SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 19 - Número 1 - 1º Semestre 2019
ENSINO DE GEOCIENCIAS: ESTUDO DE CASO DE UMA METODOLOGIA APLICADA
NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Luis Felipe de Melo Tassinari1
; Luis Otávio Tassinari2
; Camila Aparecida Tolentino Cicuto3
RESUMO
Este presente trabalho trata da elaboração e aplicação de uma sequência didática, dividida em quatro
aulas, para alunos de sexto ano do ensino fundamental II no estudo de geociências para que os mesmos
possam refletir sobre a importância do tema abordado e reunir informações, correlacionando-as com
seu dia-a-dia, por exemplo; um breve resumo sobre as teorias da origem da Terra e formação dos
continentes, exemplificação dos ciclos de formação de rochas e noções sobre mineralogia. No início
da aplicação da sequência didática (SD) foi passado um questionário para os alunos, com o intuito de
saber quais os conhecimentos iniciais destes e ao final da sequência um questionário final foi aplicado
para saber como estes alunos construíram novos significados a partir de seus conhecimentos prévios.
Utilizando com ferramenta de entendimento da estrutura cognitiva dos alunos, um programa gerador
de imagem, onde as respostas foram digitadas e processadas criando um diagrama em forma de
“nuvens” com as respostas, possibilitando a verificação de quais palavras que mais se repetem, assim
podendo compreender quais os significados iniciais dos alunos e como eles se transformaram e se
complementaram ao final da SD.
Palavras-chave: Geociências, ensino fundamental, ciências, geologia.
TEACHING GEOCIENCES: CASE STUDY OF A METHODOLOGY APPLIED IN
ELEMENTARY SCHOOL
ABSTRACT
This paper deals with the elaboration and application of a didactic sequence, divided into four classes
for students in elementary school. In the study of geosciences so that they can reflect on the
importance of the topic addressed and gather information, correlating them with your daily life, for
example; a brief summary on the theories of the origin of the Earth and formation of the continents.
A questionnaire was given to the students, in order to know the initial knowledge of them and at the
end to know how these students constructed new meanings from their knowledge.
Keywords: Geosciences, elementary education, science, geology.
63
INTRODUÇÃO
Inicialmente nos cabe a entender o
conceito de geociências e qual a influência que
esta nos remete. Segundo TOLEDO (2005),
geociências é o termo utilizado para as ciências
que estudam a Terra desde sua formação até
sua “evolução histórica”, incluindo a formação
do Sistema Solar e a comparação com outros
“corpos celestes”, além do estudo dos seus
“vários compartimentos”, materiais
constituintes e processos.
Outros autores discutem a relevância
do tema. Em COMPIANI (2005) é defendida a
afirmação que o ensino das Geociências
contribui para o “[...] desenvolvimento
cognitivo das crianças que cursam o ensino
elementar (5ª a 8ª séries)”, na mesma obra o
autor ressalta o fato da importância dos
trabalhos de campo para a educação ambiental:
“[...] o ensino de
Geologia/Geociências,
com destaque para os
trabalhos de campo,
podem contribuir na
formação das crianças
para a “alfabetização na
natureza”, pois
estimulam o
desenvolvimento de
conhecimentos como:
intuição e
desenvolvimento da
linguagem visual,
apreciação de formas e
estética, raciocínio e
representação espacial,
raciocínios de
causalidade e a
narrativa envolvida nos
discursos históricos da
Geologia/Geociências
[...] (COMPIANI, 2005,
p.15)”.
Observando a afirmação anterior sobre
o que são as geociências e, além disso, tendo a
consciência de que somos “terráqueos”, logo,
temos a necessidade de conhecer a nossa
grande casa, nem nossos arredores (Elias et al.,
2011; Albrecht e Voelzke, 2018) e muitas
vezes isto não acontece, caso aconteça, muitos
desses conhecimentos não são repassados de
uma maneira adequada. Ou seja,
“[...] O conhecimento de
Geologia proporciona
compreensão mínima do
funcionamento do
planeta e lança as bases
do efetivo exercício da
cidadania. [...]”.
(CARNEIRO 2004, apud
NASCIMENTO 2011,
p.8).
As Geociências ocupam um lugar
particular dentro das Ciências Naturais(Elias et
al., 2011; Albrecht e Voelzke, 2018). Esta
constitui uma área do conhecimento essencial
na compreensão do equilíbrio e da
complexidade do Sistema Terrestre, a qual
todos somos dependentes. Neste contexto,
preconiza-se que uma melhor integração das
Ciências da Terra nos diversos sistemas
educativos pode contribuir para a formação de
cidadãos informados, participativos e
comprometidos com a gestão responsável do
planeta e seus recursos. O papel da educação
científica, notadamente em Ciências da Terra,
constitui instrumento fundamental de uma
educação para a sustentabilidade. A iniciativa
sugere profundas reorientações nos sistemas
educativos vigentes e desafia os educadores a
programar abordagens educativas inovadoras
(PIRANHA, et al 2009).
Em vista das afirmações anteriores
decidiu-se trabalhar o conteúdo de geociências
em sala de aula. O conteúdo foi administrado
na disciplina de ciências em uma turma de
sexto ano, numa escola estadual no município
de Franca-SP. Aplicou-se uma sequencia
didática e posteriormente analisou-se a sua
eficiência. Foram repassados os
conhecimentos para os alunos de uma forma
empírica e pedagógica (contato com rochas,
areia, clastos e etc.), em sala de aula.
REFERENCIAL TEÓRICO
Hoje em dia as principais palavras
regentes nos estudos da área educacional são;
aprendizagem significativa e mudança
conceitual, sendo estas ligadas de forma
intrínseca em ambas. Uma boa metodologia de
ensino deve ser construtivista, além de
promover uma mudança conceitual e ajudar a
aprendizagem significativa, por isso este
trabalho baseia-se nestes pilares.
No tema da aprendizagem significativa
os principais referenciais tomados são os
pensamentos de Ausubel (2000 p.24), sendo
que para este é o:
“... processo
através do qual uma nova
informação (um novo
conhecimento) se
relaciona de maneira não
arbitrária e não literal à
estrutura cognitiva do
aprendiz”.
Onde no decorrer da aprendizagem
significativa que o significado lógico do
conteúdo se transforma em significado
psicológico para o sujeito, assim como é o
mecanismo humano, por excelência, para
adquirir e armazenar a vasta quantidade de
ideias e informações representadas em
qualquer campo de conhecimento.
Na Figura 1 existe um esquema
elaborado por Moreira (2006) correspondente
à aprendizagem significativa subordinada, que
ocasionalmente é mais comum. Todavia
quando um conceito ou proposição
potencialmente significativa mais geral e
inclusiva do que ideias ou conceitos já
estabelecidos na estrutura cognitiva são
adquiridos a partir destes, e passa a assimilá-
los, a aprendizagem é dita superordenada.
Finalizando a aprendizagem de conceitos que
não são subordináveis a, nem são capazes de
subordinar, algum subsunçor é considerada
combinatória.
Figura 1: Esquema de assimilação Ausbeliana (Adaptado: Moreira, 2006).
Tome como exemplo a aprendizagem
significativa de certas leis científicas, que
podem implicar esta última forma de
aprendizagem significativa, pois, a
compreensão da relação científica subjacente à
expressão linguística ou matemática da lei
requer um conhecimento mais profundo da
área. A interação não é com algum
conhecimento especificamente relevante,
como na forma subordinada, mas sim com um
"background" de conhecimento na área em
questão. Observe-se que tal como indicado no
esquema da Figura 1, o esquecimento é uma
continuação natural da aprendizagem
significativa, mas há um resíduo, ou seja, o
subsunçor modificado. Os novos
conhecimentos acabam sendo obliterados,
subsumidos. Mas de alguma forma "estão" no
subsunçor e isso facilita a reaprendizagem
(Moreira, 2006).
O saber inicial do aluno é o fator mais
importante que influencia a aprendizagem.
Logo, o ensino deve, necessariamente, ser
conduzido de acordo. Seguindo este
pensamento, para que as condições da
aprendizagem significativa atinjam seu ponto
máximo de potencialidade, sugere-se que os
materiais educativos devam ter significado
lógico e o aprendiz deva ter subsunçores
especificamente relevantes e a pré-disposição
do sujeito para aprender, transformando em
psicológico o significado lógico dos materiais
educativos.
OBJETIVOS
Apresentar aos alunos uma sequência
didática para que estes reflitam sobre a
importância do estudo da Geociência para
reunir informações e correlacionar com o dia-
a-dia dos mesmos, como por exemplo; um
breve resumo sobre as teorias da origem da
Terra e formação dos continentes,
exemplificação dos ciclos de formação de
rochas, e noções sobre mineralogia. Tendo
como fim conhecer melhor e valorizar essa
atividade científica que tanto nos auxilia no
conhecimento de nosso planeta e inicio e
futuro da vida do homem na Terra. Ampliar o
conhecimento de geociências dos alunos para
que esses desenvolvam uma visão critica sobre
o tema, podendo perceber o quão complexo foi
à formação de uma simples rocha para que
fosse utilizada pelo homem de maneira
desenfreada.
As atividades realizadas nesta
sequência didática têm o intuito de concretizar
significados, sendo estes o próprio
conhecimento prévio do aluno sobre o tema
proposto e suas compreensões, sendo que o
mesmo é baseado na teoria de Ausubel. Para o
planejamento e realização das atividades,
partiu-se da premissa de que o aluno já possui
um “pré-conhecimento” sobre o assunto, a
partir do qual se podem elaborar determinadas
atividades. Sabemos que ao trabalhar uma
nova informação de forma significativa, o
aluno formará um novo conhecimento,
concretizando seu aprendizado.
Outro ponto empregado na sequência
didática baseia-se na diferenciação da didática
utilizada para introduzir os conteúdos
estudados, variando a exposição do tema,
podendo esta ser de forma implícita ou
explícita, no contato com as rochas, ou nas
discussões em classe sobre o tema, nas quais
eram expostas as visões individuais em grupo
sobre o tema.
METODOLOGIA
Foi aplicada uma sequência didática
dividida em quatro aulas e que se baseia em
três etapas diferentes, sendo a primeira etapa a
aplicação de um questionário inicial sobre o
tema para a avaliação dos conhecimentos já
adquiridos pelos alunos, posteriormente sendo
administrado e aplicado o conteúdo e depois
retomado o questionário para verificar a
eficiência da sequência didática e como os
alunos construíram os novos significados sobre
o conteúdo.
Primeira aula
No início desta aula foi aplicado um
questionário inicial (anexo 1.0) para a
verificação dos conhecimentos prévios que os
alunos possuem sobre o tema. Ficou bem claro
para eles que este questionário não valia nota e
que apenas o professor gostaria de saber quais
os conhecimentos que a classe possuía sobre o
tema, para que pudessem ser preparadas as
aulas.
Além disso, na primeira aula foi
apresentado o conteúdo em forma de filmes
com o intuito de instigar a curiosidade dos
alunos sobre as geociências, assim como
construir uma noção do que é o tempo
geológico e o quão pequeno é o nosso tempo
de vida perto do tempo de existência de uma
rocha e consequentemente de nosso planeta. A
classe foi movimentada até a sala de
multimídia da escola, aonde foi feito um breve
comentário sobre as geociências e o que é
tempo geológico, depois disso foi apresentado
o vídeo “Das Rad” (Figura 2).
Figura 2: Imagem do curta alemão Das Rad (A Roda).
Inicialmente os educandos mostraram certa
resistência para o entendimento do difícil tema,
porém os mesmos, de maneira implícita,
conseguiram construir este
conhecimento,devido à dinâmica do vídeo e
sua facilidade de compreensão. Posteriormente
foram passados trechos do longa-metragem do
The History Channel “Como Nasceu Nosso
Planeta” (Figura 3).
Figura 3: Imagem do longa-metragem “Como Nasceu Nosso Planeta” do The History Channel (The
History Channel, 2006).
Para que se obtivesse melhores resultados na
relação de significado, foram escolhidos
trechos dos vídeos, para que não se tornasse tão
cansativo, possibilitando desvios de atenção,
assim como o despertar da curiosidade e
dúvidas sobre o tema. Sobressaltando a atitude
dos alunos, onde estes ficaram realmente
instigados, demonstrando muito interesse,
querendo estes ficar depois da aula para assistir
mais o documentário.
Segunda aula
Nesta segunda aula foram levadas para
a classe, amostras de diferentes tipos de rochas
(Figura 4), onde os alunos as manusearam
(Figura 5), analisando suas estruturas externas,
como texturas, colorações e outras. Explicou-
se sobre cada rocha individualmente para
posteriormente serem correlacionadas no ciclo
das rochas, para que os educandos possam
construir o conceito de como que uma rocha se
torna outra.
Os alunos mostraram-se muito
interessados sobre o tema, muitos disseram que
nunca tinham “pegado” uma rocha e observado
com uma visão crítica da forma que fizeram.
Figura 4: Fotos das rochas levadas em sala de aula (fonte: arquivo pessoal do autor).
Figura 5: Alunos manuseando e observando as amostras levadas em sala de aula (fonte:
arquivo pessoal do autor)
Terceira aula
Nesta aula foi passado um
resumo impresso aos alunos, sendo que
este foi elaborado pelo autor do presente
trabalho com intuito de fazer um
apanhado geral sobre os assuntos
discutidos anteriormente, resumindo,
exemplificando e ajudando os alunos a
assimilarem o conteúdo. Os assuntos
retomados e discutidos com o texto
foram:
 O nosso planeta:
Foram abordadas as
características da Terra como sua
idade, intervalos de tempo, seu
raio e distancia do Sol.
 Como a Terra surgiu:
Formação da Terra, seu
resfriamento e formação das
rochas graníticas e origem dos
continentes.
 Como a Lua surgiu:
Hipótese de a Lua ter sido
formada pela mesma massa
incandescente de rocha liquefeita
primordial da Terra.
 O que é rocha:
Síntese de rocha como
sendo um agregado sólido
ocorrido naturalmente e
constituído por um ou mais
minerais e seus tipos: Ígnea,
sedimentar e metamórfica.
 Ciclo das rochas:
São as transformações
que as rochas estão submetidas
ao passar durante sua existência.
 Utilidades das rochas para o
homem:
Algumas utilidades das
rochas para o homem e suas
transformações para beneficio no
cotidiano.
Os alunos efetuaram a leitura do
texto informativo sendo, posteriormente,
aberto um espaço para debate e retirada
de dúvidas dos mesmos com o professor.
Quarta aula
A quarta aula possuiu uma breve
revisão de todos os assuntos e aplicou-se
novamente o questionário, intitulado
como final (Apêndice I) para a posterior
avaliação do êxito ou não da sequência
didática, comparando com o
questionário inicial, havendo a análise se
os alunos acrescentaram seu
conhecimento previamente avaliado.
PROCEDIMENTO DE COLETA DE
DADOS
A estratégia de coleta dos dados
fundamenta-se em um questionário com
seis perguntas abertas que será aplicado
no início e no final das atividades
propostas na sequência didática sobre
geociências.
Neste sentido aprofundou-se,
sobretudo, a temática referente ao ensino
de geociências para alunos do ensino
fundamental em aulas de ciências,
estando pautada na constituição dos
dados através do questionário coleta em
sala de aula.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com as questões elaboradas e as
respostas dos alunos foram gerados
diagramas de nuvens com auxilio de um
programa em plataforma Java chamado
wordle (wordle.net) (VIÉGAS,
WATTENBERG e FEINBERG, 2009),
este programa nos dá como retorno uma
imagem com as palavras que mais se
repetiram nas respostas de toda a classe,
assim oque nos resta são palavras citadas
pelos alunos sobre os temas que
estudaram verificando quais são os
conceitos iniciais destes e como estes se
transformaram após a aplicação da
sequencia didática. As nuvens de
palavras (Figuras 6 a 11) elaboradas
encontram-se a seguir, sendo que o
primeiro retrata a pergunta “Como
surgiu nosso planeta?” Do questionário
inicial (Figura 6a) e final (Figura 6b)
revelam a frequência dos conceitos mais
utilizados pelos alunos.
A partir da frequência dos
conceitos apresentados nas nuvens
verifica-se que em “B” os
conhecimentos ficaram mais coesos,
nota-se a extinção de algumas palavras
tais como, Deus, Fogo e vulcões, isto
representa que estes conceitos iniciais
deixaram de ser correlacionados pelos
alunos com esta pergunta após a
sequência didática. Também se verifica
que novas palavras surgiram tais como,
planetésimos, Gás, poeira, nuvem e gás
sendo estas palavras chave para referida
questão demonstrando que para esta
questão a SD teve um êxito em sua
aplicação. Outras “palavras conceito” se
mantiveram, mas reduziram seu
aparecimento tais como, planeta e
explosão; isto se deve ao fato de estas
palavras serem os conceitos iniciais que
os alunos possuem que serviram como
base para a construção dos novos
conceitos. Na figura 7 encontram-se os
diagramas gerados pela seguinte
pergunta “O que é uma rocha?”.
Figura 6. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial
(a) e final (b) para a pergunta “Como surgiu nosso planeta?”.
Figura 7. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial
(a) e final (b) para a pergunta “O que é uma rocha?”.
Observando as imagens acima verifica
como as crianças acrescentaram seus
conhecimentos e os “organizaram”,
sobre oque é uma rocha; nota-se
nitidamente em B que varias palavras
desapareceram em relação a “A”; tais
como; “duro”, “impossível”, “quebrar” e
“pedaço” estes são os conceitos que os
educandos deixaram para trás; indicando
assim desmitificação destes
conhecimentos. Algumas palavras
conceitos apareceram como;
“agregado”, “sedimentar”,
“metamórfica” e “magmática” que para
esta pergunta são palavras chave,
concluindo então que o conhecimento foi
estruturado para tal questão. Outras
palavras como “mineral” se mantiveram,
mostrando assim conhecimentos
subsunçores.
A seguir encontram-se os
diagramas gerados pela seguinte
pergunta “O que você entende por
Geociências?”.
Figura 8. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial
(a) e final (b) para a pergunta “O que você entende por Geociências?”.
Interpretando a imagem acima nota-se
que os alunos já possuem um
conhecimento (embora um pouco
difuso) sobre o tema, na segunda
imagem nota-se que o conhecimento está
mais concreto sobre oque é geociências.
A seguir encontram-se os
diagramas gerados pela seguinte
pergunta “Cite três tipos de rochas?”.
Figura 9. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial
(a) e final (b) para a pergunta “Cite três tipos de rochas? ”.
Observando este quadro não se nota uma
efetiva construção do conhecimento dos
alunos, pois, no inicio do bimestre os
alunos tiveram aulas na disciplina de
geografia que explicavam
superficialmente os tipos de rocha. Esta
informação foi conseguida no decorrer
da administração da sequência didática,
pois um dos alunos falou “- a gente viu
isso em geografia, é muito legal”.
A seguir encontram-se as nuvens
de palavras geradas pela seguinte
pergunta “O manuseio das rochas irá
ajudar / ajudou a conhecer melhor sobre
elas? Por quê?”.
Esta pergunta é um tanto que
substantiva, isto é, cada aluno terá sua
devida opinião sobre o tema, mas, a
classe como um todo mostra concordar
com a pergunta, dizem que o contato
com as rochas realmente os ajudarão ou
os ajudaram a conhecer mais sobre as
rochas.
Figura 10. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial
(a) e final (b) para a pergunta “O manuseio das rochas irá ajudar / ajudou a conhecer melhor
sobre elas? Por quê?”.
A seguir encontram-se as nuvens
de palavras geradas pela seguinte
pergunta “Comente o que você entende
por tempo geológico?”.
Analizando os diagramas de
nuvens nota-se que os alunos possuem
um bom conhecimento prévio sobre o
tema, já que eles desmembraram a
palavra assim chegando assim na
resposta certa, oque evidencia esta
afirmação é o forte destaque das palavras
“Tempo” e “Terra” no diagrama. Porem
as crianças construiram seus conceitos,
pois, palavras chave como “eras”,
“periodos” e “dividido” apareceram,
evidenciando assim que as crianças
acrescentaram seu conhecimento.
Figura 11: Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial
(a) e final (b) para a pergunta “Comente o que você entende por tempo geológico?”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observando os diagramas acima
nota-se que a sequencia didática foi
eficaz, pois, os alunos construíram bem
seus conhecimentos sobre o conteúdo,
Verifica na maioria dos diagramas que os
alunos fizeram com que suas respostas
fossem mais consistentes e condizentes
com o tema. Vale a pena ressaltar que os
diagramas finais ficaram, como um todo,
mais “limpos” que os iniciais, isto nos
remete ao fato, em geral os alunos
deixaram de ter respostas divergentes
sobre o tema e também adquiriram um
vocabulário especifico da área.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Como Nasceu Nosso Planeta” do The
History Channel, DVD. Vídeo (The
History Channel, 2006).
ALBRECHT, E.; VOELZKE, M. R.
Astronomia nas propostas curriculares
dos estados da região Sul do Brasil: uma
análise comparativa. Revista de Ensino
de Ciências e Matemática, v. 9, n. 6, p.
41, 2018. ISSN 2179-426X.
AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção
de conhecimentos: Uma perspectiva
cognitiva. Lisboa: Plátano, 2000.
CARVALHO, A. M. Ciência no ensino
fundamental: o conhecimento físico.
São Paulo: Scipione, 2009.
COMPIANI, M. Geologia/Geociência
no Ensino Fundamental e a Formação
de Professores. Geologia USP. Publ.
Espec., São Paulo, 3: 13-30, setembro,
2005.
ELIAS, D. C. N.; ARAÚJO, M. S. T.;
AMARAL, L. H. Concepções de
estudantes do ensino médio sobre
conceitos de astronomia e as possíveis
contribuições da articulação entre
espaços formais e não formais de
aprendizagem. Revista de Ensino de
Ciências e Matemática, v. 2, n. 1, p. 50-
68, 2011. ISSN 2179-426X.
http://www.youtube.com/watch?v=Kum
HnZL2SQg, Acessado em 23/08/2011.
MOREIRA, M. A. APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA: da visão clássica à
visão crítica. V Encontro Internacional
sobre Aprendizagem Significativa,
Madrid, Espanha, setembro de 2006.
NASCIMENTO, D. S. Abordagem dos
temas de Geociências no 6º ano do
ensino fundamental no Distrito
Federal: análise dos temas em livros
didáticos, conhecimento dos alunos e
recursos didáticos utilizados pelos
professores do DF. Trabalho de
conclusão de curso, Novembro, 2011.
PIRANHA, J. M., CARNEIRO, C.D.R.
O ensino de geologia como
instrumento formado de uma cultura
de sustentabilidade – Revista Brasileira
de Geociências V.39 Março 2009.
TOLEDO, M.C, M. Geociências no
Ensino Médio Brasileiro - Análise dos
Parâmetros Curriculares Nacionais.
Revista do Instituto de Geociências –
USP. Geol. USP Publ. Espec., São Paulo,
3: 31-44, setembro 2005
VIÉGAS, F. B.; WATTENBERG, M.;
FEINBERG, J. Participatory
visualization with wordle, Ieee
transactions on visualization and
computer graphics, v. 15, n. 6, p. 1137-
1144, 2009.
________________________________
APÊNDICE I
Geociências a Ciência Planetária
QUESTIONÁRIO INICIAL:
O que você conhece por geociências?
________________________________
O que é uma rocha?
________________________________
Cite três tipos de rochas?
________________________________
Como surgiu nosso planeta?
________________________________
Comente o que você entende por tempo
geológico.
________________________________
O manuseio das rochas irá ajudar a
conhecer melhor sobre elas? Por quê?
________________________________
QUESTIONÁRIO FINAL:
Como surgiu nosso planeta?
________________________________
O que é uma rocha?
________________________________
O que você entende por Geociências?
________________________________
Cite três tipos de rochas.
________________________________
O manuseio das rochas ajuda a conhecer
melhor sobre elas? Por quê?
________________________________
Comente o que você entende por tempo
geológico.
________________________________
________________________________________________
1
Departamento de Geologia –UFPE;
Licenciado em Física – Universidade
Cruzeiro do Sul
2
Escola Estadual Mário D’elia
3
Faculdade de Educação- USP
75

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014prangel251
 
PCN e Ensino de Ciências
PCN e Ensino de CiênciasPCN e Ensino de Ciências
PCN e Ensino de Ciênciasfimepecim
 
Aula Destaque Lixo
Aula Destaque LixoAula Destaque Lixo
Aula Destaque Lixoelbersc
 
Orientações didáticas - terceiro e quarto ciclo de Ciência Naturais
Orientações didáticas -  terceiro e quarto ciclo de Ciência NaturaisOrientações didáticas -  terceiro e quarto ciclo de Ciência Naturais
Orientações didáticas - terceiro e quarto ciclo de Ciência Naturaispibidbio
 
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014prangel251
 
Artigo fractal ens. médio
Artigo fractal  ens. médioArtigo fractal  ens. médio
Artigo fractal ens. médioJosemy Brito
 
Ciências naturais no quarto ciclo
Ciências naturais no quarto cicloCiências naturais no quarto ciclo
Ciências naturais no quarto ciclopibidbio
 
Artigo, pibid pasquale, astronomia e astronautica
Artigo, pibid pasquale, astronomia e astronauticaArtigo, pibid pasquale, astronomia e astronautica
Artigo, pibid pasquale, astronomia e astronauticafisicadu
 
Relatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronautica
Relatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronauticaRelatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronautica
Relatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronauticafisicadu
 
Ens ciencias no brasil
Ens ciencias no brasilEns ciencias no brasil
Ens ciencias no brasilfimepecim
 
Ciencias Fisicas Naturais
Ciencias Fisicas NaturaisCiencias Fisicas Naturais
Ciencias Fisicas NaturaisEva Sofia
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científicavieiraemoraes
 

Mais procurados (19)

Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
 
PCN e Ensino de Ciências
PCN e Ensino de CiênciasPCN e Ensino de Ciências
PCN e Ensino de Ciências
 
Aula Destaque Lixo
Aula Destaque LixoAula Destaque Lixo
Aula Destaque Lixo
 
Orientações didáticas - terceiro e quarto ciclo de Ciência Naturais
Orientações didáticas -  terceiro e quarto ciclo de Ciência NaturaisOrientações didáticas -  terceiro e quarto ciclo de Ciência Naturais
Orientações didáticas - terceiro e quarto ciclo de Ciência Naturais
 
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-2ºbim2014
 
Pcn
PcnPcn
Pcn
 
Aula de campo
Aula de campoAula de campo
Aula de campo
 
Mais um relato
Mais um relatoMais um relato
Mais um relato
 
Artigo fractal ens. médio
Artigo fractal  ens. médioArtigo fractal  ens. médio
Artigo fractal ens. médio
 
Ciências naturais no quarto ciclo
Ciências naturais no quarto cicloCiências naturais no quarto ciclo
Ciências naturais no quarto ciclo
 
Artigo, pibid pasquale, astronomia e astronautica
Artigo, pibid pasquale, astronomia e astronauticaArtigo, pibid pasquale, astronomia e astronautica
Artigo, pibid pasquale, astronomia e astronautica
 
Trabalho de T.E
Trabalho de T.ETrabalho de T.E
Trabalho de T.E
 
Relatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronautica
Relatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronauticaRelatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronautica
Relatório, pibid, puc pasquale, astronomia e astronautica
 
Plano de ensino fisica
Plano de ensino fisica Plano de ensino fisica
Plano de ensino fisica
 
Ens ciencias no brasil
Ens ciencias no brasilEns ciencias no brasil
Ens ciencias no brasil
 
Ciencias Fisicas Naturais
Ciencias Fisicas NaturaisCiencias Fisicas Naturais
Ciencias Fisicas Naturais
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científica
 
Dce ciencias (1)
Dce ciencias (1)Dce ciencias (1)
Dce ciencias (1)
 
Dce ciencias
Dce cienciasDce ciencias
Dce ciencias
 

Semelhante a Artigo bioterra v1_n1_2019_07

Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científicavieiraemoraes
 
O papel da geografia
O papel da geografiaO papel da geografia
O papel da geografiaguest0268045d
 
Trabalhando Ciências da Natureza nos Anos Iniciais
Trabalhando Ciências da Natureza nos Anos IniciaisTrabalhando Ciências da Natureza nos Anos Iniciais
Trabalhando Ciências da Natureza nos Anos Iniciaisluciany-nascimento
 
A CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdf
A CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdfA CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdf
A CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdfcarloscardoso948296
 
CONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSE
CONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSECONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSE
CONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSEConheça Luz
 
A dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógica
A dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógicaA dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógica
A dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógicasergio_chumbinho
 
Apresentação Monografia Unilab.pptx
Apresentação Monografia Unilab.pptxApresentação Monografia Unilab.pptx
Apresentação Monografia Unilab.pptxNairysFreitas
 
Reflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de Geografia
Reflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de GeografiaReflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de Geografia
Reflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de GeografiaMurilo Rebecchi
 
Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12Mary Carneiro
 
Projeto Aguas Rio Bacalhau
Projeto Aguas Rio BacalhauProjeto Aguas Rio Bacalhau
Projeto Aguas Rio BacalhauMatheus Bueno
 
O papel da geografia
O papel da geografiaO papel da geografia
O papel da geografiaguest395b01
 
O papel da geografia
O papel da geografiaO papel da geografia
O papel da geografiacleahempe
 
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014prangel251
 
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...PROIDDBahiana
 
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...PROIDDBahiana
 
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-cicloCiências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-cicloAna Freitas
 
Dce f isica_marina jornada
Dce f isica_marina jornada Dce f isica_marina jornada
Dce f isica_marina jornada saulo321
 

Semelhante a Artigo bioterra v1_n1_2019_07 (20)

Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científica
 
Sem título 1
Sem título 1Sem título 1
Sem título 1
 
Ctsa Eja 4
Ctsa Eja 4Ctsa Eja 4
Ctsa Eja 4
 
O papel da geografia
O papel da geografiaO papel da geografia
O papel da geografia
 
Trabalhando Ciências da Natureza nos Anos Iniciais
Trabalhando Ciências da Natureza nos Anos IniciaisTrabalhando Ciências da Natureza nos Anos Iniciais
Trabalhando Ciências da Natureza nos Anos Iniciais
 
A CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdf
A CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdfA CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdf
A CIDADE É A SALA DE AULA- ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA A PARTIR DO LUGAR.pdf
 
CONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSE
CONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSECONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSE
CONTEÚDOS DO LIVRO DE GEOGRAFIA DA 9ª CLASSE
 
A dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógica
A dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógicaA dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógica
A dinâmica discursiva no contexto do ensino da evolução bilógica
 
Apresentação Monografia Unilab.pptx
Apresentação Monografia Unilab.pptxApresentação Monografia Unilab.pptx
Apresentação Monografia Unilab.pptx
 
Reflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de Geografia
Reflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de GeografiaReflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de Geografia
Reflexão sobre a BNCC e o Componente Curricular de Geografia
 
Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12
 
Projeto Aguas Rio Bacalhau
Projeto Aguas Rio BacalhauProjeto Aguas Rio Bacalhau
Projeto Aguas Rio Bacalhau
 
O papel da geografia
O papel da geografiaO papel da geografia
O papel da geografia
 
O papel da geografia
O papel da geografiaO papel da geografia
O papel da geografia
 
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
Caderno ativ auto_reguladas-alunos-1ªsérie-1ºbim2014
 
03
0303
03
 
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
 
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
Da aprendizagem-significativa-a-aprendizagem-satisfatoria-na-educacao-em-cien...
 
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-cicloCiências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
 
Dce f isica_marina jornada
Dce f isica_marina jornada Dce f isica_marina jornada
Dce f isica_marina jornada
 

Mais de Universidade Federal de Sergipe - UFS

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 

Mais de Universidade Federal de Sergipe - UFS (20)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 

Artigo bioterra v1_n1_2019_07

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 19 - Número 1 - 1º Semestre 2019 ENSINO DE GEOCIENCIAS: ESTUDO DE CASO DE UMA METODOLOGIA APLICADA NO ENSINO FUNDAMENTAL II Luis Felipe de Melo Tassinari1 ; Luis Otávio Tassinari2 ; Camila Aparecida Tolentino Cicuto3 RESUMO Este presente trabalho trata da elaboração e aplicação de uma sequência didática, dividida em quatro aulas, para alunos de sexto ano do ensino fundamental II no estudo de geociências para que os mesmos possam refletir sobre a importância do tema abordado e reunir informações, correlacionando-as com seu dia-a-dia, por exemplo; um breve resumo sobre as teorias da origem da Terra e formação dos continentes, exemplificação dos ciclos de formação de rochas e noções sobre mineralogia. No início da aplicação da sequência didática (SD) foi passado um questionário para os alunos, com o intuito de saber quais os conhecimentos iniciais destes e ao final da sequência um questionário final foi aplicado para saber como estes alunos construíram novos significados a partir de seus conhecimentos prévios. Utilizando com ferramenta de entendimento da estrutura cognitiva dos alunos, um programa gerador de imagem, onde as respostas foram digitadas e processadas criando um diagrama em forma de “nuvens” com as respostas, possibilitando a verificação de quais palavras que mais se repetem, assim podendo compreender quais os significados iniciais dos alunos e como eles se transformaram e se complementaram ao final da SD. Palavras-chave: Geociências, ensino fundamental, ciências, geologia. TEACHING GEOCIENCES: CASE STUDY OF A METHODOLOGY APPLIED IN ELEMENTARY SCHOOL ABSTRACT This paper deals with the elaboration and application of a didactic sequence, divided into four classes for students in elementary school. In the study of geosciences so that they can reflect on the importance of the topic addressed and gather information, correlating them with your daily life, for example; a brief summary on the theories of the origin of the Earth and formation of the continents. A questionnaire was given to the students, in order to know the initial knowledge of them and at the end to know how these students constructed new meanings from their knowledge. Keywords: Geosciences, elementary education, science, geology. 63
  • 2. INTRODUÇÃO Inicialmente nos cabe a entender o conceito de geociências e qual a influência que esta nos remete. Segundo TOLEDO (2005), geociências é o termo utilizado para as ciências que estudam a Terra desde sua formação até sua “evolução histórica”, incluindo a formação do Sistema Solar e a comparação com outros “corpos celestes”, além do estudo dos seus “vários compartimentos”, materiais constituintes e processos. Outros autores discutem a relevância do tema. Em COMPIANI (2005) é defendida a afirmação que o ensino das Geociências contribui para o “[...] desenvolvimento cognitivo das crianças que cursam o ensino elementar (5ª a 8ª séries)”, na mesma obra o autor ressalta o fato da importância dos trabalhos de campo para a educação ambiental: “[...] o ensino de Geologia/Geociências, com destaque para os trabalhos de campo, podem contribuir na formação das crianças para a “alfabetização na natureza”, pois estimulam o desenvolvimento de conhecimentos como: intuição e desenvolvimento da linguagem visual, apreciação de formas e estética, raciocínio e representação espacial, raciocínios de causalidade e a narrativa envolvida nos discursos históricos da Geologia/Geociências [...] (COMPIANI, 2005, p.15)”. Observando a afirmação anterior sobre o que são as geociências e, além disso, tendo a consciência de que somos “terráqueos”, logo, temos a necessidade de conhecer a nossa grande casa, nem nossos arredores (Elias et al., 2011; Albrecht e Voelzke, 2018) e muitas vezes isto não acontece, caso aconteça, muitos desses conhecimentos não são repassados de uma maneira adequada. Ou seja, “[...] O conhecimento de Geologia proporciona compreensão mínima do funcionamento do planeta e lança as bases do efetivo exercício da cidadania. [...]”. (CARNEIRO 2004, apud NASCIMENTO 2011, p.8). As Geociências ocupam um lugar particular dentro das Ciências Naturais(Elias et al., 2011; Albrecht e Voelzke, 2018). Esta constitui uma área do conhecimento essencial na compreensão do equilíbrio e da complexidade do Sistema Terrestre, a qual todos somos dependentes. Neste contexto, preconiza-se que uma melhor integração das Ciências da Terra nos diversos sistemas educativos pode contribuir para a formação de cidadãos informados, participativos e comprometidos com a gestão responsável do planeta e seus recursos. O papel da educação científica, notadamente em Ciências da Terra, constitui instrumento fundamental de uma educação para a sustentabilidade. A iniciativa sugere profundas reorientações nos sistemas educativos vigentes e desafia os educadores a programar abordagens educativas inovadoras (PIRANHA, et al 2009). Em vista das afirmações anteriores decidiu-se trabalhar o conteúdo de geociências em sala de aula. O conteúdo foi administrado na disciplina de ciências em uma turma de sexto ano, numa escola estadual no município de Franca-SP. Aplicou-se uma sequencia didática e posteriormente analisou-se a sua eficiência. Foram repassados os
  • 3. conhecimentos para os alunos de uma forma empírica e pedagógica (contato com rochas, areia, clastos e etc.), em sala de aula. REFERENCIAL TEÓRICO Hoje em dia as principais palavras regentes nos estudos da área educacional são; aprendizagem significativa e mudança conceitual, sendo estas ligadas de forma intrínseca em ambas. Uma boa metodologia de ensino deve ser construtivista, além de promover uma mudança conceitual e ajudar a aprendizagem significativa, por isso este trabalho baseia-se nestes pilares. No tema da aprendizagem significativa os principais referenciais tomados são os pensamentos de Ausubel (2000 p.24), sendo que para este é o: “... processo através do qual uma nova informação (um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva do aprendiz”. Onde no decorrer da aprendizagem significativa que o significado lógico do conteúdo se transforma em significado psicológico para o sujeito, assim como é o mecanismo humano, por excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de ideias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento. Na Figura 1 existe um esquema elaborado por Moreira (2006) correspondente à aprendizagem significativa subordinada, que ocasionalmente é mais comum. Todavia quando um conceito ou proposição potencialmente significativa mais geral e inclusiva do que ideias ou conceitos já estabelecidos na estrutura cognitiva são adquiridos a partir destes, e passa a assimilá- los, a aprendizagem é dita superordenada. Finalizando a aprendizagem de conceitos que não são subordináveis a, nem são capazes de subordinar, algum subsunçor é considerada combinatória. Figura 1: Esquema de assimilação Ausbeliana (Adaptado: Moreira, 2006).
  • 4. Tome como exemplo a aprendizagem significativa de certas leis científicas, que podem implicar esta última forma de aprendizagem significativa, pois, a compreensão da relação científica subjacente à expressão linguística ou matemática da lei requer um conhecimento mais profundo da área. A interação não é com algum conhecimento especificamente relevante, como na forma subordinada, mas sim com um "background" de conhecimento na área em questão. Observe-se que tal como indicado no esquema da Figura 1, o esquecimento é uma continuação natural da aprendizagem significativa, mas há um resíduo, ou seja, o subsunçor modificado. Os novos conhecimentos acabam sendo obliterados, subsumidos. Mas de alguma forma "estão" no subsunçor e isso facilita a reaprendizagem (Moreira, 2006). O saber inicial do aluno é o fator mais importante que influencia a aprendizagem. Logo, o ensino deve, necessariamente, ser conduzido de acordo. Seguindo este pensamento, para que as condições da aprendizagem significativa atinjam seu ponto máximo de potencialidade, sugere-se que os materiais educativos devam ter significado lógico e o aprendiz deva ter subsunçores especificamente relevantes e a pré-disposição do sujeito para aprender, transformando em psicológico o significado lógico dos materiais educativos. OBJETIVOS Apresentar aos alunos uma sequência didática para que estes reflitam sobre a importância do estudo da Geociência para reunir informações e correlacionar com o dia- a-dia dos mesmos, como por exemplo; um breve resumo sobre as teorias da origem da Terra e formação dos continentes, exemplificação dos ciclos de formação de rochas, e noções sobre mineralogia. Tendo como fim conhecer melhor e valorizar essa atividade científica que tanto nos auxilia no conhecimento de nosso planeta e inicio e futuro da vida do homem na Terra. Ampliar o conhecimento de geociências dos alunos para que esses desenvolvam uma visão critica sobre o tema, podendo perceber o quão complexo foi à formação de uma simples rocha para que fosse utilizada pelo homem de maneira desenfreada. As atividades realizadas nesta sequência didática têm o intuito de concretizar significados, sendo estes o próprio conhecimento prévio do aluno sobre o tema proposto e suas compreensões, sendo que o mesmo é baseado na teoria de Ausubel. Para o planejamento e realização das atividades, partiu-se da premissa de que o aluno já possui um “pré-conhecimento” sobre o assunto, a partir do qual se podem elaborar determinadas atividades. Sabemos que ao trabalhar uma nova informação de forma significativa, o aluno formará um novo conhecimento, concretizando seu aprendizado. Outro ponto empregado na sequência didática baseia-se na diferenciação da didática utilizada para introduzir os conteúdos estudados, variando a exposição do tema, podendo esta ser de forma implícita ou explícita, no contato com as rochas, ou nas discussões em classe sobre o tema, nas quais eram expostas as visões individuais em grupo sobre o tema. METODOLOGIA Foi aplicada uma sequência didática dividida em quatro aulas e que se baseia em três etapas diferentes, sendo a primeira etapa a aplicação de um questionário inicial sobre o tema para a avaliação dos conhecimentos já adquiridos pelos alunos, posteriormente sendo administrado e aplicado o conteúdo e depois retomado o questionário para verificar a
  • 5. eficiência da sequência didática e como os alunos construíram os novos significados sobre o conteúdo. Primeira aula No início desta aula foi aplicado um questionário inicial (anexo 1.0) para a verificação dos conhecimentos prévios que os alunos possuem sobre o tema. Ficou bem claro para eles que este questionário não valia nota e que apenas o professor gostaria de saber quais os conhecimentos que a classe possuía sobre o tema, para que pudessem ser preparadas as aulas. Além disso, na primeira aula foi apresentado o conteúdo em forma de filmes com o intuito de instigar a curiosidade dos alunos sobre as geociências, assim como construir uma noção do que é o tempo geológico e o quão pequeno é o nosso tempo de vida perto do tempo de existência de uma rocha e consequentemente de nosso planeta. A classe foi movimentada até a sala de multimídia da escola, aonde foi feito um breve comentário sobre as geociências e o que é tempo geológico, depois disso foi apresentado o vídeo “Das Rad” (Figura 2). Figura 2: Imagem do curta alemão Das Rad (A Roda). Inicialmente os educandos mostraram certa resistência para o entendimento do difícil tema, porém os mesmos, de maneira implícita, conseguiram construir este conhecimento,devido à dinâmica do vídeo e sua facilidade de compreensão. Posteriormente foram passados trechos do longa-metragem do The History Channel “Como Nasceu Nosso Planeta” (Figura 3). Figura 3: Imagem do longa-metragem “Como Nasceu Nosso Planeta” do The History Channel (The History Channel, 2006).
  • 6. Para que se obtivesse melhores resultados na relação de significado, foram escolhidos trechos dos vídeos, para que não se tornasse tão cansativo, possibilitando desvios de atenção, assim como o despertar da curiosidade e dúvidas sobre o tema. Sobressaltando a atitude dos alunos, onde estes ficaram realmente instigados, demonstrando muito interesse, querendo estes ficar depois da aula para assistir mais o documentário. Segunda aula Nesta segunda aula foram levadas para a classe, amostras de diferentes tipos de rochas (Figura 4), onde os alunos as manusearam (Figura 5), analisando suas estruturas externas, como texturas, colorações e outras. Explicou- se sobre cada rocha individualmente para posteriormente serem correlacionadas no ciclo das rochas, para que os educandos possam construir o conceito de como que uma rocha se torna outra. Os alunos mostraram-se muito interessados sobre o tema, muitos disseram que nunca tinham “pegado” uma rocha e observado com uma visão crítica da forma que fizeram. Figura 4: Fotos das rochas levadas em sala de aula (fonte: arquivo pessoal do autor).
  • 7. Figura 5: Alunos manuseando e observando as amostras levadas em sala de aula (fonte: arquivo pessoal do autor) Terceira aula Nesta aula foi passado um resumo impresso aos alunos, sendo que este foi elaborado pelo autor do presente trabalho com intuito de fazer um apanhado geral sobre os assuntos discutidos anteriormente, resumindo, exemplificando e ajudando os alunos a assimilarem o conteúdo. Os assuntos retomados e discutidos com o texto foram:  O nosso planeta: Foram abordadas as características da Terra como sua idade, intervalos de tempo, seu raio e distancia do Sol.  Como a Terra surgiu: Formação da Terra, seu resfriamento e formação das rochas graníticas e origem dos continentes.  Como a Lua surgiu: Hipótese de a Lua ter sido formada pela mesma massa incandescente de rocha liquefeita primordial da Terra.  O que é rocha: Síntese de rocha como sendo um agregado sólido ocorrido naturalmente e constituído por um ou mais minerais e seus tipos: Ígnea, sedimentar e metamórfica.  Ciclo das rochas: São as transformações que as rochas estão submetidas ao passar durante sua existência.  Utilidades das rochas para o homem: Algumas utilidades das rochas para o homem e suas transformações para beneficio no cotidiano. Os alunos efetuaram a leitura do texto informativo sendo, posteriormente, aberto um espaço para debate e retirada de dúvidas dos mesmos com o professor. Quarta aula A quarta aula possuiu uma breve revisão de todos os assuntos e aplicou-se novamente o questionário, intitulado como final (Apêndice I) para a posterior avaliação do êxito ou não da sequência
  • 8. didática, comparando com o questionário inicial, havendo a análise se os alunos acrescentaram seu conhecimento previamente avaliado. PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS A estratégia de coleta dos dados fundamenta-se em um questionário com seis perguntas abertas que será aplicado no início e no final das atividades propostas na sequência didática sobre geociências. Neste sentido aprofundou-se, sobretudo, a temática referente ao ensino de geociências para alunos do ensino fundamental em aulas de ciências, estando pautada na constituição dos dados através do questionário coleta em sala de aula. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com as questões elaboradas e as respostas dos alunos foram gerados diagramas de nuvens com auxilio de um programa em plataforma Java chamado wordle (wordle.net) (VIÉGAS, WATTENBERG e FEINBERG, 2009), este programa nos dá como retorno uma imagem com as palavras que mais se repetiram nas respostas de toda a classe, assim oque nos resta são palavras citadas pelos alunos sobre os temas que estudaram verificando quais são os conceitos iniciais destes e como estes se transformaram após a aplicação da sequencia didática. As nuvens de palavras (Figuras 6 a 11) elaboradas encontram-se a seguir, sendo que o primeiro retrata a pergunta “Como surgiu nosso planeta?” Do questionário inicial (Figura 6a) e final (Figura 6b) revelam a frequência dos conceitos mais utilizados pelos alunos. A partir da frequência dos conceitos apresentados nas nuvens verifica-se que em “B” os conhecimentos ficaram mais coesos, nota-se a extinção de algumas palavras tais como, Deus, Fogo e vulcões, isto representa que estes conceitos iniciais deixaram de ser correlacionados pelos alunos com esta pergunta após a sequência didática. Também se verifica que novas palavras surgiram tais como, planetésimos, Gás, poeira, nuvem e gás sendo estas palavras chave para referida questão demonstrando que para esta questão a SD teve um êxito em sua aplicação. Outras “palavras conceito” se mantiveram, mas reduziram seu aparecimento tais como, planeta e explosão; isto se deve ao fato de estas palavras serem os conceitos iniciais que os alunos possuem que serviram como base para a construção dos novos conceitos. Na figura 7 encontram-se os diagramas gerados pela seguinte pergunta “O que é uma rocha?”.
  • 9. Figura 6. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial (a) e final (b) para a pergunta “Como surgiu nosso planeta?”. Figura 7. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial (a) e final (b) para a pergunta “O que é uma rocha?”. Observando as imagens acima verifica como as crianças acrescentaram seus conhecimentos e os “organizaram”, sobre oque é uma rocha; nota-se nitidamente em B que varias palavras desapareceram em relação a “A”; tais como; “duro”, “impossível”, “quebrar” e “pedaço” estes são os conceitos que os educandos deixaram para trás; indicando assim desmitificação destes conhecimentos. Algumas palavras conceitos apareceram como; “agregado”, “sedimentar”, “metamórfica” e “magmática” que para esta pergunta são palavras chave, concluindo então que o conhecimento foi estruturado para tal questão. Outras palavras como “mineral” se mantiveram, mostrando assim conhecimentos subsunçores. A seguir encontram-se os diagramas gerados pela seguinte pergunta “O que você entende por Geociências?”.
  • 10. Figura 8. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial (a) e final (b) para a pergunta “O que você entende por Geociências?”. Interpretando a imagem acima nota-se que os alunos já possuem um conhecimento (embora um pouco difuso) sobre o tema, na segunda imagem nota-se que o conhecimento está mais concreto sobre oque é geociências. A seguir encontram-se os diagramas gerados pela seguinte pergunta “Cite três tipos de rochas?”. Figura 9. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial (a) e final (b) para a pergunta “Cite três tipos de rochas? ”. Observando este quadro não se nota uma efetiva construção do conhecimento dos alunos, pois, no inicio do bimestre os alunos tiveram aulas na disciplina de geografia que explicavam superficialmente os tipos de rocha. Esta
  • 11. informação foi conseguida no decorrer da administração da sequência didática, pois um dos alunos falou “- a gente viu isso em geografia, é muito legal”. A seguir encontram-se as nuvens de palavras geradas pela seguinte pergunta “O manuseio das rochas irá ajudar / ajudou a conhecer melhor sobre elas? Por quê?”. Esta pergunta é um tanto que substantiva, isto é, cada aluno terá sua devida opinião sobre o tema, mas, a classe como um todo mostra concordar com a pergunta, dizem que o contato com as rochas realmente os ajudarão ou os ajudaram a conhecer mais sobre as rochas. Figura 10. Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial (a) e final (b) para a pergunta “O manuseio das rochas irá ajudar / ajudou a conhecer melhor sobre elas? Por quê?”. A seguir encontram-se as nuvens de palavras geradas pela seguinte pergunta “Comente o que você entende por tempo geológico?”. Analizando os diagramas de nuvens nota-se que os alunos possuem um bom conhecimento prévio sobre o tema, já que eles desmembraram a palavra assim chegando assim na resposta certa, oque evidencia esta afirmação é o forte destaque das palavras “Tempo” e “Terra” no diagrama. Porem as crianças construiram seus conceitos, pois, palavras chave como “eras”, “periodos” e “dividido” apareceram, evidenciando assim que as crianças acrescentaram seu conhecimento.
  • 12. Figura 11: Nuvens de palavras geradas a partir das respostas dos alunos no questionário inicial (a) e final (b) para a pergunta “Comente o que você entende por tempo geológico?”. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observando os diagramas acima nota-se que a sequencia didática foi eficaz, pois, os alunos construíram bem seus conhecimentos sobre o conteúdo, Verifica na maioria dos diagramas que os alunos fizeram com que suas respostas fossem mais consistentes e condizentes com o tema. Vale a pena ressaltar que os diagramas finais ficaram, como um todo, mais “limpos” que os iniciais, isto nos remete ao fato, em geral os alunos deixaram de ter respostas divergentes sobre o tema e também adquiriram um vocabulário especifico da área. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS “Como Nasceu Nosso Planeta” do The History Channel, DVD. Vídeo (The History Channel, 2006). ALBRECHT, E.; VOELZKE, M. R. Astronomia nas propostas curriculares dos estados da região Sul do Brasil: uma análise comparativa. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 9, n. 6, p. 41, 2018. ISSN 2179-426X. AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: Uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Plátano, 2000. CARVALHO, A. M. Ciência no ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 2009. COMPIANI, M. Geologia/Geociência no Ensino Fundamental e a Formação de Professores. Geologia USP. Publ. Espec., São Paulo, 3: 13-30, setembro, 2005. ELIAS, D. C. N.; ARAÚJO, M. S. T.; AMARAL, L. H. Concepções de estudantes do ensino médio sobre conceitos de astronomia e as possíveis contribuições da articulação entre espaços formais e não formais de aprendizagem. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 2, n. 1, p. 50- 68, 2011. ISSN 2179-426X. http://www.youtube.com/watch?v=Kum HnZL2SQg, Acessado em 23/08/2011.
  • 13. MOREIRA, M. A. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: da visão clássica à visão crítica. V Encontro Internacional sobre Aprendizagem Significativa, Madrid, Espanha, setembro de 2006. NASCIMENTO, D. S. Abordagem dos temas de Geociências no 6º ano do ensino fundamental no Distrito Federal: análise dos temas em livros didáticos, conhecimento dos alunos e recursos didáticos utilizados pelos professores do DF. Trabalho de conclusão de curso, Novembro, 2011. PIRANHA, J. M., CARNEIRO, C.D.R. O ensino de geologia como instrumento formado de uma cultura de sustentabilidade – Revista Brasileira de Geociências V.39 Março 2009. TOLEDO, M.C, M. Geociências no Ensino Médio Brasileiro - Análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Revista do Instituto de Geociências – USP. Geol. USP Publ. Espec., São Paulo, 3: 31-44, setembro 2005 VIÉGAS, F. B.; WATTENBERG, M.; FEINBERG, J. Participatory visualization with wordle, Ieee transactions on visualization and computer graphics, v. 15, n. 6, p. 1137- 1144, 2009. ________________________________ APÊNDICE I Geociências a Ciência Planetária QUESTIONÁRIO INICIAL: O que você conhece por geociências? ________________________________ O que é uma rocha? ________________________________ Cite três tipos de rochas? ________________________________ Como surgiu nosso planeta? ________________________________ Comente o que você entende por tempo geológico. ________________________________ O manuseio das rochas irá ajudar a conhecer melhor sobre elas? Por quê? ________________________________ QUESTIONÁRIO FINAL: Como surgiu nosso planeta? ________________________________ O que é uma rocha? ________________________________ O que você entende por Geociências? ________________________________ Cite três tipos de rochas. ________________________________ O manuseio das rochas ajuda a conhecer melhor sobre elas? Por quê? ________________________________ Comente o que você entende por tempo geológico. ________________________________ ________________________________________________ 1 Departamento de Geologia –UFPE; Licenciado em Física – Universidade Cruzeiro do Sul 2 Escola Estadual Mário D’elia 3 Faculdade de Educação- USP 75