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Então, o lobo ofereceu à
ovelhinha uma cenoura.
− Assim, já tenho borrego
recheado!
Mas não era só o lobo que estava
com fome. A barriga da ovelhinha
também já estava a dar horas…
− Mas que azar o meu! − pensou
o lobo! − Não posso comer uma
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coberta de pelos!
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não tardaram a passar e
ela adormeceu num
instante, enroscada no
pescoço do lobo.
O lobo, que já era
velhinho, ficou muito
embaraçado porque
nunca tinha sido
abraçado pelo seu
futuro jantar. E como
seria de esperar, a fome,
afinal, já nem era
tanta…
A ovelhinha ressonava
baixinho encostada às
orelhas do lobo.
Fazia ela.
Mas assim que o lobo
começou a cheirar a
ovelhinha, ficou deliciado
com o seu perfume!
E quando o lobo se preparava para
engolir a ovelhinha...
− OHHH! − suspirou o lobo − Se eu a
comesse depressa ela nem sequer dava
por isso.
− gritou ele
… ela acordou
e deu-lhe um
beijinho! − Isso não vale! Eu sou
um lobo mau e tu és um
ensopado!
− Um enlatado? −
perguntou a ovelhinha a
sorrir. E confessou: −
Eu sei lá o que é isso!
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embora!
Abriu a porta e, qual não foi o seu espanto, quando viu a ovelhinha ao pé da
lareira!
─ VOLTASTE! És mesmo tu? Não tens outro sítio para onde ir? ─ perguntou o lobo muito
eufórico.
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gaguejar.
A ovelhinha olhou para ele, olhos nos olhos.
─ E tu prometes que não me comes? ─ quis ela
saber.
─ NÃO! CLARO QUE NÃO! ─ afirmou ele.
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ovelhinha que precisa de mim? Até podia
ficar com o coração partido.
Emília Lima 2019 | 2020
Vozes:
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  • 7. Então, o lobo ofereceu à ovelhinha uma cenoura. − Assim, já tenho borrego recheado! Mas não era só o lobo que estava com fome. A barriga da ovelhinha também já estava a dar horas… − Mas que azar o meu! − pensou o lobo! − Não posso comer uma ovelhinha toda esfomeada! Até me podia fazer mal ao estômago!
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  • 9. Mas não resultou. Mas não resultou.
  • 11. Então o lobo pegou na ovelhinha ao colo e começou a dar-lhe palmadinhas nas costas com a sua pata enorme coberta de pelos!
  • 12. Os soluços da ovelhinha não tardaram a passar e ela adormeceu num instante, enroscada no pescoço do lobo.
  • 13. O lobo, que já era velhinho, ficou muito embaraçado porque nunca tinha sido abraçado pelo seu futuro jantar. E como seria de esperar, a fome, afinal, já nem era tanta…
  • 14. A ovelhinha ressonava baixinho encostada às orelhas do lobo. Fazia ela.
  • 15.
  • 16. Mas assim que o lobo começou a cheirar a ovelhinha, ficou deliciado com o seu perfume!
  • 17. E quando o lobo se preparava para engolir a ovelhinha... − OHHH! − suspirou o lobo − Se eu a comesse depressa ela nem sequer dava por isso.
  • 18. − gritou ele … ela acordou e deu-lhe um beijinho! − Isso não vale! Eu sou um lobo mau e tu és um ensopado! − Um enlatado? − perguntou a ovelhinha a sorrir. E confessou: − Eu sei lá o que é isso! − Que é que eu faço à minha vida?! − exclamou o lobo. − Bom, vais mesmo ter de te ir embora!
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  • 26. Abriu a porta e, qual não foi o seu espanto, quando viu a ovelhinha ao pé da lareira! ─ VOLTASTE! És mesmo tu? Não tens outro sítio para onde ir? ─ perguntou o lobo muito eufórico. E a ovelhinha abanou a cabeça, dizendo que não. ─ Que… que… queres ficar aqui co… comigo? ─ convidou o lobo a gaguejar. A ovelhinha olhou para ele, olhos nos olhos. ─ E tu prometes que não me comes? ─ quis ela saber. ─ NÃO! CLARO QUE NÃO! ─ afirmou ele. ─ Como é que eu podia comer uma ovelhinha que precisa de mim? Até podia ficar com o coração partido.
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