Este documento descreve a atuação da Cruz Negra Anarquista (CNA), uma federação de associações que prestam apoio a presos políticos e de guerra em todo o mundo. A CNA realiza ações como envio de cartas e manifestações para pressionar autoridades pela comunicação e libertação de presos. O texto destaca as associações de Madri e Nova Jersey como as mais relevantes, descrevendo suas campanhas contra políticas de tolerância zero nos EUA e contra o sistema FIES na Espanha.
Mulheres Anarquistas, O Resgate de uma História Pouco ContadaBlackBlocRJ
Louise Michel foi uma professora e anarquista francesa que participou ativamente da Comuna de Paris em 1871, lutando nas barricadas contra as forças de Versalhes. Após a derrota da Comuna, foi presa e deportada para a Nova Caledônia por sete anos. Ao retornar para a França, continuou sua militância anarquista realizando conferências públicas até sua morte em 1905.
A Comuna de Paris e o Estado - Mikhail BakuninBlackBlocRJ
Este documento discute a Comuna de Paris de 1871 e a noção de Estado. O autor descreve como a Comuna representou uma negação do Estado ao rejeitar a autoridade central de Versalhes e estabelecer um governo descentralizado e autogerido em Paris. Ele argumenta que a Comuna inaugurou uma nova era de emancipação popular e solidariedade internacional.
Uma breve historia da AIT ou apenas InternacionalCarlo Romani
Este documento discute a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) entre Marx e Bakunin. A AIT foi criada em 1864 para organizar trabalhadores internacionalmente, mas divergências ideológicas surgiram. Marx defendia um partido comunista centralizado enquanto Bakunin defendia o anarquismo coletivista e descentralização. Isso levou a disputas que eventualmente dividiram a organização.
Da Periferia para o Centro - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
O documento discute as diferenças entre as visões anarquista e marxista sobre o sujeito revolucionário e a transformação social. Bakunin defendia que camponeses e o "lumpemproletariado" desempenhavam papel revolucionário, ao contrário de Marx que via apenas o proletariado industrial como tal. Além disso, anarquistas queriam destruir relações de dominação "centro-periferia" sem criar novos centros de poder, diferentemente dos marxistas que visavam tomar o controle do Estado.
O documento discute como as sociedades modernas lidam com crime e resistência. A sociedade de controle substituiu a sociedade disciplinar e busca capturar resistências através da inclusão em programas ao invés de excluir. Isso coloca desafios para anarquistas que buscam resistir à autoridade. Kropotkin propôs tratar o crime como doença social, mas a história mostrou que as instituições repressivas permaneceram.
O documento apresenta um resumo do conflito entre Bakunin e Marx na Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT). Bakunin defendia o coletivismo anarquista e a autonomia dos trabalhadores, enquanto Marx defendia a tomada do poder político pelo Estado e a ditadura do proletariado. Isso levou a divergências crescentes dentro da AIT e acusações entre as duas facções.
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasilaugustodefranco .
O documento discute a classificação de forças políticas proposta por Takis Pappas para a Europa e argumenta que ela não se aplica ao Brasil. Propõe uma nova classificação com antidemocratas (de direita e esquerda), neopopulistas e populistas autoritários como adversários da democracia no país.
1) O documento é um livro escrito por Pierre Clastres que estuda a violência nas sociedades primitivas através de uma perspectiva antropológica e política.
2) O livro contém 11 capítulos que discutem tópicos como mitos, ritos, poder, economia e guerra em sociedades indígenas da América do Sul.
3) O autor argumenta que essas sociedades desenvolveram mecanismos para impedir a emergência de uma figura de poder centralizada e manter a liberdade coletiva
Mulheres Anarquistas, O Resgate de uma História Pouco ContadaBlackBlocRJ
Louise Michel foi uma professora e anarquista francesa que participou ativamente da Comuna de Paris em 1871, lutando nas barricadas contra as forças de Versalhes. Após a derrota da Comuna, foi presa e deportada para a Nova Caledônia por sete anos. Ao retornar para a França, continuou sua militância anarquista realizando conferências públicas até sua morte em 1905.
A Comuna de Paris e o Estado - Mikhail BakuninBlackBlocRJ
Este documento discute a Comuna de Paris de 1871 e a noção de Estado. O autor descreve como a Comuna representou uma negação do Estado ao rejeitar a autoridade central de Versalhes e estabelecer um governo descentralizado e autogerido em Paris. Ele argumenta que a Comuna inaugurou uma nova era de emancipação popular e solidariedade internacional.
Uma breve historia da AIT ou apenas InternacionalCarlo Romani
Este documento discute a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) entre Marx e Bakunin. A AIT foi criada em 1864 para organizar trabalhadores internacionalmente, mas divergências ideológicas surgiram. Marx defendia um partido comunista centralizado enquanto Bakunin defendia o anarquismo coletivista e descentralização. Isso levou a disputas que eventualmente dividiram a organização.
Da Periferia para o Centro - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
O documento discute as diferenças entre as visões anarquista e marxista sobre o sujeito revolucionário e a transformação social. Bakunin defendia que camponeses e o "lumpemproletariado" desempenhavam papel revolucionário, ao contrário de Marx que via apenas o proletariado industrial como tal. Além disso, anarquistas queriam destruir relações de dominação "centro-periferia" sem criar novos centros de poder, diferentemente dos marxistas que visavam tomar o controle do Estado.
O documento discute como as sociedades modernas lidam com crime e resistência. A sociedade de controle substituiu a sociedade disciplinar e busca capturar resistências através da inclusão em programas ao invés de excluir. Isso coloca desafios para anarquistas que buscam resistir à autoridade. Kropotkin propôs tratar o crime como doença social, mas a história mostrou que as instituições repressivas permaneceram.
O documento apresenta um resumo do conflito entre Bakunin e Marx na Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT). Bakunin defendia o coletivismo anarquista e a autonomia dos trabalhadores, enquanto Marx defendia a tomada do poder político pelo Estado e a ditadura do proletariado. Isso levou a divergências crescentes dentro da AIT e acusações entre as duas facções.
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasilaugustodefranco .
O documento discute a classificação de forças políticas proposta por Takis Pappas para a Europa e argumenta que ela não se aplica ao Brasil. Propõe uma nova classificação com antidemocratas (de direita e esquerda), neopopulistas e populistas autoritários como adversários da democracia no país.
1) O documento é um livro escrito por Pierre Clastres que estuda a violência nas sociedades primitivas através de uma perspectiva antropológica e política.
2) O livro contém 11 capítulos que discutem tópicos como mitos, ritos, poder, economia e guerra em sociedades indígenas da América do Sul.
3) O autor argumenta que essas sociedades desenvolveram mecanismos para impedir a emergência de uma figura de poder centralizada e manter a liberdade coletiva
Surgimento e Breve perspectiva histórica do anarquismo - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento apresenta uma breve história do surgimento e desenvolvimento do anarquismo desde 1868 até os dias atuais. Ele define o anarquismo e suas correntes, discute o contexto histórico que levou ao surgimento do anarquismo e apresenta uma perspectiva histórica em cinco ondas, abordando os principais acontecimentos em cada região do mundo. O objetivo é mapear os eventos fundamentais envolvendo o anarquismo ao longo de 150 anos e indicar referências bibliográficas para estudos futuros mais aprofundados.
O documento discute a Revolução Russa de Outubro e o governo bolchevique subsequente. A autora argumenta que os bolcheviques separaram o povo da revolução e instauraram um "Estado Bolchevique". Ela também critica o cinismo que substituiu o idealismo da revolução e como a política interna bolchevique é responsável pelo fracasso da revolução e pelo ódio do povo russo.
O Indivíduo na Sociedade - Emma GoldmanBlackBlocRJ
O documento descreve uma brochura escrita por Emma Goldman sobre o indivíduo na sociedade. A brochura argumenta que o progresso da civilização resulta dos esforços dos indivíduos para aumentar suas liberdades em detrimento da autoridade do Estado. O documento também discute os diferentes tipos de individualismo e como o Estado serve para legalizar a opressão de alguns sobre a maioria.
O documento discute os princípios e história do anarquismo. Resume que a ideologia surgiu na França do século XIX defendendo uma sociedade sem governo onde os indivíduos se auto-organizariam de forma igualitária. Também menciona influentes pensadores anarquistas e a disseminação do movimento no Brasil no início do século XX principalmente entre trabalhadores.
Este documento apresenta a biografia e as ideias da anarquista Emma Goldman. Detalha sua vida como operária imigrante nos EUA e sua radicalização após eventos como a greve de Haymarket. Goldman se tornou uma importante ativista anarquista e feminista, escrevendo sobre a emancipação individual e social. Suas ideias defendiam a cooperação voluntária em oposição ao Estado e ao capitalismo, e tiveram pouca repercussão no Brasil até recentemente.
1. O documento discute as ideias e práticas dos anarquistas, descrevendo-os como aqueles que buscam a superação da desigualdade social preservando as diferenças entre as pessoas e evitando a uniformidade, construindo relações voluntárias entre associações.
2. Os anarquistas criam "heterotopias" ou lugares alternativos dentro da sociedade atual para experimentar modos de vida livres de autoridade, onde lazer e trabalho, arte e objetos, sexo e educação não são separados.
3. Ao longo da
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz ReisBlackBlocRJ
Este documento resume o pensamento do anarquista italiano Errico Malatesta em seis pontos principais: 1) A ação social e o princípio da solidariedade; 2) O papel do anarquista dentro da sociedade; 3) Os meios e os fins; 4) A moral anarquista; 5) A organização e a liberdade; 6) Sindicalismo e anarquismo. O autor busca apresentar as ideias centrais de Malatesta de forma concisa para uma melhor compreensão deste importante pensador anarquista.
A Estratégia de Transformação Social em Malatesta - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
O documento descreve a estratégia de transformação social proposta por Errico Malatesta, um dos principais teóricos do anarquismo. Malatesta defendia que a organização dos movimentos populares e do próprio anarquismo eram meios essenciais para promover a revolução social e construir uma sociedade socialista libertária. Ele criticava os meios autoritários e reformistas, defendendo a coerência entre fins e meios libertários na luta contra o capitalismo e o Estado.
Teorias dos Estados Anarquista e Marxista - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento discute as teorias do Estado anarquista e marxista, comparando as visões de Marx, Engels e Bakunin. Os anarquistas do século XX criticaram o bolchevismo e a social-democracia por não abandonarem o Estado. Bakunin via o Estado como uma ferramenta de dominação de classe e acreditava que ele criaria sua própria classe dominante, a burocracia. Isso fundamentou as críticas anarquistas ao socialismo estatal do século XX.
“O que é a autoridade? E a força inevitável das leis naturais que se manifestam no encadeamento e na sucessão fatal dos fenômenos do mundo físico e do mundo social? Efetivamente, contra estas leis, a revolta é não somente proibida, é também impossível. Podemos conhecê-las mal, ou ainda não conhecê-las, mas não podemos desobedecê-las porque elas constituem a base e as próprias condições de nossa existência: elas nos envolvem, nos penetram, regulam todos os nossos movimentos, pensamentos e atos; mesmo quando pensamos desobedecê-las, não fazemos outra coisa que manifestar sua onipotência.
O documento discute como a utopia e os grandes sonhos foram privatizados pela globalização neoliberal, levando os jovens a sonharem apenas em escala individual. A utopia socialista do autor e sua geração foi corrompida quando regimes socialistas cometeram crimes e abusos de poder. Sem utopias ou esperança em sistemas, resta apenas a amargura e o refúgio nas drogas.
EDGARD LEUENROTH. Anarquismo - Roteiro de Libertação SocialWesley Guedes
Este livro apresenta os princípios do anarquismo e como eles podem ser aplicados para solucionar problemas sociais. O prefácio escrito por Agustin Souchy destaca a importância de despertar o espírito de liberdade nos movimentos emancipadores e como o anarquismo luta pela liberdade e bem-estar de todas as pessoas. O primeiro capítulo descreve a idéia anarquista como uma força que inspirou revoltas ao longo da história em busca de justiça social.
Marxismo e feminismo: encontros e desencontrosisameucci
O documento resume a história do encontro e desencontro entre marxismo e feminismo ao longo dos séculos XIX e XX, desde as primeiras tentativas de união por Flora Tristan até os debates nas décadas de 1960-1970 sobre se o gênero é uma classe ou não. Também apresenta a autora Cinzia Arruzza e seu livro "Ligações Perigosas", que defende uma união queer e unitária entre as duas teorias.
Este documento discute a estratégia e posições de dois novos "Coletivos" chamados "Revolução Permanente-Comitê de Greve" no Chile. O autor argumenta que estes coletivos representam na verdade visões stalinistas disfarçadas e não o trotskismo autêntico. Ele critica suas posições reformistas em oposição à revolução e seu apoio implícito ao regime no poder. O objetivo é defender a estratégia internacionalista e revolucionária da IV Internacional contra o que o autor vê como uma tentativa do stalin
Daniel AarãO 150 Anos Manifesto Comunistacarloslyr
1) O artigo descreve o Encontro Internacional realizado em Paris para comemorar os 150 anos da publicação do Manifesto Comunista, que reuniu cerca de 1500 pessoas de diversos países.
2) No encontro, três principais abordagens foram identificadas: uma apologética do pensamento de Marx, uma aberta a revisões, e uma intermediária entre as duas.
3) O autor aponta desafios como a conjugação do internacionalismo com o respeito às particularidades locais e a ausência de jovens nos debates.
1) A democracia está sob ataque em todo o mundo e o número de democracias não tem aumentado no século 21. 2) Populistas e neopopulistas autoritários como Trump, Putin e outros estão ganhando poder e ameaçando a democracia. 3) Esquerda e direita se unem contra a globalização e a favor do autoritarismo, representando uma ameaça à democracia e à emergência de uma sociedade em rede.
O documento discute como os termos "esquerda" e "direita" são imprecisos e não refletem a complexidade ideológica. Muitos governos autoritários se apropriaram de ideologias tanto de esquerda quanto de direita para justificar suas ações. Além disso, países passaram por períodos tanto de liberalismo econômico quanto de estatismo, independentemente de serem governados por esquerda ou direita.
1) O documento discute os princípios e crenças da Filosofia das Luzes, incluindo a defesa dos direitos naturais como igualdade, liberdade e propriedade. 2) Apresenta pensadores iluministas como Montesquieu, Voltaire e Rousseau e suas ideias sobre soberania popular, contrato social e separação de poderes. 3) Explica como as ideias iluministas contribuíram para a desagregação do Antigo Regime e a construção da modernidade europeia.
Este documento discute como as revoluções industriais foram acompanhadas por novas tecnologias sociais de organização do trabalho, não apenas por avanços tecnológicos. A produção medieval era realizada em casa e controlada pelos trabalhadores, enquanto o sistema de fábricas expropriou seu tempo, ferramentas e criatividade. Os trabalhadores inicialmente resistiram com revoltas e valores tradicionais, mas logo desenvolveram teorias socialistas utópicas para defender seus direitos.
1) O documento descreve o surgimento do Estado Novo em Portugal sob a liderança de António de Oliveira Salazar entre 1926-1968.
2) O Estado Novo era um regime autoritário e totalitário que se baseava nos valores de "Deus, Pátria, Família, Autoridade, Hierarquia, Austeridade e Moralidade".
3) Salazar implementou um sistema corporativista para controlar a sociedade e as massas através de instituições como a Mocidade Portuguesa.
Este documento resume las habilidades y conocimientos que una persona ha aprendido en el programa Guadalinfo, incluyendo hacer presentaciones, navegar por Internet, usar Photoshop, hacer montajes de video, dar formato a textos, hacer videollamadas, trabajar en la nube, usar Prezi y correo electrónico, utilizar YouTube y crear códigos QR. También aprendió a trabajar en grupo y hacer anagramas. El documento concluye que la informática es importante para lograr objetivos como conocer el mundo a través de Internet y hacer compras y reservas, y
Surgimento e Breve perspectiva histórica do anarquismo - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento apresenta uma breve história do surgimento e desenvolvimento do anarquismo desde 1868 até os dias atuais. Ele define o anarquismo e suas correntes, discute o contexto histórico que levou ao surgimento do anarquismo e apresenta uma perspectiva histórica em cinco ondas, abordando os principais acontecimentos em cada região do mundo. O objetivo é mapear os eventos fundamentais envolvendo o anarquismo ao longo de 150 anos e indicar referências bibliográficas para estudos futuros mais aprofundados.
O documento discute a Revolução Russa de Outubro e o governo bolchevique subsequente. A autora argumenta que os bolcheviques separaram o povo da revolução e instauraram um "Estado Bolchevique". Ela também critica o cinismo que substituiu o idealismo da revolução e como a política interna bolchevique é responsável pelo fracasso da revolução e pelo ódio do povo russo.
O Indivíduo na Sociedade - Emma GoldmanBlackBlocRJ
O documento descreve uma brochura escrita por Emma Goldman sobre o indivíduo na sociedade. A brochura argumenta que o progresso da civilização resulta dos esforços dos indivíduos para aumentar suas liberdades em detrimento da autoridade do Estado. O documento também discute os diferentes tipos de individualismo e como o Estado serve para legalizar a opressão de alguns sobre a maioria.
O documento discute os princípios e história do anarquismo. Resume que a ideologia surgiu na França do século XIX defendendo uma sociedade sem governo onde os indivíduos se auto-organizariam de forma igualitária. Também menciona influentes pensadores anarquistas e a disseminação do movimento no Brasil no início do século XX principalmente entre trabalhadores.
Este documento apresenta a biografia e as ideias da anarquista Emma Goldman. Detalha sua vida como operária imigrante nos EUA e sua radicalização após eventos como a greve de Haymarket. Goldman se tornou uma importante ativista anarquista e feminista, escrevendo sobre a emancipação individual e social. Suas ideias defendiam a cooperação voluntária em oposição ao Estado e ao capitalismo, e tiveram pouca repercussão no Brasil até recentemente.
1. O documento discute as ideias e práticas dos anarquistas, descrevendo-os como aqueles que buscam a superação da desigualdade social preservando as diferenças entre as pessoas e evitando a uniformidade, construindo relações voluntárias entre associações.
2. Os anarquistas criam "heterotopias" ou lugares alternativos dentro da sociedade atual para experimentar modos de vida livres de autoridade, onde lazer e trabalho, arte e objetos, sexo e educação não são separados.
3. Ao longo da
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz ReisBlackBlocRJ
Este documento resume o pensamento do anarquista italiano Errico Malatesta em seis pontos principais: 1) A ação social e o princípio da solidariedade; 2) O papel do anarquista dentro da sociedade; 3) Os meios e os fins; 4) A moral anarquista; 5) A organização e a liberdade; 6) Sindicalismo e anarquismo. O autor busca apresentar as ideias centrais de Malatesta de forma concisa para uma melhor compreensão deste importante pensador anarquista.
A Estratégia de Transformação Social em Malatesta - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
O documento descreve a estratégia de transformação social proposta por Errico Malatesta, um dos principais teóricos do anarquismo. Malatesta defendia que a organização dos movimentos populares e do próprio anarquismo eram meios essenciais para promover a revolução social e construir uma sociedade socialista libertária. Ele criticava os meios autoritários e reformistas, defendendo a coerência entre fins e meios libertários na luta contra o capitalismo e o Estado.
Teorias dos Estados Anarquista e Marxista - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento discute as teorias do Estado anarquista e marxista, comparando as visões de Marx, Engels e Bakunin. Os anarquistas do século XX criticaram o bolchevismo e a social-democracia por não abandonarem o Estado. Bakunin via o Estado como uma ferramenta de dominação de classe e acreditava que ele criaria sua própria classe dominante, a burocracia. Isso fundamentou as críticas anarquistas ao socialismo estatal do século XX.
“O que é a autoridade? E a força inevitável das leis naturais que se manifestam no encadeamento e na sucessão fatal dos fenômenos do mundo físico e do mundo social? Efetivamente, contra estas leis, a revolta é não somente proibida, é também impossível. Podemos conhecê-las mal, ou ainda não conhecê-las, mas não podemos desobedecê-las porque elas constituem a base e as próprias condições de nossa existência: elas nos envolvem, nos penetram, regulam todos os nossos movimentos, pensamentos e atos; mesmo quando pensamos desobedecê-las, não fazemos outra coisa que manifestar sua onipotência.
O documento discute como a utopia e os grandes sonhos foram privatizados pela globalização neoliberal, levando os jovens a sonharem apenas em escala individual. A utopia socialista do autor e sua geração foi corrompida quando regimes socialistas cometeram crimes e abusos de poder. Sem utopias ou esperança em sistemas, resta apenas a amargura e o refúgio nas drogas.
EDGARD LEUENROTH. Anarquismo - Roteiro de Libertação SocialWesley Guedes
Este livro apresenta os princípios do anarquismo e como eles podem ser aplicados para solucionar problemas sociais. O prefácio escrito por Agustin Souchy destaca a importância de despertar o espírito de liberdade nos movimentos emancipadores e como o anarquismo luta pela liberdade e bem-estar de todas as pessoas. O primeiro capítulo descreve a idéia anarquista como uma força que inspirou revoltas ao longo da história em busca de justiça social.
Marxismo e feminismo: encontros e desencontrosisameucci
O documento resume a história do encontro e desencontro entre marxismo e feminismo ao longo dos séculos XIX e XX, desde as primeiras tentativas de união por Flora Tristan até os debates nas décadas de 1960-1970 sobre se o gênero é uma classe ou não. Também apresenta a autora Cinzia Arruzza e seu livro "Ligações Perigosas", que defende uma união queer e unitária entre as duas teorias.
Este documento discute a estratégia e posições de dois novos "Coletivos" chamados "Revolução Permanente-Comitê de Greve" no Chile. O autor argumenta que estes coletivos representam na verdade visões stalinistas disfarçadas e não o trotskismo autêntico. Ele critica suas posições reformistas em oposição à revolução e seu apoio implícito ao regime no poder. O objetivo é defender a estratégia internacionalista e revolucionária da IV Internacional contra o que o autor vê como uma tentativa do stalin
Daniel AarãO 150 Anos Manifesto Comunistacarloslyr
1) O artigo descreve o Encontro Internacional realizado em Paris para comemorar os 150 anos da publicação do Manifesto Comunista, que reuniu cerca de 1500 pessoas de diversos países.
2) No encontro, três principais abordagens foram identificadas: uma apologética do pensamento de Marx, uma aberta a revisões, e uma intermediária entre as duas.
3) O autor aponta desafios como a conjugação do internacionalismo com o respeito às particularidades locais e a ausência de jovens nos debates.
1) A democracia está sob ataque em todo o mundo e o número de democracias não tem aumentado no século 21. 2) Populistas e neopopulistas autoritários como Trump, Putin e outros estão ganhando poder e ameaçando a democracia. 3) Esquerda e direita se unem contra a globalização e a favor do autoritarismo, representando uma ameaça à democracia e à emergência de uma sociedade em rede.
O documento discute como os termos "esquerda" e "direita" são imprecisos e não refletem a complexidade ideológica. Muitos governos autoritários se apropriaram de ideologias tanto de esquerda quanto de direita para justificar suas ações. Além disso, países passaram por períodos tanto de liberalismo econômico quanto de estatismo, independentemente de serem governados por esquerda ou direita.
1) O documento discute os princípios e crenças da Filosofia das Luzes, incluindo a defesa dos direitos naturais como igualdade, liberdade e propriedade. 2) Apresenta pensadores iluministas como Montesquieu, Voltaire e Rousseau e suas ideias sobre soberania popular, contrato social e separação de poderes. 3) Explica como as ideias iluministas contribuíram para a desagregação do Antigo Regime e a construção da modernidade europeia.
Este documento discute como as revoluções industriais foram acompanhadas por novas tecnologias sociais de organização do trabalho, não apenas por avanços tecnológicos. A produção medieval era realizada em casa e controlada pelos trabalhadores, enquanto o sistema de fábricas expropriou seu tempo, ferramentas e criatividade. Os trabalhadores inicialmente resistiram com revoltas e valores tradicionais, mas logo desenvolveram teorias socialistas utópicas para defender seus direitos.
1) O documento descreve o surgimento do Estado Novo em Portugal sob a liderança de António de Oliveira Salazar entre 1926-1968.
2) O Estado Novo era um regime autoritário e totalitário que se baseava nos valores de "Deus, Pátria, Família, Autoridade, Hierarquia, Austeridade e Moralidade".
3) Salazar implementou um sistema corporativista para controlar a sociedade e as massas através de instituições como a Mocidade Portuguesa.
Este documento resume las habilidades y conocimientos que una persona ha aprendido en el programa Guadalinfo, incluyendo hacer presentaciones, navegar por Internet, usar Photoshop, hacer montajes de video, dar formato a textos, hacer videollamadas, trabajar en la nube, usar Prezi y correo electrónico, utilizar YouTube y crear códigos QR. También aprendió a trabajar en grupo y hacer anagramas. El documento concluye que la informática es importante para lograr objetivos como conocer el mundo a través de Internet y hacer compras y reservas, y
Este mensaje de felicitación por el Día del Padre expresa el gran amor y aprecio que siente por su padre, diciendo que lo quiere mucho, lo adora y lo considera el mejor, agradeciéndole por su cariño y pidiéndole que nunca cambie ya que es el super de todos y el rey de su corazón.
1. El documento describe una escuela primaria intercultural bilingüe en Chilcuautla, Hidalgo. La escuela sirve a una comunidad indígena y ofrece educación en español y en la lengua materna de los estudiantes.
2. La escuela cuenta con instalaciones como canchas deportivas, salones de clase, baños y acceso a agua potable. También ofrece actividades extracurriculares como computación, jardinería y eventos comunitarios.
3. El taller pretende desarrollar propuestas didácticas
Este documento describe los virus informáticos, incluyendo sus características, tipos, métodos de protección y cómo se transmiten. Los virus informáticos son programas maliciosos que pueden infectar y dañar otros programas y archivos al copiarse a sí mismos. Existen diferentes tipos como los que infectan archivos adjuntos o programas y los que afectan archivos de sistema. Los métodos de protección incluyen usar antivirus y evitar descargar software de fuentes desconocidas.
La nit més curta de l'any, la nit de sant Joan, no tan sols és una nit de foc i d'aigua, sinó també d'eixir al camp a collir determinades plantes, o a fer rituals etnobotànics. En aquesta presentació de Daniel Climent se'n parla un poc de tot això.
El documento describe la historia de la pedagogía en España. Menciona que Arsenio Pacios fue el primer catedrático de Didáctica en la Universidad Complutense de Madrid en 1950. También describe su trayectoria académica y sus contribuciones a la pedagogía española, incluyendo su tratado sobre educación personalizada.
This document lists several games that someone enjoys playing including Tequila Zombie 2, Mario Kart, Barbie Koken, and Wordfeud which is listed twice indicating it is a favorite. The short list shows a variety of game types from video games to word games.
A empresa está enfrentando desafios financeiros devido à pandemia e precisa cortar custos. O diretor financeiro recomenda demitir funcionários ou cortar benefícios para economizar 1 milhão de dólares até o final do ano.
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a la invasión de Ucrania. El embargo prohibirá las importaciones marítimas de petróleo ruso a la UE y pondrá fin a las entregas a través de oleoductos dentro de seis meses. Esta medida forma parte de un sexto paquete de sanciones de la UE destinadas a aumentar la presión económica sobre Moscú y privar al Kremlin de fondos para financiar su guerra.
O documento discute os princípios do anarquismo. Afirma que o anarquismo defende a liberdade individual e social através de uma sociedade livre e igualitária sem estado. Também argumenta que o anarquismo está relacionado à natureza humana e à consciência da opressão e injustiça na sociedade moderna.
Este documento discute os princípios fundamentais do anarquismo. Apresenta o anarquismo como uma filosofia que defende a liberdade total do indivíduo e a ausência de qualquer autoridade ou coerção. Argumenta que o anarquismo é um princípio revolucionário que se opõe a todos os partidos que defendem qualquer forma de coerção sobre os indivíduos.
Revolucionário ou reformista? Prós e contra do sindicato segundo Errico Malat...Thiago Lemos
1) O artigo discute a visão de Errico Malatesta sobre o papel dos sindicatos no movimento anarquista.
2) Malatesta criticou tanto os anarquistas individualistas quanto os comunistas libertários por se distanciarem do movimento operário.
3) Ele defendia que os sindicatos, por meio de táticas de ação direta como greves, poderiam ajudar a revolução, desde que não se tornassem reformistas.
1) O documento descreve os fundamentos da teoria e do movimento anarquista, incluindo a abolição do Estado e da propriedade privada em favor de uma sociedade autogerida através de associações voluntárias.
2) Os anarquistas acreditam que o progresso técnico e o espírito de independência reforçam a tendência das sociedades humanas ao não-governo.
3) O documento traça a história do pensamento anarquista desde Proudhon, destacando conceitos como comunismo libertário,
Revolucionário ou reformista, Prós e contra do sindicato segundo Errico Malat...BlackBlocRJ
O documento discute as visões de Errico Malatesta sobre o papel dos sindicatos no movimento anarquista e revolucionário. Malatesta via os sindicatos ora como uma estratégia revolucionária através da ação direta, ora como uma força reformista que poderia atrapalhar a revolução. O documento também contrasta as visões de Malatesta com outras correntes anarquistas como os comunistas libertários e anarcossindicalistas.
O documento discute o anarquismo e o socialismo utópico, definindo-os como movimentos políticos que defendem a supressão de dominações e a criação de uma sociedade mais igualitária e fraterna (anarquismo), e como a primeira corrente do pensamento socialista moderno que desenvolvia ideias para uma sociedade igualitária, questionando a ordem estabelecida (socialismo utópico).
Adesão subjetiva à barbárie vera m batistaIvana Marques
1) O texto discute como as políticas econômicas neoliberais estão associadas à expansão do sistema penal através do trabalho de Loïc Wacquant.
2) Wacquant argumenta que o neoliberalismo transformou a assistência social em trabalho forçado ("workfare") e encarceramento em massa ("prisonfare"), criminalizando os pobres.
3) O autor concorda com Wacquant que a sociologia brasileira foi cooptada para legitimar a expansão do poder punitivo, mas que iniciativas do Ministério da Justiça tentam ab
Apontamentos sobre a espanha rebelde toni negriGRAZIA TANTA
O documento descreve o movimento dos "indignados" na Espanha a partir de observações de Antonio Negri. Resume três pontos principais: 1) O movimento é composto por uma classe média empobrecida e trabalhadores precários, sem representação política; 2) Eles usam táticas não-violentas e organização descentralizada por meio de assembleias e redes digitais; 3) O movimento representa um desejo por democracia direta e uma nova constituição que dê poder ao povo.
Um internacionalismo do século xxi, contra o capitalismo e o nacionalismo (3)GRAZIA TANTA
1. O documento discute as alternativas possíveis e desejáveis ao capitalismo, defendendo a construção de redes globais democráticas e a desobediência civil como formas de resistência.
2. Ao longo da história, os trabalhadores responderam ao desenvolvimento do capitalismo com protestos, greves e organizações como a Comuna de Paris e a Associação Internacional dos Trabalhadores.
3. Nos últimos anos, o neoliberalismo enfraqueceu os sindicatos e aumentou a precariedade dos trabalhadores para reduzir cust
Antifa o manual antifascista by mark bray [bray, mark] (z-lib.org)Eliane Maciel
O documento é um resumo do livro "Antifa: O Manual Antifascista" de Mark Bray. Ele discute a história do antifascismo desde a Segunda Guerra Mundial até os dias atuais, analisando o crescimento da extrema-direita e apresentando táticas para combater o fascismo de forma plural, incluindo a ação direta quando necessário.
As revoltas de junho no brasil e o anarquismoAlexandre Lemos
O documento discute o anarquismo e seu papel nas mobilizações de 2013 no Brasil. Aborda os princípios e teóricos do anarquismo, sua influência na América Latina e no Brasil, e analisa as revoltas de junho em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, destacando a presença de ideias anarquistas e a repressão estatal.
As revoltas de junho no brasil e o anarquismoAlexandre Lemos
Neste artigo pretende-se abordar o anarquismo e a sua fundamental importância nas mobilizações de 2013 no Brasil. O que é o anarquismo e seus principais teóricos e princípios, a corrente anarquista com maior influência na América Latina e as primeiras experiências no Brasil. As revoltas de junho e a movimentação em três grandes capitais: Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, abordando sempre a presença de princípios anarquistas na forma de mobilização e também a forte repressão por parte do estado. Por fim, busca-se apontar a importância e o ganho em ter princípios anarquistas inseridos nos contextos históricos abordados.
O documento discute o liberalismo e a democracia no século XIX, abordando temas como liberdade versus igualdade, o liberalismo inglês e francês, as teorias de Hegel, Marx e as primeiras teorias socialistas. O documento também analisa o surgimento do anarquismo e do socialismo no século XX até o fim da União Soviética.
Margareth rago mujeres libres anarco feminismo e subjetividade na revolução e...moratonoise
O documento descreve a história do grupo anarco-feminista "Mujeres Libres" na Espanha revolucionária de 1936. Três militantes anarquistas fundaram o grupo para lutar pela emancipação feminina e oferecer educação e capacitação para mulheres. Eles criaram escolas, cursos e publicações para promover novos modos de vida libertários e subjetividades para mulheres. O grupo teve um papel importante na revolução ao desafiar normas de gênero e capacitar mulheres, mas sua história foi largamente ignorada.
O documento descreve a história do anarquismo e do movimento sindical. O anarquismo surgiu como movimento contemporâneo ao socialismo de Marx e Engels, tendo como primeiros ideólogos William Godwin e Pierre-Joseph Proudhon. Os sindicatos desempenharam importante papel na difusão das ideias anarquistas entre trabalhadores no fim do século XIX e início do XX.
Este documento discute como combater o totalitarismo moderno em quatro passos: 1) denunciar a ideologia neoliberal global, 2) apresentar um modelo alternativo ao capitalismo, 3) caracterizar inimigos locais e globais, e 4) estabelecer alianças contra o totalitarismo.
O embate entre as correntes liberaias e os socialismos no século xix pptAliceLani
O documento descreve o embate entre liberais e socialismos no século XIX na Europa. Aborda o Congresso de Viena, o Romantismo, revoluções liberais como as de Portugal e França, movimentos operários como o Ludismo e o Cartismo, o socialismo utópico e marxista, as Internacionais Socialistas, o nacionalismo e as unificações da Itália e Alemanha.
As três frases são:
1) O documento discute o movimento estudantil e revoltas da juventude em 1968 como um fenômeno global complexo e contraditório.
2) Importantes temas dos movimentos incluíram a rejeição ao imperialismo dos EUA e a democratização radical da universidade e da sociedade.
3) No Brasil, parte significativa dos estudantes universitários se mobilizou, especialmente nas capitais dos estados, em eventos importantes e inesperados.
Plataforma internacional do_anarquismo_revolucionariomoratonoise
1) O documento apresenta os fundamentos do pensamento bakuninista no contexto da Primeira Internacional dos Trabalhadores no século XIX.
2) Defende que o materialismo histórico de Bakunin fornece uma análise crítica da sociedade para orientar a prática revolucionária.
3) Aponta que o bakuninismo se opõe ao idealismo burguês e defende que o único valor é o trabalho coletivo, em oposição aos salários individuais do capitalismo.
Semelhante a Acácio augusto os anarquistas e as prisões, notícias de um embate histórico (20)
Pietro ferrua a breve existência da seção brasileira do centro internacional ...moratonoise
1. O documento descreve a breve existência da seção brasileira do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Anarquismo (C.I.R.A. Brasil) entre 1967 e 1969.
2. O C.I.R.A. Brasil realizou atividades como manter correspondência com militantes e grupos anarquistas de vários países, colaborar com editoras para publicar obras sobre anarquismo e reunir documentos para pesquisa.
3. No entanto, as atividades do grupo foram dificultadas pela ditadura militar no
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associaçãomoratonoise
O documento discute o princípio da associação como solução revolucionária proposta por alguns teóricos. O autor argumenta que a associação não é um princípio diretor nem uma força industrial, e sim um dogma rígido que leva a sistemas excludentes em vez de progredir a sociedade. A associação por si só não tem poder de organização ou produção.
1) Os anarquistas continuaram ativos e influentes nos sindicatos de São Paulo nos anos 1930, contrariando a visão de que o movimento anarquista havia declinado nessa época.
2) A Federação Operária de São Paulo (FOSP), de orientação anarquista, exercia influência sobre diversos sindicatos importantes em São Paulo nos anos 1930.
3) Apesar da perda gradual de influência nos sindicatos devido à repressão policial e disputas políticas, os anarquistas permaneceram ativos por meio de publicações,
1) O documento discute a organização da sociedade sem autoridade, substituindo o sistema político-religioso por um sistema econômico baseado na livre associação e contratos voluntários.
2) Esse novo sistema teria como princípios a igualdade, liberdade, progresso contínuo e harmonia de interesses em vez de antagonismos.
3) A organização industrial espontânea substituiria o governo, centralizando a sociedade através de acordos econômicos em vez de leis e hierarquias políticas.
1) O documento apresenta informações sobre o autor Pierre-Joseph Proudhon e sobre seu livro Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria. 2) Proudhon era um operário francês que se tornou um dos primeiros teóricos anarquistas. 3) O livro, publicado originalmente em 1846, analisa as contradições do sistema econômico da época e defende uma visão socialista.
1. O autor discute as idéias de governo direto, legislação direta e governo simplificado propostas por outros pensadores como Rittinghausen, Considerant e Ledru-Rollin. Ele argumenta que essas idéias na verdade não superam o princípio do governo, apenas o reduzem ao absurdo.
2. A sociedade está progredindo para além da necessidade de qualquer forma de governo, seja ele direto ou indireto, devido ao avanço das idéias e complexidade dos interesses humanos.
3. Ao negar completamente o gover
Republica francesa federacao_revolucionaria_das_comunasmoratonoise
O documento propõe a abolição do Estado francês e o estabelecimento de uma Federação Revolucionária de Comunas após a derrota da França na guerra contra a Prússia. Os comitês federados de cada comuna exerceriam o poder e enviariam delegados para uma Convenção Revolucionária em Lyon para organizar a defesa do país. Bakunin acreditava que apenas o povo organizado revolucionariamente poderia salvar a França da situação desastrosa em que se encontrava.
A empresa está enfrentando desafios financeiros devido à queda nas vendas e precisa cortar custos. O diretor financeiro recomenda demitir funcionários para economizar em folha de pagamento ou negociar reduções salariais para evitar demissões.
O documento apresenta um resumo da biografia e do pensamento do anarquista russo Mikhail Bakunin, destacando sua influência no desenvolvimento do anarquismo como ideologia, teoria e estratégia revolucionária no século XIX. Discutem-se suas principais obras e atuação na Associação Internacional dos Trabalhadores, onde defendeu posições antiautoritárias em oposição ao marxismo. Apesar de sua importância histórica, o pensamento de Bakunin é pouco conhecido no Brasil, sendo al
Proudhon analisa as contradições econômicas da propriedade privada e outras instituições sociais. Ele argumenta que cada elemento econômico, como a propriedade, tem aspectos positivos e negativos. A solução é equilibrar esses elementos contraditórios através da síntese, para evitar a miséria e a proletarização. Seu método busca estabelecer o ativo e o passivo de cada instituição social na "contabilidade transcendente" da sociedade.
O documento discute como o sistema capitalista leva à exploração do trabalho e à pobreza do proletariado. Afirma que a propriedade e o capital significam o direito de viver à custa do trabalho alheio, forçando os trabalhadores a venderem sua força de trabalho pelo menor preço possível sob a ameaça da fome. Isso mantém o ciclo de pobreza e exploração do proletariado.
O documento define ideologia como uma estrutura conceitual que serve dois propósitos: 1) propor um objetivo ou modelo social a ser alcançado e 2) fornecer elementos conceituais para entender a realidade. Ideologias são sistemas de representações que permitem pensar criticamente sobre a sociedade e direcionar a ação política.
O documento discute os problemas da propriedade privada e como ela leva à exploração e empobrecimento dos trabalhadores. A propriedade privada permite que os proprietários cobrem aluguéis cada vez maiores, forçando os trabalhadores a produzirem mais com menos para pagar. Isso os leva à dívida e eventual ruína. A propriedade privada é impossível porque destrói a sociedade através da espoliação e assassinato dos trabalhadores.
O organismo economico_da_revolucao-revolucao_e_autogestao_na_guerra_civil_esp...moratonoise
1) O documento discute os fatores essenciais da produção (trabalho, terra e maquinaria) e como o sistema capitalista não os aproveita de forma eficiente, gerando desperdício e desemprego.
2) Defende uma economia socializada na qual os meios de produção pertencem à comunidade e são geridos pelos trabalhadores para atender às necessidades das pessoas.
3) Argumenta que apenas o trabalho humano, físico ou intelectual, é produtivo e deve ser remunerado, enquanto outras formas de renda como j
O 4o congresso_do_rio_grande_do_sul_visto_por_domingos_passosmoratonoise
Este documento resume as discussões e decisões do 4o Congresso Operário do Rio Grande do Sul sobre a organização dos trabalhadores. Houve debates entre os que defendiam a organização sindical e os que preferiam associações proletárias. Foi decidido criar uma "Federação Operária Regional Gaúcha" e um "Comitê de Reorganização da Confederação Operária Brasileira" para publicar o jornal "A Voz do Trabalhador".
O documento é uma introdução de Nicolau Maquiavel ao seu livro "O Príncipe". Ele dedica a obra a Lourenço de Médici, filho de Pedro de Médici, oferecendo seus conhecimentos sobre governar principados adquiridos ao longo de sua vida. Maquiavel explica que não enfeitou a obra com ornamentos, mas sim focou na variedade da matéria e gravidade do assunto.
Neno vasco concepção anarquista do sindicalismomoratonoise
A empresa está enfrentando desafios financeiros devido à pandemia e precisa cortar custos. O diretor financeiro recomenda demitir funcionários, cortar benefícios e adiar investimentos para preservar caixa e garantir a sobrevivência da empresa até o final do ano.
Acácio augusto os anarquistas e as prisões, notícias de um embate histórico
1. verve
* Bacharel em Ciências Sociais, mestrando no Programa de Estudos Pós-gradu-ados
129
Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
os anarquistas e as prisões: notícias de
um embate histórico1
acácio augusto*
“Fazemos nossos caminhos como o fogo suas centelhas.”
rené char
A prisão, esta criação recente, emerge em um deter-minado
momento no século XIX. Logo ela é entendida
como indispensável, mesmo para os que admitiam seu
fracasso. Torna-se, a partir de então, peça fundamental
de uma nascente economia do castigo e para o funcio-namento
de uma nova tecnologia de poder. Expressão
terminal do dispositivo disciplinar. Imagem do medo.
Sabemos disso desde as contundentes análises his-tóricas
de Michel Foucault, em Vigiar e punir. É também
a partir de Foucault que entendemos o nascimento das
prisões como efeito de lutas intermináveis. A prisão
expressa uma situação estratégica de exercício de po-verve,
em Ciências Sociais da PUC-SP e pesquisador no Nu-Sol.
9: 129-141, 2006
2. 9
2006
deres, não se trata de repressão ou ideologia, mas de
embates que se travam contra, para, pela e apesar das
prisões.2
Temos que ouvir o ronco surdo das batalhas
No momento mesmo em que esses embates se confi-guram
130
no velho mundo, os anarquistas emergem como
atiradores e alvo dessas novas técnicas de exercício de
poder: ao mesmo tempo em que as combatiam, eram tam-bém
alvos seus. A demolidora reflexão, em 1793, acerca
do castigo perpetrada por William Godwin (1756-1836);3 o
contra-noticiário policial dos anarquistas do La Phalange
(1836);4 o controverso escrito de Proudhon sobre a propri-edade
(1840);5 o julgamento do anarco-terrorista Émlie
Henry (1894);6 as reflexões de Kropotkin acerca das pri-sões;
7 as polêmicas levantadas por Malatesta no final do
século XIX;8 ou mesmo a profilaxia de Lombroso contra
os anarquistas,9 são todos estes fatos de batalha que os
libertários travaram contra o tribunal, lutas em que fo-ram
atiradores e alvo das prisões, do tribunal e, sobretu-do,
das técnicas de governo e do exercício das disciplinas.
Não é objetivo deste artigo fazer uma antologia des-sas
batalhas, mas é inevitável rememorá-las quando
se quer apresentar uma série de associações anarquis-tas
que em nossos dias se propõem a lutar contra as
prisões. Sobretudo quando se trata de associações que
reivindicam para si uma tradição que se inicia em 1905
na Rússia, ainda sob o governo czarista e em meio a
uma guerra civil. É neste momento específico que sur-ge
a Cruz Negra Anarquista (CNA).
No entanto, não se trata também de contar a histó-ria
dessas associações, mas a partir da notícia de sua
existência levantar a seguinte pergunta: qual a radica-lidade
da histórica oposição dos anarquistas ao sistema
3. verve
131
Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
penal nos dias atuais? Nesse questionamento somos le-vados
a situar como uma associação anarquista de atu-ação
planetária empreende suas práticas de resistên-cias
às prisões em uma sociedade que diversifica am-plamente
suas técnicas de exercício de poder, conforme
mostraram as reflexões que o filósofo Gilles Deleuze fez
da chamada sociedade de controle a partir das problema-tizações
estabelecidas por Michel Foucault sobre o fun-cionamento
do poder no Ocidente.10
As CNA’s
As CNA‘s compreendem diversas associações que
prestam apoio a presos no planeta, em especial pre-sos
políticos e de guerra. No Brasil praticamente ine-xiste.
Constitui-se como federação de associações au-tônomas
que se articulam, como grupos de afinida-de,
11 exclusivamente na defesa de casos.
Cada associação age na sua localidade e conta com
as demais para divulgação das suas ações. As infor-mações
entre elas são trocadas por via postal, mas
principalmente pela Internet. É desta maneira que re-alizam
uma de suas principais atividades, a CRE (Ca-deia
de Resposta de Emergência). Esta ação consiste
em enviar cartas, e-mails, fax e realizar manifesta-ções
diante de embaixadas ou outras instituições pú-blicas,
vinte e quatro horas após a notícia de uma pri-são,
como maneira de pressionar autoridades para ga-rantir
a comunicação ou mesmo a liberação de uma
pessoa presa.
Não há nenhum tipo de financiamento governamen-tal
ou privado para sustentação das CNA‘s. As associ-ações
vivem da colaboração de pessoas ligadas ao mo-vimento,
contribuições espontâneas e rendas decor-rentes
da venda de livros, revistas, jornais, camisetas,
4. 9
2006
adesivos, shows e CDs produzidos por seus integran-tes.
Como já apontado no início do texto, a primeira as-sociação
132
da CNA surge na Rússia, em 1905. Com a
tomada do Estado pelos bolchevistas (1917), ela se
transfere para Berlim apoiando os anarquistas perse-guidos
pela ditadura do proletariado. É extinta na dé-cada
de 1940, com a ascensão do nazismo, e ressurge
em 1960, na Inglaterra, prestando apoio a persegui-dos
pelo regime fascista de Franco, na Espanha. Des-de
1980 diversas associações passam a ser criadas
no planeta (há associações da CNA em toda América
Latina, Estados Unidos, Europa e Austrália). Na déca-da
seguinte, ocorre sua maior difusão nas bordas dos
novos movimentos anti-capitalistas e do uso da Inter-net
como ferramenta de intervenção política.12
A atuação destas associações, que se rearticulam
nas décadas de 1980 e 1990, explicita uma atitude
radical de oposição às prisões, ao enfrentar o proble-ma
do encarceramento como um problema político, e
não como um drama pessoal, psicológico ou técnico-jurídico.
Embora ainda se filiem à argumentação pro-filática
de Kropotkin — desenvolvida em seu escrito
clássico sobre as prisões, que toma a revolução social
como panacéia para o problema do encarceramento
nas sociedades sob regime do monopólio, estatal ou
privado, da propriedade — é em meio às suas ações
pontuais de embate direto com o sistema penal que
emerge sua radicalidade, possibilitando experimen-tações
de liberdade.
É a partir desse critério que se pode destacar as
associações de Madri e Nova Jersey como as mais re-levantes
dentre todas que agem em diversas cidades
do planeta, apresentadas a seguir por meio das lutas
específicas travadas por cada uma das associações.
5. verve
133
Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
A nova CNA Nova Jersey
A década de 1980 marca a reativação planetária da
atuação das CNA‘s. Esta década está marcada, também,
pela expansão das políticas de superencarceramento, como
mostram os estudos de Nils Christie e Loïc Wacquant.13 A
CNA de Nova Jersey, em especial, passa a problematizar
os novos programas penais, nomeadamente o tolerância
zero estadunidense, aplicados pelos governos à direita nas
prefeituras de Detroit e Nova York, e posteriormente ex-portados
como políticas de tolerância zero para América
Latina e Europa, por partidos ligados à social-democracia.
Encontram-se no sítio da CNA Nova Jersey14 121 textos
que analisam e combatem tal política apresentado-a como
parte de uma guerra de extermínio dos indesejáveis (ne-gros,
imigrantes, moradores de rua, subversivos, etc.), para
depois apontar para uma luta objetivando estancá-la.15 Ao
se analisar os textos, partindo do tema principal de com-bate
às políticas de tolerância zero, nota-se uma proposi-tal
distinção, feita pelos autores da associação de Nova
Jersey, entre as palavras war (guerra) e struglle (luta). Esta
distinção visa apontar as políticas de Estado como uma
guerra de extermínio dos indesejáveis e as resistências a
ela como necessidade de uma luta, cujo alvo é a manuten-ção
da vida livre.
Desta maneira elas se inserem numa tradição de lu-tas
políticas do século XIX contra o exercício de poder bio-político,
que se articulava, por meio da norma, junto às dis-ciplinas.
Como sugere Foucault: “contra o poder ainda novo
no século XIX, as forças que resistem se apoiaram exata-mente
naquilo sobre o que ele investe — isto é, na vida e
no homem enquanto ser vivo. [...] Pouco importa que se
trate ou não de utopia; temos aí um processo bem real de
luta; a vida como objeto político foi de algum modo tomada
ao pé da letra e voltada contra o sistema que tentava con-trolá-
la.”16
6. 9
2006
A intervenção contumaz da associação de Nova Jer-sey
não só coloca a discussão acerca das prisões no cam-po
político, como faz da vida o objeto de suas lutas por
libertação. Isto faz com que as reivindicações dos pre-sos
134
e dos que estão fora da prisão não se coloquem em
termos de Direito, mas como um embate direto contra o
Estado e seus mecanismos de regulamentação da vida
associados aos dispositivos disciplinares. Neste ponto,
é inevitável fazer ecoar a afirmação de Foucault: pouco
importa se o que orienta as lutas da CNA Nova Jersey é
a busca utópica da sociedade livre e igualitária, mas é
preciso atentar para os efeitos destes discursos nas lu-tas
contra a prisão e o sistema penal.
A CNA Madri
A CNA Madri foi dissolvida em janeiro de 2006 por pro-blemas
internos, mas suas campanhas prosseguiram por
outras regiões da Espanha. O documento que notícia sua
dissolução argumenta a incapacidade material e huma-na
(dinheiro, material, militantes, repressão da polícia)
para prosseguir as campanhas na cidade de Madri, des-locando
esforços para as associações da Galícia, Albace-te,
Barcelona e a recém criada Federação Ibérica de Asso-ciações
da Cruz Negra Anarquista, que agrega as associa-ções
existentes em Portugal.17
A principal campanha das associações espanholas, que
tinha como núcleo Madri, é a de combate a uma medida
administrativa veiculada nas prisões espanholas chama-da
FIES (Fichero de Internos de Especial Segmento).18
Campanha de expressão planetária, rendeu um embate
direto das CNA‘s com o governo espanhol, chegando a
associação de Madri ser declarada ilegal — sob a acusa-ção
de ser grupo terrorista — pelo juiz Baltazar Garzon,19
que ainda decretou a prisão de diversos integrantes da
7. verve
135
Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
CNA de Madri, promovendo uma caça às bruxas aos cen-tros
culturais anarquistas, de Madri e Albacete, e às
Okupas — casas ocupadas que funcionam como mora-dia
e espaço de atividades culturais dos jovens espa-nhóis,
em geral punks, anarquistas e anarco-punks.
Nestas fichas “especiais” encontram-se anarquistas,
militantes do ETA, muçulmanos acusados de envolvi-mento
com a Al Quaeda, objetores de consciência, trafi-cantes,
imigrantes ilegais e pessoas acusadas de en-volvimento
com o “crime organizado” ou supostamente
ligados a grupos políticos na prisão. O argumento de com-bate
ao FIES articulado pelas CNA`s comporta a apre-sentação
de técnicas de governo utilizadas pelo Estado
espanhol para eliminação dos indesejáveis ao produzir
um cárcere dentro do cárcere, configurando um método
de eliminação pelo isolamento e indução ao suicídio.
O FIES é definido em seu estatuto como um “regime
de vida” aplicado a um determinado grupo de presos, que
protege os outros presos não incluídos no FIES, e ao
mesmo tempo, defende a sociedade daqueles conside-rados
mais perigosos. É um regime que regulamenta e
administra a vida de terroristas e narcotraficantes re-clusos.
Não aplica a execução sumária, mas adminis-tra
a vida pela utilização da norma que define certas
categorias de presos que ameaçam a saúde e a segu-rança
da população: os presos deixam de ser considera-dos
passíveis de disciplina para serem controlados e
anulados até a morte chegar.
Trata-se de um procedimento definido como admi-nistrativo
e acoplado a uma instituição disciplinar para
fins de gestão dos conflitos e controle contínuo dos pre-sos,
cientificamente classificados como perigosos. Nes-se
procedimento de sujeição peculiar há uma positivi-dade:
diante de pessoas que são, do ponto de vista po-lítico
e produtivo, perigosas e inúteis, as técnicas de
8. 9
2006
controle biopolítico — a gestão calculista da vida se-gundo
136
um poder que causa a vida ou devolve à morte,
como definiu Foucault20 — são experimentadas e tes-tadas
em pessoas tomadas como cobaias dos meca-nismos
de gestão e controle de vidas.
Em meio a uma escalada planetária de prisões como
Guantánamo, que escandaliza grupos de direitos huma-nos
no mundo todo, ou mesmo da existência incontesta-da
das RDD‘s (Regime Disciplinar Diferenciado) — pri-sões
de segurança máxima espalhadas pelo interior de
São Paulo — a luta infame dos anarquistas na Espanha
contra esse regime de detenção peculiar se apresenta
como uma urgência que estranhamente não encontra
eco no Brasil, onde — salvo o singular contraposiciona-mento
do Nu-Sol que alia anarquismo e abolicionismo
penal — alguns dos contemporâneos grupos e associa-ções
de anarquistas parecem estar mais preocupados em
ocupar as prateleiras do supermercado das esquerdas e
fazer manifestações com escolta policial.
Em um texto que conta a história das lutas anti-prisionais
na Espanha,21 o grupo de pessoas que pro-duz
e assina o texto como CNA ressalta que o fim da
ditadura fascista lembrou aos militantes que lutavam
contra o regime de Franco, e acabavam no cárcere,
algo que sempre esteve evidente no embate histórico
dos anarquistas com o sistema penal: todo preso é um
preso político.
O que o fim da ditadura brasileira trouxe de novo aos
grupos de luta por anistia e aos grupos que durante a
ditadura militar lutaram pela libertação de presos polí-ticos?
Esta é uma questão pertinente quando o alvo é
problematizar um discurso contemporâneo que afirma
a democracia e os direitos humanos como a superação
dos problemas vividos durante aquele período ditatorial.
Muitos destes problemas persistem e tornam-se mais
9. verve
137
Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
agudos na medida em que nos dias de hoje se fortalece
um discurso que afirma as políticas de tolerância zero
como a grande panacéia no campo das políticas sociais,
e encontrando diminutas resistências. Afirmar que todo
preso é um preso político é uma urgência icontornável
para qualquer pessoa, anarquista ou não, que se ocupe
do problema das prisões.
Lutas contra o sistema penal e experimetações de
liberdade
Foi sob os efeitos de hegemonia da burguesia no sé-culo
XIX que os anarquistas apresentaram-se como con-testação
radical das técnicas disciplinares e das regu-lamentações
de governo das populações. Marcaram na
história moderna seus contra-posicionamentos, expe-rimentaram
liberdades com suas práticas sediciosas,
arruinadoras das hierarquias e da autoridade centra-lizada,
e pretenderam abolir os castigos no próprio pre-sente.
Nas experiências das CNA’s, os anarquistas sem-pre
souberam fazer de suas lutas utópicas experiênci-as
heterotópicas.22
São portadores de uma tradição, reivindicada pelas
CNA‘s, que se renova nos enfrentamentos com autori-dades.
Hoje habitam outros espaços e travam conver-sações
e batalhas com práticas sociais diversas, in-cluindo
as vinculadas com as novas tecnologias eletrô-nicas.
Contudo, resistir na atualidade implica outras
intensidades que não mais apenas as experimentadas
na decadente sociedade disciplinar. É preciso estar atento
para não ser capturado na velocidade dos fluxos eletrôni-cos
e nas convocações constantes à participação.
Lutar contra o regime das penas é um estilo de vida,
uma prática cotidiana, pois a intensidade da vida é capaz
de arruinar o programa. Desse modo, “resistir também
10. 9
2006
não é mais uma atitude que ocorre em lugares ou atra-vessa
138
a estratificação. É preciso se desdobrar velozmente.
É preciso ser intenso, virar vacúolo. (...) Se a sociedade de
controle governa pela velocidade, integrando e convocan-do
a participar, o que se exige das resistências? Elas alte-ram
velocidades. Exercitam intensidades, surpreenden-tes
ataques, a antidiplomacia: diante da negociação, o ime-diato;
diante da razão, o instintivo; diante da criação, a
invenção”.23
As CNAs travam suas lutas dentro de um campo da
reforma da sociedade. Há experimentações de liberdade,
radicalidades experimentadas em alguns momentos pe-los
que estão envolvidos nestas lutas, mas há uma limita-ção
na medida em que existe um programa societário a
ser cumprido. Uma intensa luta contra as prisões que abale
os castigos assim como as novas tecnologias de controle,
não passa pela busca de um horizonte libertador, mas pela
urgência em se liberar, no presente, dos fluxos que ar-rastam
para uma vida de servidão.
Amarradas a programas societários, as lutas contra as
prisões correm um duplo risco: de receberem o comando
Ctrl+b, isto é, serem salvas e incorporadas num programa
maior, totalizador; ou o Ctrl+Alt+Del, isto é, serem sim-plesmente
eliminadas.
Todo preso é um preso político!
Notas
1 Este artigo apresenta resultados da pesquisa de iniciação científica “Cruz Negra
Anarquista (CNA). Embates com o sistema penal: controle e experimentações de
liberdade”; apresentada, em 2005, ao Departamento de Política da Faculdade de
Ciências Sociais da PUC-SP e à Comissão de Pesquisa e Extensão da PUC-SP,
financiada pelo CNPq e premiada como melhor trabalho de iniciação científica do
Departamento de Política em 2005.
2 Michel Foucault. Vigiar e punir. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis,
Vozes, 2002, pp. 195-254.
11. verve
139
Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
3 Willian Godwin. “Crime e punição” Tradução de Maria Abramo Caldeira Brant in
Verve, n° 5. São Paulo, Nu-Sol, 2004, pp. 11-84.
4 Michel Foucault, 2002, op. cit., pp. 228-242.
5 Pierre-Joseph Proudhon. O que é a propriedade. Tradução de Marília Caeiro. Lisboa,
Editorial Estampa, 1975.
6 Jean Matrion. “Émile Henry, o benjamim da anarquia” Tradução Eduardo Maia.
in Verve n° 7, São Paulo, Nu-Sol, 2005, pp.11-41.
7 Piotr Kropotikin. As prisões. Tradução Martin La Batalha. São Paulo, Index
Librorum Prohibitorum, 2002.
8 Ver em especial Errico Malatesta. Escritos revolucionários. Tradução Plínio Augusto
Coelho São Paulo, Imaginário/Nu-Sol/Soma, 2000; Errico Malatesta. “Incompa-tibilidade”
in Francesco Saveiro Merlino & Errico Malatesta. Democracia ou anar-quismo.
Tradução Júlio Carrapato. Lisboa, Ed. Sotavento, 2001.
9 Cesare Lombroso. Los anarquistas. Tradução J.M. Domínguez. Madrid, Jucar,
1977; Michel Foucault. Os anormais. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo,
Martins Fontes, 2002, pp.173-206.
10 Gilles Deleuze. “Post-scriptum sobre as sociedades de controle” Tradução de
Peter Pál Pelbart in Conversações. Rio de Janeiro, Ed. 34, 2000, pp.219-226. .
11 A noção de grupos de afinidades dentro das práticas anarquistas orienta que as
associações são formadas a partir da proximidade e preferências dos indivíduos,
garantindo que as relações entre as associações se fundem pela afinidade que cada
associação tem com as práticas anarquistas específicas. Edgar Rodrigues. Pequeno
Dicionário de Idéias Libertárias. Rio de Janeiro, CCeP Editores, 1999, pp.35-36.
Também em Murray Bookchin. “Grupos de Afinidade” in Geoorge Woodcock.
Grandes Escritos Anarquistas. Porto Alegre: LPeM, 1999, pp.162-164. Um outro
uso da prática de afinidades entre os anarquistas pode ser encontrada em Edson
Passetti. “Atravessando Delueze” in Verve, n° 8, São Paulo, Nu-Sol, 2005, pp. 42-
48.
12 www.anarchistblackcross.org; www.nodo50.org/federacioniberica_cna/;
www.angelfire.com/zine/libertad/cna.html; entre outros.
13 Loïc Wacquant. As prisões da miséria. Tradução de André Telles Rio de Janeiro,
Jorge Zahar, 2001; Nils Christie. A indústria do controle do crime — a caminho dos
GULAGs em estilo ocidental. Tradução de Luis Leiria. Rio de Janeiro, Editora
Forense, 1998.
14 www.anarchistblackcross.org.
15 A preocupação da CNA Nova Jersey com essa seletividade racial do sistema penal
estadunidense (que não é privilégio deste) decorre, sobretudo, pelo fato de ser na
12. 9
2006
sua maioria composta por ex-militantes dos Black Panters, fato evidente inclusive
pela cidade em que está localizada. www.anarchistblackcross.org
16 Michel Foucault. A vontade de saber — vol. 1 da História da sexualidade. Tradu-ção
de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio
de Janeiro. Graal, 2001, p. 136.
17 Conforme comunicado recebido por e-mail de janeiro de 2006. Os grupos de
Albacete, Barcelona e a recente CNA Ibérica, que reúne associações da Espa-nha
e Portugal, prosseguem os trabalhos descritos aqui, especialmente junto
aos presos inclusos no FIES.
18 Para cartas, escritos e documentos de combate ao FIES em espanhol, francês
e inglês, ver: www.ecn.org/breccia/dossier/;www.ucm.es/info/eurotheo/nor-mativa/
140
fies.htm; www.toutmondehors.free.fr/fies.html; www.ainfos.ca/01/
feb/ainfos00368.html.
19 Baltazar Garzon, iminente juiz espanhol famoso mundialmente por coman-dar
o julgamento do ditador chileno Augusto Pinochet. Chegou a ser indiacdo
ao prêmio Nobel da paz com assinatura de figuras ilustres como a do escritor
português José Saramago.
20 Michel Foucault, 2001, op. cit., pp. 127-149.
21 A discussão encontra-se no texto: “Breve história da luta contra o FIES”,
publicada no site da CNA Nova Jersey. “A transição do facismo ditatorial para
uma “democracia de Estado” no meio dos anos setenta não fez dirferença neste
ponto: a repressão continua severa, e as prisões superlotadas. A luta pela liber-tação
de presos políticos se alterou então para uma luta pela a libertação de
todos os prisioneiros e a abolição do sistema penal”. Cf.
www.anarchistblackcroos.org.
22 Para Foucault a sociedade moderna se carateriza por posicionamentos nas
relações de vizinhança dentro de grades, redes ou organogramas, os contra-posicionamentos
atravessam essas redes e estratificações, desestabilizando-as.
Isso aparece na noção de heterotopia apresentada por Foucault, Michel. “Ou-tros
espaços” in Ditos e Escritos III. Tradução de Inês A. D. Barbosa. São Paulo,
Forense, 2001, pp. 411-422. Essa noção é utilizada por Edson Passetti para
problematizar práticas anarquistas, entendendo-as como contraposicionamen-tos
heterotópicos. Edson Passetti. “Heterotopias anarquistas” in Verve, n° 2,
São Paulo, Nu-Sol, 2002, pp. 141-173.
23 Edson Passetti. Anarquismos e sociedade de controle. São Paulo, Cortez, 2003, p.
251.
13. verve
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Os anarquistas e as prisões: noticias de um embate...
RESUMO
A Cruz Negra Anarquista (CNA) é uma associação que emerge em
1905 na Rússia e existe até hoje em diversos países. A atuação de
suas associações mais expressivas, locadas em Nova Jersey e
Madri, é problematizada diante do histórico embate dos anarquis-tas
contra a prisão, o sistema penal e Direito.
Palavras-chave: Prisões, Cruz Negra Anarquista, abolicionismo
penal.
ABSTRACT
The Anarchist Black Cross is an association that emerged in 1905
in Russia and still exists today in several countries. Its most
expressive associations, located in New Jersey and Madrid, are
problematized before the historical anarchist struggle against pri-son,
the penal system and the law.
Keywords: Prisons, Anarchist Black Cross, penal abolitionism.
Recebido para publicação em 6 de fevereiro de 2006 e confirmado
em 6 de março de 2006.