O documento discute a importância do raciocínio espacial no processo de projeto arquitetônico. Apresenta a evolução do conceito de espaço na filosofia e geometria e como a geometria descritiva pode desenvolver a visão tridimensional necessária para projetar espaços arquitetônicos. Também discute como ferramentas como softwares 3D e métodos de representação espacial apoiam o domínio do raciocínio espacial.
1. SISTEMAS PROJETIVOS E O
SISTEMAS PROJETIVOS E O
RACIOCÍNIO ESPACIAL
RACIOCÍNIO ESPACIAL
ATRAVÉS DA GEOMETRIA
ATRAVÉS DA GEOMETRIA
DESCRITIVA
DESCRITIVA
A importância do raciocínio
A importância do raciocínio
espacial no processo de projeto.
espacial no processo de projeto.
Wagner CamachoWagner Camacho
3. Espaço?
Espaço?
Partindo de Platão e Archytas em suas
Partindo de Platão e Archytas em suas
reflexões sobre o espaço, a filosofia
reflexões sobre o espaço, a filosofia
grega reconhece o espaço vazio, sua
grega reconhece o espaço vazio, sua
existência concreta, palpável e, mais
existência concreta, palpável e, mais
que isso, sua configuração e modo de
que isso, sua configuração e modo de
arranjo que jamais seria um elemento
arranjo que jamais seria um elemento
neutro, em qualquer caso, seria um
neutro, em qualquer caso, seria um
elemento ativo e efetivo.
elemento ativo e efetivo.
Newton sugere uma diferenciação entre os espaços:
Newton sugere uma diferenciação entre os espaços:
o conceito abstrato de espaço absoluto
o conceito abstrato de espaço absoluto
(matemático e geométrico), existe em sua própria natureza,
(matemático e geométrico), existe em sua própria natureza,
sem nenhuma relação externa, permaneceria eternamente
sem nenhuma relação externa, permaneceria eternamente
igual e imóvel
igual e imóvel
o espaço da experiência, relativo seria uma
o espaço da experiência, relativo seria uma
parte do espaço absoluto determinada por nossos sentidos
parte do espaço absoluto determinada por nossos sentidos
com base na posição dos nossos corpos. Uma separação
com base na posição dos nossos corpos. Uma separação
que viria a prevalecer desde então até o presente na
que viria a prevalecer desde então até o presente na
crescente tendência às especializações disciplinares.
crescente tendência às especializações disciplinares.
4. Projeto?
Projeto?
Projeto:
Projeto:
É único/operação contínua
É único/operação contínua
Início|Meio|Fim (temporal)
Início|Meio|Fim (temporal)
Conjunto de atividades
Conjunto de atividades
interrelacionadas para atingir um
interrelacionadas para atingir um objetivo
objetivo
Objetivo:
Objetivo:
Produto/Serviço Final
Produto/Serviço Final
Meta – O que?
Meta – O que?
–– Quantificável
Quantificável–– Prazo
PrazoO quê? (Objeto de Produção)
O quê? (Objeto de Produção)
Justificativa:
Justificativa:Porque?
Porque?
Benefícios
Benefícios
5. ProjetoxEspaço
ProjetoxEspaço
Projeto
Projeto
Arquitetônico
Arquitetônico
Raciocínio
Raciocínio
Espacial
Espacial
É no final do século dezenove
É no final do século dezenove
que o conceito de espaço é introduzido
que o conceito de espaço é introduzido
na teoria da arquitetura e nas artes em
na teoria da arquitetura e nas artes em
geral. Sendo desenvolvido na
geral. Sendo desenvolvido na
arquitetura um conceito mais
arquitetura um conceito mais
antropológico de espaço.
antropológico de espaço.
No contexto da arquitetura que o
No contexto da arquitetura que o
corpo humano se torna a base para a
corpo humano se torna a base para a
vivência e recepção dos espaços
vivência e recepção dos espaços
construídos.
construídos.
O papel do corpo é central.
O papel do corpo é central.
6. CorpoHumano
CorpoHumano
É no espaço do edifício que o
É no espaço do edifício que o
corpo humano se movimenta, são
corpo humano se movimenta, são
nos vazios que a experimentação
nos vazios que a experimentação
arquitetônica é vivida e sentida.
arquitetônica é vivida e sentida.
7. Método
Método
O projeto arquitetônico
O projeto arquitetônico
depende de uma séries de
depende de uma séries de
informações que deve ser
informações que deve ser
transmitidas para chegar ao
transmitidas para chegar ao
produto final, à
produto final, à
materialização do projeto.
materialização do projeto.DIÁLOGO DE IDÉIAS
DIÁLOGO DE IDÉIAS
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃOLINGUAGEM
LINGUAGEM
8. Método
Método
A geometria descritiva é uma
A geometria descritiva é uma
ciência desenvolvida no
ciência desenvolvida no
século XVIII por Gaspar
século XVIII por Gaspar
Monge com o objetivo de
Monge com o objetivo de
otimizar o projeto e a
otimizar o projeto e a
construção de fortificações.
construção de fortificações.
Um dos objetivos do ensino
Um dos objetivos do ensino
de geometria descritiva é
de geometria descritiva é
despertar no aprendiz a
despertar no aprendiz a
capacidade de abstração,
capacidade de abstração,
além de desenvolver a visão
além de desenvolver a visão
e o raciocínio tridimensional.
e o raciocínio tridimensional.
9. Método
Método
Uma das primeiras coisas
Uma das primeiras coisas
descobertas do homem é que os
descobertas do homem é que os
objetos em ao seu redor possuem
objetos em ao seu redor possuem
materiais, formas, cores e tamanhos
materiais, formas, cores e tamanhos
diferentes. Desde muito cedo, as
diferentes. Desde muito cedo, as
pessoas lidam diariamente com a
pessoas lidam diariamente com a
disposição de elementos variados.
disposição de elementos variados.
Áreas de Engenharia, Arquitetura,
Áreas de Engenharia, Arquitetura,
Design e afins, exigem do profissional
Design e afins, exigem do profissional
percepção, representação e raciocínio
percepção, representação e raciocínio
espacial. Essas habilidades, muitas
espacial. Essas habilidades, muitas
vezes conquistadas na vida cotidiana,
vezes conquistadas na vida cotidiana,
têm seus procedimentos e técnicas
têm seus procedimentos e técnicas
potencializadas em cursos técnicos e
potencializadas em cursos técnicos e
superiores. Assim, os profissionais da
superiores. Assim, os profissionais da
área de desenho aguçam sua
área de desenho aguçam sua
percepção visual, capacidade de
percepção visual, capacidade de
imaginar e representar objetos.
imaginar e representar objetos.
10. VisãoEspacial
VisãoEspacial
Na visão e raciocínio espacial do arquiteto, as
Na visão e raciocínio espacial do arquiteto, as
linhas não devem existir, mas sim paredes, lajes.
linhas não devem existir, mas sim paredes, lajes.
Aquele que domina esta capacidade no projeto
Aquele que domina esta capacidade no projeto
não terá surpresas quando se deparar com o
não terá surpresas quando se deparar com o
produto final resultante de seu projeto
produto final resultante de seu projeto
11. Visão Espacial
Visão Espacial
““A planta é de certo modo um sumário, algo como uma índice
A planta é de certo modo um sumário, algo como uma índice
analítico, e de modo tão condensado que parece clara como um
analítico, e de modo tão condensado que parece clara como um
cristal. E, como figura geométrica, ela contém uma quantidade
cristal. E, como figura geométrica, ela contém uma quantidade
enorme de ideias e o impulso de uma intenção.”
enorme de ideias e o impulso de uma intenção.”
Le Corbusier
Le Corbusier
12. Limitações
Limitações
A base de todos os sólidos é a
A base de todos os sólidos é a
mesma, porém são todos diferentes.
mesma, porém são todos diferentes.
18. PassosdeBebê
PassosdeBebê
O projeto do espaço é expansivo em forma
O projeto do espaço é expansivo em forma
volumétrica, ele foge do plano cartesiano e
volumétrica, ele foge do plano cartesiano e
assume tridimensionalidade, para ter controle
assume tridimensionalidade, para ter controle
pleno sobre ele, métodos, ferramentas e uma
pleno sobre ele, métodos, ferramentas e uma
afiada visão espacial são necessárias.
afiada visão espacial são necessárias.
19. Le Corbusier (1931). Towards a New Architecture. London: J. Rodker
GROSSI, F. Visão Espacial x Inteligência Tridimensional. In: Revista Educação Gráfica,
Bauru, v.3, n.3, p. 31-36, 1999.
RAMOS, Evandro de M. Percepção visual e representação gráfica. In: GRAPHICA 2005
– XVII Simpósio Nacional de Geometria Descritiva e Desenho Técnico, VI International
Conference on Graphics engineering for Arts and Design, GRAPHICA 2005. Recife:
Universidade Federal de Pernambuco, 2005.
SOARES, C. C. P.; Computação Gráfica: uma mudança nos paradigmas das técnicas
de representação. In: GRAPHICA 2005 – XVII Simpósio Nacional de Geometria Descritiva
e Desenho Técnico, VI International Conference on Graphics engineering for Arts and
Design, GRAPHICA 2005. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2005.