O documento apresenta informações sobre roedores de pequeno porte encontrados no estado do Tocantins, Brasil. Fornece detalhes sobre hábitos, habitats naturais, localizações, tamanhos e descrições de sete espécies diferentes, incluindo Calomys tener, Nectomys rattus, Oligoryzomys spp., Hilaeamys megacephalus, Oecomys bicolor, Rhipidomys macrurus e Proechimys roberti. O autor objetiva contribuir para estudos regionais sobre a ecologia e manejo destes roedores
Riqueza de formigas de solo na Praia da Pedreira, Parque Estadual de Itapuã, Viamão, RS, Brasil.
ELENA DIEHL, FRANCIELE SACCHETT, EMÍLIA ZOPPAS DE ALBUQUERQUE
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Programa de Pós Graduação em Biologia.
Artigo Científico. Revista Brasileira de Entomologia 49(4): 552-556, dezembro 2005
Biodiversidade de Baetidae (Insecta: Ephemeroptera) no Parque Estadual do Rio...Elidiomar R Da-Silva
O Parque Estadual do Rio Doce é o maior fragmento contínuo remanescente do bioma Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais, sendo um dos mais ameaçados do estado. Estudos acerca da fauna de Ephemeroptera são escassos para a região, sendo na maioria das vezes pontuais. Visando contribuir para a expansão do conhecimento da ordem no estado de Minas Gerais foi realizado um levantamento da efemeropterofauna do PERD e das áreas no entorno dentro da zona de amortecimento do parque, centrado na família Baetidae. A partir das ninfas e adultos coletados foram identificadas dezenove espécies. São também apresentados alguns aspectos biológicos das espécies identificadas.
A EFEMEROPTEROFAUNA DO RIO PAQUEQUER, PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS, TERESÓPOLIS, RJ: COMPOSIÇÃO PRELIMINAR E MESODISTRIBUIÇÃO (INSECTA: EPHEMEROPTERA). In: Bulhões-Carvalho AM & Silva-Matos DM 2003 - Publicações Científicas da UNIRIO.
Riqueza de formigas de solo na Praia da Pedreira, Parque Estadual de Itapuã, Viamão, RS, Brasil.
ELENA DIEHL, FRANCIELE SACCHETT, EMÍLIA ZOPPAS DE ALBUQUERQUE
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Programa de Pós Graduação em Biologia.
Artigo Científico. Revista Brasileira de Entomologia 49(4): 552-556, dezembro 2005
Biodiversidade de Baetidae (Insecta: Ephemeroptera) no Parque Estadual do Rio...Elidiomar R Da-Silva
O Parque Estadual do Rio Doce é o maior fragmento contínuo remanescente do bioma Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais, sendo um dos mais ameaçados do estado. Estudos acerca da fauna de Ephemeroptera são escassos para a região, sendo na maioria das vezes pontuais. Visando contribuir para a expansão do conhecimento da ordem no estado de Minas Gerais foi realizado um levantamento da efemeropterofauna do PERD e das áreas no entorno dentro da zona de amortecimento do parque, centrado na família Baetidae. A partir das ninfas e adultos coletados foram identificadas dezenove espécies. São também apresentados alguns aspectos biológicos das espécies identificadas.
A EFEMEROPTEROFAUNA DO RIO PAQUEQUER, PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS, TERESÓPOLIS, RJ: COMPOSIÇÃO PRELIMINAR E MESODISTRIBUIÇÃO (INSECTA: EPHEMEROPTERA). In: Bulhões-Carvalho AM & Silva-Matos DM 2003 - Publicações Científicas da UNIRIO.
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...Marcos Paulo Machado Thome
Aves são bioindicadores utilizados para a detecção de alterações ambientais, e o estudo da biodiversidade destes organismos-chave torna-se essencial para tal papel, porém pouco se sabe das espécies que ocorrem no Noroeste Fluminense, um ambiente com alto índice de degradação. Sendo assim, o presente trabalho apresenta um inventário da avifauna ocorrente em áreas degradadas localizadas no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. O levantamento ocorreu durante doze meses. Foi realizado em duas áreas previamente delimitadas da zona rural pertencente ao Município de Natividade, RJ, totalizando 154 horas de observações em cada área e uma lista de 76 espécies, com as maiores riquezas pertencente às famílias Tyrannidae e Thraupidae. Dos hábitos alimentares prevaleceram o insetívoro, frugívoro e onívoro.
Herpetofauna da área do igarapé esperançaFabio Almeida
Resumo: A região do Alto Juruá localiza-se no estado do Acre (oeste da Amazônia brasileira) e é uma região
conhecida por apresentar uma alta diversidade e também considerada prioritária para inventariamento e conservação
da herpetofauna. Este trabalho foi realizado entre agosto de 2006 a junho de 2008 e apresenta a lista de espécies
de anfíbios e répteis da área do Igarapé Esperança na Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade, Acre. Quatro
métodos amostrais foram empregados para inventariar a herpetofauna: procura limitada por tempo, armadilhas de
interceptação e queda, registros auditivos e encontros ocasionais. Foram registradas 162 espécies, sendo 83 de anfíbios
(80 anuros, dois gimnofionos e uma salamandra) e 79 de répteis (29 lagartos, 42 serpentes, um anfisbênio, quatro
quelônios e três jacarés). Dessas espécies, onze (Adelphobates quinquevittatus, Hyalinobatrachium munozorum,
Pristimantis academicus, P. aureolineatus, Syncope antenori, Alopoglossus buckleyi, Drymobius rhombifer,
Liophis dorsocorallinus, L. taeniogaster, Umbrivaga pygmaea e Micrurus remotus) foram registradas pela primeira
vez para o Acre, sendo que seis delas (H. munozorum, P. academicus, P. aureolineatus, S. antenori, A. buckleyi
e L. dorsocorallinus) consistem também os primeiros registros para o Brasil. Salienta-se aqui a importância
da forma do uso das florestas pelas populações tradicionais (indígenas, extrativistas e ribeirinhos) e das áreas
protegidas na conservação da alta biodiversidade encontrada no Alto Juruá e também a necessidade de estudos
sobre o uso de algumas espécies (especialmente de quelônios e crocodilianos) para analisar possíveis impactos
sobre as populações desses animais.
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...Écio Diniz
A espécie Lychnophora pinaster Mart. (Asteraceae), conhecida como Arnica-mineira, é uma planta largamente utilizada na medicina popular. Assim, com o objetivo de conhecer a estrutura populacional desta espécie, amostrou-se um
trecho do Campo Rupestre da Reserva Biológica UNILAVRAS-Boqueirão, Ingaí, Minas Gerais. Para tanto, foram alocadas 30 parcelas contíguas de 10x10 m, totalizando uma amostragem de 3.000 m². Os indivíduos foram avaliados quanto à frequência, abundância, densidade, classes de tamanho
(altura e diâmetro) e distribuição espacial. Por classes de tamanho se destacaram os menores indivíduos da população como os mais abundantes, evidenciando o potencial regenerativo da planta e predominância de propagação vegetativa no grupo. As maiores abundâncias foram encontradas nas parcelas 18 (78 ind.), um (73 ind.) e 28 (66 ind.). Foi constatada também uma freqüência igual a 96,7% na distribuição dos indivíduos em relação às parcelas. A espécie L. pinaster apresentou padrão de distribuição agregado, com autocorrelação espacial positiva para curtas distâncias, e manchas de até aproximadamente 87 m. Neste estudo, foi possível presumir que fatores abióticos, como o fogo, devem ter sido os principais determinantes da estrutura populacional da espécie, que se mostrou abundante mesmo sob as condições
pedoclimáticas severas a que são submetidas.
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...Marcos Paulo Machado Thome
Aves são bioindicadores utilizados para a detecção de alterações ambientais, e o estudo da biodiversidade destes organismos-chave torna-se essencial para tal papel, porém pouco se sabe das espécies que ocorrem no Noroeste Fluminense, um ambiente com alto índice de degradação. Sendo assim, o presente trabalho apresenta um inventário da avifauna ocorrente em áreas degradadas localizadas no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. O levantamento ocorreu durante doze meses. Foi realizado em duas áreas previamente delimitadas da zona rural pertencente ao Município de Natividade, RJ, totalizando 154 horas de observações em cada área e uma lista de 76 espécies, com as maiores riquezas pertencente às famílias Tyrannidae e Thraupidae. Dos hábitos alimentares prevaleceram o insetívoro, frugívoro e onívoro.
Herpetofauna da área do igarapé esperançaFabio Almeida
Resumo: A região do Alto Juruá localiza-se no estado do Acre (oeste da Amazônia brasileira) e é uma região
conhecida por apresentar uma alta diversidade e também considerada prioritária para inventariamento e conservação
da herpetofauna. Este trabalho foi realizado entre agosto de 2006 a junho de 2008 e apresenta a lista de espécies
de anfíbios e répteis da área do Igarapé Esperança na Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade, Acre. Quatro
métodos amostrais foram empregados para inventariar a herpetofauna: procura limitada por tempo, armadilhas de
interceptação e queda, registros auditivos e encontros ocasionais. Foram registradas 162 espécies, sendo 83 de anfíbios
(80 anuros, dois gimnofionos e uma salamandra) e 79 de répteis (29 lagartos, 42 serpentes, um anfisbênio, quatro
quelônios e três jacarés). Dessas espécies, onze (Adelphobates quinquevittatus, Hyalinobatrachium munozorum,
Pristimantis academicus, P. aureolineatus, Syncope antenori, Alopoglossus buckleyi, Drymobius rhombifer,
Liophis dorsocorallinus, L. taeniogaster, Umbrivaga pygmaea e Micrurus remotus) foram registradas pela primeira
vez para o Acre, sendo que seis delas (H. munozorum, P. academicus, P. aureolineatus, S. antenori, A. buckleyi
e L. dorsocorallinus) consistem também os primeiros registros para o Brasil. Salienta-se aqui a importância
da forma do uso das florestas pelas populações tradicionais (indígenas, extrativistas e ribeirinhos) e das áreas
protegidas na conservação da alta biodiversidade encontrada no Alto Juruá e também a necessidade de estudos
sobre o uso de algumas espécies (especialmente de quelônios e crocodilianos) para analisar possíveis impactos
sobre as populações desses animais.
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...Écio Diniz
A espécie Lychnophora pinaster Mart. (Asteraceae), conhecida como Arnica-mineira, é uma planta largamente utilizada na medicina popular. Assim, com o objetivo de conhecer a estrutura populacional desta espécie, amostrou-se um
trecho do Campo Rupestre da Reserva Biológica UNILAVRAS-Boqueirão, Ingaí, Minas Gerais. Para tanto, foram alocadas 30 parcelas contíguas de 10x10 m, totalizando uma amostragem de 3.000 m². Os indivíduos foram avaliados quanto à frequência, abundância, densidade, classes de tamanho
(altura e diâmetro) e distribuição espacial. Por classes de tamanho se destacaram os menores indivíduos da população como os mais abundantes, evidenciando o potencial regenerativo da planta e predominância de propagação vegetativa no grupo. As maiores abundâncias foram encontradas nas parcelas 18 (78 ind.), um (73 ind.) e 28 (66 ind.). Foi constatada também uma freqüência igual a 96,7% na distribuição dos indivíduos em relação às parcelas. A espécie L. pinaster apresentou padrão de distribuição agregado, com autocorrelação espacial positiva para curtas distâncias, e manchas de até aproximadamente 87 m. Neste estudo, foi possível presumir que fatores abióticos, como o fogo, devem ter sido os principais determinantes da estrutura populacional da espécie, que se mostrou abundante mesmo sob as condições
pedoclimáticas severas a que são submetidas.
FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE - FAFIRE
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ECOLOGIA DE POPULAÇÕES E COMUNIDADES
Graduandos: Bheatriz Nunes, Gerciane Sotero, Jarde Silva e Werikson Santana
Profª Dinabel Villa-Boas - Recife 2014
Também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos. A palavra PAMPAS tem origem indígena que quer dizer “região plana”.
---> caso manifestem interesse e precisem do mesmo, comentar o porquê (com no mínimo 3 linhas) e e-mail! <---
A comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) em áreas florestais do Parque Estadual de Itapuã (Viamão, RS): diversidade, abundância relativa e atividade sazonal
BETÂNIA TRUYLIO, BIRGIT HARTER-MARQUES
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Artigo científico. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 97(4):392-399, dezembro de 2007
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, M. I. N.; SOUZA, J. A. Atributos do solo
e impacto ambiental. 2. ed. Lavras: UFLA: FAEPE,
1997. 205 p.
BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L. Efeito
de sistemas de preparo e de cultura na dinâmica
da matéria orgânica e na mitigação das emissões
de CO2. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p.
599-607, 2000.
LIMA, A.A.C.; OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L.
Aptidão agrícola dos solos do Estado do Tocantins.
Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado
Técnico, n 47, dezembro/2000, p.1-3.
MARÇAL, M. S. e GUERRA, A. J. T. Indicadores
ambientais relevantes para a análise da
suscetibilidade à erosão dos solos em Açailândia
(MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, v.5, p. 01-
16, 2004.
SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.
e ANJOS, L. H. C.; SHIMIZY, S. H. Manual de descrição
e coleta de solo no campo. 6.ed. Viçosa, Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, 2013, 100p.
STEVENSON, F. J. Humus chemistry: genesis,
composition, reactions. 2nd. Ed. John Wiley & Sons,
INC. New York 1994, 496 p.
95
ROEDORES DE PEQUENO
PORTE (ORDEM
RODENTIA) OCORRENTES
EM ÁREAS RURAIS DO
TOCANTINS
INTRODUÇÃO
Conhecer os pequenos
mamíferos é uma forma eficiente
de evitar a proliferação dos
ratos que é potencializada
pelos recursos (alimento e
abrigo) gerados pelas atividades
agrícolas e de pecuária e, por
conseguinte, reduzir os efeitos
nefastos destes ao nível da saúde
e bem-estar das populações
(BORREGO, 2011). Temos ciência
que para controlar os ratos
nas explorações agrícolas e de
animais, precisamos entender
bem a biologia dos roedores
de pequeno porte, como
uma forma de prevenir os
prejuízos econômicos e doenças
associados à presença destes.
Porém, para se chegar a este
estado de conhecimento local,
temos que partir de uma correta
identificação dos roedores. Uma
tarefa difícil, devido a grande
diversidade e complexidade
taxonômica de espécies de
roedores, segundo a literatura
especializada (LIMA, 2000).
Neste contexto acima, como uma
forma de contribuir como dados
para estudos regionais sobre
inventários, ecologia e manejo
em áreas agrícolas do Tocantins.
Temos como objetivo apresentar
informações de roedores de
pequeno porte ocorrentes no
Tocantins, sobre: hábitos e
habitats naturais, municípios
encontrados, tamanho e
José Fernando de Sousa Lima1
1 Professor Doutor da Universidade Estadual do Tocantins - UNITINS
Palavras-chave: pequenos mamíferos, identificação, vegetação, cerrado.
94
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, M. I. N.; SOUZA, J. A. Atributos do solo
e impacto ambiental. 2. ed. Lavras: UFLA: FAEPE,
1997. 205 p.
BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L. Efeito
de sistemas de preparo e de cultura na dinâmica
da matéria orgânica e na mitigação das emissões
de CO2. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p.
599-607, 2000.
LIMA, A.A.C.; OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L.
Aptidão agrícola dos solos do Estado do Tocantins.
Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado
Técnico, n 47, dezembro/2000, p.1-3.
MARÇAL, M. S. e GUERRA, A. J. T. Indicadores
ambientais relevantes para a análise da
suscetibilidade à erosão dos solos em Açailândia
(MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, v.5, p. 01-
16, 2004.
SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.
e ANJOS, L. H. C.; SHIMIZY, S. H. Manual de descrição
e coleta de solo no campo. 6.ed. Viçosa, Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, 2013, 100p.
STEVENSON, F. J. Humus chemistry: genesis,
composition, reactions. 2nd. Ed. John Wiley & Sons,
INC. New York 1994, 496 p.
95
ROEDORES DE PEQUENO
PORTE (ORDEM
RODENTIA) OCORRENTES
EM ÁREAS RURAIS DO
TOCANTINS
INTRODUÇÃO
Conhecer os pequenos
mamíferos é uma forma eficiente
de evitar a proliferação dos
ratos que é potencializada
pelos recursos (alimento e
abrigo) gerados pelas atividades
agrícolas e de pecuária e, por
conseguinte, reduzir os efeitos
nefastos destes ao nível da saúde
e bem-estar das populações
(BORREGO, 2011). Temos ciência
que para controlar os ratos
nas explorações agrícolas e de
animais, precisamos entender
bem a biologia dos roedores
de pequeno porte, como
uma forma de prevenir os
prejuízos econômicos e doenças
associados à presença destes.
Porém, para se chegar a este
estado de conhecimento local,
temos que partir de uma correta
identificação dos roedores. Uma
tarefa difícil, devido a grande
diversidade e complexidade
taxonômica de espécies de
roedores, segundo a literatura
especializada (LIMA, 2000).
Neste contexto acima, como uma
forma de contribuir como dados
para estudos regionais sobre
inventários, ecologia e manejo
em áreas agrícolas do Tocantins.
Temos como objetivo apresentar
informações de roedores de
pequeno porte ocorrentes no
Tocantins, sobre: hábitos e
habitats naturais, municípios
encontrados, tamanho e
José Fernando de Sousa Lima1
1 Professor Doutor da Universidade Estadual do Tocantins - UNITINS
Palavras-chave: pequenos mamíferos, identificação, vegetação, cerrado.
94
4. espécie comum nos diferentes
habitats do bioma Cerrado.
Encontrados nos municípios:
Lajeado (central norte), Porto
Nacional e Palmas (central).
Tipo de vegetação: mata de
galeria-campo sujo, brejo-campo
sujo, fragmento de cerradão.
Descrição: médio (60-82g);
cauda maior que o corpo; rosto
acinzentado; pelagem dorsal
variando de castanho escuro
a alaranjado, com pelos mais
claros nas laterais e pouco
definido no limite com o ventre
esbranquiçado ou amarelado;
cauda pouco pilosa com escamas
aparentes, principalmente,
próxima à base da cauda.
Nectomys rattus (rato-d’água ou
guiara). Hábito semiaquático,
restrito a matas ripárias e
alimenta-se de itens encontrados
na água, como: insetos, larvas
de artrópodes, caramujos,
girinos e frutos. Ocorrências: nos
municípios de São Sebastião
(extremo norte), Couto
Magalhães (noroeste), Lajeado
(centro norte) e Porto Nacional
(central). Tipo de vegetação: mata
de ripárias e brejos. Descrição:
grande (130-372g); cauda robusta
maior que o corpo, com pouco
pelos pequenos, porém mais
frequentes na parte inferior;
pelagem dorsal castanho-escura,
brilhante, ventre esbranquiçado
com partes amareladas e as bases
dos pelos acinzentadas, sem
limite definido com as laterais;
patas posteriores grandes
e robustas, palmas largas e
membranas interdigitais, e ainda
uma franja de pelos prateados
na margem externa da superfície
plantar; pelos ungueais curtos
raramente atingindo a metade
das garras.
Oligoryzomys (camundongo-
de-mato ou rato-da-fava).
Hábitos terrestres são granívoros,
insetívoros e frugívoros. Com
duas espécies. Ocorrências: O.
flavescens - nos municípios: São
Sebastião (extremo norte), Couto
Magalhães (noroeste) e Ipueiras
(central sul); O. moojeni - Lajeado
(centro norte) e Porto Nacional
(central). Tipo de vegetação:
as espécies deste gênero são
citadas com ocorrências mais
freqüentes em áreas abertas
(campos e clareiras), com citações
em culturas, principalmente de
arroz (no caso, O. flavescens).
O. flavescens – campo-mata
ciliar, mata de galeria-vereda
e brejo; O. moojeni – mata de
galeria-campo sujo, mata de
galeria de rio estacional seco.
Descrição: pequenos (10-25g);
cauda fina e pouco pilosa, bem
maior que corpo (em torno de 1,5
vezes); pelagem dorsal variando
de castanho-avermelhado a
amarelado, com as laterais
mais claras com limitação
definida com a ventral, que é
esbranquiçada ou amarelada;
patas longas e finas cobertas
de pequenos pelos claros, patas
traseiras desenvolvidas, que dar
capacidade de saltar.
Hilaeamys megacephalus
(camundongo-de-mato).
Hábitos terrestre com habilidade
arbóreal, são granívoros e
frugívoros. Ocorrências: nos
municípios: Lajeado (central
norte), Aparecida do Rio Negro
(central leste), Porto Nacional e
Monte do Carmo (central). Tipo
de vegetação: mata de galeria,
cerrado rupestre-mata de galeria,
cerrado e mata de galeria de rio
estacional. Descrição: pequeno
e médio (30-112g); cauda similar
ao tamanho do corpo e pouco
pilosa; pelagem dorsal variando
de castanho escuro-amarelado a
alaranjado (mais a leste), ficando
mais claros nas laterais e limite
bem definido com o ventre
esbranquiçado ou acinzentado.
Oecomys bicolor (rato-da-árvore).
Hábitos arborícolas (mas utilizam
o chão, quando necessário) e
frugívoros. Ocorrências: nos
municípios: São Sebastião
(extremo norte), Porto Nacional
e Monte do Carmo (central).
Tipo de vegetação: mata de
galeria, Cerradão (em área com
declividade razoavelmente
acentuada). Descrição: pequeno
a médio (18-51g); cauda maior
que o corpo; pelagem dorsal
variando de castanho alaranjado
a amarelado, mais claros nas
laterais, com limite bem definido
com o ventre esbranquiçado;
cauda com pelos e acentuando-
se na porção terminal e formando
um ”pincel”. Pode ser confundido
com Rhipidomys, difere, por
apresentar vibrissas (bigode)
longas que ultrapassam o limite
posterior das orelhas com
extremidades pilosas, tem menos
acentuado o“pincel”da cauda e
as manchas escuras presentes nas
superfícies superior das patas.
Rhipidomys macrurus, (rato-
da-árvore ou sarapó). Hábitos
arborícolas em matas ripárias
e são granívoros e insetívoros.
Ocorrências: no município:
Lajeado (central norte), Região
do Jalapão (central, ao leste) e
98 99
5. Ipueiras (central sul). Tipo de
vegetação: mata de galeria de
rio estacional. Descrição: médio
(48-113); cauda um pouco maior
ou até 1,5 vezes maior que o
corpo e a porção terminal e
formando um ”pincel”, têm pelos
curtos e escamas epidérmicas
aparentes; pelagem dorsal
variando de castanho-alaranjado
a acinzentado, com pelos mais
claros nas laterais, com limite
bem definido com o ventre
branco ou amarelado; vibrissas
(bigode) longas que ultrapassam
o limite posterior das orelhas de
aparência nua. Patas geralmente
brancas, com mancha escura
e nítida na parte central da
superfície superior.
Proechimys. roberti, (rato-do-
espinho). Hábitos terrestres
de floresta. Ocorrências: nos
municípios: São Sebastião
(extremo norte), Lageado (central
norte), Porto Nacional, Monte do
Carmo (ambos central) e Ipueiras
(central sul). Tipo de vegetação:
tipicamente de mata de galerias,
às vezes, de rio estacional, mata
de galeria–vereda ou cerrado.
Descrição: médio a grande
(104-430g); cauda menor ou
aproximadamente igual ao corpo
e tem pelos, sendo mais clara por
baixo (cauda tem facilidade de se
romper, ficando cotó); pelagem
dorsal variando de castanho-
escuro, amarelado nas laterais
a alaranjado (nos mais adultos),
com limite bem definido com
o ventre branco. Os pelos do
dorso são rígidos e“espinhosos”,
presença de tufos ungueais claros
nos dígitos.
Thrichomys (punaré ou
rabudo). Hábitos terrestres e
semiarborícola (vezes, o seu
habitat é associado à presença
de rochas), são frugívoros e
de folhas e brotos. Com duas
espécies. Ocorrências: nos
municípios: Thrichomys sp.-
Pequizeiros (a noroeste); T.
inermis – Lagoa da Confusão
(central oeste), Aparecida do
Rio Negro (central leste), Palma
(central), Região do Jalapão
(central, ao leste) e Ipueiras
(central sul). Tipo de vegetação:
Thrichomys sp – campo sujo;
T. inermis – matas ripárias e
cerradão. Descrição: grandes
(130-600g); cauda ligeiramente
menor que corpo, é densamente
pilosa (como em Proechimys, a
cauda pode romper e ficar cotó);
pelagem macia, dorsalmente
é acinzentada ou castanha na
região mediana, clareando
lateralmente com limitação
definida com a região ventral
branca; um anel de pelos brancos
em torno dos olhos; patas claras
com dígitos com pelos ungueais
claros.
Rattus rattus (rato-preto ou
rato-de-telhado) e R. norvegicus
(rato-marron, do-esgoto ou
guabiru). Estas duas espécies,
juntamente com Mus musculus
(camundongo, catita) foram
trazidos pelos colonizadores, são
considerados uma verdadeira
praga no mundo, comem
praticamente tudo que é possível
ser digerido. Ocorrências: nos
municípios:. R. rattus.- em todo
o estado, sempre próximo a
habitações humanas, quando
pego em matas é indicativo
de povoado ou, no mínimo,
de habitação humana nas
proximidades; R. norvegicus – são
considerados mais freqüente no
litoral, no estado sua distribuição
e semelhante R. rattus, porém,
quando presente no campo
dão preferência a estrebarias,
aviários e outra instalações,
evitando a habitação humana.
Tipo de vegetação: no geral,
em qualquer tipo de vegetação
ligada a presença humana, R.
norvegicos tem preferência à
beira de água, onde cava galerias
extensas. Descrição: médio a
grandes (48-600/+); R. rattus -
cauda ligeiramente maior que
corpo; orelhas longas e quase
sem pelos; em geral é preto no
dorso clareando nas laterais e,
mais ainda, no ventre; mas pode
apresentar no dorso variações de
cor para castanho acinzentado
a escura, sempre tendendo a
clarear nas laterais; sendo o
ventre branco. R. norvegicus –
em geral são maiores, robustos;
cauda menor que o comprimento
do corpo; orelhas mais curtas
com poucos pelos; pelagem do
corpo acastanhada, podendo
tender para cinzento, apresenta
as patas posteriores apresentam
membranas interdigitais e são
bem conhecidos pela habilidade
de nadar e mergulhar.
CONCLUSÃO
Das 15 espécies aqui
reconhecidas, duas (C. tocantinsi
e moojeni) foram registras
no Brasil pela primeira vez no
Tocantins e a espécie T. inermis,
até a pouco tempo, só havia
sido registrada para a Bahia.
Trabalhos de levantamentos
mais detalhados são necessários
para o maior conhecimento
100 101
6. da mastofauna de pequenos
mamíferos. Porém, os nossos
dados mostram a importância
do conhecimento para manejo,
dentro dos princípios de
sustentabilidade. A literatura
especializada afirma que os
pequenos mamíferos têm
papel importante na natureza,
dentre eles o de funcionar como
armazenadores de energia em
biomassa, de forma a mediar o
ciclo produtores-decompositores,
atuam como reguladores de
invertebrados (especialmente
insetos) e como polinizadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORREGO, S.B. Controle de Roedores nas
Explorações Agrícolas e Pecuárias da Região
Autônoma dos Açores. Sec. Reg. da Agricultura e
Florestas - Açores, 2011, 12.p.
LIMA J.F.S. Diversidade cariológica de roedores
de pequeno porte do Estado do Tocantins,
Brasil. São Paulo, 2000. 183f. Tese (Doutorado em
Ciências Biológicas). Departamento de Biologia,
Universidade Estadual Paulista.
BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, P.S.; D’ANDREA, P.S.
Guia de roedores do Brasil, Rio de Janeiro, Centro
Pan-Americano de Febre Aftosa – OPAS/OMS,
2008. 120p.
AGRADECIMENTOS
CNPq (prog. Bionorte),
UNITINSagro e pela ajuda em
campo: Angela da S. Braga,
Miriam Siebert, Maíra J.G.
de Sousa, Horranna R.M.C.
Barbosa (todas ex-estágiarias
da UFT), Marlyson J. Rodrigues
da Costa (doutorando da
UFPA) e Rocicleide Vieira, Rosy
(téc. de laboratório– LABIC da
UNITINSagro).
103
Imagem ilustrativa