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Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais
Disciplina: Processos Químicos Industriais
Indústrias das cerâmicas
Prof.(a): Cristian Kelly
Mossoró, maio de 2013
Introdução
 Cerâmica – do grego keramikos, que significa "material queimado“ ou “argila
queimada”;
 Definição: compreende todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos
geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas;
 Os produtos de cerâmica estão presentes a nossa volta como por exemplo:
louça da cozinha, vidro, cimento, materiais de construção civil e materiais
supercondutores;
 As propriedades desejáveis das cerâmicas são normalmente encontradas
através da queima.
 No passado, os mais importantes materiais eram denominados "cerâmicas
tradicionais", aquelas para as quais a matéria prima básica é a argila;
 A fabricação de artigos de barro tais como: potes, pratos, jarras, canecas, entre
outros, compreende uma das indústrias mais antigas;
 Encontra-se louça de barro queimada desde períodos datando de
aproximadamente 15.000 anos a.C;
 Os museus contêm produtos de barros criados por diversas raças.
História
História
 Roda de oleiro: primeiro equipamento inventado no Mediterraneo por volta de
2.000 a.C.
Materiais cerâmicos
 A necessidade de obtenção de materiais com qualidade superior contribuíram
para o desenvolvimento de novos produtos e sistemas de produção;
 Foram desenvolvidos novos processos de fabricação de tijolos a partir de
resíduos inorgânicos, areia de fundição, refugos de mineração, escória de
fornos e outros materiais que são acumulados em regiões industriais.
Materiais cerâmicos
Materiais cerâmicos
Materiais cerâmicos
Matérias-primas - Argila
 Material proveniente da decomposição, das rochas feldspáticas, muito
abundantes na crosta terrestre;
 Pode ser encontrada a céu aberto ou em minas subterrâneas. Quando
retiradas, geralmente contém impurezas, devendo ser beneficiada através de
processos mecânicos e químicos;
 Se necessário, podem ser acrescidos ou retirados componentes de sua
composição para usos específicos e regular sua plasticidade;
 Várias espécies minerais são classificadas como argilas, porém, as mais
importantes são a caulinita, a montmorilonita e a ilita.
Matérias-primas - Argila
Características:
 Plásticas e moldáveis quando estão na forma de pó e úmidas;
 Rígidas quando secas;
 Vitrosas quando queimadas a uma temperatura elevada.
 A maioria das argilas utilizadas na indústria de cerâmica apresentam a caulinita
como material básico.
Argila natural
Argila refratária
Caulim ou argila da China
Argila de bola (Ball-clay)
Argila para grês
Argila vermelha
Bentonita
Argila expandida
Tipos de argilas
 Dependendo do tipo, as argilas são utilizadas de maneira diversificada, na
fabricação de:
Telhas, tijolos, manilhas, vasos de plantas, pisos, azulejos
louça branca (principalmente: banheiros- pias, vasos sanitários)
peças artesanais - objetos utilitários e decorativos, esculturas.
Tipos de argilas
Matérias-primas - Feldspato
Tipos comuns de feldspato
 Potássicos (k2O.Al2O3.6SiO2);
 Sódicos (Na2O.Al2O3.6SiO2)
 Cálcicos (CaO. Al2O3.6SiO2);
 O feldspato é de grande importância como fundente nas fórmulas cerâmicas,
podendo estar presente na argila natural, ou pode ser adicionado de acordo
com as necessidades.
Matérias-primas
Areia
 Para a fabricação de produtos cerâmicos de cor clara, deve-se utilizar sempre
areia com teor baixo de ferro.
Outras materias-primas
 Sais, óxidos e óxidos refratários.
Conversões químicas
Os produtos cerâmicos são fabricados pela combinação de matérias-primas, pela
conformação apropriada e pelo aquecimento até a temperatura de queima, a qual
provoca várias reações tais como:
a) Desidratação
b) Calcinação
c) Oxidação do ferro e da matéria orgânica
d) Formação de silicato
Conversões químicas
Desidratação
 Um dos efeitos resultante do aquecimento é a eliminação da água de
hidratação (600 – 650 °C), resultando em um resíduo amorfo de alumina e
sílica.
Al2O3.2SiO2.2H2O Al2O3 + 2SiO2 + 2H2O
calor
caulinita alumina sílica
 Cerâmica Vermelha: materiais com coloração avermelhada, empregados na
construção civil;
 Exemplos: tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos‫‏‬
.
Setores cerâmicos
 Cerâmica Branca: materiais constituídos por um corpo branco e em geral
recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor;
 Exemplos: louça sanitária, louça de mesa, isoladores elétricos‫‏‬
.
Setores cerâmicos
Setores cerâmicos
Materiais refratários - suportam temperaturas elevadas nas condições
específicas de processo e de operação dos equipamentos industriais.
Tijolos refratários - são materiais capazes de
suportar elevadas temperaturas e também
esforços mecânicos, ataques químicos e
variações bruscas de temperaturas;
São utilizados em:fornos de aquecimento,
caldeiras, fornos de cerâmica, em fundições e
fornos de elevada temperatura, como também
em aplicações triviais como churrasqueiras.
Setores cerâmicos
 Isolantes térmicos: isolantes refratários, isolantes térmicos não refratários, fibras ou
lãs cerâmicas que podem chegar a temperaturas de utilização de 2000º C
Setores cerâmicos
Fritas cerâmicas: consiste em um vidro moído aplicado na superfície do corpo
cerâmico o qual adquire aspecto vítreo;
• As fritas cerâmicas são utilizadas na produção de esmaltes cerâmicos para
queimas em baixas temperaturas (870º a 1050°C).
Setores cerâmicos
 Classificação - segundo a composição dos seus fundentes existem fritas
plumbíferas (de chumbo), fritas alcalinas (de sódio e potássio), fritas borácicas
(boro), fritas cincíferas (de zinco) e fritas mistas (apresentam diversos
fundentes).
Setores cerâmicos (Fritas cerâmicas)
Classificação das cerâmicas
a) Cerâmicas brancas
b) Produtos estruturais
c) Refratários
d) Esmaltes
e) Vidros
Cerâmicas brancas
 Compreendem os produtos usualmente brancos e que apresentam uma
textura fina;
 São obtidas a partir de argilas com quantidades variáveis de fundentes e
aquecidas num forno a temperaturas elevadas (1200 a 1500 °C).
Classificação das cerâmicas brancas
Louça comum
Louça vitrificada
Porcelana
Louça de pó de pedra
Louça sanitária
Ladrilhos
Cerâmica branca (porcelana)
Fabricação da porcelana
Tipos de processos
 Processo a úmido;
 Processo a seco;
 Processo da porcelana moldada.
 As diferenças entre estes métodos estão nas etapas de moldagem e secagem.
Fluxograma da porcelana (processo a úmido)
Matérias-
primas
(pesagem)
Moinho
(trituradas)
Misturadora
(mat-primas
e água)
Separador
magnético
(peneiradas)
Tanque de
armazenam.
Filtro-prensa
(remoção da
água)
Amassadeira
a vácuo
(retirada do
ar)
Prensa
hidráulica
(moldagem)
Secadeira
(secagem
preliminar)
Torno de
acabamento
Secadeiras
Forno-
túnel(Vitrifica
ção)
Inspeção Produto final
Vitrificação – revestimento fino de
vidro sobre a superfície porosa de
cerâmica
Produtos estruturais de argilas
 Compreendem: tijolos, telhas, manilhas de esgotos, entre outros;
 Estes produtos são considerados baratos, uma vez que são fabricados com a
argila mais comum;
 Em geral, as argilas têm impurezas suficientes para fornecer os fundentes
necessários à aglomeração da peça cerâmica.
Fabricação de tijolos
Matérias-primas
• Argilas vermelhas (Mais empregadas);
• Argilas brancas;
• Argilas ocres
Requisitos necessários de um tijolo
 Ausência de empenamento;
 Dureza suficiente;
 Uniformidade de cor após a queima.
Fabricação de tijolos
Os tijolos podem ser fabricados a partir de três processos:
 Lama líquida;
 Lama rígida;
 Prensagem a seco
Processo produtivo de produtos estruturais de
cerâmicas
Extração da
argila
Descanso da
argila
1° laminador
2° laminador Extrusão Corte e
acabamento
Secagem Pós- queima Classificação
 Compreendem os materiais utilizados para resistir aos efeitos térmicos,
químicos e físicos que ocorrem nos processos em fornos;
 São usados, em sua maioria, na forma de tijolos refratários;
 Na fabricação dos refratários é necessário considerar os materiais, a
temperatura de trabalho do forno, a velocidade de modificação de
temperatura, a carga aplicada durante o aquecimento e as reações químicas
ocorridas.
Refratários
Propriedades dos refratários
a) Propriedades químicas
b) Porosidade
c) Pontos de fusão
d) Termofratura
e) Condutividade térmica
Propriedades dos refratários
Propriedades químicas
 São divididos em ácido, básico e neutro.
Exemplos
 Tijolos de sílica-ácidos
 Tijolos de magnesita-básicos
 Tijolos de argila refratária-neutros.
Propriedades dos refratários
Porosidade
 Está relacionada a resistência do tijolo frente ao ataque químico;
 Quanto mais elevada for a porosidade do tijolo, mais fácil é a penetração pelos
materiais fundidos e pelos gases;
 Tijolos com menor porosidade, têm maior resistência, maior condutividade
térmica e a maior capacidade calorífica.
Propriedades dos refratários
Ponto de fusão
 A maior parte dos refratários comerciais amolecem gradualmente numa ampla
faixa de temperatura e, não apresentam pontos de fusão definidos, pois são
compostos de minerais diferentes (cristalinos e amorfos).
Fabricação dos refratários
 A fabricação dos refratários inclui as seguintes operações físicas e conversões
químicas:
Moagem
Peneiramento
Mistura Moldagem
Secagem
Queima
Fabricação dos refratários
Moagem e peneiramento
 A moagem é um dos fatores mais importantes na fabricação dos refratários;
 As misturas mais densas são obtidas quando a proporção de partículas grossas
e finas é da ordem de 55/45, com poucas partículas intermediarias.
Mistura
 Tem a função de distribuir o material de maneira que ele fique uniforme.
Fabricação dos refratários
Moldagem
 Em virtude da grande demanda de tijolos refratários com maior densidade,
maior resistência, maior volume e melhor uniformidade, adotou-se o método de
prensagem a seco.
 Secagem
 Utilizada para remover a umidade. Observa-se, porém, que a eliminação da
água deixa vazios, provocando retração.
Fabricação dos refratários
Queima
 Pode ser realizada num forno típico, redondo, a chama invertida, ou em
fornos-túnel contínuos;
 As modificações que ocorrem durante a queima são: remoção da água;
calcinação dos carbonatos; oxidação dos íons ferrosos;
 Durante tais modificações, o volume do refratário pode diminuir até 30 % e
tensões no refratário são desenvolvidas.
Operações unitárias- Moagem
 Moagem - operação unitária que tem como objetivo reduzir o tamanho médio dos
sólidos através da aplicação de forças;
 As indústrias que trabalham com material sólido, geralmente, necessitam dividi-los
para atender especificações de granulometria ou para que possam ser
empregados adequadamente nos processos a que serão submetidos;
 Principais objetivos da moagem dos sólidos:
• Aumentar área externa (superfície de contato), aumentando a velocidade de
processamento do sólido;
• Manter as partículas com tamanho uniforme;
• Promover a mistura entre dois sólidos, auxiliando na homogeneização de produtos.
Principais mecanismos de moagem
 Compressão (compactação, esmagamento)
 Impacto (choque)
 Atrito superficial (esfregar)
 Corte (cisalhamento agudo)
 A moagem pode ser realizada a seco ou a úmido.
Operações unitárias- Moagem
 Secagem - consiste na eliminação da água utilizada a fabricação das peças;
 Fase do processo que antecede a queima, de fundamental importância no
processamento, pois peças com secagem deficiente podem apresentar
fissuras e deformações, implicando em perdas do produto ou prejuízo para a
qualidade;
 Além disso, peças com umidade excessiva aumentam o ciclo de queima e,
consequentemente aumentam o consumo de combustível (lenha).
Operações unitárias- Secagem
 Principais tipos de secagem: natural; artificial; forçada e mista;
Secagem artificial - bastante usada na época chuvosa, é feita de forma lenta e
gradual, com exposição ao calor ou em ambientes ventilados, com controle da taxa
de aquecimento, ventilação e umidade relativa do ar.
Operações unitárias- Secagem
Secagem natural e artificial, respectivamente de produtos estruturais
Fornos
 Conversões químicas como: desidratação, oxidação e calcinação, são realizadas
em fornos;
 Os fornos podem operar de maneira contínua ou descontínua;
 As instalações mais modernas utilizam fornos-túnel contínuos, os quais
apresentam diversas vantagens, tais como:
• Menor custo da mão-de-obra;
• Maior eficiência térmica;
• Ciclo de processamento mais curto;
• Melhor controle operacional.
 Os tipos de fornos utilizados na indústria da cerâmica vermelha são:
• Fornos de chama direta, tipo caipira ou caieira (rural);
• Fornos de chama reversível tipo paulista, abóboda e corujinha;
• Fornos contínuos do tipo hoffmann;
• Fornos contínuos do tipo túnel;
Fornos (cerâmicas vermelhas)
Fornos (cerâmicas vermelhas)
Caipira Paulista
Abóboda Hoffmann
Impacto ambiental
• A indústria de cerâmica caracteriza-se por ser uma grande consumidora de
lenha;
• Desta maneira, áreas de vegetação nativa são desmatadas, causando grande
prejuízo para a natureza;
• Emissão de poluentes atmosféricos, tais como: material particulado, dióxido
de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e os óxidos de nitrogênio.
 A extração de argila, ocasiona a erosão do solo provocando:
• O escorregamento de talude;
• O assoreamento dos rios;
• A descaracterização da paisagem local;
• A degradação, da flora e da fauna da área da jazida.
Impacto ambiental
 ANICER (Associação Nacional da Indústria Cerâmica). Disponível em:
http://www.anicer.com.br/index.asp?pg=noticias_detalhes.asp&id=978. Acesso
em: maio de 2013.
 CALLISTER, William D. Jr. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma
Introdução 5a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 612 p.
 CDL Parelhas. Disponível
em:http://cdlparelhas.blogspot.com.br/2011/02/ceramicas-do-serido-terao-us-
300-mil.html. Acesso em: maio de 2013.
 COLOROBBIA BRASIL. Produtos. Disponível em:
http://www.colorobbia.com.br/lang2/productos_colorobbia_brasil.html. Acesso
em: maio de 2013.
Referências bibliográficas
 INT (Instituto Nacional de Tecnologia) – Notícias. Disponível
em:http://www.int.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/item/5895-int-apresenta-
nova-etapa-de-projeto-de-efici%C3%AAncia-energ%C3%A9tica-para-
ind%C3%BAstrias-cer%C3%A2micas. Acesso em: maio de 2013.
 ITC (Inteligência Empresarial da Construção) Disponível
em:http://www.itc.etc.br/sanifix_e_icasa_parceria_de_sucesso.asp. Acesso em
maio de 2013.
 Porcelana. Disponível em:http://jotablog.com/porcelana/porcelana. Acesso em:
maio de 2013.
Referências bibliográficas
 OLIVEIRA, F.E.M. Acompanhamento da produção industrial em cerâmica da
microrregião do Vale do Assu: estudo de caso. 2011. 66f. Monografia (Bacharel
em Ciência e Tecnologia) . Curso de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal
do Semi-Árido. Disponível em:
http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/232/arquivos/Fabson%20
Emerson%20Marrocos%20de%20Oliveira.pdf. Acesso em: maio de 2013.
 O saber tecnológico. Aplicações da roda. Disponível
em:http://www.profviseu.com/pessoal/Anewton/SaberFazer.htm. Acesso em:
maio de 2013.
 Reformafácil. Disponível em:http://www.reformafacil.com.br/feira-internacional-
de-fornecedores-de-ceramica%E2%80%8F. Acesso em: maio de 2013.
Referências bibliográficas
 O saber tecnológico. Aplicações da roda. Disponível
em:http://www.profviseu.com/pessoal/Anewton/SaberFazer.htm. Acesso em:
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Químicos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois, 1980.
 SUSTAINABLE CARBON CLIMATE SOLUTIONS. Disponível
em:http://carbonosustentavelbrasil.wordpress.com/2009/08/21/carbono-
sustentavel-certifica-ceramicas-no-para. Acesso em: maio de 2013.
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Aula indústria de cerâmicas.pdf

  • 1. Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais Disciplina: Processos Químicos Industriais Indústrias das cerâmicas Prof.(a): Cristian Kelly Mossoró, maio de 2013
  • 2. Introdução  Cerâmica – do grego keramikos, que significa "material queimado“ ou “argila queimada”;  Definição: compreende todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas;  Os produtos de cerâmica estão presentes a nossa volta como por exemplo: louça da cozinha, vidro, cimento, materiais de construção civil e materiais supercondutores;  As propriedades desejáveis das cerâmicas são normalmente encontradas através da queima.
  • 3.  No passado, os mais importantes materiais eram denominados "cerâmicas tradicionais", aquelas para as quais a matéria prima básica é a argila;  A fabricação de artigos de barro tais como: potes, pratos, jarras, canecas, entre outros, compreende uma das indústrias mais antigas;  Encontra-se louça de barro queimada desde períodos datando de aproximadamente 15.000 anos a.C;  Os museus contêm produtos de barros criados por diversas raças. História
  • 4. História  Roda de oleiro: primeiro equipamento inventado no Mediterraneo por volta de 2.000 a.C.
  • 5. Materiais cerâmicos  A necessidade de obtenção de materiais com qualidade superior contribuíram para o desenvolvimento de novos produtos e sistemas de produção;  Foram desenvolvidos novos processos de fabricação de tijolos a partir de resíduos inorgânicos, areia de fundição, refugos de mineração, escória de fornos e outros materiais que são acumulados em regiões industriais.
  • 9. Matérias-primas - Argila  Material proveniente da decomposição, das rochas feldspáticas, muito abundantes na crosta terrestre;  Pode ser encontrada a céu aberto ou em minas subterrâneas. Quando retiradas, geralmente contém impurezas, devendo ser beneficiada através de processos mecânicos e químicos;  Se necessário, podem ser acrescidos ou retirados componentes de sua composição para usos específicos e regular sua plasticidade;  Várias espécies minerais são classificadas como argilas, porém, as mais importantes são a caulinita, a montmorilonita e a ilita.
  • 10. Matérias-primas - Argila Características:  Plásticas e moldáveis quando estão na forma de pó e úmidas;  Rígidas quando secas;  Vitrosas quando queimadas a uma temperatura elevada.  A maioria das argilas utilizadas na indústria de cerâmica apresentam a caulinita como material básico.
  • 11. Argila natural Argila refratária Caulim ou argila da China Argila de bola (Ball-clay) Argila para grês Argila vermelha Bentonita Argila expandida Tipos de argilas
  • 12.  Dependendo do tipo, as argilas são utilizadas de maneira diversificada, na fabricação de: Telhas, tijolos, manilhas, vasos de plantas, pisos, azulejos louça branca (principalmente: banheiros- pias, vasos sanitários) peças artesanais - objetos utilitários e decorativos, esculturas. Tipos de argilas
  • 13. Matérias-primas - Feldspato Tipos comuns de feldspato  Potássicos (k2O.Al2O3.6SiO2);  Sódicos (Na2O.Al2O3.6SiO2)  Cálcicos (CaO. Al2O3.6SiO2);  O feldspato é de grande importância como fundente nas fórmulas cerâmicas, podendo estar presente na argila natural, ou pode ser adicionado de acordo com as necessidades.
  • 14. Matérias-primas Areia  Para a fabricação de produtos cerâmicos de cor clara, deve-se utilizar sempre areia com teor baixo de ferro. Outras materias-primas  Sais, óxidos e óxidos refratários.
  • 15. Conversões químicas Os produtos cerâmicos são fabricados pela combinação de matérias-primas, pela conformação apropriada e pelo aquecimento até a temperatura de queima, a qual provoca várias reações tais como: a) Desidratação b) Calcinação c) Oxidação do ferro e da matéria orgânica d) Formação de silicato
  • 16. Conversões químicas Desidratação  Um dos efeitos resultante do aquecimento é a eliminação da água de hidratação (600 – 650 °C), resultando em um resíduo amorfo de alumina e sílica. Al2O3.2SiO2.2H2O Al2O3 + 2SiO2 + 2H2O calor caulinita alumina sílica
  • 17.  Cerâmica Vermelha: materiais com coloração avermelhada, empregados na construção civil;  Exemplos: tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos‫‏‬ . Setores cerâmicos
  • 18.  Cerâmica Branca: materiais constituídos por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor;  Exemplos: louça sanitária, louça de mesa, isoladores elétricos‫‏‬ . Setores cerâmicos
  • 19. Setores cerâmicos Materiais refratários - suportam temperaturas elevadas nas condições específicas de processo e de operação dos equipamentos industriais.
  • 20. Tijolos refratários - são materiais capazes de suportar elevadas temperaturas e também esforços mecânicos, ataques químicos e variações bruscas de temperaturas; São utilizados em:fornos de aquecimento, caldeiras, fornos de cerâmica, em fundições e fornos de elevada temperatura, como também em aplicações triviais como churrasqueiras. Setores cerâmicos
  • 21.  Isolantes térmicos: isolantes refratários, isolantes térmicos não refratários, fibras ou lãs cerâmicas que podem chegar a temperaturas de utilização de 2000º C Setores cerâmicos
  • 22. Fritas cerâmicas: consiste em um vidro moído aplicado na superfície do corpo cerâmico o qual adquire aspecto vítreo; • As fritas cerâmicas são utilizadas na produção de esmaltes cerâmicos para queimas em baixas temperaturas (870º a 1050°C). Setores cerâmicos
  • 23.  Classificação - segundo a composição dos seus fundentes existem fritas plumbíferas (de chumbo), fritas alcalinas (de sódio e potássio), fritas borácicas (boro), fritas cincíferas (de zinco) e fritas mistas (apresentam diversos fundentes). Setores cerâmicos (Fritas cerâmicas)
  • 24. Classificação das cerâmicas a) Cerâmicas brancas b) Produtos estruturais c) Refratários d) Esmaltes e) Vidros
  • 25. Cerâmicas brancas  Compreendem os produtos usualmente brancos e que apresentam uma textura fina;  São obtidas a partir de argilas com quantidades variáveis de fundentes e aquecidas num forno a temperaturas elevadas (1200 a 1500 °C).
  • 26. Classificação das cerâmicas brancas Louça comum Louça vitrificada Porcelana Louça de pó de pedra Louça sanitária Ladrilhos
  • 27. Cerâmica branca (porcelana) Fabricação da porcelana Tipos de processos  Processo a úmido;  Processo a seco;  Processo da porcelana moldada.  As diferenças entre estes métodos estão nas etapas de moldagem e secagem.
  • 28. Fluxograma da porcelana (processo a úmido) Matérias- primas (pesagem) Moinho (trituradas) Misturadora (mat-primas e água) Separador magnético (peneiradas) Tanque de armazenam. Filtro-prensa (remoção da água) Amassadeira a vácuo (retirada do ar) Prensa hidráulica (moldagem) Secadeira (secagem preliminar) Torno de acabamento Secadeiras Forno- túnel(Vitrifica ção) Inspeção Produto final Vitrificação – revestimento fino de vidro sobre a superfície porosa de cerâmica
  • 29. Produtos estruturais de argilas  Compreendem: tijolos, telhas, manilhas de esgotos, entre outros;  Estes produtos são considerados baratos, uma vez que são fabricados com a argila mais comum;  Em geral, as argilas têm impurezas suficientes para fornecer os fundentes necessários à aglomeração da peça cerâmica.
  • 30. Fabricação de tijolos Matérias-primas • Argilas vermelhas (Mais empregadas); • Argilas brancas; • Argilas ocres Requisitos necessários de um tijolo  Ausência de empenamento;  Dureza suficiente;  Uniformidade de cor após a queima.
  • 31. Fabricação de tijolos Os tijolos podem ser fabricados a partir de três processos:  Lama líquida;  Lama rígida;  Prensagem a seco
  • 32. Processo produtivo de produtos estruturais de cerâmicas
  • 33. Extração da argila Descanso da argila 1° laminador 2° laminador Extrusão Corte e acabamento Secagem Pós- queima Classificação
  • 34.  Compreendem os materiais utilizados para resistir aos efeitos térmicos, químicos e físicos que ocorrem nos processos em fornos;  São usados, em sua maioria, na forma de tijolos refratários;  Na fabricação dos refratários é necessário considerar os materiais, a temperatura de trabalho do forno, a velocidade de modificação de temperatura, a carga aplicada durante o aquecimento e as reações químicas ocorridas. Refratários
  • 35. Propriedades dos refratários a) Propriedades químicas b) Porosidade c) Pontos de fusão d) Termofratura e) Condutividade térmica
  • 36. Propriedades dos refratários Propriedades químicas  São divididos em ácido, básico e neutro. Exemplos  Tijolos de sílica-ácidos  Tijolos de magnesita-básicos  Tijolos de argila refratária-neutros.
  • 37. Propriedades dos refratários Porosidade  Está relacionada a resistência do tijolo frente ao ataque químico;  Quanto mais elevada for a porosidade do tijolo, mais fácil é a penetração pelos materiais fundidos e pelos gases;  Tijolos com menor porosidade, têm maior resistência, maior condutividade térmica e a maior capacidade calorífica.
  • 38. Propriedades dos refratários Ponto de fusão  A maior parte dos refratários comerciais amolecem gradualmente numa ampla faixa de temperatura e, não apresentam pontos de fusão definidos, pois são compostos de minerais diferentes (cristalinos e amorfos).
  • 39. Fabricação dos refratários  A fabricação dos refratários inclui as seguintes operações físicas e conversões químicas: Moagem Peneiramento Mistura Moldagem Secagem Queima
  • 40. Fabricação dos refratários Moagem e peneiramento  A moagem é um dos fatores mais importantes na fabricação dos refratários;  As misturas mais densas são obtidas quando a proporção de partículas grossas e finas é da ordem de 55/45, com poucas partículas intermediarias. Mistura  Tem a função de distribuir o material de maneira que ele fique uniforme.
  • 41. Fabricação dos refratários Moldagem  Em virtude da grande demanda de tijolos refratários com maior densidade, maior resistência, maior volume e melhor uniformidade, adotou-se o método de prensagem a seco.  Secagem  Utilizada para remover a umidade. Observa-se, porém, que a eliminação da água deixa vazios, provocando retração.
  • 42. Fabricação dos refratários Queima  Pode ser realizada num forno típico, redondo, a chama invertida, ou em fornos-túnel contínuos;  As modificações que ocorrem durante a queima são: remoção da água; calcinação dos carbonatos; oxidação dos íons ferrosos;  Durante tais modificações, o volume do refratário pode diminuir até 30 % e tensões no refratário são desenvolvidas.
  • 43. Operações unitárias- Moagem  Moagem - operação unitária que tem como objetivo reduzir o tamanho médio dos sólidos através da aplicação de forças;  As indústrias que trabalham com material sólido, geralmente, necessitam dividi-los para atender especificações de granulometria ou para que possam ser empregados adequadamente nos processos a que serão submetidos;  Principais objetivos da moagem dos sólidos: • Aumentar área externa (superfície de contato), aumentando a velocidade de processamento do sólido; • Manter as partículas com tamanho uniforme; • Promover a mistura entre dois sólidos, auxiliando na homogeneização de produtos.
  • 44. Principais mecanismos de moagem  Compressão (compactação, esmagamento)  Impacto (choque)  Atrito superficial (esfregar)  Corte (cisalhamento agudo)  A moagem pode ser realizada a seco ou a úmido. Operações unitárias- Moagem
  • 45.  Secagem - consiste na eliminação da água utilizada a fabricação das peças;  Fase do processo que antecede a queima, de fundamental importância no processamento, pois peças com secagem deficiente podem apresentar fissuras e deformações, implicando em perdas do produto ou prejuízo para a qualidade;  Além disso, peças com umidade excessiva aumentam o ciclo de queima e, consequentemente aumentam o consumo de combustível (lenha). Operações unitárias- Secagem
  • 46.  Principais tipos de secagem: natural; artificial; forçada e mista; Secagem artificial - bastante usada na época chuvosa, é feita de forma lenta e gradual, com exposição ao calor ou em ambientes ventilados, com controle da taxa de aquecimento, ventilação e umidade relativa do ar. Operações unitárias- Secagem Secagem natural e artificial, respectivamente de produtos estruturais
  • 47. Fornos  Conversões químicas como: desidratação, oxidação e calcinação, são realizadas em fornos;  Os fornos podem operar de maneira contínua ou descontínua;  As instalações mais modernas utilizam fornos-túnel contínuos, os quais apresentam diversas vantagens, tais como: • Menor custo da mão-de-obra; • Maior eficiência térmica; • Ciclo de processamento mais curto; • Melhor controle operacional.
  • 48.  Os tipos de fornos utilizados na indústria da cerâmica vermelha são: • Fornos de chama direta, tipo caipira ou caieira (rural); • Fornos de chama reversível tipo paulista, abóboda e corujinha; • Fornos contínuos do tipo hoffmann; • Fornos contínuos do tipo túnel; Fornos (cerâmicas vermelhas)
  • 49. Fornos (cerâmicas vermelhas) Caipira Paulista Abóboda Hoffmann
  • 50. Impacto ambiental • A indústria de cerâmica caracteriza-se por ser uma grande consumidora de lenha; • Desta maneira, áreas de vegetação nativa são desmatadas, causando grande prejuízo para a natureza; • Emissão de poluentes atmosféricos, tais como: material particulado, dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e os óxidos de nitrogênio.
  • 51.  A extração de argila, ocasiona a erosão do solo provocando: • O escorregamento de talude; • O assoreamento dos rios; • A descaracterização da paisagem local; • A degradação, da flora e da fauna da área da jazida. Impacto ambiental
  • 52.  ANICER (Associação Nacional da Indústria Cerâmica). Disponível em: http://www.anicer.com.br/index.asp?pg=noticias_detalhes.asp&id=978. Acesso em: maio de 2013.  CALLISTER, William D. Jr. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução 5a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 612 p.  CDL Parelhas. Disponível em:http://cdlparelhas.blogspot.com.br/2011/02/ceramicas-do-serido-terao-us- 300-mil.html. Acesso em: maio de 2013.  COLOROBBIA BRASIL. Produtos. Disponível em: http://www.colorobbia.com.br/lang2/productos_colorobbia_brasil.html. Acesso em: maio de 2013. Referências bibliográficas
  • 53.  INT (Instituto Nacional de Tecnologia) – Notícias. Disponível em:http://www.int.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/item/5895-int-apresenta- nova-etapa-de-projeto-de-efici%C3%AAncia-energ%C3%A9tica-para- ind%C3%BAstrias-cer%C3%A2micas. Acesso em: maio de 2013.  ITC (Inteligência Empresarial da Construção) Disponível em:http://www.itc.etc.br/sanifix_e_icasa_parceria_de_sucesso.asp. Acesso em maio de 2013.  Porcelana. Disponível em:http://jotablog.com/porcelana/porcelana. Acesso em: maio de 2013. Referências bibliográficas
  • 54.  OLIVEIRA, F.E.M. Acompanhamento da produção industrial em cerâmica da microrregião do Vale do Assu: estudo de caso. 2011. 66f. Monografia (Bacharel em Ciência e Tecnologia) . Curso de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Semi-Árido. Disponível em: http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/232/arquivos/Fabson%20 Emerson%20Marrocos%20de%20Oliveira.pdf. Acesso em: maio de 2013.  O saber tecnológico. Aplicações da roda. Disponível em:http://www.profviseu.com/pessoal/Anewton/SaberFazer.htm. Acesso em: maio de 2013.  Reformafácil. Disponível em:http://www.reformafacil.com.br/feira-internacional- de-fornecedores-de-ceramica%E2%80%8F. Acesso em: maio de 2013. Referências bibliográficas
  • 55.  O saber tecnológico. Aplicações da roda. Disponível em:http://www.profviseu.com/pessoal/Anewton/SaberFazer.htm. Acesso em: maio de 2013.  SHREVE, R. NORRIS; BRINK JR., JOSEPH A. Indústrias de Processos Químicos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois, 1980.  SUSTAINABLE CARBON CLIMATE SOLUTIONS. Disponível em:http://carbonosustentavelbrasil.wordpress.com/2009/08/21/carbono- sustentavel-certifica-ceramicas-no-para. Acesso em: maio de 2013. Referências bibliográficas