Os resultados indicaram que o sistema de irrigação por gotejamento produziu maior quantidade de frutos adequados para o processamento, porém com menor teor de sólidos solúveis. Os melhores genótipos para amb
Teor de carboidrato em sementes de uma população natural de localizada na reg...AcessoMacauba
Este documento apresenta os resultados de um estudo que analisou o teor de carboidratos em sementes de Acrocomia aculeata coletadas de 12 palmeiras em uma população natural no município de Rosana, SP. Os resultados mostraram grande variação no teor de carboidratos entre as palmeiras, variando de 5,03 a 12,91 mg/g, o que pode contribuir para a conservação da população e indicar variação genética para este caracter.
Este estudo avaliou o efeito da adubação orgânica com vermicomposto bovino sólido na cultura do tomateiro em ambiente protegido. O tratamento que recebeu duas doses de vermicomposto apresentou produtividade e peso médio de frutos similares ao tratamento mineral, indicando que a adubação orgânica pode substituir fertilizantes químicos na cultura do tomateiro.
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...AcessoMacauba
Este estudo estimou parâmetros genéticos para características morfológicas em 15 famílias de macaúba. A variabilidade genética encontrada pode ser explorada em programas de melhoramento. As estimativas de herdabilidade variaram entre 50-72%, indicando potencial para melhoria das características por seleção genética.
Avaliação da fotossíntese em mudas de macaúba (acrocomia aculeata (jacq.) lod...AcessoMacauba
Avaliou-se a fotossíntese em mudas de macaúba submetidas à restrição hídrica. A macaúba mostrou tolerância à deficiência hídrica, com a fotossíntese chegando a zero após 4 semanas, enquanto a relação carbono interno/externo e eficiência no uso da água diminuíram apenas na quinta semana. Essa tolerância pode explicar a ocorrência natural da macaúba em regiões com sazonalidade pluviométrica.
Este estudo avaliou o comportamento fenológico e a produção de flores de acessos de Passiflora cincinnata ao longo do ano para identificar os mais produtivos. A espécie apresenta potencial ornamental e frutífero e é usada na alimentação e renda de agricultores familiares na região da Caatinga. As avaliações foram realizadas em 117 indivíduos cultivados na Embrapa Semiárido, com medições mensais das fenofases reprodutivas e vegetativas.
O documento descreve um estudo sobre as formas de fósforo no solo sob sistemas de cultivo de milho exclusivo e consorciado com feijão sob adubação orgânica e mineral. Os principais achados são: 1) a adição de composto orgânico e fertilizante mineral aumentou as formas mais lábeis de fósforo orgânico no solo; 2) a adição de composto orgânico aumentou o fósforo na biomassa microbiana em ambos os sistemas de cultivo; 3) o fósforo orgânico solúvel predomin
O documento avalia dois métodos de manejo de irrigação (tensiometria e balanço hídrico climatológico) em cultivo de feijoeiro sob sistemas convencional e direto. Os métodos permitiram gerenciar a irrigação de forma eficiente sem reduzir a produtividade. A tensiometria possibilitou economia de 15% da água aplicada em relação ao balanço hídrico.
Seleção de famílias de tomateiro para processamento nos sistemas pivô central...Jose Carvalho
Este documento descreve uma pesquisa sobre a seleção de famílias de tomateiro para processamento nos sistemas de irrigação por pivô central e gotejamento. O objetivo foi avaliar 30 famílias de tomateiro em comparação com híbridos comerciais, considerando características agronômicas e industriais. Os resultados indicaram que o sistema de irrigação por gotejamento produziu maior quantidade de frutos adequados para o processamento, porém com menor teor de sólidos solúveis. Os melhores genótipos para amb
Teor de carboidrato em sementes de uma população natural de localizada na reg...AcessoMacauba
Este documento apresenta os resultados de um estudo que analisou o teor de carboidratos em sementes de Acrocomia aculeata coletadas de 12 palmeiras em uma população natural no município de Rosana, SP. Os resultados mostraram grande variação no teor de carboidratos entre as palmeiras, variando de 5,03 a 12,91 mg/g, o que pode contribuir para a conservação da população e indicar variação genética para este caracter.
Este estudo avaliou o efeito da adubação orgânica com vermicomposto bovino sólido na cultura do tomateiro em ambiente protegido. O tratamento que recebeu duas doses de vermicomposto apresentou produtividade e peso médio de frutos similares ao tratamento mineral, indicando que a adubação orgânica pode substituir fertilizantes químicos na cultura do tomateiro.
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...AcessoMacauba
Este estudo estimou parâmetros genéticos para características morfológicas em 15 famílias de macaúba. A variabilidade genética encontrada pode ser explorada em programas de melhoramento. As estimativas de herdabilidade variaram entre 50-72%, indicando potencial para melhoria das características por seleção genética.
Correlação entre características morfológicas e fisiológicas em progênies de ...AcessoMacauba
Este estudo avaliou a correlação entre características morfológicas e fisiológicas em progênies de macaúba. Não foram encontradas correlações significativas entre essas características, possivelmente devido ao pequeno número de famílias amostradas. Estudos futuros com maior diversidade genética e medidas repetidas ao longo do tempo podem revelar associações entre os parâmetros.
Variabilidade genética em pennisetum purpureumBIOMIX
Este documento discute a variabilidade genética em Pennisetum purpureum (capim elefante). Apresenta as principais metodologias usadas para avaliar essa variabilidade, incluindo marcadores morfológicos, enzimáticos e de DNA. Conclui que essas metodologias foram eficientes em detectar alta variabilidade genética nos genótipos de capim elefante estudados no Brasil e em outros países.
Este estudo avaliou o crescimento e produção da mamoneira sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação e doses de nitrogênio. A salinidade da água reduziu características de crescimento e produção da planta. Doses maiores de nitrogênio atenuaram os efeitos negativos da salinidade até um nível de 2,4 dS m-1. A salinidade e nitrogênio aumentaram a condutividade elétrica do solo.
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...fernandameneguzzo
1. O documento discute o uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e seus impactos na qualidade da água subterrânea.
2. Estudos anteriores mostraram a presença de agrotóxicos na água subterrânea dessas áreas, embora em níveis ainda considerados seguros. Há também aumento dos níveis de nitrato.
3. É necessário um planejamento do uso da terra nessas áreas frágeis para proteger o Aqüífero Guarani
1. O relatório descreve uma aula de campo realizada na região da Usina Hidrelétrica de Jauru em Mato Grosso para estudar a biodiversidade local, especialmente mamíferos.
2. Foram utilizados métodos como armadilhas, observação direta e coleta de amostras para identificar espécies de mamíferos na área e entender os impactos da construção da usina no local.
3. Os resultados identificaram diversas espécies de mamíferos e discutiram como as atividades da usina afet
1) O documento estima o balanço hídrico climatológico da bacia hidrográfica do rio Sorocaba em São Paulo entre 1974-2012, calculando o excedente hídrico médio anual de 392 mm, equivalente a 65,5 m3/s ou 2 x 109 m3/ano.
2) Chuvas concentram-se de outubro a março, quando ocorre 70% da precipitação anual na bacia.
3) A disponibilidade hídrica per capita de 1.600 m3/hab-ano
1. O estudo estimou a evapotranspiração de referência (ETo) na bacia do Baixo São Francisco entre 2009-2018 usando o método Penman-Monteith recomendado pela FAO.
2. A dinâmica temporal da ETo seguiu padrões semelhantes nos locais, com Pão de Açúcar tendo o maior valor médio diário de ETo e Arapiraca o menor.
3. Em média, a ETo anual acumulada na bacia foi de 1635,23 mm/ano, com valores mais baix
Este documento apresenta e avalia uma metodologia alternativa de educação ambiental marinha chamada EcoTurisMar, testada no Parque Estadual da Ilha Anchieta. A metodologia foi comparada com o projeto "Trilha Sub-Aquática", que já havia demonstrado eficácia. Os resultados indicaram que ambas as metodologias melhoraram a compreensão dos ecoturistas sobre as interrelações ambientais, porém o EcoTurisMar foi mais eficaz em promover a visão de convivência harmoniosa entre natureza e humanos.
Avaliação de caracteristicas fisiológicas em progênies de macaúba com vistas ...AcessoMacauba
1) O estudo avaliou características fisiológicas em 15 famílias de meios-irmãos de macaúba para estimar parâmetros genéticos e variabilidade.
2) Apenas a relação entre taxa de assimilação líquida de CO2 e condutância estomática diferiu entre famílias.
3) Isso sugere focar inicialmente em melhoramento por seleção de características morfológicas, onde já existe variabilidade conhecida.
Potenciais produtivo e genético de clones de batata doceBIOMIX
Este estudo avaliou o potencial produtivo e genético de nove clones e duas variedades de batata-doce. O clone 6 apresentou a maior produtividade de raiz comercial, com 12,08 t/ha. Os clones 8, 14 e a variedade Rainha Prata tiveram as maiores produtividades de fitomassa da parte aérea. O clone 11 teve alta produtividade de raiz e fitomassa, além de características morfológicas favoráveis ao manejo da cultura.
Este documento descreve um estudo sobre a dieta alimentar de quatro espécies de peixes do Rio Gramame na Paraíba. 105 espécimes de quatro espécies de peixes foram coletados em quatro pontos ao longo do rio entre 2010-2012. Após análise do conteúdo estomacal, observou-se sobreposição na dieta de Metynnis lippincottianus e Rhamdia quelen na área montante, e possível competição entre Prochilodus brevis e Hypostomus pusarum na área jusante.
1. O estudo objetivou determinar os valores de irrigação e número de irrigações necessários para o feijoeiro semeado em diferentes épocas na região central do Rio Grande do Sul, considerando a capacidade de armazenamento de água dos principais solos.
2. Foram simulados o ciclo do feijoeiro, a irrigação e a variação de umidade do solo para 13 solos, em 10 épocas de semeadura e anos entre 1968-2006.
3. A maior demanda por irrigação ocorreu nos últimos perí
Este estudo avaliou o rendimento e qualidade de três cultivares de melancia plantadas em três épocas diferentes no Rio Grande do Norte. A semeadura em agosto resultou na maior massa média e produtividade dos frutos. Os frutos plantados em junho tiveram menor acidez e melhor palatabilidade. A época de plantio influenciou o rendimento e qualidade dos frutos de melancia.
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...Ana Aguiar
O documento descreve um estudo sobre a exportação de nutrientes por frutos de goiabeira 'Paluma' sob diferentes níveis de adubação mineral com NPK. Foram avaliados quinze tratamentos com doses variadas de nitrogênio, fósforo e potássio. Os resultados mostraram que a exportação de macronutrientes pelos frutos foi na ordem K > N > Ca > P > S > Mg, enquanto para micronutrientes foi Fe > Zn > Mn. A adubação mineral afetou significativamente a exportação de nutrientes pelos frutos
O documento descreve uma pesquisa que analisou a qualidade da água residuária tratada para uso na irrigação agrícola. Os parâmetros físico-químicos da água residuária e da água de abastecimento foram medidos em intervalos de 21 dias, e os resultados mostraram que a água residuária está dentro dos padrões agronômicos para irrigação. O uso da água residuária pode suprir as necessidades hídricas e nutricionais das culturas com benefícios ambientais.
1. Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a caracterização paleoceanográfica do testemunho JPC-95, coletado na margem continental sul brasileira, baseada em análise de foraminíferos planctônicos e isótopos estáveis de oxigênio.
2. Foram identificados três grandes intervalos paleoclimáticos no testemunho - o último intervalo interglacial, o último glacial e o intervalo pós-glacial correspondente ao Holoceno - correlacionáveis com as biozonas X, Y
Disseração mestrado estudo do potencial do processamento dos frutos de maracu...dudu7000
This dissertation studied the potential for processing pulp from wild passion fruit species Passiflora setacea DC and Passiflora cincinnata MAST, determining phytochemical content and thermophysical properties and comparing them to the commercial species Passiflora edulis f. flavicarpa. The study found higher levels of phytochemicals in the wild species and thermophysical properties suitable for processing equipment designed for the commercial species. The results demonstrate the potential for industrialization of pulps from the wild passion fruit species studied.
geoestatistica como ferramenta para o manejo sustentavel da fertilizade do so...Leandro Almeida
Este documento descreve um estudo que analisou o comportamento espacial do pH e dos macronutrientes do solo em uma área de 65 hectares de cafezal no município de Araguari, MG. Foram coletadas amostras de solo em uma malha de um ponto por hectare e realizadas análises geoestatísticas para modelar o comportamento espacial desses atributos. Os resultados mostram que o pH apresentou forte dependência espacial, enquanto os macronutrientes tiveram dependência moderada. Esses modelos
Tese de doutorado.
Gonçalves, Paulo Antonio de Souza. Impacto das adubações mineral e orgânica sobre a incidência de tripes, Thrips tabaci Lind., e míldio, Peronospora destructor Berk. Casp., em cebola, Allium cepa L., e da diversidade vegetal na cultura sobre as populações de T. tabaci e sirfídeos predadores/ Paulo Antonio de Souza Gonçalves . Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recursos Naturais. São Carlos : UFSCar, 2001. 123 p.
Variabilidade fenotípica de acrocomia aculeata (jacq.) lodd. ex mart. thais c...AcessoMacauba
Este documento descreve um estudo que caracterizou 54 progênies de macaúba conservadas em um banco de germoplasma utilizando 10 descritores morfológicos qualitativos. Os descritores foram eficientes em agrupar as progênies, porém não de acordo com sua origem geográfica. Quatro das seis progênies coletadas em São Paulo foram agrupadas.
ASPECTOS MORFOFISIOLÓGICOS DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS DA CAATINGA SOB ADUBAÇÃO F...Diógenes de Oliveira
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Zootecnia, da
Universidade Federal Rural de
Pernambuco, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Zootecnia (Área de Concentração:
Forragicultura)
Orientador:
Prof.º Márcio Vieira da Cunha
Coorientadores:
Prof.º Sérgio Luiz Ferreira da Silva
Prof.º Alexandre Carneiro Leão de Mello
Este documento avalia o desempenho do coentro e da salsa cultivados em sistema hidropônico sob diferentes concentrações de solução nutritiva e posições nas plantas nos perfis hidropônicos. Os resultados mostraram que ambas as culturas tiveram melhores rendimentos (produção de massa fresca, número de folhas e altura) quando cultivadas com solução nutritiva de 100% da concentração recomendada. As posições inicial e intermediária nos perfis hidropônicos também resultaram em maiores rendimentos para coentro e salsa.
Correlação entre características morfológicas e fisiológicas em progênies de ...AcessoMacauba
Este estudo avaliou a correlação entre características morfológicas e fisiológicas em progênies de macaúba. Não foram encontradas correlações significativas entre essas características, possivelmente devido ao pequeno número de famílias amostradas. Estudos futuros com maior diversidade genética e medidas repetidas ao longo do tempo podem revelar associações entre os parâmetros.
Variabilidade genética em pennisetum purpureumBIOMIX
Este documento discute a variabilidade genética em Pennisetum purpureum (capim elefante). Apresenta as principais metodologias usadas para avaliar essa variabilidade, incluindo marcadores morfológicos, enzimáticos e de DNA. Conclui que essas metodologias foram eficientes em detectar alta variabilidade genética nos genótipos de capim elefante estudados no Brasil e em outros países.
Este estudo avaliou o crescimento e produção da mamoneira sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação e doses de nitrogênio. A salinidade da água reduziu características de crescimento e produção da planta. Doses maiores de nitrogênio atenuaram os efeitos negativos da salinidade até um nível de 2,4 dS m-1. A salinidade e nitrogênio aumentaram a condutividade elétrica do solo.
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...fernandameneguzzo
1. O documento discute o uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e seus impactos na qualidade da água subterrânea.
2. Estudos anteriores mostraram a presença de agrotóxicos na água subterrânea dessas áreas, embora em níveis ainda considerados seguros. Há também aumento dos níveis de nitrato.
3. É necessário um planejamento do uso da terra nessas áreas frágeis para proteger o Aqüífero Guarani
1. O relatório descreve uma aula de campo realizada na região da Usina Hidrelétrica de Jauru em Mato Grosso para estudar a biodiversidade local, especialmente mamíferos.
2. Foram utilizados métodos como armadilhas, observação direta e coleta de amostras para identificar espécies de mamíferos na área e entender os impactos da construção da usina no local.
3. Os resultados identificaram diversas espécies de mamíferos e discutiram como as atividades da usina afet
1) O documento estima o balanço hídrico climatológico da bacia hidrográfica do rio Sorocaba em São Paulo entre 1974-2012, calculando o excedente hídrico médio anual de 392 mm, equivalente a 65,5 m3/s ou 2 x 109 m3/ano.
2) Chuvas concentram-se de outubro a março, quando ocorre 70% da precipitação anual na bacia.
3) A disponibilidade hídrica per capita de 1.600 m3/hab-ano
1. O estudo estimou a evapotranspiração de referência (ETo) na bacia do Baixo São Francisco entre 2009-2018 usando o método Penman-Monteith recomendado pela FAO.
2. A dinâmica temporal da ETo seguiu padrões semelhantes nos locais, com Pão de Açúcar tendo o maior valor médio diário de ETo e Arapiraca o menor.
3. Em média, a ETo anual acumulada na bacia foi de 1635,23 mm/ano, com valores mais baix
Este documento apresenta e avalia uma metodologia alternativa de educação ambiental marinha chamada EcoTurisMar, testada no Parque Estadual da Ilha Anchieta. A metodologia foi comparada com o projeto "Trilha Sub-Aquática", que já havia demonstrado eficácia. Os resultados indicaram que ambas as metodologias melhoraram a compreensão dos ecoturistas sobre as interrelações ambientais, porém o EcoTurisMar foi mais eficaz em promover a visão de convivência harmoniosa entre natureza e humanos.
Avaliação de caracteristicas fisiológicas em progênies de macaúba com vistas ...AcessoMacauba
1) O estudo avaliou características fisiológicas em 15 famílias de meios-irmãos de macaúba para estimar parâmetros genéticos e variabilidade.
2) Apenas a relação entre taxa de assimilação líquida de CO2 e condutância estomática diferiu entre famílias.
3) Isso sugere focar inicialmente em melhoramento por seleção de características morfológicas, onde já existe variabilidade conhecida.
Potenciais produtivo e genético de clones de batata doceBIOMIX
Este estudo avaliou o potencial produtivo e genético de nove clones e duas variedades de batata-doce. O clone 6 apresentou a maior produtividade de raiz comercial, com 12,08 t/ha. Os clones 8, 14 e a variedade Rainha Prata tiveram as maiores produtividades de fitomassa da parte aérea. O clone 11 teve alta produtividade de raiz e fitomassa, além de características morfológicas favoráveis ao manejo da cultura.
Este documento descreve um estudo sobre a dieta alimentar de quatro espécies de peixes do Rio Gramame na Paraíba. 105 espécimes de quatro espécies de peixes foram coletados em quatro pontos ao longo do rio entre 2010-2012. Após análise do conteúdo estomacal, observou-se sobreposição na dieta de Metynnis lippincottianus e Rhamdia quelen na área montante, e possível competição entre Prochilodus brevis e Hypostomus pusarum na área jusante.
1. O estudo objetivou determinar os valores de irrigação e número de irrigações necessários para o feijoeiro semeado em diferentes épocas na região central do Rio Grande do Sul, considerando a capacidade de armazenamento de água dos principais solos.
2. Foram simulados o ciclo do feijoeiro, a irrigação e a variação de umidade do solo para 13 solos, em 10 épocas de semeadura e anos entre 1968-2006.
3. A maior demanda por irrigação ocorreu nos últimos perí
Este estudo avaliou o rendimento e qualidade de três cultivares de melancia plantadas em três épocas diferentes no Rio Grande do Norte. A semeadura em agosto resultou na maior massa média e produtividade dos frutos. Os frutos plantados em junho tiveram menor acidez e melhor palatabilidade. A época de plantio influenciou o rendimento e qualidade dos frutos de melancia.
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...Ana Aguiar
O documento descreve um estudo sobre a exportação de nutrientes por frutos de goiabeira 'Paluma' sob diferentes níveis de adubação mineral com NPK. Foram avaliados quinze tratamentos com doses variadas de nitrogênio, fósforo e potássio. Os resultados mostraram que a exportação de macronutrientes pelos frutos foi na ordem K > N > Ca > P > S > Mg, enquanto para micronutrientes foi Fe > Zn > Mn. A adubação mineral afetou significativamente a exportação de nutrientes pelos frutos
O documento descreve uma pesquisa que analisou a qualidade da água residuária tratada para uso na irrigação agrícola. Os parâmetros físico-químicos da água residuária e da água de abastecimento foram medidos em intervalos de 21 dias, e os resultados mostraram que a água residuária está dentro dos padrões agronômicos para irrigação. O uso da água residuária pode suprir as necessidades hídricas e nutricionais das culturas com benefícios ambientais.
1. Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a caracterização paleoceanográfica do testemunho JPC-95, coletado na margem continental sul brasileira, baseada em análise de foraminíferos planctônicos e isótopos estáveis de oxigênio.
2. Foram identificados três grandes intervalos paleoclimáticos no testemunho - o último intervalo interglacial, o último glacial e o intervalo pós-glacial correspondente ao Holoceno - correlacionáveis com as biozonas X, Y
Disseração mestrado estudo do potencial do processamento dos frutos de maracu...dudu7000
This dissertation studied the potential for processing pulp from wild passion fruit species Passiflora setacea DC and Passiflora cincinnata MAST, determining phytochemical content and thermophysical properties and comparing them to the commercial species Passiflora edulis f. flavicarpa. The study found higher levels of phytochemicals in the wild species and thermophysical properties suitable for processing equipment designed for the commercial species. The results demonstrate the potential for industrialization of pulps from the wild passion fruit species studied.
geoestatistica como ferramenta para o manejo sustentavel da fertilizade do so...Leandro Almeida
Este documento descreve um estudo que analisou o comportamento espacial do pH e dos macronutrientes do solo em uma área de 65 hectares de cafezal no município de Araguari, MG. Foram coletadas amostras de solo em uma malha de um ponto por hectare e realizadas análises geoestatísticas para modelar o comportamento espacial desses atributos. Os resultados mostram que o pH apresentou forte dependência espacial, enquanto os macronutrientes tiveram dependência moderada. Esses modelos
Tese de doutorado.
Gonçalves, Paulo Antonio de Souza. Impacto das adubações mineral e orgânica sobre a incidência de tripes, Thrips tabaci Lind., e míldio, Peronospora destructor Berk. Casp., em cebola, Allium cepa L., e da diversidade vegetal na cultura sobre as populações de T. tabaci e sirfídeos predadores/ Paulo Antonio de Souza Gonçalves . Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recursos Naturais. São Carlos : UFSCar, 2001. 123 p.
Variabilidade fenotípica de acrocomia aculeata (jacq.) lodd. ex mart. thais c...AcessoMacauba
Este documento descreve um estudo que caracterizou 54 progênies de macaúba conservadas em um banco de germoplasma utilizando 10 descritores morfológicos qualitativos. Os descritores foram eficientes em agrupar as progênies, porém não de acordo com sua origem geográfica. Quatro das seis progênies coletadas em São Paulo foram agrupadas.
ASPECTOS MORFOFISIOLÓGICOS DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS DA CAATINGA SOB ADUBAÇÃO F...Diógenes de Oliveira
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Zootecnia, da
Universidade Federal Rural de
Pernambuco, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Zootecnia (Área de Concentração:
Forragicultura)
Orientador:
Prof.º Márcio Vieira da Cunha
Coorientadores:
Prof.º Sérgio Luiz Ferreira da Silva
Prof.º Alexandre Carneiro Leão de Mello
Este documento avalia o desempenho do coentro e da salsa cultivados em sistema hidropônico sob diferentes concentrações de solução nutritiva e posições nas plantas nos perfis hidropônicos. Os resultados mostraram que ambas as culturas tiveram melhores rendimentos (produção de massa fresca, número de folhas e altura) quando cultivadas com solução nutritiva de 100% da concentração recomendada. As posições inicial e intermediária nos perfis hidropônicos também resultaram em maiores rendimentos para coentro e salsa.
Desempenho fisiológico de sementes de abóbora tratadas com fungicidaseamnicoletti
O documento discute o desempenho fisiológico de sementes de abóbora tratadas com fungicidas. O trabalho avaliou atributos fisiológicos de sementes de abóbora variedade Maranhão com e sem tratamento químico, utilizando testes de laboratório e em ambiente parcialmente controlado. Os resultados indicaram maior vigor nas sementes sem tratamento químico, especialmente as não comerciais, demonstrando que o tratamento pode afetar negativamente o potencial fisiológico das sementes.
Dissertação de mestrado do Programa de Pós Graduação em Agronomia, área de concentração em Solos e Nutrição de Plantas da Universidade Federal do Ceará.
O documento resume a agrofisiologia da cultura do pimentão. Apresenta sua classificação botânica como Capsicum annuum L., origem americana e aspectos gerais de produção e qualidade. Detalha características avaliadas em cultivares, a fotossíntese como produção de energia e o consumo de energia no ciclo de Calvin. Conclui destacando a necessidade de mais pesquisas sobre os fundamentos agrofisiológicos para otimizar a cultura.
Rendimento de Grãos do Feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) em função de dos...Geraldo Mabasso
Este trabalho foi feito no âmbito do cumprimento de um dos requisitos para conlusão do curso de Engengharia Agronómica pela Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da UEM.
O documento discute a técnica da micropropagação vegetal, também conhecida como clonagem de plantas. A micropropagação permite a multiplicação rápida de plantas idênticas à planta matriz em laboratório, livres de patógenos. O processo envolve cultivar explantes em meio nutritivo para produzir novas gemas que são então enraizadas e aclimatizadas. A técnica é amplamente utilizada comercialmente para a produção de mudas de qualidade para a agricultura.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Jose Carvalho
1. O documento avalia o efeito de diferentes misturas de adubos verdes no crescimento da planta medicinal Kalanchoe pinnata.
2. Os tratamentos consistiram em diferentes combinações de adubos verdes como mucuna preta, milheto e girassol.
3. Os resultados mostraram que a mistura de mucuna preta, milheto e girassol resultou no maior crescimento em altura das plantas.
1) O estudo avaliou os custos de produção e rentabilidade da alface crespa cultivada em monocultura e consórcio com pepino em ambiente protegido.
2) Os custos totais de produção foram maiores para a monocultura de alface, enquanto a produtividade e lucro líquido foram maiores para o consórcio.
3) Os resultados indicam que o cultivo consorciado de alface e pepino em ambiente protegido proporciona maior eficiência de uso da área e rentabilidade quando comparado à monoc
1. O documento discute a contribuição da chuva de sementes na recuperação de áreas degradadas e o uso de poleiros artificiais para acelerar a sucessão natural.
2. Foram instalados coletores de sementes em diferentes distâncias de um fragmento florestal e em áreas de reflorestamento para avaliar a composição da chuva de sementes.
3. Poleiros artificiais foram colocados em uma área degradada para testar se aumentam o aporte e estabelecimento de sementes, comparando com parcelas sem
O documento descreve a técnica da hidroponia como uma alternativa viável para agricultura no semiárido brasileiro. A hidroponia permite cultivar plantas sem solo, fornecendo nutrientes através de uma solução aquosa balanceada. Isso traz vantagens como redução no uso de água e aumento na produtividade. O documento também discute o uso de águas salobras em cultivos hidropônicos e a produção de forragem hidropônica como alternativa para pecuaristas da região.
Utilização de substratos orgânicos na produção de pimentão, sobJose Carvalho
O estudo avaliou o efeito de quatro substratos orgânicos e três lâminas de irrigação no
crescimento e produção de pimentão. O substrato composto por Lithothamnium calcarium e
húmus de minhoca promoveu maior número de frutos, massa seca de folhas e massa seca
total. As lâminas de irrigação não afetaram as variáveis avaliadas.
O capítulo 1 discute a percepção ambiental de alunos de uma escola pública de nível médio da cidade de Natal/RN. Os autores avaliaram a percepção dos alunos sobre questões ambientais através de questionários. Os resultados indicaram que os alunos possuem conhecimentos básicos sobre meio ambiente, mas apresentam lacunas conceituais sobre temas como sustentabilidade, mudanças climáticas e impactos ambientais.
AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB.) ...Diego Henrique Uroda
Este documento resume um estudo sobre a avaliação dos caracteres agronômicos da aveia preta submetida à adubação com soro de leite. O estudo foi conduzido na cidade de Três Passos, RS, Brasil e avaliou parâmetros como altura, comprimento e largura de folhas, diâmetro do colmo e número de espigas em plantas de aveia preta tratadas com diferentes doses de soro de leite em comparação com testemunhas e adubação mineral. Os resultados indicaram que há potencial para uso do soro de leite como fertiliz
Este documento apresenta os resultados de 27 projetos de pesquisa realizados no Parque Municipal da Lagoa do Peri em Florianópolis durante um curso de campo em ecologia. Os projetos abrangeram diferentes ecossistemas terrestres, marinhos e aquáticos e focaram em tópicos como diversidade de besouros, interações planta-inseto, sucessão florestal, herbivoria, comunidades de aves e macroinvertebrados. Os resultados geraram 16 artigos sobre projetos desenvolvidos em grupo e 11 artigos sobre projetos individuais
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[SUMMARY]
1) This document describes the third edition of the Field Ecology course held in 2010 at the Parque Municipal da Lagoa do Peri in Florianópolis, Brazil, with the participation of 19 graduate students and 15 professor advisors.
2) The course consisted of short field research projects conducted in terrestrial, marine and aquatic ecosystems under the guidance of experts in each area and resulted in 27 scientific articles presented in this document.
3) The document thanks the supporting institutions and individuals and presents the research projects conducted during the course divided into group projects on the three ecosystem types and individual student projects.
O documento introduz os conceitos de recomposição da vegetação nativa, destacando a importância de entender as características das florestas tropicais que se deseja recompor, como o clima quente e grande diversidade de espécies. É apresentada a estrutura da floresta tropical úmida, dividida em quatro estratos - herbáceo, sub-bosque, dossel e emergente - com descrição das principais características de cada um.
1. A integração lavoura-pecuária é reconhecida como uma opção sustentável que permite intensificação e diversificação da produção agrícola.
2. O sistema soja-bovinos de corte é uma importante modalidade de integração lavoura-pecuária no Sul do Brasil, sendo estudada há 10 anos por pesquisadores da UFRGS.
3. Os resultados obtidos demonstraram benefícios agronômicos, econômicos e ambientais do sistema, orientando sua adoção pelos produtores rurais.
O documento descreve um estudo sobre o desenvolvimento de mudas de alface da variedade "Mônica" utilizando diferentes substratos e doses de urina de vaca. O estudo avaliou o crescimento da alface sob solo, solo com húmus e húmus puro, com doses de 0 a 5 ml de urina de vaca. Os resultados indicaram que o substrato e a dose de urina afetaram parâmetros como altura, número de folhas e massa da planta.
O documento descreve as atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas no Laboratório de Biotecnologia Vegetal da EMPARN no Rio Grande do Norte. O laboratório está revitalizando sua infraestrutura e capacitando recursos humanos em biotecnologia para melhorar a produção vegetal no estado por meio de novas tecnologias. As linhas de pesquisa incluem estresse salino em frutíferas, divergência genética em frutíferas nativas e micropropagação de frutíferas de interesse econômico para
EVOLUÇÃO-EVOLUÇÃO- A evolução pode ser definida como a mudança na forma e no ...jenneferbarbosa21
JENNEFER AGUIAR BARBOSA e LÚCIA FILGUEIRAS BRAGA
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Ciências Biológicas “Recursos didáticos para o ensino de Ciências da natureza, utilizando uma Carpoteca temática e itinerante com Espécies fornecedoras de Produtos Florestais Não Madeireiros” - Universidade do Estado de Mato Grosso.
Taxonomia: é a ciência que classifica os seres vivos, estabelecendo critérios...jenneferbarbosa21
Taxonomia: é a ciência que classifica os seres vivos, estabelecendo critérios para classificar todos os seres vivos em grupos, de acordo com as características fisiológicas, evolutivas, anatômicas e ecológicas.
Cards das Espécies da Coleção-Carpoteca Temática Itinerante sediada no Labora...jenneferbarbosa21
JENNEFER AGUIAR BARBOSA e LÚCIA FILGUEIRAS BRAGA
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Ciências Biológicas “Recursos didáticos para o ensino de Ciências da natureza, utilizando uma Carpoteca temática e itinerante com Espécies fornecedoras de Produtos Florestais Não Madeireiros” - Universidade do Estado de Mato Grosso -Campus de Alta Floresta.
Cards das Espécies da Coleção-Carpoteca Temática Itinerante sediada no Labora...
ceita_edr_me_jabo.pdf
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
CÂMPUS DE JABOTICABAL
MANEJO DA FERTILIZAÇÃO POTÁSSICA E REGIME
HÍDRICO EM AMENDOIM CULTIVADO EM SEGUNDA
SAFRA
Emanuel D´ Araújo Ribeiro de Ceita
Agrônomo
2021
2. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
CÂMPUS DE JABOTICABAL
MANEJO DA FERTILIZAÇÃO POTÁSSICA E REGIME
HÍDRICO EM AMENDOIM CULTIVADO EM SEGUNDA
SAFRA
Discente: Emanuel D´ Araújo Ribeiro de Ceita
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fabiano Palaretti
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp,
Câmpus de Jaboticabal, como parte das
exigências para a obtenção do título de
Mestre em Agronomia (Ciência do Solo).
2021
3.
4.
5. DADOS CURRICULARES DO AUTOR
Emanuel D´ Araújo Ribeiro de Ceita, nascido em 17 de novembro de 1994 no
Distrito de Água Grande, em São Tomé e Príncipe, filho de Eugénio Ribeiro Ferreira
de Ceita e Francisca José D´ Araújo Martins de Ceita. Concluiu o Ensino Médio na
escola secundária Liceu Nacional em São Tomé e Príncipe. Em maio de 2014
ingressou no curso de Agronomia da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) com conclusão realizada em abril de 2019.
Durante a graduação atuou como voluntário PIBIC/UNILAB em iniciação Científica no
projeto intitulado “Irrigação com água salina na cultura do arroz em solo com
fertilizantes orgânicos” no período entre 09/2015 e 06/2016. Foi bolsista de Iniciação
Cientifica no Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa e Estímulo a
Interiorização (BPI/FUNCAP) e desenvolveu o projeto intitulado “Manejo da irrigação
com água salina em sistema consorciado milho/fava no Maciço de Baturité” no período
de 08/2016 a 04/2018. Atuou como voluntário PIBIC/UNILAB em iniciação Científica
no projeto intitulado “Estresse salino e adubação organomineral na cultura do quiabo”
no período entre 08/2018 e 07/2019. Realizou estágio curricular durante três meses
na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE). Em
agosto de 2019, ingressou no curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em
Agronomia (Ciência do Solo), na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho” (UNESP), Câmpus de Jaboticabal, sendo bolsista CAPES. Em 2020 foi
estagiário no Departamento de Irrigação e Hidráulica Agrícola, da Direção de
Agricultura e Desenvolvimento Rural (DADR) em São Tomé e Príncipe.
6. Dedico
Aos meus pais, Eugénio Ribeiro Ferreira de
Ceita (In memoriam) e Francisca José D´ Araújo
Martins de Ceita.
7. AGRADECIMENTOS
À Deus, pelo conforto espiritual e proteção;
Aos meus pais, pela educação, admiração, confiança e todo apoio moral e
incentivo na minha trajetória;
Aos meus irmãos, Eugénio de Ceita e Paulo de Ceita, pelo carinho,
companheirismo e incentivo;
À Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” /Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP/FCAV, e ao Programa de Pós-Graduação
em Agronomia (Ciência do Solo), pela oportunidade de realizar o mestrado;
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de
Financiamento 001;
Ao Prof. Dr. Luiz Fabiano Palaretti, pela orientação, amizade, ensinamentos,
incentivo e confiança depositada durante o mestrado;
Aos professores do mestrado, Rogério Teixeira, Glauco Rolim, Renato de
Mello, Luiz Fabiano, Adriana Ribon e Carlos Azania, pelo compromisso com o ensino
e ensinamentos científicos;
Aos funcionários da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE)
pelo apoio na instalação do experimento;
Aos membros do grupo de pesquisa GPIMA, pela recepção e contribuições no
aprendizado;
Ao professor Renato de Mello Prado por ter concedido o Laboratório de Solos
e Adubos para a realização de algumas análises, e agradeço também a Marcilene
Machado por ter auxiliado nesse processo.
À banca examinadora de qualificação de mestrado, Prof. Dr. Alexandre
Barcellos Dalri e Prof. Dr. Fábio Olivieri de Nobile, pelas sugestões e contribuições.
Aos demais aqui não citados, porém não menos importante, que direta ou
indiretamente contribuíram na realização deste trabalho.
8. i
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................................... 2
2.1 A cultura do amendoim..................................................................................................... 2
2.2 Importância econômica do amendoim......................................................................... 3
2.3 Fertilização potássica na cultura do amendoim........................................................ 5
2.4 Exigência hídrica na cultura do amendoim ................................................................ 6
2.5 Fertirrigação em amendoim............................................................................................ 7
3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................................... 8
3.1 Caracterização da área.................................................................................................... 8
3.2 Delineamento experimental e tratamentos................................................................. 9
3.3 Instalação e condução do experimento....................................................................... 9
3.4 Condições meteorológicas e manejo da irrigação................................................. 11
3.5 Variáveis analisadas ....................................................................................................... 13
3.6 Análise estatística ............................................................................................................ 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................. 14
4.1 Crescimento Vegetativo................................................................................................. 14
4.2 Parâmetros de rendimento............................................................................................ 18
4.3 Acúmulo de biomassa e nutrientes pelo amendoim.............................................. 21
5 CONCLUSÕES........................................................................................................................... 27
6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 28
9. ii
MANEJO DA FERTILIZAÇÃO POTÁSSICA E REGIME HÍDRICO EM AMENDOIM
CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA
RESUMO – O amendoim cultivado sucessivamente é uma estratégia para
produtores que desejam obter maior retorno econômico com foco na produção de
sementes. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho
agronômico do amendoim e quantificar a absorção de macronutrientes da cultura,
cultivado em segunda safra sob regimes hídricos e fertilização potássica. O
experimento foi delineado em faixas, considerando o regime hídrico (RH) divididos em
faixas. Dentro de cada RH foram constituídos por manejo de fertilização (MF) também
dispostos em faixas com cinco repetições. Os tratamentos constituíram-se de dois RH
[100% e 50% da evapotranspiração da cultura (ETc) ] e três MF [F1 - Fertirrigação de
acordo com a marcha de absorção da cultura, F2 - Fertirrigação parcelada em quatro
vezes durante o ciclo e F3 - Fertilização convencional]. O regime hídrico com 100%
da ETc, associado com à fertilização potássica sob fertirrigação parcelada em quatro
vezes, proporciona aumento no crescimento do amendoim cultivado na segunda
safra, evidenciado pela maior altura da haste principal da planta e taxa de cobertura
do solo pelo dossel da cultura. Neste mesmo regime hídrico foi obtido aumentos de
69% (+1074,6 kg ha-1) e 47% (+1061,3 kg ha-1) na produtividade de sementes e de
vagens utilizando a cultivar IAC 503. A maior taxa de absorção de nutrientes ocorre
aos 166 dias após semeadura (DAS) durante o estádio reprodutivo, correspondendo
aos períodos entre a formação das vagens e o enchimento de semente.
Palavras-chave: Arachis hypogaea, absorção de nutriente, fertirrigação,
produtividade
10. iii
MANAGEMENT OF POTASSIUM FERTILIZATION AND WATER REGIME IN
PEANUTS CULTIVATED IN SECOND CROP
ABSTRACT – The successively cultivated peanuts are an strategy for
producers who want to obtain greater economic return with a focus on seed production.
In this context, the aim of this study was to evaluate the agronomic performance of
peanuts and quantify the absorption of macronutrients from the crop, grown in the
second crop under water regimes and potassium fertilization. The experiment was
designed in bands, considering the water regime (WR) divided into bands. Within each
WR were constituted by fertilization management (FM) also arranged in bands with
five repetitions. The treatments consisted of two WR [100% and 50% of crop
evapotranspiration (ETc) ] and three FM [F1 - Fertigation according to the rate of crop
absorption, F2 - Fertigation split in four times during the cycle and F3 - Conventional
Fertilization]. The water regime with 100% of ETc, associated with potassium
fertilization under four-fold split fertigation, provides an increase in the growth of
peanuts cultivated in the second crop, evidenced by the greater height of the main
stem of the plant and the ground cover rate by the canopy of the plant culture. In this,
same water regime, increases of 69% (+1074.6 kg ha-1) and 47% (+1061.3 kg ha-1) in
seed and pod yield were obtained using the cultivar IAC 503. Nutrient absorption
occurs at 166 days after sowing (DAS) during the reproductive stage, corresponding
to the periods between pod formation and seed filling.
Keywords: Arachis hypogaea, nutrient absorption, fertigation, yield
11. 1
1 INTRODUÇÃO
Em regiões tropicais, a época de semeadura do amendoim é determinada pelas
condições edafoclimáticas e se divide em duas safras anuais. No Brasil, a primeira
safra é semeada em outubro/novembro, e a segunda em janeiro/março (Coelho et al.,
2017). A segunda safra é uma estratégia para produtores que almejam a produção de
sementes e que se dedicam à outras atividades que não a canavieira (França et al.,
2020).
Menores produtividades são obtidas na segunda safra, em decorrência do
atraso na semeadura e déficits hídricos ocasionados pelo baixo regime pluviométrico
nos meses entre abril e setembro. Kambiranda et al. (2011) citam uma estimativa
anual que mostra que as perdas na produtividade de amendoim causada pela seca
equivalem a US$ 520 milhões.
Em contrapartida, a escassez hídrica e as baixas temperaturas favorecem na
obtenção de grãos de melhor qualidade, desejáveis para comercialização como
amendoim semente (Nakagawa e Rosolem, 2011). Concomitante, a obtenção de
sementes com melhor qualidade e aumentos de produtividade no cultivo de segunda
safra está ligada ao uso da irrigação, como estratégia no fornecimento de água
(Thangthong et al., 2018).
Além da irrigação, outra estratégia para incremento na produtividade do
amendoim cultivado na segunda safra é o fornecimento de potássio, por ser este o
segundo nutriente demandado pela cultura, com recomendação de 60 kg ha-1, com
maior alocação nas partes vegetativas (Nakagawa e Rosolem, 2011).
A diminuição do conteúdo de água no solo afeta acentuadamente o
crescimento do amendoim em função da diminuição da turgescência, desse modo, o
potássio exerce uma função fisiológica fundamental às plantas, pois eleva, o potencial
osmótico das células, resultando em absorção de água e maior turgor e a abertura
estomática (Prado, 2008)
O uso de fertilizantes tradicionalmente empregados em adubação via solo, por
não serem apropriados para fertirrigação podem acarretar inadequada solubilidade.
Nesse caso, é prudente o uso de fontes solúveis e com alto grau de pureza visando a
máxima eficiência, e a redução de custos.
12. 2
A alta solubilidade e mobilidade do potássio no solo, em condições de manejo
inadequado, podem potencializar as perdas por lixiviação, principalmente em áreas
irrigadas e de baixa capacidade de retenção de água e de troca de cátions (Ernani et
al., 2007).
O parcelamento das aplicações de potássio é desejável como forma de se
evitar as perdas do nutriente. No entanto, para viabilizar economicamente esta
operação é necessário o uso do sistema de irrigação, que via fertirrigação, permite
mais parcelamentos, aumento da eficiência de distribuição e absorção dos nutrientes
reduzindo as perdas por lixiviação (Viana et al., 2020), economia de mão de obra e
energia (Jain et al., 2018).
A diminuição do teor de água no solo afeta de sobremaneira a difusão do
elemento e, assim, dificulta a absorção. Esse aspecto se torna mais importante pela
depleção que ocorre do potássio da solução do solo em torno das raízes. Se a difusão
é dificultada, não há reposição do potássio na zona de absorção. Além disso, a falta
de água no solo também reduz a atividade das raízes, prejudicando dessa forma a
absorção de todos os elementos (Wietholter, 2007).
Poucos são os resultados referenciados sobre o uso da fertirrigação com
potássio via gotejamento no cultivo de segunda safra de amendoim, no entanto,
acredita-se que a combinação das técnicas gera impactos positivos na produtividade
e qualidade de sementes, bem como, garantem a eficiência de uso de água e
nutrientes e uso sustentável dos recursos naturais.
Diante do exposto, o objetivo neste trabalho foi avaliar o desempenho
agronômico de amendoim e quantificar a absorção de macronutrientes da cultura,
cultivado na segunda safra sob regimes hídricos e manejo de fertilização potássica.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A cultura do amendoim
O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma dicotiledônia pertencente à família
Fabaceae, gênero Arachis, o qual é dividido em 9 secções e cerca de 80 espécies,
das quais 65 ocorrem no Brasil e 46 são exclusivas da flora brasileira (Valls, 2005).
Dentre as inúmeras espécies conhecidas, a Arachis hypogaea L. apresenta maior
13. 3
interesse agronômico, sendo algumas utilizadas como fonte de alelos em programas
de melhoramento genético.
O amendoinzeiro é uma planta alotetraplóide, que se reproduz quase
exclusivamente por autogamia, herbácea, ereta ou prostrada, anual, com ciclo entre
90 e 160 dias, atingindo altura da haste principal entre 50 e 60 cm (Nakagawa e
Rosolem, 2011). Desenvolve, logo após a germinação, um ramo principal que se
origina da gema apical do epicótilo e dois ramos laterais originados a partir das gemas
axilares aos cotilédones. Aproximadamente 30 dias após a emergência se observa o
início da ramificação alternada ou sequencial (Nogueira e Távora, 2005).
De acordo com as suas características vegetativas e reprodutivas, o amendoim
cultivado é classificado em três grupos distintos, sendo eles: Spanish, Valencia e
Virgínia. Os grupos Spanish e Valencia apresentam porte ereto, o ciclo é curto,
variando de 90 a 110 dias em clima tropical, as ramificações são em pequeno número,
há formação de flores nas axilas das folhas da haste principal. As plantas do grupo
Virgínia possuem porte rasteiro ou ereto, são bem ramificadas, com ramos longos, o
ciclo é longo, acima de 120 dias, nas axilas das folhas da haste principal não se
formam flores (Nakagawa e Rosolem, 2011).
No Brasil dois tipos botânicos, o Valência e o Virginia, são os mais cultivados
comercialmente. Com os sistemas mais mecanizados, as cultivares de porte rasteiro
(grupo Virgínia) passaram a ser mais comuns, principalmente, por apresentar
vantagens agronômicas, como a arquitetura das plantas para a colheita totalmente
mecanizada e maior potencial produtivo (Godoy et al., 1999).
2.2 Importância econômica do amendoim
O amendoim é considerado como a segunda leguminosa em importância no
mundo, para a produção de óleo. Suas sementes podem apresentar até 50% de
lipídios, mas é também importante fonte de proteína vegetal (Nakagawa e Rosolem,
2011). Essa oleaginosa é a quarta mais cultivada no mundo, estando atrás apenas da
soja (Glycine max L.), do algodão (Gossypium hirsutum L.) e da colza (Brassica napus
L.), devido a sua ampla adequabilidade em diferentes condições edafoclimáticas.
A produção mundial de amendoim é crescente, alcançando na safra 2020/2021
49 milhões de toneladas (USDA, 2021). A China, com 18 milhões de toneladas, a
14. 4
Índia, com 6 milhões de toneladas, a Nigéria, com 4,40 milhões de tonelada e os EUA
com 2,87 milhões de toneladas, são os maiores produtores.
No Brasil, a produção total é de 557,5 mil toneladas em 160,5 mil ha, no
entanto, mesmo com a menor área de produção, o país se iguala, em rendimento
(3654 kg ha-1) ao maior produtor mundial (CONAB, 2020). O estado de São Paulo se
destaca como grande produtor, representando cerca de 95% da produção nacional
(CONAB, 2020).
A representatividade paulista deve-se ao fato de a cultura do amendoim ser
produzida em áreas de renovação de canaviais, sendo fortalecido como ótima opção
de cultivo tanto na questão econômica, garantindo alternativas viáveis para os
produtores, quanto no agrícola, promovendo a fixação biológica do nitrogênio, o que
proporciona economia na adubação do novo plantio da cana-de-açúcar (Ambrosano
et al., 2011).
O cultivo do amendoim é realizado em duas épocas, a primeira, conhecida
como “safra das águas”, é semeada entre outubro e novembro, enquanto a segunda
safra, conhecida como “safra da seca”, é semeada entre fevereiro e março. A segunda
safra é uma estratégia para produtores que desejam obter maior retorno econômico
com a cultura e que se dedicam a outras atividades que não seja a canavieira (Martins,
2010). A segunda safra representa 4,5% da área anual brasileira (160,5 103 ha),
(CONAB, 2020). Essa porcentagem pequena, demonstra a importância de pesquisas
com amendoim nessa época para gerar recomendações agronômicas mais
específicas, visando garantir maior produtividade da cultura.
O cultivo de amendoim na segunda safra, requer tratos especiais que diminuam
os riscos climáticos e que garantam a segurança para alcançar elevadas
produtividades, destacando dentro desse contexto a utilização de sistemas de
irrigação, uma vez que veranicos são muito frequentes nessa época do ano, podendo
diminuir significativamente o potencial produtivo da cultura (Coelho et al., 2017).
A irrigação vem como tecnologia que associada a práticas de adubação pode
potencializar a produção de amendoim e eventualmente atender à crescente demanda
do produto internamente e externamente (Chartzoulakis e Bertaki, 2015).
15. 5
2.3 Fertilização potássica na cultura do amendoim
A planta de amendoim é eficiente em absorver os nutrientes do solo, seja
fósforo ou potássio e, no caso do nitrogênio, há suprimento através da fixação
simbiótica do N atmosférico (Nakagawa e Roselem, 2011). Entretanto, a nutrição
adequada do amendoim é primordial para a obtenção de alta produção e boa
qualidade dos frutos, por mais que esta seja classificada como cultura pouco exigente
em adubação (Bolonhezi et al., 2005).
Embora todos os nutrientes sejam igualmente importantes na nutrição do
amendoim, sua absorção varia em proporções diferentes. O potássio, depois do
nitrogênio, é o segundo nutriente mais absorvido pela cultura do amendoim, (Silva et
al., 2017). A maior parte do potássio se move no solo por difusão, e tem como principal
função a ativação enzimática na planta e, uma vez absorvido, é transportado
rapidamente via xilema, para a parte aérea (Prado, 2008).
Os resultados de pesquisa têm destacado a importância do suprimento
adequado de potássio na cultura do amendoim. Almeida et al. (2015), avaliaram o
efeito da aplicação de 0, 30, 60, 90 e 120 kg de K2O ha-1 sobre o estado nutricional e
rendimentos de grãos de amendoim em sucessão à cana-de-açúcar. Os autores
constataram que a aplicação do potássio aumentou linearmente o número de folhas e
a concentração do potássio no tecido foliar. Zaki et al. (2018), estudaram efeito da
aplicação de 0, 75 e 100 kg de K2O ha-1 na cultura do amendoim cultivado em solo
arenoso, durante dois anos. Os autores observaram resposta positiva entre o nível de
potássio, o desenvolvimento da planta e seu rendimento em massa, óleo e proteína.
Por outro lado, Lobo et al. (2012) observaram que a omissão de potássio nas
plantas de amendoim não promoveu sintomas visíveis de deficiência e não limitou o
acúmulo de massa seca de folhas e hastes. Hoang et al. (2019), estudaram aplicação
de 0, 50, 75 e 100 kg de K2O ha-1) em safras de amendoim irrigadas em solo arenoso
com baixo teor de potássio. Matematicamente, os autores observaram que o
tratamento controle teve o menor rendimento de vagem, no entanto, não houve efeito
estatístico significativo entre os três tratamentos com aplicação de potássio.
16. 6
2.4 Exigência hídrica na cultura do amendoim
Na agricultura irrigada é preciso conhecer os fatores determinantes no manejo
da irrigação que interferem diretamente no maior ou menor consumo de água, no
armazenamento da umidade do solo e no conhecimento das necessidades hídricas
das culturas (Lopes et al., 2011). O consumo de água pelo amendoim varia em função
de fatores como cultivar, ciclo, época de plantio, tipo de solo e região de cultivo.
A cultura do amendoim é considerada relativamente tolerante à seca, com
baixa exigência hídrica na fase inicial do crescimento vegetativo, e vai aumento com
o desenvolvimento da planta, atingindo a máxima exigência durante o florescimento e
formação de vagens (Nakagawa e Rosolem, 2011). Nakagawa e Rosolem (2011)
afirmam ainda que, a máxima necessidade diária está em torno de 5,0 a 6,0 mm,
podendo atingir valores maiores em condições de alta demanda evaporativa da local.
Para a cultura do amendoim, Baldwin e Harrison (1996) reportaram que a
cultura necessita entre 508 mm e 636 mm de água durante o ciclo para expressar sua
produtividade máxima. Cardozo et al. (2009) avaliando a evapotranspiração da cultivar
Runner IAC 886 em diferentes meses de semeadura, na região de Jaboticabal, SP,
reportam o uso de 850 e 450 mm para semeio realizados em abril e janeiro,
respectivamente, demonstrando maior exigência hídrica da cultura nos meses de
menores temperaturas, devido ao alongamento do ciclo. França et al. (2021),
cultivando o amendoim na segunda safra com finalidade de produção de sementes,
relatam 470 mm de água requerida durante o ciclo do amendoim.
A cultura do amendoim está sujeita a múltiplos estresses abióticos, dentre eles
a deficiência hídrica, ocasionada por períodos sem precipitação, ou com precipitações
abaixo da demanda da cultura (Arruda et al., 2015). A deficiência hídrica provoca
alterações no comportamento vegetal cuja irreversibilidade vai depender do genótipo,
da duração, da severidade e do estádio de desenvolvimento da planta (Alves, 2013).
A resposta mais proeminente das plantas ao déficit hídrico, segundo Larcher
(2000) e Taiz et al. (2017), consiste no decréscimo da produção da área foliar, do
fechamento dos estômatos, da aceleração da senescência e da abscisão das folhas.
Outros efeitos do déficit hídrico incluem a redução no desenvolvimento das células,
expansão das folhas, transpiração e redução na translocação de assimilados (Carrega
et al., 2019).
17. 7
A medida em que o solo seca, torna-se mais difícil às plantas absorverem água,
porque aumenta a força de retenção e diminui a disponibilidade de água no solo às
plantas. Os efeitos da irrigação deficitária no amendoim foram relatados por alguns
pesquisadores. Azevedo Neto et al. (2010) afirmaram que o déficit hídrico reduziu
crescimento da planta, a transpiração, a condutância estomática e o potencial hídrico
da folha. Silva et al. (2015) relataram que o déficit hídrico reduziu a área foliar tanto
pelo número quanto pelo tamanho da folha. Aydinsakir et al. (2016) concluíram que o
aumento do déficit hídrico, reduziu a altura de plantas, comprimento do ramo principal,
peso seco da parte aérea e da raiz e o rendimento. Barbieri et al. (2017) também
reportaram que a ocorrência de déficit hídrico, acarreta decréscimo na produção, pela
redução do número vagens, peso de vagens e grãos.
Assim, a utilização de estratégias de irrigação que venha a minimizar os
impactos do déficit hídrico, melhorando o rendimento sob condições de seca, seria o
caminho mais eficaz para o crescimento do amendoim sob fornecimento limitado de
água (Thangthong et al., 2018).
2.5 Fertirrigação em amendoim
No Brasil, o amendoim tem sido tradicionalmente cultivado em condições de
sequeiro, sujeito ao elevado risco causado pelas variações climáticas, incluindo a
irregularidade de chuvas, ocasionando baixas produções (Turco e Vieira, 2021). A
irrigação surge como alternativa para fornecer água às plantas em qualquer época do
ano e em locais onde as necessidades hídricas das culturas não são atendidas
naturalmente, além de garantir uma segurança para a obtenção de elevadas
produtividades (Frizzone, 2012).
Na busca de aumentar a eficiência de uso de água, é cada vez mais requerida
a adoção de sistemas de irrigação localizada, como o gotejamento. Este sistema
apresenta características desejáveis de maior eficiência de aplicação e controle,
automação total e fertirrigação, requerendo menor demanda de energia e de mão-de-
obra (Jain et al., 2018).
A aplicação de fertilizantes simultaneamente com a água de irrigação às
culturas tem grande importância, tanto do ponto de vista técnico como econômico. A
fertirrigação, além de ser de grande utilidade para as plantas, pois o nutriente é
18. 8
fornecido juntamente com a água, apresenta ainda muitas outras vantagens, entre as
quais a de melhor distribuição do fertilizante no campo e a possibilidade da aplicação
dos nutrientes recomendados de maneira parcelada, segundo a marcha de absorção
da cultura nos seus diferentes estádios de desenvolvimento (Viana et al., 2020).
O amendoim responde bem a fertirrigação, e a utilização desta técnica nesta
cultura tem proporcionado a elevação da produtividade e da qualidade dos grãos.
Trabalhos de pesquisa, como os realizados por Sousa et al. (2013), evidenciaram uma
superioridade do método fertirrigado em relação ao convencional de 438,46 kg ha-1
(28,64%) de grãos de amendoim. Em estudo sobre fertirrigação por gotejamento Jain
e Meena (2015), verificaram que a aplicação 150, 226 e 250 kg ha-1 do fertilizante
solúvel por gotejamento proporcionou maior rendimento de grãos, acúmulo de
nutrientes, teor de óleo, produção de proteínas e maior produtividade de água. Dentro
deste contexto, Jain et al. (2018) constataram correlação direta crescente entre níveis
de fertirrigação, a altura da planta de amendoim, a massa seca da planta, o número e
a massa de vagens. Os mesmos autores verificaram 37% de economia de água com
irrigação por gotejamento sobre o método de irrigação por superfície.
Com fertilizante potássico aplicado via água de irrigação, Ouda et al. (2018)
estudando os níveis de 0,7; 1,0 e 1,2 da fração da ETo) e a aplicação de 57, 86 e 114
kg de K2O ha-1, concluíram que a aplicação de 0,7 da ETo reduziu a altura de planta,
a massa da vagem por planta, o rendimento de vagem e o teor de óleo da semente.
Os autores ainda afirmam que as características do amendoim acima foram
aumentadas com aplicação de 1,2 da ETo e 114 kg ha-1 de K2O, devido a
disponibilidade de água na zona radicular o que aumenta a disponibilidade de
potássio.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização da área
O experimento foi conduzido em campo, na Fazenda de Ensino, Pesquisa e
Extensão da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câmpus de Jaboticabal, São
Paulo (21°15’22” S, 48°18’58” W, 595 m de altitude). O clima da região, segundo a
19. 9
classificação de Koppen, é do tipo Aw, tropical com precipitação média anual de 1.425
mm e temperatura média anual de 21,7 ºC (Alvares et al., 2013).
O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho
eutroférrico (EMBRAPA, 2018), sujos atributos físicos e químicos são apresentados
na Tabela 1. As amostras foram retiradas aleatoriamente dentro das parcelas, à
profundidade de 0,20 a 0,40 m.
Tabela 1 Atributos físicos e químicos do solo da área experimental. Jaboticabal, SP,
Brasil.
ds* CC* PMP Areia Argila Silte
Textura do
Solo
Camada (cm) g cm-3 cm3 cm-3
m-3 -----------------------g kg-1------------------
0-20 1,45 0,45 0,33 230 540 230 Argiloso
pH M.O* P K Ca Mg H+Al SB* CTC* V*
Camada (cm CaCl2 g dm-3 Mg dm-3 ---------------------------mmolc dm-3-------------------------- %
0-20 6,2 16 39 2,6 30 10 14 42,7 56,4 76
20-40 6,1 18 25 2,5 30 11 18 44 61,7 71
*ds: densidade do solo; CC: Capacidade de campo; PPM: Ponto de murcha permanente; SB – soma
de bases, CTC – capacidade de troca catiônica, V – saturação por bases.
3.2 Delineamento experimental e tratamentos
O experimento foi delineado em faixas, considerando o regime hídrico (RH)
divididos em faixas. Dentro de cada RH foram constituídos por manejo de fertilização
(MF) também dispostos em faixas com cinco repetições. Os tratamentos constituíram-
se de dois RH [100% e 50% da evapotranspiração da cultura (ETc) ] e três MF [F1 -
Fertirrigação de acordo com a marcha de absorção da cultura, F2 - Fertirrigação
parcelada em quatro vezes durante o ciclo e F3 - Fertilização convencional].
3.3 Instalação e condução do experimento
O preparo do solo foi convencional realizado por operações de subsolagem a
35 cm de profundidade, seguida de duas gradagens niveladoras. A semeadura da
cultivar IAC 503 foi mecanizada, no espaçamento de 0,90 m entre linhas, com 22
sementes por metro. A cultivar apresenta hábito de crescimento rasteiro e
indeterminado, com moderada resistência a doenças foliares, seu ciclo é longo, de
20. 10
130 a 140 dias, podendo estender-se por 145 a 150 dias dependendo das condições
climáticas do ano (Godoy et al., 2017).
O experimento foi instalado em 18 de abril de 2020 numa área de 1078 m², com
18 linhas, totalizando 30 parcelas. Cada parcela foi composta por 3 linhas da cultura,
com 9 m de comprimento. Foi contabilizado um estande inicial de 16 plantas por metro
linear. As duas linhas da extremidade, bem como 0,5 m de cada extremidade das
linhas centrais foram consideradas como bordadura, não sendo utilizadas para as
avaliações, sendo a área útil de 2 m2.
Para cada linha de plantas foi instalada uma linha com gotejadores integrados
e espaçados em 0,30 m, com 1,5 L h-1, operando com 1,25 kgf cm-2. Em teste
hidráulico realizado em campo obteve-se 95,86% para o coeficiente de uniformidade
de Christiansen – CUC e 87,75% para o coeficiente de uniformidade de distribuição –
CUD (Keller e Karmeli, 1975), considerados excelentes para o sistema de gotejamento
(Mantovani et al. 2009).
De acordo com análise do solo, seguindo-se as recomendações de Raij et al.
(1997), foi feito a adubação de semeadura com 50 kg ha-1 de P2O5 e 20 kg ha-1 de
K2O. Nos tratamentos sob o MF convencional (F3), a fertilização foi realizada como o
cloreto de potássio (KCl), em uma aplicação única. Nos tratamentos sob o MF F1 e
F2 a fertirrigação foi realizada a partir dos 27 dias após a semeadura (DAS). Aplicou-
se 19,48 kg ha-1 de Krista SOP nos estádios vegetativos e 110,42 kg ha-1 de Krista
SOP nos estádios reprodutivos, no qual foi subdividido conforme os manejos da
fertirrigação (Tabela 2). As porcentagens de fertilizantes utilizadas nos manejos de
fertilização sob fertirrigação foram adaptadas aos teores de potássio encontrados por
Silva et al. (2017), em plantas de amendoim.
O controle fitossanitário das plantas foi feito a aplicação de inseticida
Clorantraniliprole e Tiametoxam na dosagem de 100 mL ha-1, para o controle de tripes
(Enneothrips flavens), Lagarta-do-pescoço-vermelho (Stegasta bosquella) e larva-
alfinete (Diabrotica speciosa), respectivamente. Utilizou-se também fungicidas
clorotalonil (isoftalonitrila) e piraclostrobina nas dosagens 1,5 L ha-1 e 0,6 L ha-1 para
o controle de cercosporioses (mancha-preta - Pseudocercospora personata, e
mancha-castanha - Cercospora arachidicola). E para o controle de plantas daninhas
foram realizadas capinas manuais.
21. 11
Tabela 2 Programa de fertirrigação usado para o amendoim cultivado em segunda
safra. Jaboticabal, SP, Brasil.
Estádios Fenológicos DAS
Fertilização Fertirrigação
(Marcha de absorção)
Fertirrigação
Parcelada 4 vezes
% kg ha-1
kg ha-1
EV Krista SOP Krista SOP
V5 27 15% 19,48 19,48
ER
R1 45 12,99 38,97
R1 55 30% 12,99 0
R2 76 12,99 0
R3 91 11,69 58,45
R3 102 11,69 0
R4 112 45% 11,69 0
R5 129 11,69 0
R5 137 11,69 0
R6 144 3,25 13,00
R6 151 10% 3,25 0
R7 168 3,25 0
R7 174 3,25 0
EV: Estádio vegetativo; ER: Estádio Reprodutivo; R1– Florescimento; R2-Formação
de ginóforo; R3-Formação de vagem; R4-Vagem totalmente formada; R5-Formação
de semente; R6-Semente totalmente formada; R7-maturação (Boote, 1982). DAS –
Dias após a semeadura; Krista SOP (fonte de K 51% e S 18).
3.4 Condições meteorológicas e manejo da irrigação
A faixa de temperatura ideal para o crescimento adequado do amendoim está
entre 10 °C (temperatura mínima) e 33°C (temperatura máxima) (Plela e Ribeiro, 2000;
Awal e Ikeda, 2003). Durante o período experimental, a temperatura permaneceu
dentro de uma faixa aceitável (Figura 1), exceto para os meses de maio e início de
julho e final de agosto, nos quais foram observados 7,1 e 7,2 °C e para os meses de
setembro e outubro com máximas de 37 e 41,2 °C, respectivamente.
Figura 1 Temperatura máxima, mínima e média, no périodo experimental.
Jaboticabal, UNESP, 2020.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Temperatura
(°C)
Meses
Temp.Máx. Temp.Mín. Temp.Méd.
Limite Superior
Limite Inferior
22. 12
O manejo da irrigação foi realizado considerando o déficit hídrico acumulado
em dois dias de turno de rega. A reposição da lâmina de água perdida foi determinada
pela evapotranspiração da cultura (ETc), calculada pelo produto entre o coeficiente da
cultura (Kc), evapotranspiração de referência (ETo) e fator de correção (KL=0,71), com
os valores de Kc interpolados ao longo do ciclo fenológico da cultura, sendo: 0,4
(Inicial); 1,15 (Meia-estação) e 0,6 (Final). A ETo foi obtida na Estação
Agroclimatológica da Unesp, localizada próximo da área experimental, que utiliza o
método proposto por Penman-Monteith (Allen et al., 1998) para o cálculo deste
parâmetro.
A lâmina bruta aplicada foi corrigida pela eficiência do sistema de irrigação de
86%. A ETc acumulada durante o período experimental foi de 408,07 mm, atingindo
máximo diário de 4,33 mm dia-1, e precipitação acumulada de 64,8 mm (Figura 2). As
plantas submetidas ao regime hídrico de 100% e 50% da ETc receberam lâmina de
386,91 e 193,45 mm. Desta forma, as lâminas totais (chuva + irrigação) recebidas nos
tratamentos foram 451,71 mm e 258,26 mm, respectivamente.
Figura 2 Lâmina de irrigação, precipitação e evapotranspiração da cultura (B) de
amendoim cultivado em segunda safra. Jaboticabal, UNESP, 2020. Barras de lâmina
de irrigação indicam os valores aplicados pelo manejo de 100% da ETc.
O monitoramento de umidade foi realizado com o auxílio de sondas TDR
(Reflectometria no Domínio do Tempo), instaladas na camada de 0 a 0,20 m (Figura
3). Foram feitas leituras semanalmente, usando o recurso de leituras automatizado
do sistema. Baseia-se no tempo de reflexão de pulsos elétricos propagados ao longo
de uma sonda introduzida no solo. A sonda, composta por duas hastes paralelas, atua
como condutores e o solo como meio dielétrico.
0
1
2
3
4
5
0
5
10
15
20
25
13
21
29
37
45
53
61
69
77
85
93
101
109
117
125
133
141
149
157
165
173
181
189
ETc
(mm
dia
-1
)
mm
Dias após semeadura
Irrigação Precipitação ETc
23. 13
Figura 3 Umidade volumétrica do solo para o regime hídrico com 100% e 50% da
evapotranspiração da cultura (ETc) impostos ao cultivo de amendoim de segunda
safra.
3.5 Variáveis analisadas
Dos 25 dias após a semeadura até a colheita foram realizadas 12 medições
para as seguintes características agronômicas da cultura: a) altura da haste principal
de plantas de amendoim: foram medidas alturas de 5 plantas na parcela com auxílio
de uma trena a partir da base da haste principal até a última gema do meristema
apical. b) Taxa de cobertura do solo pelo dossel da cultura: com auxílio de uma
armação retangular de 1 m2 feito com tubos de PVC, foram escolhidos dois pontos
aleatórios dentro da parcela de cada tratamento e colocou-se o material em cima da
cobertura foliar do amendoim. Através de uma câmera digital, foi tirada uma foto
posicionando o retrato na armação e posteriormente foram realizadas leituras com o
auxílio do software Canopeo®, que permite o processamento de imagens gerando
valores em porcentagem referentes à cobertura vegetal, captando apenas a coloração
verde (Patrignani e Ochsner, 2015).
A partir de 25 DAS foram realizadas 13 coletas de plantas no intervalo de 14
dias, coletando-se 3 plantas nas linhas externas da parcela, nas quais foram usadas
para obter número de plantas suficientes até a colheita. Após as amostras serem
colhidas, estas foram levadas ao laboratório, onde foram lavadas e secas em estufa
à 65 °C até atingir massa constante. O material seco foi pesado, sendo então obtida
a massa seca da parte aérea. Após esta operação, o material foi moído e as amostras
foram submetidas às determinações de N, P, K, Ca, Mg e S, segundo método descrito
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
34
41
55
62
69
76
83
91
98
105
112
119
126
133
140
147
154
161
168
175
182
189
Umidade
Volumétrica
(%)
DAS
RI - 100% da ETc
RI - 50% da ETc
24. 14
por Bataglia et al. (1983). Com base no teor de N, P, K, Ca, Mg e S e o valor da massa
seca, calculou-se o acúmulo de cada nutriente na parte aérea das plantas.
A colheita do amendoim foi realizada aos 191 DAS. Das plantas colhidas,
determinaram-se o número de vagens por planta e massa fresca de vagens, em
seguida as vagens foram colocadas na estufa a 105 ºC, por 24 horas (Brasil, 1992),
para determinação do teor de água e calculou-se a produtividade de vagens e
sementes (kg ha-1) padronizando a umidade em 0,08 g g-1 (base úmida). Das vagens
colhidas, também, avaliou-se, a massa seca de vagens, número de sementes por
planta, e massa de 100 sementes.
A eficiência do uso da água (kg ha-1 mm-1) para a produtividade de sementes
foi obtida pela relação entre a produtividade de sementes e a lâmina de água aplicada
durante o ciclo da cultura.
3.6 Análise estatística
Os dados obtidos foram testados quanto à normalidade dos erros (Royston,
1995) e homogeneidade de variância (Gastwirth et al., 2009), sendo submetidos à
análise de variância pelo teste F (p<0,05) e, quando significativo, as médias entre os
tratamentos foram comparadas por meio do teste de Tukey (p<0,05). Para as variáveis
que foram determinadas ao longo do ciclo da cultura, como a altura de plantas, taxa
de cobertura do solo pelo dossel da cultura, massa seca da parte aérea e absorção
de nutrientes realizou-se regressão polinomial em função do tempo para cada
tratamento.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Crescimento Vegetativo
Nas Figuras 4A e 4B se encontram as curvas de crescimento da altura da haste
principal de plantas amendoim em função dos regimes hídricos (RH) e de manejo de
fertilização (MF). A máxima altura de plantas no RH com 100% da ETc foi de 17; 21,48
e 23 cm para os MA F3, F1 e F2, respectivamente. Plantas de amendoim sob o RH
com 100% da ETc associado ao MA F2 tiveram um aumento de 35% rem relação ao
MF F3.
25. 15
Já no RH com 50% da ETc, a máxima altura de plantas foi de 18 cm.
Comparando os dois RH, observou-se que o RH com 50% da ETc reduziu em 22% a
altura de plantas. Essas observações corroboram com informações contidas na
literatura, em que o déficit hídrico promove redução da altura de plantas do amendoim
(Aydinsakir et al., 2016). A fertirrigação proporcionou alto grau de umidade num
pequeno volume de solo bem como a distribuição uniforme do nutriente, o que
favoreceu a absorção de nutrientes e, por sua vez, na melhoria do crescimento
vegetativo e vigor das plantas em comparação com o método convencional de
aplicação de nutrientes no solo.
A / RH – 100% da ETc B / RH – 100% da ETc
Figura 4 Altura da haste principal de plantas de amendoim, cultivado em segunda
safra, em função do regime hídrico 100% (A) e 50% da ETc (B) e fertilização. F1-
Fertirrigação de acordo com marcha; F2- Fertirrigação parcelada em 4 vezes; F3-
Fertilização convencional.
O sistema de irrigação por gotejamento permite maior número de aplicações
de fertilizantes em intervalos diferentes, na zona ativa das raízes, reduzindo o risco
de lixiviação dos nutrientes (Frizzone, 2012). Jain et al. (2018) trabalhando com a
cultura do amendoim, concluíram que aumento sucessivo nos níveis de fertirrigação
por gotejamento incrementou a altura de plantas.
Na média geral, os resultados de cobertura do solo pelo dossel da cultura
mostram pouca variação entre os dois RH (Figura 5 A e B). Para estas características,
resultados opostos foram evidenciados por França et al. (2021) que constataram
F1 y= -7E-04x2 + 0,262x - 2,9371
R²= 0,99**
F2 y= -9E-04x2 + 0,2889x - 0,2582
R² = 0,99**
F3 y= -8E-04x2 + 0,2363x - 0,8094
R² = 0,98**
0
5
10
15
20
25
0 25 50 75 100 125 150 175
Altura
(cm)
F1 F2 F3
DAS
F1 y= -7E-04x2 + 0,2255x - 0,9132
R² = 0,98**
F2 y= -7E-04x2 + 0,2284x - 0,8216
R² = 0,99**
F3 y= -8E-04x2 + 0,2344x - 0,6733
R² = 0,98**
0
5
10
15
20
25
0 25 50 75 100 125 150 175
Altura
(cm)
F1 F2 F3
DAS
26. 16
maior cobertura do solo em plantas de amendoim que receberam maior lâmina de
irrigação por aspersão.
Quanto ao efeito do MF na cobertura do dossel, no RH com 100% da ETc o MA
F2 proporcionou um acréscimo de 13 e 20% em relação aos MA F1 e F3,
respectivamente (Figura 5A). No entanto essa variação diminui entre os MF no RH
com 50% de ETc (Figura 5B).
A / RH – 100% da ETc B / RH – 50% da ETc
Figura 5. Taxa de cobertura do solo pelo dossel da cultura de plantas de amendoim,
cultivado em segunda safra, em função do regime hídrico 100% (A) e 50% da ETc (B)
e de fertilização. F1- Fertirrigação de acordo com marcha; F2- Fertirrigação parcelada
em 4 vezes; F3- Fertilização convencional.
Segundo Yuan et al. (2019), na medida em que o desenvolvimento da planta
de amendoim avança, o dossel se torna maior e mais denso. A partir daí, devido ao
avanço do ciclo da cultura, a taxa de cobertura do solo pelo dossel do amendoim
diminui em função da abscisão de folhas. Além disso, antes do período reprodutivo os
fotoassimilados são, em grande parte, canalizados para o crescimento vegetativo,
sendo que no período reprodutivo surgem novos “drenos”, representados pelos
órgãos de reprodução, cujo desenvolvimento é prioritário.
O efeito positivo da fertilização potássica via fertirrigação sobre a cobertura do
solo pelo dossel da cultura está condicionado ao fornecimento contínuo e parcelado
desse nutriente, fornecendo-o quando a cultura mais necessita. Assim, o MF por
fertirrigação promove maior crescimento da parte aérea do amendoim em relação ao
MF convencional, interferindo diretamente na taxa de cobertura do solo. O
F1 y= -4E-03x2 + 0,8174x - 0,69
R²= 0,91**
F2 y= -47E-04x2 + 0,9707x - 3,5595
R²= 0,94**
F3 y= -43E-04x2 + 0,8428x - 2,5246
R²= 0,97**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 25 50 75 100 125 150 175
TCD
(%)
F1 F2 F3
DAS
F1 y= -43E-04x2 + 0,848x - 3,2436
R²= 0,93**
F2 y= -46E-04x2 + 0,887x - 2,755
R²= 0,93**
F3 y= -44E-04x2 + 0,8514x - 2,3849
R²= 0,97**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 25 50 75 100 125 150 175
TCD
(%)
F1 F2 F3
DAS
27. 17
fornecimento adequado do K é necessário, pois esse cátion exerce várias funções no
metabolismo vegetal, sendo ativador de enzimas durante o processo de fotossíntese,
respiração e síntese de proteínas, atuando também na abertura estomática, no
transporte via floema, na osmorregulação e na extensão celular (Prado, 2008). Além
disso, o potássio desempenha papel importante no equilíbrio hormonal, influenciando
o aumento do nível de auxina, um hormônio importante para o crescimento da planta
(Rubio et al., 2009).
De acordo com Wietholter (2007), em situações de déficit hídrico e em lavouras
com alto potencial de rendimento definido por outros fatores que não o K, pode ocorrer
deficiência desse elemento em solos com teores bem maiores que 40 mg dm-3 de K.
Apesar de a atividade de K aumentar na solução do solo quando ocorre redução do
teor de água, o processo de difusão é diminuído devido ao efeito do teor de água no
fluxo de íons por difusão.
A massa seca da parte aérea atingiu valor máximo de 35; 36 e 44 g planta-1
para os MF F3, F1 e F2 no RH com 100% da ETc (Figura 6A), porém observou-se
pequena variação entre os manejos de fertilização até a formação vagens e sementes.
No RH de 50% da ETc, o déficit hídrico reduziu em 32 % a MSPA, o valor máximo da
MSPA foi de 22,14; 26,25 e 29,33 g planta-1 para os MF F2, F3 e F1 (Figura 6B).
Comparando o crescimento inicial entre os manejos de irrigação, em RH com 100%
da ETc o amendoim já tem início no seu crescimento aos 50 DAS com posterior
intensificação da parte vegetativa, e a 50% da ETc foi a partir de 75 DAS, ou seja, já
houve ocorrência de um atraso, evidenciando um crescimento lento com redução na
expansão foliar assim como no desenvolvimento da planta.
A / RH – 100% da ETc B / RH – 50% da ETc
F1 y= -4E-05x3 + 0,0115x2
-0,7136x + 18,816 R²= 0,98**
F2 y= -2E-05x3 + 0,005x2
-0,1767x + 25,13 R²= 0,97**
F3 y= -2E-05x3 + 0,0052x2
-0,1851x + 12,9823 R²= 0,99**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 25 50 75 100 125 150 175 200
MSPA
(g
planta
-1
)
DAS
F1 F2 F3
F1 y= -2E-05x3 + 0,007x2
-0,4054x + 7,5006 R²= 0,98**
F2 y= -1E-05x3 + 0,0033x2
-0,1564x + 1,299 R² =0,99**
F3 y= -2E-05x3 + 0,0059x2
- 0,3821x + 18,2038 R²= 0,97**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 25 50 75 100 125 150 175 200
MSPA
(g
planta
-1
)
DAS
F1 F2 F3
28. 18
Figura 6 Massa seca da parte aérea de plantas de amendoim, cultivado em segunda
safra, em função do regime hídrico 100% (A) e 50% da ETc (B) e de fertilização. F1-
Fertirrigação de acordo com marcha; F2- Fertirrigação parcelada em 4 vezes; F3-
Fertilização convencional.
A irrigação, bem como a disponibilidade de nutrientes favorecem o
desenvolvimento vegetativo da planta, inclusive na produção e manutenção das
folhas. No entanto, quando ocorre a diminuição de água disponível no solo, as plantas
reduzem a transpiração cada vez mais, diminuindo tanto a abertura estomática como
o tempo em que os estômatos permanecem abertos. Isso ocorre, pois, segundo
Larcher (2000) plantas sob condição de deficiência hídrica perdem turgescência,
reduzindo o processo fotossintético, além de diminuir a expansão celular e o seu
crescimento.
4.2 Parâmetros de rendimento
Verificou-se interação significativa (p<0,05) dos fatores MF e RH para as
variáveis: número de vagens por planta (NV), massa fresca de vagem por planta
(MFV) e número de sementes por planta (NS) (Tabela 3). Analisando a interação do
NV, verificou-se que houve diferenças entre MF apenas para o RH de 100% da ETc,
sendo que a F3 proporcionou maior valor de NV. Em relação ao RH com 100% da
ETc, o NV foi menor no RH de 50% da ETc nos três manejos de fertilização, devendo-
se isso à redução da disponibilidade de água para a cultura, especialmente durante o
período de formação de vagens (Figura 3). A fertilização convencional e o RH de 100%
da ETc proporcionaram as maiores médias de NV.
Quanto a MFV e o NS, observaram-se as mesmas tendências do NV, em que
o RH de 100% da ETc promoveu maiores médias em relação ao RH de 50% da ETc
para os MF. Esses resultados estão de acordo com os resultados de Silva et al. (2015),
Barbieri (2017) e Zaki et al. (2018), que afirmam existir, frequentemente, redução no
número de vagens e de grãos do amendoim quando submetido a baixos níveis de
umidade de solo. De acordo com Azevedo et al. (2014), o déficit hídrico nas fases de
crescimento e desenvolvimento dos ginóforos e das vagens acarreta decréscimo na
produção pela redução no número de vagens e massa.
29. 19
Tabela 3 Média das interações significativas da análise de variância referentes ao
número de vagens por planta (NV), massa fresca de vagem (MFV) e número de
sementes por planta (NS) de amendoim (segunda safra) cultivado sob os regimes
hídricos e de manejo de fertilização. Jaboticabal, SP, Brasil.
Manejo de fertilização
(MF)
Regime Hídrico
(RH)
Regime Hídrico
(RH)
Regime Hídrico
(RH)
100%ETc 50%ETc 100%ETc 50%ETc 100%ETc 50%ETc
NV planta-1 MFV g planta-1 NS planta-1
F1 10,66 b 8,42 a 21,43 b 15,84 a 10,44 b 8,34 a
F2 10,40 b 6,54 a 20,19 b 12,70 a 10,32 b 6,28 a
F3 16,39 a 7,19 a 33,10 a 15,04 a 16,62 a 6,84 a
Teste F
CV (%)
8,75**
20
5,79*
22
4,59*
29
**significativo a 1% de probabilidade; *significativo a 5% de probabilidade; médias
seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
Para a massa seca de vagens (MSV), produtividade de sementes (PS),
produtividade de vagens (PV) e eficiência de uso de água (EUA), ocorreram
diferenças somente entre os RH avaliados (Tabela 4). Para a M100S não houve
diferenças para nenhum dos fatores estudados. Nenhuma das variáveis estudadas
foram influenciadas significativamente pelos MF.
Tabela 4. Médias de massa seca de vagens por planta (MSV), massa seca de cem
semente (M100S), produtividade de semente (PS) produtividade de vagem (PV), e
eficiência de uso de água (EUA) de amendoim (segunda safra) cultivado sob os
regimes hídricos e manejo de fertilização. Jaboticabal, SP, Brasil.
Manejo de Fertilização
(MF)
MSV
(g planta-1
)
M100 S
(g)
PS
(kg ha-1
)
PV
(kg ha-1
)
EUA
(kg ha-1
mm-1
)
F1 7,79 a 64,29 a 1925,1 a 2566,9 a 7,70 a
F2 7,08 a 67,50 a 2111,8 a 2658,1 a 7,50 a
F3 9,90 a 63,54 a 2269,1 a 3137,9 a 8,80 a
Regime Hídrico (RH)
100% da ETc 10,33 a 66,21 a 2639,3 a 3318,4 a 7,27 b
50% da ETc 6,19 b 64,01 a 1564,7 b 2257,1 b 8,73 a
Teste F
CV (%)
41,77**
21,25
1,80 ns
9,4
142,86**
11,71
19,76*
23,46
3,83*
25,66
F1- Fertirrigação de acordo com a marcha de absorção; F2- Fertirrigação parcelada
em 4 vezes; F3- Fertilização convencional; **significativo a 1% de probabilidade;
*significativo a 5% de probabilidade; ns-não significativo; médias seguidas da mesma
letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
Comparando a MSV por planta, foi observado superioridade de 40% para o RH
de 100% da ETc em relação ao RH de 50% da ETc. Esses resultados estão de acordo
30. 20
com os observados de Arruda et al. (2015), que afirmaram existir, frequentemente,
redução na massa das vagens e sementes de amendoim quando submetidas a baixa
disponibilidade hídrica. Maior valor dos componentes de produção para o RH de 100%
da ETc demostra que no RH de 50% da ETc o processo de florescimento sofreu
redução na fase de formação do ginóforo, provavelmente pela baixa umidade no solo
(Figura 3) que desencadeou a falta de turgescência necessária para o crescimento.
A produtividade não foi alterada em função dos manejos de fertilização. Isso
pode ser uma consequência do elevado teor de K observado inicialmente neste solo
(Tabela 1), resultando assim, em baixa resposta da planta na absorção deste nutriente
quando aplicado na cobertura. Observa-se que o teor de K do solo do presente estudo
é classificado como “Alto” para culturas anuais, de acordo com Raij et al. (1997).
Segundo Nakagawa e Rosolem (2011), embora se saiba que o amendoim
extrai do solo quantidades razoáveis de potássio, as respostas às adubações com
este nutriente são, na maioria das vezes, menores do que as esperadas, mesmo em
solos com baixo teor desse elemento. Isto se deve, provavelmente, à capacidade que
tem o amendoim de extrair o potássio que se encontra no solo sob forma pouco
assimilável. Apesar dos resultados contraditórios, há, também, dados consideráveis
que indicam efeito positivo da fertirrigação potássica no rendimento da vagem de
amendoim (Sousa et al., 2013; Ouda et al., 2018).
A maior produtividade de sementes e de vagens foi constatada no RH de 100%
da ETc, superando significativamente em 1074,6 kg ha-1 (69 %) e 1061,3 kg ha-1 (47%)
à observada no RH de 50% da ETc, respectivamente. Evidencia-se assim que a
produtividade de vagens da cultura do amendoim responde ao volume de água
aplicada. Isso ocorre devido à manutenção, em todo o ciclo, de alta disponibilidade de
água no solo (Figura 3), que permitiu o pleno desenvolvimento de sua área foliar,
maiores taxas de crescimento, assimilação e produção de fotoassimilados (Taiz et al.,
2017).
A baixa relação sementes/vagens, associada a menor massa das sementes e
número de vagens por planta, contribuiu para a redução da produtividade de sementes
de amendoim no RH de 50% da ETc. Sob condições de déficit hídrico, o resultado
imediato é a perda da turgescência e, como consequência, a diminuição do potencial
31. 21
hídrico do tecido, diminuição do volume do vacúolo e o aumento da concentração do
protoplasma (Larcher, 2000).
A produtividade de vagens obtida no RH de 100% da ETc foi inferior (3318,4 kg
ha-1) à produtividade estimada para a primeira safra do amendoim no Brasil (safra das
águas) (CONAB, 2020), que foi de 3.554 kg ha-1. Para a segunda safra (safra das
secas) a produtividade estimada foi de 1771 kg ha-1 (CONAB, 2020), na qual é inferior
ao valor obtido no presente experimento, até mesmo para o RH que forneceu 50% da
ETc (2257,1 kg ha-1). Isso demonstra que o potencial produtivo do amendoim da
segunda safra é elevado e pode gerar elevada renda aos produtores.
A maior EUA (8,73 kg ha-1 mm-1) ocorreu no RH que forneceu 50% da ETc.
Estes resultados corroboram com Hussainy e Vaidyanathan (2019), Dias et al. (2019)
e Saudy et al. (2020), que estudaram a eficiência de uso da água na cultura do
amendoim sob diferentes lâminas de irrigação. Os autores também verificaram que a
EUA decai com o incremento da lâmina de irrigação aplicada.
À medida que a turgescência começa a diminuir são iniciadas medidas
osmorregulatórias, que ajudam no ajustamento osmótico nas raízes e nas folhas e,
assim, retarda a perda de turgescência no mesofilo e nas células-guarda, o que
significa a manutenção por um tempo maior da abertura estomática e adiamento na
produção de ácido abscísico (ABA), resultando na melhora da absorção de água e
aumento da EUA (Yu et al., 2020).
4.3 Acúmulo de biomassa e nutrientes pelo amendoim
Com base na biomassa acumulada da parte aérea (Figura 7), plantas de
amendoim cultivado sob o RH com 100% da ETc apresentaram aumento na biomassa
de 26%; 72% e 55% para os MA F1, F2 e F3, respectivamente, quando comparado
com os mesmos MA sob RH com 50% de ETc. No RH com 100% da ETc o acúmulo
máximo de biomassa foi de 7148,3 kg ha-1 no MF F2 (Figura 7A). Para o RH com 50%
de ETc, o máximo acúmulo foi de 4967,8 kg ha-1 no MA F1(Figura 7B), o que
representa um acréscimo de 43,80% de RH 100% em relação ao RH 50%.
Para o acúmulo de nutrientes na parte aérea do amendoim, observou-se, no
início do ciclo, uma taxa de absorção lenta até o início do florescimento e emissão dos
ginóforos, com posterior intensificação na absorção até atingir um período de máximo
32. 22
acúmulo. Em ordem decrescente de absorção, o nitrogênio (N) foi o nutriente
acumulado em maior quantidade, seguido pelo potássio (K), cálcio (Ca), magnésio
(Mg), enxofre (S) e fósforo (P) (Figuras 8 e 9). Este padrão de absorção também foi
observado em outros trabalhos com o acúmulo de nutrientes pela cultura do
amendoim (Coelho e Tella, 1967; Feitosa et al., 1993; Silva et al., 2017).
A / RH – 100% da ETc B / RH – 50% da ETc
Figura 7. Acúmulo de biomassa na parte aérea de plantas de amendoim, cultivado
em segunda safra, em função do regime hídrico 100% (A) e 50% da ETc (B) e de
fertilização. F1- Fertirrigação de acordo com marcha; F2- Fertirrigação parcelada
em 4 vezes; F3- Fertilização convencional.
A quantidade máxima de N acumulada no RH com 100% da ETc foi estimada
em 194; 212 e 216 kg ha-1, para os MA F3, F1 e F2 (Figura 8A). No RH com 50% de
ETc o máximo acúmulo de N foi de 100; 117 e 141 kg ha-1 nos MA F2, F3 e F1(Figura
8B). O MA F2 proporcionou um aumento na absorção de N de 11% quando
comparado com o MA F3 no RH com 100% da ETc. Por outro lado, no RH com 50%
da ETc o MA F1 teve um acréscimo de 41% em relação ao MA F3, respectivamente.
O amendoim é capaz de atender às suas necessidades de nitrogênio tanto pela
fixação simbiótica de nitrogênio pelos nódulos radiculares como pelo nitrogênio do
solo.
Quanto ao fósforo, no RH com 100% da ETc o máximo acúmulo foi de 6,44;
7,22 e 7,52 kg ha-1 para os MA F3, F1 e F2, respectivamente (Figura 8C). O máximo
acúmulo no RH com 50% de ETc foi de 3,03; 3,93 e 5,00 referente aos MA F2, F3 e
F1 (Figura 8D), respectivamente.
F1 y= -48E-04x3+1,3425x2
-54,946x+384,02 R²= 0,97**
F2 y= -28E-04x3+0,8897x2
-31,412x+200,89 R²= 0,97**
F3 y= -3E-03x3+0,9192x2
-32,9x+174,64 R²= 0,99**
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Biomassa
(kg
ha
-1
)
DAS
F1 F2 F3
F1 y= -3E-03x3+0,8689x2
-33,029x+208,49 R²= 0,98**
F2 y= -13E-04x3+0,4133x2
-10,64x+91,698 R²= 0,99**
F3 y= -21E-4x3+0,6415x2
-25,223x+228,03 R²= 0,97**
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Biomassa
(kg
ha
-1
)
DAS
F1 F2 F3
33. 23
A / RH - 100% da ETc B / RI – 50% da ETc
C D
E F
Figura 8 Acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio de plantas de amendoim,
cultivado em segunda safra, em função do regime hídrico 100% (A) e 50% da ETc
(B) e de fertilização. F1- Fertirrigação de acordo com marcha; F2- Fertirrigação
parcelada em 4 vezes; F3- Fertilização convencional.
F1 y= -2E-04x3+0,0491x2
-2,2871x+92,458 R²=0,91**
F2 y= -2E-04x3+0,0616x2
-3,963x+77,993 R²=0,95**
F3 y= -2E-04x3+0,0575x2
-3,7692x+122,376 R²=0,98**
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
Nitrogênio
(kg
ha
-1
)
F1 F2 F3
F1 y = -2E-04x3+0,0598x2
-3,8313x+70,824 R² = 0,97**
F2 y= -9E-05x3 + 0,0237x2
-0,903x+6,0902 R²=0,84*
F3 f= -1E-04x3+0,0271x2
-1,0879x+7,0947 R²=0,90**
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
Nitrogênio
(kg
ha
-1
)
F1 F2 F3
F1 y= -7E-06x3+0,002x2
-0,1085x+2,0422 R²=0,90**
F2 y= -3E-06x3+0,0009x2
-0,0239x+0,1372 R²=0,94**
F3 y= -6E-06x3+0,0018x2
-0,102x+1,9316 R²=0,97**
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Fósforo
(kg
ha
-1
)
F1 y= -4E-06x3+0,0011x2
-0,038x+0,2381 R²=0,89**
F2 y= -2E-06x3+0,0006x2
-0,0304x+0,6823 R²=0,88**
F3 y= -2E-06x3+0,0006x2
-0,0229x+0,2777 R²=0,77*
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Fósforo
(kg
ha
-1
)
F1 y= -8E-05x3+0,0224x2
-1,1303x+25,148 R²=0,97**
F2 y= -5E-05x3+0,0132x2
-0,4591x+34,3325 R²=0,96**
F3 y= -3E-05x3+0,007x2
+0,1182x-7,9437 R²= 0,96**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Potássio
(kg
ha
-1
)
DAS
F1 y= -3E-05x3+0,0078x2
-0,14x+4,2573 R²=0,98**
F2 y= -2E-05x3+0,0044x2
-0,0231x+10,6932 R²=0,97**
F3 y= -2E-05x3+0,0049x2
-0,0601x+12,9017 R²=0,96**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Potássio
(kg
ha
-1
)
DAS
34. 24
No RH com 100% da ETc o MF F2 proporcionou um aumento de 4 e 16% em
comparação ao MA F1 e F3. De forma contrária, no RH com 50% da ETc o MA F1
garantiu um aumento de 27 e 66% em relação ao MA F3 e F2. De acordo com Feitosa
et al. (1993), mais de 70% do P absorvido pelo amendoim se encontra nos grãos, o
que explica a baixa extração encontrado na parte aérea no presente estudo.
Para o potássio, o amendoim atingiu acúmulo máximo na maturação das
sementes, estimado em 77; 86 e 89 kg ha-1 nos MA F3, F1 e F2 para o RH com 100%
da ETc, respectivamente (Figura 8E). No RH com 50% da ETc o acúmulo máximo foi
de 45; 49 e 56 kg ha-1 nos MA F2, F3 e F1 (Figura 8F), respectivamente. O regime
hídrico de reposição total da ETc associado com o MA F2 resultou em um aumento
de 16% do K total absorvido em relação ao MA F3. De forma contrária, no RH com
50% da ETc o maior acúmulo foi obtido no MA F1, com aumento de 14% em
comparação ao MA F3.
O cálcio foi o terceiro nutriente mais acumulado pela parte aérea do amendoim,
em quantidade muito próxima à do potássio (Figura 9). O acúmulo máximo de Ca no
RH com 100% da ETc resultou na absorção de 77; 81e 85 kg ha-1 para os MA F1, F3
e F2 (Figura 9A). O RH com 50% da ETc proporcionou as menores médias de
absorção, atingindo acúmulo máximo estimado em 55; 59 e 67 kg ha-1 nos MA F2, F3
e F1 (Figura 9B).
O maior valor de absorção de Ca foi constatado no RH com 100% da ETc com
o MA F2, superando em 4 e 10% à observada no MA F3 e F1. Para o RH com 50%
da ETc o MA F1 teve um aumento de 14 e 22% comparado ao MA F3 e F2,
respectivamente. No solo, o Ca entra em contato com as raízes por fluxo de massa, a
qual depende da taxa de fluxo de água pelo solo em direção à planta. Sob condições
de déficit hídrico pequena quantidade de Ca atinge as raízes, levando a uma menor
absorção do nutriente.
Os valores máximos de acúmulo de Mg foram obtidos na maturação de
sementes, com valores de 20; 24 e 32 kg ha-1 nos MA F1, F3 e F2 para o RH com
100% da ETc, respectivamente (Figura 9C).
35. 25
A / RH – 100% da ETc B / RH – 50% da ETc
C D
E F
Figura 9. Acúmulo de cálcio, magnésio e enxofre de plantas de amendoim, cultivado
em segunda safra, em função do regime hídrico 100% (A) e 50% da ETc (B) e de
fertilização. F1- Fertirrigação de acordo com marcha; F2- Fertirrigação parcelada
em 4 vezes; F3- Fertilização convencional.
F1 y= -6E-05x3+0,0176x2
-0,8738x+6,4581 R²=0,95**
F2 y= -5E-05x3+0,018x2
-1,2337x+18,057 R²=0,98**
F3 y= -2E-05x3+0,0087x2
-0,5313x+1,9402 R²=0,99**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Cálcio
(kg
ha
-1
)
F1 F2 F3
F1 y= -6E-05x3+0,0191x2
-1,3337x+32,089 R²=0,97**
F2 y= -2E-05x3+0,0069x2
-0,3241x+1,5335 R²=0,97**
F3 y= -3E-05x3+0,01x2
-0,5092x+0,3007 R²=0,95**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Cálcio
(kg
ha
-1
)
F1 F2 F3
F1 y= -2E-05x3+0,0048x2
-0,2116x+10,4529 R²=0,96**
F2 y= -5E-06x3+0,002x2
-0,0773x+0,7351 R²=0,98**
F3 y=-9E-06x3+0,0032x2
-0,1349x+0,859 R²=0,97**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Magnésio
(kg
ha
-1
)
F1 y= -8E-06x3+0,0025x2
-0,1026x+0,6178 R²=0,98**
F2 y= -7E-08x3+0,0005x2
+0,0072x-0,1912 R²=0,99**
F3 y= -7E-06x3+0,0027x2
-0,1741x+3,6029 R²=0,98**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Magnésio
(kg
ha
-1
)
F1 y= -2E-05x3+0,005x2
-0,3134x+12,1149 R²=0,94**
F2 y= -9E-06x3+0,0028x2
-0,1527x+2,8957 R²=0,93**
F3 y= -9E-06x3+0,0024x2
-0,0911x+0,5151 R²=0,99**
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Enxofre
(kg
ha
-1
)
DAS
F1 y= -7E-06x3+0,0019x2
-0,0651x+0,3559 R²=0,97**
F2 y= -4E-06x3+0,001x2
-0,0249x+0,1753 R²=0,98**
F3 y= -6E-06x3+0,0019x2
-0,1142x+2,5758 R²=0,94**
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Enxofre
(kg
ha
-1
)
DAS
36. 26
O acúmulo máximo de Mg no RH com 50% da ETc foi de 18; 19 e 22 kg ha-1
nos manejos F2, F1 e F3 (Figura 9D). Em condições de disponibilidade total de água,
o MA F2 foi superior em 33 e 60% em relação ao MA F3 e F1. Diferentemente, as
plantas sob o MA F3 no RH com 50% da ETc apresentaram aumento de 16 e 22%
aos demais manejos de fertilização.
Associado ao fósforo, o enxofre é um dos macronutrientes menos absorvidos e
atua sobre o florescimento e formação de vagens, sendo encontrado em maior
proporção nos grãos (Nakagawa e Rosolem, 2011). O máximo acúmulo de S
encontrado no RH com 100% da ETc foi de 10,5; 12,0 e 13,7 kg ha-1 para os MA F3,
F1 e F2 (Figura 9E), respectivamente. No RH com 50% da ETc o máximo acúmulo
encontrado foi de 5,5; 7,4 e 8,5 kg ha-1 para os MA F2, F3 e F1 (Figura 9F).
De modo geral, o RH com 100% da ETc proporcionou um aumento na biomassa
e maior acúmulo dos nutrientes na parte aérea da planta, devido à água ser o veículo
por meio do qual os íons se movimentam da solução do solo para o sistema radicular
das plantas, principalmente quando este movimento se dá por fluxo de massa e
difusão, aumentando assim a absorção de nutrientes pela cultura em relação ao RH
com 50% da ETc, independentemente do nutriente e manejo de fertilização avaliado.
Além disso, a biomassa total do amendoim sob o RH de 100% foi superior à biomassa
sob RH de 50%, independentemente do manejo de fertilização avaliado, justificando
as maiores extrações dos macronutrientes para o RH de 100%.
Na média, observou-se que a restrição hídrica reduziu em 43%, 44%, 40%,
26%, 22% e 41% o acúmulo máximo de N, P, K, Ca, Mg e S do amendoim. Esses
resultados corroboram os encontrados por Junjittakarn et al. (2013) que constataram
redução de N, K e Ca em plantas de amendoim ocasionado pelo déficit hídrico. Em
condições de déficit hídrico, a absorção de nutrientes pelas plantas é geralmente
diminuída, devido a redução da atividade das raízes, que está associada à diminuição
do movimento da água em direção às raízes e difusão de íons mais lenta (Andrade et
al., 2018).
Como a maior parte do K é transportada até à raiz por difusão, mecanismo de
transporte regulado pelo teor de água e pela interação do nutriente com os coloides
do solo, assim a baixa disponibilidade de água no solo pode afetar a absorção de P e
K em decorrência da restrição do crescimento radicular e da capacidade de absorção
37. 27
da raiz (Wietholter, 2007). À medida que a planta desenvolve e o solo seca, diminui o
teor do nutriente que pode ser difundido, justificando, possivelmente, o menor acúmulo
observado no RH com 50% da ETc. Segundo Costa et al. (2009), o maior conteúdo
volumétrico de água no solo aumenta o fluxo difusivo, e a absorção de potássio são
favorecidas pela manutenção de alta concentração deste nutriente na solução do solo.
Dentre os manejos de adubação estudados, a fertirrigação,
independentemente da modalidade estudada, garantiu maiores quantidades de
nutrientes absorvidos pelas plantas. Segundo Fanish e Muthukrishnan (2013), a
disponibilidade crescente de nutriente na zona radicular das culturas influencia a
absorção e o rendimento da colheita. A mesma tendência foi observada por Jain e
Meena (2015) e Jain et al. (2018) que registraram aumento significativo na absorção
de N, P e K por amendoim com aplicação do fertilizante através da fertirrigação por
gotejamento.
Exceto o fósforo, as quantidades de nutrientes extraídas pelas plantas de
amendoim observadas neste trabalho foram mais elevadas do que as verificadas por
Feitosa et al. (1993). Esses autores observaram máximas extrações de N, P, K, Ca,
Mg e S de 192, 13, 60, 26, 20 e 9 kg ha-1, respectivamente. No geral, a fertirrigação
aumentou a concentração de todos os nutrientes estudados, isso se deve ao grande
desenvolvimento da parte aérea das plantas, proporcionada pelo fornecimento
contínuo do fertilizante aplicado.
Os dados obtidos indicam que, o início do florescimento é um dos pontos
cruciais no desenvolvimento do amendoim, pois, nesta ocasião, as curvas de
percentagem (%) de N, K, e Ca das folhas sobem bruscamente, sendo, portanto, muito
importante que a planta encontre, nessa época, os elementos minerais necessários
para o desenvolvimento das vagens.
Além disso, os resultados indicam manejos específicos de adubação
dependendo da lâmina de irrigação. A maior extração de nutrientes pelo RH com
100% da ETc demonstra maior necessidade de adubação em relação a manejos de
irrigação deficitária, como o RH com 50% da ETc.
5 CONCLUSÕES
38. 28
Cultivando o amendoim cultivar IAC 503 no Latossolo Vermelho com textura
argilosa é recomendado o uso do regime hídrico com 100% da ETc independente do
manejo de fertilização, convencional ou fertirrigação;
A maior taxa de absorção de nutrientes ocorre durante o estádio reprodutivo,
correspondendo aos períodos entre a formação das vagens e o enchimento de grãos;
O acúmulo de nutrientes se intensifica aos 166 DAS, com a seguinte ordem
decrescente de absorção de macronutrientes: N > K > Ca > Mg > S > P.
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