2. CONTEXTO:
Virada do século XX para o
XXI, sendo efetivamente
lançado em 2001.
Previsões de panes
tecnológicos em programas e
computadores espalhados
pelo mundo, o famoso
“bug do milênio”.
3. MODERNIDADE LÍQUIDA: CONCEITO
É o conjunto de relações e instituições, além de sua lógica de
operações, que se impõe e que dão base para a
contemporaneidade.
É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza
e insegurança.
A fixidez e todos os referenciais morais da época anterior,
denominada como modernidade sólida, são retirada de palco
para dar espaço à lógica do agora, do consumo, do gozo e da
artificialidade.
4. TRABALHO E LIQUIDEZ
Relações de trabalho cada vez mais se desgastam e a
própria esfera do trabalho vira um campo fluido
desregulamentado.
Empregos temporários, meia jornada, empregos em que as
relações de empregado-empregador são constituídas
somente pelos dois, se tornam situações fáceis e
consideradas legítimas de se observar.
Nisto, emerge a figura do desempregado crônico.
5. RELAÇÕES HUMANAS
As conexões predominam.
Conexão é o termo usado para descrever as relações frágeis.
A grande sacada desta palavra envolve a noção de que, em uma
conexão, o vantagem não está só em ter várias conexões, mas,
principalmente em conseguir desconectar sem custo.
6. RELAÇÕES HUMANAS
Os humanos são transformados em
mercadorias que podem ser consumidas e a
qualquer momento podem ser excluídos.
O sujeito líquido lida com um mundo de
consumo e opções, mas nunca objetivo e
frio, não tem mais referenciais de ação:
7. Toda a autoridade de referência é colocada em
si e é sua responsabilidade construir ou
escolher normas a serem seguidas.
Tudo se passa como se tudo fosse uma
de escolher a melhor opção, com melhores
vantagens e, de preferência, nenhuma
desvantagem.
8. CONSUMO E SUJEITO
LÍQUIDO
Isso tudo é coberto por uma
mentalidade que, não só
valida as instituições e as
normas, mas também dá
base para a vida dos sujeitos:
Os imperativos de consumo
são inscritos naquilo que há
de mais fundamental na
constituição do sujeito
líquido.
9. INEXISTÊNCIA DA PÓS-MODERNIDADE
Para Bauman, não há uma pós-modernidade, há uma
continuação da modernidade com pontos diferentes.
Ele afirma que a sociedade industrial (no sentido de
ter como base de produção as indústrias), ainda
existe, mas com lógica diferente.
Não se trata de uma ruptura de época, mas de uma
transformação dentro de uma estrutura contínua.
O mesmo aconteceria na sociedade líquida.
10. NAS PALAVRAS DE BAUMAN
“Uma das razões pelas quais passei a falar em
“modernidade líquida” em vez de “pós-modernidade”
(meus trabalhos mais recentes evitam esse termo) é
que fiquei cansado de tentar esclarecer uma confusão
que não distingue sociologia pós-moderna. No meu
vocabulário, “pós-modernidade” significa uma
sociedade (ou, se se prefere, um tipo de condição
humana)”
11. NAS PALAVRAS DE BAUMAN
Procurei sempre enfatizar que, do mesmo modo que ser um pós-
modernista significa ter uma ideologia, uma percepção do mundo, uma
determinada hierarquia de valores que, entre outras coisas, descarta a
ideia de um tipo de regulamentação normativa da comunidade humana
e assume que todos os tipos de vida humana se equivalem, uma
ideologia que se recusa a fazer julgamentos e a debater seriamente
questões relativas a modos de vida viciosos e virtuosos, pois, no limite,
acredita que não há nada a ser debatido. Isso é pós-modernismo.”
12. VIDA LÍQUIDA
A vida líquida é uma forma de vida que tende a ser
levada à frente numa sociedade líquido-moderna.
É aquela em que, as condições sob as quais agem
seus membros mudam num tempo mais curto do
que aquele necessário para a consolidação dos
hábitos e rotinas, das formas de agir.
13. VIDA LÍQUIDA
A vida líquida, assim como a sociedade, não podem
manter a forma ou permanecer em seu curso por
muito tempo.
É uma vida precária, vivida em condições de incerteza
constante, é uma sucessão de reinícios.
Nessa vida, livrar-se das coisas tem prioridade sobre
adquiri-las.
É uma vida de consumo, projeta o mundo e seus
fragmentos como objetos de consumo, ou seja, que
perdem a sua utilidade enquanto são usados.
14. RELAÇÕES INDIVIDUAIS
Essas realizações individuais não podem solidificar-se em
posses permanentes;
Em instantes, os ativos transformam-se em passivos, e as
capacidades em incapacidades.
As condições de ação e reação se tornam obsoletas.
15. VELOCIDADE E INDIVIDUALIDADE
A velocidade e não a duração é o que importa.
Com a velocidade, pode-se consumir toda a eternidade do presente
contínuo da vida terrena.
O truque é comprimir a eternidade de modo a poder ajustá-la, inteira,
à duração de uma existência individual.
A individualidade hoje, significa em primeiro lugar a autonomia da
pessoa, a qual, por sua vez, é percebida simultaneamente como direito
e dever.
A afirmação “eu sou um indivíduo” significa que sou responsável por
meus méritos e fracassos, e que minha tarefa é cultivar os méritos e
reparar os fracassos.
16. CONSUMISMO
É uma resposta do tipo “como fazer”.
A lógica do consumismo serve às necessidades dos
homens e das mulheres em luta para construir,
preservar e renovar a individualidade e,
particularmente, para lidar com a sua aporia (impasses
e paradoxos).
Os movimentos do mercado de consumo desafiam a
lógica, mas não a da luta já inerentemente pela
individualidade.
A luta pela singularidade agora se tornou o principal
motor da produção e do consumo em massa.
17. SOCIEDADE DE CONSUMIDORES
“Uma "sociedade de consumidores" não é
apenas a soma total dos consumidores, mas
uma totalidade,
É uma sociedade que (para usar uma antiga
noção que já foi popular "interpela" seus
membros basicamente, ou talvez até
exclusivamente, como consumidores;
e uma sociedade que julga e avalia seus
membros principalmente por suas
capacidades e sua conduta relacionadas ao
consumo”.
18. CONSUMIDOR X CIDADÃO
Bauman expressa sua visão de que o afastamento da política e
ainda ausência de interesse pelo processo político, também está
se afastando do conceito de democracia e cidadania.
A cidadania foi reduzida ao ato de comprar e vender
mercadorias, em vez de evoluir para uma democracia
substancial.
A liberdade dos cidadãos foi plantada e enraizada no solo
sociopolítico, devendo ser fertilizado diariamente pelas ações
bem informadas de um público instruído e comprometido
19. A angústia que reina nos
sentimentos humanos, emoção
despertada pela pressa de
encontrar o parceiro(a)
perfeito(a), sempre mantido
como meta ideal, nunca como
realidade concreta.
20. AMOR LÍQUIDO
Os casais procuram manter relacionamentos
abertos, que lhes possibilitem uma porta de
saída para novos encontros.
A insatisfação está, portanto, constantemente
presente na esfera da afetividade humana.
As pessoas desejam interagir, buscam a
vivência do afeto, mas não querem se
comprometer.
21. AMOR LÍQUIDO
Vivenciado em um universo marcado pelos
laços fluidos, que não permanecem, não se
estreitam, desobedecem à lei da gravidade, ou
seja, à ausência de peso.
Bauman crê que os relacionamentos a dois não
podem se desenrolar à parte da cena social, das
regras do jogo estabelecidas pela sociedade
global.
Nada pode fugir deste complexo panorama, do
moderno fenômeno conhecido como
globalização.
22. “São a busca ativa pelo valor de mercado e a
urgência do consumo imediato que ameaçam o
genuíno valor do pensamento.”
“As redes sociais são uma armadilha”.
“Tudo é mais fácil na vida virtual, mas perdemos a
arte das relações sociais e da amizade”.
“Os grupos de amigos ou as comunidades de bairro
não te aceitam sem dar razão, mas ser membro de
um grupo no Facebook é facílimo. Você pode ter
mais de 500 contatos sem sair de casa, você aperta
um botão e pronto”
23. “As desigualdades sempre existiram, mas de vários
séculos para cá se acreditou que a educação podia
restabelecer a igualdade de oportunidades. Agora, 51%
dos jovens diplomados estão desempregados e aqueles
que têm trabalho têm empregos muito abaixo das suas
qualificações. As grandes mudanças na história nunca
vieram dos pobres, mas da frustração das pessoas com
grandes expectativas que nunca se cumpriram”.
24. “Os tempos são ‘líquidos’ porque tudo muda tão
rapidamente. Nada é feito para durar, para ser ‘sólido’.”
“A modernidade líquida em que vivemos traz consigo
uma misteriosa fragilidade dos laços humanos – um
amor líquido. A segurança inspirada por essa condição
estimula desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao
mesmo tempo mantê-los frouxos.”
25. “Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa
reação a elas.”
“A modernidade líquida em que vivemos traz consigo
uma misteriosa fragilidade dos laços humanos – um amor
líquido. A segurança inspirada por essa condição estimula
desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao mesmo
tempo mantê-los frouxos.”
“Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.”
“A única coisa que podemos ter certeza é a incerteza.”