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B12 | Quarta-feira, 29 de outubro de 2014 
Agronegócios 
Combustíveis Trabalho da Petrobras 
corrobora o aumento da mistura 
Gasolinacom 
27,5%deetanol 
éaprovadaem 
estudotécnico 
Cristiano Zaia 
De Brasília 
O governo se prepara para dar 
uma boa notícia ao segmento su-croalcooleiro, 
de quem enfrentou 
forte oposição nas eleições. Em mea-dos 
de novembro, o Palácio do Pla-nalto 
deverá divulgar que um estu-do 
técnico conduzido pela Petro-bras 
comprovou ser possível elevar a 
proporçãodeetanolanidronagaso-lina 
vendida para 27,5%, medida 
considerada fundamental para 
amenizar a crise que afeta as usinas. 
O Valor apurou que o estudo, 
realizado pelo Centro de Pesquisas 
e Desenvolvimento da Petrobras 
(Cenpes), já foi concluído e que os 
testes realizados mostraram que os 
motores dos automóveis e motoci-cletas 
movidos exclusivamente a 
gasolina suportariam perfeitamen-te 
a nova composição sem perda de 
eficiência. Atualmente, o percen-tual 
de mistura está fixado em 25%. 
“Já sabemos que o aumento da 
mistura não é maléfico aos motores 
do ponto de vista de carburação e 
não aumenta a emissão de gases po-luentes”, 
afirma uma fonte que par-ticipa 
há três meses do grupo de tra-balho 
criado pelo governo para tra-tar 
do tema. “Os resultados do estu-do 
foram positivos”, garante. 
O aumento da mistura para 
27,5% do teto do percentual já é 
permitido por lei sancionada pela 
presidente Dilma Rousseff no fim 
de setembro. Mas, como diz a lei, 
para que seja adotado de fato de-pende 
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Apesar de agradar aos usineiros, a 
medida enfrenta resistência da in-dústria 
automobilística. As monta-dorasalegamque, 
com27,5%deeta-nolanidro, 
agasolinapodecompro-meter 
o desempenho dos automó-veis 
movidos apenas com o combus-tível 
fóssil, afetando a combustão e 
gerando maior emissão de gases po-luentes 
como monóxido de enxofre. 
Procurada, a Anfavea, entidade 
que representa fabricantes de veícu-los, 
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queoestudosejaoficialmentedivul-gado. 
A associação chegou a anun-ciar 
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deste ano, que reprovou um acrésci-mo 
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critérios como resistência e durabili-dade 
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Roberto Rodrigues, presidente 
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Para que o aumento da mistura 
de etanol na gasolina comece a valer 
de fato também é necessária a apro-vação 
do Conselho Nacional de Polí-tica 
Energética (CNPE), que assesso-ra 
a Presidência da República. Have-rá 
reunião do órgão em dezembro, a 
segunda do ano, quando o baixo ní-vel 
dos reservatórios das hidrelétri-cas 
também será discutido. 
“Esse percentual maior de etanol 
na gasolina deverá entrar em vigor 
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de 2015”, diz o deputado fe-deral 
reeleito Arnado Jardim (PPS-SP), 
presidente da Frente Parlamen-tar 
do Setor Sucroenergético. “Mas, 
de qualquer forma, o aumento já 
significaria um cenário melhor para 
osetorepoderiacomeçaraserpreci-ficado, 
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O relatório técnico da Petrobras é 
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segmento sucroalcooleiro. No mês 
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açúcar entre os itens financiáveis 
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da gasolina. Estima-se que 
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gasolina de 25% para 27,5% será ca-paz 
de ampliar em 10% o consumo 
anual do biocombustível, que hoje 
é de cerca de 13 bilhões de litros. 
RUY BARON/VALOR 
Arnaldo Jardim: aumento da mistura, mesmo só em 2015, melhoraria o cenário 
LUIS USHIROBIRA/VALOR 
O pesquisador Gerson Giomo, do IAC: cruzamentos levaram a grãos com sabores como alecrim, menta e hortelã 
IACrevelanovasvariedades 
decafécomsaboresexóticos 
Pesquisas 
Carine Ferreira 
De São Paulo 
Você já pensou em beber um café 
com sabores raros como os de euca-lipto 
ou alecrim, mas sem a adição 
dessas substâncias? Pois grãos com 
essas características naturais foram 
encontradas por pesquisadores do 
Instituto Agronômico de Campinas 
(IAC), órgão ligado à Secretaria de 
Agricultura de São Paulo responsá-vel 
pelo desenvolvimento da maior 
parte das cultivares de café disponí-veis 
no mercado brasileiro. 
Até pouco tempo atrás, quando 
se falava em café exótico a associa-ção 
imediata era com algum animal. 
Afinal, alguns dos grãos mais valori-zados 
do mundo são o que são de-poisdeingeridoseexpelidosporum 
mamífero, a civeta — base para a 
produção do conhecido Kopi Luwak 
—, ou por uma ave popularmente 
conhecida no Brasil como jacu. 
Para surpresa dos pesquisado-res, 
nos trabalhos do IAC voltados 
à caracterização do perfil sensorial 
da bebida foram encontrados ca-fés 
naturalmente exóticos. Além 
dos sabores de alecrim e eucalipto, 
menta e hortelã também foram 
identificados, como explica Ger-son 
Giomo, pesquisador do IAC. 
Os grãos com esses sabores úni-cos 
foram obtidos a partir de cru-zamento 
de variedades comerciais 
com outras selvagens que fazem 
parte banco de germoplasma 
mantido pelo IAC, que conta com 
materiais de vários países. Foram 
encontrados cinco ou seis sabores 
diferentes desde o ano passado. 
Segundo Giomo, a propagação 
do material dependerá do interes-se 
do mercado e de empresas que 
queiram patrocinar o andamento 
da pesquisa para que as plantas se 
tornem variedades comerciais. 
Até agora, apenas uma ínfima 
parte desses “indivíduos” está sen-do 
multiplicada, etapa necessária 
para se verificar se os “filhos” des-ses 
materiais identificados man-têm 
as mesmas características. Es-se 
processo, que ainda não tem 
fins comerciais, consiste em testes 
complementares para que seja ve-rificada 
a qualidade do material. 
A torrefação desses grãos já foi 
apresentada algumas vezes a degus-tadores 
e baristas — que, segundo 
Giomo, gostaram do resultado. 
Além da variedade, o processamen-to 
adequado do café permitirá a 
aplicação desses grãos nos “blends” 
de cafés exóticos em edições limita-das, 
acredita o pesquisador do IAC. 
José Renato Figueiredo, barista e 
empresário da área de café, já expe-rimentou 
alguns desses cafés com 
sabores raros em duas edições da Se-mana 
Internacional do Café. Para 
ele, os produtos são muito “exóti-cos” 
para o mercado brasileiro, mas 
que, “temperados a alguns blends”, 
poderão ter boa aceitação nas lojas 
de cafés especiais em outros países. 
“Seria um toque diferente”. 
commaiorprodutividadeeresistên-ciaapragasedoenças, 
atéentãoofo-co 
do melhoramento genético. 
Agora, entretanto, a demanda 
internacional por cafés especiais já 
valoriza bastante grãos que conte-nham 
diferenciais de aroma e sa-bor. 
E, em um futuro não muito 
distante, o IAC poderá também re-comendar 
qual a melhor combi-nação 
de cultivares para cada am-biente 
— o que é “difícil e caro de se 
fazer”, de acordo com Giomo. 
Para facilitar o longo processo de 
pesquisa, uma das linhas do progra-ma 
de cafés especiais do IAC utiliza 
híbridos já existentes resultantes do 
cruzamento de variedades usadas 
no país com outras importadas. O 
amplo banco de germoplasma do 
órgão,consideradoomaiscompleto 
do país, foi formado por meio da 
aquisição de sementes de cafeeiros 
originais de várias partes do mundo. 
Outra linha da pesquisa, mais de-morada, 
passa pela identificação de 
variedades candidatas a uma nova 
hibridização (cruzamento de varie-dades). 
Giomo diz que, usando hí-bridos 
já conhecidos, é possível en-curtar 
os trabalhos em sete anos. “É 
um rearranjo, um redirecionamen-to 
da linha de pesquisa”, afirma. 
Depois da multiplicação das cul-tivares, 
é preciso testá-las em campo 
para depois propagá-las para o uso 
comercial. Tudo isso demanda tem-po. 
Ascultivaresdapesquisadecafés 
especiais começaram a ser multipli-cadas 
entre o fim de 2013 e o início 
deste ano para verificar quais pode-rão 
apresentar características dife-renciadas 
de sabor e aroma. 
São necessários cerca de dois 
anos para se fazer a muda da varie-dade. 
Depois disso, mais dois a três 
anos para que a muda cultivada 
comece a produzir. Então, é preci-so 
ter mais de uma colheita para 
verificar se a variedade apresenta-rá 
as mesmas características. 
Sem parcerias, o processo de-mora 
mais até que seja obtido fi-nanciamento 
de governo ou de 
uma agência de fomento. Giomo 
observa que é difícil mensurar os 
recursos necessários para toda a 
pesquisa — mas são, seguramente, 
mais de R$ 1 milhão por ano. 
Cofco passa 
a controlar 
Nidera e 
Noble Agri 
Tradings 
Fabiana Batista 
De São Paulo 
Em mais um caso de consolida-ção 
entre as tradings globais de 
agronegócio, a estatal chinesa Cof-co 
anunciou ontem que concluiu 
as duas negociações que já havia 
anunciado neste ano: a aquisição 
de 51% Nidera, a maior trading de 
agronegócio da Holanda com vo-lume 
de operações de US$ 17 bi-lhões, 
e de 51% do braço de agrone-gócio 
da asiática Noble Group, a 
Noble Agri, que no Brasil tem tam-bém 
usinas de cana-de-açúcar. 
Com isso, a estatal estabelece ca-nais 
de originação de commodi-ties 
agrícolas na América do Sul e 
em outros importantes mercados 
produtores de grãos e fibras. Con-forme 
comunicado da Cofco, as 
duas transações são as maiores 
aquisições internacionais da histó-ria 
da estatal e do mercado chinês 
de grãos e óleos vegetais. O investi-mento 
foi feito pela estatal chinesa 
e por um consórcio de investidores 
formado por Hopu Investment, Te-masek, 
Standard Chartered Private 
Equity e IFC, braço de desenvolvi-mento 
do Banco Mundial. A chine-sa 
contribuiu com 60% do investi-mento 
e o consórcio, com 40%. 
A Nidera tem como carro-chefe a 
originação, processamento, comér-cio, 
estocagem e embarque de com-modities 
agrícolas e produtos de 
bioenergia. Também distribui se-mentes, 
fertilizantes e defensivos. 
Já a Noble Agri opera principal-mente 
como trading agrícola com 
originação na América do Sul, Aus-trália, 
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do Sul. Em 2013, a Noble Agri mo-vimentou 
quase 45 milhões de to-neladas 
de produtos e gerou ven-das 
superiores a US$ 15 bilhões. No 
Brasil, tem quatro usinas de cana-de- 
açúcar no Estado de São Paulo, 
que somam capacidade para pro-cessar 
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Com as transações, os ativos da 
Cofco vão superar US$ 57 bilhões. 
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será de 15 milhões de toneladas, a 
de processamento, de 84 milhões, 
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agregada da nova Cofco vai alcan-çar 
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comunicado da estatal. 
Ao todo, a chinesa terá condi-ções 
de movimentar 150 milhões 
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por ano. A nova Cofco vai também 
deter sua própria plataforma de 
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portuários ao redor do mundo. 
Com a operação, a Cofco espera 
estabelecerumcanaldeconexãoen-tre 
grandes áreas de produção de 
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crescendo, afirma a empresa. “Essas 
aquisições vão permitir à Cofco pe-netrar 
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maior líder global no setor”, disse o 
executivo da estatal, Frank Ning. 
Busca por diferenciais 
costuma levar muito 
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governo ou parcerias 
Como parte de seu programa de 
cafés especiais, o IAC está multipli-cando 
dez variedades de café que 
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sensoriais distintas, com ênfase 
em aroma e sabor, incomuns nos 
cafés tradicionais brasileiros. Pelo 
menos três dessas variedades pro-duzem 
cafés raros, afirma Giomo. 
O pesquisador do IAC explica que 
a espécie arábica tem algumas ca-racterísticas 
inerentes. Se o grão for 
bem produzido e processado, emer-gem 
os sabores básicos frutado, 
achocolatado e caramelo. Com o in-cremento 
do processamento e o uso 
de determinadas cultivares, é possí-vel 
obter nuances de sabores, como 
floral, cítrico, especiarias, frutas se-cas, 
nozes e castanhas. Mas o princi-pal 
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seja obtida é a variedade. 
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IAC revela novas variedades de café com sabores exóticos

  • 1. Enxerto B12 | Quarta-feira, 29 de outubro de 2014 Agronegócios Combustíveis Trabalho da Petrobras corrobora o aumento da mistura Gasolinacom 27,5%deetanol éaprovadaem estudotécnico Cristiano Zaia De Brasília O governo se prepara para dar uma boa notícia ao segmento su-croalcooleiro, de quem enfrentou forte oposição nas eleições. Em mea-dos de novembro, o Palácio do Pla-nalto deverá divulgar que um estu-do técnico conduzido pela Petro-bras comprovou ser possível elevar a proporçãodeetanolanidronagaso-lina vendida para 27,5%, medida considerada fundamental para amenizar a crise que afeta as usinas. O Valor apurou que o estudo, realizado pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), já foi concluído e que os testes realizados mostraram que os motores dos automóveis e motoci-cletas movidos exclusivamente a gasolina suportariam perfeitamen-te a nova composição sem perda de eficiência. Atualmente, o percen-tual de mistura está fixado em 25%. “Já sabemos que o aumento da mistura não é maléfico aos motores do ponto de vista de carburação e não aumenta a emissão de gases po-luentes”, afirma uma fonte que par-ticipa há três meses do grupo de tra-balho criado pelo governo para tra-tar do tema. “Os resultados do estu-do foram positivos”, garante. O aumento da mistura para 27,5% do teto do percentual já é permitido por lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff no fim de setembro. Mas, como diz a lei, para que seja adotado de fato de-pende do resultado de testes como os que foram feitos pelo Cenpes. Apesar de agradar aos usineiros, a medida enfrenta resistência da in-dústria automobilística. As monta-dorasalegamque, com27,5%deeta-nolanidro, agasolinapodecompro-meter o desempenho dos automó-veis movidos apenas com o combus-tível fóssil, afetando a combustão e gerando maior emissão de gases po-luentes como monóxido de enxofre. Procurada, a Anfavea, entidade que representa fabricantes de veícu-los, preferiu não se posicionar até queoestudosejaoficialmentedivul-gado. A associação chegou a anun-ciar um estudo próprio, em junho deste ano, que reprovou um acrésci-mo maior de anidro na gasolina. “O estudo do Cenpes incorpora critérios como resistência e durabili-dade dos motores à adaptação”, afir-ma Roberto Rodrigues, presidente do conselho da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica). Ele não conhece os resultados finais do tra-balho, mas diz que as informações que tem até agora são “positivas”. Para que o aumento da mistura de etanol na gasolina comece a valer de fato também é necessária a apro-vação do Conselho Nacional de Polí-tica Energética (CNPE), que assesso-ra a Presidência da República. Have-rá reunião do órgão em dezembro, a segunda do ano, quando o baixo ní-vel dos reservatórios das hidrelétri-cas também será discutido. “Esse percentual maior de etanol na gasolina deverá entrar em vigor apenas em meados do primeiro se-mestre de 2015”, diz o deputado fe-deral reeleito Arnado Jardim (PPS-SP), presidente da Frente Parlamen-tar do Setor Sucroenergético. “Mas, de qualquer forma, o aumento já significaria um cenário melhor para osetorepoderiacomeçaraserpreci-ficado, uma vez que as distribuido-ras já estão fechando contratos de compra de combustível para 2015”. O relatório técnico da Petrobras é guardado “a sete chaves” pela Casa Civil, que vem sendo responsável, nos últimos meses, por coordenar as conversas sobre o tema entre os mi-nistérios da Agricultura e de Minas e Energia, o Fórum Nacional Sucroe-nergético, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e entidades empresariais. Paralelamente, o governo avalia outras medidas reivindicadas pelo segmento sucroalcooleiro. No mês passado, foi aprovada a inclusão do açúcar entre os itens financiáveis pelo programa de crédito para ar-mazenagem, e o ministro da Fazen-da, Guido Mantega, tem sinalizado que haverá reajuste nos preços do-mésticos da gasolina. Estima-se que o aumento da mistura de anidro na gasolina de 25% para 27,5% será ca-paz de ampliar em 10% o consumo anual do biocombustível, que hoje é de cerca de 13 bilhões de litros. RUY BARON/VALOR Arnaldo Jardim: aumento da mistura, mesmo só em 2015, melhoraria o cenário LUIS USHIROBIRA/VALOR O pesquisador Gerson Giomo, do IAC: cruzamentos levaram a grãos com sabores como alecrim, menta e hortelã IACrevelanovasvariedades decafécomsaboresexóticos Pesquisas Carine Ferreira De São Paulo Você já pensou em beber um café com sabores raros como os de euca-lipto ou alecrim, mas sem a adição dessas substâncias? Pois grãos com essas características naturais foram encontradas por pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), órgão ligado à Secretaria de Agricultura de São Paulo responsá-vel pelo desenvolvimento da maior parte das cultivares de café disponí-veis no mercado brasileiro. Até pouco tempo atrás, quando se falava em café exótico a associa-ção imediata era com algum animal. Afinal, alguns dos grãos mais valori-zados do mundo são o que são de-poisdeingeridoseexpelidosporum mamífero, a civeta — base para a produção do conhecido Kopi Luwak —, ou por uma ave popularmente conhecida no Brasil como jacu. Para surpresa dos pesquisado-res, nos trabalhos do IAC voltados à caracterização do perfil sensorial da bebida foram encontrados ca-fés naturalmente exóticos. Além dos sabores de alecrim e eucalipto, menta e hortelã também foram identificados, como explica Ger-son Giomo, pesquisador do IAC. Os grãos com esses sabores úni-cos foram obtidos a partir de cru-zamento de variedades comerciais com outras selvagens que fazem parte banco de germoplasma mantido pelo IAC, que conta com materiais de vários países. Foram encontrados cinco ou seis sabores diferentes desde o ano passado. Segundo Giomo, a propagação do material dependerá do interes-se do mercado e de empresas que queiram patrocinar o andamento da pesquisa para que as plantas se tornem variedades comerciais. Até agora, apenas uma ínfima parte desses “indivíduos” está sen-do multiplicada, etapa necessária para se verificar se os “filhos” des-ses materiais identificados man-têm as mesmas características. Es-se processo, que ainda não tem fins comerciais, consiste em testes complementares para que seja ve-rificada a qualidade do material. A torrefação desses grãos já foi apresentada algumas vezes a degus-tadores e baristas — que, segundo Giomo, gostaram do resultado. Além da variedade, o processamen-to adequado do café permitirá a aplicação desses grãos nos “blends” de cafés exóticos em edições limita-das, acredita o pesquisador do IAC. José Renato Figueiredo, barista e empresário da área de café, já expe-rimentou alguns desses cafés com sabores raros em duas edições da Se-mana Internacional do Café. Para ele, os produtos são muito “exóti-cos” para o mercado brasileiro, mas que, “temperados a alguns blends”, poderão ter boa aceitação nas lojas de cafés especiais em outros países. “Seria um toque diferente”. commaiorprodutividadeeresistên-ciaapragasedoenças, atéentãoofo-co do melhoramento genético. Agora, entretanto, a demanda internacional por cafés especiais já valoriza bastante grãos que conte-nham diferenciais de aroma e sa-bor. E, em um futuro não muito distante, o IAC poderá também re-comendar qual a melhor combi-nação de cultivares para cada am-biente — o que é “difícil e caro de se fazer”, de acordo com Giomo. Para facilitar o longo processo de pesquisa, uma das linhas do progra-ma de cafés especiais do IAC utiliza híbridos já existentes resultantes do cruzamento de variedades usadas no país com outras importadas. O amplo banco de germoplasma do órgão,consideradoomaiscompleto do país, foi formado por meio da aquisição de sementes de cafeeiros originais de várias partes do mundo. Outra linha da pesquisa, mais de-morada, passa pela identificação de variedades candidatas a uma nova hibridização (cruzamento de varie-dades). Giomo diz que, usando hí-bridos já conhecidos, é possível en-curtar os trabalhos em sete anos. “É um rearranjo, um redirecionamen-to da linha de pesquisa”, afirma. Depois da multiplicação das cul-tivares, é preciso testá-las em campo para depois propagá-las para o uso comercial. Tudo isso demanda tem-po. Ascultivaresdapesquisadecafés especiais começaram a ser multipli-cadas entre o fim de 2013 e o início deste ano para verificar quais pode-rão apresentar características dife-renciadas de sabor e aroma. São necessários cerca de dois anos para se fazer a muda da varie-dade. Depois disso, mais dois a três anos para que a muda cultivada comece a produzir. Então, é preci-so ter mais de uma colheita para verificar se a variedade apresenta-rá as mesmas características. Sem parcerias, o processo de-mora mais até que seja obtido fi-nanciamento de governo ou de uma agência de fomento. Giomo observa que é difícil mensurar os recursos necessários para toda a pesquisa — mas são, seguramente, mais de R$ 1 milhão por ano. Cofco passa a controlar Nidera e Noble Agri Tradings Fabiana Batista De São Paulo Em mais um caso de consolida-ção entre as tradings globais de agronegócio, a estatal chinesa Cof-co anunciou ontem que concluiu as duas negociações que já havia anunciado neste ano: a aquisição de 51% Nidera, a maior trading de agronegócio da Holanda com vo-lume de operações de US$ 17 bi-lhões, e de 51% do braço de agrone-gócio da asiática Noble Group, a Noble Agri, que no Brasil tem tam-bém usinas de cana-de-açúcar. Com isso, a estatal estabelece ca-nais de originação de commodi-ties agrícolas na América do Sul e em outros importantes mercados produtores de grãos e fibras. Con-forme comunicado da Cofco, as duas transações são as maiores aquisições internacionais da histó-ria da estatal e do mercado chinês de grãos e óleos vegetais. O investi-mento foi feito pela estatal chinesa e por um consórcio de investidores formado por Hopu Investment, Te-masek, Standard Chartered Private Equity e IFC, braço de desenvolvi-mento do Banco Mundial. A chine-sa contribuiu com 60% do investi-mento e o consórcio, com 40%. A Nidera tem como carro-chefe a originação, processamento, comér-cio, estocagem e embarque de com-modities agrícolas e produtos de bioenergia. Também distribui se-mentes, fertilizantes e defensivos. Já a Noble Agri opera principal-mente como trading agrícola com originação na América do Sul, Aus-trália, Índia, Leste Europeu e África do Sul. Em 2013, a Noble Agri mo-vimentou quase 45 milhões de to-neladas de produtos e gerou ven-das superiores a US$ 15 bilhões. No Brasil, tem quatro usinas de cana-de- açúcar no Estado de São Paulo, que somam capacidade para pro-cessar 17 milhões de toneladas. Com as transações, os ativos da Cofco vão superar US$ 57 bilhões. A capacidade de armazenagem será de 15 milhões de toneladas, a de processamento, de 84 milhões, e a de embarque em portos, de 44 milhões de toneladas. A receita agregada da nova Cofco vai alcan-çar US$ 63,3 bilhões, conforme comunicado da estatal. Ao todo, a chinesa terá condi-ções de movimentar 150 milhões de toneladas de produtos agrícolas por ano. A nova Cofco vai também deter sua própria plataforma de originação e rede de comercializa-ção, envolvendo cultivo, compra, estocagem, logística e terminais portuários ao redor do mundo. Com a operação, a Cofco espera estabelecerumcanaldeconexãoen-tre grandes áreas de produção de grãos, incluindo a América do Sul e as regiões do mar Negro, e grandes áreas de consumo na Ásia, onde está o maior mercado e onde a demanda por alimentos tende a continuar crescendo, afirma a empresa. “Essas aquisições vão permitir à Cofco pe-netrar em plataformas de origina-ção em áreas-chave do planeta e de-finirasbasesparatornaraempresaa maior líder global no setor”, disse o executivo da estatal, Frank Ning. Busca por diferenciais costuma levar muito tempo e demanda financiamento do governo ou parcerias Como parte de seu programa de cafés especiais, o IAC está multipli-cando dez variedades de café que podem apresentar características sensoriais distintas, com ênfase em aroma e sabor, incomuns nos cafés tradicionais brasileiros. Pelo menos três dessas variedades pro-duzem cafés raros, afirma Giomo. O pesquisador do IAC explica que a espécie arábica tem algumas ca-racterísticas inerentes. Se o grão for bem produzido e processado, emer-gem os sabores básicos frutado, achocolatado e caramelo. Com o in-cremento do processamento e o uso de determinadas cultivares, é possí-vel obter nuances de sabores, como floral, cítrico, especiarias, frutas se-cas, nozes e castanhas. Mas o princi-pal elemento para que essa diferen-ciação seja obtida é a variedade. Desde a década de 1930 — quan-do começou o pioneiro programa de melhoramento genético de café do IAC —, foram registradas no Mi-nistério da Agricultura 65 cultivares do grão desenvolvidas pelo instituto valor.com.br Agroenergia Receita da Albioma no Brasil vai a € 6,9 milhões A francesa Albioma, que no Brasil obtido no mesmo trimestre de controla uma unidade de cogeração 2013. O recuo se deve, em grande de energia a partir do bagaço de parte, ao negócio de biomassa na cana em São Paulo, informou França. Do total faturado no ontem que teve no trimestre trimestre, o negócio brasileiro encerrado em 30 de setembro uma contribuiu com 6,9 milhões. receita de 90,2 milhões. O montante é 6% menor do que o valor.com.br/u/3754020 Trabalho MPT-PR pede interdição de planta da JBS O Ministério Público do Trabalho do danos morais e coletivos. A JBS Paraná (MPT-PR) informou que esclareceu que a Justiça ingressou com uma ação civil paranaense concedeu prazo de pública contra a JBS por cinco dias para adequações na sua vazamento de amônia na unidade unidade, que “seguirá do grupo em Santo Inácio (PR). O normalmente suas atividades”. MPT pede interdição da planta e indenização de R$ 16,8 milhões por valor.com.br/u/3754326