1. O estudo estimou a evapotranspiração de referência (ETo) na bacia do Baixo São Francisco entre 2009-2018 usando o método Penman-Monteith recomendado pela FAO.
2. A dinâmica temporal da ETo seguiu padrões semelhantes nos locais, com Pão de Açúcar tendo o maior valor médio diário de ETo e Arapiraca o menor.
3. Em média, a ETo anual acumulada na bacia foi de 1635,23 mm/ano, com valores mais baix
1) O documento estima o balanço hídrico climatológico da bacia hidrográfica do rio Sorocaba em São Paulo entre 1974-2012, calculando o excedente hídrico médio anual de 392 mm, equivalente a 65,5 m3/s ou 2 x 109 m3/ano.
2) Chuvas concentram-se de outubro a março, quando ocorre 70% da precipitação anual na bacia.
3) A disponibilidade hídrica per capita de 1.600 m3/hab-ano
1. O estudo objetivou determinar os valores de irrigação e número de irrigações necessários para o feijoeiro semeado em diferentes épocas na região central do Rio Grande do Sul, considerando a capacidade de armazenamento de água dos principais solos.
2. Foram simulados o ciclo do feijoeiro, a irrigação e a variação de umidade do solo para 13 solos, em 10 épocas de semeadura e anos entre 1968-2006.
3. A maior demanda por irrigação ocorreu nos últimos perí
Plano manejo/APA/diagnóstico 2014-10-34789Emilio Viegas
O documento apresenta uma análise técnica do diagnóstico do plano de manejo da APA de Campinas entregue pela empresa Walm. A análise aponta problemas como inconsistências em siglas e dados, links quebrados, falta de interpretação integrada de dados e ausência de informações solicitadas no plano de trabalho como caracterização completa de barragens e identificação de fragilidades hídricas. Recomenda-se uma revisão do diagnóstico para corrigir erros e melhor explorar os dados de forma integrada.
Protocolo: 2014/10/34789
Interessado: SVDS
Assunto: Plano de Manejo da APA de Campinas
Produto 2 - Diagnóstico
Trata o presente de manifestação técnica sobre o produto referente ao diagnóstico do plano de manejo da APA de Campinas, entregue pela empresa Walm em 31 de março de 2017.
Variabilidade espacial e temporal da chuva na unidade de gerenciamento do pardodeborahfss
1) O documento analisa a variabilidade espacial e temporal da chuva na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do rio Pardo entre 1976-2010.
2) Foram utilizadas 42 séries pluviométricas da Agência Nacional de Águas para análises estatísticas como média, desvio padrão e coeficiente de variação.
3) O estudo visa demonstrar que o conhecimento da variabilidade pluviométrica permite um melhor planejamento urbano para proteção ambiental e prevenção de des
1. O relatório analisa a distribuição das chuvas em Minas Gerais nos anos de 2014/2015, o comportamento dos rios e reservatórios no período.
2. Nos meses de outubro e dezembro choveu abaixo da média em grande parte do estado. Em novembro e janeiro, a maioria das regiões recebeu chuvas acima da média.
3. Os maiores acumulados ocorreram no Vale do Rio Doce e no Noroeste, enquanto as menores chuvas foram no Norte e no J
A importância da hidrografia sobre a biogeografia aquática 2012Marcus Cabral
O documento discute a distribuição de espécies de peixes em três bacias hidrográficas no norte do Paraná, Brasil. Foram encontradas 128 espécies no total, com maior abundância do gênero Hypostomus. A análise mostrou maior similaridade entre as espécies das bacias dos rios Pirapó e Ivaí. A distribuição variou entre as categorias, com maior ocorrência de espécies restritas às bacias dos rios Pirapó e Tibagi.
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...Gabriella Ribeiro
Este documento descreve o uso da geoestatística para modelar as oscilações do nível freático e medir o volume de água subterrânea explorável. Os autores interpolaram os níveis freáticos em diferentes datas para estimar o volume armazenado e avaliar o uso de áreas de preservação como estoques de curto prazo para abastecimento público. Os resultados mostraram que a geoestatística permite monitorar os aquíferos e fornecer dados para gestão dos recursos hídricos subterrâneos.
1) O documento estima o balanço hídrico climatológico da bacia hidrográfica do rio Sorocaba em São Paulo entre 1974-2012, calculando o excedente hídrico médio anual de 392 mm, equivalente a 65,5 m3/s ou 2 x 109 m3/ano.
2) Chuvas concentram-se de outubro a março, quando ocorre 70% da precipitação anual na bacia.
3) A disponibilidade hídrica per capita de 1.600 m3/hab-ano
1. O estudo objetivou determinar os valores de irrigação e número de irrigações necessários para o feijoeiro semeado em diferentes épocas na região central do Rio Grande do Sul, considerando a capacidade de armazenamento de água dos principais solos.
2. Foram simulados o ciclo do feijoeiro, a irrigação e a variação de umidade do solo para 13 solos, em 10 épocas de semeadura e anos entre 1968-2006.
3. A maior demanda por irrigação ocorreu nos últimos perí
Plano manejo/APA/diagnóstico 2014-10-34789Emilio Viegas
O documento apresenta uma análise técnica do diagnóstico do plano de manejo da APA de Campinas entregue pela empresa Walm. A análise aponta problemas como inconsistências em siglas e dados, links quebrados, falta de interpretação integrada de dados e ausência de informações solicitadas no plano de trabalho como caracterização completa de barragens e identificação de fragilidades hídricas. Recomenda-se uma revisão do diagnóstico para corrigir erros e melhor explorar os dados de forma integrada.
Protocolo: 2014/10/34789
Interessado: SVDS
Assunto: Plano de Manejo da APA de Campinas
Produto 2 - Diagnóstico
Trata o presente de manifestação técnica sobre o produto referente ao diagnóstico do plano de manejo da APA de Campinas, entregue pela empresa Walm em 31 de março de 2017.
Variabilidade espacial e temporal da chuva na unidade de gerenciamento do pardodeborahfss
1) O documento analisa a variabilidade espacial e temporal da chuva na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do rio Pardo entre 1976-2010.
2) Foram utilizadas 42 séries pluviométricas da Agência Nacional de Águas para análises estatísticas como média, desvio padrão e coeficiente de variação.
3) O estudo visa demonstrar que o conhecimento da variabilidade pluviométrica permite um melhor planejamento urbano para proteção ambiental e prevenção de des
1. O relatório analisa a distribuição das chuvas em Minas Gerais nos anos de 2014/2015, o comportamento dos rios e reservatórios no período.
2. Nos meses de outubro e dezembro choveu abaixo da média em grande parte do estado. Em novembro e janeiro, a maioria das regiões recebeu chuvas acima da média.
3. Os maiores acumulados ocorreram no Vale do Rio Doce e no Noroeste, enquanto as menores chuvas foram no Norte e no J
A importância da hidrografia sobre a biogeografia aquática 2012Marcus Cabral
O documento discute a distribuição de espécies de peixes em três bacias hidrográficas no norte do Paraná, Brasil. Foram encontradas 128 espécies no total, com maior abundância do gênero Hypostomus. A análise mostrou maior similaridade entre as espécies das bacias dos rios Pirapó e Ivaí. A distribuição variou entre as categorias, com maior ocorrência de espécies restritas às bacias dos rios Pirapó e Tibagi.
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...Gabriella Ribeiro
Este documento descreve o uso da geoestatística para modelar as oscilações do nível freático e medir o volume de água subterrânea explorável. Os autores interpolaram os níveis freáticos em diferentes datas para estimar o volume armazenado e avaliar o uso de áreas de preservação como estoques de curto prazo para abastecimento público. Os resultados mostraram que a geoestatística permite monitorar os aquíferos e fornecer dados para gestão dos recursos hídricos subterrâneos.
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RNGabriella Ribeiro
1) O documento avalia a influência da exploração de petróleo no abastecimento de água subterrânea no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. 2) É analisado o contexto geológico, petrolífero e hidrogeológico da região e mapeados os poços de petróleo e água. 3) Conclui-se que não há evidências de contaminação dos aquíferos estudados, mas são necessários mais dados dos poços de petróleo para análises complementares.
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...Gabriella Ribeiro
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE EXPLOTAÇÃO SUBTERRÂNEA. ENSAIO DE APLICAÇÃO: ÁREA URBANA DE SÃO CARLOS-SP
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...Leidiana Alves
O documento discute a dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo curso do rio Paraíba do Sul. Apresenta o contexto histórico da criação de canais no Brasil e classificação dos mesmos. Também aborda a importância da gestão de bacias hidrográficas e a qualidade ambiental do canal Coqueiros em Campos dos Goytacazes.
Este documento analisa a disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica do Rio São Marcos entre Goiás e Minas Gerais. Utilizou-se o balanço hídrico de Thornthwaite e dados pluviométricos de 1976 a 2005 para quantificar a oferta hídrica. O documento mapeou o uso do solo na área e sugeriu a gestão sustentável dos recursos hídricos para as atividades agrícolas diante dos resultados obtidos.
I WORKSHOP INTERNACIONAL: PESQUISA CIENTÍFICA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE
GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS:
Os exemplos do Nebraska, USA e do Oeste da Bahia, Brasil
AUDITÓRIO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - SALVADOR, BAH
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de SolosAlexia Regine
Banner:
Estimativa do Fator Topográfico da EUPS como Subsídio à Modelagem Erosiva da Microbacia d Ribeirão Piancó, Anápolis - GO
Estimativa do Índice de Erosividade da Chuva para Análise da Perda de Solo por Erosão Laminar da Bacia do Ribeirão Piancó
Este documento resume um workshop sobre a quantificação e monitoramento dos recursos hídricos subterrâneos do Aquífero Urucuia no estado da Bahia. Ele apresenta a equipe envolvida no projeto, as atividades planejadas como coleta de dados, desenvolvimento de um modelo conceitual e numérico, e resultados esperados. Também discute aspectos hidrogeológicos e geofísicos do aquífero com base em estudos anteriores.
Análise dos dados de projeção climática do modelo ETA e suas implicações para...alcscens
Extremos de temperatura durante a fase do florescimento do café arábica causam abortamento de flores e perda na produção. Estudos de projeção climática, normalmente baseados em modelos de baixa resolução, já demonstram perdas na produção de café como conseqüência das altas temperaturas. No entanto, esses estudos têm uma menor precisão nas respostas por causa da resolução dos modelos, e novos estudos baseados em modelos de melhor resolução se tornam necessários. Este trabalho apresenta uma análise das implicações dos extremos de temperatura e precipitação na aptidão climática em municípios tradicionalmente produtores de café em Minas Gerais e São Paulo, utilizando o modelo climático Eta (40km de resolução). Primeiramente, as respostas do modelo foram comparadas com os dados climáticos atuais (dados observados). As projeções do modelo Eta foram satisfatórias porque seguem o padrão do clima já existente. Os dados do modelo demonstram um deslocamento do maior déficit hídrico do ano para o mês de setembro. O modelo projeta cenários com aumento de temperaturas, principalmente nos meses de setembro e outubro, que é o florescimento do café, impactando a produção de café arábica.
Cenário do mapeamento de áreas contaminadas nos Estados do Rio de Janeiro e S...Gabriella Ribeiro
Este documento analisa o cenário atual das áreas contaminadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, comparando suas legislações, classificações e números de áreas. São Paulo tem mais áreas classificadas e em processo de reabilitação, enquanto o Rio de Janeiro precisa ampliar seus estudos sobre passivos ambientais.
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_braJoão Pedro
O documento descreve a recuperação de uma área degradada por um lixão municipal em Espírito Santo do Pinhal, SP. Análises químicas do solo e microbiológicas da água indicaram altos níveis de poluentes como cobre, ferro e coliformes fecais. As mudas plantadas apresentaram problemas de desenvolvimento devido à falta de manutenção. A desativação do lixão há quatro anos melhorou parcialmente a área, mas ainda há passivos ambientais a serem tratados.
1) O documento fornece diretrizes para o projeto de um sistema de abastecimento de água para uma cidade, incluindo a seleção de um município, projeção populacional, cálculo de demandas hídricas e identificação de mananciais.
2) É recomendado selecionar um município em São Paulo com população entre 5.000-40.000 habitantes e cartas topográficas disponíveis.
3) O projeto deve incluir projeção populacional até 2030, cálculo de vazões
Este documento apresenta o início da Avaliação Ambiental Integrada dos Aproveitamentos Hidrelétricos da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu. Inclui a caracterização dos empreendimentos hidrelétricos existentes e planejados, bem como um diagnóstico abrangente das condições físicas, biológicas e socioeconômicas da bacia. A metodologia adotada envolveu levantamento de dados secundários e visitas de campo para compreender o contexto ambiental e socioeconômico da
Estudo de autodepuração do rio vieira através da modelagem matemáticaEdson Barbosa Andrade
Este documento apresenta uma monografia sobre o estudo da autodepuração do Rio Vieira em Montes Claros-MG através de modelagem matemática. O trabalho descreve a coleta de dados em quatro pontos do rio e o desenvolvimento de um modelo para simular cenários e entender o comportamento da autodepuração. O modelo busca minimizar custos para manter a qualidade da água considerando parâmetros como oxigênio dissolvido e demanda bioquímica de oxigênio. Os resultados podem auxiliar no planejamento e trat
Este documento apresenta os resultados de um estudo sobre a densidade de drenagem e lineamentos na Bacia do Ribeirão dos Rodrigues localizada entre os municípios de Salto de Pirapora e Pilar do Sul no estado de São Paulo. O estudo mostrou que a organização da rede de drenagem está condicionada às principais estruturas geológicas da região e que áreas com maior densidade de drenagem e lineamentos são mais suscetíveis a danos ambientais.
1) O documento é um manual técnico sobre barragens subterrâneas produzido pelo Programa Rio Rural, descrevendo os benefícios, recomendações técnicas e etapas para construção desta tecnologia de captação de água.
2) As barragens subterrâneas permitem armazenar água da chuva no solo, criando um reservatório subterrâneo que pode elevar o lençol freático e fornecer água para irrigação mesmo em períodos de estiagem.
3) O manual de
Este documento descreve um estudo sobre a dieta alimentar de quatro espécies de peixes do Rio Gramame na Paraíba. 105 espécimes de quatro espécies de peixes foram coletados em quatro pontos ao longo do rio entre 2010-2012. Após análise do conteúdo estomacal, observou-se sobreposição na dieta de Metynnis lippincottianus e Rhamdia quelen na área montante, e possível competição entre Prochilodus brevis e Hypostomus pusarum na área jusante.
O documento descreve uma pesquisa que analisou a qualidade da água residuária tratada para uso na irrigação agrícola. Os parâmetros físico-químicos da água residuária e da água de abastecimento foram medidos em intervalos de 21 dias, e os resultados mostraram que a água residuária está dentro dos padrões agronômicos para irrigação. O uso da água residuária pode suprir as necessidades hídricas e nutricionais das culturas com benefícios ambientais.
APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD PARA AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE DE AQUÍFERO LIVRE E...Gabriella Ribeiro
O documento aplica o método GOD para avaliar a vulnerabilidade do aquífero livre na bacia hidrográfica do córrego Guariroba em Campo Grande, MS. O método analisou 19 poços considerando o grau de confinamento, litologia e profundidade para gerar um índice de vulnerabilidade. Os resultados mostraram áreas de média e alta vulnerabilidade, indicando a necessidade de monitorar atividades antrópicas e preservar a cobertura vegetal para proteger a qualidade da água subterrânea.
1) O documento analisa o comportamento da evapotranspiração de referência no Nordeste do Brasil em anos de El Niño e La Niña.
2) Os resultados mostram que a demanda evaporativa é maior nos anos de El Niño do que nos anos de La Niña.
3) A maior demanda evaporativa ocorre na parte central do semi-árido nordestino, enquanto a menor demanda é observada no sul da Bahia.
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...ANTONIOCARDOSOFERREI
O documento caracteriza o regime pluviométrico na região do arco das nascentes do Rio Paraguai. A média anual de precipitação na região foi de 1.513,97 mm, sendo que 50,26% ocorreram no verão e apenas 2,69% no inverno. Os meses de novembro a março tiveram as maiores médias de precipitação, enquanto junho, julho e agosto as menores. A precipitação esperada a 75% de probabilidade durante o período chuvoso variou entre 83,85 mm
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RNGabriella Ribeiro
1) O documento avalia a influência da exploração de petróleo no abastecimento de água subterrânea no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. 2) É analisado o contexto geológico, petrolífero e hidrogeológico da região e mapeados os poços de petróleo e água. 3) Conclui-se que não há evidências de contaminação dos aquíferos estudados, mas são necessários mais dados dos poços de petróleo para análises complementares.
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...Gabriella Ribeiro
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE EXPLOTAÇÃO SUBTERRÂNEA. ENSAIO DE APLICAÇÃO: ÁREA URBANA DE SÃO CARLOS-SP
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...Leidiana Alves
O documento discute a dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo curso do rio Paraíba do Sul. Apresenta o contexto histórico da criação de canais no Brasil e classificação dos mesmos. Também aborda a importância da gestão de bacias hidrográficas e a qualidade ambiental do canal Coqueiros em Campos dos Goytacazes.
Este documento analisa a disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica do Rio São Marcos entre Goiás e Minas Gerais. Utilizou-se o balanço hídrico de Thornthwaite e dados pluviométricos de 1976 a 2005 para quantificar a oferta hídrica. O documento mapeou o uso do solo na área e sugeriu a gestão sustentável dos recursos hídricos para as atividades agrícolas diante dos resultados obtidos.
I WORKSHOP INTERNACIONAL: PESQUISA CIENTÍFICA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE
GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS:
Os exemplos do Nebraska, USA e do Oeste da Bahia, Brasil
AUDITÓRIO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - SALVADOR, BAH
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de SolosAlexia Regine
Banner:
Estimativa do Fator Topográfico da EUPS como Subsídio à Modelagem Erosiva da Microbacia d Ribeirão Piancó, Anápolis - GO
Estimativa do Índice de Erosividade da Chuva para Análise da Perda de Solo por Erosão Laminar da Bacia do Ribeirão Piancó
Este documento resume um workshop sobre a quantificação e monitoramento dos recursos hídricos subterrâneos do Aquífero Urucuia no estado da Bahia. Ele apresenta a equipe envolvida no projeto, as atividades planejadas como coleta de dados, desenvolvimento de um modelo conceitual e numérico, e resultados esperados. Também discute aspectos hidrogeológicos e geofísicos do aquífero com base em estudos anteriores.
Análise dos dados de projeção climática do modelo ETA e suas implicações para...alcscens
Extremos de temperatura durante a fase do florescimento do café arábica causam abortamento de flores e perda na produção. Estudos de projeção climática, normalmente baseados em modelos de baixa resolução, já demonstram perdas na produção de café como conseqüência das altas temperaturas. No entanto, esses estudos têm uma menor precisão nas respostas por causa da resolução dos modelos, e novos estudos baseados em modelos de melhor resolução se tornam necessários. Este trabalho apresenta uma análise das implicações dos extremos de temperatura e precipitação na aptidão climática em municípios tradicionalmente produtores de café em Minas Gerais e São Paulo, utilizando o modelo climático Eta (40km de resolução). Primeiramente, as respostas do modelo foram comparadas com os dados climáticos atuais (dados observados). As projeções do modelo Eta foram satisfatórias porque seguem o padrão do clima já existente. Os dados do modelo demonstram um deslocamento do maior déficit hídrico do ano para o mês de setembro. O modelo projeta cenários com aumento de temperaturas, principalmente nos meses de setembro e outubro, que é o florescimento do café, impactando a produção de café arábica.
Cenário do mapeamento de áreas contaminadas nos Estados do Rio de Janeiro e S...Gabriella Ribeiro
Este documento analisa o cenário atual das áreas contaminadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, comparando suas legislações, classificações e números de áreas. São Paulo tem mais áreas classificadas e em processo de reabilitação, enquanto o Rio de Janeiro precisa ampliar seus estudos sobre passivos ambientais.
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_braJoão Pedro
O documento descreve a recuperação de uma área degradada por um lixão municipal em Espírito Santo do Pinhal, SP. Análises químicas do solo e microbiológicas da água indicaram altos níveis de poluentes como cobre, ferro e coliformes fecais. As mudas plantadas apresentaram problemas de desenvolvimento devido à falta de manutenção. A desativação do lixão há quatro anos melhorou parcialmente a área, mas ainda há passivos ambientais a serem tratados.
1) O documento fornece diretrizes para o projeto de um sistema de abastecimento de água para uma cidade, incluindo a seleção de um município, projeção populacional, cálculo de demandas hídricas e identificação de mananciais.
2) É recomendado selecionar um município em São Paulo com população entre 5.000-40.000 habitantes e cartas topográficas disponíveis.
3) O projeto deve incluir projeção populacional até 2030, cálculo de vazões
Este documento apresenta o início da Avaliação Ambiental Integrada dos Aproveitamentos Hidrelétricos da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu. Inclui a caracterização dos empreendimentos hidrelétricos existentes e planejados, bem como um diagnóstico abrangente das condições físicas, biológicas e socioeconômicas da bacia. A metodologia adotada envolveu levantamento de dados secundários e visitas de campo para compreender o contexto ambiental e socioeconômico da
Estudo de autodepuração do rio vieira através da modelagem matemáticaEdson Barbosa Andrade
Este documento apresenta uma monografia sobre o estudo da autodepuração do Rio Vieira em Montes Claros-MG através de modelagem matemática. O trabalho descreve a coleta de dados em quatro pontos do rio e o desenvolvimento de um modelo para simular cenários e entender o comportamento da autodepuração. O modelo busca minimizar custos para manter a qualidade da água considerando parâmetros como oxigênio dissolvido e demanda bioquímica de oxigênio. Os resultados podem auxiliar no planejamento e trat
Este documento apresenta os resultados de um estudo sobre a densidade de drenagem e lineamentos na Bacia do Ribeirão dos Rodrigues localizada entre os municípios de Salto de Pirapora e Pilar do Sul no estado de São Paulo. O estudo mostrou que a organização da rede de drenagem está condicionada às principais estruturas geológicas da região e que áreas com maior densidade de drenagem e lineamentos são mais suscetíveis a danos ambientais.
1) O documento é um manual técnico sobre barragens subterrâneas produzido pelo Programa Rio Rural, descrevendo os benefícios, recomendações técnicas e etapas para construção desta tecnologia de captação de água.
2) As barragens subterrâneas permitem armazenar água da chuva no solo, criando um reservatório subterrâneo que pode elevar o lençol freático e fornecer água para irrigação mesmo em períodos de estiagem.
3) O manual de
Este documento descreve um estudo sobre a dieta alimentar de quatro espécies de peixes do Rio Gramame na Paraíba. 105 espécimes de quatro espécies de peixes foram coletados em quatro pontos ao longo do rio entre 2010-2012. Após análise do conteúdo estomacal, observou-se sobreposição na dieta de Metynnis lippincottianus e Rhamdia quelen na área montante, e possível competição entre Prochilodus brevis e Hypostomus pusarum na área jusante.
O documento descreve uma pesquisa que analisou a qualidade da água residuária tratada para uso na irrigação agrícola. Os parâmetros físico-químicos da água residuária e da água de abastecimento foram medidos em intervalos de 21 dias, e os resultados mostraram que a água residuária está dentro dos padrões agronômicos para irrigação. O uso da água residuária pode suprir as necessidades hídricas e nutricionais das culturas com benefícios ambientais.
APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD PARA AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE DE AQUÍFERO LIVRE E...Gabriella Ribeiro
O documento aplica o método GOD para avaliar a vulnerabilidade do aquífero livre na bacia hidrográfica do córrego Guariroba em Campo Grande, MS. O método analisou 19 poços considerando o grau de confinamento, litologia e profundidade para gerar um índice de vulnerabilidade. Os resultados mostraram áreas de média e alta vulnerabilidade, indicando a necessidade de monitorar atividades antrópicas e preservar a cobertura vegetal para proteger a qualidade da água subterrânea.
1) O documento analisa o comportamento da evapotranspiração de referência no Nordeste do Brasil em anos de El Niño e La Niña.
2) Os resultados mostram que a demanda evaporativa é maior nos anos de El Niño do que nos anos de La Niña.
3) A maior demanda evaporativa ocorre na parte central do semi-árido nordestino, enquanto a menor demanda é observada no sul da Bahia.
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...ANTONIOCARDOSOFERREI
O documento caracteriza o regime pluviométrico na região do arco das nascentes do Rio Paraguai. A média anual de precipitação na região foi de 1.513,97 mm, sendo que 50,26% ocorreram no verão e apenas 2,69% no inverno. Os meses de novembro a março tiveram as maiores médias de precipitação, enquanto junho, julho e agosto as menores. A precipitação esperada a 75% de probabilidade durante o período chuvoso variou entre 83,85 mm
O documento discute a seleção de indicadores ambientais para áreas de preservação permanente (APP) em uma bacia hidrográfica no estado de São Paulo. O estudo analisou dados de uso e ocupação do solo para identificar oito indicadores capazes de caracterizar o estado das áreas avaliadas. Os resultados mostraram que apenas 44,6% da APP estão em conformidade com a legislação e que a pastagem e silvicultura são os principais usos do solo nessas áreas.
Este trabalho identificou a origem dos fatores que determinam a qualidade dos solos da caatinga, que são utilizados para a produção agrícola. O estudo foi desenvolvido nos municípios de Remanso, Sento Sé, Pilão Arcado e Casa Nova (todos no interior da Bahia).
Confira mais informações sobre o Projeto na página: http://projetolagodesobradinho.blogspot.com.br/
Desmatamento no bioma Cerrado: uma análise temporalProjetoBr
O documento analisa os desmatamentos no bioma Cerrado no período de 2001 a 2005 usando imagens MODIS e três mapas-base diferentes. As áreas de mudança detectadas tendem a coincidir independente do mapa-base, variando de 58.889 km2 em 2001-2002 a 24.721 km2 em 2004-2005, o que representa uma redução de aproximadamente 50% na área desmatada.
Este documento analisa a variabilidade espacial da densidade do solo e da matéria orgânica em uma área cultivada com cana-de-açúcar no Brasil. Amostras de solo foram coletadas em dois profundidades e analisadas para densidade e matéria orgânica. Análises geoestatísticas mostraram que a camada superficial apresenta menor densidade e maior matéria orgânica, e que ambos os atributos variam significativamente dentro da área. Os resultados podem auxiliar no manejo do solo e da cultura.
1) O documento analisa a evolução do uso e ocupação da terra na Bacia Hidrográfica do Médio/Baixo Rio Araguari entre 1973 e 2009 utilizando conceitos de ecodinâmica e ecologia política.
2) Foram identificados e caracterizados os diferentes usos do solo nos dois períodos e correlacionados com problemas ambientais recorrentes.
3) Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) foram utilizados para mapear as mudanças e fornecer informações para gestão e planejamento territorial.
2014_Indice de satisfação de necessidade de água para o milho.._.pdfANTONIOCARDOSOFERREI
1. O documento analisa os índices de satisfação da necessidade hídrica para o milho segunda safra em Mato Grosso.
2. Foram simulados cultivos do milho em três municípios de Mato Grosso usando soma térmica, balanço hídrico e índice de satisfação da necessidade hídrica.
3. Os resultados mostraram que as épocas de semeadura entre janeiro e março são adequadas para o cultivo do milho nas três regiões, com Tangará da Serra necessitando de mais dias
O efeito das mudanças climáticas na produção de citros para algumas localidad...alcscens
Este documento analisa o potencial impacto das mudanças climáticas na produção de citros em três localidades de São Paulo entre 2020-2030. Os resultados mostram que São José do Rio Preto poderá ter secas mais prolongadas, Limeira poderá ter chuvas em excesso e todas as localidades terão aumento significativo de temperatura, o que pode comprometer a produção de citros.
Este documento apresenta um manual sobre agrometeorologia e climatologia. Ele aborda os objetivos gerais e específicos da disciplina, os principais tópicos a serem ensinados e a metodologia de ensino. O documento também fornece uma introdução sobre a importância da agrometeorologia e climatologia para a agricultura e como o clima afeta a produção agrícola.
Estudo de anomalias de chuva na UGRHI-4-Pardodeborahfss
Este documento apresenta um zoneamento das anomalias da precipitação na América do Sul com base em dados de 890 estações meteorológicas entre 1979-2008. Foram identificadas oito zonas com padrões semelhantes de variabilidade temporal da precipitação, sendo que três zonas são fortemente influenciadas pelo fenômeno El Niño–Oscilação Sul a cada 60 meses. Nas outras zonas, a variabilidade da precipitação é controlada parcialmente pelo ENSO e por fatores locais.
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...Projeto Golfinho Rotador
Este documento analisa os serviços ambientais hidrológicos e climáticos prestados pela Floresta Atlântica na Zona da Mata Pernambucana por meio de imagens de satélite e modelagem. Ele gera mapas de uso do solo e temperatura de superfície para quantificar serviços como regulação do fluxo de água e temperatura em diferentes bacias hidrográficas. Os resultados mostram que a cobertura florestal reduz a temperatura e o escoamento superficial, fornecendo serviços ambientais importantes para a região.
O documento analisa a variabilidade da precipitação e velocidade do vento nos municípios de Recife e Surubim, Pernambuco entre 1961-1990 e 1991-2020. Ambos os municípios apresentaram redução na precipitação anual e na quadra chuvosa, além de mudanças na velocidade do vento, sendo mais intenso no período seco. A pesquisa mostra a importância de entender esses elementos climáticos para planejamento regional.
Estimativa do Fator Topografico da EUPS como Subsídio a Modelagem Erosiva da ...Alexia Regine
Este documento resume um estudo que estimou o fator topográfico da Microbacia do Ribeirão Piancó usando dados de mapas digitais para subsidiar a modelagem erosiva da bacia e auxiliar práticas de preservação ambiental na região.
1. O estudo analisou a qualidade da água e a percepção ambiental do Rio Pitimbu, um dos principais mananciais do Rio Grande do Norte.
2. Amostras de água foram coletadas em cinco pontos ao longo do rio para análise de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e metais.
3. Os resultados mostraram que o cádmio e o manganês estavam acima dos limites em alguns pontos, indicando contaminação da água.
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdfLeidiana Alves
A análise integrada de fatores e elementos que compõem a bacia hidrográfica do Sistema Campelo é o tema desta pesquisa. Em sua paisagem destacam-se lagoas, brejos e canais de drenagem. Com o intuito de melhor compreender este espaço, o trabalho teve por objetivo descrever e caracterizar a bacia quanto aos seus aspectos físicos e geoambientais. Isto se justifica, visto que há poucos trabalhos com esta abordagem para o referido recorte espacial. Para isso, foi utilizado o método da Analise Ambiental, pois através dele é possível identificar e classificar os fenômenos espaciais. Os resultados obtidos por meio do SRTM revelaram a abrangência espacial da bacia, mostrou que sua forma possui tendência a circularidade, o que a classifica como suscetível aos efeitos de enchentes e inundações e, que o relevo, predominante, caracteriza-se como suave ondulado (Tabuleiros) e aplainado (Planície Fluviomarinha). Desta forma, conclui-se que a bacia hidrográfica do Sistema Campelo é um recorte espacial capaz de integrar distintos fatores e elementos da sua paisagem.
O documento apresenta notas de aula sobre meteorologia e climatologia agrícola ministradas por um professor da Universidade Estadual de Maringá para estudantes de engenharia agrícola. O material aborda conceitos básicos como tempo, clima, elementos e fatores climáticos, escalas espaciais dos fenômenos atmosféricos e observações meteorológicas de superfície.
O documento analisa a distribuição de chuvas no município de Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil, com base em dados pluviométricos de 1970 a 2007. A precipitação apresenta variação anual e mensal significativa, com estações seca de maio a setembro e chuvosa de outubro a abril. A probabilidade de chuva é melhor representada pela distribuição gama incompleta, com níveis entre 40-50% nos meses chuvosos e 30-40% nos meses secos.
O presente trabalho consiste em realizar um estudo de caso de um transportador horizontal contínuo com correia plana utilizado em uma empresa do ramo alimentício, a generalização é feita em reserva do setor, condições técnicas e culturais da organização
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...Consultoria Acadêmica
A capacidade de ouvir e compreender o outro inclui não apenas a fala, mas também as expressões e
manifestações corporais, consideradas elementos fundamentais no processo de comunicação. Assim, o
estudo da linguagem corporal, conhecida por cinésica, assume um papel importante na decodificação das
mensagens recebidas durante as interações profissionais ou pessoais.
Fonte: Krieser, Deise Stolf. Estudo Contemporâneo e Transversal - Comunicação Assertiva e Interpessoal.
Indaial, SC: Arqué, 2023.
Considerando o papel da linguagem corporal no processo de comunicação, analise as seguintes afirmações:
I. A capacidade de ouvir e compreender o outro no processo de comunicação inclui apenas a interpretação
das palavras faladas.
II. As expressões e manifestações corporais não são elementos fundamentais na comunicação,
desempenhando um papel secundário na compreensão das mensagens.
III. O estudo da linguagem corporal, conhecido como cinésica, é relevante para a decodificação das
mensagens durante as interações profissionais ou pessoais.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I e III, apenas.
I, II e III.
Entre em contato conosco
54 99956-3050
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO UNICES...Consultoria Acadêmica
O Plano de Negócios, de maneira geral, se apresenta com um instrumento constituído de uma sequência
lógica que sugere uma análise para a viabilidade de uma ideia. A elaboração segue direcionamentos para
facilitar o desenvolvimento e a posterior análise.
RODRIGUES, F. L. S. et al. Análise da tendência do serviço de delivery e como um plano de negócios pode
colaborar em sua praticidade. Revista Interdisciplinar Pensamento Científico, v. 5, n. 4, 2019. Disponível
em: https://bit.ly/3UR7Tap. Acesso em: 13 dez. 2022.
Com base nas informações apresentadas e considerando essa ferramenta, analise as afirmativas a seguir.
I. A utilização é específica para pessoas externas à empresa.
II. A interpretação das divisões do Plano pode atender diferentes propósitos.
III. A profundidade e quantidade de detalhes acompanha a proporção do tamanho do negócio.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.
Entre em contato conosco
54 99956-3050
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO UNICES...
download.pdf
1. Artigo
Estimativa da Evapotranspiração na Mesorregião do Baixo São Francisco
Tatiana Vanessa dos Santos1
, Ricardo Ferreira Carlos de Amorim1
,
Humberto Alves Barbosa1
, Fabrício Daniel dos Santos Silva1
1
Programa de Pós Graduação em Meteorologia, Instituto de Ciências Atmosféricas,
Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil.
Recebido em: 2 de Julho de 2020 - Aceito em: 3 de Dezembro de 2020
Resumo
Um dos fatores mais importantes em qualquer programa de gerenciamento dos recursos hídricos é ter o conhecimento
sobre os processos naturais que regulam o ciclo hidrológico. O objetivo desse estudo foi realizar a estimativa da Evapo-
transpiração de referência (ETo) na bacia hidrográfica do Baixo São Francisco (BSF), com uso do método de Penman-
Monteith (PM) recomendado pela Food and Agriculture Organization (FAO), no período de 2009 a 2018. O primeiro
passo da pesquisa foi realizar o preenchimento de falhas em dados de superfície, utilizando o método estatístico média
preditiva (Predictive Mean Matching-PMM). Após validação desse método, pôde-se estimar a ETo pelo método PM-
FAO, onde observou-se que a dinâmica temporal da ETo na maior parte das localidades de estudo segue um padrão
semelhante, tendo apenas valores diferentes nos seus máximos e mínimos. Com relação aos valores médios diários de
ETo, Pão de Açúcar, em Alagoas, teve o maior valor na região de estudo, 4,69 mm.dia−1
e Arapiraca, também em Ala-
goas, o menor valor com 4,18 mm.dia−1
. A média do total anual acumulado de ETo do BSF para o período foi de
1635,23 mm.ano−1
. A baixa ETo observada durante o período chuvoso (abril a julho) está associada às temperaturas
mais baixas. O trabalho obteve bons resultados, se comparado com outros estudos já realizados no BSF.
Palavras-chave: variáveis meteorológicas, preenchimento de falhas, recursos hídricos, bacia hidrográfica, evapo-
transpiração de referência.
Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São
Francisco
Abstract
One of the most important factors in any water resource management program is having the knowledge about the na-
tural processes that regulate the hydrological cycle. The aim of this study was to estimate the reference Evapotranspira-
tion (ETo) in the Baixo São Francisco watershed (BSF), using the Penman-Monteith (PM) method recommended by the
Food and Agriculture Organization (FAO), in the period 2009 to 2018. The first step of the research was to fill in gaps in
surface data, using the statistical predictive mean method (Predictive Mean Matching-PMM). After validation of the
method, it was possible to estimate ETo using the PM-FAO method, where it was found that the temporal dynamics of
ETo in most study locations follow a similar pattern, having only different values in their maximums and minimums.
Regarding the average daily ETo values, Pão de Açúcar, in Alagoas, had the highest value in the study region, 4.69 mm.
day−1
and Arapiraca, also in Alagoas, the lowest value with 4.18 mm.day−1
. The average of the accumulated annual
total of ETo of the BSF for the period was 1635.23 mm.year−1
. The low ETo observed during the rainy season (April to
July) is associated with lower temperatures. The work obtained good results, if compared with other studies already
conducted in lower San Francisco.
Keywords: meteorological variables, fault filling, water resources, watershed, reference evapotranspiration.
1. Introdução
A população de mais de 30 países de regiões áridas e
semiáridas deverão sofrer por conta da escassez severa por
volta de 2025, significando uma disponibilidade anual de
apenas 1000 m3
per capita, com sérias ameaças ao abaste-
cimento humano e agravamento da pobreza rural (Smith,
Autor de correspondência: Tatiana Vanessa dos Santos, tatinessasantos@gmail.com
Revista Brasileira de Meteorologia, v. 35, n. Especial, 981 993, 2020 rbmet.org.br
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0102-77863550023
2. 2000). A combinação de dois processos separados pelos
quais a água é perdida por um lado, da superfície do solo
por evaporação e por outro lado, da cultura pela transpira-
ção, é referido como evapotranspiração (ET) (Allen et al.,
1998).
O polígono das secas, que de acordo com Marengo
(2008) ocupa 62% da área do Nordeste Brasileiro (NEB),
apresenta altos índices de evapotranspiração que acentua
os déficits hídricos durante o período de ausência de
chuva, bem como tem altas taxas evaporativas em função
da intensidade da radiação solar, temperaturas altas, pro-
vocando processos de desertificação e ocasionando pre-
juízos econômicos (Marengo et al., 2016).
A Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura (Food and Agriculture Organization - FAO),
apresenta no seu Boletim n. 56 o conceito de Evapo-
transpiração de referência (ETo) como demanda evapora-
tiva da atmosfera, independentemente do tipo de cultura,
seu desenvolvimento e práticas de gerenciamento. A FAO
estabeleceu no ano de 1990 o método de Penman-Mon-
teith (PM), como o de melhor performance na estimativa
padrão da ETo, segundo Smith (1991). Recomendado para
determinar a ETo, o método é fisicamente baseado em
parâmetros fisiológicos e aerodinâmicos. (Allen et al.,
1998).
Diversos trabalhos no Brasil e em outros países con-
firmam que o desempenho desse método é satisfatório,
quando comparado com medidas em lisímetros (Jensen et
al. 1990, Allen et al. 1994, Camargo e Sentelhas, 1997,
Pereira 1998, Santiago 2001, Medeiros, 2002). Porém,
isso não significa que seja operacionalmente perfeito, mas
que é baseado em princípios físicos corretos (Cabral, 2014
apud Sediyama, 1996). Segundo Chin e Zhao (1995), há
consenso entre os hidrologistas que o método PM-FAO
fornece a melhor descrição dos processos, tanto da evapo-
ração quanto da evapotranspiração, sendo que as pesquisas
sobre o modelo são divididas em três frentes principais. A
primeira e mais difundida é o uso da equação PM-FAO
para avaliação e calibração de equações empíricas; a
segunda forma de uso da equação padrão é a avaliação e
melhoria do seu desempenho em diversas condições cli-
máticas; a terceira vertente de estudos sobre essa equação
padrão revela o seu crescente uso em modelos matemáti-
cos hidrológicos e hidráulicos (Silva, 2015 apud Fernan-
des et al., 2007).
Dentro desse contexto, estudos que estimem a taxa
de evapotranspiração em bacias hidrográficas, onde as
mesmas exercem influência sobre os processos hidrológi-
cos, como a dinâmica da umidade do solo, recarga de água
subterrânea e escoamento superficial são de grande rele-
vância nos estudos hidrológicos regionais (Silva, 2017
apud Liang et al., 2009).
Segundo a ANA (2015), o Baixo São Francisco
(BSF) é caracterizado por apresentar períodos críticos de
prolongadas estiagens, resultado de baixa pluviosidade e
alta evapotranspiração. O BSF integra grande parte de sua
área na zona semiárida, fazendo com que o Rio São Fran-
cisco desempenhe um importante papel na região que con-
tém uma população de quase um milhão e meio de
habitantes. Vale a pena destacar que, a Usina de Xingó lo-
calizada no BSF, em termos de potencial hidrelétrico
outorgado (3.162 MW), representa atualmente uma das
bases de suprimento de energia da região nordeste. Neste
cenário, as pesquisas publicadas sobre evapotranspiração
nessa região ainda são poucas, havendo poucas estações
meteorológicas no seu entorno, o que reforça a importân-
cia de mais estudos voltados para o gerenciamento dos
recursos hídricos integrantes dessa região, tão marcada
pela seca e desigualdades sociais. Sendo assim, o presente
trabalho teve o objetivo de estimar a ETo no BSF, com uso
de modelo PM-FAO, durante período de 2009 a 2018.
2. Materiais e Métodos
2.1. Área de estudo e obtenção dos dados
O BSF ocupa uma área total de 25.404 km2
e
estende-se desde o trecho à jusante de Xingó em Piranhas
(AL) até a foz no oceano Atlântico. A Fig. 1 apresenta a
localização da área de estudo com representação de mapa
hipsométrico.
Compreende as sub-bacias dos rios Ipanema, Traipu
e Marituba, na margem esquerda e Capivara, Gararu e
Betume na margem direita. As principais cidades são Ara-
piraca e Penedo em Alagoas. Suas sub-bacias hidro-
gráficas são Alto Rio Ipanema, Baixo Ipanema/Baixo São
Francisco (AL) e Baixo São Francisco em Sergipe (SE)
(NEMUS, 2015). A região demonstra também uma varia-
ção na altitude, onde as áreas com as cores esverdeadas
representam altitudes entre 0 e 150 m, áreas nas cores em
tons amarelo claro, escuro e alaranjadas, as altitudes são
em torno de 150 a 550 m e, por fim, as áreas representadas
nas cores com tons de rosa a vermelho, as altitudes variam
de 550 a mais de 850 m.
Os dados utilizados neste trabalho para o período de
2009 a 2018, foram obtidos através do Banco de Dados
Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP), no site
oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
no endereço eletrônico www.inmet.gov.br, bem como no
site do Sistema de Monitoramento Agrometeorológico
(AGRITEMPO) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-
pecuária (EMBRAPA), no endereço eletrônico www.agri
tempo.gov.br (Tabela 1).
As variáveis meteorológicas utilizadas estão descri-
tas na Tabela 2. Ao final da tabulação dos dados, todos
foram organizados em escala diária para posteriores cálcu-
los.
982 Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São Francisco
3. 2.2. Preenchimento de falhas e teste de consistência
No preenchimento de falhas dos dados de esta-
ções foi utilizada a técnica conhecida como MICE
(Multivariate Imputation by Chained Equations) ou
Imputação Multivariada por Equações Encadeadas. Esta
é uma técnica de imputação múltipla que tem uma sé-
rie de vantagens sobre outros métodos para tratar
dados faltantes em séries temporais (Schafer e Graham,
2002). Dentro do pacote MICE, o método escolhido
para imputação foi o “Predictive Mean Matching”
(PMM), que é uma variante da regressão linear que
determina um valor imputado calculado pelo modelo
de regressão mais próximo do valor observado (Li et
al., 1991; Schafer, 1997).
Tabela 1 - Estações meteorológicas do Baixo São Francisco (A-Automática e C-Convenional).
Código Estação UF Latitude (°) Longitude (°) Altitude (m) Data Fundação Órgão
81953 Arco Verde PE 8,43 37,05 684,0 20/11/2004 INMET(A)
81996 Arapiraca AL 9,80 36,61 241,0 27/04/2008 INMET(A)
86618 Brejo Grande SE 10,41 36,46 10,0 16/07/2008 INMET(A)
81994 Pão de Açúcar AL 9,74 37,43 19,1 14/07/2007 INMET(A)
TRMM 5650 Piranhas AL 9,50 37,75 246,0 01/03/2000 Agritempo/EMBRAPA
83097 Propriá SE 10,21 36,84 19,9 10/05/1925 INMET(C)
TRMM 5507 Traipú AL 9,75 37,00 98,0 01/03/2000 Agritempo/EMBRAPA
Figura 1 - Localização da área de estudo com representação de mapa hipsométrico.
Tabela 2 - Variáveis meteorológicas utilizadas na pesquisa (AUT-Automática, CONV-Convencional e AGR-Agritempo/Embrapa).
Variável Unidade Sigla Estação Período
Temperatura Máxima °C Tmax AUT/CONV/AGR 2009 a 2018
Temperatura Mínima °C Tmin AUT/CONV/AGR 2009 a 2018
Temperatura do Ponto de Orvalho °C Tdew AUT 2009 a 2018
Umidade Relativa % UR AUT/CONV 2009 a 2018
Insolação Horas n CONVENC 2009 a 2018
Radiação Solar Global MJ.m−2
.dia−1
Rs AUT 2009 a 2018
Pressão Atmosférica hPa P AUT 2009 a 2018
Velocidade do Vento m.s−1
U2 AUT/CONV 2009 a 2018
Precipitação mm.dia Prec AUT/CONV 2009 a 2018
Santos et al. 983
4. O PMM considera a seguinte formulação (Eq. (1))
para cada (i) faltante em (Y). Sendo: (X) a variável sem
dado faltante. Para cada (Y) faltante predito, procura-se a
unidade observada com valor predito mais próximo, e uti-
liza-se o valor observado como valor a ser imputado. A
variabilidade entre imputações é gerada por meio dos pas-
sos e servem para estimar β�
ð Þ que são repetidos m vezes.
Substituindo o valor faltante obtido pela regressão linear,
tem-se:
Yobs
= Yobs
i = X
0
i :β�
ð1Þ
Ainda para a imputação múltipla, foi necessário utilizar
como conjuntos de preditores séries da análise gradeada,
com resolução espacial de 0,5° × 0,5°, do projeto Previsão
dos Recursos Energéticos Mundiais (Prediction of the
Worldwide Energy Resources - POWER), iniciado sob
pesquisa da Administração Nacional da Aeronáutica e
Espaço (National Aeronautics and Space Administration -
NASA).
Na análise da consistência dos dados resultantes da
imputação foi utilizado o coeficiente de correlação de
Pearson (r), onde o mesmo mede a força da relação linear
entre dados observados e imputados (Eq. (2)).
O coeficiente de correlação de Pearson (r), adimen-
sional varia entre [-1,1], sendo a pontuação perfeita igual a
1. As variáveis (O) e (P) são observações e imputações,
respectivamente, onde O
�
e P
�
são médias.
r =
Pn
i = 1
Oi − O
�
� Pi − P
�
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
Pn
i = 1
Oi − O
�2
q
�
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
Pn
i = 1
Pi − P
�2
q ð2Þ
A interpretação detalhada do método estatístico está apre-
sentada na Tabela 3.
O teste paramétrico t-Student, de acordo com Huang
e Paes (2009), pode ser utilizado para avaliar o grau de
relação entre as variáveis em questão. Na garantia de que o
valor de (r) refletisse a concordância entre observações e
imputações, o teste t-Student foi utilizado com a condição
de que o tamanho da amostra (N), da qual se obtém o valor
do coeficiente de correlação (r), seja ≥ 6. Logo, para
encontrar o valor de (t), utilizou-se a Eq. (3):
t =
r
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
1 − r2
ð Þ= N − 2
ð Þ
p ð3Þ
A Eq. (4) é uma distribuição para (t) com (N 2) graus de
liberdade. Uma vez obtido o valor de (t), pode-se extrair o
coeficiente de correlação crítico (rc), que é um valor para a
qual se aceita ou não a hipótese estatística que existe cor-
relação entre os dados simulados e imputados. O (rc) é
dado por:
rc =
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
t2
N − 2
ð Þ þ t2
s
ð4Þ
Também foi utilizado a Raiz do Erro Quadrático Médio
(REQM) ou (RMSE), sigla do inglês Root Mean Square
Error, definido pela Eq. (5), em que (N) é o número total
de elementos da amostra, (P) = imputações e (O) = obser-
vações em cada momento (i). Interpreta-se seu valor como
uma medida do desvio médio entre observado e predito,
porém, deve ser observado que as diferenças entre (O) e
(P) são elevadas ao quadrado. O coeficiente de correlação
e o (RMSE) foram utilizados no procedimento para valida-
ção dos cálculos de Evapotranspiração referente ao perío-
do de 2009-2018 para dados de superfície.
RMSE =
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
1
N
X
N
i = 1
Pi − Oi
ð Þ2
v
u
u
t ð5Þ
2.3. Estimativa de dados faltosos
O boletim N° 56 da FAO recomenda a metodologia
desenvolvida por Allen et al. (1998), que se deve utilizar
na falta de dados, quando apenas os registros de tempera-
tura estão disponíveis. Neste trabalho os métodos foram
utilizados para os municípios de Piranhas-AL e Traipú-
AL, utilizando dados de temperatura da estação climatoló-
gica da Agritempo/EMBRAPA.
2.4. Estimativa da Evapotranspiração de referência
(ETo)
O método FAO Penman-Monteith é recomendado
como o único método para determinar a Evapotranspi-
ração de referência (ETo), visto que é a representação
simples e próxima dos fatores fisiológicos que governam o
processo de evapotranspiração.
A Eq. (6) representa o modelo padrão FAO Penman-
Monteith onde, a (ETo) é a Evapotranspiração de referên-
cia [mm.dia−1
], (Rn) é o saldo de radiação [MJ.m−2
.
dia−1
], (es) pressão de saturação de vapor d’água [kPa],
(ea) pressão real de vapor [kPa], (Δ) a inclinação da curva
de pressão de saturação do vapor d’água em função da
temperatura [kPa.°C−1
], (γ) constante psicrométrica [kPa.
°C−1
], (T) temperatura média diária do ar a dois metros de
Tabela 3 - Coeficiente de correlação estatística ou coeficiente de correla-
ção de Pearson.
Intervalos Definição
0,00 a 0,19 Correlação bem fraca
0,20 a 0,39 Correlação fraca
0,40 a 0,69 Correlação moderada
0,70 a 0,89 Correlação forte
0,90 a 1,00 Correlação muito forte
984 Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São Francisco
5. altura [°C], (u2) velocidade média do vento a dois metros
de altura [m.s−1
] e (G) fluxo de calor no solo, onde o valor
é desprezível e considerado nulo [MJ.m−2
.dia−1
].
ETo =
0; 408Δ Rn − G
ð Þ þ γ 900
T þ 273 u2 es − ea
ð Þ
Δ þ γ 1 þ 0; 34u2
ð Þ
ð6Þ
2.5. Estatística descritiva dos dados de superfície
Para a estatística descritiva foi utilizada como medi-
da de posição a média aritmética, calculada a partir da
Eq. (7) onde X
�
⋯ é a média amostral e n
ð Þ é o tamanho
da amostra.
Χ =
Σn
i = 1Xi
n
ð7Þ
Quanto às formas de quantificar a variabilidade ou dis-
persão de um conjunto de dados, foram utilizadas as mais
conhecidas: a Variância (S2
), o Desvio Padrão (S) e o Coe-
ficiente de Variação (CV). O (CV) expressa em porcenta-
gem o quanto o valor observado está distante da média.
Essas medidas são definidas pelas Eqs. (8)-(10).
S2
=
1
n − 1
P
Xi − X
�2
ð8Þ
S =
ffiffiffiffiffi
S2
p
ð9Þ
CV = SX100% ð10Þ
3. Resultados e Discussão
3.1. Análise das variáveis meteorológicas
As estações meteorológicas escolhidas para o estu-
do, apresentaram dados com falhas. De acordo com a Ta-
bela 4, as estações que tiveram maiores percentuais foram
Propriá (SE) e Brejo Grande (SE), ambas do INMET, com
41,8% e 23,7%, para as variáveis velocidade do vento e
radiação solar global, respectivamente.
As demais estações não ultrapassaram o percentual
de 18%, chegando algumas delas a ter valores mínimos de
0,2% em falhas para Tmax, Tmin e Pre, no caso das esta-
ções Piranhas (AL), Propriá (SE) e Traipú (AL) da Agri-
tempo/EMBRAPA.
As medidas estatísticas usadas na avaliação do
método de imputação foram o coeficiente de correlação (r)
e do REQM (Tabela 5). Os valores de r e do REQM foram
utilizados para as variáveis Tmax, Tmin, Tdew, UR, Rs, P,
U2 e Prec, onde tiveram seus dados correspondentes a uma
amostra de N = 365 dias para um ano de validação. As
estações de Arco Verde (PE), Arapiraca (AL), Brejo
Grande (SE) e Pão de Açúcar (AL) tiveram valores de r
acima de 0,90 para todas as variáveis, representando uma
correlação forte entre valores observados e imputados.
Uma exceção a esse resultado foi para a estação de Propriá
(SE), que mostrou r = 0,62 para a variável U2, repre-
sentando uma correlação moderada.
O resultado para a velocidade média do vento mos-
trou uma correlação um pouco menor em relação as de-
mais variáveis para todas as estações, não deixando de ser
considerado um resultado satisfatório estatisticamente.
Analisando o parâmetro REQM, ainda na (Tabela 5), a
variável UR apresentou o maior erro para Pão de Açúcar e
o menor erro foi para P, na localidade de Arco Verde (PE).
Os valores de r e do REQM das estações mostraram que o
método de preenchimento é eficaz e gera valores con-
fiáveis, levando a aceitação dos seus resultados, com-
plementando assim as falhas nas séries.
No estudo foram observadas também, as médias dos
totais mensais de precipitação para Arco Verde (PE), Ara-
piraca (AL), Brejo Grande (SE), Pão de Açúcar (AL), Pi-
ranhas (AL), Propriá (SE) e Traipu (AL) (Fig. 2).
Na Fig. 2, nota-se que o sinal sazonal da precipitação
na região do BSF é semelhante, apresentando dois perío-
dos distintos: um chuvoso e um seco. Apesar do compor-
Tabela 4 - Percentual de falhas (%) correspondente a um total de 3.652 dados para as variáveis de cada estação. Temperatura máxima (Tmax), Temper-
atura mínima (Tmin), Temperatura do ponto de orvalho (Tdew), Umidade relativa (UR), Insolação (n), Radiação solar global (Rs), Pressão atmosférica
(P), Velocidade do vento (U2) e Precipitação (Prec). Em destaque na cor cinza, o maior percentual de falhas.
Estação Tmax (°C) Tmin (°C) Tdew (°C) UR (%) N (hora) Rs (MJ−2
dia−1
) P (hPa) U2 (m.s−1
) Prec (mm.dia)
(%) de Falhas
Arco Verde (PE) 1,6 1,6 1,7 1,6 *
1,9 1,6 9,3 2,5
Arapiraca (AL) 3,0 3,0 4,0 3,1 *
15,6 3,0 3,8 17,9
Brejo Grande (SE) (SE)(SE) 7,3 7,3 7,3 18,6 *
23,7 7,3 7,3 8,1
Pão de Açúcar (AL) (AL) 5,9 5,9 6,1 6,2 *
6,2 5,8 7,2 5,9
Piranhas (AL) 0,2 0,2 ** ** ** ** ** **
0,2
Propriá (SE) 0,2 0,8 41,8
Traipú (AL) 0,2 0,2 ** ** ** ** ** **
0,2
*
não foi utilizada a variável para essa estação.
**
para as estações não haviam valores para essas variáveis.
Santos et al. 985
6. tamento sazonal apresentar similaridade entre as locali-
dades, as ocorrências dos máximos e dos mínimos de pre-
cipitação são relativamente diferentes. As estações de
Arco Verde, Brejo Grande e Propriá tiveram seus máximos
em maio (103,9 mm, 216,2 mm e 187,9 mm, respectiva-
mente), Arapiraca teve seu máximo em junho (148,2 mm),
Tabela 5 - Valores de r (coeficiente de correlação) e do REQM (Raiz do erro Quadrático Médio). Valor de r abaixo de 0,65 para velocidade do vento está
destacado em cinza. Valores estatisticamente significativos ao nível de 5%.
Tmax (°C) Tmin (°C) Tdew (°C) UR (%)
Estação r REQM r REQM r REQM r REQM
Arco Verde (PE) 0,99 0,10 0,98 0,28 0,99 0,13 0,99 0,21
Arapiraca (AL) 0,99 0,14 0,99 0,13 0,99 0,09 0,99 0,40
Brejo Grande (SE) 0,98 0,22 0,98 0,34 0,99 0,13 0,96 1,29
Pão de Açúcar (AL) 0,99 0,30 0,99 0,25 0,98 0,26 0,98 1,79
Piranhas (AL) * * * * * * * *
Propriá (SE) * * * * * * * *
Traipú (AL) * * * * * * * *
Rs (MJ−2
dia−1
) P (hPa) U2 (m.s−1
) Prec (mm.dia)
Estação r REQM r REQM r REQM r REQM
Arco Verde (PE) 0,98 0,93 0,99 0,02 0,91 0,27 0,99 0,03
Arapiraca (AL) 0,97 1,08 0,99 0,09 0,97 0,17 0,97 1,11
Brejo Grande (SE) 0,96 1,35 0,99 0,12 0,94 0,27 0,99 0,09
Pão de Açúcar (AL) 0,99 0,34 0,99 0,08 0,93 0,25 0,98 0,86
Piranhas (AL) * * * * * * * *
Propriá (SE) * * * *
0,62 0,71 * *
Traipú (AL) * * * * * * * *
*
Não houve imputação para esses dados.
Figura 2 - Média do acumulado mensal de precipitação no Baixo para o período de 2009 a 2018.
986 Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São Francisco
7. Pão de Açúcar em julho (73,5 mm) e Piranhas em abril
(79,2 mm). Sendo Traipú a única estação do BSF a apre-
sentar seu máximo fora da quadra chuvosa, em janeiro
(72,9 mm).
E com relação aos menores valores de precipitação,
as estações de Arco Verde, Brejo Grande, Propriá, Arapi-
raca e Pão de Açúcar tiveram seus mínimos em novembro
(4,4 mm, 23,3 mm, 14,1 mm, 14,2 mm e 12,8 mm,
respectivamente), em especial, Brejo Grande que apre-
sentou a mesma média mínima em novembro e dezembro
(23,3 mm). Piranhas e Traipú apresentaram seus mínimos
em setembro (1,5 mm e 9,0 mm, respectivamente). O
período chuvoso na região de estudo está compreendido
entre abril a agosto. O período seco ocorre entre os
demais meses do ano. A proximidade do litoral favorece
chuvas mais abundantes, como é o caso de Brejo Grande,
que teve os maiores volumes de chuva em maio. Para
Santos et al. (2010), as precipitações observadas no perí-
odo de maio a agosto, no Baixo São Francisco, são em
geral decorrentes dos Distúrbios Ondulatórios de leste
(OL), que atuam entre o Rio Grande do Norte e o norte
da Bahia.
A Fig. 3 apresenta os totais anuais acumulados de
precipitação para a região de estudo. Quanto ao volume de
chuvas, Brejo Grande apresentou em 2009, dentre todas as
estações, o maior valor (1865,0 mm.ano−1
), bem como
para a maioria dos anos do período, sendo a estação do
BSF com o maior volume de chuvas.
No que se refere ao menor volume de chuvas, a esta-
ção de Traipú foi a que teve um menor volume no período
estudado, sendo o ano de 2010 o mais chuvoso com
895,9 mm.ano−1
. Os anos mais chuvosos do período para
a BSF foram 2009 e 2010, sendo 2012 e 2018, os que
apresntaram menores volumes na região. A Tabela 6
representa valores médios mensais das variáveis estudadas
no período de 2009 a 2018.
Das sete localidades analisadas, as que apresentaram
maiores valores de precipitação, radiação solar global,
temperatura média, umidade relativa e velocidade do
vento respectivamente foram: Brejo Grande (216 mm),
Brejo Grande (20,9 MJ.m−2.
dia−1
), Pão de Açúcar com
(30,3 °C), Arapiraca (69,7%) e Arco Verde (2,4 m/s). As
localidades que apresentaram os menores valores para as
mesmas variáveis foram: Piranhas (2 mm), Arapiraca
(12,3 MJ.m−2.
dia−1
), Arco Verde (21,7 °C), Arco Verde
(45,6%) e Pão de Açúcar (0,7 m/s). Com relação a tem-
peratura média, foi observado que há um aumento da tem-
peratura durante o período seco e uma diminuição no
período chuvoso em todas as localidades, sendo este um
padrão na região de estudo.
Em Pão de Açúcar verificou-se a maior amplitude tér-
mica anual (5,4 °C), quando comparada com as demais
localidades. A menor amplitude ocorreu em Brejo Grande
(2,9 °C), sendo esta a localidade com maiores valores de Rs
e volumes de precipitação. Arco Verde foi a localidade a
apresentar a menor temperatura e maior valor de velocidade
de vento, resultados esses que podem estar associados a
altitude (684 m) da localidade, entre outros aspectos. Os
municípios de Piranhas e Traipú apresentaram os mesmos
valores de velocidade média do vento (2,0 m/s) durante
todo o ano, pois se trata de uma média de mais de 2.000
estações meteorológicas estudadas ao redor do mundo de
acordo com metodologia descrita em Allen et al. (1998).
3.2. Análise da Evapotranspiração de referência (ETo)
Das estações estudadas do BSF, os maiores valores
diários da ETo referentes ao período de 2009 a 2018,
ocorreram nos meses do período seco (janeiro, fevereiro,
março, setembro, outubro, novembro e dezembro) nas
estações de Arco Verde, Arapiraca, Brejo Grande e Pão de
Açúcar (Fig. 4).
Figura 3 - Acumulado de precipitação anual (mm.ano−1
) para o período de 2009 a 2018 da região do BSF.
Santos et al. 987
8. Já para as estações de Piranhas, Propriá e Traipú,
ambas tiveram seus menores valores tanto no período chu-
voso (abril, maio, julho e julho) como no período seco
(setembro, outubro, novembro e dezembro), o que de-
monstrou ciclos anuais diferentes para essas localidades.
A ETo apresentou seus menores valores médios diá-
rios para as estações meteorológicas das cidades de Arco
Verde (3,3 mm dia−1
), Arapiraca (3,0 mm dia−1
), Brejo
Grande (3,6 mm.dia−1
), Pão de Açúcar (3,4 mm.dia−1
) e
Propriá (3,9 mm.dia−1
), nos meses de junho (Arco Verde e
Brejo Grande) e em julho (Arapiraca, Pão de Açúcar e
Propriá). Esse resultado, também diferiu das cidades de
Piranhas (4,2 mm.dia−1
) em dezembro, e Traipú (4,1 mm.
dia−1
) em novembro.
Com relação aos maiores valores médios diários de
ETo, ocorreram no mês de novembro para Arco Verde
(5,8 mm.dia−1
) e Arapiraca (5,0 mm.dia−1
), em março
para Brejo Grande (5,0 mm.dia−1
), Pão de Açúcar
(5,7 mm.dia−1
), Piranhas (5,1 mm.dia−1
), Propriá
(5,5 mm.dia−1
) e Traipú (5,2 mm.dia−1
).
Tabela 6 - Valores médios mensais de Prec (mm), Rs (MJ.m−2
.dia−1
), Tmed (°C), UR (%) e U2 (m/s), período de 2009 a 2018.
Estações Var Meses
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Arco Verde (PE) Prec 28 35 37 75 104 53 72 34 24 23 4 19
Rs 17,4 15,8 18,6 16,1 14,1 12,5 13,4 15,9 17,8 18,8 18,3 17,5
Tmed 26,2 26,0 26,3 25,5 23,9 22,6 21,7 22,2 23,7 25,4 26,4 26,5
UR 51,4 49,0 53,7 56,1 63,3 62,7 66,1 61,3 53,9 51,6 45,6 48,3
U2 2,1 1,9 1,9 1,9 2,0 2,0 2,3 2,3 2,3 2,4 2,3 2,2
Arapiraca (AL) Prec 22 45 38 101 140 148 139 85 58 46 14 26
Rs 18,7 16,2 18,5 15,6 13,8 12,3 12,5 14,6 16,2 18,6 19,5 19,4
Tmed 27,2 27,3 27,5 26,8 25,4 24,2 23,1 23,2 24,2 25,7 26,7 27,3
UR 58,1 54,0 59,0 60,7 68,2 67,2 69,7 67,1 62,1 60,4 55,4 56,4
U2 1,8 1,5 1,5 1,2 1,2 1,1 1,0 1,2 1,4 1,8 2,0 1,9
Brejo Grande(SE) Prec 35 41 50 159 216 199 163 94 64 67 23 23
Rs 20,4 18,0 19,8 16,8 14,5 13,7 14,6 16,3 18,0 20,0 20,7 20,9
Tmed 27,7 27,9 28,0 27,5 26,6 25,9 25,2 25,1 25,5 26,4 27,1 27,6
UR 62,3 57,2 63,5 63,9 68,9 66,6 67,2 65,7 62,6 63,9 61,0 62,7
U2 1,3 1,0 1,0 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 1,1 1,3 1,5 1,5
Pão de Açúcar (AL) Prec 41 33 26 54 73 73 74 37 35 31 13 19
Rs 19,9 17,2 19,8 16,7 14,5 13,2 13,5 16,1 17,5 19,5 19,8 19,9
Tmed 29,9 30,0 30,3 29,2 27,4 26,1 24,9 25,2 26,5 28,3 29,6 30,0
UR 51,2 47,5 52,2 55,6 64,0 63,8 67,4 63,4 57,4 54,6 48,3 49,4
U2 1,4 1,2 1,3 1,0 0,8 0,7 0,8 0,9 1,1 1,3 1,5 1,4
Piranhas (AL) Prec 44 56 61 79 56 26 15 2 2 36 19 56
Rs 14,8 14,5 17,1 16,5 16,4 15,5 15,8 16,1 15,2 14,5 13,2 13,6
Tmed 28,2 28,4 28,7 27,4 25,9 24,6 23,7 24,1 25,2 27,0 28,2 28,3
UR 54,0 49,7 54,6 53,4 56,3 55,1 57,2 55,6 52,1 53,2 51,4 53,9
U2 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
Propriá (SE) Prec 30 36 32 107 188 136 142 77 54 43 14 20
Rs 16,3 15,9 19,5 18,0 17,2 16,7 16,5 17,2 15,1 14,2 14,1 14,6
Tmed 28,4 28,4 28,9 28,1 26,6 25,5 24,5 24,6 25,4 27,0 27,9 28,5
UR 56,1 52,7 57,1 59,5 67,2 66,9 69,4 67,1 62,9 61,3 56,3 57,7
U2 1,9 1,7 1,8 1,5 1,4 1,3 1,4 1,4 1,6 1,8 1,9 2,1
Traipú (AL) Prec 73 42 54 64 56 25 15 11 9 36 16 41
Rs 14,4 14,3 17,3 16,9 16,8 16,0 16,1 16,1 14,9 14,3 13,0 13,4
Tmed 28,0 28,2 28,6 27,4 25,8 24,6 23,7 23,9 24,8 26,4 27,6 28,0
UR 54,7 50,3 54,2 52,7 55,6 54,2 56,7 55,6 52,7 53,7 51,8 54,2
U2 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
988 Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São Francisco
9. A baixa (ETo) observada durante o período chuvoso
(abril a julho) está associada às temperaturas mais baixas
e ao ar mais úmido no inverno (Tabela 6). Em estudos de
Barros et al. (2017), a Evapotranspiração de referência no
perímetro irrigado Jacaré-Curituba, na cidade de Canindé-
SE, segundo dados do modelo de Penman-Monteith
(PM), atingiu uma média diária de (ETo) de 5,81 mm.
dia−1
. Este estudo foi um dos poucos encontrados para a
região do Baixo São Francisco durante a realização desta
pesquisa.
Quanto à dispersão dos dados observados por meio
do Coeficiente de Variação (CV), nota-se que Arco Verde
(PE) apresentou maior variabilidade quando comparada às
demais estações, nos meses do período chuvoso (~12,2%).
Para uma média anual, Piranhas (AL) e Traipú (AL) apre-
sentaram menores dispersões (~4,8% e 5,38) respectiva-
mente (Tabela 7).
Tiveram maiores dispersões as localidades de Arco
Verde (PE) (~10,7%), Brejo Grande (SE) (~10,1%), Pro-
priá (SE) (~9,4%) e Arapiraca (AL) (~9,0%). Pode-se
considerar então, que de um modo geral a ETo na região
de estudo apresenta dispersão dos dados de moderada a
baixa com relação à média, também demonstrando ser a
média um bom indicador para representar a mesma.
Figura 4 - Média diária da Evapotranspiração de referência (ETo) no período de 2009 a 2018.
Tabela 7 - Estatística descritiva dos valores médios mensais de Evapotranspiração de referência (ETo), para o período de 2009 a 2018. Estações de Arco
Verde (PE), Arapiraca (AL), Brejo Grande (SE) e Pão de Açúcar (AL) (a). Estações de Piranhas (AL), Propriá (SE) e Traipú (AL) (b).
(a)
Mês Arco Verde (PE) Arapiraca (AL) Brejo Grande (SE) Pão de Açúcar (AL)
Média (mm.
dia−1
)
DP
(mm)
CV
(%)
Média (mm.
dia−1
)
DP
(mm)
CV
(%)
Média (mm.
dia−1
)
DP
(mm)
CV
(%)
Média (mm.
dia−1
)
DP
(mm)
CV
(%)
Jan 5,22 0,59 11,3 4,83 0,29 6,0 4,91 0,42 8,4 5,47 0,58 10,5
Fev 5,06 0,68 13,4 4,73 0,23 4,9 4,90 0,39 8,0 5,45 0,38 7,0
Mar 5,18 0,41 7,9 4,92 0,26 5,2 4,98 0,34 6,8 5,66 0,41 7,2
Abr 4,47 0,48 10,8 4,24 0,52 12,3 4,38 0,44 10,0 4,80 0,43 9,0
Mai 3,63 0,54 14,8 3,53 0,53 14,8 3,69 0,56 15,0 3,85 0,47 12,3
Jun 3,31 0,33 10,0 3,17 0,24 7,6 3,57 0,48 13,3 3,49 0,27 7,6
Jul 3,32 0,45 13,5 2,98 0,18 5,9 3,65 0,56 15,4 3,38 0,28 8,2
Ago 4,05 0,46 11,4 3,43 0,33 9,5 3,94 0,49 12,3 3,93 0,35 8,9
Set 4,93 0,44 8,9 3,94 0,47 11,8 4,31 0,40 9,3 4,49 0,45 10,0
Out 5,43 0,47 8,6 4,49 0,63 13,9 4,58 0,37 8,1 4,95 0,38 7,6
Nov 5,77 0,61 10,6 4,96 0,53 10,7 4,84 0,38 7,9 5,44 0,34 6,2
Dez 5,44 0,40 7,4 4,88 0,27 5,5 4,84 0,33 6,7 5,37 0,27 4,9
Méd 4,65 4,18 4,80 4,69
Total Anual ETo
(mm)
1697,38 1523,61 1599,46 1711,28
Santos et al. 989
10. A Fig. 5 apresenta valores totais anuais médios de
ETo (mm.mês−1
) ao longo do período de estudo, bem
como a média do período de 2009 a 2018 (linha vermelha
tracejada) e a média simples anual (círculo fechado em
vermelho).
Para Arco Verde, localidade representante da Sub-
bacia do Alto Ipanema, apresentou seu maior e menor
valor médio observado de 154,1 mm.mês−1
em 2012 e
130,9 mm.mês−1
em 2014, tendo sua média dos dez anos
um valor de 141,4 mm.mês−1
. Para esta localidade, os
anos de maiores demandas hídricas foram 2012, 2015 e
2016, ambos acima da média do período, estando os
demais anos abaixo da média.
Quanto a dispersão dos dados, os anos de 2009 e
2017 apresentaram maiores variabilidades, sendo os anos
de 2010 e 2018 os que tiveram a média simples e sua me-
(b)
Mês Piranhas (AL) Propriá (SE) Traipú (AL)
Média (mm.dia−1
) D.P (mm) CV (%) Média (mm.dia−1
) DP (mm) C.V (%) Média (mm.dia−1
) DP (mm) C.V (%)
Jan 4,50 0,16 3,6 4,79 0,35 7,3 4,38 0,16 3,7
Fev 4,82 0,18 3,7 5,01 0,32 6,3 4,72 0,22 4,6
Mar 5,13 0,17 3,4 5,53 0,36 6,4 5,16 0,20 3,8
Abr 4,98 0,25 5,1 5,06 0,45 8,9 5,06 0,35 6,9
Mai 4,65 0,33 7,0 4,34 0,52 11,9 4,71 0,31 6,5
Jun 4,41 0,20 4,5 4,16 0,30 7,1 4,51 0,27 5,9
Jul 4,25 0,23 5,3 3,91 0,27 6,8 4,31 0,30 6,8
Ago 4,36 0,20 4,6 4,08 0,43 10,4 4,32 0,27 6,3
Set 4,41 0,31 6,9 3,92 0,48 12,2 4,27 0,29 6,7
Out 4,32 0,19 4,4 3,97 0,63 15,9 4,19 0,23 5,5
Nov 4,23 0,24 5,6 4,24 0,55 12,9 4,11 0,19 4,7
Dez 4,22 0,15 3,5 4,43 0,32 7,3 4,14 0,13 3,2
Méd 4,52 4,45 4,49
Total Anual ETo (mm) 1650,42 1625,54 1638,93
*Desvio Padrão (DP) e Coeficiente de Variação (CV).
Figura 5 - Boxplot da variação do total médio anual da Evapotranspiração de referência (ETo) (mm.mês−1
), observada na estação meteorológica de Arco
Verde (Sub-bacia do Alto Ipanema) para o período de 2009 a 2018. Destaque em amarelo (ano com maior ETo) e destaque em azul (ano com menor ETo).
990 Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São Francisco
11. diana mais próxima da média do período, o que significa
que de todos os anos, estes apresentaram pouca variabili-
dade em 50% do seu conjunto de dados em ralação a mé-
dia.
Na Fig. 6 estão representadas as médias do período
de estudo para as localidades pertencentes a Sub-bacia do
Baixo São Francisco (AL).
As médias encontradas foram: Arapiraca (126,9 mm.
mês−1
), Pão de Açúcar (142,6 mm.mês−1
), Piranhas
(137,5 mm.mês−1
) e Traipú (136,5 mm.mês−1
). Os anos
que apresentaram maiores valores dos totais anuais mé-
dios de evaporação na região foram em 2015 para Pão de
Açúcar (154,0 mm.mês−1
), Piranhas (144,6 mm mês−1
) e
Traipú (147,73 mm.mês−1
) e, no ano de 2016 para Arapi-
raca (138,5 mm.mês−1
). Os menores valores foram nos
anos de 2011 para Arapiraca (118,1 mm.mês−1
), Traipú
(131,0 mm.mês−1
) e Pão de Açúcar (131,5 mm.mês−1
) e,
no ano de 2012 para Piranhas (134,4 mm.mês−1
).
Para a região, a maior demanda hídrica ocorreu no
município de Pão de Açúcar em 2015 e a menor em Ara-
piraca em 2011. Ainda na Fig. 6, uma análise sobre a dis-
persão dos dados na região mostra que Pão de Açúcar
apresentou em 2017 uma maior variabilidade nos valores
de evapotranspiração e Piranhas teve em 2018, uma menor
variabilidade.
Para a Sub-bacia do Baixo São Francisco (SE)
(Fig. 7), as localidades de Brejo Grande e Propriá, apre-
sentaram como médias para o período 133,2 e 135,4 mm.
mês−1
, respectivamente.
Também apresentaram como maiores e menores
totais anuais médios no ano de 2018 e 2010 (152,8 e
122,4 mm.mês−1
) em Brejo Grande e 2015 e 2014 (146,0
e 124,7 mm.mês−1
) em Propriá, respectivamente. A maior
e menor demanda hídrica ocorreu em 2018 e 2010,
respectivamente, na localidade de Brejo Grande, bem
como foi a localidade nessa sub-bacia que apresentou em
Figura 6 - Boxplot da variação do total médio anual da Evapotranspiração de referência (ETo) (mm.mês−1
) observada nas estações meteorológicas dos
municípios de Arapiraca (a), Pão de Açúcar (b), Piranhas (c) e Traipú (d), representantes da Sub-bacia do Baixo São Francisco (AL), para o período de
2009 a 2018. Destaque em amarelo (ano com maior ETo) e destaque em azul (ano com menor ETo).
Santos et al. 991
12. 2009, maior variabilidade, tendo Propriá apresentado, a
menor variabilidade em 2014.
Uma observação importante a se fazer com relação a
este resultado é de que Brejo Grande apresentou de 2009 a
2015 valores médios mensais de ETo abaixo da média do
período. Resultado esse que variou durante os dez anos de
estudo para a localidade de Propriá. As duas estações da
sub-bacia do BSF (SE) demonstraram um comportamento
diferenciado em relação as demais localidades. Esses
resultados corroboram com valores médios de umidade
relativa do ar para estas estações (Tabela 6).
4. Conclusões
O BSF ainda é uma das regiões fisiográficas da
Bacia Hidrográfica do São Francisco menos estudada, no
que se refere aos processos físicos atmosféricos inerentes
à evapotranspiração. Os resultados deste trabalho permi-
tiram concluir que as médias diárias anuais da ETo, no
período de 2009 a 2018, para as estações estudadas,
foram: Arco Verde (4,6), Arapiraca (4,18), Brejo Grande
(4,80), Pão de Açúcar (4,69), Piranhas (4,52), Propriá
(4,45) e Traipú (4,49) mm.dia−1
.
É importante frisar que a estação de Pão de Açúcar
(AL) teve a maior média anual acumulada de ETo da série
de dez anos, correspondendo à 1711,28 mm.ano−1
e a es-
tação de Arapiraca (AL) aparece com a menor média acu-
mulada do Baixo São Francisco com o valor de
1523,61 mm.ano−1
. A média do total anual acumulada de
(ETo) do BSF para o período de estudo foi de
1635,23 mm.ano−1
. Esse resultado foi semelhante aos
estudos de Silva (2017), que tiveram média anual de ETo
para o Baixo São Francisco o valor de 1631,94 mm.ano−1
.
As estimativas de ETo pelo método PM-FAO, pro-
porcionaram uma análise da dinâmica da ETo na região,
que foram significativas para a identificação de padrões
ocorridas no Baixo São Francisco.
Agradecimentos
Os autores agradecem a Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio finan-
ceiro concedido durante a concepção deste estudo. O pri-
meiro autor agradece especialmente ao CNPq pela
concessão de sua bolsa de mestrado junto ao Programa de
Pós Graduação em Meteorologia (PPGMET) do ICAT/
UFAL.
Referências
ALLEN, R.G.; SMITH, M.; PERRIER, A. An update for the
definition of reference evapotranspiration. ICID Bulletin,
v. 43, n. 2, p.1-34, 1994.
ALLEN-RICHARD, G.; PEREIRA-LUIS, S.; DIRK, R.; MAR-
TIN, S. FAO irrigation and drainage paper No. 56. Rome.
Journal of Food and Agriculture Organization of the
United Nations, v. 56, n.5-6, p. 97-156, 1998.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Conjuntura dos Recur-
sos Hídricos no Brasil: Regiões Hidrográficas brasi-
leiras - Edição Especial. Brasília: ANA, 2015.
BARROS, A.; AGUIAR NETTO, A.O.; MEDEIROS, P.R.F.;
SILVA, T.M.M.; ALBUQUERQUE, K.A.D. Comparação
entre métodos de estimativa da evapotranspiração de refe-
rência em perímetro irrigado no Baixo São Francisco.
Figura 7 - Boxplot da variação do total médio anual da Evapotranspiração de referência (ETo) (mm.mês−1
) observada nas estações meteorológicas dos
municípios de Brejo grande (a) e Propriá (b), representantes da Sub-bacia do Baixo São Francisco (SE), para o período de 2009 a 2018. Destaque em
amarelo (ano com maior ETo) e destaque em azul (ano com menor ETo).
992 Estimation of Evapotranspiration in the Mesoregion of the Lower São Francisco
13. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v. 11, n. 8,
p. 2183-2193, 2017.
CABRAL J.J.B.; ALMEIDA, H.A.; SILVA, C.M.S. Compa-
ração de Dados Diários de Evapotranspiração de Refe-
rência Estimados pelos Métodos de Penman-Monteith e
Tanque Classe A, para Campina Grande, PB. Trabalho
de Conclusão de Curso de Especialização Latu Sensu, Uni-
versidade Estadual da Paraíba, 2014.
CAMARGO, A.P.; SENTELHAS, P.C. Avaliação do desem-
penho de diferentes métodos de estimativa da evapo-
transpiração potencial no estado de São Paulo. Revista
Brasileira de Agrometeorologia, v. 5, n. 1, p. 89-97, 1997.
CHIN, D.A.; ZHAO, S. Evaluation of evaporation-pan networks.
Journal of Irrigation and Drainage Engineering, v. 121,
n. 5, p. 338-346, 1995.
FERNANDES, R.; KOROLEVYCH, V.; WANG, S. Trends in
land evapotranspiration over Canada for the period 1960-
2000 based on in situ climate observations and a land sur-
face model. Journal of Hidrometeorology, v. 8, n. 5,
p. 1016-1030, 2007.
JENSEN, M.E.; BURMAN, R.D.; ALLEN, R.G. Evapo-
transpiration and Irrigation Water Requirements. New
York: American Society of Civil Engineers, 360 p, 1990.
HUANG, G.; PAES, A.T. Posso usar o teste t de Student quando
preciso comparar três ou mais grupos? Einsten: Educação
Continuada em Saúde, v. 7 n. 2, p. 63-64, 2009.
LIANG, L.; LI, L.; LIU, Q. Temporal variation of reference eva-
potranspiration during 1961-2005 in the Taoer River basin
of Northeast China. Agricultural and Forest Meteoro-
logy, v. 150, n. 2, p. 298-306, 2009.
LI, K.H.; RAGHUNATHAN, T.E.; RUBIN, D.B. Large-sample
significance levels from multiply imputed data using
moment-based statistics and an f reference distribution.
Journal of the American Statistical Association, v. 86,
n. 486, p. 1065-1073, 1991.
MARENGO, J. A. Vulnerabilidade, impactos e adaptação à
mudança do clima no semi-árido do Brasil. Parcerias
Estratégicas, v. 13, n. 27, p. 149-176, 2008.
MARENGO, J.A.; CUNHA, A.P.; ALVES, L.M. A seca de
2012-15 no semiárido do Nordeste do Brasil no contexto
histórico. Climanalise, v. 3, n. esp., p. 1-6, 2016.
MEDEIROS, A.T. Estimativa da Evapotranspiração de Refe-
rência a Partir da Equação de Penman-Monteith, de
Medidas Lisimétricas e de Equações Empíricas, em
Paraipaba, CE. Tese de Doutorado em Agronomia, Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade
de São Paulo. Piracicaba, SP, 103 p., 2002.
NEMUS GESTÃO E REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL
LTDA. Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidro-
gráfica do Rio São Francisco. RP1A - Diagnóstico da
Dimensão Técnica e Institucional. Volume 1 - Caracte-
rização da Bacia Hidrográfica - 1ª Parte. Salvador:
Nemus, 2015.
PEREIRA, A.R. Introdução à Micrometeorologia. Piracicaba:
ESALQ, 70 p., 1998.
SANTIAGO, A.V. Evapotranspiração de Referência Medida
por Lisímetro de Pesagem e Estimada por Penman-
Monteith (FAO-56), nas Escalas Mensal e Decendial.
Dissertação de Mestrado em Agronomia, Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 37 p., 2001.
SCHAFER, J.L. Analysis of Incomplete Multivariate Data.
London: Chapman and Hall/CRC, 444 p., 1997.
SCHAFER, J.L.; Graham, J.W. Missing data: our view of the
state of the art. Psychological Methods, v. 7, n. 2, p. 147-
177, 2002.
SEDIYAMA, G.C. Estimativa da evapotranspiração: histórico,
evolução e análise crítica. Revista Brasileira de Agrome-
teorologia, v. 4, n. 1, p. 1-7, 1996.
SILVA, S.S. Comparação de Métodos Empírico-Teóricos de
Estimativa de Evapotranspiração de Referência ao Mo-
delo de Penman-Monteith. Dissertação de Mestrado, Uni-
versidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.
SILVA, N.D. Estimativa, Análise Espacial e Temporal da
Evapotranspiração de Referência (ETo) na Bacia Hi-
drográfica do Rio São Francisco, Brasil. Dissertação de
Mestrado, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia,
Cruz das Almas, 2017.
SILVA, H.J.F. Análise de Tendência e Caracterização Sazonal
e Interanual da Evapotranspiração e Referência para o
Sudoeste da Amazônia Brasileira; Acre, Brasil. Dis-
sertação de Mestrado, UFRN, Natal, 2015.
SMITH, M. Report on Expert Consultation on Procedures for
Revision of FAO Methodologies for Crop Water Requi-
rements. Rome: FAO, 45 p., 1991.
SMITH, M. The application of climatic data for planning and
management of sustainable rainfed and irrigated crop pro-
duction. Agricultural and Forest Meteorology, v. 103,
n. 1, p. 99-108, 2000.
Endereços de Internet
AGRITEMPO. Endereço eletrônico: www.agritempo.gov.br
INMET. Endereço eletrônico: www.inmet.gov.br
License information: This is an open-access article distributed under the terms of the Creative
Commons Attribution License (type CC-BY), which permits unrestricted use, distribution and
reproduction in any medium, provided the original article is properly cited.
Santos et al. 993