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A biomassa ocupa papel
fundamental no projeto
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Quanto maior o rendimento
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cana-de-açúcar, melhores os
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Landell, antes da palestra para
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em 2027. Para Marcos Landell,
o financiamento das pesquisas
é imprescindível. "Nós
devemos dar saltos
produtivos, o que nos dará
ainda mais vantagem sobre os
outros países que utilizam a
cana-de-açúcar com a
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alimento ou energia.
Avançamos muito e
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ainda" , conclui o
representante do IAC, órgão
atrelado ao governo estadual e
que completou 130 anos de
atividades no mês passado.
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SAIBA MAIS Sustentabilidade
Editoria de Arte/AAN
Óleo diesel 18,1% ¹Óleo diesel 18,1% ¹
Eletricidade 17,5%
Gasolina 9,5% ²Gasolina 9,5% ² Gás Natural 7,4%
Lenha 6,3%
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fonte: Empresa de Pesquisa Energética – Ministério das Minas e Energia
1 inclui biodiesel
2 apenas gasolina A (automotiva)
3 inclui gás de refinaria, coque de carvão mineral e carvão vegetal,
dentre outros
1
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3
Consumo Final de Energia Por Fonte
DominiqueTorquato/AAN
DominiqueTorquato/AAN
Cana tem papel estratégico no setor
SAIBA MAIS
combustível conteúdo energético (kWh)
1 Nm³ de biometano 9,97
1 Nm³ de gás natural 11,00
1 litro de petróleo 9,06
1 litro de diesel 9,80
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1 Nm³ de biometano 9,97
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Editoria de Arte/AAN
Potencial Energético
Especialistas em mesa que debateu o cenário da energia no Estado de São Paulo durante o Fórum RAC 2017 - Os Caminhos da Retomada, realizado na última segunda-feira, no Royal Palm Resort, em Campinas
Participantes do Fórum RAC 2017, no Royal Palm Resort, acompanham uma das palestras do evento
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Canaprodutividade e pesquisas do IAC visam ampliar oferta de etanol

  • 1. A biomassa ocupa papel fundamental no projeto paulista que visa reforçar o volume de gás natural disponibilizado na rede. Quanto maior o rendimento nas lavouras de cana-de-açúcar, melhores os resultados na exploração do insumo. O biometano é obtido a partir dos resíduos deixados pela produção de derivados como o açúcar e o etanol, biocombustível considerado estratégico na composição da matriz energética brasileira para os transportes. Em relação à capacidade de geração de energia, a cana é matéria-prima fundamental no cenário nacional. O bagaço responde por 11,7% do consumo final de energia no País e somente o uso da biomassa representou 31% dos insumos usados nas usinas termelétricas brasileiras no ano passado. Além da bioeletricidade, a cana origina o etanol, que alcançou uma fatia de 16,8% no mercado de combustível para os transportes em 2016. Os dados do Ministério de Minas e Energia evidenciam a importância econômica da cana-de-açúcar e endossam a necessidade de pesquisas voltadas para o setor sucroenergético, rumo seguido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A instituição tem estudado o melhoramento das espécies cultivadas no País. “Vou mostrar o potencial que o novo tipo de cana tem para atender demandas bem maiores, principalmente em relação ao etanol”, adiantou o pesquisador do IAC Marcos Landell, antes da palestra para o público presente no segundo capítulo do Fórum RAC. No mês passado, o IAC lançou duas novas variedades de cana. Uma das espécies foi criada para cultivo em solos de pequena capacidade de armazenamento de água e com baixa fertilidade natural, condições encontradas em áreas de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná e Mato Grosso. O outro tipo de cana-de-açúcar produzido em laboratório vai atender regiões com melhor distribuição de chuvas. O anúncio das novas espécies coincide com a divulgação da previsão de queda para a safra 2017/2018. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as estimativas apontam para a colheita de 647 milhões de toneladas, o pior resultado entre as últimas três safras. As novas espécies começaram a ser pesquisadas em 2001 e têm a missão de reverter os índices instáveis na lavoura, principalmente causados por eventos climáticos, como a falta de chuvas. Ambas as variedades produzidas pelo IAC podem ser exploradas por um período mais prolongado e a previsão é que os ganhos agroindustriais girem em torno de 15%. Os técnicos também avaliam que o rendimento em açúcar pode variar entre 1% e 1,5% anualmente. Metade do resultado é atribuído ainda ao melhoramento genético. A melhor produtividade nos campos é fundamental para compensar a dificuldade de expansão da área plantada no estado paulista em função do alto custo da terra. Esse é o diagnóstico de Landell. "Não é essa a percepção, mas o Brasil possui uma área pequena para o cultivo da cana-de-açúcar. Hoje, são 10 milhões de hectares em um total de 200 milhões. A grande maioria é para pastagem" , atesta o diretor do Centro de Cana-de-Açúcar do IAC. Independente do espaço geográfico ocupado pelas lavouras, os parâmetros dos pesquisadores estão focados no rendimento por área plantada, principalmente em relação à obtenção do etanol a partir da cana. Atualmente, o Brasil produz 6.700 litros do biocombustível por hectare, mas os técnicos trabalham com o objetivo de alcançar de oito a 15 mil litros por hectare em 2027. Para Marcos Landell, o financiamento das pesquisas é imprescindível. "Nós devemos dar saltos produtivos, o que nos dará ainda mais vantagem sobre os outros países que utilizam a cana-de-açúcar com a finalidade de produção de alimento ou energia. Avançamos muito e precisamos avançar mais ainda" , conclui o representante do IAC, órgão atrelado ao governo estadual e que completou 130 anos de atividades no mês passado. A biomassa é fundamental no projeto paulista que visa reforçar o volume de gás natural disponibilizado SAIBA MAIS Sustentabilidade Editoria de Arte/AAN Óleo diesel 18,1% ¹Óleo diesel 18,1% ¹ Eletricidade 17,5% Gasolina 9,5% ²Gasolina 9,5% ² Gás Natural 7,4% Lenha 6,3% Etanol 5,6% GLP 3,2% Lixívia 2,4% Querosene 1,3% Óleo Combustível 1,2% Outras fontes 15,8% ³Outras fontes 15,8% ³ Bagaço de cana 11,7% fonte: Empresa de Pesquisa Energética – Ministério das Minas e Energia 1 inclui biodiesel 2 apenas gasolina A (automotiva) 3 inclui gás de refinaria, coque de carvão mineral e carvão vegetal, dentre outros 1 2 3 Consumo Final de Energia Por Fonte DominiqueTorquato/AAN DominiqueTorquato/AAN Cana tem papel estratégico no setor SAIBA MAIS combustível conteúdo energético (kWh) 1 Nm³ de biometano 9,97 1 Nm³ de gás natural 11,00 1 litro de petróleo 9,06 1 litro de diesel 9,80 fonte: Associação Brasileira de Biogás e Biometano 1 Nm³ de biometano 9,97 1 Nm³ de gás natural 11,00 1 litro de petróleo 9,06 1 litro de diesel 9,80 Editoria de Arte/AAN Potencial Energético Especialistas em mesa que debateu o cenário da energia no Estado de São Paulo durante o Fórum RAC 2017 - Os Caminhos da Retomada, realizado na última segunda-feira, no Royal Palm Resort, em Campinas Participantes do Fórum RAC 2017, no Royal Palm Resort, acompanham uma das palestras do evento E4 CORREIO POPULAR FÓRUM RAC 2017 Campinas, quinta-feira, 20 de julho de 2017