O trabalho desempenha um papel central na estrutura e dinâmica da sociedade capitalista, sendo um elemento fundamental na organização econômica, social e política. Na sociedade capitalista, o trabalho não é apenas uma atividade produtiva, mas também uma fonte primária de valor e de identidade para os indivíduos. Neste sistema, as relações de trabalho são caracterizadas pela contradição entre capital e trabalho, onde os trabalhadores vendem sua força de trabalho em troca de salários, enquanto os proprietários dos meios de produção buscam extrair o máximo de valor possível desse trabalho.
2. processo no qual os
trabalhadores ainda mantem a
hierarquia da produção
artesanal.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Cooperação
simples
O artesão ainda desenvolve todo
o processo produtivo, mas está a
serviço da burguesia.
3. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
dissolução dos processos de trabalho
baseados nos ofícios.
começa a surgir o trabalho coletivo.
Manufatura
O trabalho artesanal continua sendo a
base só que reorganizado e decomposto
através da fragmentação de suas tarefas,
definido assim uma nova divisão de
trabalho.
O artesão torna-se um trabalhador que
não possui mais o entendimento da
totalidade do processo de trabalho e
perde também o seu controle
4. a produção de mercadorias por meio
de máquinas reunidas num mesmo
local: a fabrica.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Agora a mecanização independe da
destreza manual dos trabalhadores.
Há uma separação entre a maquina e homem.
Este agora serve à maquina, ela o domina, dá-
lhe o ritmo de trabalho. Ele não precisa um
conhecimento especifico sobre algum oficio,
não precisa ter qualificação determinada.
Maquinofatura A mecanização revoluciona o modo
de produzir mercadorias: incorpora
as habilidades dos trabalhadores e
os subordina às maquinas
5. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Trabalho e Capital : uma relação de conflito
A mecanização revoluciona o modo de produzir
mercadorias,não só pelo fato de incorporar as
habilidades dos trabalhadores, mas também
porque os subordina à maquina.
O trabalhador deve apenas ligar a maquina, manuseá-la e
regulá-la. Há uma separação entre a força motriz
mecânica e a do homem.
A maquina o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho
O trabalhador não necessita ter um conhecimento
especifico sobre algum oficio., não precisa ter uma
qualificação
6. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Na maquinofatura surgem o conflito e a contradição entre
trabalho e capital e ai aparece a exploração do trabalhador
Aparentemente é uma relação de iguais: entre os
proprietários de capital e os proprietários da força de
trabalho, relação de contrato
Não é o que ocorre no interior da fabrica.
Os trabalhadores não recebem o valor correspondente
a seu trabalho, mas só o necessário para sua
sobrevivência.
7. Esse é o conceito de mais-valia, diferença entre o
valor incorporado a um bem e a remuneração do
trabalho que foi necessário para sua produção.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Uma parcela significativa do valor-trabalho produzido
pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas.
Esse processo denomina-se acumulação de capital
8. ANÁLISE DA MERCADORIA
Primeiro Modo Hipótese: 08 horas
5. O processo da mais valia
Tempo Necessário:
o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo
valor é igual ao valor da força de trabalho
Tempo Excedente:
o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de
trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente
um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça
Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas,
ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia:
Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias
diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia
9. Não é essa, porém, para Marx, a característica
essencial do sistema capitalista, mas precisamente a
apropriação privada dessa mais-valia.
A partir dessas considerações, Marx elaborou sua
crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os
limites da pura economia e se converteu numa
reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a
história.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
10. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
A maquinofatura desenvolveu-se e a produção passou a
organizar-se em linhas de montagem
O aperfeiçoamento continuo do sistema de produção
deu origem a uma divisão de trabalho muito bem
detalhada que resultou na diminuição das horas de
trabalho
A proposta de Frederick Taylor, expressas no seu livro
“Princípios de organização cientifica, propunha aplicar
princípios científicos na organização do trabalho,
buscando maior racionalização do processo produtivo
Esta proposta foi assimilada por Henry Ford na
produção de um automovel. Surge então a expressão
fordismo/taylorismo.
11. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Taylorismo
Frederick Taylor
1865-1915
um engenheiro americano chamado
Taylor desenvolveu a "organização
científica do trabalho".
Seu objetivo era elevar ao máximo a
produtividade das fábricas.
Os seus métodos provocaram
mudanças significativas nos
processos industriais.
12. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Taylorismo
as tarefas dos operários deveriam ser simplificadas ao
máximo, de modo que o seu grau de dificuldade fosse o
mínimo possível.
O fluxo de produção deveria ser dividido e subdividido até
que cada trabalhador só realizasse uma ínfima parte do
processo como um todo
os operários não deveriam perder tempo pensando sobre o
que faziam.
Planejar, controlar e introduzir melhorias nos processos
era responsabilidade de uma equipe de engenheiros.
13. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Fordismo
O método de Taylor foi, posteriormente,
levado às últimas conseqüências por
Henry Ford.
Henry Ford
1863-1047
Ford criou as linhas de montagem na
sua fábrica de automóveis.
As mudanças introduzidas ´por Ford
visavam a produção em serie de um
produto( o Ford modelo T) para o
consumo de massa.
Foi implantada a jornada de 8 horas de
trabalho por 5 dólares ao dia
14. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Fordismo
Esta forma de organização de trabalho
passou a ser chamada de fordismo,
expressão nascida de Henry Ford, a
partir de 1914, quando ele estruturou na
produção de sua fabrica de automóveis
um modelo que seria seguido por
muitas outras industrias..
As mudanças introduzidas ´por Ford visavam
a produção em serie de um produto( o Ford
modelo T) para o consumo de massa.
Foi implantada a jornada de 8 horas de
trabalho por 5 dólares ao dia
15. A maquinofatura desenvolveu-se e
a produção passou a organizar-se
em linha de montagem.
Significava renda e tempo de lazer
suficientes para o trabalhador suprir
todas as suas necessidades básicas e
a até adquirir um dos automóveis
produzidos na empresa.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Fordismo
O aperfeiçoamento continuo dos
sistemas produtivos deu origem a uma
divisão do trabalho detalhada que
resultou na diminuição de horas de
trabalho.
Iniciou-se a era do
consumismo: produção
em massa para um
consumo em massa
16. aumento de produtividade com o uso mais adequado
possível de horas trabalhadas, através do controle
das atividades dos trabalhadores
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Fordismo-Taylorismo
divisão e parcelamento das tarefas
mecanização de parte das atividades com a introdução
da linha de montagem
um sistema de recompensas e punições conforme o
comportamento deles no interior da fabrica
17. era extremamente mais fácil treinar operários em tarefas muito
simples do que em tarefas complexas.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Vantagens
a própria idéia de que a atividade produtiva deve ser
objeto de estudo metódico e racional
Um trabalhador especializado numa pequena
operação podia adquirir habilidade suficiente para
faze-la muito rapidamente
18. Dois elementos
externos à
fabrica
contribuíram
muito para o
sucesso das
medidas
propostas por
Taylor e Ford:
1. o atrelamento do movimento sindical
aos interesses capitalistas. Apesar dos
conflitos, os sindicatos foram se
burocratizando e se transformaram em
imensas estruturas administrativas,
fazendo concessões aos capitalistas e
ao Estado;
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Vantagens
Não devemos esquecer que existiu um
processo histórico (marcado pelo conflito
capital X trabalho).
19. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Vantagens
Dois elementos
externos à
fabrica
contribuíram
muito para o
sucesso das
medidas
propostas por
Taylor e Ford:
2. a presença significativa do Estado
criando mecanismos financeiros e
legais para que o consumismo se
tornasse uma pratica cotidiana, bem
como cooptando os sindicatos para que
controlassem politicamente a força de
trabalho.
Associado ao par taylorismo – fordismo, se desenvolve
na Europa, principalmente, a construção do “estado do
bem estar social”, em especial no contexto pós II
Guerra Mundial.
20. Aos operários cabia somente usar as mãos, nunca os
cérebros.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Desvantagens
esse método tratava o
trabalhador como se fosse
máquina. Na verdade ele tinha
até menos status que as
próprias máquinas já que tinha
que adaptar o seu ritmo de
trabalho ao dos equipamentos.
21. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Desvantagens
Alheamento
o trabalhador não se identifica com o produto do
seu esforço.
Como resultado o operário não sentia
orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho..
Um homem que simplesmente fixava pára-
lamas não via o automóvel pronto como obra
sua..
Ele não era nem ao menos capaz de
entender o funcionamento do carro. A única
coisa que ele sabia era fixar pára-lamas
Pessoas que não se orgulham do que fazem,
que não vêem importância na sua atividade,
dificilmente produzem com qualidade
22. Um enorme potencial estava sendo
desperdiçado ao se impedir que os
operários opinassem sobre o
modo como o trabalho era feito.
O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Desvantagens
Mesmo pessoas com pouca
cultura escolar tem bom senso
suficiente para enxergar
problemas simples - que muitas
vezes passam desapercebidos aos
olhos dos engenheiros - e propor
soluções para eles.
23. TRANSFORMAÇÕES
Nos períodos mais recentes,
o capitalismo vem passando
por nova transformação
Crise do petróleo (1973):
recessão, busca de novas
formas de elevar a
produtividade do trabalho
e expansão dos lucros
Década de 70: nova fase no
processo produtivo
capitalista : pós-fordismo ou
processo da acumulação
flexível
Mas não existe consenso, se
essa “nova” fase representa
uma ruptura de fato, com outras
formas de produzir no âmbito
do Capital.
24. Toyotismo
nova fase de expropriação da
mão-de-obra, a chamada
acumulação flexível - a partir do
modelo de produção criado pelos
japoneses, toyotismo -
degradação das condições de
trabalho, dos direitos trabalhistas e,
consequentemente, dos
trabalhadores.
Os princípios ideológicos e
organizacionais do toyotismo passaram
a sustentar as práticas empresariais
como modelo de administração e
produção
25. Características
flexibilização dos processos de trabalho,
incluindo a automação
flexibilização e mobilidade dos
mercados de trabalho
flexibilização dos produtos e também
dos padrões de consumo
O pós- fordismo
Mas não existe consenso, se existe um “pós-fordismo”. Poderia
ser um “neo-fordismo”. Ou haveria uma “simbiose” nos modos
de organizar a produção? (depende da região, do tipo de
empresa, etc).
26. A
U
T
O
M
A
Ç
Ã
O
eliminação do controle manual por parte do
trabalhador, o trabalhador só intervem para
fazer o controle e a supervisão
as atividades mecânicas são desenvolvidas
por maquinas automatizadas,
programadas para agir sem intervenção
de um operador
o engenheiro que entende de programação
eletrônica e de análise de sistemas passa a
ter uma importância estratégica
Flexibilizaçao do processo de trabalho
27. A
U
T
O
M
A
Ç
Ã
O
A robótica é um componente novo nas
indústrias de bem de consumo duráveis
e altera profundamente as relações de
trabalho
Robôs não fazem greve, trabalham
incansavelmente, não exigem
maiores salários e melhores
condições de trabalho e de vida
Novas formas de produção: o
licenciamento de marcas que
articulam várias empresas pequenas e
médias em torno do marketing e do
apoio financeiro de um grande grupo.
Flexibilizaçao do processo de trabalho
28. Flexibilização dos mercados de trabalho.
Tendência de se usar diferentes formas de trabalho: trabalho
domestico e familiar, trabalho autônomo, trabalho
temporário, por hora ou curto prazo
subcontratação
Alta rotatividade da mão de obra,
baixo nível de sindicalização, enfraquecimento dos
sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas.
Terceirização
Fenômeno da “CNPJotização” (ou “Pejotização”)
29. Flexibilização dos produtos e do consumo.
A vida útil dos produtos vai
diminuindo, tornando-se
descartáveis, a
propaganda nos estimula a
trocá-los por novos
30. O pós- fordismo
Consequências
Alta rotatividade da mão de obra
baixo nível de sindicalização
enfraquecimento dos sindicatos na
defesa dos direitos trabalhistas,
instabilidade para os trabalhadores,
desemprego crescente
tendência a elevar o numero de
trabalhadores através da diminuição das
horas de trabalho semanais: trabalhar
menos horas para que todos possam ter
emprego e renda. (SERÁ?????????)
31. Modelos de Produção - Da Segunda revolução industrial à
revolução Técnico-científica
TAYLORISMO-
Separação do trabalho
por tarefas e níveis
hierárquicos.-
Racionalização da
produção.- Controle do
tempo.-
Estabelecimento de
níveis mínimos de
produtividade.
FORDISMO-
Produção e consumo
em massa.- Extrema
especialização do
trabalho.- Rígida
padronização da
produção.- Linha de
montagem.
PÓS-FORDISMO-
Estratégias de
produção e consumo
em escala planetária.-
Valorização da
pesquisa científica.-
Desenvolvimento de
novas tecnologias.-
Flexibilização dos
contratos de trabalho.