Este documento descreve o planejamento composicional da peça Devaneio para quarteto de cordas de Helder Oliveira. O compositor estruturou a obra a partir da aplicação de ferramentas intertextuais sobre o Quarteto de Cordas n. 4 de Béla Bartók. As ferramentas incluem a fragmentação de elementos do quarteto de Bartók, a filtragem das alturas por classes de conjuntos de notas, e a antítese da métrica entre as obras.
Música é uma arquitetura de sons" - O documento discute possíveis analogias entre música e arquitetura, analisando conceitos musicais como ritmo, estrutura, harmonia e transpondo seus significados para a arquitetura. A música é usada como ponto de partida para apresentar os conceitos, que são ilustrados com imagens arquitetônicas e questões sobre como esses conceitos se manifestam na arquitetura. O texto é dividido em partes ímpares, sobre música, e partes pares, sobre arquitetura, para
SUMÁRIO: Este documento discute os acordes principais da harmonia tonal, incluindo os acordes de tônica, subdominante e dominante. Explica como esses acordes são construídos em tonalidades maiores e menores e como eles se relacionam entre si através de quintas justas, estabelecendo assim a tonalidade. Também fornece exemplos musicais desses acordes principais.
1) Uma fuga é um estilo de composição contrapontista onde um tema principal é repetido por outras vozes de maneira entrelaçada
2) A fuga começa com um tema declarado por uma voz isolada e outras vozes entram repetindo o mesmo tema em tonalidades diferentes
3) Compositores como Bach elaboraram a fuga explorando variações do tema em ritmo, tom e voz através de técnicas como imitação, tema retrógrado e transposição
Este documento compara duas interpretações da obra "Intrada" de Honegger para trompete e piano gravadas por Charles Schlueter e George Vosburgh. Analisa aspectos como andamento, dinâmicas, uso do vibrato e respiração. Conclui que ambos os trompetistas seguem concepções similares de dinâmica, mas diferem no uso do vibrato, sendo Vosburgh mais vibrante e Schlueter mais contido.
Três pontos importantes sobre o desenvolvimento da análise musical são destacados:
1) Sua origem ligada à crítica musical para auxiliar notas de programas;
2) Posteriormente usada no ensino composicional para decompor obras;
3) Finalmente se consolidou como área autônoma de estudo da música no século XX.
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversaljairo oliveira
1. O documento discute a relação entre a articulação musical na flauta transversal e a linguagem falada, notando semelhanças e diferenças entre os processos.
2. É destacada a importância da articulação para a expressividade musical e o fraseado.
3. Diferentes tipos de golpes de língua são explicados, incluindo golpes simples, compostos e mistos.
O documento descreve os principais gêneros musicais da música erudita, incluindo sinfonia, concerto, sonata, missa, moteto, música de câmara e ópera. Explica que uma obra é composta por movimentos e lista os tipos de movimento de acordo com a velocidade da música, como allegro, andante e adagio.
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...Renato Borges
Apresentação da comunicação "Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a serviço da espacialidade" por Renato Pereira Torres Borges, realizada no III SIMPOM (Simpósio Brasileiro de Pós-Graduandos em Música), na UniRio em novembro de 2014.
Música é uma arquitetura de sons" - O documento discute possíveis analogias entre música e arquitetura, analisando conceitos musicais como ritmo, estrutura, harmonia e transpondo seus significados para a arquitetura. A música é usada como ponto de partida para apresentar os conceitos, que são ilustrados com imagens arquitetônicas e questões sobre como esses conceitos se manifestam na arquitetura. O texto é dividido em partes ímpares, sobre música, e partes pares, sobre arquitetura, para
SUMÁRIO: Este documento discute os acordes principais da harmonia tonal, incluindo os acordes de tônica, subdominante e dominante. Explica como esses acordes são construídos em tonalidades maiores e menores e como eles se relacionam entre si através de quintas justas, estabelecendo assim a tonalidade. Também fornece exemplos musicais desses acordes principais.
1) Uma fuga é um estilo de composição contrapontista onde um tema principal é repetido por outras vozes de maneira entrelaçada
2) A fuga começa com um tema declarado por uma voz isolada e outras vozes entram repetindo o mesmo tema em tonalidades diferentes
3) Compositores como Bach elaboraram a fuga explorando variações do tema em ritmo, tom e voz através de técnicas como imitação, tema retrógrado e transposição
Este documento compara duas interpretações da obra "Intrada" de Honegger para trompete e piano gravadas por Charles Schlueter e George Vosburgh. Analisa aspectos como andamento, dinâmicas, uso do vibrato e respiração. Conclui que ambos os trompetistas seguem concepções similares de dinâmica, mas diferem no uso do vibrato, sendo Vosburgh mais vibrante e Schlueter mais contido.
Três pontos importantes sobre o desenvolvimento da análise musical são destacados:
1) Sua origem ligada à crítica musical para auxiliar notas de programas;
2) Posteriormente usada no ensino composicional para decompor obras;
3) Finalmente se consolidou como área autônoma de estudo da música no século XX.
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversaljairo oliveira
1. O documento discute a relação entre a articulação musical na flauta transversal e a linguagem falada, notando semelhanças e diferenças entre os processos.
2. É destacada a importância da articulação para a expressividade musical e o fraseado.
3. Diferentes tipos de golpes de língua são explicados, incluindo golpes simples, compostos e mistos.
O documento descreve os principais gêneros musicais da música erudita, incluindo sinfonia, concerto, sonata, missa, moteto, música de câmara e ópera. Explica que uma obra é composta por movimentos e lista os tipos de movimento de acordo com a velocidade da música, como allegro, andante e adagio.
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...Renato Borges
Apresentação da comunicação "Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a serviço da espacialidade" por Renato Pereira Torres Borges, realizada no III SIMPOM (Simpósio Brasileiro de Pós-Graduandos em Música), na UniRio em novembro de 2014.
00 estrutura tonal - harmonia - maria lúcia pascoal e alexandre pascoal netoNertan Silva
SUMÁRIO: Este documento apresenta os acordes principais da harmonia tonal, incluindo suas funções de tônica, subdominante e dominante. Detalha os acordes maiores e menores, suas inversões e notas ornamentais. Explica o acorde de dominante com sétima e diferentes tipos de cadências.
Este documento discute a percepção da forma musical como um processo. Apresenta diferentes teorias históricas que entendem a forma como resultado da sucessão de segmentos musicais, cada um com uma função formal específica. Também discute a teoria das funções formais de William Caplin, que considera progressões harmônicas como determinantes da forma. Por fim, exemplifica a análise de uma obra de Haydn usando esta abordagem.
Este documento descreve um artigo sobre a aplicação de princípios gestálticos no planejamento de estruturas composicionais para piano expandido. Ele fornece um contexto histórico sobre o desenvolvimento de técnicas expandidas para piano e categoriza essas técnicas. Também apresenta os fundamentos da teoria gestáltica e sugere como suas leis podem ser aplicadas no planejamento composicional de uma obra para piano expandido.
1. O documento discute os sistemas de cifragem de acordes desde o Renascimento, incluindo a contribuição de Zarlino e o desenvolvimento do baixo contínuo.
2. Explica os sistemas de análise harmônica gradual de Weber e funcional de Riemann e a cifragem de acordes da música popular.
3. Fornece exemplos de cifragem de tríades, tétrades e pêntades segundo diferentes sistemas.
O documento discute as principais contribuições da semiótica para o estudo do sentido na música entre 1990-2010, abordando questões metodológicas e conceituais. Analisa o trabalho de semioticistas como Ruwet, Nattiez e Tarasti e como eles aplicaram métodos como análise paradigmática e modelos inspirados em Greimas para entender a significação musical. Também discute precursores como Schenker, Kurth e Meyer que anteciparam abordagens semióticas na música.
A concepção intervalar na poética pós-ruptura: uma análise da Sonata n. 3 de ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este documento discute a concepção intervalar na poética pós-ruptura de Almeida Prado, analisando especificamente a Sonata n.o 3. O autor demonstra como Prado desenvolveu um espaço "entre" sistemas musicais, chamado transtonalismo, utilizando mecanismos intervalares. A análise da Sonata mostra como esses intervalos característicos ocorrem nas fases Pós-Tonal, Síntese e Pós-Moderna de Prado.
O documento discute a harmonia funcional e tradicional no Brasil. O autor aborda como os conceitos de harmonia foram introduzidos no país e como manuais populares as vezes misturam essas abordagens. Ele também analisa o uso inicial de cifras em partituras para banjo nas orquestras de dança americanas na década de 1920 e como isso pode ter influenciado o uso de cifras no Brasil.
O documento discute a história e os principais conceitos da fonologia. Resume que a fonologia surgiu como disciplina autônoma no século 20 para estudar os padrões lingüisticamente significativos dos sons da fala. A escola de Praga estabeleceu conceitos-chave como fonema, alofone e arquifonema. Posteriormente, a fonologia gerativista passou a estudar a competência fonológica internalizada pelos falantes. Teorias não-lineares como a autossegmental permitiram novas formas de representação. A
O documento discute a história e os principais conceitos da fonologia. Aborda desde os estudos fonológicos dos filósofos gregos até as teorias fonológicas modernas, como a Teoria da Otimalidade. Resume que a fonologia se desenvolveu como disciplina autônoma a partir do estruturalismo, focando nos sistemas fonológicos e nas oposições entre fonemas. Posteriormente, a fonologia gerativista passou a estudar a competência fonológica internalizada pelos falantes.
O documento discute a escala dominante diminuta e sua aplicação na análise de obras de Mozart e Chopin. A escala é percebida em fragmentos musicais dos compositores e fornece uma explicação harmônica concisa para progressões consideradas instáveis. Além disso, defende que a análise musical deve considerar aspectos materiais da execução e que escalas da teoria popular carregam cultura de combinações de notas.
Este documento apresenta 14 artigos acadêmicos sobre diversos temas relacionados ao violão clássico, incluindo técnicas, métodos de ensino, análise musical e performance. Os artigos discutem tópicos como o uso de roteiros para improvisação, a aplicação pedagógica dos estudos de Leo Brouwer, a aquisição de habilidades rítmicas e mais.
Esta tese aborda três problemas da teoria musical usando ferramentas matemáticas: (1) a enumeração e classificação dos tipos de acordes possíveis numa escala bem temperada, (2) a generalização do ciclo de quintas numa escala para construir escalas genéricas, (3) o temperamento de escalas à luz da teoria das frações contínuas.
1. Desde a Grécia Antiga que arquitetura e música são associadas através da matemática, sendo consideradas por Pitágoras como expressões da harmonia universal.
2. Vitrúvio defendia que o arquiteto deveria conhecer a música para alcançar a harmonia na obra. Leonardo da Vinci e Le Corbusier se inspiraram nessa associação.
3. No Renascimento, arquitetos como Alberti e Palladio utilizaram proporções musicais em suas obras, enquanto Blondel tentou traduzir
1) O documento discute a diferença entre música e ruído, e como a percepção disso mudou ao longo da história da música, com ruídos passando a ser incorporados como elementos musicais.
2) É proposto um conjunto de atividades em aula para explorar a diferenciação entre sons e ruídos, como composição, ditado e observação sonora.
3) Referências bibliográficas sobre o tema são fornecidas.
Expressividade intervalar como conceituação desenvolvida a partir de considerações de Almeida Prado. Uma ampliação dessas considerações em busca de formar um corpus de entendimento da ordem dos materiais construídos a partir da lógica de intervalos. O intervalo recursivo entendido também como marca indelével no aspecto de conferir unidade e coesão da peça.
Este artigo descreve o planejamento composicional da obra "Segmentos" para orquestra sinfônica, que aplica princípios da Teoria da Gestalt. A estrutura da obra é definida com base nas Leis de Percepção Gestáltica, como proximidade e similaridade. O autor descreve como os trabalhos de Tenney e Polansky sobre unidades gestálticas temporais podem ser usados de forma prescritiva para planejar cada movimento da obra, enfatizando um princípio gestáltico específico em cada um. O objetivo é que a
Este documento resume um artigo acadêmico sobre a análise retórica da obra musical do compositor português André da Silva Gomes através do uso de figuras retóricas em suas composições. O artigo apresenta exemplos das figuras retóricas aposiopesis, variatio, epizeuxis e synaeresis encontradas na obra de Silva Gomes, demonstrando que ele tinha consciência do discurso anacrônico em suas composições.
Este documento analisa as relações entre a biografia do autor e a música "Largo Apassionato" da Sonata Op. 2 No. 2 de Beethoven. O autor explora como esta música reflete seu período da adolescência, correlacionando aspectos da música com este momento de sua vida. Ele também estuda a biografia de Beethoven e o contexto histórico da composição para entender possíveis influências biográficas.
Análise da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali: primeiro movimentoAparecida Valiatti
O presente trabalho pretende analisar o primeiro movimento da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali, um personagem merecedor de maior sistematização e divulgação de sua obra em estudos que associem os processos criativos com a prática musical, contribuindo para a escuta e a apreciação. Apresenta resumidamente uma visão geral sobre o compositor e a sua obra. A análise abrangeu, de um lado, a estrutura e a forma e de outro, processos harmônicos e melódicos da sonata. A peça se mostrou coesa e equilibrada.
A notação musical é o sistema de escrita que representa graficamente uma peça musical, permitindo ao intérprete executá-la da maneira desejada pelo compositor. Os principais elementos de qualquer sistema de notação são a nota, que representa um som, e sua duração e altura. O sistema ocidental atual utiliza uma pauta de cinco linhas e símbolos como notas, pausas e acidentes.
00 estrutura tonal - harmonia - maria lúcia pascoal e alexandre pascoal netoNertan Silva
SUMÁRIO: Este documento apresenta os acordes principais da harmonia tonal, incluindo suas funções de tônica, subdominante e dominante. Detalha os acordes maiores e menores, suas inversões e notas ornamentais. Explica o acorde de dominante com sétima e diferentes tipos de cadências.
Este documento discute a percepção da forma musical como um processo. Apresenta diferentes teorias históricas que entendem a forma como resultado da sucessão de segmentos musicais, cada um com uma função formal específica. Também discute a teoria das funções formais de William Caplin, que considera progressões harmônicas como determinantes da forma. Por fim, exemplifica a análise de uma obra de Haydn usando esta abordagem.
Este documento descreve um artigo sobre a aplicação de princípios gestálticos no planejamento de estruturas composicionais para piano expandido. Ele fornece um contexto histórico sobre o desenvolvimento de técnicas expandidas para piano e categoriza essas técnicas. Também apresenta os fundamentos da teoria gestáltica e sugere como suas leis podem ser aplicadas no planejamento composicional de uma obra para piano expandido.
1. O documento discute os sistemas de cifragem de acordes desde o Renascimento, incluindo a contribuição de Zarlino e o desenvolvimento do baixo contínuo.
2. Explica os sistemas de análise harmônica gradual de Weber e funcional de Riemann e a cifragem de acordes da música popular.
3. Fornece exemplos de cifragem de tríades, tétrades e pêntades segundo diferentes sistemas.
O documento discute as principais contribuições da semiótica para o estudo do sentido na música entre 1990-2010, abordando questões metodológicas e conceituais. Analisa o trabalho de semioticistas como Ruwet, Nattiez e Tarasti e como eles aplicaram métodos como análise paradigmática e modelos inspirados em Greimas para entender a significação musical. Também discute precursores como Schenker, Kurth e Meyer que anteciparam abordagens semióticas na música.
A concepção intervalar na poética pós-ruptura: uma análise da Sonata n. 3 de ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este documento discute a concepção intervalar na poética pós-ruptura de Almeida Prado, analisando especificamente a Sonata n.o 3. O autor demonstra como Prado desenvolveu um espaço "entre" sistemas musicais, chamado transtonalismo, utilizando mecanismos intervalares. A análise da Sonata mostra como esses intervalos característicos ocorrem nas fases Pós-Tonal, Síntese e Pós-Moderna de Prado.
O documento discute a harmonia funcional e tradicional no Brasil. O autor aborda como os conceitos de harmonia foram introduzidos no país e como manuais populares as vezes misturam essas abordagens. Ele também analisa o uso inicial de cifras em partituras para banjo nas orquestras de dança americanas na década de 1920 e como isso pode ter influenciado o uso de cifras no Brasil.
O documento discute a história e os principais conceitos da fonologia. Resume que a fonologia surgiu como disciplina autônoma no século 20 para estudar os padrões lingüisticamente significativos dos sons da fala. A escola de Praga estabeleceu conceitos-chave como fonema, alofone e arquifonema. Posteriormente, a fonologia gerativista passou a estudar a competência fonológica internalizada pelos falantes. Teorias não-lineares como a autossegmental permitiram novas formas de representação. A
O documento discute a história e os principais conceitos da fonologia. Aborda desde os estudos fonológicos dos filósofos gregos até as teorias fonológicas modernas, como a Teoria da Otimalidade. Resume que a fonologia se desenvolveu como disciplina autônoma a partir do estruturalismo, focando nos sistemas fonológicos e nas oposições entre fonemas. Posteriormente, a fonologia gerativista passou a estudar a competência fonológica internalizada pelos falantes.
O documento discute a escala dominante diminuta e sua aplicação na análise de obras de Mozart e Chopin. A escala é percebida em fragmentos musicais dos compositores e fornece uma explicação harmônica concisa para progressões consideradas instáveis. Além disso, defende que a análise musical deve considerar aspectos materiais da execução e que escalas da teoria popular carregam cultura de combinações de notas.
Este documento apresenta 14 artigos acadêmicos sobre diversos temas relacionados ao violão clássico, incluindo técnicas, métodos de ensino, análise musical e performance. Os artigos discutem tópicos como o uso de roteiros para improvisação, a aplicação pedagógica dos estudos de Leo Brouwer, a aquisição de habilidades rítmicas e mais.
Esta tese aborda três problemas da teoria musical usando ferramentas matemáticas: (1) a enumeração e classificação dos tipos de acordes possíveis numa escala bem temperada, (2) a generalização do ciclo de quintas numa escala para construir escalas genéricas, (3) o temperamento de escalas à luz da teoria das frações contínuas.
1. Desde a Grécia Antiga que arquitetura e música são associadas através da matemática, sendo consideradas por Pitágoras como expressões da harmonia universal.
2. Vitrúvio defendia que o arquiteto deveria conhecer a música para alcançar a harmonia na obra. Leonardo da Vinci e Le Corbusier se inspiraram nessa associação.
3. No Renascimento, arquitetos como Alberti e Palladio utilizaram proporções musicais em suas obras, enquanto Blondel tentou traduzir
1) O documento discute a diferença entre música e ruído, e como a percepção disso mudou ao longo da história da música, com ruídos passando a ser incorporados como elementos musicais.
2) É proposto um conjunto de atividades em aula para explorar a diferenciação entre sons e ruídos, como composição, ditado e observação sonora.
3) Referências bibliográficas sobre o tema são fornecidas.
Expressividade intervalar como conceituação desenvolvida a partir de considerações de Almeida Prado. Uma ampliação dessas considerações em busca de formar um corpus de entendimento da ordem dos materiais construídos a partir da lógica de intervalos. O intervalo recursivo entendido também como marca indelével no aspecto de conferir unidade e coesão da peça.
Este artigo descreve o planejamento composicional da obra "Segmentos" para orquestra sinfônica, que aplica princípios da Teoria da Gestalt. A estrutura da obra é definida com base nas Leis de Percepção Gestáltica, como proximidade e similaridade. O autor descreve como os trabalhos de Tenney e Polansky sobre unidades gestálticas temporais podem ser usados de forma prescritiva para planejar cada movimento da obra, enfatizando um princípio gestáltico específico em cada um. O objetivo é que a
Este documento resume um artigo acadêmico sobre a análise retórica da obra musical do compositor português André da Silva Gomes através do uso de figuras retóricas em suas composições. O artigo apresenta exemplos das figuras retóricas aposiopesis, variatio, epizeuxis e synaeresis encontradas na obra de Silva Gomes, demonstrando que ele tinha consciência do discurso anacrônico em suas composições.
Este documento analisa as relações entre a biografia do autor e a música "Largo Apassionato" da Sonata Op. 2 No. 2 de Beethoven. O autor explora como esta música reflete seu período da adolescência, correlacionando aspectos da música com este momento de sua vida. Ele também estuda a biografia de Beethoven e o contexto histórico da composição para entender possíveis influências biográficas.
Análise da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali: primeiro movimentoAparecida Valiatti
O presente trabalho pretende analisar o primeiro movimento da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali, um personagem merecedor de maior sistematização e divulgação de sua obra em estudos que associem os processos criativos com a prática musical, contribuindo para a escuta e a apreciação. Apresenta resumidamente uma visão geral sobre o compositor e a sua obra. A análise abrangeu, de um lado, a estrutura e a forma e de outro, processos harmônicos e melódicos da sonata. A peça se mostrou coesa e equilibrada.
A notação musical é o sistema de escrita que representa graficamente uma peça musical, permitindo ao intérprete executá-la da maneira desejada pelo compositor. Os principais elementos de qualquer sistema de notação são a nota, que representa um som, e sua duração e altura. O sistema ocidental atual utiliza uma pauta de cinco linhas e símbolos como notas, pausas e acidentes.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
1. XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – São Paulo – 2014
Planejamento composicional a partir de ferramentas intertextuais
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO
Helder Alves de Oliveira
UFPB – heldcomposer@gmail.com
Liduino José Pitombeira de Oliveira
UFRJ – pitombeira@yahoo.com
Flávio Fernandes de Lima
IFPE/ CPM – quartetoide@gmail.com
Resumo: Este artigo visa descrever as etapas do planejamento composicional utilizado na peça
Devaneio, de Helder Oliveira, para quarteto de cordas. A aplicação de ferramentas intertextuais sobre o
Quarteto de Cordas n. 4 de Béla Bartók é a base para a estrutura de Devaneio. Essas ferramentas são
oriundas dos estudos de Straus (1990) e das pesquisas de Korsyn (1991), quem traduziu para o campo
musical as ferramentas elaboradas por Bloom (2002) para a análise literária. As ferramentas
intertextuais serão apresentadas aqui com o intuito de propor uma metodologia de sistematização de
ideias no planejamento composicional de obras musicais.
Palavras-chave: Planejamento Composicional. Ferramentas Intertextuais. Bartók.
Compositional Planning based on Intertextual Tools
Abstract: This article aims at describing the phases of compositional planning used in Helder
Oliveira’s piece Devaneio, for string quartet. The application of intertextual tools in the String Quartet
no. 4 by Béla Bartók is the basis for the structure of Devaneio. These tools are derived from studies of
Straus (1990) and researches by Korsyn (1991), who translated to the realm of music the tools
developed by Bloom (2002) for literary analysis. The intertextual tools will be presented here in order
to propose a methodology for the systematization of ideas during the compositional planning of musical
works.
Keywords: Compositional Planning. Intertextual Tools. Bartók.
1. Introdução
A peça Devaneio1
, de Helder Oliveira, para quarteto de cordas, foi estruturada a
partir da utilização de ferramentas derivadas da Teoria da Intertextualidade, e teve como base
(intertexto) o Quarteto de Cordas n. 4 de Bartók. A escolha dessa obra se deu por razões
afetivas e por se tratar de um importante referencial estético no âmbito de obras para quarteto
de cordas do século XX. Segundo Lima (2001:31),
[...] podemos definir Intertextualidade [...] como uma construção híbrida, um
mosaico de citações, um procedimento de empréstimos textuais em diversos tipos de
abstração, com a finalidade de fazer surgir um outro texto, e onde a existência desses
empréstimos, sendo ou não evidentes ou obscuros, constituem apenas simples
ingredientes no processo de elaboração.
2. XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – São Paulo – 2014
No planejamento composicional da peça Devaneio, algumas ferramentas
intertextuais, associadas a processos de filtragem, bem como alterações intencionais de ordem
textural, métrica e temporal, foram utilizadas para transformar o intertexto. Inicialmente,
apresentaremos uma breve fundamentação teórica sobre ferramentas intertextuais e sua
aplicabilidade no campo musical e, por fim, concluiremos com o planejamento composicional
de Devaneio.
2. Ferramentas intertextuais
Kevin Korsyn (1991) traduz para o âmbito musical diversas ferramentas criadas
por Harold Bloom (2002), cujo propósito era identificar influências entre autores de textos
literários. A Tabela 1 mostra as ferramentas musicais propostas por Korsyn e o equivalente
literário em Bloom.
Proporção Revisionária
de Bloom
Aplicação musical
segundo Korsyn
Clinamen:
Desvio inicial do precursor
Uma estrutura musical presente no precursor é imaginada como ausente
no novo texto. A relação intertextual torna-se evidente somente no
retrospecto, conforme análise de Korsyn.
Tessera:
Realização antitética
Após uma reação inicial contrária à obra precursora, a nova obra se
reverte no oposto, identificando-se com a referência.
Kenosis:
Movimento de descontinuidade
com o precursor
Isolamento de uma estrutura musical de seu contexto original
(precursor), colocando-a dentro de um novo texto em um contexto
diferente.
Daemonização:
Movimento em direção a um
contra-Sublime personalizado, em
reação ao Sublime do precursor
O compositor redireciona fatos esperados, reprimindo, reinterpretando e
reagindo ao discurso do precursor, deformando-o e personalizando o
seu próprio texto.
Askesis:
Auto-redução, separação do
precursor
Trata-se de um desvio do precursor na direção de um diálogo prazeroso
das ideias deste com suas próprias ideias.
Apophrades:
Retorno da morte
É a internalização das ideias precursoras, tornando-as próprias do autor
pela razão da alta qualidade das mesmas, dando-as um invólucro de
novo.
Tabela 1: Ferramentas intertextuais de Korsyn/Bloom.
Straus (1990), por sua vez, apresenta uma série de técnicas utilizadas por
compositores do século XX para reutilizar sonoridades e estruturas de obras de períodos
anteriores. Neste artigo, essas técnicas, assim como as de Korsyn (apresentadas na Tabela 1)
também serão denominadas ferramentas intertextuais, e são elas:
3. XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – São Paulo – 2014
Motivização: o conteúdo motívico do trabalho precedente é radicalmente
intensificado; Generalização: um motivo do trabalho precedente é generalizado no
conjunto de classes de notas desordenado, do qual é um membro. Esse conjunto de
classes de notas é então desdobrado no novo trabalho de acordo com as normas do
uso pós-tonal; Marginalização: os elementos musicais que são centrais à estrutura
do trabalho precedente (tais como cadências dominante-tônica e progressões lineares
que abrangem intervalos triádicos) são relegados à periferia do novo trabalho;
Centralização: os elementos musicais que são periféricos à estrutura do trabalho
precedente (tais como áreas de tonalidade remota e combinações não usuais das
notas resultantes de ornamentações lineares) movem-se para o centro estrutural do
novo trabalho; Compressão: os elementos que ocorrem diacronicamente no
trabalho precedente (tais como duas tríades numa relação funcional a cada outra) são
comprimidas em algo síncrono no novo trabalho; Fragmentação: os elementos que
ocorrem juntos no trabalho precedente (tais como a fundamental, a terça, e a quinta
de uma tríade) são separados no novo trabalho; Neutralização: os elementos
musicais tradicionais (tais como acordes de sétima da dominante) são desnudados de
suas funções de costume, particularmente de seu impulso progressivo;
Simetrização: progressões harmônicas e formas musicais tradicionalmente
orientadas para um objetivo (forma Sonata, por exemplo) são feitas inversamente ou
retrógrada-simetricamente, e são assim imobilizadas. (STRAUSS, 1990:17, tradução
nossa).
Vale salientar que ao mencionar a ferramenta de generalização, Straus menciona
as “normas de uso pós-tonal”. Straus não conceitua detalhadamente essas normas nesse texto,
mas nos parece que ele se refere às diversas possibilidades de operações disponíveis no
âmbito da teoria dos conjuntos de classes de notas (simetria inversiva, simetria
transposicional, invariância, relações de subconjunto e superconjunto, complementaridade
etc.), sobre a qual Straus lançou um livro no mesmo ano (1990). Na próxima seção,
examinaremos a utilização de algumas das ferramentas intertextuais, tanto de Korsyn/Bloom
como de Straus, no planejamento composicional de Devaneio.
3. Planejamento composicional de Devaneio
O primeiro passo na elaboração de Devaneio consistiu na aplicação da ferramenta
intertextual de fragmentação, ou seja, na separação de elementos contíguos. Dos compassos
do intertexto, ou seja, do Quarteto de Cordas n. 4 de Bartók, somente os que correspondem a
números primos2
foram utilizados como repositório composicional para a elaboração da nova
obra. Esse repositório somente serviu como recurso para a estrutura do discurso musical na
forma de esboço, visto que houve decisões posteriores, tais como eliminação e repetição de
compassos, que tiveram a função de diferenciar o novo texto do texto original.
Várias adaptações, tais como acréscimo e omissão de notas, acréscimo de pausas e
omissão de alguns dos instrumentos, foram aplicadas com o intuito de variar a textura geral, e
essas atitudes foram realizadas livremente durante a escritura da obra. Porém, na peça
4. XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – São Paulo – 2014
Devaneio, certas características permaneceram predominantemente semelhantes ao quarteto
de Bartók, tais como a quantidade de instrumentos utilizados no repositório por compasso, a
ordem de entrada dos instrumentos e a primeira altura de cada compasso por instrumento. A
parte superior da Figura 1 apresenta os compassos do primeiro movimento do Quarteto de
Cordas n. 4 de Bartók que correspondem aos três primeiros números primos (2, 3 e 5), e a
parte inferior apresenta os três compassos iniciais da peça Devaneio derivados dos compassos
do quarteto de Bartók mostrados na parte superior. Observe por exemplo que, no primeiro
compasso de Devaneio, derivado do segundo compasso da obra de Bartók, o Violoncelo foi
omitido a fim de criar uma progressão textural, e as figuras rítmicas utilizadas são
praticamente as mesmas do intertexto, prolongando-se a última nota do Violino I, para criar
ressonância, e ampliando-se a pausa do Violino II.
Figura 1: Compassos 2, 3 e 5 do 1º mov. do Quarteto de Cordas n. 4, de Bartók, e
os três primeiros compassos de Devaneio
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O tratamento das alturas no planejamento do novo texto foi efetivado pela
aplicação da ferramenta intertextual de daemonização, que consiste na reinterpretação do
discurso anterior por deformação, personalizando seu próprio texto. O tipo de material
utilizado para o parâmetro altura é diferente em ambos os textos. Em Bartók, observamos
escalas distintas para criação dos materiais motívicos; em Devaneio, esses motivos, além de
serem modificados ritmicamente para uma adaptação métrica, sofreram alterações intervalares
a partir da aplicação de um filtro conversor de classes de conjuntos de classes de notas3
, que
estão dispostas em uma sequência que segue praticamente a mesma ordem cíclica em toda a
peça — [012], [013], [014], [015], [025], [016], [027], [037], [036], [026], [036], [037] e
[048] — e são usadas em suas transposições, inversões e permutações, ou seja, para cada
classe, a inteira paleta Tn/TnI4
pôde ser utilizada. Assim, na Figura 1, observa-se como o
conteúdo intervalar de cada compasso foi alterado a partir da aplicação dessa filtragem. Por
exemplo, as três primeiras alturas no Violino I (Mi, Ré e Dó) foram convertidas pelo filtro
[012] em Mi, Mib e Ré. Cada classe de conjuntos, na maioria dos casos, está relacionada a um
compasso do repositório formado pelos compassos selecionados do quarteto de Bartók. Os
contornos melódicos da peça Devaneio ora se assemelham, ora se distanciam dos contornos
melódicos do quarteto de Bartók, e são considerados livremente durante a escritura da obra.
A Figura 2 apresenta na parte superior uma parte do repositório oriundo do
segundo movimento do quarteto de Bartók, e na parte inferior, os compassos de Devaneio
correspondentes a esse repositório, cada um com sua filtragem através de uma classe de
conjunto específica segundo a sequência pré-estabelecida. Por exemplo, as classes de notas
Sol, Dó (Violino I) e Ré (Violino II), no compasso 179 do quarteto de Bartók, foram
convertidas respectivamente em Si, Dó e Sib, no compasso 92 de Devaneio, por meio da
filtragem através da classe de conjunto [012]. Essa transformação foi aplicada tanto em nível
vertical (indicada com círculos conectados) como horizontal (indicada com colchetes).
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Figura 2: Parte do repositório do 2º mov. do Quarteto de Cordas n. 4 de Bartók utilizado
em Devaneio a partir da filtragem de uma sequência de classes de conjuntos
Outra ferramenta intertextual utilizada no planejamento de Devaneio foi tessera,
que consiste em uma compleição antitética do texto original. O novo texto, como
demonstrado na Tabela 2, é estruturado em cinco seções, correspondendo respectivamente aos
cinco movimentos do quarteto de Bartók. Se considerarmos a dicotomia par versus ímpar
como oposição, as fórmulas de compasso do intertexto foram substituídas pelos seus opostos,
isto é, fórmulas de compasso com numerador ímpar foram substituídas por fórmulas de
compasso com numerador par, e vice-versa (exceto a segunda seção), e fórmulas de compasso
com divisão binária (par) foram substituídas por fórmulas de compasso com divisão ternária
(ímpar), e vice-versa (exceto a seção 4). Na Tabela 2, são listados os tipos de compassos
predominantes para cada movimento/seção.
Quarteto de Cordas n. 4 de Bartók Devaneio
Movimento Compasso Seção Compasso
1 Quaternário com divisão binária 1 Ternário com divisão ternária
2 Binário com divisão ternária 2 Binário com divisão binária
3 Quaternário com divisão binária 3 Ternário com divisão ternária
4 Ternário com divisão binária 4 Binário com divisão binária
5 Binário com divisão binária 5 Unário com divisão ternária
Tabela 2: Compleição antitética da métrica entre o Quarteto de Cordas n. 4, de Bartók, e Devaneio
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Outra oposição ocorre na mudança dos andamentos demonstrada na Tabela 3. O
aumento de batidas por minuto (bpm) de um andamento a outro, no quarteto de Bartók, é
substituído pela diminuição de bpm entre as respectivas seções de Devaneio que
correspondem a esses andamentos, e vice-versa (com exceção da última mudança de
movimento/seção, onde ambos os textos aumentam a velocidade). Aqui, não importa o grau
de mudança entre um andamento e outro, mas somente se há um acréscimo ou decréscimo de
bpm. Tomemos, como exemplo, os dois primeiros movimentos do quarteto de Bartók. O
segundo movimento consiste em andamento mais rápido que o andamento do primeiro
movimento. Assim, em compleição antitética (tessera), a segunda seção de Devaneio consiste
em andamento um pouco mais lento que o andamento da primeira seção, não importando o
grau de mudança entre os andamentos dos seus movimentos correspondentes no quarteto de
Bartók.
Quarteto de Cordas n. 4 de Bartók Devaneio
Movimento Unidades de tempo
por minuto
Seção Unidades de tempo
por minuto
1 110 1 72
2 176–196 2 68
3 60 3 72
4 142 4 68
5 152 5 72
Tabela 3: Compleição antitética do andamento entre o Quarteto de Cordas n. 4, de Bartók, e Devaneio
4. Conclusão
Neste artigo, demonstramos a aplicação de ferramentas intertextuais de Korsyn e
Straus no planejamento do quarteto de cordas Devaneio a partir da deformação do Quarteto
de Cordas n. 4 de Béla Bartók. A aplicação das ferramentas intertextuais aqui apresentadas se
revelou como uma metodologia eficaz de sistematização de ideias e criação de repositórios na
fase de planejamento composicional de obras musicais, podendo ser extremamente útil no
ensino da composição.
Referências:
BARTÓK, Béla. The String Quartets of Béla Bartók. Partituras dos Quartetos de Corda 1, 2,
3, 4, 5 e 6. New York : Boosey & Hawkes, 1945.
BLOOM, Harold. A Angústia da Influência: Uma Teoria da Poesia. 2. ed. Tradução de
Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
8. XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – São Paulo – 2014
KORSIN, Kevin. Toward a New Poetics of Musical Influence. Music and Analysis, v. 10, n.
1/2, 1991, p. 3–72.
LIMA, Flávio F. Desenvolvimento de sistemas composicionais a partir da intertextualidade.
João Pessoa, 2011. 239f. Dissertação (Mestrado em Música, área de concentração
Composição, linha de pesquisa Processos e Teorias Composicionais). Universidade Federal
da Paraíba.
STRAUS, Joseph N. Remaking the Past: Musical Modernism and the Influence of the Tonal
Tradition. USA: Harvard University Press, 1990.
______. Introduction to Post-Tonal Theory. Upple Saddle River, NJ: Prentice Hall, 2000.
WEISSTEIN, Eric W. The CRC Concise Encyclopedia of Mathematics. London: CRC Press,
1999.
Notas
1
Obra composta em 2012, e premiada no Concurso FUNARTE de Música Clássica, teve sua estreia no concerto
da XX Bienal de Música Contemporânea Brasileira realizado no dia 2 de outubro de 2013, no auditório
Leopoldo Miguez da UFRJ, às 19h. Deveneio foi interpretada pelo Quarteto Camargo Guarnieri, composto por
Eliza Fukuda (1º violino), Ricardo Takahashi (2º violino), Silvio Catto (viola) e Joel de Souza (violoncelo).
2
"Um número primo é um inteiro positivo que não tem outros divisores além de 1 e dele mesmo. Ainda que o
número 1 fosse considerado anteriormente um número primo, ele requeria tratamento especial em tantas
definições e aplicações envolvendo primos maiores ou iguais a 2, que ele é geralmente colocado em uma classe
própria. Os primeiros números primos são 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, ..." (WEISSTEIN, 1999, p. 1432).
3
A teoria pós-tonal opera com os seguintes elementos hierárquicos: nota (elemento com altura e registro
definidos, como por exemplo Lá3), classe de nota (elemento com altura definida, mas com registro indefinido,
como por exemplo Lá ou 9), conjunto de classes de notas (conjunto com diversas classes de notas, como por
exemplo 034), e classe de conjuntos de classes de notas (grupo de todos os conjuntos de classes de notas que se
relacionam por transposição ou inversão; por exemplo, a classe de conjuntos [014] contém 24 membros, os quais
consistem em todas as transposições e inversões do tricorde 014). O maior aprofundamento sobre esses níveis
hierárquicos podem ser encontrados nos dois primeiros capítulos de Straus (2000).
4
Tn = transposições em nível n; TnI = inversão em torno do eixo 0 (Dó) seguida de transposição em nível n
(STRAUS, 2000, p. 34–42).