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EMERGÊNCIAS CLINICAS
FEBRE
Febre é definida como elevação da temperatura corpórea em resposta a
um estímulo. A medida mais confiável da temperatura corpórea é aquela
tomada por via oral ou retal. Não há consenso a respeito da definição
exata de febre em crianças.
A maioria classifica como febre a temperatura retal acima de 38ºC, mas
alguns consideram febre temperatura retal acima de 37,7ºC. A medida da
temperatura axilar, timpânica ou por palpação são consideradas menos
confiáveis.
Apesar disso, em nosso meio a medida axilar é a mais usada. A
temperatura axilar é 0,4 a 0,8 ºC menor do que a temperatura retal.
FEBRE
Febre é um sintoma muito comum na unidade de primeiro atendimento,
que deve ser avaliado dentro de um leque de diagnósticos diferenciais.
A doença decorrente de febre pode ser autolimitada ou incutir risco à vida
ou morbidade incluindo a internação em unidade de terapia intensiva ou
internação prolongada.
O controle de temperatura é regulado pelo hipotálamo, a vasoconstrição
produz sensação de frio nas mãos e nos pés, há desvio do fluxo sanguíneo
para os órgãos internos que elevam a temperatura em 1 a 2 graus.
FEBRE
Uma vez que a temperatura alvo é atingida, o hipotálamo a mantém no
estado febril, e quando o limiar térmico volta ao normal, há perda de
calor por vasodilatação, sudorese e transpiração.
Deve ser encarada como um sinal de alerta de que algo não está
bem em nosso corpo.
Muitas vezes as causas da febre não são identificadas,
entretanto, muito comumente ela está associada a doenças
inflamatórias e infecções. A febre pode ser causada também
por distúrbios autoimunes, distúrbios endócrinos,
traumatismos, neoplasias, hemorragias, entre vários problemas.
FEBRE
Sinais e Sintomas:
Sensação de Cansaço
Tremor
Sudorese
Ranger de Dentes
Rubor Facial
FEBRE
Os fatores de risco na investigação da febre são:
Retorno de viagem para zona endêmica de malária ou de doenças
infecciosas;
Infecção prévia pelo vírus HIV;
Transplante de órgão;
Quimioterapia ou radioterapia prévia nas últimas seis semanas;
Uso de corticosteroides, drogas imunossupressoras, alcoolismo ou
uso de drogas ilícitas intravenosas;
.
FEBRE
Neoplasia, cardiopatia ou pneumopatia com
comprometimento funcional, insuficiência renal e diabetes mellitus;
Uso recente de antibióticos;
Tremores, icterícia, vômitos, rash cutâneo, alteração do estado
mental e sinais neurológicos focais novos
FEBRE - TRATAMENTOS
O Tratamento se consiste no uso de antitermicos – Dipirona,
Paracetamol, AAS;
Realização de banho e compressas frias também auxiliam na
diminuição da temperatura.
Também deve ser investigado o foco da febre, ou seja qual o
motivo que ocasionou essa elevação da temperatura;
HEMATÚRIA
Hematúria é a eliminação de hemácias na urina.
Pode ser macroscópica quando vista a olho nu ou microscópica
quando só é percebida ao exame microscópico do sedimento
urinário.
Nas diferentes faixas etárias, as etiologias de hematúria variam em
natureza e prevalência.
HEMATÚRIA
Hematúria alta ou glomerular:
É lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, que leva à
hiperfiltração de hemácias que se deformam ao passar pela parede
dos vasos, dando origem a um sedimento urinário com dimorfismo
eritrocitário e cilindros hemáticos.
Hematúria baixa ou não glomerular:
É observada quando as hemácias do sedimento urinário provêm de
via urinária, não havendo distorção da sua forma. Não há
dimorfismo nem cilindros hemáticos.
HEMATÚRIA
As causas mais comuns de hematúria são:
Cistite (inflamação ou infecção da bexiga);
Cálculos urinários;
Tumores de bexiga;
Tumores do rim;
Doenças da próstata (quer benignas quer malignas);
HEMATÚRIA
Alterações da coagulação do sangue;
Medicamentos (anticoagulantes, anti-agregantes plaquetários
e outros);
Doenças renais.
HEMATÚRIA
O tratamento para a hematúria dependerá exclusivamente do
diagnóstico, ele será indicado de acordo com o problema que causa
o sangramento na urina.
Suspensão de medicamentos anticoagulantes que podem causar
hematúria.
Mas se o problema for mais grave, o uso de soro para lavagem
costuma se fazer importante, sendo que em alguns casos, até
mesmo a transfusão de sangue deve ser uma opção, como acontece
com pacientes anêmicos.
LITÍASE RENAL
Estima-se que a incidência da cólica renal atinja de 1% a 10% da
população mundial ao longo da vida, com cerca de, pelo menos, uma
recidiva em 30% dos casos.
A experiência vivida no pronto-socorro por um indivíduo
apresentando cólica renal é bastante delicada devido à dor intensa,
muitas vezes referida como uma sensação intolerável que se
manifesta de maneira inespecífica, atingindo o flanco com irradiação
para o dorso, região suprapúbica e genital.
LITÍASE RENAL
Essa dor, proveniente do trato urinário superior, é consequência de
obstrução aguda em qualquer porção do ureter, desde a
junção ureteropiélica até o meato urinário.
Devido a essa obstrução, a drenagem ureteral fica
comprometida provoca a elevação da pressão pélvica com
possibilidade de dilatação do ureter e dor aguda. A dor pode ser
acompanhada de náuseas, vômitos, irritações vesicais e hematúria
ou presença microscópica de sangue.
LITÍASE RENAL
Diversos são os fatores de risco para a nefrolitíase ou urolitíase
Predisposição genética,
fatores epidemiológicos como clima quente, maior consumo de proteína
animal e sal, e sedentarismo.
A maior incidência é no sexo masculino e, principalmente, em pessoas
que se encontram entre 30 e 40 anos de idade. Alguns fatores contribuem
para o aparecimento da litíase renal como as alterações anatômicas do
trato urinário, patologias endócrinas que interferem no metabolismo do
cálcio, infecções urinárias, modificações do pH urinário, alguns fármacos
por meio de seus metabólitos ou alterações metabólicas.
LITÍASE RENAL
Você pode se perguntar como esses cálculos se formam. A
princípio, são como grãos de areia de depósitos minerais que se
acumulam até a formação do cálculo propriamente dito. Cerca de
75% a 80% de todos os cálculos renais são formados de oxalato de
cálcio. Como urgência urológica, requer intervenção de toda a
equipe multidisciplinar. A conduta será direcionada após a avaliação
clínica e diagnóstica, com prioridade para a minimização da dor.
DOR LOMBAR
 A dor lombar promove morbidade e
incapacidade, estando entre os distúrbios
dolorosos de maior incidência, perdendo apenas
para a cefaleia. Para o diagnóstico da dor lombar, a
história tem um caráter fundamental.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a lombalgia - dor que fica na parte inferior
das costas - afeta 80% da população mundial, pelo
menos uma vez na vida.
É um problema cada vez mais frequente nos
atendimentos de emergência;
DOR LOMBAR
 Atualmente é cerca de 30% dos atendimentos de urgência, mais
que o dobro da segunda queixa ortopédica mais frequente, a dor
articular.
Vale lembrar que a lombalgia é um sintoma que pode estar
relacionado a diversas causas, inclusive não ortopédicas.
Por isso, o caso pode começar na emergência de ortopedia e,
depois da triagem e avaliação clínica, ser encaminhado para outras
especialidades como em casos de infecções, doenças renais etc.
CAUSAS
Levantamento de peso de maneira inadequada
Falta de exercícios físicos regulares
Obesidade
Doenças reumáticas
Envelhecimento
Fatores emocionais
 Postura viciosa
ALERTAS
Tumor maligno ou infecção
Fratura
Síndrome da cauda equina, hernias
Úlcera péptica perfurada
Pancreatite
Colite e Proctite
Distúrbio Gênito-urinário
Problemas na aorta.
TRATAMENTOS
O tratamento da lombalgia passa por três fases:
- Na primeira (aguda), o objetivo é tentar melhorar a dor, geralmente com
medicações, compressas de gelo e quente, bem como outros métodos
associados como a acupuntura.
- Na segunda fase, passada a dor aguda, recomenda-se alongamento, exercícios
de equilíbrio e fisioterapia.
- Na terceira e última, o paciente faz exercícios de fortalecimento para evitar
novas crises e prevenir a dor.
Apenas em casos mais extremos de hérnia de disco, artrose exacerbada e alguns
neurológicos, pode haver necessidade de cirurgia.
DOR ABDOMINAL
As dores fortes abdominais na emergência continuam a representar um
diagnóstico desafiador.
Devido a ampla gama de possíveis diagnósticos. Variando de condições
benignas a potencialmente fatais que exigem intervenção imediata.
Saber diferenciar a dor de barriga comum, causada por acúmulo de gases ou
má digestão, das dores abdominais que indicam algum tipo de urgência, em que
muitas vezes é necessária cirurgia, é importante para evitar complicações.
DOR ABDOMINAL
 Normalmente uma situação de urgência abdominal é acompanhada de dores
abdominais que não melhoram com analgésicos comuns e persistem por
períodos mais longos.
Essas dores surgem com alguns outros sintomas sistêmicos, como febre,
calafrios, falta de apetite, queda do estado geral do paciente. Isso normalmente
significa que é algum problema mais sério e mais relevante.
DOR ABDOMINAL
Condições com risco de vida imediato:
Ruptura de aneurisma de aorta abdominal
Isquemia mesentérica
Perfuração do trato gastrointestinal (incluindo úlcera péptica, intestino,
esôfago ou apêndice)
Obstrução intestinal aguda
Gravidez ectópica
Descolamento de placenta
Infarto agudo do miocárdio
CEFALÉIA
 Enxaquecas afetam 15% da população brasileira;
 Cefaleia é um dos sintomas médicos mais frequentes. Mais de 95% da
população terá pelo menos um episódio de dor de cabeça ao longo da vida – ou
seja, é muito comum, embora não seja normal;
 Cerca de 90% das cefaleias que buscam atendimento médico se encaixam em
poucas categorias, como: enxaqueca, cefaleia tensional e cefaleia em salvas
CEFALÉIA
O grande problema com as cefaleias na emergência está exatamente nessa
diferenciação. Por isso, guarde bem: as cefaleias primárias são aquelas em que a
dor de cabeça é a própria doença – e são a maioria. Já as cefaleias secundárias
são sintomas de outras doenças potencialmente ameaçadoras à vida – e são
a minoria.
Esse discernimento, como você deve imaginar, é feito baseado em anamnese e
exame neurológico direcionados, com o objetivo de prevenir sequelas
neurológicas, consequências graves e até mesmo óbito.
Sinais de alerta – SNOOP
Os sinais de alerta, indicam que o quadro possui sinais de cefaleia secundária, e
assim o paciente pode estar desenvolvendo um quadro potencialmente grave.
Entre alguns deles, podemos citar:
 S – Systemic: sinais sistêmicos de toxemia, irritação meníngea, usuários de
imunossupressores, portadores de HIV e neoplasias, rash cutâneo, entre outros.
N – Neurologic: déficit neurológico focal (como perda de movimento em um
local específico do corpo, complicações visuais, de fala e audição), convulsão.
 O – Older: paciente com 50 anos ou mais.
O – Onset: cefaleia de início súbito ou primeira cefaleia.
P – Pattern: mudança no padrão, intensidade, frequência e duração do quadro.
Principais quadros clínicos de cefaleia primária na emergência
e seus tratamentos
Migrânea:
Também chamada de enxaqueca, é caracterizada por um quadro recorrente de
cefaleia unilateral de forte intensidade, pulsátil, com piora à atividade física e
duração variando de horas a dias.
O quadro pode ser precedido por sinais e sintomas neurológicos denominados
“auras” os quais costumam surgir em até 1 hora antes do evento.
Pode apresentar fatores associados como náuseas, vômitos, fotofobia
e fonofobia.
Tratamento:
Antiemético parenteral em caso de vômitos (ex: dimenidrato 30 mg IV
ou dimenidrato 50mg IM; dipirona 1g (2ml) IV)
Cetoprofeno 100mg IV diluído SF a 0,9% (100ml) ou 100mg IM;
Caso não haja melhora do quadro em 1h, faz-se o uso de sumatriptano 6mg
SC (1 seringa com 0,5ml), repetindo a dose, se necessário, em 2 horas.
Em caso de enxaqueca por mais de 72 horas, pode ser associado ao
tratamento dexametasona 10 mg, IV lento (ampola 10mg/2,5ml). Fique atento
para a presença de sinais de hipotensão arterial e/ou extrapiramidais (como
rigidez muscular e inquietude) causados pela medicação, orientando o paciente
a não levantar-se bruscamente.
Cefaleia tensional:
Caracterizada por dor em aperto ou pressão, bilateral, de intensidade leve a
moderada, não intensificada por atividade física. Pode estar associada a
náuseas, vômitos e foto ou fonofobia.
Tratamento:
Dipirona 1g a 2g de acordo com a intensidade do quadro, diluído em 100mL de
SF.
Trometamol 30mg diluído em 100 mL de SF.
Pode ser feito uso de relaxantes musculares e benzodiazepínicos como
clonazepam e alprazolam se necessário.
Cefaleia em salvas:
Caracterizada por um quadro unilateral geralmente de região supraorbital e/ou
temporal, de forte intensidade, com duração de 15 a 180 minutos associado a
sinais autonômicos como lacrimejamento, hiperemia conjuntival, miose ou
ptose ipsilateral entre outros.
Tratamento:
Máscara de oxigênio a 100% com fluxo de 10- 12 l/min durante 20 minutos;
Sumatriptano 6mg (SC, se disponível).
Caso o paciente tenha utilizado algum medicamento vasoconstrictor, o
sumatriptano deve ser evitado;
CRISE CONVULSIVA
Crise convulsiva são contrações musculares múltiplas, involuntárias,
descoordenadas, resultantes de um estímulo cerebral anormal, acompanhadas,
na maioria dos casos, de perda da consciência.
As células do cérebro se comunicam por impulsos eletrônicos ou por
neurotransmissores. Nas pessoas com epilepsia, essa comunicação é exagerada
em algumas regiões do órgão, com liberação de muitos neurotransmissores. Os
neurônios disparam de forma aleatória e gera a crise
CAUSAS
Epilepsia – causa mais comum;
Trauma;
Tumores cerebrais;
Febre elevada (em crianças menores de 6 anos);
Doença infecciosa como meningite e encefalites;
Abuso de álcool e drogas
O paciente em crise convulsiva não apresenta reflexo de deglutição e há um
acúmulo de saliva, sendo esta liberada em forma de espuma, pelo estímulo
excessivo dos músculos apresenta os dentes cerrados, a respiração se torna
irregular e ruidosa, o paciente também pode apresentar a liberação dos
esfíncteres
SINAIS DE GRAVIDADE
 Crise convulsiva prolongada (maior ou igual a 5 minutos);
 Sem recuperação da consciência entre as crises;
 Gravidez;
Ferimentos secundários à crise epiléptica;
 Primeira crise epiléptica (sem crises prévias).
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  • 2. FEBRE Febre é definida como elevação da temperatura corpórea em resposta a um estímulo. A medida mais confiável da temperatura corpórea é aquela tomada por via oral ou retal. Não há consenso a respeito da definição exata de febre em crianças. A maioria classifica como febre a temperatura retal acima de 38ºC, mas alguns consideram febre temperatura retal acima de 37,7ºC. A medida da temperatura axilar, timpânica ou por palpação são consideradas menos confiáveis. Apesar disso, em nosso meio a medida axilar é a mais usada. A temperatura axilar é 0,4 a 0,8 ºC menor do que a temperatura retal.
  • 3.
  • 4. FEBRE Febre é um sintoma muito comum na unidade de primeiro atendimento, que deve ser avaliado dentro de um leque de diagnósticos diferenciais. A doença decorrente de febre pode ser autolimitada ou incutir risco à vida ou morbidade incluindo a internação em unidade de terapia intensiva ou internação prolongada. O controle de temperatura é regulado pelo hipotálamo, a vasoconstrição produz sensação de frio nas mãos e nos pés, há desvio do fluxo sanguíneo para os órgãos internos que elevam a temperatura em 1 a 2 graus.
  • 5. FEBRE Uma vez que a temperatura alvo é atingida, o hipotálamo a mantém no estado febril, e quando o limiar térmico volta ao normal, há perda de calor por vasodilatação, sudorese e transpiração. Deve ser encarada como um sinal de alerta de que algo não está bem em nosso corpo. Muitas vezes as causas da febre não são identificadas, entretanto, muito comumente ela está associada a doenças inflamatórias e infecções. A febre pode ser causada também por distúrbios autoimunes, distúrbios endócrinos, traumatismos, neoplasias, hemorragias, entre vários problemas.
  • 6. FEBRE Sinais e Sintomas: Sensação de Cansaço Tremor Sudorese Ranger de Dentes Rubor Facial
  • 7. FEBRE Os fatores de risco na investigação da febre são: Retorno de viagem para zona endêmica de malária ou de doenças infecciosas; Infecção prévia pelo vírus HIV; Transplante de órgão; Quimioterapia ou radioterapia prévia nas últimas seis semanas; Uso de corticosteroides, drogas imunossupressoras, alcoolismo ou uso de drogas ilícitas intravenosas; .
  • 8. FEBRE Neoplasia, cardiopatia ou pneumopatia com comprometimento funcional, insuficiência renal e diabetes mellitus; Uso recente de antibióticos; Tremores, icterícia, vômitos, rash cutâneo, alteração do estado mental e sinais neurológicos focais novos
  • 9. FEBRE - TRATAMENTOS O Tratamento se consiste no uso de antitermicos – Dipirona, Paracetamol, AAS; Realização de banho e compressas frias também auxiliam na diminuição da temperatura. Também deve ser investigado o foco da febre, ou seja qual o motivo que ocasionou essa elevação da temperatura;
  • 10.
  • 11.
  • 12. HEMATÚRIA Hematúria é a eliminação de hemácias na urina. Pode ser macroscópica quando vista a olho nu ou microscópica quando só é percebida ao exame microscópico do sedimento urinário. Nas diferentes faixas etárias, as etiologias de hematúria variam em natureza e prevalência.
  • 13. HEMATÚRIA Hematúria alta ou glomerular: É lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, que leva à hiperfiltração de hemácias que se deformam ao passar pela parede dos vasos, dando origem a um sedimento urinário com dimorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos. Hematúria baixa ou não glomerular: É observada quando as hemácias do sedimento urinário provêm de via urinária, não havendo distorção da sua forma. Não há dimorfismo nem cilindros hemáticos.
  • 14. HEMATÚRIA As causas mais comuns de hematúria são: Cistite (inflamação ou infecção da bexiga); Cálculos urinários; Tumores de bexiga; Tumores do rim; Doenças da próstata (quer benignas quer malignas);
  • 15. HEMATÚRIA Alterações da coagulação do sangue; Medicamentos (anticoagulantes, anti-agregantes plaquetários e outros); Doenças renais.
  • 16. HEMATÚRIA O tratamento para a hematúria dependerá exclusivamente do diagnóstico, ele será indicado de acordo com o problema que causa o sangramento na urina. Suspensão de medicamentos anticoagulantes que podem causar hematúria. Mas se o problema for mais grave, o uso de soro para lavagem costuma se fazer importante, sendo que em alguns casos, até mesmo a transfusão de sangue deve ser uma opção, como acontece com pacientes anêmicos.
  • 17.
  • 18. LITÍASE RENAL Estima-se que a incidência da cólica renal atinja de 1% a 10% da população mundial ao longo da vida, com cerca de, pelo menos, uma recidiva em 30% dos casos. A experiência vivida no pronto-socorro por um indivíduo apresentando cólica renal é bastante delicada devido à dor intensa, muitas vezes referida como uma sensação intolerável que se manifesta de maneira inespecífica, atingindo o flanco com irradiação para o dorso, região suprapúbica e genital.
  • 19. LITÍASE RENAL Essa dor, proveniente do trato urinário superior, é consequência de obstrução aguda em qualquer porção do ureter, desde a junção ureteropiélica até o meato urinário. Devido a essa obstrução, a drenagem ureteral fica comprometida provoca a elevação da pressão pélvica com possibilidade de dilatação do ureter e dor aguda. A dor pode ser acompanhada de náuseas, vômitos, irritações vesicais e hematúria ou presença microscópica de sangue.
  • 20. LITÍASE RENAL Diversos são os fatores de risco para a nefrolitíase ou urolitíase Predisposição genética, fatores epidemiológicos como clima quente, maior consumo de proteína animal e sal, e sedentarismo. A maior incidência é no sexo masculino e, principalmente, em pessoas que se encontram entre 30 e 40 anos de idade. Alguns fatores contribuem para o aparecimento da litíase renal como as alterações anatômicas do trato urinário, patologias endócrinas que interferem no metabolismo do cálcio, infecções urinárias, modificações do pH urinário, alguns fármacos por meio de seus metabólitos ou alterações metabólicas.
  • 21. LITÍASE RENAL Você pode se perguntar como esses cálculos se formam. A princípio, são como grãos de areia de depósitos minerais que se acumulam até a formação do cálculo propriamente dito. Cerca de 75% a 80% de todos os cálculos renais são formados de oxalato de cálcio. Como urgência urológica, requer intervenção de toda a equipe multidisciplinar. A conduta será direcionada após a avaliação clínica e diagnóstica, com prioridade para a minimização da dor.
  • 22.
  • 23. DOR LOMBAR  A dor lombar promove morbidade e incapacidade, estando entre os distúrbios dolorosos de maior incidência, perdendo apenas para a cefaleia. Para o diagnóstico da dor lombar, a história tem um caráter fundamental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a lombalgia - dor que fica na parte inferior das costas - afeta 80% da população mundial, pelo menos uma vez na vida. É um problema cada vez mais frequente nos atendimentos de emergência;
  • 24. DOR LOMBAR  Atualmente é cerca de 30% dos atendimentos de urgência, mais que o dobro da segunda queixa ortopédica mais frequente, a dor articular. Vale lembrar que a lombalgia é um sintoma que pode estar relacionado a diversas causas, inclusive não ortopédicas. Por isso, o caso pode começar na emergência de ortopedia e, depois da triagem e avaliação clínica, ser encaminhado para outras especialidades como em casos de infecções, doenças renais etc.
  • 25. CAUSAS Levantamento de peso de maneira inadequada Falta de exercícios físicos regulares Obesidade Doenças reumáticas Envelhecimento Fatores emocionais  Postura viciosa
  • 26. ALERTAS Tumor maligno ou infecção Fratura Síndrome da cauda equina, hernias Úlcera péptica perfurada Pancreatite Colite e Proctite Distúrbio Gênito-urinário Problemas na aorta.
  • 27. TRATAMENTOS O tratamento da lombalgia passa por três fases: - Na primeira (aguda), o objetivo é tentar melhorar a dor, geralmente com medicações, compressas de gelo e quente, bem como outros métodos associados como a acupuntura. - Na segunda fase, passada a dor aguda, recomenda-se alongamento, exercícios de equilíbrio e fisioterapia. - Na terceira e última, o paciente faz exercícios de fortalecimento para evitar novas crises e prevenir a dor. Apenas em casos mais extremos de hérnia de disco, artrose exacerbada e alguns neurológicos, pode haver necessidade de cirurgia.
  • 28.
  • 29. DOR ABDOMINAL As dores fortes abdominais na emergência continuam a representar um diagnóstico desafiador. Devido a ampla gama de possíveis diagnósticos. Variando de condições benignas a potencialmente fatais que exigem intervenção imediata. Saber diferenciar a dor de barriga comum, causada por acúmulo de gases ou má digestão, das dores abdominais que indicam algum tipo de urgência, em que muitas vezes é necessária cirurgia, é importante para evitar complicações.
  • 30. DOR ABDOMINAL  Normalmente uma situação de urgência abdominal é acompanhada de dores abdominais que não melhoram com analgésicos comuns e persistem por períodos mais longos. Essas dores surgem com alguns outros sintomas sistêmicos, como febre, calafrios, falta de apetite, queda do estado geral do paciente. Isso normalmente significa que é algum problema mais sério e mais relevante.
  • 31. DOR ABDOMINAL Condições com risco de vida imediato: Ruptura de aneurisma de aorta abdominal Isquemia mesentérica Perfuração do trato gastrointestinal (incluindo úlcera péptica, intestino, esôfago ou apêndice) Obstrução intestinal aguda Gravidez ectópica Descolamento de placenta Infarto agudo do miocárdio
  • 32. CEFALÉIA  Enxaquecas afetam 15% da população brasileira;  Cefaleia é um dos sintomas médicos mais frequentes. Mais de 95% da população terá pelo menos um episódio de dor de cabeça ao longo da vida – ou seja, é muito comum, embora não seja normal;  Cerca de 90% das cefaleias que buscam atendimento médico se encaixam em poucas categorias, como: enxaqueca, cefaleia tensional e cefaleia em salvas
  • 33. CEFALÉIA O grande problema com as cefaleias na emergência está exatamente nessa diferenciação. Por isso, guarde bem: as cefaleias primárias são aquelas em que a dor de cabeça é a própria doença – e são a maioria. Já as cefaleias secundárias são sintomas de outras doenças potencialmente ameaçadoras à vida – e são a minoria. Esse discernimento, como você deve imaginar, é feito baseado em anamnese e exame neurológico direcionados, com o objetivo de prevenir sequelas neurológicas, consequências graves e até mesmo óbito.
  • 34. Sinais de alerta – SNOOP Os sinais de alerta, indicam que o quadro possui sinais de cefaleia secundária, e assim o paciente pode estar desenvolvendo um quadro potencialmente grave. Entre alguns deles, podemos citar:  S – Systemic: sinais sistêmicos de toxemia, irritação meníngea, usuários de imunossupressores, portadores de HIV e neoplasias, rash cutâneo, entre outros. N – Neurologic: déficit neurológico focal (como perda de movimento em um local específico do corpo, complicações visuais, de fala e audição), convulsão.  O – Older: paciente com 50 anos ou mais. O – Onset: cefaleia de início súbito ou primeira cefaleia. P – Pattern: mudança no padrão, intensidade, frequência e duração do quadro.
  • 35. Principais quadros clínicos de cefaleia primária na emergência e seus tratamentos Migrânea: Também chamada de enxaqueca, é caracterizada por um quadro recorrente de cefaleia unilateral de forte intensidade, pulsátil, com piora à atividade física e duração variando de horas a dias. O quadro pode ser precedido por sinais e sintomas neurológicos denominados “auras” os quais costumam surgir em até 1 hora antes do evento. Pode apresentar fatores associados como náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia.
  • 36. Tratamento: Antiemético parenteral em caso de vômitos (ex: dimenidrato 30 mg IV ou dimenidrato 50mg IM; dipirona 1g (2ml) IV) Cetoprofeno 100mg IV diluído SF a 0,9% (100ml) ou 100mg IM; Caso não haja melhora do quadro em 1h, faz-se o uso de sumatriptano 6mg SC (1 seringa com 0,5ml), repetindo a dose, se necessário, em 2 horas. Em caso de enxaqueca por mais de 72 horas, pode ser associado ao tratamento dexametasona 10 mg, IV lento (ampola 10mg/2,5ml). Fique atento para a presença de sinais de hipotensão arterial e/ou extrapiramidais (como rigidez muscular e inquietude) causados pela medicação, orientando o paciente a não levantar-se bruscamente.
  • 37. Cefaleia tensional: Caracterizada por dor em aperto ou pressão, bilateral, de intensidade leve a moderada, não intensificada por atividade física. Pode estar associada a náuseas, vômitos e foto ou fonofobia. Tratamento: Dipirona 1g a 2g de acordo com a intensidade do quadro, diluído em 100mL de SF. Trometamol 30mg diluído em 100 mL de SF. Pode ser feito uso de relaxantes musculares e benzodiazepínicos como clonazepam e alprazolam se necessário.
  • 38. Cefaleia em salvas: Caracterizada por um quadro unilateral geralmente de região supraorbital e/ou temporal, de forte intensidade, com duração de 15 a 180 minutos associado a sinais autonômicos como lacrimejamento, hiperemia conjuntival, miose ou ptose ipsilateral entre outros. Tratamento: Máscara de oxigênio a 100% com fluxo de 10- 12 l/min durante 20 minutos; Sumatriptano 6mg (SC, se disponível). Caso o paciente tenha utilizado algum medicamento vasoconstrictor, o sumatriptano deve ser evitado;
  • 39. CRISE CONVULSIVA Crise convulsiva são contrações musculares múltiplas, involuntárias, descoordenadas, resultantes de um estímulo cerebral anormal, acompanhadas, na maioria dos casos, de perda da consciência. As células do cérebro se comunicam por impulsos eletrônicos ou por neurotransmissores. Nas pessoas com epilepsia, essa comunicação é exagerada em algumas regiões do órgão, com liberação de muitos neurotransmissores. Os neurônios disparam de forma aleatória e gera a crise
  • 40. CAUSAS Epilepsia – causa mais comum; Trauma; Tumores cerebrais; Febre elevada (em crianças menores de 6 anos); Doença infecciosa como meningite e encefalites; Abuso de álcool e drogas
  • 41. O paciente em crise convulsiva não apresenta reflexo de deglutição e há um acúmulo de saliva, sendo esta liberada em forma de espuma, pelo estímulo excessivo dos músculos apresenta os dentes cerrados, a respiração se torna irregular e ruidosa, o paciente também pode apresentar a liberação dos esfíncteres
  • 42. SINAIS DE GRAVIDADE  Crise convulsiva prolongada (maior ou igual a 5 minutos);  Sem recuperação da consciência entre as crises;  Gravidez; Ferimentos secundários à crise epiléptica;  Primeira crise epiléptica (sem crises prévias).
  • 43.