2. Por que a Campanha da Fraternidade
retoma o tema da juventude?
No contexto do Ano da Fé (2012-2013) e
da JMJ no Rio de Janeiro, a Igreja deseja:
-acolher os jovens com toda a riqueza de seu
potencial propiciando-lhes caminho para o
seguimento de Jesus e colaboração de seus dons
e talentos na comunidade.
-compreendê-los diante de uma realidade de
profundas mudanças culturais
-ser solidária com os jovens em seus sofrimentos
e angústias principalmente aos mais excluídos.
-contribuir para seu protagonismo, isto é, de seu
papel na transformação da sociedade e na vida da
Igreja.
3. Mudança de época
- Mundo globalizado
-Nova visão de mundo
-Crise de sentido
-Crise da estrutura familiar
- Desenvolvimentos dos Meios de
Comunicação Social
- Consumismo e hedonismo
- Vulnerabilidade da Juventude
diante desta realidade
4. A internet com suas redes sociais como o
Facebook, o Youtube, entre outras, expande as
possibilidades de conhecimento e informação. Cada
vez mais cedo as crianças e os jovens tem acesso a
este vasto mundo.
5. Excesso de Desorientação
informações Desenraizamento
Relativismo cultural
Competitividade Materialismo
Afetividade Empobrecimento
autônoma da vida
Individualismo comunitária
Crise familiar Drogas
Indiferença Negação da vida
religiosa
6. Os adolescentes e
jovens conhecem e dominam as
linguagens das novas mídias
mais que os próprios pais e
educadores e isto os torna
socialmente fortes e valorizados.
Nesta realidade, criam um novo
modo de se relacionarem e
assumirem compromissos com a
família, a educação, a sociedade,
a Igreja, o ambiente e outros.
7. Desigualdade de Desemprego
rendas Violência
Vida urbana/fuga Exclusão digital
do campo Trabalho escravo
Falta de
Pornografia e
escolaridade abuso sexual
Desigualdade de
Narcotráfico
raça, cor e gênero
8. A Igreja tem uma longa caminhada com os jovens. Recordemos a
JAC, JEC, JIC,JOC e JUC; a Campanha de 1992, sobre a
Juventude e os documentos sobre a Juventude.
O avanço tecnológico não impede uma atitude de fé; os membros
da geração internet não parecem dispostos a abandonar a fé, ao
contrário, acreditam em Deus e buscam o sagrado.
O envolvimento dos jovens na Igreja deve ser visto a partir da
interatividade nas relações; querem ser ouvidos e autores das
atividades da Igreja: liturgia, catequese, pastorais sociais, etc.
Eles se envolvem como missionários quando têm apelo e veem a
autenticidade nas relações e organizações a serviço dos outros.
Os jovens demonstram amar Jesus Cristo, “não temem o
sacrifício nem a entrega da própria vida”.
9. O Papa Bento XVI expressa um olhar positivo em vista dos novos tempos: “A vós,
jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos
meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização
deste „continente digital‟”.
Em outra Mensagem diz: “Quero convidar os cristãos a unirem-se confiadamente e
com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital
tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente,
mas porque esta rede tornou-se parte integrante da vida humana. [...] Convido,
sobretudo os jovens, a fazerem bom uso da sua presença no areópago
cultural”.
PAPA BENTO XVI, Mensagem para o 43º Dia Mundial das Comunicações sociais «Novas tecnologias, novas
relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade», Vaticano, 24 de maio de 2009 -
Mensagem para o 45º. Dia Mundial das Comunicações Sociais - Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na
era digital. Vaticano, 05 de junho de 2011.
10. Eclesialmente também é preciso abrir espaços de
diálogo sobre os direitos e participação dos jovens em
nossas comunidades. Não é raro certo fechamento de
comunidades eclesiais às organizações juvenis, que
em muitas vezes são até desvalorizadas e
desmotivadas por parte dos adultos.
11. Numa mudança de época, cujo
maior desafio é acompanhar a
velocidade das mudanças em
todas as esferas da vida
humana, desponta a urgente
necessidade de aprofundarmos
o tema da juventude à luz da
Sagrada Escritura, da Tradição
e do Magistério da Igreja, e
destas características que
marcam nossa época.
12. A Palavra de Deus e a história da Igreja apresentam vários
testemunhos de jovens que, uma vez valorizados e chamados por
Deus, assumiram sua vocação de missionários da vida plena em
contextos não condizentes com o projeto divino. Deus nunca deixou
de confiar nos jovens e reconhecê-los como grandes potenciais
transformadores da realidade.
Exemplos de jovens chamados na Escritura:
- José do Egito
- Profeta Samuel
- Profeta Jeremias
- Profeta Isaías
- O Rei Davi
- A Virgem Maria
13. A Juventude de Jesus: O Evangelista Lucas diz que
Jesus “ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça,
diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52). Isto nos
mostra que Jesus recebeu todas as condições para o
amadurecimento integral de sua vida, ou seja,
conforme a vontade de Deus que sempre deseja que
seus filhos cresçam em todas as suas dimensões.
14. Dentre os vários jovens
que marcaram a História da
Igreja destacamos a brasileira:
Beata Albertina Berkenbrock.
Nasceu no Brasil, no estado de
Santa Catarina, em abril de 1919.
Aos 12 anos de idade foi
assassinada porque quis preservar
a sua pureza. O martírio e a
consequente fama de santidade se
espalharam rapidamente. Foi uma
menina que cultivou uma grande
sensibilidade em sua relação com
Deus e com o próximo. É invocada
como “virtuosa nos valores
evangélicos”.
15. A Igreja deve ser para o jovem o lugar do conhecimento e da
experiência, do encontro e da amizade. Espaço propício para esta
educação são nossos grupos de jovens, pastorais, movimentos, novas
comunidades e demais experiências em grupos. Esses espaços
educativos e evangelizadores devem ser incentivados, apoiados
desenvolvidos em todas as nossas comunidades. Congregações religiosas,
paróquias e outras estruturas eclesiais precisam engajar-se radicalmente
nesta tarefa, a fim de que, realizando a opção preferencial pelos jovens,
proporcionem inúmeras propostas e oportunidades para o
desenvolvimento global dos jovens.
16. Ciente do impacto que essa mudança de
época traz, a sociedade precisa, mais
do que nunca, aproximar-se do mundo
juvenil, de sua realidade cheia de
feridas e de belezas, de sua
potencialidade e de sua criatividade, de
sua cultura e de seus modos de
existência. Pais, educadores, religiosos
e lideranças sociais, sob as diversas
formas de serviço para a formação da
pessoa humana, devem sentir-se
impelidos por essa realidade
desafiadora, animados ao perceberem
os traços de avanço, provocados para
uma integração madura e para um
diálogo frutuoso, visando ao bem de
todos.
17. Conversão Pastoral
Acolhida afetiva e efetiva aos jovens
Abertura da sociedade aos jovens
Recriar o sentido da existência e da realidade
Recriar relações significativas com Deus
Recriar relações afetivas e a vida comunitária
Recriar as relações com o meio ambiente
Recriar mecanismos de renovação social
Recriar a razão para além da razão instrumental
18. - O jovem sempre busca perfis e - Apresentar Jesus Cristo e o seu
modelos a seguir. projeto: o Reino de Deus.
- A construção da personalidade. - Favorecer a presença atenciosa
- Desenvolvimento da afetividade e e orientadora de pais, amigos,
sexualidade. mestres, profesores e
educadores, catequistas,
- O jovem sente atraído pelo sacerdotes.
sagrado, pelo transcendente.
- Educar para o amor
- Muitos jovens dispõem seu compromissado, responsável e
tempo livre para desenvolver livre.
atividades de grupos, artes,
danças, teatros. - Aprofundar o espírito religioso
do jovem através da catequese,
- Desenvolvimento da dimensão da leitura e meditação da Palavra
política e da consciência de de Deus, do conhecimento de
cidadania e responsabilidade Cristo e da Igreja
social.
- Valorizar e apoiar as
manifestações artísticas e
orientá-las para o serviço do
Evangelho.
19. - Propiciar espaços para que os jovens - Apoiar a organização do Setor
tenham um encontro pessoal com Juventude nas Dioceses e
Jesus Cristo vivo e presente na Igreja. Paróquias.
- Renovar as atitudes pastorais e a - Apoiar as pastorais de juventude,
catequese, utilizando também de movimentos eclesiais, que são
forma justa os novos meios de verdadeiros celeiros de formação
comunicação de discípulos e missionários.
- “Dar a melhor catequese”, uma
catequese sólida, que desperte as - Fomentar os encontros
crianças e os jovens para o que há de vocacionais, semanas jovens,
mais belo no coração do homem e congressos jovens, cenáculos,
para assumir com afinco suas como ocasiões de evangelização
responsabilidades cristãs. dos jovens.
- Reconhecer o jovem como sujeito de - Favorecer o diálogo ecumênico e
direito, com seu lugar e colaboração o diálogo inter-religioso
dentro da comunidade
- Integrar as comunidades rurais,
- Difundir o Youcat (Catecismo Jovem) quilombolas e indígenas .
e a formação sobre a Doutrina Social
da Igreja.
- Incentivar os seminaristas e
vocacionados a serem agentes de
evangelização jovem.
20. - Valorizar a família constituída no - Valorizar as pastorais familiar, os
matrimônio entre o homem e a cursos para noivos, as semanas e
mulher como célula e garantia da congressos sobre a família.
estabilidade social - Promover o voluntariado e apoiar as
- Os pais devem ser os primeiros formas associativas que lutam pelos
educadores e catequistas de seus direitos dos jovens e por uma
filhos sociedade mais justa e igualitária.
- O Estado deve ser cobrado quanto - Organizar encontros e cursos
ao seu papel na educação social e profissionais, que possa ser porta d
o acesso aos jovens à formação entrada para os jovens no mundo do
humana e intelectual trabalho e da realização social.
- Reconhecer, valorizar e apoiar as - Fomentar a participação dos jovens em
Escolas, as Universidades, como Diretórios Acadêmicos, Partidos
lugares do conhecimento e da Políticos, Conselhos Sociais,
integração humana e social. Associações de Bairro e outros órgãos
- Promover o acesso às redes que lutam por um mundo melhor.
sociais e orientar os jovens e - Valorizar a cultura e a tradição de cada
crianças no correto uso destes povo, principalmente as referentes às
meios e favorecer sobretudo, próprias cidades e comunidades.
ações que promovam a vida e a - Desenvolver, apoiar e suscitar órgãos e
dignidade humana. mecanismos de denúncia ao abuso
sexual, trabalho escravo e narcotráfico.