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Tango
Buenos Aires, Paris, Lisboa
Ermelinda Pereira, Turma 657, NHK
Buenos Aires: Origens
Nasce em finais do séc. XIX, junção de vários ritmos
provenientes dos subúrbios de Buenos Aires;
É considerada uma dança multicultural, por ter influência
dos vários povos imigrantes na Argentina;
“Numa sociedade em que os imigrantes tiveram
efectivamente necessidade de tudo refazer a partir do zero,
o tango devia inscrever-se como uma música que se fez a
si própria” Monette, Pierre (1998), p. 21
Inicialmente, e como a comunidade imigrante argentina era
maioritariamente constituída por homens, dançava-se entre
estes;
Os homens só dançavam com mulheres em cabarets, uma
vez que o abraço de tango era socialmente visto como
promíscuo ;
Paris: Visibilidade
Tendo surgido nos subúrbios da capital argentina, o Tango
só ganhou visibilidade e admiração por parte das classes
mais altas após ter conseguido notoriedade em Paris,
quando as primeiras vagas de emigrantes argentinos
chegaram a França, por volta de 1910;
Por um lado, a sociedade parisiense ansiava por
novidades e extravagâncias, o que tornou o tango numa
“febre”; por outro lado, Paris era vista como ícone cultural
do mundo civilizado;
Na própria Argentina, o tango só foi aceite pelas classes
mais altas depois do “efeito ricochete” iniciado em França;
Em 1917, surge o tango-canção, deixando de ser
produzido apenas para dançar. Surgem os primeiros
cantores de tango;
Gardel – Tradição,
Piazzolla - Revolução
Alguns anos mais tarde (1928) , aparece Carlos Gardel, um
cantor de tangos que, para além do sucesso obtido em
França, fez digressão por toda a Europa, tendo chegado
inclusivamente às salas de cinema;
A popularização do tango levada a cabo por Gardel acaba
por permanecer mesmo após a sua morte trágica e
prematura (1935), que o levou a tornar-se num mito;
Na década de 50, Astor Piazzolla vem romper com a
tradição do tango, ao introduzir influências como jazz e
música clássica;
Marca assim o início da era a que podemos chamar de
tango nuevo, impulsionando o tango electrónico que faz
sucesso nos dias de hoje, em grupos como os Gotan
Project;
Lisboa:
Um despertar tardio
O tango acabou por chegar a Portugal depois da
propagação do mesmo pela Europa, após a chegada dos
emigrantes argentinos a Paris;
No entanto, foi considerado pela igreja como”dança do
demónio”, tendo ficado circunscrito a classes
desfavorecidas;
Foi com a difusão da música de Gardel que se começou a
notar maior aceitação social, tendo sido tolerado como uma
dança de salão;
Mas depressa o tango caiu em esquecimento em Portugal.
Só em 1998, durante a Expo 98, em que se assistiam a
exibições diárias de tango no pavilhão da Argentina, este
voltou a ser estimulado.
Desde então, têm surgido escolas de dança
exclusivamente para aprender tango. Para além
disso, realiza-se anualmente em Lisboa o Festival
Internacional de Tango, juntando tangueros de todo o
mundo;
Alguns autores têm procurado estabelecer
semelhanças entre o tango e o fado: a identidade, o
dramatismo, a fatalidade do destino…;
Fontes:
• http://www.lusitango.com;
• Monette, Pierre (1998), “O Guia do Tango”, Ed. Assírio & Alvim;
• http://www.youtube.com/watch?v=Imc7yMY9amc&feature=related
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  • 1. Tango Buenos Aires, Paris, Lisboa Ermelinda Pereira, Turma 657, NHK
  • 2. Buenos Aires: Origens Nasce em finais do séc. XIX, junção de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires; É considerada uma dança multicultural, por ter influência dos vários povos imigrantes na Argentina; “Numa sociedade em que os imigrantes tiveram efectivamente necessidade de tudo refazer a partir do zero, o tango devia inscrever-se como uma música que se fez a si própria” Monette, Pierre (1998), p. 21 Inicialmente, e como a comunidade imigrante argentina era maioritariamente constituída por homens, dançava-se entre estes; Os homens só dançavam com mulheres em cabarets, uma vez que o abraço de tango era socialmente visto como promíscuo ;
  • 3. Paris: Visibilidade Tendo surgido nos subúrbios da capital argentina, o Tango só ganhou visibilidade e admiração por parte das classes mais altas após ter conseguido notoriedade em Paris, quando as primeiras vagas de emigrantes argentinos chegaram a França, por volta de 1910; Por um lado, a sociedade parisiense ansiava por novidades e extravagâncias, o que tornou o tango numa “febre”; por outro lado, Paris era vista como ícone cultural do mundo civilizado; Na própria Argentina, o tango só foi aceite pelas classes mais altas depois do “efeito ricochete” iniciado em França; Em 1917, surge o tango-canção, deixando de ser produzido apenas para dançar. Surgem os primeiros cantores de tango;
  • 4. Gardel – Tradição, Piazzolla - Revolução Alguns anos mais tarde (1928) , aparece Carlos Gardel, um cantor de tangos que, para além do sucesso obtido em França, fez digressão por toda a Europa, tendo chegado inclusivamente às salas de cinema; A popularização do tango levada a cabo por Gardel acaba por permanecer mesmo após a sua morte trágica e prematura (1935), que o levou a tornar-se num mito; Na década de 50, Astor Piazzolla vem romper com a tradição do tango, ao introduzir influências como jazz e música clássica; Marca assim o início da era a que podemos chamar de tango nuevo, impulsionando o tango electrónico que faz sucesso nos dias de hoje, em grupos como os Gotan Project;
  • 5. Lisboa: Um despertar tardio O tango acabou por chegar a Portugal depois da propagação do mesmo pela Europa, após a chegada dos emigrantes argentinos a Paris; No entanto, foi considerado pela igreja como”dança do demónio”, tendo ficado circunscrito a classes desfavorecidas; Foi com a difusão da música de Gardel que se começou a notar maior aceitação social, tendo sido tolerado como uma dança de salão; Mas depressa o tango caiu em esquecimento em Portugal. Só em 1998, durante a Expo 98, em que se assistiam a exibições diárias de tango no pavilhão da Argentina, este voltou a ser estimulado.
  • 6. Desde então, têm surgido escolas de dança exclusivamente para aprender tango. Para além disso, realiza-se anualmente em Lisboa o Festival Internacional de Tango, juntando tangueros de todo o mundo; Alguns autores têm procurado estabelecer semelhanças entre o tango e o fado: a identidade, o dramatismo, a fatalidade do destino…;
  • 7. Fontes: • http://www.lusitango.com; • Monette, Pierre (1998), “O Guia do Tango”, Ed. Assírio & Alvim; • http://www.youtube.com/watch?v=Imc7yMY9amc&feature=related