SlideShare uma empresa Scribd logo
Fundamentos de Oncologia
Prof.Gilvando Dias de Sousa filho
Epidemiologia do Cancer no Brasil
e no Mundo
Prof.Gilvando Dias de Sousa filho
REVISÃO DO TEMA ANTERIOR
• oncogens
• protooncogenes
• Genes supressores
• Estabilidades e satelites
• Teorias Biologicas
• Teorias Quimicas e Fisicas
• Imunologicas e Inflamatorias
• Comportamentais e Prevenção
• as estimativas de câncer são fundamentais para
o planejamento das ações de controle.
•O controle do câncer hoje é entendido como um
continuum de ações que têm início:
• no controle das exposições aos fatores de risco,
na detecção precoce da doença e nos cuidados
paliativos
CANCER NO MUNDO
• Estima-se que houve 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7
milhões de mortes em 2022.
• O número estimado de pessoas vivas dentro de 5 anos após o
diagnóstico de câncer foi de 53,5 milhões.
• Cerca de 1 em cada 5 pessoas desenvolverá câncer durante a vida;
cerca de 1 em cada 9 homens e 1 em cada 12 mulheres morrerão da
doença.
• 39% dos países participantes cobriram aspectos básicos do
tratamento do câncer
CAUSAS
• O envelhecimento e a mudança de comportamento e do ambiente,
• incluindo mudanças estruturais, que têm impacto na mobilidade, na
recreação, na dieta
• na exposição a poluentes ambientais, favorecem o aumento da
incidência e da mortalidadepor câncer (WILD; WEIDERPASS;
STEWART, 2020).
• Os dez principais tipos de câncer representam mais de 60% do total
de casos novos
• O câncer de mama feminina é o mais incidente no mundo, com 2,3
milhões (11,7%) de casos novos, seguido pelo câncer de pulmão, com
2,2 milhões (11,4%); cólon e reto , com 1,9 milhão (10,0%); próstata,
com 1,4 milhão (7,3%); e pele não melanoma, com 1,2 milhão (6,2%)
de casos novos
• O câncer de pulmão é o mais frequente em homens,
• com 1,4 milhão (14,3%) dos casos novos,
• seguido dos cânceres de próstata, com 1,4 milhão (14,1%); cólon e
reto, com 1 milhão (10,6%);
• pele não melanoma, com 722 mil (7,2%);
• e estômago, com 719 mil (7,1%)
• Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente, com
2,3 milhões(24,5%) de casos novos,
seguido pelos cânceres de cólon e reto, com 865 mil
(9,4%); pulmão,com 771 mil (8,4%);
colo do útero, com 604 mil (6,5%);
e pele não melanoma, com 475 mil(5,2%) casos novos no
mundo (FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021).
• REFERÊNCIA:
• Sung H, Ferlay J, Siegel R, et al. Global cancer statistics 2020:
GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36
cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians, (2021).
• Nos países com alto IDH, o câncer mais incidente é o de pulmão (39,0
por 100mil), seguido
• pelos cânceres de próstata (37,5 por 100 mil) e de cólon e reto (29,0
por 100mil),
• enquanto, nos países com baixo ou médio IDH, há uma inversão entre
o primeiro e o segundo, sendo próstata o mais incidente (11,3 por
100 mil), seguido do câncer de pulmão (10,3 por 100 mil).
• O terceiro câncer mais incidente em países com baixo ou médio IDH é
o de lábio e cavidade oral3 (10,2 por 100 mil)
• Nas mulheres, as taxas ajustadas de incidência de câncer de mama
são as maiores tanto em países com alto IDH (55,9 por 100 mil)
quanto naqueles com baixo ou médio IDH (29,7 por 100 mil).
• O segundo mais incidente nos países com alto IDH são os cânceres de
cólon e reto (20,0 por 100 mil),
• enquanto, nos países com baixo ou médio IDH, o segundo mais
incidente é o câncer do colo do útero (18,8 por 100 mil) (SUNG et al.,
2021).
Causas de Mortes
Para o Brasil, a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 aponta
que ocorrerão 704 mil
casos novos de câncer, 483 mil se excluídos os casos de câncer
de pele não melanoma. Este é
estimado como o mais incidente, com 220 mil casos novos
(31,3%), seguido pelos cânceres
de mama, com 74 mil (10,5%); próstata, com 72 mil (10,2%);
cólon e reto, com 46 mil (6,5%);
pulmão, com 32 mil (4,6%); e estômago, com 21 mil (3,1%)
casos novos.
• mais frequentes em homens serão pele não melanoma, com 102 mil
(29,9%) casos novos;
• próstata, com 72 mil (21,0%);
• cólon e reto, com 22 mil (6,4%);
• pulmão, com 18mil (5,3%);
• estômago, com 13 mil (3,9%);
• cavidade oral, com 11 mil (3,2%)
• Nas mulheres, os cânceres de pele não melanoma, com 118 mil
(32,7%);
• mama, com 74 mil (20,3%);
• Cólon e reto, com 24 mil (6,5%);
• colo do útero, com 17 mil (4,7%);
• pulmão, com 15 mil (4,0%);
• tireoide, com 14 mil (3,9%) casos novos
Câncer no Brasil
• Apenas nos últimos anos da década de
1940 essa situação começaria a se
transformar, com o progressivo
desenvolvimento do Serviço Nacional do
Câncer (SNC) e de seu Instituto de Câncer
• A Inspetoria de Profilaxia da Lepra e das
Doenças Venéreas deveria estabelecer
estatísticas sobre óbitos de câncer,
possibilitando um conhecimento mais
apurado acerca dos níveis de incidência
da doença.
• A possibilidade de ser um mal contagioso
levou seus criadores incluir, entre suas
atividades, a desinfecção nos domicílios
onde tivesse havido óbito de câncer
• Carlos Chagas, responsável pelo
projeto de criação e primeiro
diretor do DNSP, começou, junto
com Eduardo Rabello, a negociar
com o industrial e filantropo
Guilherme Guinle o financiamento
para a construção e instalação de
um grande hospital antivenéreo no
Rio de Janeiro
• Trata-se do Hospital Gaffreé e
Guinle, inaugurado no bairro da
Tijuca em 1929
• 1922 foi fundado, na capital do
estado de Minas Gerais, o Instituto
do Radium de Belo Horizonte, que
funcionava em associação com a
Faculdade de Medicina do estado.
• Em 1929 outra instituição do
mesmo perfil foi inaugurada em
São Paulo. O Instituto Dr. Arnaldo
era mantido por uma instituição
filantrópica e funcionava nas
instalações do Hospital Central da
Santa Casa da Misericórdia de São
Paulo
• Caberia ao cirurgião gaúcho Mario Kroeff
papel de destaque na divulgação da
eletrocirurgia. Personagem central na
história subsequente do controle do
câncer no país – por sua atuação na
criação de espaços relacionados ao
tratamento da doença no Distrito Federal
e na formatação de uma política nacional
para o setor –, seu trabalho, ao mesmo
tempo que popularizava e criava
demanda para a nova técnica, favorecia a
ampliação das preocupações sociais com
o câncer. Esse reforço recíproco foi
determinante na institucionalização das
ações contra o câncer, nas décadas
seguintes
Mário Kroeff
Personagem central em todo o processo de desenvolvimento
de uma política de controle do câncer no País entre o final dos
anos 1920 e a década de 1950, Mário Kroeff buscou criar uma
rede de instituições que tratasse os doentes, implementasse
campanhas em relação à necessidade de diagnóstico precoce e
que também pudesse oferecer cuidados paliativos para os
desprovidos de recursos
• O processo de valorização da
eletro cirurgia navegava na
contramão do que ocorria nos
principais centros de medicina
da Europa e dos EUA, onde, no
período que antecedeu a
Segunda Guerra Mundial, a
radioterapia assumiu diferentes
configurações em relação à
organização dos profissionais do
câncer
No Brasil, embora não houvesse discordâncias sobre o valor da
radioterapia, a grande dificuldade de aquisição de rádio pela iniciativa
privada e filantrópica e o desinteresse do Estado em financiá-lo
favoreciam a valorização da cirurgia, em especial da eletrocirurgia,no
tratamento da doença.
• A criação do Centro de Cancerologia do Distrito Federal, em 1937,
seria a coroação dos esforços de Kroeff nesse sentido.
• Além do reconhecimento profissional que obteve, em virtude de sua
atuação com a eletrocirurgia, a tomada do poder pelo gaúcho Getúlio
• Vargas, em 1930, ampliara consideravelmente sua capacidade de
ação, pois mantinha ótima relação com seus conterrâneos que agora
ocupavam cargos importantes no Executivo federal
• Em 1931 conseguiu que o governo
incluísse, no orçamento federal,
• uma verba especial para a construção de
um pavilhão de cancerologia no Rio de
Janeiro, que, embora tenha sido
construído, acabou destinado para outro
fim (Kroeff, 1947).
• Em 1936, depois de vários apelos ao
Executivo federal, foram-lhe facultados
novos recursos para construir um novo
centro de cancerologia no Hospital
Estácio de Sá, inaugurado em 1938.
Contava com quarenta leitos, um
ambulatório, salas de cirurgia,
aparelhagem de radiodiagnóstico e
radiologia
• O Centro de Cancerologia se caracterizava como um serviço médico
especializado para o atendimento de doentes do Distrito Federal, de
acordo com a perspectiva de ampliação das ações da medicina
curativa de base urbana, valorizadas pela política de assistência
médica do governo Vargas.
• No entanto, apesar de sua atuação geograficamente limitada e
das dificuldades orçamentárias que por muitos anos restringiu suas
atividades, ele seria o alicerce sobre o qual se construiu um serviço
nacional de controle do câncer
• O decreto que criou o Serviço Nacional do Câncer lhe conferia a
responsabilidade de orientar e controlar, em todo o país, uma
campanha permanente contra a doença, a Campanha Nacional
Contra o Câncer.
• Sua atuação teria como eixos a pesquisa sobre a etiologia, a
epidemiologia, a profilaxia, o diagnóstico e a terapêutica; as ações
preventivas; a
• propaganda dos exames de saúde periódicos e da importância do
diagnóstico precoce; o tratamento e a vigilância dos recuperados; e o
internamento dos cancerosos necessitados
• Uma semana após a criação do SNC, Mario Kroeff foi
• nomeado seu diretor, e as atividades do novo órgão passaram a ter
como base o Centro de
• Cancerologia que ele dirigia, no Hospital da Estácio de Sá.15
• Para o Instituto de Câncer, esse foi um período de extrema
produtividade.
• Em 1945 sua direção arrendou um setor do Hospital Gaffreé e
Guinle, transformando-o em sua nova sede, que passou a contar com
condições adequadas ao desenvolvimento de suas atividades.
• Além do aumento no número de leitos, as novas instalações
possibilitaram a criação de novos serviços clínicos e cirúrgicos e a
expansão dos cursos de especialização
• No âmbito mais geral de atuação do SNC, o final da década de 1940 marca a ampliação
• da rede de instituições locais filiadas à Campanha Nacional Contra o Câncer. Em 1946
• quatro instituições compunham sua estrutura; em 1950 já existiam 16 instituições a ela
• vinculadas, totalizando 530 leitos inteiramente dedicados aos doentes de câncer em
todo
• o país. Embora a oferta de leitos ainda fosse considerada muito pequena – o próprio
• Kroeff (1951) estimava haver, no país, cerca de 109 mil doentes e a necessidade de seis
mil
• leitos para atendê-los –, ela mostra a progressiva ampliação geográfica da ação da saúde
• pública em relação à doença.
• A política nacional de prevenção do
câncer, até então prevista numa
portaria do Ministério da Saúde, tem
como objetivos: diminuir sua
incidência; garantir acesso ao cuidado
integral; contribuir para a melhoria da
qualidade de vida dos diagnosticados
• A política nacional de prevenção do
câncer, até então prevista numa
portaria do Ministério da Saúde, tem
como objetivos:diminuir sua
incidência;garantir acesso ao cuidado
integral;contribuir para a melhoria da
qualidade de vida dos diagnosticados;
ereduzir a mortalidade e a
incapacidade causadas pelo câncer.
• PrincípiosO texto estabelece
também uma série de princípios
e diretrizes para a política,
como:organização em redes
regionalizadas;atendimento
multiprofissional;fortalecimento
do complexo industrial de saúde;
ehumanização do atendimento.
• Fonte: Agência Câmara de
Notícias
• A rede de atenção às pessoas com doenças
crônicas no eixo temático do câncer é
constituída pelos seguintes componentes:
• Atenção Básica, Atenção Domiciliar, Atenção
Especializada Ambulatorial, Atenção
Especializada Hospitalar - CACON (Centro de
Assistência de Alta Complexidade em
Oncologia), UNACON (Unidade de Assistência
de Alta Complexidade em Oncologia) e
Complexos - Hospital Geral com Cirurgia de
Câncer de Complexo Hospitalar, Serviço de
Radioterapia de Complexo Hospitalar,
Sistemas de Apoio, Regulação, dos Sistemas
Logísticos e Governança, descritos nas
Portarias nº 252/GM/MS, de 19 de fevereiro
de 2013 e na Portaria nº 874/GM/MS, de 16
de maio de 2013.
• Todos os cidadãos brasileiros que usam o
Sistema Único de Saúde (SUS) para iniciar
um tratamento oncológico, precisam
passar pelos serviços de saúde dos
diferentes níveis de atenção até serem
encaminhados para os estabelecimentos
habilitados em oncologia, onde o
tratamento será realizado.
• Inicialmente, esse indivíduo deve buscar
atendimento na Unidade Básica de Saúde
(UBS) mais próxima da sua casa. A UBS faz
parte da atenção básica (ou primária) e é
conhecida como a ‘’porta de entrada’’ dos
usuários no sistema público de saúde.
• Após avaliação inicial e solicitação de exames por um clínico
geral, esse paciente será encaminhado para uma consulta
com um especialista (atenção secundária), que poderá pedir
exames complementares, incluindo a biópsia do tecido ou
órgão onde o câncer está sendo investigado, para confirmar a
presença da doença.
• De acordo com a Lei nº 13.896 de 2019, se a principal
hipótese diagnóstica for a de neoplasia maligna, os exames
solicitados pelo médico responsável deverão ser realizados
no prazo máximo de 30 (trinta) dias (Lei dos 30 dias).
• Confirmado o diagnóstico de câncer, esse paciente deverá ser
encaminhado para algum estabelecimento de saúde
habilitado em oncologia pelo SUS, seja um Cacon (Centro de
Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) ou Unacon
(Unidade de Assistência de Alta Complexidade em
Oncologia), para dar início ao tratamento.
•
• Geralmente, o encaminhamento leva em consideração a
disponibilidade de vaga, a proximidade com o local de
residência do paciente e a complexidade do caso.
•
• A lei nº 12.732 de 2012 determina que o paciente deve
receber o tratamento inicial em até 60 (sessenta) dias,
contados a partir da liberação do laudo patológico. Esse prazo
pode ser menor desde que o médico registre a necessidade
terapêutica em prontuário.
•
• Após a definição do plano terapêutico, o paciente será
conduzido para o tratamento com os profissionais
adequados, como cirurgião oncológico, enfermeiros e outros
que compõem a equipe multidisciplinar.
OBRIGADO!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a AULA ONCOlogia para inicianates em medicina e esaude

Câncer de Mama
Câncer de MamaCâncer de Mama
Câncer de Mama
Betina Veiga
 
Pesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favela
Pesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favelaPesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favela
Pesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favela
Oncoguia
 
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Conrado Alvarenga
 
Redução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatório
Redução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatórioRedução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatório
Redução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatório
Ministério da Saúde
 
Relatório de Atividades - 2020
Relatório de Atividades - 2020Relatório de Atividades - 2020
Relatório de Atividades - 2020
Oncoguia
 
2012 pl dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...
2012 pl   dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...2012 pl   dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...
2012 pl dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...drtaylorjr
 
Carta Aberta aos Candidatos de 2018
Carta Aberta aos Candidatos de 2018Carta Aberta aos Candidatos de 2018
Carta Aberta aos Candidatos de 2018
Oncoguia
 
Estimativa 2014 - Incidência de Câncer no Brasil
Estimativa 2014 - Incidência de  Câncer no BrasilEstimativa 2014 - Incidência de  Câncer no Brasil
Estimativa 2014 - Incidência de Câncer no Brasil
Ministério da Saúde
 
Câncer de Rim
Câncer de RimCâncer de Rim
Câncer de Rim
Oncoguia
 
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafiosAções de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz)
 
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
bibliotecasaude
 
Montenegro ca colo
Montenegro ca coloMontenegro ca colo
Montenegro ca colo
Lúcia Takimi
 
Câncer do colo do útero
Câncer do colo do úteroCâncer do colo do útero
Câncer do colo do útero
CssioCamposConceio
 
Apresentação-1.pptx
Apresentação-1.pptxApresentação-1.pptx
Apresentação-1.pptx
ArtthurPereira2
 
O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro
O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro
O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro
Oncoguia
 
Rastreamento cancer colo_utero
Rastreamento cancer colo_uteroRastreamento cancer colo_utero
Rastreamento cancer colo_utero
annemarie loeschke
 
Historico cancerbrasil
Historico cancerbrasilHistorico cancerbrasil
Historico cancerbrasilKaká Quadros
 
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...
Silvio Bromberg
 

Semelhante a AULA ONCOlogia para inicianates em medicina e esaude (20)

Câncer de Mama
Câncer de MamaCâncer de Mama
Câncer de Mama
 
Pesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favela
Pesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favelaPesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favela
Pesquisas do Oncoguia mostra visão sobre câncer por quem mora na favela
 
Introdução seminário Terapias Complementares em Oncologia
Introdução seminário Terapias Complementares em OncologiaIntrodução seminário Terapias Complementares em Oncologia
Introdução seminário Terapias Complementares em Oncologia
 
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
 
Redução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatório
Redução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatórioRedução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatório
Redução de espera: Tratar câncer em 60 dias é obrigatório
 
Relatório de Atividades - 2020
Relatório de Atividades - 2020Relatório de Atividades - 2020
Relatório de Atividades - 2020
 
2012 pl dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...
2012 pl   dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...2012 pl   dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...
2012 pl dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...
 
Carta Aberta aos Candidatos de 2018
Carta Aberta aos Candidatos de 2018Carta Aberta aos Candidatos de 2018
Carta Aberta aos Candidatos de 2018
 
Estimativa 2014 - Incidência de Câncer no Brasil
Estimativa 2014 - Incidência de  Câncer no BrasilEstimativa 2014 - Incidência de  Câncer no Brasil
Estimativa 2014 - Incidência de Câncer no Brasil
 
Câncer de Rim
Câncer de RimCâncer de Rim
Câncer de Rim
 
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafiosAções de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
 
Câncer de mama
Câncer de mamaCâncer de mama
Câncer de mama
 
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
 
Montenegro ca colo
Montenegro ca coloMontenegro ca colo
Montenegro ca colo
 
Câncer do colo do útero
Câncer do colo do úteroCâncer do colo do útero
Câncer do colo do útero
 
Apresentação-1.pptx
Apresentação-1.pptxApresentação-1.pptx
Apresentação-1.pptx
 
O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro
O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro
O Plano de Atenção Oncológica do Estado do Rio de Janeiro
 
Rastreamento cancer colo_utero
Rastreamento cancer colo_uteroRastreamento cancer colo_utero
Rastreamento cancer colo_utero
 
Historico cancerbrasil
Historico cancerbrasilHistorico cancerbrasil
Historico cancerbrasil
 
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...
 

Último

cirurgia..................................................
cirurgia..................................................cirurgia..................................................
cirurgia..................................................
joseantoniodesouza72
 
Aula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtx
Aula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtxAula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtx
Aula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtx
JordevBarbosa
 
ATLS Choque atualizado - medicina - Brasil
ATLS Choque atualizado - medicina - BrasilATLS Choque atualizado - medicina - Brasil
ATLS Choque atualizado - medicina - Brasil
MarcelloFres1
 
Aula Exame físico genitália masculina.pptx
Aula Exame físico genitália masculina.pptxAula Exame físico genitália masculina.pptx
Aula Exame físico genitália masculina.pptx
FMIT
 
imunidade neonatal medicina veterinaria.
imunidade neonatal medicina veterinaria.imunidade neonatal medicina veterinaria.
imunidade neonatal medicina veterinaria.
cont16
 
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdf
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfPrevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdf
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdf
HELLEN CRISTINA
 
CLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIA
CLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIACLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIA
CLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIA
FernandaSilveira844976
 
educacao sexual trabalho unidade básicaa
educacao sexual trabalho unidade básicaaeducacao sexual trabalho unidade básicaa
educacao sexual trabalho unidade básicaa
leandrodias143
 
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]
ESCRIBA DE CRISTO
 
Gregor Johann Mendel e sua história e seus conceitos
Gregor Johann Mendel e sua história e seus conceitosGregor Johann Mendel e sua história e seus conceitos
Gregor Johann Mendel e sua história e seus conceitos
eumarcia461
 
Pequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmm
Pequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmmPequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmm
Pequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmm
estrategiamelo1234
 
Apostila Cirurgia I Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...
Apostila   Cirurgia I   Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...Apostila   Cirurgia I   Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...
Apostila Cirurgia I Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...
ThayzaFabri1
 
RESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdf
RESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdfRESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdf
RESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdf
dutraanne33
 

Último (13)

cirurgia..................................................
cirurgia..................................................cirurgia..................................................
cirurgia..................................................
 
Aula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtx
Aula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtxAula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtx
Aula 02 Sistema Tegumentar (1).pp ANATOMIAtx
 
ATLS Choque atualizado - medicina - Brasil
ATLS Choque atualizado - medicina - BrasilATLS Choque atualizado - medicina - Brasil
ATLS Choque atualizado - medicina - Brasil
 
Aula Exame físico genitália masculina.pptx
Aula Exame físico genitália masculina.pptxAula Exame físico genitália masculina.pptx
Aula Exame físico genitália masculina.pptx
 
imunidade neonatal medicina veterinaria.
imunidade neonatal medicina veterinaria.imunidade neonatal medicina veterinaria.
imunidade neonatal medicina veterinaria.
 
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdf
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfPrevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdf
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdf
 
CLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIA
CLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIACLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIA
CLINÍCA CIRURGICA NEUROANATOMIA VETERINARIA
 
educacao sexual trabalho unidade básicaa
educacao sexual trabalho unidade básicaaeducacao sexual trabalho unidade básicaa
educacao sexual trabalho unidade básicaa
 
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA [SAÚDE FÍSICA E MENTAL]
 
Gregor Johann Mendel e sua história e seus conceitos
Gregor Johann Mendel e sua história e seus conceitosGregor Johann Mendel e sua história e seus conceitos
Gregor Johann Mendel e sua história e seus conceitos
 
Pequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmm
Pequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmmPequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmm
Pequeno Hans .pdf trabalho slide 2024 hmmm
 
Apostila Cirurgia I Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...
Apostila   Cirurgia I   Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...Apostila   Cirurgia I   Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...
Apostila Cirurgia I Apostila de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial...
 
RESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdf
RESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdfRESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdf
RESULTADO FINAL PARA FINS DE HOMOLOGAÇÃO.pdf
 

AULA ONCOlogia para inicianates em medicina e esaude

  • 2. Epidemiologia do Cancer no Brasil e no Mundo Prof.Gilvando Dias de Sousa filho
  • 3. REVISÃO DO TEMA ANTERIOR • oncogens • protooncogenes • Genes supressores • Estabilidades e satelites • Teorias Biologicas • Teorias Quimicas e Fisicas • Imunologicas e Inflamatorias • Comportamentais e Prevenção
  • 4.
  • 5. • as estimativas de câncer são fundamentais para o planejamento das ações de controle. •O controle do câncer hoje é entendido como um continuum de ações que têm início: • no controle das exposições aos fatores de risco, na detecção precoce da doença e nos cuidados paliativos
  • 6.
  • 7. CANCER NO MUNDO • Estima-se que houve 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes em 2022. • O número estimado de pessoas vivas dentro de 5 anos após o diagnóstico de câncer foi de 53,5 milhões. • Cerca de 1 em cada 5 pessoas desenvolverá câncer durante a vida; cerca de 1 em cada 9 homens e 1 em cada 12 mulheres morrerão da doença. • 39% dos países participantes cobriram aspectos básicos do tratamento do câncer
  • 8.
  • 9. CAUSAS • O envelhecimento e a mudança de comportamento e do ambiente, • incluindo mudanças estruturais, que têm impacto na mobilidade, na recreação, na dieta • na exposição a poluentes ambientais, favorecem o aumento da incidência e da mortalidadepor câncer (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020).
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. • Os dez principais tipos de câncer representam mais de 60% do total de casos novos • O câncer de mama feminina é o mais incidente no mundo, com 2,3 milhões (11,7%) de casos novos, seguido pelo câncer de pulmão, com 2,2 milhões (11,4%); cólon e reto , com 1,9 milhão (10,0%); próstata, com 1,4 milhão (7,3%); e pele não melanoma, com 1,2 milhão (6,2%) de casos novos
  • 15. • O câncer de pulmão é o mais frequente em homens, • com 1,4 milhão (14,3%) dos casos novos, • seguido dos cânceres de próstata, com 1,4 milhão (14,1%); cólon e reto, com 1 milhão (10,6%); • pele não melanoma, com 722 mil (7,2%); • e estômago, com 719 mil (7,1%)
  • 16. • Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente, com 2,3 milhões(24,5%) de casos novos, seguido pelos cânceres de cólon e reto, com 865 mil (9,4%); pulmão,com 771 mil (8,4%); colo do útero, com 604 mil (6,5%); e pele não melanoma, com 475 mil(5,2%) casos novos no mundo (FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021).
  • 17. • REFERÊNCIA: • Sung H, Ferlay J, Siegel R, et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians, (2021).
  • 18. • Nos países com alto IDH, o câncer mais incidente é o de pulmão (39,0 por 100mil), seguido • pelos cânceres de próstata (37,5 por 100 mil) e de cólon e reto (29,0 por 100mil), • enquanto, nos países com baixo ou médio IDH, há uma inversão entre o primeiro e o segundo, sendo próstata o mais incidente (11,3 por 100 mil), seguido do câncer de pulmão (10,3 por 100 mil). • O terceiro câncer mais incidente em países com baixo ou médio IDH é o de lábio e cavidade oral3 (10,2 por 100 mil)
  • 19. • Nas mulheres, as taxas ajustadas de incidência de câncer de mama são as maiores tanto em países com alto IDH (55,9 por 100 mil) quanto naqueles com baixo ou médio IDH (29,7 por 100 mil). • O segundo mais incidente nos países com alto IDH são os cânceres de cólon e reto (20,0 por 100 mil), • enquanto, nos países com baixo ou médio IDH, o segundo mais incidente é o câncer do colo do útero (18,8 por 100 mil) (SUNG et al., 2021).
  • 21. Para o Brasil, a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 aponta que ocorrerão 704 mil casos novos de câncer, 483 mil se excluídos os casos de câncer de pele não melanoma. Este é estimado como o mais incidente, com 220 mil casos novos (31,3%), seguido pelos cânceres de mama, com 74 mil (10,5%); próstata, com 72 mil (10,2%); cólon e reto, com 46 mil (6,5%); pulmão, com 32 mil (4,6%); e estômago, com 21 mil (3,1%) casos novos.
  • 22. • mais frequentes em homens serão pele não melanoma, com 102 mil (29,9%) casos novos; • próstata, com 72 mil (21,0%); • cólon e reto, com 22 mil (6,4%); • pulmão, com 18mil (5,3%); • estômago, com 13 mil (3,9%); • cavidade oral, com 11 mil (3,2%)
  • 23. • Nas mulheres, os cânceres de pele não melanoma, com 118 mil (32,7%); • mama, com 74 mil (20,3%); • Cólon e reto, com 24 mil (6,5%); • colo do útero, com 17 mil (4,7%); • pulmão, com 15 mil (4,0%); • tireoide, com 14 mil (3,9%) casos novos
  • 24.
  • 25. Câncer no Brasil • Apenas nos últimos anos da década de 1940 essa situação começaria a se transformar, com o progressivo desenvolvimento do Serviço Nacional do Câncer (SNC) e de seu Instituto de Câncer • A Inspetoria de Profilaxia da Lepra e das Doenças Venéreas deveria estabelecer estatísticas sobre óbitos de câncer, possibilitando um conhecimento mais apurado acerca dos níveis de incidência da doença. • A possibilidade de ser um mal contagioso levou seus criadores incluir, entre suas atividades, a desinfecção nos domicílios onde tivesse havido óbito de câncer
  • 26. • Carlos Chagas, responsável pelo projeto de criação e primeiro diretor do DNSP, começou, junto com Eduardo Rabello, a negociar com o industrial e filantropo Guilherme Guinle o financiamento para a construção e instalação de um grande hospital antivenéreo no Rio de Janeiro • Trata-se do Hospital Gaffreé e Guinle, inaugurado no bairro da Tijuca em 1929
  • 27. • 1922 foi fundado, na capital do estado de Minas Gerais, o Instituto do Radium de Belo Horizonte, que funcionava em associação com a Faculdade de Medicina do estado. • Em 1929 outra instituição do mesmo perfil foi inaugurada em São Paulo. O Instituto Dr. Arnaldo era mantido por uma instituição filantrópica e funcionava nas instalações do Hospital Central da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo
  • 28. • Caberia ao cirurgião gaúcho Mario Kroeff papel de destaque na divulgação da eletrocirurgia. Personagem central na história subsequente do controle do câncer no país – por sua atuação na criação de espaços relacionados ao tratamento da doença no Distrito Federal e na formatação de uma política nacional para o setor –, seu trabalho, ao mesmo tempo que popularizava e criava demanda para a nova técnica, favorecia a ampliação das preocupações sociais com o câncer. Esse reforço recíproco foi determinante na institucionalização das ações contra o câncer, nas décadas seguintes
  • 29. Mário Kroeff Personagem central em todo o processo de desenvolvimento de uma política de controle do câncer no País entre o final dos anos 1920 e a década de 1950, Mário Kroeff buscou criar uma rede de instituições que tratasse os doentes, implementasse campanhas em relação à necessidade de diagnóstico precoce e que também pudesse oferecer cuidados paliativos para os desprovidos de recursos
  • 30.
  • 31. • O processo de valorização da eletro cirurgia navegava na contramão do que ocorria nos principais centros de medicina da Europa e dos EUA, onde, no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, a radioterapia assumiu diferentes configurações em relação à organização dos profissionais do câncer
  • 32. No Brasil, embora não houvesse discordâncias sobre o valor da radioterapia, a grande dificuldade de aquisição de rádio pela iniciativa privada e filantrópica e o desinteresse do Estado em financiá-lo favoreciam a valorização da cirurgia, em especial da eletrocirurgia,no tratamento da doença.
  • 33. • A criação do Centro de Cancerologia do Distrito Federal, em 1937, seria a coroação dos esforços de Kroeff nesse sentido. • Além do reconhecimento profissional que obteve, em virtude de sua atuação com a eletrocirurgia, a tomada do poder pelo gaúcho Getúlio • Vargas, em 1930, ampliara consideravelmente sua capacidade de ação, pois mantinha ótima relação com seus conterrâneos que agora ocupavam cargos importantes no Executivo federal
  • 34. • Em 1931 conseguiu que o governo incluísse, no orçamento federal, • uma verba especial para a construção de um pavilhão de cancerologia no Rio de Janeiro, que, embora tenha sido construído, acabou destinado para outro fim (Kroeff, 1947). • Em 1936, depois de vários apelos ao Executivo federal, foram-lhe facultados novos recursos para construir um novo centro de cancerologia no Hospital Estácio de Sá, inaugurado em 1938. Contava com quarenta leitos, um ambulatório, salas de cirurgia, aparelhagem de radiodiagnóstico e radiologia
  • 35. • O Centro de Cancerologia se caracterizava como um serviço médico especializado para o atendimento de doentes do Distrito Federal, de acordo com a perspectiva de ampliação das ações da medicina curativa de base urbana, valorizadas pela política de assistência médica do governo Vargas. • No entanto, apesar de sua atuação geograficamente limitada e das dificuldades orçamentárias que por muitos anos restringiu suas atividades, ele seria o alicerce sobre o qual se construiu um serviço nacional de controle do câncer
  • 36. • O decreto que criou o Serviço Nacional do Câncer lhe conferia a responsabilidade de orientar e controlar, em todo o país, uma campanha permanente contra a doença, a Campanha Nacional Contra o Câncer. • Sua atuação teria como eixos a pesquisa sobre a etiologia, a epidemiologia, a profilaxia, o diagnóstico e a terapêutica; as ações preventivas; a • propaganda dos exames de saúde periódicos e da importância do diagnóstico precoce; o tratamento e a vigilância dos recuperados; e o internamento dos cancerosos necessitados
  • 37. • Uma semana após a criação do SNC, Mario Kroeff foi • nomeado seu diretor, e as atividades do novo órgão passaram a ter como base o Centro de • Cancerologia que ele dirigia, no Hospital da Estácio de Sá.15
  • 38. • Para o Instituto de Câncer, esse foi um período de extrema produtividade. • Em 1945 sua direção arrendou um setor do Hospital Gaffreé e Guinle, transformando-o em sua nova sede, que passou a contar com condições adequadas ao desenvolvimento de suas atividades. • Além do aumento no número de leitos, as novas instalações possibilitaram a criação de novos serviços clínicos e cirúrgicos e a expansão dos cursos de especialização
  • 39. • No âmbito mais geral de atuação do SNC, o final da década de 1940 marca a ampliação • da rede de instituições locais filiadas à Campanha Nacional Contra o Câncer. Em 1946 • quatro instituições compunham sua estrutura; em 1950 já existiam 16 instituições a ela • vinculadas, totalizando 530 leitos inteiramente dedicados aos doentes de câncer em todo • o país. Embora a oferta de leitos ainda fosse considerada muito pequena – o próprio • Kroeff (1951) estimava haver, no país, cerca de 109 mil doentes e a necessidade de seis mil • leitos para atendê-los –, ela mostra a progressiva ampliação geográfica da ação da saúde • pública em relação à doença.
  • 40. • A política nacional de prevenção do câncer, até então prevista numa portaria do Ministério da Saúde, tem como objetivos: diminuir sua incidência; garantir acesso ao cuidado integral; contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos diagnosticados • A política nacional de prevenção do câncer, até então prevista numa portaria do Ministério da Saúde, tem como objetivos:diminuir sua incidência;garantir acesso ao cuidado integral;contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos diagnosticados; ereduzir a mortalidade e a incapacidade causadas pelo câncer.
  • 41. • PrincípiosO texto estabelece também uma série de princípios e diretrizes para a política, como:organização em redes regionalizadas;atendimento multiprofissional;fortalecimento do complexo industrial de saúde; ehumanização do atendimento. • Fonte: Agência Câmara de Notícias
  • 42. • A rede de atenção às pessoas com doenças crônicas no eixo temático do câncer é constituída pelos seguintes componentes: • Atenção Básica, Atenção Domiciliar, Atenção Especializada Ambulatorial, Atenção Especializada Hospitalar - CACON (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) e Complexos - Hospital Geral com Cirurgia de Câncer de Complexo Hospitalar, Serviço de Radioterapia de Complexo Hospitalar, Sistemas de Apoio, Regulação, dos Sistemas Logísticos e Governança, descritos nas Portarias nº 252/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2013 e na Portaria nº 874/GM/MS, de 16 de maio de 2013.
  • 43. • Todos os cidadãos brasileiros que usam o Sistema Único de Saúde (SUS) para iniciar um tratamento oncológico, precisam passar pelos serviços de saúde dos diferentes níveis de atenção até serem encaminhados para os estabelecimentos habilitados em oncologia, onde o tratamento será realizado. • Inicialmente, esse indivíduo deve buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa. A UBS faz parte da atenção básica (ou primária) e é conhecida como a ‘’porta de entrada’’ dos usuários no sistema público de saúde.
  • 44. • Após avaliação inicial e solicitação de exames por um clínico geral, esse paciente será encaminhado para uma consulta com um especialista (atenção secundária), que poderá pedir exames complementares, incluindo a biópsia do tecido ou órgão onde o câncer está sendo investigado, para confirmar a presença da doença. • De acordo com a Lei nº 13.896 de 2019, se a principal hipótese diagnóstica for a de neoplasia maligna, os exames solicitados pelo médico responsável deverão ser realizados no prazo máximo de 30 (trinta) dias (Lei dos 30 dias). • Confirmado o diagnóstico de câncer, esse paciente deverá ser encaminhado para algum estabelecimento de saúde habilitado em oncologia pelo SUS, seja um Cacon (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) ou Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), para dar início ao tratamento. •
  • 45. • Geralmente, o encaminhamento leva em consideração a disponibilidade de vaga, a proximidade com o local de residência do paciente e a complexidade do caso. • • A lei nº 12.732 de 2012 determina que o paciente deve receber o tratamento inicial em até 60 (sessenta) dias, contados a partir da liberação do laudo patológico. Esse prazo pode ser menor desde que o médico registre a necessidade terapêutica em prontuário. • • Após a definição do plano terapêutico, o paciente será conduzido para o tratamento com os profissionais adequados, como cirurgião oncológico, enfermeiros e outros que compõem a equipe multidisciplinar.