O contacto com outras culturas durante a expansão marítima contribuiu para o desenvolvimento de um novo pensamento na Europa, valorizando tanto os ideais da Antiguidade Clássica como a capacidade do Homem de construir o seu próprio conhecimento.

2. Génova, 5 de dezembro de 1542
São nove horas da noite. Recolhi-me aos meus aposentos, após mais um dia de canseiras e trabalhos.
Quanto mais viajo por Itália, quanto mais observo o dia a dia da minha cidade, sinto que estamos num tempo novo.
Estamos a um palmo de distância de um Mundo Novo traduzido em meses de viagem por esses mares e oceanos.
Mas, agora, esses mares e oceanos têm fim! Agora o sabemos. Com as viagens de descoberta, encontramos outras
gentes e conhecemos novas culturas e percebemos assim que também há um mundo extraordinário para além do que
era o nosso conhecimento. Tudo isto despertou em nós a consciência da nossa importância como Homem e, por isso,
passamos a aceitar sermos o centro das nossas preocupações. Passamos a escutar as nossas vontades e a desejar
mais da vida. Reconhecemos o nosso individualismo, base da nossa essência. Mas não o confundimos com egoísmo.
Não! Valorizamos, isso sim, o Homem e as suas capacidades e, como tal, temos uma ânsia de saber que muitas vezes
não é compreendida por todos.
Este tempo novo permitiu-nos conhecer melhor o mundo e observar a Natureza e dela retiramos grandes
aprendizagens. Chegamos a novos lugares e abrimo-nos a outros tempos, a outras civilizações e às suas formas de
pensar. E esta experiência desenvolveu em nós, a capacidade de olharmos os nossos valores e as nossas crenças
com outros olhos e, num espírito crítico; identificar os males do mundo e o que deveria ser transformado. Este tempo
novo é o tempo de um Homem novo, com uma visão diferente de si e do que o rodeia. Mas será que a Humanidade
está pronta para aceitar este movimento de renovação intelectual? Esta é uma questão que ainda não consigo
responder…
Bernardo de Firenze

3. O contacto com outros povos e culturas e a descoberta
de um novo mundo, ocorridos durante a Expansão,
contribuíram para o desenvolvimento de uma nova
forma de pensamento na Europa, que valorizava os
ideais da Antiguidade Clássica, mas também o
Homem, como construtor do seu conhecimento e
dono do seu próprio destino.

4. Viagens de descoberta

5. O que é o Renascimento?
De acordo com o dicionário renascimento,
significa renascença, que por sua vez significa
o ato ou efeito de renascer, renovar-se,
revigorar-se, adquirir nova atividade,
resumindo optar por uma vida nova.
Vídeo: O Renascimento

6. O Renascimento foi um movimento cultural e artístico, que
ocorreu na Europa durante os séculos XV e XVI, com o
objetivo de valorizar o Homem.
Questão orientadora:
-Em que consiste o Renascimento?

8. Vídeo: O Renascimento
em Itália
Leitura do manual

9. Lourenço de Médicis sonhou tornar a sua cidade
mais grandiosa e bela . Como havia muitos
espaços sem habitações , fez traçar novas ruas
para nelas construir edifícios tornando-a ,
assim, mais grandiosa e maior. Graças a ele, a
cidade , quando não estava em guerra,
encontrava-se perpetuamente em festa,
assistindo a torneios e cortejos onde se
representavam acontecimentos e altos feitos da
Antiguidade.
Acarinhava e afeiçoava-se a todos os que se
distinguiam nas artes: protegia os homens das
letras. Para que os jovens de Florença pudessem
dedicar-se ao estudo das letras , fundou a
Universidade de Pisa, para onde chamou os
homens mais instruídos que existiam então em
Itália.
Maquiavel, Histórias Florentinas
Transcreve do documento , expressões que testemunhem que o
Homem do Renascimento:
- apreciava a vida terrena
-Venerava a Antiguidade Clássica
-Praticava o mecenato
Lourenço de Médicis

10. Questão orientadora:
-A que se deve o aparecimento do Renascimento em Itália?
1
• Desenvolvimento económico e rivalidades entre as
várias cidades italianas
2
• Existência de vestígios da civilização greco-romana
3
• Prática do Mecenato cultural – governantes e
burgueses endinheirados financiavam a produção
literária e artística.

11. Vídeo: O Renascimento

12. O Pensamento na Idade Média:
* controlado pela Igreja Católica
* Deus é o centro do mundo:
Teocentrismo

13. Qual era a
mentalidade e
os valores do
Renascimento
Valores do HUMANISMO
Relacionar a renovação cultural dos
séculos XV e XVI com o apoio
mecenático.
AE 1
o Individualismo;
o Espírito crítico;
o Valorização da
experiência.
o Classicismo;
Seis poetas [humanistas] tuscanos, Giorgio Vasari, 1569.
Na pintura estão representados Cino da Pistoia, Guittone d'Arezzo, Petrarca,
Giovanni Boccaccio, Dante Alighieri e Guido Cavalcanti

14. Deus escolheu o homem e, colocando-o no centro do mundo, dirigiu-se – lhe nestes
termos: Tu de acordo com a livre vontade que colocámos nas tuas mãos , decidirás dos
próprios limites da Natureza. Colocámos-te no centro do Mundo para que daí possas
observar facilmente as coisas. Não te criamos nem do céu nem da terra, nem imortal
nem mortal para que tu possas escolher e modelar-te da forma que preferires.
Pico della Mirandola , Oração sobre a Dignidade do Homem
Qual a concepção que o autor do documento tem acerca do Homem?
Os princípios presentes no documento são :
- Antropocentrismo - O Homem está no centro do Universo
-Individualismo: o Homem tem capacidades para mudar o seu
destino

15. MUDANÇA DE MENTALIDADES
 NA IDADE MÉDIA
VISÃO TEOCÊNTRICA
(DEUS, era o
centro da vida
humana e tudo se
fazia em sua
função)
 NA IDADE MODERNA
VISÃO
ANTROPOCÊNTRICA
Antropocentrismo é a
conceção segundo a qual
o Homem está no centro
do Universo.
.

16. Grandes qualidades possuíam Sócrates,
Virgílio, Horácio. A história da
Antiguidade é rica em exemplos de
verdadeira sabedoria. Nunca se deve
desprezar aquilo que nos pode levar à
virtude e aos bons costumes.
Erasmo de Roterdão, O Elogio da
Loucura
Qual era a principal fonte de
inspiração dos intelectuais do
Renascimento?
Quais eram os temas de estudo destes
intelectuais?
O mundo volta a si como se
despertasse de um grande sono.
Todavia , há ainda certas pessoas
que resistem com furor
agarrando-se , de pés e mãos , à
sua antiga ignorância.Temem
que, se as letras antigas
renascerem e o mundo se tornar
culto, venha a demonstrar-se que
não sabiam nada.
Erasmo de Roterdão
Que críticas faz o autor à
sociedade da época?
O princípio presente nos documentos é:
- Classicismo: imitação da Antiguidade grega e romana ( ao
nível artístico …)

18. Copiar
para o
caderno
Questão orientadora:
Quais as características do Renascimento?
Recusa de Deus no centro do
Universo ( Teocentrismo ) e
Valorização do Homem que passa
a estar no centro do
Mundo(Antropocentrismo)
• Valorização das
capacidades do Homem,
sendo dono do seu
destino, capaz de tomar as
suas próprias decisões
(Individualismo)
Estudo dos autores gregos e latinos,
considerados como modelos a imitar
(classicismo)
Interesse pelo estudo da
natureza ( naturalismo))

19. Leitura pág. 61
Quem divulga estas
ideias?

20. O humanista é aquele que estuda os antigos, num espírito novo,
desembaraçado de preconceitos, movido pela curiosidade
intelectual, simpatia, livre crítica. O Humanismo é assim, um
sistema de pensamento que coloca o Homem no centro do
universo.
Vidal
Qual o significado de Humanista?
Os humanistas são os intelectuais do renascimento que se destacaram
na poesia, prosa, história, filosofia, teatro e divulgaram as novas ideias.

21. Luís Vaz de
Camões Miguel Cervantes Maquiavel
Erasmo de
Roterdão
Thomas More Shakespeare

22. Leonardo daVinci
Estudo do corpo humano
Armas de guerra
Helicóptero

23. Questão orientadora:
-Quem são os humanistas?
Os humanistas são os intelectuais do renascimento que se
destacaram na poesia, prosa, história,filosofia, teatro e
divulgaram as novas ideias.
• Luís Vaz de Camões: “Os Lusíadas”
• Shakespeare : “Romeu e Julieta”
• Erasmo de Roterdão : “O Elogio da loucura”
• Thomas More: “Utopia”
• Maquiavel : “O Príncipe”
• Miguel de Cervantes: “D. Quixote de la Mancha”
Copiar
para o
caderno

24. “A experiência é a madre todas as cousas”
Duarte Pacheco Pereira

25. O Homem tudo
quer conhecer,
tudo quer saber
Quais terão sido os contributos para o alargamento do conhecimento da
natureza?
Botânica
Matemática
Medicina
Astronomia:
Heliocentrismo
Geografia
A observação da Natureza, aliada ao espírito crítico e à valorização da experiência,
contribuiu para
que muitos humanistas desenvolvessem algumas ciências durante os séculos XV e XVI.

26. Desenvolvimento da
medicina
Os estudos anatómicos do médico André Vesálio,
feitos com base na dissecação de cadáveres,
permitiram um grande avanço da medicina, bem
como os registos de Leonardo da Vinci. Afirmava-
se, assim, uma mentalidade mais experimental.

27. Quais os progressos registados na astronomia?
O geocentrismo defendido pelo geógrafo
Ptolomeu, no século II, colocava a Terra
fixa, no centro do Universo, em torno da
qual giravam todos os planetas e o Sol.
Esta era a teoria que vigorava até ser
substituída pelo heliocentrismo
defendido por Copérnico e comprovado
por Galileu.
«Depois de longas investigações,
convenci-me de que: O Sol é uma
estrela fixa rodeada de planetas que
giram em volta dela e de que ela é o
centro e a chama. (…) Que a Terra é
um planeta principal, sujeito a um
tríplice movimento (…)»
Nicolau Copérnico, De
Revolutionibus Orbium Coelestium,
1543

28. NICOLAU COPERNICO (Astronomia)
Defendeu o heliocentrismo, segundo o qual o
Sol é uma estrela fixa em volta da qual giram os
planetas.

29. A imprensa foi uma
invenção determinante
na difusão dos novos
valores do
Renascimento!
Entre 1450 e 1452, Johannes
Gutenberg inventou a imprensa.

30. Gutenberg
2 Vídeos: a invenção da
prensa
A produção cultural no Renascimento foi
grandemente beneficiada por um outro
progresso material que esta época
conheceu: o aparecimento e divulgação da
arte da impressão, que aos poucos,
substituiu a produção manual dos livros.

31. H.8 8º ano | Subtema E2 - Renascimento e Reforma
A invenção da imprensa, por Johannes Gutenberg, possibilitou a produção de
livros em maior quantidade, de forma mais rápida e barata, permitindo que o
conhecimento se tornasse acessível a um maior número de pessoas.
Que importância teve a invenção da imprensa?
Oficina de imprensa no século XVI, recriação.

33. Questão orientadora:
-Como se caracteriza
a arquitetura,
escultura e pintura do
Renascimento?

34. A arquitectura renascentista inspirou-se na arquitectura clássica,
rejeitando os modelos medievais.
Panteão

36. Miguel Ângelo
Basílica de S. Pedro; Roma
Compara este edifício com os anteriores.

37. Elementos arquitectónicos renascentistas
Arco de
volta
perfeita
Colunas
Frontão
triangular
Cúpula
Equilíbrio
Proporção / Simetria
Friso

38. MIGUEL ÂNGELO
Cúpula de S. Pedro
1546-61, Vaticano

39. A Basílica de São Pedro, no Vaticano é a maior igreja católica do mundo e começou a ser construída
por Donato Bramante em 1506. A sua fabulosa cúpula foi desenhada por Miguel Ângelo, que viria a
dar continuidade ao projeto de Bramante.

40. Palácio Farnese, Roma (inícios do séc. XVI)
Os edifícios abandonam a verticalidade, típica do estilo
gótico, e passaram a ser marcados por linhas horizontais
=
HORIZONTALIDADE

41. Arquitetura
 Simplicidade dos edifícios
 Simetria
 Os edifícios crescem na horizontalidade
 Utilização de elementos da arte clássica : arco de volta perfeita,
cúpula, frontão triangular , colunas.

43. Escultura grega

44. David - Miguel Ângelo

47. MIGUEL ÂNGELO
Pietà do Vaticano
1498-1501

49. Movimento
Realismo
(rigor anatómico)
Caracteriza a escultura
composição em
pirâmide
Rosto
expressivo

50. características da escultura
 Representação do corpo humano com rigor
 Representação do nu
 Disposição geométrica das figuras(em pirâmide)

52. Miguel Ângelo- Pormenor da Capela Sistina- Roma

53. A Capela Sistina
Jesus Cristo é representado como um
Deus olímpico, o que mereceria grandes
críticas durante a Contra-Reforma.
Paulo III, papa em 1534,
nomeou Miguel Ângelo,
arquiteto, pintor e escultor do
Vaticano, fixando-o em Roma.
Dá-lhe depois a missão de
pintar um fresco na frontaria
da Capela Sistina, o Juízo
Final, que concluiu em 1541.

54. Frescos do teto da Capela Sistina, 1508-12

55. BOTTICELLI – Nascimento de Vénus

56. Botticelli, A Primavera

57. Leonardo
da Vinci
Mona Lisa
.
Caracteriza a
imagem
Mona Lisa ou Gioconda

58. Leonardo da Vinci, Mona Lisa, 1503-
-1507, Museu do Louvre, Paris.
Retrato
Pintura a óleo
Composição usando
esquemas geométricos
Perspetiva
(profundidade)
Paisagem –
Valorização da
Natureza
Individualismo
Utilização da
técnica do sfumato
Quais as características da pintura renascentista?

59. Virgem e Menino com Santa de
Leonardo da Vinci
(aproximadamente em 1510)
“sfumato”

60. O “sfumato” foi uma nova técnica
amplamente utilizada no Renascimento
Consistia num efeito de
gradação das cores, sem
utilizar contornos, onde os
efeitos de luz e sombra
davam a ilusão de
distanciamento face ao
objeto central da tela

61. Leonardo da Vinci, A Última Ceia, 1495-97.
Quais as obras mais emblemáticas?
Quem foram os seus autores?
Simetria
Realismo: uso de sombreados e
grande diversidade de tonalidades
para representar o pormenor
Ponto de fuga

62. Aponta as características da Pintura- Madona no Prado ( Rafael)
Naturalismo-
representaçã
o da natureza
Noção de perspetiva
Composição em
pirâmide
Sfumato
Tema religioso

63. 1
• Utilização da pintura a óleo
2
• Uso da técnica do sfumato que consiste na gradação da cor( do
claro para o escuro e vice-versa) sem existência de contornos
• Utilização da perspetiva de modo a criar a ideia de
3
• Disposição geométrica das figuras(formato de pirâmide)
• Representação do Homem, temas mitológicos, religiosos e do
retrato

64. Fonte: enciclopedia Digital wikipedia( www.wikipedia.org)
Informações capturadas em 26/08/2006
Disciplina: Estética, Teoria e Crítica da Arte II
Profa.: Carmen Barros
Acadêmica: Catlen de Freitas Cunha
Ludovica