2. @ligiafascioni
Hoje participei da Asia Pacific Berlin Week : Conference
on Innovation, evento patrocinado por um projeto de
cooperação entre os países asiáticos da costa do
Pacífico e a Alemanha.
Para quem estuda inovação há tempo, não tinha muita
coisa nova, mas foi bom para ver que as informações
que estou compartilhando em palestras, textos e vídeos
estão perfeitamente atualizadas.
3. @ligiafascioni
A primeira palestra, de Ruo-Mei Chua, uma
consultora baseada em Singapura, falou sobre o que
as empresas precisam para continuar relevantes no
mercado. Basicamente o que sempre falo nas minhas
palestras sobre inovação: a ênfase na empatia e na
criatividade do ser humano. Aliás, ela fechou com
uma frase de Li Kai Fu que achei ótima:
“Deixe os robôs serem robôs, e os humanos,
humanos”.
4. @ligiafascioni
Depois teve um painel com debatedores da China,
Singapura e Alemanha sobre o que significa e
como se transformar numa organização à prova de
futuro.
Mais do mesmo: ênfase no humano, na educação,
e, para surpresa de ninguém, destaque para a
filosofia e as ciências humanas/sociais.
5. @ligiafascioni
A palestra seguinte foi do consultor em Design
Thinking Nav Qirti, um indiano que dirige uma
empresa em Singapura. Ele falou sobre o que mata a
inovação:
1. miopia ou falta de imaginação;
2. mente de macaco, que pula direto para
a solução; é um termo budista que se refere ao
superficial, que copia sem refletir, nervoso,
confuso.
3. inércia ou não agir por medo de falhar.
6. @ligiafascioni
Para cada um dos problemas, ele sugere uma nova
abordagem.
Ver e observar com atenção, pode corrigir o problema da
miopia; parar, pensar e refletir, pode controlar a mente de
macaco. E, principalmente, sair da inércia, fazendo coisas e
realizando projetos com a participação de outros (co-criação).
Que, não por acaso, descrevem os principais passos do
design thinking: entender, idear e iterar (com prototipação
rápida e testes).
7. @ligiafascioni
Ele enfatizou que crescemos, desde crianças, com
proibições: não se pode desobedecer regras, não se
pode questionar, não se pode perguntar muito.
E depois de adultas, cobram das pessoas que sejam
inovadoras; aí fica difícil.
Para fechar, ele enfatizou que a empatia é a chave
para solucionar efetivamente problemas.
8. @ligiafascioni
Em seguida, mais um painel de debates sobre como
os governos podem usar a tecnologia para aumentar
a participação da socidade nas decisões e na busca
pela solução dos problemas, com exemplos de
aplicativos na Alemanha, China e Taiwan.
Para finalizar, uma palestra sobre Inteligência Artificial
e outra sobre Internet das Coisas. Ambas mostraram
conteúdo que já apresentamos nos programas sobre
os respectivos temas no nosso canal do Youtube
Berlim Tech Talks.
9. @ligiafascioni
A mensagem final, repetida com ênfase por
todos os palestrantes e debatedores é que os
governos precisam investir pesado em
pesquisa de base e educação.
E também que sem estudos aprofundados em
filosofia e ciências humanas, seremos
atropelados pelo futuro.
10. @ligiafascioni
A parte triste é que no painel que mostrava as
dezenas de países que estavam na corrida,
nenhuma bandeirinha do Brasil…