Donald Trump foi eleito presidente dos EUA em 2016. Sem experiência política, o empresário bilionário venceu Hillary Clinton com discursos centrados nas frustrações dos americanos. Nascido em 1946, Trump construiu um império imobiliário e se tornou uma celebridade com o programa The Apprentice.
The planing for Kutamba Dance pilot project in Mutare, Zimbabwe for the period of October-December 2013
NB: Want to use Dance Leadership Skills training? Contact us through Facebook at @svikaworks
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Hali Kolkind & Kerrie Maleski
Informing students about ways in which they can continue the Get Out the Vote campaign by working to motivate students to go to the polls and vote on Election Day.
Este artigo tem por objetivo apresentar a trajetória desastrosa e antidemocrática do governo Donald Trump que durante seu mandato como presidente dos Estados Unidos fez com que o fascismo crescesse enormemente, atentou contra o meio ambiente global, enfraqueceu o papel dos Estados Unidos na cena mundial, tornou o sistema internacional mais instável com sua política antiglobalização, anti-ONU, anti-OMS, anti-OTAN, fracassou no combate ao novo Coronavirus e está assumindo um posicionamento golpista ao não reconhecer a vitória de Joe Biden e pretender se manter no poder apesar de sua derrota no colégio eleitoral e ser rejeitado pela grande maioria da população norte-americana.
A chegada de Donald Trump à Casa Branca pode provocar mudanças significativas em relação ao futuro dos Estados Unidos e do mundo. Diante do discurso de posse e das promessas de campanha de Trump, pode-se descortinar os cenários seguintes: 1) avanço do protecionismo nos Estados Unidos e no mundo; 2) fim da globalização do sistema produtivo e do livre comércio; 3) deportação em massa de imigrantes, especialmente, os ilegais dos Estados Unidos; 4) deterioração das relações econômicas com a China; 5) mudanças na maior aliança militar do mundo (OTAN); 6) aumento das tensões militares com a China e Coreia do Norte no Extremo-Oriente; 7) revisão de acordo nuclear com o Irã; 8) fim dos acordos climáticos; e, 9) formação de um acordo de poder global com a Rússia.
Nas eleições presidenciais norte-americanas se confrontam Hillary Clinton que defende a globalização e a manutenção do equilíbrio de poder entre as grandes potências no plano internacional e Donald Trump que se opõe à globalização e busca a retomada da hegemonia mundial pelos Estados Unidos. Donald Trump, que representa uma reação visando reverter o declínio mundial dos Estados Unidos, mostra um comportamento político marcado pela preocupação obsessiva contra o declínio econômico, a humilhação e a vitimização do país e na defesa do culto compensatório da unidade e energia nacional, na qual buscaria através da violência redentora e sem controles éticos ou legais objetivos de expansão externa. A atuação de Trump poderia levar ao risco de instabilidade internacional e, consequentemente, de conflagração mundial.
Mergulhado na agitação permanente, o jovem que nos anos cinquenta deslumbrou o mundo com a gramática gerativa e seus universais, longe de descansar sobre as glórias do filósofo, optou pelo movimento contínuo. Não se importou com que o acusassem de antiamericano ou extremista. Sempre seguiu em frente com valentia, enfrentando os demônios do capitalismo − sejam os grandes bancos, os conglomerados militares ou Donald Trump.
É possível que a ESG influencie a política? | Paulo Dalla Nora MacedoPaulo Dalla Nora Macedo
Paulo Dalla faz uma apresentação nesta apresentação. Nora Macedo discute Será que a ESG influenciará a política? Paulo Dalla Nora Macedo é um experiente empresário-executivo com um histórico de sucesso no lançamento, crescimento e consolidação (modelo de empresa plataforma) de negócios em mercados emergentes. Você pode entrar em contato com ele para obter mais informações.
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Este artigo tem por objetivo apresentar a trajetória desastrosa e antidemocrática do governo Donald Trump que durante seu mandato como presidente dos Estados Unidos fez com que o fascismo crescesse enormemente, atentou contra o meio ambiente global, enfraqueceu o papel dos Estados Unidos na cena mundial, tornou o sistema internacional mais instável com sua política antiglobalização, anti-ONU, anti-OMS, anti-OTAN, fracassou no combate ao novo Coronavirus e está assumindo um posicionamento golpista ao não reconhecer a vitória de Joe Biden e pretender se manter no poder apesar de sua derrota no colégio eleitoral e ser rejeitado pela grande maioria da população norte-americana.
A chegada de Donald Trump à Casa Branca pode provocar mudanças significativas em relação ao futuro dos Estados Unidos e do mundo. Diante do discurso de posse e das promessas de campanha de Trump, pode-se descortinar os cenários seguintes: 1) avanço do protecionismo nos Estados Unidos e no mundo; 2) fim da globalização do sistema produtivo e do livre comércio; 3) deportação em massa de imigrantes, especialmente, os ilegais dos Estados Unidos; 4) deterioração das relações econômicas com a China; 5) mudanças na maior aliança militar do mundo (OTAN); 6) aumento das tensões militares com a China e Coreia do Norte no Extremo-Oriente; 7) revisão de acordo nuclear com o Irã; 8) fim dos acordos climáticos; e, 9) formação de um acordo de poder global com a Rússia.
Nas eleições presidenciais norte-americanas se confrontam Hillary Clinton que defende a globalização e a manutenção do equilíbrio de poder entre as grandes potências no plano internacional e Donald Trump que se opõe à globalização e busca a retomada da hegemonia mundial pelos Estados Unidos. Donald Trump, que representa uma reação visando reverter o declínio mundial dos Estados Unidos, mostra um comportamento político marcado pela preocupação obsessiva contra o declínio econômico, a humilhação e a vitimização do país e na defesa do culto compensatório da unidade e energia nacional, na qual buscaria através da violência redentora e sem controles éticos ou legais objetivos de expansão externa. A atuação de Trump poderia levar ao risco de instabilidade internacional e, consequentemente, de conflagração mundial.
Mergulhado na agitação permanente, o jovem que nos anos cinquenta deslumbrou o mundo com a gramática gerativa e seus universais, longe de descansar sobre as glórias do filósofo, optou pelo movimento contínuo. Não se importou com que o acusassem de antiamericano ou extremista. Sempre seguiu em frente com valentia, enfrentando os demônios do capitalismo − sejam os grandes bancos, os conglomerados militares ou Donald Trump.
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Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
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ConheçaDonaldTrump,opresidenteeleitodosEstadosUnidos
Sem experiência política, empresário venceu Hillary Clinton.
Ele gosta de dizer que começou negócios com 'empréstimo' de seu pai.
Do G1, em São Paulo
O republicano Donald Trump, novo presidente eleito dos Estados Unidos é conhecido pelo
temperamento explosivo e pelas declarações polêmicas. Sem experiência política anterior, o
empresáriobilionário,de70 anos,conseguiuimporuma amargaderrotaà ex-primeira-dama
e ex-secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Com discursos centrados nas frustrações e inseguranças dos americanos em um mundo em
mutação, tornou-se a voz da mudança para milhões deles.
Nascido em 14 de junho de 1946 no bairro nova-iorquino do Queens, Trump é o quarto dos
cinco filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de
casa de procedência escocesa.
Desde criança ele mostrava um comportamento rebelde, tanto que seu pai teve que tirá-lo
da escola aos 13 anos, onde havia agredido um professor, e interná-lo na Academia Militar
de Nova York, com a esperança de que a disciplina militar corrigisse a atitude de seu filho.
“Uma vez jogou um bolo de aniversário em todo mundo numa festa, outra vez jogou um
apagadornumprofessor,queficoucomoolhoroxo.Opaidevezemquandorecebialigações
da escola dizendo: o ‘Donald não está se comportando’. E ficava muito frustrado”, relatou o
biógrafo Michael D'Antonio ao Jornal Nacional.
Aparentemente, o pequeno Donald "era um valentão boca suja" que adorava "dizer
palavrões a todo volume", segundo o médico Steve Nachtigall, de 66 anos, que sofreu com
suas travessuras.
Trump graduou-se em 1964 na academia, onde alcançou a patente de capitão e vislumbrava
seu destino: "Um dia, serei muito famoso", comentou então ao cadete Jeff Ortenau.
Em 1968, o hoje magnata formou-se em Economia na Escola Wharton da Universidade da
Pensilvânia, e se transformou no favorito para suceder seu pai no comando da empresa
familiar, Elisabeth Trump & Son, dedicada ao aluguel de imóveis de classe média nos bairros
nova-iorquinos de Brooklyn, Queens e Staten Island.
Trump assumiu em1971asrédeasda companhia,rebatizada como TheTrumpOrganization,
e se mudou para a Manhattan. Enquanto seu pai construía casas para a classe média, ele
optou pelas torres luxuosas, hotéis, casinos e campos de golfe. Trump gosta de dizer que
começou seus próprios negócios modestamente, com “um pequeno empréstimo de US$ 1
milhão” de seu pai.
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Já nos anos 1980, tinha em construção diversos empreendimentos na cidade, incluindo a
Trump tower, o Trump Plaza, além de cassinos em Atlantic City, em Nova Jersey. Casou-se
pelaprimeiravezem1977,comamodelotchecaIvanaZelníčková,comquemtemtrêsfilhos,
e pela segunda vez em 1993, com a atriz Marla Maples, com quem tem uma filha.
Em 2011, se casou com sua atual mulher, Melania Knauss, ex-modelo eslovena de 46 anos
que cria seu filho Barron, de 10 anos. Ela foi colocada longe dos holofotes durante a
campanha. Já seus filhos adultos, Ivanka, Donald Jr., Eric Tiffany participam da corrida
eleitoral. Trump tem sete netos.
Na começo da década de 90, três dos seus cassinos entraram falência por causa de dívidas,
na tentativa de reestruturá-las. Em 1996, comprou os direitos dos concursos Miss USA, Miss
Universo e Miss Teen, tornando-se seu produtor executivo.
Oito anos mais tarde, tornaria-se figura pública ainda mais conhecida ao virar apresentador
do programa “The Apprentice”, em que tinha o poder de demitir os participantes.
Apesar de afirmar ter US$ 10 bilhões, sua fortuna foi estimada em US$ 4,5 bilhões pela
Forbes. Em 2014, o Partido Republicano sugeriu que concorresse ao governo de Nova York,
mas Trump disse que o cargo não lhe interessava.
Trump mora em um triplex no topo da Torre Trump em Nova York, e viaja em seu Boeing
757 privado, que serve regularmente como pano de fundo para seus comícios.
Cabelo tingido de loiro, impecavelmente vestido, ele fascina e horroriza. Quando uma dúzia
de mulheres o acusaram de assédio e gestos sexuais impróprios, ele tratou todas de
mentirosas.
Trump não é dos mais fiéis a ideologia: foi democrata até 1987 e, em seguida, republicano
(1987-1999), membro do partido da Reforma (1999-2001), democrata (2001-2009), e
republicano novamente. Durante a sua carreira foi alvo de dezenas de processos civis
relacionados aos seus negócios.
Recusou-se a publicar seu imposto de renda - uma tradição para oscandidatosà Casa Branca
- e reconheceu que não tinha pago impostos federais durante anos, depois de informar
enormes perdas de US$ 916 milhões em 1995. "Isto faz de mim uma pessoa inteligente",
disse ele, mais uma vez causando enorme polêmica.
Veja as propostas e ideias do candidato:
Política Externa/Defesa
Em um longo discurso sobre o assunto, Trump deixou claro que os EUA estarão sempre em
primeiro lugar, mesmo que para isso precise sacrificar os interesses de seus aliados mais
próximos. Ele reclama que os “amigos” estão dependentes demais dos EUA e que os rivais
não mais respeitam ou se sentem ameaçados pelo país.
Trump quer ampliar o poder militar dos EUA, afirmando que o país sob seu governo se
tornaria tão poderoso e ameaçador que não sofreria ameaças de absolutamente ninguém.
O candidato defende a adoção de táticas de tortura e diz que poderia aprovar técnicas ainda
mais duras do que o “waterboarding”, um tipo de afogamento proibido atualmente.
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Ele diz ainda que os EUA precisam ser “imprevisíveis” e se diz aberto ao uso de armas
nucleares, inclusive como reação a ataques terroristas como os ocorridos em Bruxelas, na
Bélgica, no início de 2016. Trump também defende que o país se volte à sua própria defesa
equealiadoscomoJapãoepaíseseuropeusprecisaminvestirmaisemsuaprópriasegurança
e parar de depender da ajuda dos EUA.
O candidato disse que pretende modernizar o arsenal nuclear, e prometeu buscar uma
convivência pacífica com países como China e Rússia, mas garantiu que irá traçar um limite
e responder duramente quando alguém o ultrapassar.
Prometeu ainda impedir o avanço do islamismo radical trabalhando de perto com aliados no
mundo muçulmano, mas cobrando respeito e gratidão dos países que forem ajudados pelos
EUA.
Economia
A baseeconômicade Trump é apromessade aumentodeempregos,umde seustemasmais
frequentes. Ele diz que os EUA deixarão de perder indústrias e empregos para a China e o
México, e nesse sentido ameaça penalizar empresas que queiram deixar o país. Trump
afirma que pretende aumentar impostos para quem o fizer ou para quem não empregar
preferencialmenteamericanose chegou aafirmarquequer “obrigar”a Applea fabricarseus
produtos nos Estados Unidos.
Em relação a impostos, ele já prometeu aumentar a taxação dos ricos para diminuir a dos
pobres, voltando atrásdepois. Ele agora diz que pretende simplificar e reduzir impostos para
todos os americanos e que também quer que empresas paguem menos. Trump promete
ainda cortar muitos gastos do governo e sugeriu em entrevista à MSNBC que uma de suas
primeiras ações para que isso seja alcançado poderia ser cortar o Departamento de
Educação.
Saúde
Donald Trump promete revogar o Obamacare, a lei pela qual todo americano deve ter plano
de saúde, em seu primeiro dia de mandato. Ele sinaliza em seu site que pretende seguir os
princípios do livre mercado e diz que “o melhor programa social sempre será um emprego”.
Por isso, acredita que a criação de mais empregos e a melhora da economia possibilitará que
a grande maioria dos americanos pague por suas despesas de saúde sem depender do
governo.
O Medicaid seria centrado em cada estado,sem interferênciado governofederal. Ele diz que
a compra de seguros de saúde não deve ser obrigatória, mas que estes deverão ser
oferecidos em todos os estados, sem restrições. Além dos seguros, que seriam dedutíveis do
imposto de renda, Trump sugere a criação de Health Savings Acounts (HSAs), uma espécie
de poupança específica para gastos com saúde e que pode beneficiar qualquer membro da
família do titular, inclusive sendo herdada em caso de morte.
O republicano também defende transparência nos valores cobrados por médicos, hospitais
e instituições e a livre competição entre eles. As regras de livre mercado seriam aplicadas
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ainda aos fabricantes de medicamentos. Em sua declaração oficial sobre saúde, Donald
Trump diz ainda que suas propostas para imigração ajudarão a desonerar o sistema, já que
“providenciar atendimento médico a imigrantesilegaisnoscusta cerca de US$11 bilhõespor
ano”.
Educação
Trump defende que o governo federal não interfira e a educação fique a cargo de cada
estado. Ele diz também que o governo não deve lucrar com empréstimos estudantis, mas
ainda não apresentou nenhum projeto sobre o assunto, dizendo apenas que irá “fazer algo
muito inteligente em relação ao financiamento”. Trump também quer que escolas deixem
de ser “zonas livres de armas”, e que pessoas possam portar armas dentro e ao redor delas.
Segundoocandidato,escolassemarmassão“iscas”paraataquesdepessoascomproblemas
mentais.
Imigração
Um dos pontos mais conhecidos do programa de Trump é a promessa de construir um muro
na fronteira com o México, obrigando este país a pagar pela obra com ameaças de sanções,
cobranças de dívidas e cortes de acordos comerciais. Ele afirma que “uma nação sem
fronteiras não é uma nação” e promete ainda expulsar todos os imigrantes ilegais que já
estão nos EUA, cerca de 11 milhões de pessoas, afirmando que aqueles que comprovarem
ser “boas pessoas” serão aceitos de volta de forma legal.
Trump também considera aumentar os custos de taxas de entrada no país e de vistos
temporários e diz que irá acabar com o H-1B, um visto para não imigrantes que permite que
empregados especializados sejam contratados temporariamente para determinados cargos
por empresas americanas.
O candidato diz que irá obrigar as empresas a empregar primeiro cidadãos americanos em
qualquer situação, sem exceção. Em relação aos refugiados, Donald Trump acredita que os
EUA não devem receber sírios, iraquianos e outros que venham de países de maioria
muçulmana.Elepropôs,inclusive,umaproibiçãodaentradadequalquermuçulmanonopaís
até que “se descubra o que está acontecendo”.
Aborto
O republicano já mudou de ideia mais de uma vez em relação ao direito ao aborto, com o
qual concordava há alguns anos. Ele diz ter revisto sua posição e agora afirma que aceita o
procedimento apenas em casos de risco de vida para a mãe, incesto ou estupro. Mas Trump
acreditaqueaorganizaçãoPlannedParenthooddevepararderealizarabortosequedestinar
recursospúblicosparaarealizaçãodoprocedimentoé“uminsultoàspessoasdeconsciência,
no mínimo, e uma afronta a um bom governo”.
Recentemente ele causou polêmica ao defender em entrevista à CNN “algum tipo de
punição” para mulheres que abortassem caso o procedimento se tornasse ilegal. Horas mais
tarde ele voltou atrás e disse que os médicos é que deveriam ser punidos, jamais as
mulheres.
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Armas
Trump é contra novas restrições ao porte de armas. Ele afirma que é preciso endurecer as
leis para lidar com criminosos violentos e expandir tratamentos de saúde mental, embora
não especifique como faria isso. Mas diz que os donos de armas que querem se defender
devem ter seus poderes ampliados porque a polícia não consegue estar em todos os lugares
o tempo todo.
Trump defende ainda que não existam restrições ao tipo de armas que um cidadão pode
comprar e diz que o sistema nacional de checagem de antecedentes falha ao não incluir
registros criminais e de saúde mental em muitos estados. Mas ele diz que a maioria dos
criminososusa armasde outraspessoase não passapor essaschecagense que, por isso,não
é necessário “expandir um sistema quebrado”.
Trump defende ainda que as licenças para porte de arma sejam válidas nacionalmente e faz
uma comparação com carteirasde motorista,válidas nos50 estados.“Se podemos fazer isso
por dirigir – que é um privilégio e não um direito – então certamente podemos fazer pelo
porte de armas, que é um direito e não um privilégio”.
Meio ambiente/ Energia
Orepublicanosediz“muitoafavor”daenergianuclearedizqueirátrazerdevoltaaindústria
do carvão “100%”. Ele afirma ainda que políticas de energia limpa e para reduzir as emissões
de carbono iriam colocar em perigo empregos e as classes média e baixa. Em seu livro mais
recente, “Crippled America”, ele escreveu que fontes de energia verde são “na verdade uma
forma cara de fazer os abraçadores de árvores se sentirem bem com eles mesmos”.
Também afirmou este ano que as alterações climáticas não são um dos maiores problemas
mundiais. Há alguns anos o empresário chegou a questionar sua existência, citando em
janeiro de 2014 a neve e o frio como provas de que o assunto era supostamente um farsa
inventada pelos chineses.
Fonte G1 (globo.com) *Com informações da AFP e da EFE.
TrumpconfirmaaconstruçãodemuronafronteiradosEUAcomoMéxico
Pedro Pardo / AFP
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No quinto dia de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
anunciou uma série de medidas no âmbito da "segurança nacional" que mostram sua
determinação em cumprir as promessas feitas durante a campanha, inclusive as mais
controversas.
Nesta quarta-feira 25, Trump liberou um financiamento federal para a construção de
um muro na fronteira com o México e assinou decretos sobre
chamadas cidades "santuários", que se comprometeram a recusar prender imigrantes
ilegais quando a sua detenção tem como objetivo deportá-los.
Nos próximos dias, Trump também deve anunciar a proibição de entrada nos EUA para
imigrantes, refugiados inclusive, de sete países afetados por conflitos recentes (a
maioria deles com protagonismo de Washington): Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria,
Somália e Sudão.
Durante as eleições de 2016, Trump se comprometeu a expulsar os imigrantes ilegais
infratores e construir um muro na fronteira de 3,2 mil quilômetros entre os Estados
Unidos e o México, ameaçando financiá-lo por meio dos 25 bilhões de dólares que os
imigrantes mexicanos enviam anualmente para suas famílias.
Familiares de vítimas de imigrantes ilegais foram convidados para o evento de anúncio
das medidas. Nas palavras de Trump, esses mortos foram "vítimas de nossas fronteiras
abertas".
Em entrevista ao canal de televisão ABC News antes da assinatura da ordem executiva
que autoriza a construção do muro, Trump reafirmou que os mexicanos vão pagar pela
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obra. "Em última análise, o pagamento vai sair do que está acontecendo com o México...
e vamos ser de alguma forma reembolsados pelo México, como eu sempre disse",
afirmou Trump. "Estou apenas dizendo que haverá um pagamento, será de uma forma,
talvez uma forma complicada", afirmou.
De acordo com Trump a construção terá início "em meses". "O que eu estou fazendo é
bom para os Estados Unidos. Também vai ser bom para o México. Queremos ter um
México muito estável, muito sólido", afirmou.
Especialistas manifestaram sérias dúvidas quanto à eficácia do muro, o custo
exorbitante e o risco de processos legais de tal medida, verdadeiro cavalo de batalha da
direita e da extrema direita, a base eleitoral de Donald Trump. Até mesmo o secretário
da Segurança Interna, o ex-general John Kelly, disse, durante sua recente audição de
posse, que o muro na fronteira "pode não ser construído tão em breve".
As "cidades santuário" são aquelas que se recusam a cooperar com o governo federal
na busca por imigrantes ilegais. É o caso de San Francisco, por exemplo, na Califórnia. A
partir de agora, essas cidades não receberão mais recursos federais. "O povo americano
não vai mais ter de subsidiar esse desrespeito por nossas leis", afirmou o secretário de
imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, também nesta quarta-feira 25.
Resposta do México
Para o México, o governo Trump deve ser um desastre. À construção do muro, soma-se
o iminente desastre para as indústrias que puderam prosperar com o Nafta, o acordo de
livre-comércio da América do Norte. A primeira indústria a ser atingida deve ser a
automobilística. Trump começou a desmontar o acordo de livre-comércio a golpes de
Twitter, com ameaças de tarifas proibitivas a cada montadora com planos de criar
fábricas no México.
A Ford submeteu-se de imediato: anunciou que cancelaria um projeto de 1,6 bilhão em
San Luis Potosí e construiria uma fábrica de 700 milhões no Michigan, dizendo-se
“encorajada pelas políticas de crescimento do presidente eleito”.
A Fiat Chrysler admite suspender a produção no México se Trump cumprir a promessa
de criar uma sobretaxa, enquanto a GM e a Toyota resistem, esta última com respaldo
do governo japonês e o argumento de ter investido bilhões e criado milhares de
empregos nos EUA.
O México delimitou as linhas vermelhas que não devem ser cruzadas em suas discussões
com a administração Trump. Neste sentido, o país ameaçou deixar a mesa de
negociações e romper com o Nafta, que Donald Trump quer renegociar.
"Há linhas vermelhas muito claras que devem ser desenhadas desde o início", advertiu
na terça-feira 24 o ministro da Economia mexicano, Ildefonso Guajardo, antes de uma
reunião com autoridades americanas nesta quarta-feira 25 e na quinta-feira 26, ao lado
do ministro mexicano das Relações Exteriores, Luis Videgaray.
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Quando perguntado se a delegação mexicana deixaria as negociações se a questão
do muro e das remessas dos imigrantes mexicanos fossem colocadas sobre a mesa,
Guadajardo afirmou na Televisa: "Absolutamente".
*Com informações da AFP
Uma das principais promessas de campanha do republicano Donald Trump, a de
construir um “impenetrável, alto, poderoso e bonito” muro entre a fronteira dos EUA
com o México, foi vista com maus olhos por muita gente. O que nem todos sabem,
porém, é que parte do muro que separa os dois países já está de pé – e há mais de 20
anos.
Entenda a proposta do muro que Trump quer erguer na fronteira com o México
A construção do Muro do México – também chamado de Muro fronteiriço Estados
Unidos-México – começou em 1991, durante o governo de George Bush, o pai, mas foi
intensificada em 1994, durante a Operação Guardião (Operation Gatekeeper, em
inglês). Implementada durante a gestão de ninguém menos do que o democrata Bill
Clinton, a medida visava impedir a imigração ilegal na região de San Diego, Califórnia, o
ponto mais ocidental da fronteira entre México e EUA.
Além de aumentar o muro, a Operação Guardião elevou o valor das multas aplicadas
aos estrangeiros ilegais e liberou recursos para a Patrulha de Fronteira.
Curioso é que a construção ocorreu em um momento de integração entre os países,
contemporânea à criação do Tratado Norte - Americano de Livre Comércio (NAFTA, da
sigla em inglês). Com a redução de custos no tocante à troca de mercadorias entre EUA,
México e Canadá, o acordo teria aproximado as nações, muito embora seu caráter fosse
econômico, e não social.
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Frederic J. Brown/AFP
A maior parte do Muro do México, que não se trata de uma extensão contínua,
concentra-se pela fronteira entre San Diego, nos EUA, e Tijuana, no México, mas há
seções nos estados do Arizona, Novo México e Texas. Já nos locais onde não há barreiras
físicas, estão presentes “barreiras invisíveis”, como câmeras de segurança e alarmes,
além da atuação da Patrulha de Fronteira norte-americana.
Atualmente, cerca de 30% da fronteira EUA - México - aproximadamente 930
quilômetros - conta com partes do muro. Mas se depender dos planos de Donald Trump,
o número chegará a 100%.
Lei da Cerca de Segurança
Trump não foi o primeiro presidente com intenções de aumentar a barreira. Em 2006, o
também republicano George W. Bush assinou a Lei da Cerca de Segurança (Secure Fence
Act), que prevê a construção de mais 1.126 quilômetros do muro pela fronteira dos EUA
com o México. Embora protestos e ações judiciais tenham impedido as obras na época,
a legislação ainda existe, é válida e Trump poderá se apoiar nela para continuar com
seus planos.
O republicano espera que as obras sejam custeadas pelos próprios mexicanos, intenção
já rebatida pelo presidente Enrique Peña Nieto, que, apesar de todas as polêmicas
envolvendo o novo presidente dos EUA, disse estar disposto a trabalhar para ter uma
boa relação com o governo Trump.
ACORDO DE ASSOCIAÇÃO TRANSPACÍFICO (TPP)
O Acordo de Associação Transpacífico estabeleceu uma área de livre-comércio entre
doze países da Ásia, Oceania e América.
O Acordo de Associação Transpacífico (TPP) estabeleceu o livre-comércio entre doze
países da Ásia (Japão, Brunei, Malásia, Cingapura e Vietnã), Oceania (Austrália e Nova
Zelândia), América do Norte (Estados Unidos, Canadá, e México) e América do Sul (Peru
e Chile). O grupo reúne três grandes potências mundiais (Estados Unidos, Japão e
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Canadá) e países que possuem economias abertas, flexíveis e muito inseridas no
comércio mundial, como alguns dos Tigres Asiáticos (Malásia e Cingapura) e países
emergentes da América Latina, como o Chile e o México.
Em razão da grande magnitude econômica desse acordo, ele tem sido considerado por
muitos governantes e estudiosos como o maior acordo comercial do mundo no século
XXI. O TPP pode alterar profundamente o desenvolvimento do comércio mundial, já que
mais do que um simples acordo de cooperação comercial, ele objetiva garantir, entre
outros itens,
A integração econômica entre os países-membros por meio da eliminação ou redução
de tarifas e outras barreiras à circulação de bens, serviços e investimentos;
A criação de regras comuns de propriedade intelectual de produtos e tecnologias que
protejam as inovações tecnológicas dos países-membros sem comprometer o
desenvolvimento científico de outros países;
A padronização das leis trabalhistas, garantindo, assim, uma elevação dos padrões de
trabalho nos países asiáticos para evitar a migração em massa de empresas atraídas por
mão de obra barata;
O desenvolvimento de ações ambientais comuns que garantam o desenvolvimento
sustentável das economias envolvidas nesse bloco econômico;
O aumento dos investimentos internos do bloco que favoreça o desenvolvimento
econômico dos países e aumente a integração econômica entre eles.
Como esse acordo atinge vários setores da economia dos países envolvidos, foram
necessários quase dez anos de negociações secretas entre os países-membros do bloco
para que se chegasse ao documento que o legitimou, assinado no dia 04 de Fevereiro
de 2016. O conceito de um bloco que integrasse as economias do Pacífico surgiu em
2005 com a criação do Trans-pacific Strategic Economic Partnership (TPSEP) ou Pacific
Four (P4) pela Nova Zelândia, Chile, Cingapura e Brunei.
Em 2008, os Estados Unidos sinalizaram interesse em iniciar as negociações para se
associar ao grupo. Por essa razão, o bloco conseguiu mais representatividade
internacional e mais quatro países ingressaram nas negociações: Austrália, Malásia,
Peru e Vietnã. Em dezembro de 2011, durante a Reunião Ministerial
da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), foi divulgado um documento
com os objetivos gerais do acordo para sistematizar as negociações até aquele
momento, assim, mais dois países juntaram-se às negociações: Canadá e México. O
Japão, em virtude da falta de apoio para a participação no bloco, só passou a fazer parte
da negociação em 2013.
Vários entraves dificultaram a aprovação do documento final para a criação desse bloco
econômico, desde interesses individuais de cada país até a aprovação do documento
pelo Congresso dos países envolvidos, principalmente dos Estados Unidos, que se
encontravam divididos em relação à criação desse bloco econômico. Assim, o acordo só
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foi se efetivar em 2016, estabelecendo uma área de livre-comércio e uma série de
ajustes e metas para a efetivação do tratado.
Como o TPP ainda é recente, é muito cedo para determinar quais serão
as consequências dele para os países envolvidos e para o comércio mundial, pois o seu
sucesso depende do cumprimento de uma série de medidas econômicas, sociais e
ambientais que não são tão simples de serem implementadas e dependerão das
políticas governamentais implantadas. Apesar disso, as perspectivas econômicas para
os países-membros são bastante otimistas. Acredita-se que, juntos, eles somam 40% de
toda a economia mundial, um terço de todas as exportações mundiais, um mercado
consumidor de cerca de 800 milhões de pessoas e movimentarão, até 2025, cerca de
223 bilhões de dólares por ano.
Já para os demais países do mundo, a formação desse bloco econômico é vista com certa
preocupação em face da grande representatividade econômica internacional de seus
membros, que atualmente estabelecem relações com diversos países que não fazem
parte do tratado. Uma possível consequência seria a diminuição das relações comerciais
com os países que não fazem parte do bloco econômico, pois, em virtude da eliminação
de tarifas e barreiras para a circulação de mercadorias proposta pelo TPP, será mais
vantajoso realizar negócios entre os países do acordo.
A criação desse bloco pode prejudicar também a recuperação econômica dos países
europeus. Isso porque, com a criação do TPP, os seus países-membros acabam
estreitando as relações entre eles e diminuindo as relações com os demais países do
mundo, inclusive com os países europeus que dependem de uma maior interação
econômica com os Estados Unidos e com os países do sudeste asiático para superar a
crise econômica mundial, que teve consequências mais graves nesse continente. Além
disso, o TPP é visto por muitos estudiosos como uma reação ao crescimento econômico
chinês. Se o TPP obter sucesso, deverá limitar a influência da China na Ásia e diminuir a
dominação dos produtos chineses no mercado global.
Manifestante com cartaz contra a aprovação do TPP que diz: “Pare o TPP, ameaça aos
medicamentos acessíveis” *
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A elaboração desse acordo gerou diversas manifestações contrárias, pois apresenta
pontos que podem atingir diretamente a qualidade de vida dos países integrantes,
principalmente dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, Canadá e Japão.
Entre os principais pontos criticados, estão os acordos sobre patentes, serviços
prestados na internet e a padronização das leis trabalhistas, o que pode afetar tanto a
oferta e a qualidade dos empregos quanto o valor dos salários.
Dessa forma, embora pareça altamente vantajoso, o TPP pode afetar negativamente a
economia dos outros países e alguns segmentos da população dos próprios países-
membros. Para evitar serem afetados por esse acordo, as demais nações do mundo
devem dinamizar a sua economia e fortalecer os laços econômicos entre si, buscando
acordos econômicos multilaterais ou entre os países que desenvolvem algum tipo de
atividade. Já a população dos países-membros desse acordo precisa pressionar os seus
respectivos governos para evitar que os ajustes econômicos necessários para essa
integração econômica resultem em queda na qualidade de vida da população ou dos
seus direitos individuais.
Trump determina saída dos EUA de acordo comercial com países do Pacífico
Tratado estabelecia novas bases para as relações econômicas entre as 12 nações; essa
é a segunda vez que o republicano invalida uma herança de Obama, que levou oito anos
na negociação para fechar acordo com estados.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump cancelou nesta segunda-feira (23), por
meio de decreto, a participação do país no Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP,
sigla em inglês), o mais importante acordo internacional assinado pelo ex-presidente
Barack Obama, destinado a estabelecer novas bases para as relações comerciais e
econômicas de 12 países do Oceano Pacífico, reduzindo tarifas e estimulando o
comércio para impulsionar o crescimento.
Além dos Estados Unidos, assinaram o acordo: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão,
Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã. Com a medida tomada nesta
segunda-feira, Trump começa – já no primeiro dia útil de seu mandato, após tomar
tomar posse na sexta-feira (20) – a reconfigurar o papel do país norte-americano na
economia global.
Esta é a segunda vez que o novo presidente – ou os parlamentares do Partido
Republicano – invalida uma herança deixada por Obama. A primeira foi o cancelamento
do Obamacare, um programa de saúde aprovado pelo ex-presidente para estender
atendimento médico a toda população americana. Esse legado deixado pelo ex-
presidente começou a ser desmontado antes mesmo de Trump tomar posse, por
iniciativa de congressistas republicanos.
"Avisou" em campanha
Durante a campanha, o presidente Trump já havia anunciado que iria abandonar
formalmente a Parceria Transpacífico, por considerar o acordo ruim para os
trabalhadores americanos. A parceria ainda não tinha sido aprovada pelo Congresso
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americano e agora, com a saída dos Estados Unidos, o acordo praticamente se
inviabiliza, já que a parceria tinha como pressuposto o mercado americano.
O posicionamento dos Estados Unidos no mercado global vai obrigar os países que têm
comércio forte com o mercado americano a reavaliar suas estratégias.
A administração Obama negociou arduamente o pacto comercial do Pacífico durante
oito anos. A parceria foi finalmente assinada pelos chefes de estado dos 12 países em
12 de outubro de 2015. Obama, porém, nunca levou a proposta ao Congresso
americano, com receio de que o pacto fosse rejeitado. Na época, Obama entendeu que
uma derrota no Congresso seria pior do que deixar o acordo estaganado sem aprovação.
Redirecionamento das tendências
A saída dos Estados Unidos da parceria com os países do Pacífico representa uma
inversão na tendência de décadas de política econômica internacional – executadas
tanto por governos democratas quanto por republicano – de reduzir as barreiras
comerciais e expandir o comércio em todo o mundo. Embora os candidatos muitas vezes
tenham criticado acordos comerciais na campanha, aqueles que chegaram à Casa
Branca, incluindo o presidente Barack Obama, acabaram ampliando o alcance dessas
relações.
"Estamos falando sobre isso há muito tempo", disse Trump, ao assinar o decreto
formalizando a saída dos Estados Unidos do TPP. Para ele, a retirada do pacto comercial
é "uma grande coisa para o trabalhador americano".
Assessores de Trump afirmam que o novo presidente pretende avançar rapidamente na
renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). A negociação
do Nafta começou na gestão do presidente George Bush e o acordo foi levado ao
Congresso pelo presidente Bill Clinton.
Trump terá encontros com os mandatários do Canadá e do México, os dois principais
parceiros do Nafta. O acordo tem sido um dos principais motores do comércio
americano há quase duas décadas, mas há algum tempo tem sido questionado por,
supostamente, diminuir a oferta de emprego e reduzir os salários do trabalhador norte-
americano.
Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-01-
23/trump-acordo-comercial.html
OPINIÃO
5 motivos pelos quais Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos
27/07/2016 11:23 BRT | Atualizado 27/07/2016 11:23 BRT
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SARA D. DAVIS VIA GETTY IMAGES
CHARLOTTE, NC - JULY 26: Republican presidential candidate Donald Trump listens to
the cheers from an audience at the 117th National Convention of the Veterans of
Foreign Wars of the United States at the Charlotte Convention Center on July 26, 2016
in Charlotte, North Carolina. One day after Democrat presidential candidate Hillary
Clinton faced the same group, Trump promised a revision to health care for veterans.
(Photo by Sara D. Davis/Getty Images)
Amigo:
Sinto muito por ser o portador de más notícias, mas fui direto com vocês no ano passado
quando disse que Donald Trump seria o candidato republicano à Presidência. E agora
trago notícias ainda mais terríveis e deprimentes: Donald J. Trump vai ganhar a eleição
de novembro.
Esse palhaço desprezível, ignorante e perigoso, esse sociopata será o próximo
presidente dos Estados Unidos. Presidente Trump. Pode começar a treinar, porque você
vai dizer essas palavras pelos próximos quatro anos: "Presidente Trump". Nunca na
minha vida quis estar tão errado como agora.
Vejo o que você está fazendo agora. Está sacudindo a cabeça loucamente - "Não, Mike,
isso não vai acontecer!". Infelizmente, você está vivendo numa bolha anexa a uma
câmara de eco, onde você e seus amigos vivem convencidos de que o povo americano
não vai eleger um idiota como presidente.
Você alterna entre o choque e a risada por causa dos últimos comentários malucos que
ele fez, ou então por causa do narcisismo vergonhoso de Trump em relação a tudo, afinal
de contas tudo tem a ver com ele. E aí você ouve Hillary e enxerga a primeira mulher
presidente, respeitada pelo mundo, inteligente, preocupada com as crianças, alguém
que vai continuar o legado de Obama porque isso é obviamente o que o povo americano
quer! Sim! Outros quatro anos disso!
Você tem de sair dessa bolha imediatamente. Precisa parar de viver em negação e
encarar a verdade que sabe que é muito, muito real. Tentar se acalmar com fatos - "77%
do eleitorado é composto por mulheres, negros, jovens adultos de menos de 35 anos;
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Trump não tem como ganhar a maioria dos votos de nenhum desses grupos!" - ou com
a lógica - "as pessoas não vão votar num bufão, ou contra seus próprios interesses!" -
é a maneira que seu cérebro encontra para te proteger do trauma. Como quando você
ouve um estampido na rua e pensa "foi um pneu que estourou" ou "quem está soltando
fogos?", porque não quer pensar que acabou de ouvir alguém sendo baleado. É a mesma
razão pela qual todas as primeiras notícias e relatos de testemunhas sobre o 11 de
setembro diziam que "um avião pequeno se chocou acidentalmente contra o World
Trade Center".
Queremos - precisamos - esperar pelo melhor porque, honestamente, a vida já é uma
merda, e é difícil sobreviver mês a mês. Não temos como aguentar mais notícias
ruins. Então nosso estado mental entra no automático quando alguma coisa
assustadora está realmente acontecendo. As primeiras pessoas atingidas pelo
caminhão em Nice passaram seus últimos momentos na Terra acenando para o
motorista; elas acreditavam que ele tinha simplesmente perdido o controle e subido na
calçada. "Cuidado!", elas gritaram. "Tem gente na calçada!"
Bem, pessoal, não se trata de um acidente. Está acontecendo. E, se você acredita que
Hillary Clinton vai derrotar Trump com fatos e inteligência e lógica, obviamente passou
batido pelo último ano e pelas primárias, em que 16 candidatos republicanos tentaram
de tudo, mas nada foi capaz de parar essa força irresistível. Hoje, do jeito que as coisas
estão, acho que vai acontecer - e, para lidar com isso, primeiro preciso que você aceite
a realidade e depois talvez, só talvez, a gente encontre uma saída para essa encrenca.
Não me entenda mal. Tenho grandes esperanças em relação ao meu país. As coisas
estão melhores. A esquerda ganhou a guerra cultural. Gays e lésbicas podem se casar. A
maioria dos americanos têm uma posição liberal em relação a quase todas as questões:
salários iguais para as mulheres; aborto legalizado; leis mais duras em defesa do meio
ambiente; mais controle de armas; legalização da maconha. Uma enorme mudança
aconteceu - basta perguntar ao socialista que ganhou as primárias em 22 Estados. E não
tenho dúvidas de que, se as pessoas pudessem votar do sofá de casa pelo Xbox ou
Playstation, Hillary ganharia de lavada.
Mas as coisas não funcionam assim nos Estados Unidos. As pessoas têm de sair de casa
e pegar fila para votar. E, se moram em bairros pobres, negros ou hispânicos, não só
enfrentam filas maiores como têm de superar todo tipo de obstáculo para votar. Então,
na maioria das eleições é difícil conseguir que pelo menos metade dos eleitores
compareça às urnas.
E aí está o problema de novembro -- quem vai ter os eleitores mais motivados e mais
inspirados? Você sabe a resposta. Quem é o candidato com os apoiadores mais ferozes?
Cujos fãs vão estar na rua das 5h até a hora do fechamento da última urna, garantindo
que todo Tom, Dick e Harry (e Bob e Joe e Billy Joe e Billy Bob Joe) tenham votado? Isso
mesmo. Este é o perigo que estamos correndo. E não se iluda. Não importa quantos
anúncios de TV Hillary fizer, quão melhor ela se portar nos debates, quantos votos os
libertários roubarem de Trump -- nada disso vai ser capaz de detê-lo.
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Você precisa parar de viver em negação e encarar a verdade que sabe que é muito,
muito real. Eis as 5 razões pelas quais Trump vai ganhar:
1. A matemática do Meio-Oeste, ou bem-vindo ao Brexit do Cinturão
Industrial. Acredito que Trump vá concentrar muito da sua atenção em quatro Estados
tradicionalmente democratas do cinturão industrial dos Grandes Lagos -- Michigan,
Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. Estes quatro Estados elegeram governadores republicano
desde 2010 (só a Pensilvânia finalmente elegeu um democrata). Nas primárias de
Michigan, em março, mais eleitores votaram nos republicanos (1,32 milhão) que nos
democratas (1,19 milhão). Trump está na frente de Hillary nas últimas pesquisas na
Pensilvânia e empatado com ela em Ohio. Empatado? Como a disputa pode estar tão
apertada depois de tudo o que Trump tem dito? Bem, talvez porque ele tenha dito
(corretamente) que o apoio de Clinton ao Nafta (acordo de livre comércio da América
do Norte) ajudou a destruir os Estados industriais do Meio-Oeste.
Trump vai bater em Clinton neste tema, e também no tema da Parceria Trans-Pacífica
(TPP) e outras políticas comerciais que ferraram as populações desses quatro Estados.
Quando Trump falou à sombra de uma fábrica da Ford durante as primárias de
Michigan, ele ameaçou a empresa: se eles realmente fossem adiante com o plano de
fechar aquela fábrica e mandá-la para o México, ele imporia uma tarifa de 35% sobre
qualquer carro produzido no México e exportado de volta para os Estados Unidos. Foi
música para os ouvidos dos trabalhadores de Michigan. Quando ele ameaçou a Apple
da mesma maneira, dizendo que vai forçar a empresa a parar de produzir seus iPhones
na China e trazer as fábricas para solo americano, os corações se derreteram, e Trump
saiu de cena com uma vitória que deveria ser de John Kasich, governador do vizinho
Estado de Ohio.
De Green Bay a Pittsburgh, isso, meus amigos, é o meio da Inglaterra: quebrado,
deprimido, lutando. As chaminés são a carcaça do que costumávamos chamar de classe
média. Trabalhadores nervosos e amargurados, que ouviram mentiras de Ronald
Reagan e foram abandonados pelos democratas. Estes últimos ainda tentam falar as
coisas certas, mas na verdade estão mais interessados em ouvir os lobistas do Goldman
Sachs, que na saída vão deixar um cheque de gordas contribuições.
O que aconteceu no Reino Unido com a Brexit vai acontecer aqui. Elmer Gantry é o nosso
Boris Johnson e diz a merda que for necessária para convencer a massa de que essa é a
sua chance! Vamos mostrar para TODOS eles, todos os que destruíram o Sonho
Americano! E agora o Forasteiro, Donald Trump, chegou para dar um jeito em tudo!
Você não precisa concordar com ele! Você nem precisa gostar dele! Ele é seu coquetel
molotov pessoal para ser arremessado na cara dos filhos da mãe que fizeram isso com
você! DÊ O RECADO! TRUMP É SEU MENSAGEIRO!
E aqui entra a matemática. Em 2012, Mitt Romney perdeu por 64 votos no colégio
eleitoral. Some os votos de Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. A conta dá 64. Tudo
o que Trump precisa para vencer é levar os Estados tradicionalmente republicanos de
Idaho à Geórgia (Estados que jamais votarão em Hillary Clinton) e esses quatro do
cinturão industrial. Ele não precisa do Colorado ou da Virgínia. Só de Michigan, Ohio,
Pensilvânia e Wisconsin. E isso será suficiente. É isso o que vai acontecer em novembro.
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2. O último bastião do homem branco e nervoso. Nosso domínio masculino de 240 anos
sobre os Estados Unidos está chegando ao fim. Uma mulher está prestes a assumir o
poder! Como isso aconteceu?! Diante da nosso nariz! Havia sinais, mas os ignoramos.
Nixon, o traidor do gênero, nos impôs a regra que disse que as meninas da escola têm
de ter chances igual de jogar esportes. Depois deixaram que elas pilotassem aviões de
carreira. Quando mal percebemos, Beyoncé invadiu o campo no Super Bowl deste ano
(nosso jogo!) com um exército de Mulheres Negras, punhos erguidos, declarando que
nossa dominação estava terminada. Meu Deus!
Este é apenas um olhar de relance no que se passa na cabeça do Homem Branco
Ameaçado. A sensação é que o poder se lhes escapou por entre as mãos, que sua
maneira de fazer as coisas ficou antiquada. Esse monstro, a "feminazi", que, como diz
Trump, "sangra pelos olhos ou por onde quer que sangre", nos conquistou -- e agora,
depois de aturar oito anos de um negro nos dizendo o que fazer, temos de ficar quietos
e aguentar oito anos ouvindo ordens de uma mulher? Depois disso serão oito anos dos
gays na Casa Branca! E aí os transgêneros! Você já entendeu onde isso vai parar. Os
animais vão ter direitos humanos e uma porra de um hamster vai governar o país. Isso
tem de acabar!
3. O problema Hillary. Podemos falar sinceramente, só entre nós? E, antes disso,
permita-me dizer que gosto de Hillary -- muito -- e acho que ela tem uma reputação que
não merece. Mas ela apoiou a guerra no Iraque, e depois disso prometi que jamais
votaria nela de novo. Mantive essa promessa até hoje. Para evitar que um protofascista
se torne nosso comandante-chefe, vou quebrar essa promessa. Infelizmente acredito
que Hillary vá dar um jeito de nos enfiar em algum tipo de ação militar. Ela está à direita
de Obama. Mas o dedo do psicopata Trump vai estar No Botão, e isso é o suficiente.
Voto em Hillary.
Vamos admitir: nosso maior problema aqui não é Trump -- é Hillary. Ela é extremamente
impopular -- quase 70% dos eleitores a consideram pouco confiável e desonesta. Ela
representa a política de antigamente: faz de tudo para ser eleita. É por isso que ela é
contra o casamento gay num momento e no outro está celebrando o matrimônio de
dois homens. As mulheres jovens são suas maiores detratoras, o que deve magoar,
considerando os sacrifícios e batalhas que Hillary e outras mulheres da sua geração
tiveram de enfrentar para que a geração atual não tivesse de ouvir as Barbara Bushes
do mundo dizendo que elas têm de ficar quietas e bater um bolo.
Mas a garotada também não gosta dela, e não passa um dia sem que um millennial me
diga que não vai votar em Hillary. Nenhum democrata, e seguramente nenhum
independente, vai acordar em 8 de novembro para votar em Hillary com a mesma
empolgação que votou em Obama ou em Bernie Sanders. Não vejo o mesmo
entusiasmo. Como essa eleição vai ser decidida por um único fator -- quem vai conseguir
arrastar mais gente pra fora de casa e para as seções eleitorais --, Trump é o favorito.
4. O eleitor deprimido de Sanders. Pare de reclamar que os apoiadores de Bernie não
vão votar em Clinton -- eles vão votar! As pesquisas já mostram que um número maior
de eleitores de Sanders vai votar em Hillary este ano do que o de eleitores de Hillary que
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votaram em Obama em 2008. Não é esse o problema. O alarme de incêndio que deveria
estar soando é que, embora o apoiador médio de Sanders vá se arrastar até as urnas
para votar em Hillary, ele vai ser o chamado "eleitor deprimido" -- ou seja, não vai trazer
consigo outras cinco pessoas. Ele não vai trabalhar dez horas como voluntário no último
mês da campanha.
Ele nunca vai se empolgar falando de Hillary. O eleitor deprimido. Porque, quando você
é jovem, não tem tolerância nenhuma para enganadores ou embusteiros. Voltar à era
Clinton/Bush para eles é como ter de pagar para ouvir música ou usar o MySpace ou
andar por aí com um celular gigante. Eles não vão votar em Trump; alguns vão votar em
candidatos independentes, mas muitos vão ficar em casa. Hillary Clinton vai ter de fazer
alguma coisa para que eles tenham uma razão para apoiá-la -- e escolher um velho
branco sem sal como vice não é o tipo de decisão arriscada que diz para os millennials
que seu voto é importante. Duas mulheres na chapa -- isso era uma ideia boa. Mas aí
Hillary ficou com medo e decidiu optar pelo caminho mais seguro. É só mais um exemplo
de como ela está matando o voto jovem.
5. O efeito Jesse Ventura. Finalmente, não desconte a capacidade do eleitorado de ser
brincalhão nem subestime quantos milhões de pessoas se consideram anarquistas
enrustidos. A cabine de votação é um dos últimos lugares remanescentes em que não
há câmeras de segurança, escutas, mulheres, maridos, crianças, chefes, polícia. Não tem
nem sequer limite de tempo. Você pode demorar o tempo que for para votar, e ninguém
pode fazer nada. Você pode votar no partido, ou pode escrever Mickey Mouse e Pato
Donald. Não há regras, E, por isso, a raiva que muitos sentem pelo sistema político falido
vai se traduzir em votos em Trump. Não porque as pessoas concordem necessariamente
com ele, não porque gostem de sua intolerância ou de seu ego, mas só porque podem.
Só porque um voto em Trump significa chutar o pau da barraca. Assim como você se
pergunta por um instante como seria se jogar das cataratas do Niágara, muita gente vai
gostar de estar no papel de titereiro, votando em Trump só para ver o que acontece.
Lembra nos anos 1990, quando a população de Minnesota elegeu um lutador de luta
livre para governador? Elas não o fizeram porque são burras ou porque Jesse Ventura é
um estadista ou intelectual político. Elas o fizeram porque podiam. Minnesota é um dos
Estados mais inteligentes do país. Também está cheio de gente com um senso de humor
distorcido -- e votar em Ventura foi sua versão de uma pegadinha no sistema político.
Vai acontecer o mesmo com Trump.
Voltando para o hotel depois de participar de um programa da HBO sobre a convenção
republicana, um homem me parou. "Mike", ele disse, "temos de votar em Trump.
TEMOS que dar uma chacoalhada as coisas". Foi isso. Era o suficiente para ele. "Dar uma
chacoalhada nas coisas". O presidente Trump certamente faria isso, e uma boa parcela
do eleitorado gostaria de sentar na plateia e assistir o show.
(Na semana que vem vou postar minhas ideias sobre os calcanhares de aquiles de Trump
e como acho que ele pode ser derrotado.)