Este conto conta a história de um menino que descobre uma menina do mar e seus amigos - um polvo, um caranguejo e um peixe - que brincam e dançam juntos. Quando o menino agarra a menina do mar, seus amigos tentam salvá-la, mas ele foge com ela. A menina do mar explica ao menino que ela vive no mar com seus amigos e pode respirar tanto dentro quanto fora da água.
1) A história conta sobre um rapaz que morava perto do mar e adorava explorar as rochas e a praia.
2) Um dia, ele descobre uma menina do mar de cabelos verdes e vestido de algas que vive com um polvo, um caranguejo e um peixe.
3) Curioso, o rapaz captura a menina do mar, que fica assustada achando que ele vai fritá-la. Ela conta sua história de como vive no fundo do mar.
O rapaz encontra uma menina do mar de cabelos verdes e olhos roxos que vive com um polvo, um caranguejo e um peixe. Ele captura a menina, mas ela conta sua história: vive no fundo do mar e é a bailarina favorita da Grande Raia, que a protege dos outros animais marinhos.
O documento contém vários poemas e trabalhos de alunos da 5o classe sobre o tema do mar. Os poemas descrevem as características e belezas do mar, incluindo ondas, peixes, sereias e atividades como natação e pesca. Há também referências à importância do mar e aos perigos que pode representar.
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 4 - príncipe caspian(1)Ariovaldo Cunha
Este resumo descreve como as quatro crianças, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, são magicamente transportadas de volta para o mundo de Nárnia. Eles se encontram em uma ilha deserta coberta por densa floresta. Após encontrarem água doce e maçãs, eles descobrem vestígios de que a ilha outrora foi habitada.
1) As adivinhas apresentam charadas sobre animais marinhos como baleias, caranguejos, peixes e outros.
2) São fornecidas pistas sobre as características e hábitos de cada animal para que o leitor tente adivinhar qual é.
3) No total, há mais de 20 adivinhas sobre diferentes criaturas que vivem no mar ou estão relacionadas ao mar.
Este conto fala sobre uma Menina do Mar que vive no fundo do mar com seus amigos e é descoberta por um rapaz. Ele promete voltar e traz coisas da terra para ela, como uma rosa e fósforos. A Rainha do Mar fica com ciúmes e manda os polvos atacarem o rapaz. Depois de beber um líquido mágico, o rapaz pode respirar debaixo d'água e reencontra a Menina, que agora pode dançar novamente.
O documento é uma coleção de poemas sobre temas relacionados ao mar, como regressar à cidade após férias na praia, pescadores, sereias e a beleza e importância da água do mar. Muitos poemas descrevem cenas de praia e o mar com nostalgia e saudade.
1) A história conta sobre um rapaz que morava perto do mar e adorava explorar as rochas e a praia.
2) Um dia, ele descobre uma menina do mar de cabelos verdes e vestido de algas que vive com um polvo, um caranguejo e um peixe.
3) Curioso, o rapaz captura a menina do mar, que fica assustada achando que ele vai fritá-la. Ela conta sua história de como vive no fundo do mar.
O rapaz encontra uma menina do mar de cabelos verdes e olhos roxos que vive com um polvo, um caranguejo e um peixe. Ele captura a menina, mas ela conta sua história: vive no fundo do mar e é a bailarina favorita da Grande Raia, que a protege dos outros animais marinhos.
O documento contém vários poemas e trabalhos de alunos da 5o classe sobre o tema do mar. Os poemas descrevem as características e belezas do mar, incluindo ondas, peixes, sereias e atividades como natação e pesca. Há também referências à importância do mar e aos perigos que pode representar.
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 4 - príncipe caspian(1)Ariovaldo Cunha
Este resumo descreve como as quatro crianças, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, são magicamente transportadas de volta para o mundo de Nárnia. Eles se encontram em uma ilha deserta coberta por densa floresta. Após encontrarem água doce e maçãs, eles descobrem vestígios de que a ilha outrora foi habitada.
1) As adivinhas apresentam charadas sobre animais marinhos como baleias, caranguejos, peixes e outros.
2) São fornecidas pistas sobre as características e hábitos de cada animal para que o leitor tente adivinhar qual é.
3) No total, há mais de 20 adivinhas sobre diferentes criaturas que vivem no mar ou estão relacionadas ao mar.
Este conto fala sobre uma Menina do Mar que vive no fundo do mar com seus amigos e é descoberta por um rapaz. Ele promete voltar e traz coisas da terra para ela, como uma rosa e fósforos. A Rainha do Mar fica com ciúmes e manda os polvos atacarem o rapaz. Depois de beber um líquido mágico, o rapaz pode respirar debaixo d'água e reencontra a Menina, que agora pode dançar novamente.
O documento é uma coleção de poemas sobre temas relacionados ao mar, como regressar à cidade após férias na praia, pescadores, sereias e a beleza e importância da água do mar. Muitos poemas descrevem cenas de praia e o mar com nostalgia e saudade.
O conto narra a história de um rapaz que encontra uma menina do mar e se tornam amigos. Quando a Raia do Mar proíbe a menina de ir à terra, o rapaz bebe um filtro mágico para poder viver no mar com ela. No final, eles vivem felizes juntos no reino do Rei do Mar.
1) O documento descreve a história de Robinson Crusoe, um homem inglês que naufraga sozinho em uma ilha deserta em 1719.
2) Após sobreviver ao naufrágio, Crusoe explora a ilha, constrói uma casa e abrigo, e aprende a caçar e plantar para sobreviver sozinho.
3) Ao longo de vários anos, Crusoe documenta sua vida solitária na ilha e como se adapta para sobreviver sozinho na natureza.
O documento conta a história de como o Capitão Golfo se tornou marinheiro. Ele nasceu no interior e foi atraído pelo som do mar, onde encontrou um búzio que o levou a conhecer os segredos do oceano. Agora, ele e sua tripulação ajudam duas criaturas, uma menina azul chamada Árvore e um viajante, a encontrar seu caminho de volta à terra depois de ficarem perdidos no mar.
O documento conta a história de um rapaz que encontra uma menina do mar brincando na praia. Ele leva a menina para conversar e eles acabam se tornando amigos, apesar da desaprovação da Grande Raia que governa o mar. No final, o rapaz bebe uma poção mágica e consegue encontrar a menina do mar novamente em uma ilha, onde ambos ficam felizes em se reencontrarem.
Este documento conta a história de uma família de trutas, os Truchez, que deixaram seu rio natal para viver no oceano em busca de melhores condições de vida. A família enfrentou diversos perigos na viagem, mas acabou se estabelecendo em seu novo lar, embora enfrentassem algumas dificuldades de adaptação à nova cultura e costumes alimentares. No final, o pai consegue um emprego, sinalizando uma promissora integração da família na comunidade oceânica.
Este conto infantil conta a história de um menino que conhece uma menina do mar enquanto brinca na praia. Ele se torna amigo dela e de outros seres marinhos e passa a contar histórias para eles. Quando a escola começa, o menino não pode mais ir à praia todos os dias, mas envia uma gaivota para levar um livro à menina do mar como presente de amizade.
A história conta a amizade entre um menino e a menina do mar. Após um temporal, o menino encontra a menina brincando com amigos marinhos. A menina quer visitar a terra e um dia desaparece, deixando o menino preocupado. Uma gaivota sugere que monte num golfinho preto para encontrar a menina do mar.
Aderbal era um peixinho dourado danado que gostava de pregar peças. Ele levou seu amiguinho até um navio afundado, apesar do aviso do pai, para assustá-lo dizendo que havia um tubarão vizinho. Quando o pai o repreendeu na frente dos outros, Aderbal se envergonhou. Mais tarde, ele voltou sozinho ao navio e encontrou um tubarão de verdade, escapando por pouco. Aderbal aprendeu que deve ouvir os conselhos dos pais.
O menino encontra uma menina do mar brincando com criaturas marinhas. Eles se tornam amigos, mas os outros seres marinhos não gostam da amizade deles. No final, o menino toma um xarope que lhe permite viver tanto na terra quanto no mar, e ele e a menina vivem felizes para sempre.
O rapaz encontra a Menina do Mar na praia e eles se tornam amigos. A Menina do Mar quer conhecer a terra, mas a Grande Raia não permite. O rapaz tenta levá-la escondida, mas é impedido pelos polvos. Ele fica triste até receber um frasco da Menina do Mar que o permite viver no mar com ela.
A história conta a história de um rapaz que encontra uma Menina do Mar na praia. Ele leva a menina para ver as coisas da terra, mas os amigos dela tentam impedi-los. No final, o Rei dos Mares permite que o rapaz se transforme em Menino do Mar para ficar com a Menina do Mar para sempre.
Esta história fala de um menino que encontra uma menina do mar brincando com amigos como um peixe e um polvo. Eles ficam amigos, mas os búzios contam à Raia sobre a menina querer visitar a terra, então os polvos atacam o menino. Mais tarde, uma gaivota leva o menino a encontrar a menina de novo no mar.
O documento descreve uma aula sobre ecossistemas marinhos onde os alunos preparam presentes para a Menina do Mar baseados na história. Ele também resume partes da história onde o rapaz leva presentes da terra para a Menina do Mar, como uma rosa, fósforos e vinho, e onde ela o convida a ver as belezas do fundo do mar.
A menina-do-mar-guic3a3o-trabalho-de-grupo-1Graça Santos
Nesta primeira parte do documento, descreve-se a menina do mar e o rapazinho, as personagens principais. Descreve-se também a casa, a praia e o temporal. Os principais acontecimentos são a descrição das personagens e dos locais.
A história conta a amizade entre um rapaz e a Menina do Mar. Eles se conhecem na praia e ela o convida a conhecer seu mundo no fundo do mar. No entanto, a Grande Raia proíbe a menina de ir à terra. O rapaz tenta levá-la escondida, mas é impedido. Ele fica triste até receber um frasco da menina que o transforma para viver com ela no mar.
O livro conta a história de uma Menina do Mar e um Rapaz que se tornam amigos, mas são separados quando polvos atacam o Rapaz. Anos mais tarde, o Rei do Mar ajuda o Rapaz a se transformar em um "Menino do Mar" para reencontrar sua amiga. Eles se reencontram e vivem felizes no fundo do mar.
A história descreve o encontro de um menino com uma menina do mar que vive no fundo do oceano com amigos. Eles se tornam amigos e o menino conta histórias para ela e seus amigos. Quando a escola começa, o menino não pode mais visitá-los, mas um dia ele consegue ir até a gruta submarina com a ajuda de uma gaivota para presentear a menina com um livro, para que ela sempre se lembre dele.
Nemo desobedece seu pai e nada até um barco, sendo capturado por um mergulhador. Seu pai e Dori o procuram atravessando o oceano, enfrentando perigos. Nemo foge do aquário onde foi colocado, reencontrando seu pai com a ajuda de Dori e das tartarugas-marinhas.
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem melhor o conteúdo, aumentassem a transparência da publicidade política e fornecessem ferramentas para os usuários denunciarem conteúdo falso. No entanto, algumas organizações temem que as novas regras possam limitar a liberdade de expressão.
Aula ministrada para 7° Ano, na aula subsequente o surgimento do cristianismo, depois hunos e germanos, depois o império Romano do Oriente, depois as sociedades muçulmanas e assim começando a aula de o Império Carolíngio.
O documento descreve a colonização do Brasil pelos portugueses no século XVI. Inicialmente, a busca por metais preciosos e especiarias foi a prioridade, mas dificuldades como o ambiente tropical, doenças e povos hostis dificultaram o processo. Os portugueses estabeleceram um sistema de capitanias hereditárias que fracassou em grande parte devido à baixa produtividade e ataques de piratas e indígenas. Somente São Vicente e Pernambuco tiveram algum sucesso.
O conto narra a história de um rapaz que encontra uma menina do mar e se tornam amigos. Quando a Raia do Mar proíbe a menina de ir à terra, o rapaz bebe um filtro mágico para poder viver no mar com ela. No final, eles vivem felizes juntos no reino do Rei do Mar.
1) O documento descreve a história de Robinson Crusoe, um homem inglês que naufraga sozinho em uma ilha deserta em 1719.
2) Após sobreviver ao naufrágio, Crusoe explora a ilha, constrói uma casa e abrigo, e aprende a caçar e plantar para sobreviver sozinho.
3) Ao longo de vários anos, Crusoe documenta sua vida solitária na ilha e como se adapta para sobreviver sozinho na natureza.
O documento conta a história de como o Capitão Golfo se tornou marinheiro. Ele nasceu no interior e foi atraído pelo som do mar, onde encontrou um búzio que o levou a conhecer os segredos do oceano. Agora, ele e sua tripulação ajudam duas criaturas, uma menina azul chamada Árvore e um viajante, a encontrar seu caminho de volta à terra depois de ficarem perdidos no mar.
O documento conta a história de um rapaz que encontra uma menina do mar brincando na praia. Ele leva a menina para conversar e eles acabam se tornando amigos, apesar da desaprovação da Grande Raia que governa o mar. No final, o rapaz bebe uma poção mágica e consegue encontrar a menina do mar novamente em uma ilha, onde ambos ficam felizes em se reencontrarem.
Este documento conta a história de uma família de trutas, os Truchez, que deixaram seu rio natal para viver no oceano em busca de melhores condições de vida. A família enfrentou diversos perigos na viagem, mas acabou se estabelecendo em seu novo lar, embora enfrentassem algumas dificuldades de adaptação à nova cultura e costumes alimentares. No final, o pai consegue um emprego, sinalizando uma promissora integração da família na comunidade oceânica.
Este conto infantil conta a história de um menino que conhece uma menina do mar enquanto brinca na praia. Ele se torna amigo dela e de outros seres marinhos e passa a contar histórias para eles. Quando a escola começa, o menino não pode mais ir à praia todos os dias, mas envia uma gaivota para levar um livro à menina do mar como presente de amizade.
A história conta a amizade entre um menino e a menina do mar. Após um temporal, o menino encontra a menina brincando com amigos marinhos. A menina quer visitar a terra e um dia desaparece, deixando o menino preocupado. Uma gaivota sugere que monte num golfinho preto para encontrar a menina do mar.
Aderbal era um peixinho dourado danado que gostava de pregar peças. Ele levou seu amiguinho até um navio afundado, apesar do aviso do pai, para assustá-lo dizendo que havia um tubarão vizinho. Quando o pai o repreendeu na frente dos outros, Aderbal se envergonhou. Mais tarde, ele voltou sozinho ao navio e encontrou um tubarão de verdade, escapando por pouco. Aderbal aprendeu que deve ouvir os conselhos dos pais.
O menino encontra uma menina do mar brincando com criaturas marinhas. Eles se tornam amigos, mas os outros seres marinhos não gostam da amizade deles. No final, o menino toma um xarope que lhe permite viver tanto na terra quanto no mar, e ele e a menina vivem felizes para sempre.
O rapaz encontra a Menina do Mar na praia e eles se tornam amigos. A Menina do Mar quer conhecer a terra, mas a Grande Raia não permite. O rapaz tenta levá-la escondida, mas é impedido pelos polvos. Ele fica triste até receber um frasco da Menina do Mar que o permite viver no mar com ela.
A história conta a história de um rapaz que encontra uma Menina do Mar na praia. Ele leva a menina para ver as coisas da terra, mas os amigos dela tentam impedi-los. No final, o Rei dos Mares permite que o rapaz se transforme em Menino do Mar para ficar com a Menina do Mar para sempre.
Esta história fala de um menino que encontra uma menina do mar brincando com amigos como um peixe e um polvo. Eles ficam amigos, mas os búzios contam à Raia sobre a menina querer visitar a terra, então os polvos atacam o menino. Mais tarde, uma gaivota leva o menino a encontrar a menina de novo no mar.
O documento descreve uma aula sobre ecossistemas marinhos onde os alunos preparam presentes para a Menina do Mar baseados na história. Ele também resume partes da história onde o rapaz leva presentes da terra para a Menina do Mar, como uma rosa, fósforos e vinho, e onde ela o convida a ver as belezas do fundo do mar.
A menina-do-mar-guic3a3o-trabalho-de-grupo-1Graça Santos
Nesta primeira parte do documento, descreve-se a menina do mar e o rapazinho, as personagens principais. Descreve-se também a casa, a praia e o temporal. Os principais acontecimentos são a descrição das personagens e dos locais.
A história conta a amizade entre um rapaz e a Menina do Mar. Eles se conhecem na praia e ela o convida a conhecer seu mundo no fundo do mar. No entanto, a Grande Raia proíbe a menina de ir à terra. O rapaz tenta levá-la escondida, mas é impedido. Ele fica triste até receber um frasco da menina que o transforma para viver com ela no mar.
O livro conta a história de uma Menina do Mar e um Rapaz que se tornam amigos, mas são separados quando polvos atacam o Rapaz. Anos mais tarde, o Rei do Mar ajuda o Rapaz a se transformar em um "Menino do Mar" para reencontrar sua amiga. Eles se reencontram e vivem felizes no fundo do mar.
A história descreve o encontro de um menino com uma menina do mar que vive no fundo do oceano com amigos. Eles se tornam amigos e o menino conta histórias para ela e seus amigos. Quando a escola começa, o menino não pode mais visitá-los, mas um dia ele consegue ir até a gruta submarina com a ajuda de uma gaivota para presentear a menina com um livro, para que ela sempre se lembre dele.
Nemo desobedece seu pai e nada até um barco, sendo capturado por um mergulhador. Seu pai e Dori o procuram atravessando o oceano, enfrentando perigos. Nemo foge do aquário onde foi colocado, reencontrando seu pai com a ajuda de Dori e das tartarugas-marinhas.
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem melhor o conteúdo, aumentassem a transparência da publicidade política e fornecessem ferramentas para os usuários denunciarem conteúdo falso. No entanto, algumas organizações temem que as novas regras possam limitar a liberdade de expressão.
Aula ministrada para 7° Ano, na aula subsequente o surgimento do cristianismo, depois hunos e germanos, depois o império Romano do Oriente, depois as sociedades muçulmanas e assim começando a aula de o Império Carolíngio.
O documento descreve a colonização do Brasil pelos portugueses no século XVI. Inicialmente, a busca por metais preciosos e especiarias foi a prioridade, mas dificuldades como o ambiente tropical, doenças e povos hostis dificultaram o processo. Os portugueses estabeleceram um sistema de capitanias hereditárias que fracassou em grande parte devido à baixa produtividade e ataques de piratas e indígenas. Somente São Vicente e Pernambuco tiveram algum sucesso.
1) Após o fracasso das capitanias hereditárias, os franceses criaram uma colônia no Brasil para protestantes refugiados e para comércio de pau-brasil, estabelecendo-se na ilha de Sergipe. 2) Os portugueses atacaram e destruíram a colônia francesa Henríville, mas os franceses a reconstruíram. 3) As lutas entre portugueses e franceses durante este período resultaram na morte de mais de mil nativos.
Este documento discute a colonização do Brasil por diferentes povos. Ele descreve as sociedades africanas e muçulmanas, assim como os impérios asiáticos e as sociedades indígenas americanas. Também aborda a chegada dos portugueses e outras potências europeias como França e Holanda, e suas tentativas de estabelecer colônias no Brasil no século XVI.
Aula ministrada para 8° Ano, nesta aula 2 trata do período do ouro na colônia portuguesa, na primeira aula foi trabalhado o domínio territorial na América portuguesa nos séculos XVII e XVIII.
O documento homenageia uma mulher que, apesar de simples, tem um pouco de Deus em seu imenso amor e um pouco de anjo em sua dedicação constante. Ela pensa como uma anciã quando jovem e age com a força da juventude quando velha, desvendendo os segredos da natureza mesmo quando ignorante e assumindo a simplicidade das crianças quando sábia. Forte, estremece ao choro de uma criança, e fraca, não se altera com a bravura dos leões. Sua presença apaga todas as dores
Os documentos apresentam breves autopresentações de vários estudantes com 11 anos onde descrevem seus hobbies, sonhos profissionais e o que gostariam de fazer em um clube de história.
1) A república é uma forma de governo onde o chefe de estado é eleito pelos cidadãos ou seus representantes por um período limitado.
2) O hino nacional de Portugal é apresentado, convocando os portugueses a lutar pela pátria.
3) A monarquia é um regime onde um monarca hereditário é o chefe de estado, cujo papel é reger o país buscando o bem comum em harmonia social.
Timor-Leste tem uma área total de 14.874 km2, população de 955 mil habitantes e capital Díli. Sua bandeira apresenta um sol amarelo sobre um fundo vermelho e branco e sua língua oficial é o português, além de vários outros idiomas locais.
a) Na primeira imagem, o personagem sentado no trono é o faraó. É possível saber isso porque ele está sentado em um trono, usando uma coroa e vestes ricas, indicando seu alto status.
b) Na segunda imagem, os personagens estão colhendo cereais, provavelmente trigo. Isso nos dá a informação de que a agricultura, principalmente ao longo do rio Nilo, era muito importante para a vida e economia no Egito antigo.
c) A terceira imagem representa a atividade de um escriba. Ele está sentado com papiros e
Este documento conta a história de um menino que chora pela morte de sua tartaruga de estimação. Seu pai sugere fazer um grande funeral para a tartaruga, com caixa, doces e velas, para consolar o menino. No fim, o menino descobre que a tartaruga na verdade ainda está viva. A história mostra a importância dos animais de estimação para as crianças e como os pais podem consolá-las diante da perda de um bicho de estimação.
O rei D. Dinis estava procurando sua esposa, a Rainha Santa Isabel, e ouviu falar de suas ações de caridade dando pão aos necessitados. Ele a encontrou fazendo isso e questionou o que ela levava em seu vestido, que ela afirmou ser rosas embora fosse inverno, até que ela revelou estar dando comida aos pobres.
Charles Darwin desenvolveu a teoria da evolução através da seleção natural. Os seres humanos e macacos compartilham um ancestral comum. A evolução humana se desenvolveu através de muitas ramificações, não em uma linha reta, com apenas o Homo sapiens sobrevivendo. Fósseis de hominídeos com milhões de anos foram descobertos.
Dinis era um jovem príncipe português que gostava de ler e escrever poesia, apesar da desaprovação inicial do seu pai. Anos mais tarde, quando se tornou rei, Dinis governou sábiamente Portugal e promoveu o desenvolvimento cultural e agrícola do país, ao mesmo tempo que continuou a escrever poesia. Casou-se com a bondosa rainha Isabel de Aragão, que ajudava os pobres discretamente. Juntos, Dinis e Isabel eram muito amados pelo povo português.
Santa Isabel de Aragão foi rainha de Portugal como esposa de D. Diniz. Ela interveio frequentemente como mediadora para evitar conflitos, inclusive entre D. Diniz e seu filho Afonso IV. Após ficar viúva, se retirou para um convento franciscano em Coimbra, onde faleceu em 1336.
O documento explica como calcular distâncias gráficas em mapas usando escalas. Ele define escala e como ela relaciona distâncias reais com distâncias gráficas, além de fornecer a fórmula D=d+E e um exemplo numérico para ilustrar o cálculo.
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaelaisabel preto
A lenda do galo de Barcelos conta a história de um galego inocentemente acusado de um crime. Mesmo condenado à morte, ele afirmou que seria inocente se o galo assado na mesa do juiz cantasse. Milagrosamente, quando foi levado à forca, o galo cantou, provando sua inocência. Em agradecimento, ele mandou construir um monumento em Barcelos.
Este documento contém 20 poemas de alunos para o Dia da Mãe. Os poemas expressam o amor e a afeição dos alunos pelas suas mães, destacando-as como figuras especiais e inspiradoras que iluminam os seus caminhos e lhes dão muito carinho e apoio.
Um rapaz encontra um peixe gigante que fala com ele no rio. O peixe conta que aprendeu a falar a língua humana depois de viver em um aquário com um menino, e que agora vive livre no rio.
Este conto conta a história de um rapaz que encontra uma Menina do Mar brincando com um polvo, um caranguejo e um peixe. Ele leva a Menina do Mar para conhecer a terra, mas ela é obrigada a voltar para o mar. O rapaz bebe um frasco mágico e se transforma para viver com a Menina do Mar no mar.
O dia em que o mar desapareceu de josé fanha 1.º cicloSandra Pratas
O mar desapareceu devido à poluição causada por uma família de pássaros chamados Bisnaus. A mãe do mar, uma nuvem chamada Miraldina, fez chover e trouxe de volta o mar, que ficou mais bonito do que antes com novos seres vivos.
O documento descreve uma aula sobre ecossistemas marinhos onde os alunos preparam presentes para a Menina do Mar baseados na história. Ele também resume partes da história onde o rapaz leva presentes da terra para a Menina do Mar, como uma rosa, fósforos e vinho, e onde ela o convida a ver as belezas do fundo do mar.
1) O documento apresenta poemas e resumos de obras literárias que têm a água como tema inspirador, incluindo a "Menina do Mar" e "A Pequena Sereia".
2) A história "A Gotinha de Água" descreve a jornada de uma gota de água através dos estados físicos da água.
3) O conto "O Sal e a Água" fala sobre uma princesa expulsa de casa que se casa com um rei após este reconhecer seu valor.
Este documento contém vários poemas e histórias curtas sobre o mar. As obras descrevem a beleza e os mistérios do mar, mas também os perigos que ele representa e como o mar afetou a história e cultura de Portugal.
Um rapaz encontra uma Menina do Mar na praia e começam uma amizade. A Raia, dona dos mares, proíbe a menina de estar com o rapaz. No inverno, o rapaz bebe um suco mágico e viaja para o fundo do mar, onde a Menina do Mar lhe diz que sente saudades dele.
1) O documento descreve a história de Robinson Crusoe, um homem inglês que naufraga sozinho em uma ilha deserta em 1719.
2) Após sobreviver ao naufrágio, Crusoe explora a ilha, constrói uma casa e abrigo, e aprende a caçar e plantar para sobreviver sozinho.
3) Ao longo de vários anos, Crusoe documenta sua vida solitária na ilha e como se adapta para sobreviver sozinho na natureza.
Este documento contém vários poemas portugueses relacionados ao mar. Os poemas descrevem a relação emocional de Portugal com o mar através das lágrimas e sacrifícios, a beleza e perigos do mar, assim como preocupações ambientais sobre a poluição dos oceanos.
O documento conta a história de um rapaz que vive numa casa perto de um ribeiro. Uma tarde, o rapaz vê um grande peixe que fala com ele, revelando que vivia num aquário e agora procura um novo lar. O rapaz faz amizade com o peixe e o ajuda quando a sua família planeia pescá-lo para comer.
O documento contém vários poemas curtos sobre o mar, descrevendo suas qualidades como pacífico, violento, amigo, inspirador e fonte de vida. Os poemas celebram a beleza do mar, da areia, das ondas, dos animais marinhos e do som relaxante das ondas.
O rapaz conheceu a Menina do Mar na praia e tornaram-se amigos, mas a Grande Raia ficou furiosa. O rapaz bebeu uma poção mágica para se transformar e poder ir à procura da Menina do Mar, que andava triste desde que foram separados. Quando se reencontraram, ficaram felizes por estarem juntos novamente.
A criança gosta de ir à praia e brincar no mar azul perto de sua casa. Embora outros mares possam ter cores diferentes, nenhum é tão azul quanto o seu. Os mares variam em tamanho, profundidade, cor e vida marinha, mas o mar da criança é especial por sua cor azul e as ondas que vêm brincar com ela.
As três histórias contam aventuras de criaturas marinhas. A primeira fala sobre um sonho de um menino sobre um monstro marinho. A segunda descreve o desaparecimento e resgate da Princesa Ariel. A terceira narra o romance entre uma sereia chamada Estrelinha e um marinheiro humano.
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosaO Ciclista
1. Uma menina chamada Sofia sai de casa à noite para contemplar o céu estrelado e acaba adormecendo na praia, onde sonha com o Mar e com os golfinhos.
2. No sonho, o Mar leva Sofia em uma viagem pelos oceanos para conhecer diversas criaturas marinhas.
3. Ao acordar, Sofia não sabe se o que viveu foi real ou sonho, mas fica determinada a tornar seu sonho de ser bióloga marinha uma realidade.
O documento apresenta vários poemas e textos sobre o mar português. A maioria descreve as ondas, a água, a areia e a beleza da praia e do oceano, bem como as emoções que evocam como saudade e amor. Um poema fala sobre as criaturas que vivem no fundo do mar.
O poema descreve a vida difícil dos angolares, um grupo étnico de São Tomé, que dependem do mar para sua subsistência. Eles vivem em cubatas perto da praia e remam em pequenas canoas para pescar, arriscando suas vidas contra tubarões. Embora dependam do mar, eles não possuem terra para cultivar.
O poema fala sobre ouvir o mar através de um búzio recolhido na praia. O búzio guarda a canção de uma sereia e permite ao poeta viajar em sonhos como num navio. Os textos explicam o que é um búzio, praia, concha, águas e ondas de acordo com o contexto do poema.
O documento apresenta informações sobre os mares e oceanos, explicando que eles cobrem a maior parte da superfície terrestre e influenciam o clima. Descreve como as marés, correntes e ondas funcionam e o que existe no fundo dos oceanos, como montanhas e fendas.
O documento apresenta informações sobre os mares e oceanos, explicando que eles cobrem a maior parte da superfície terrestre e influenciam o clima. Descreve como as marés e correntes se formam e movem a água, e o que existe no fundo dos oceanos, incluindo montanhas e fendas.
Uma criança conta como descobriu um ninho de pintassilgo no alto de um grande cedro. Ele subiu pela árvore e encontrou um ovo no ninho. Ao beijar o ovo, este abriu e nasceu um pintassilgo. Os pais da criança ficaram assustados com a escalada perigosa, mas ficaram maravilhados com a inocência e aventura da criança.
Este documento descreve o regulamento da terceira edição do LITERACIA 3Di, um desafio nacional que avalia as competências de leitura, matemática, ciência e inglês dos alunos portugueses dos 5o ao 8o ano. O regulamento define os participantes, a estrutura em três fases ao longo do ano letivo, o processo de inscrição das escolas e a organização das provas individuais online em cada fase.
Romania has a diverse landscape including mountains, sea access, lakes, rivers, and the second largest delta in Europe. It is known for the Carpathian and Fagaras mountains, the scenic Transfagarasan road, over 12,000 caves, and the UNESCO World Heritage-listed Danube Delta. The document describes scenery and natural features in Romania and discusses a school in Maramures county that enrolls 1300 students and organizes various activities.
A professora bibliotecária realizou uma auto-avaliação de suas competências e desempenho, assinalando que implementou com sucesso a maioria dos indicadores, como a promoção da literacia da informação e do uso das TIC. No entanto, reconhece que sua gestão e liderança poderiam ser melhoradas se assumisse o papel de coordenadora.
Este documento é uma auto-avaliação de uma professora bibliotecária sobre sua gestão da biblioteca escolar. Ela assinala que implementou com sucesso a maioria dos indicadores de gestão, incluindo desenvolver competências contínuas, liderança forte, criar condições de acesso aos recursos, promover o uso da biblioteca, estimular o uso de TICs, e avaliar e planear os recursos e serviços de forma contínua. Ela também observa que atua como professora bibliotecária e não como coordenadora.
Este documento fornece orientações sobre como usar recursos online para aprendizagem, incluindo a avaliação da informação online, atividades interativas e tipos de recursos como vídeo e podcasts. Também descreve como criar caças ao tesouro e WebQuests para motivar os alunos a explorar informações online.
O documento apresenta resumos biográficos de 8 pessoas notáveis portuguesas: 1) a banda Xutos & Pontapés, 2) a artista plástica Joana Vasconcelos, 3) a pintora Paula Rego, 4) a atriz Eunice Muñoz, 5) o ator Ruy de Carvalho, 6) o ator Joaquim de Almeida, 7) o realizador Manoel de Oliveira e 8) o arquiteto Álvaro Siza Vieira.
O velho pescador pede ao Deus das Águas que devolva a abundância de peixe, mas ignora os avisos de um barqueiro, gaivota e peixe-voador sobre a maré subir, ficando preso no rochedo. À noite, o Deus das Águas diz que enviou os avisos, mas o pescador só ouvia o dinheiro, poupando-o por fim.
Este documento apresenta o regulamento da 7a edição do Concurso Nacional de Leitura de 2012-2013, que inclui três fases para estimular a leitura entre alunos do 3o ciclo e ensino secundário. A primeira fase ocorre nas escolas, a segunda em finais distritais e a terceira em uma final nacional, com prêmios para os vencedores de cada nível.
1. Então foi brincar para as rochas. Começou por seguir um fio de água muito claro
A Menina do Mar entre dois grandes rochedos escuros, cobertos de búzios. O rio ia dar a uma
de Sophia de Mello Breyner Andresen grande poça de água onde o rapazinho tomou banho e nadou muito tempo.
Depois do banho continuou o seu caminho através das rochas. Ia andando para
Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar. Tinha uma porta, o sul da praia que era um deserto para onde nunca ninguém ia. A maré estava
sete janelas e uma varanda de madeira pintada de verde. Em roda da casa havia muito baixa e a manhã estava linda. As algas pareciam mais verdes do que
um jardim de areia onde cresciam lírios brancos e uma planta que dava flores nunca e o mar tinha reflexos lilases. O rapazinho sentia-se tão feliz que às vezes
brancas, amarelas e roxas. punha-se a dançar em cima dos rochedos. De vez em quando encontrava uma
poça boa e tomava outro banho Quando ia já no décimo banho, lembrou-se que
Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia. deviam ser horas de voltar para casa. Saiu da água e deitou-se numa rocha a
Era uma praia muito grande e quase deserta onde havia rochedos maravilhosos. apanhar sol.
Mas durante a maré alta os rochedos estavam cobertos de água. Só se viam as «Tenho que ir para casa», pensava ele, mas não lhe apetecia nada ir-se embora.
ondas que vinham crescendo do longe até quebrarem na areia com barulho de E, enquanto assim estava deitado, com a cara encostada às algas, aconteceu de
palmas. Mas na maré vazia as rochas apareciam cobertas de limo, de búzios, de repente uma coisa extraordinária: ouviu uma gargalhada muito esquisita,
anémonas, de lapas, de algas e de ouriços. Havia poças de água, rios, caminhos, parecia um pouco uma gargalhada de ópera dada por uma voz de «baixo»:
grutas, arcos, cascatas. Havia pedras de todas as cores e feitios, pequeninas e depois ouviu uma segunda gargalhada ainda mais esquisita, uma gargalhada
macias, polidas pelas ondas. E a água do mar era transparente e fria. Às vezes pequenina, seca que parecia uma tosse: em seguida uma terceira gargalhada,
passava um peixe, mas tão rápido que mal se via. Dizia-se «Vai ali um peixe» e que era como se alguém dentro de água fizesse «glu, glu». Mas o mais
já não se via nada. Mas as vinagreiras passavam devagar, majestosamente, extraordinário de tudo foi a quarta gargalhada: era como uma gargalhada
abrindo e fechando o seu manto roxo. E os caranguejos corriam por todos os humana, mas muito mais pequenina, muito mais fina e muito mais clara. Ele
lados com uma cara furiosa e um ar muito apressado. nunca tinha ouvido uma voz tão clara: era como se a água ou o vidro se rissem.
O rapazinho da casa branca adorava as rochas. Adorava o verde das algas, o Com muito cuidado para não fazer barulho levantou-se e pôs-se a espreitar
cheiro da maresia, a frescura transparente das águas. E por isso tinha imensa escondido entre duas pedras. E viu um grande polvo a rir, um caranguejo a rir,
pena de não ser um peixe para poder ir até ao fundo do mar sem se afogar. E um peixe a rir e uma menina muito pequenina a rir também. A menina, que
tinha inveja das algas que baloiçavam ao sabor das correntes com um ar tão leve devia medir um palmo de altura, tinha cabelos verdes, olhos roxos e um vestido
e feliz. feito de algas encarnadas. E estavam os quatro numa poça de água muito limpa
e transparente toda rodeada de anémonas. E nadavam e riam.
Em Setembro veio o equinócio. Vieram marés vivas, ventanias, nevoeiros,
chuvas, temporais. As marés altas varriam a praia e subiam até à duna. Certa - Oh! Oh! Oh! - ria o polvo.
noite, as ondas gritaram tanto, uivaram tanto, bateram e quebraram-se com - Que! Que! Que! - ria o caranguejo.
tanta força na praia, que, no seu quarto caiado da casa branca, o rapazinho - Glu! Glu! Glu! - ria o peixe.
esteve até altas horas sem dormir. As portadas das janelas batiam. As madeiras Ah! Ah! Ah! - ria a menina.
do chão estalavam como madeiras de mastros. Parecia que as ondas iam cercar
a casa e que o mar ia devorar o Mundo. E o rapazito pensava que, lá fora, na Depois pararam de rir e a menina disse:
escuridão da noite, se travava uma imensa batalha em que o mar, o céu e o -Agora quero dançar.
vento se combatiam. Mas por fim, cansado de escutar, adormeceu embalado
pelo temporal. Então, num instante, o polvo, o caranguejo e o peixe transformaram-se numa
orquestra.
De manhã quando acordou estava tudo calmo. A batalha tinha acabado. Já não
se ouviam os gemidos do vento, nem gritos do mar, mas só um doce murmúrio O peixe, com as suas barbatanas, batia palmas na água.
de ondas pequeninas. E o rapazinho saltou da cama, foi à janela e viu uma
manhã linda de sol brilhante, céu azul e mar azul. Estava maré vaza. Pôs o fato O caranguejo subiu para uma rocha e com as suas tenazes começou a tocar
de banho e foi para a praia a correr. Tudo estava tão claro e sossegado que ele castanholas.
pensou que o temporal da véspera tinha sido um sonho.
O polvo trepou para cima dos rochedos e esticando muito sete dos seus oito
Mas não tinha sido um sonho. A praia estava coberta de espumas deixadas pelas braços prendeu-os pelas pontas com as suas ventosas na pedra e, com o braço
ondas da tempestade. Eram fileiras e fileiras de espiava que tremiam à menor que tinha ficado livre, começou a tocar guitarra nos seus sete braços. Depois
aragem. Pareciam castelos fantásticos, brancos mas cheios de reflexos de mil pôs-se a cantar.
cores. O rapaz quis tocar-lhes, mas mal punha neles as suas mãos os castelos
trémulos desfaziam-se.
Cultura em Miúdos Cultura em Miúdos
http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html
2. Então a menina saiu da água, subiu para uma rocha e principiou a dançar. E a
água junto dos seus pés ia e vinha e bailava também. Que mal é que eu hei-de fazer a uma menina tão pequenina e tão bonita?
Escondido, atrás do rochedo, o rapaz, imóvel e, calado, olhava. - Vais-me fritar - disse a Menina do mar. E pôs-se outra vez a chorar e a gritar: -
Ó polvo, ó caranguejo, ó peixe!
Quando a cantiga e a dança acabaram, o polvo pegou na menina e com os seus
oito braços muito escuros pôs-se a embalá-la. - Eu fritar-te! Para quê? Que ideia tão esquisita! - disse o rapaz
espantadíssimo.
- Vem aí a maré alta, são horas de nos irmos embora - disse o caranguejo.
Os peixes dizem que os homens fritam tudo quanto apanham.
- Vamos - disse o polvo.
O rapaz pôs-se a rir e disse:
Chamaram o peixe e puseram-se os quatro a caminho. O peixe ia à frente a
nadar com a menina ao lado, depois vinha o polvo e no fim o caranguejo, - Isso são os pescadores. Os pescadores é que apanham os peixes para os fritar.
sempre com um ar muito desconfiado e furioso. Mas eu não sou pescador e tu não és um peixe. Não te quero fritar nem te quero
fazer mal nenhum. Só te quero ver bem, porque nunca na minha vida vi uma
Foram indo por entre as areias e as rochas, até que chegaram a uma grata para menina tão pequeno e tão bonita. E quero que me contes quem tu és, como é
onde entraram os quatro. O rapaz quis ir atrás deles, mas a entrada da gruta era que vives, o que e que fazes aqui no mar e como é que te chamas.
muito pequena e ele não cabia. E como a maré estava a subir, teve que se ir
embora, pois se ali ficasse morria afogado. Então ela parou de gritar, limpou as lágrimas, penteou e alisou os cabelos com
os dedos das mãos a fazerem de pente, e disse:
Foi para casa muito espantado com o que tinha visto e durante esse dia não
pensou noutra coisa. Na manhã seguinte mal acordou foi a correr para a praia. - Vamos sentar-nos os dois naquele rochedo e eu conto-te tudo.
Foi pelo caminho da véspera, tornou a esconder-se atrás das duas pedras,
espreitou e ouviu as mesmas gargalhadas da véspera. A menina, o caranguejo, o - Prometes que não foges?
polvo e o peixe estavam a fazer uma roda dentro de água. Estavam
divertidíssimos. - Prometo.
O rapaz, louco de curiosidade, não conseguiu ficar quieto mais tempo. Deu um Sentaram-se os dois um em frente do outro e a menina contou:
salto e agarrou a menina.
- Eu sou uma menina do mar. Chamo-me Menina do Mar e não tenho outro
Ai, ai, ai! Que desgraça! Gritava ela. nome. Não sei onde nasci. Um dia uma gaivota trouxe-me no bico para esta
praia. Pôs-me numa rocha na maré vaza e o polvo, o caranguejo e o peixe
O polvo, o caranguejo e o peixe tinham desaparecido, aterrorizados, num abrir e tomaram conta de mim. Vivemos os quatro numa gruta muito bonita. O polvo
fechar de olhos. arruma a casa, alisa a areia, vai buscar a comida. É de nós todos o que trabalha
mais, porque tem muitos braços. O caranguejo é o cozinheiro. Faz caldo verde
Ó polvo, ó caranguejo, ó peixe, acudam-me, salvem-me – gritava a Menina do com limos, sorvetes de espuma, e salada de algas, sopa de tartaruga, caviar e
mar. muitas outras receitas. É um grande cozinheiro. Quando a comida está pronta o
polvo põe a mesa. A toalha é uma alga branca e os pratos são conchas. Depois, à
Então o polvo, o caranguejo e o peixe, apesar de estarem cheios de medo, saíram noite, o polvo faz a minha cama com algas muito verdes e muito macias. Mas o
detrás das algas onde se tinham escondido, e começaram a tentar salvar a costureira dos meus vestidos é o caranguejo. E é também o meu ourives: ele é
Menina. Faziam o podiam: o polvo trepava pelas pernas do rapaz, o caranguejo que faz os meus colares de búzios, de corais e de pérolas. O peixe não faz nada
com as suas tenazes belisca-lhe os pés, o peixe mordia-lhe nas canelas. Mas o porque não tem mãos, nem braços com ventosas como o polvo, nem braços com
rapaz era maior e tinha mais força, deu-lhes alguns pontapés e fugiu para longe tenazes como o caranguejo. Só tem barbatanas e as barbatanas servem só para
com a Menina do mar que continuava a chamar: nadar. Mas é o meu melhor amigo. Como não tem braços nunca me põe de
castigo. É com ele que eu brinco. Quando a maré está vazia brincamos nas
- Ó polvo, ó caranguejo, ó peixe! rochas, quando está maré alta damos passeios no fundo do mar. Tu nunca foste
- Não grites, não chores, não te assustes – dizia o rapaz. Eu não te faço mal ao fundo do mar e não sabes como lá tudo é bonito. Há florestas de algas,
nenhum. jardins de anémonas, prados de conchas. Há cavalos marinhos suspensos água
com um ar espantado, como pontos de interrogação. Há flores que parecem
Eu sei que me vais fazer mal. animais e animais que parecem flores. Há grutas misteriosas, azuis-escuras,
Cultura em Miúdos Cultura em Miúdos
http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html
3. roxas, verdes e há planícies sem fim de areia branca, lisa. Tu és da terra e se
fosses ao fundo do mar morrias afogado. Mas eu sou uma menina do mar. Posso E linda, é linda - disse a Menina do Mar, dando palmas de alegria e correndo e
respirar dentro da água como os peixes e posso respirar fora da água como os saltando em roda da rosa.
homens. E posso passear pelo mar todo e fazer tudo quanto eu quero e ninguém
me faz mal porque eu sou a bailarina da Grande Raia. E a Grande Raia é a dona - Respira o seu cheiro para veres como é perfumada.
destes mares. É enorme, tão grande que é capaz de engolir um barco com dez
homens dentro. Tem cara de má e come homens e peixes e está sempre com A Menina pôs a sua cabeça dentro do cálice da rosa e respirou longamente.
fome. A mim não me come porque diz que eu sou pequena de mais e não sirvo
para comer, só sirvo para dançar. E a Raia gosta muito de me ver dançar. Depois levantou a cabeça e disse suspirando:
Quando ela dá uma festa convida os tubarões e as baleias e sentam-se todos no
fundo do mar e eu danço em frente deles até de madrugada. E quando a Raia - É um perfume maravilhoso. No mar não há nenhum perfume assim. Mas
está triste ou mal disposta eu também tenho que dançar para a distrair. Por isso estou tonta e um bocadinho triste. As coisas da terra são esquisitas. São
sou a bailarina do mar e faço tudo quanto eu quero e todos gostam de mim. Mas diferentes das coisas do mar. No mar há monstros e perigos, mas as coisas
eu não gosto nada da Raia e tenho medo dela. Ela detesta os homens e também bonitas são alegres. Na terra há tristeza dentro das coisas bonitas.
não gosta dos peixes. Até as baleias têm medo dela. Mas eu posso andar à
vontade no mar e ninguém me come e ninguém me faz mal porque eu sou a - Isso é por causa da saudade - disse o rapaz.
bailarina da Raia. E agora que já contei a minha história leva-me outra vez para
o pé dos meus amigos que devem estar aflitíssimos. - Mas o que é a saudade? - perguntou a Menina do Mar.
O rapaz pegou na Menina do Mar com muito cuidado na palma da mão e levou- - A saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos se vão
a outra vez para o sítio de onde a tinha trazido. O polvo, o caranguejo e o peixe embora.
lá estavam os três a chorar abraçados.
- Ai! - suspirou a Menina do Mar olhando para a Terra. Por que é que me
- Estou aqui - gritou a Menina do Mar. mostraste a rosa? Agora estou com vontade de chorar.
O polvo, o caranguejo e o peixe, mal a viram, pararam de chorar e atiraram-se O rapaz atirou fora a rosa e disse:
os três como cães aos pés do rapaz e começaram outra vez a mordê-lo e a picá-
lo. O polvo com os seus oito braços chicoteava-lhe as pernas. - Esquece-te da rosa e vamos brincar.
- Estejam quietos, parem, não lhe façam mal, ele é meu amigo e não me vai E foram os cinco, o rapaz, a Menina., o polvo, o caranguejo e o peixe pelos
fritar - gritou-lhes a Menina do Mar. O polvo, o caranguejo e o peixe carreirinhos de água, rindo e brincando durante a manhã toda.
interromperam a pancadaria, espantadíssimos com estas palavras. O rapaz
baixou-se e pôs a menina na água ao pé dos seus três amigos, que davam saltos Até que a maré começou a subir e o rapaz teve que se ir embora.
de alegria e muitas gargalhadas. Pediu à Menina do Mar, ao polvo, ao
caranguejo e ao peixe para voltarem no dia seguinte à mesma hora àquele No dia seguinte, de manhã, tornaram a encontrar-se todos no sítio do costume.
mesmo sítio.
- Bom-dia - disse a Menina. - O que é que me trouxeste hoje?
- Tenho tanta curiosidade da Terra – disse a Menina, - amanhã, quando vieres,
traz-me uma coisa da terra. O rapaz pegou na Menina do Mar, sentou-a numa rocha e ajoelhou-se a seu
lado.
E assim ficou combinado.
- Trouxe-te isto - disse. - E uma caixa de fósforos.
No dia seguinte, logo de manhã. o rapaz foi ao seu jardim e colheu uma rosa
encarnada muito perfumada. Foi para a praia e procurou o lugar da véspera. - Não é muito bonito - disse a Menina.
-Bom-dia, bom-dia, bom-dia - disseram a Menina, o polvo, o caranguejo e o - Não; mas tem lá dentro uma coisa maravilhosa, linda e alegre que se chama o
peixe. fogo. Vais ver.
-Bom-dia - disse o rapaz. E ajoelhou-se na água, em frente da Menina do Mar. E o rapaz abriu a caixa e acendeu um fósforo.
- Trago-te aqui uma flor da terra - disse; chama-se uma rosa. A Menina deu palmas de alegria e pediu para tocar no fogo.
Cultura em Miúdos Cultura em Miúdos
http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html
4. - Isso -- disse o rapaz - é impossível. O fogo é alegre mas queima.
- Hoje trago-te uma coisa da terra que é bonita e tem lá dentro alegria.
- É um sol pequenino - disse a Menina do Mar. Chama-se vinho. Quem bebe fica cheio de alegria.
- Sim - disse o rapaz - mas não se lhe pode tocar. Enquanto dizia isto o rapaz pousou na ar um copo cheio de vinho. Era um
daqueles copos muito pequenos que servem para beber licores. A Menina do
E o rapaz soprou o fósforo e o fogo apagou-se. Mar segurou o copo com as duas mãos e olhou o vinho cheia de curiosidade,
respirando o seu perfume.
- Tu és bruxo - disse a Menina - sopras e as coisas desaparecem.
- É muito encarnado e muito perfumado - disse ela. - Conta-me o que é o vinho.
- Não sou bruxo. O fogo é assim. Enquanto é pequeno qualquer sopro o apaga.
Mas depois de crescido pode devorar florestas e cidades. - Na terra -- respondeu o rapaz - há uma planta que se chama videira. No
Inverno parece morta e seca. Mas na Primavera enche-se de folhas e no Verão
- Então o fogo e pior do que a Raia? - perguntou - a Menina. enche-se de frutos que se chamam uvas e que crescem em cachos. E no Outono
os homens colhem os cachos de uvas e põem-nos em grandes tanques de pedra
- É conforme. Enquanto o fogo é pequeno e tem juízo é o maior amigo do onde os pisam até que o seu sumo escorra. E a esse sumo dos frutos da videira
homem: aquece-o no Inverno, cozinha-lhe a comida, alumia-o durante. a noite. que chamamos o vinho. Esta é a história do vinho, mas o seu sabor não o sei
Mas quando o fogo cresce de mais, zanga-se, enlouquece e fica mais ávido, mais contar. Bebe se queres saber como é.
cruel e mais perigoso do que todos os animais ferozes.
E a Menina bebeu o vinho, riu-se e disse:
- As coisas da terra são esquisitas e diferentes - disse a Menina do Mar. Conta-
me mais coisas da terra. - É bom e é alegre. Agora já sei o que é a terra. Agora já sei o que é o sabor da
Primavera, do Verão e do Outono. Já sei o que é o sabor dos frutos. Já sei o que
Então sentaram-se os dois dentro de água e o rapaz contou-lhe como era a sua é a frescura das árvores. Já sei como é o calor duma montanha ao sol. Leva-me a
casa e o seu jardim e como eram as cidades e os campos, as florestas e as ver a terra. Eu quero ir ver a terra. Há tantas coisas que eu não sei. O mar é uma
estradas. prisão transparente e gelada. No mar não há Primavera nem Outono. No mar o
tempo não morre. As anémonas estão sempre em flor e a espuma é sempre
- Ah! como eu gostava de ver isso tudo - disse a Menina cheia de curiosidade. branca. Leva-me a ver a terra.
- Vem comigo - disse o rapaz - eu levo-te à terra e mostro-te coisas lindas. - Tenho uma ideia - disse o rapaz. - Amanhã trago um balde e encho-o com água
do mar e algas. E tu pões-te dentro do balde para não secares e eu levo-te
- Não posso porque sou uma Menina do Mar. O mar é a minha terra. Tu se comigo a ver a terra.
vieres para o mar afogas-te. E eu se for para a terra seco. Não posso estar muito
tempo fora de água. Fora de água fico como as algas na maré vaza, que ficam - Está bem - disse a Menina. - Amanhã vou contigo dentro do balde de água. E
todas enrugados e secas. Se eu saísse do mar, ao fim de algumas horas ficava vou ver a tua casa e vou ver o teu jardim e vou ver passar os comboios: e vou ver
igual a um farrapo de roupa velha ou a um papel de jornal, destes que às vezes a noite numa cidade cheia de luzes, de gente e de carros. E vou ver os animais da
há nas praias e que têm um ar tão triste e infeliz de coisa que já não serve e que terra, os cães, os cavalos, os gatos: e vou ver as montanhas, as florestas e todas
foi deitada fora e que já ninguém quer. as coisas que me contaste.
- Que pena que eu tenho de não te poder mostrar a terra! – disse o rapaz. E assim o rapaz e a Menina do Mar passaram o resto da manhã a fazer planos
para a aventura do dia seguinte. Até que a maré subiu e o rapaz foi-se embora.
- E eu que pena tenho de não te poder levar comigo ao fundo do mar para te
mostrar as florestas de algas, as grutas de corais e os jardins de anémonas! No outro dia o rapaz veio para as rochas com o balde. Vinha muito alegre,
entusiasmado com o seu projecto, cantando e dando saltos. Mas quando chegou
E nessa manhã o rapaz e a Menina, enquanto nadavam na água, iam contando à poça de água encontrou a Menina do Mar com um ar muito desesperado e o
um ao outro as histórias do mar e as histórias da terra. polvo, o caranguejo e o peixe todos três com cara de caso.
Até que a maré subiu e despediram-se. - Bom-dia - disse o rapaz. Trago aqui o balde. Vamos embora depressa.
No dia seguinte o rapaz chegou à praia, sentou-se ao lado da Menina do Mar e - Eu não posso ir - disse a Menina do Mar. E desatou a chorar como uma fonte.
disse:
Cultura em Miúdos Cultura em Miúdos
http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html
5. - Mas porquê? - perguntou o rapaz. O rapaz apanhou-a e viu que era um frasco cheio duma água muito clara e
luminoso.
- Por causa dos búzios. Os búzios têm muito bom ouvido, ouvem tudo, são os
ouvidos do mar. E ouviram as nossas conversas e foram contá-las à Raia que - Bom-dia, bom-dia - disse a gaivota.
ficou furiosa e agora eu já não posso ir contigo.
- Bom-dia, bom-dia - respondeu o rapaz.
- Mas a Raia não está aqui. Mete-te dentro do balde e vamos embora depressa.
Donde é que vens e porque é que me dás este frasco?
- É impossível - disse a Menina do Mar. A Raia ordenou aos polvos que não me
deixassem passar. As rochas estão cheias de polvos escondidos que nós não - Venho da parte da Menina do Mar - disse a gaivota. Ela manda-te dizer que já
vemos, mas que nos vêem e espiam cada um dos nossos gestos. Tenho que te sabe o que é a saudade. E pediu-me para te perguntar se queres ir ter com ela ao
dizer adeus para sempre. Amanhã já não volto aqui porque a Raia, para me fundo do mar.
castigar de eu ter querido fugir, decidiu que esta noite ao nascer da Lua eu serei
levada pelos polvos, para uma praia distante, que eu não sei como se chama, - Quero, quero - disse o rapaz. Mas como é que eu hei-de ir ao fundo do mar sem
nem onde fica. E nunca mais nos poderemos encontrar. me afogar?
- Vamos experimentar fugir - disse o rapaz. Eu com as minhas duas pernas corro - O frasco que te dei tem dentro suco de anémonas e suco de plantas mágicas.
mais do que os polvos com os seus oito braços, que nem são braços nem são Se beberes agora este filtro passarás a ser como a Menina do Mar. Poderás viver
pernas. dentro da água como os peixes e fora da água como os homens.
E, tendo dito isto, pôs a Menina do Mar dentro do balde e pôs-se a correr. Mas, - Vou beber já - disse o rapaz.
no mesmo instante, as rochas cobriram-se de polvos. Para qualquer lado que ele
olhasse só via polvos. Procurou uma aberta por onde passar mas não havia E bebeu o filtro.
nenhuma. Em sua roda os polvos tinham feito um círculo fechado. E ele estava
no meio do círculo e não podia fugir. Então tentou saltar por cima dos polvos, Então viu tudo à sua roda tornar-se mais vivo e mais brilhante. Sentiu-se alegre,
mas logo dezenas de tentáculos lhe ataram as pernas. feliz, contente como um peixe. Era como se alguma coisa nos seus movimentos
tivesse ficado mais livre, mais forte, mais fresca e mais leve.
- Larga-me, larga-me - dizia a Menina do Mar. Larga-me senão matam-te.
- Ali no mar - disse a gaivota - está um golfinho à tua espera para te ensinar o
- Não, não te largo - respondeu o rapaz. caminho.
Mas já os polvos lhe envolviam a cintura e o peito, lhe prendiam os ombros, lhe O rapaz olhou e viu um grande golfinho preto e brilhante dando saltos atrás da
atavam os pulsos e ele caiu nas rochas sem poder fazer nenhum gesto. Mas a sua arrebentação das ondas. Então disse:
mão ainda não tinha largado o balde. Até que um polvo se enrolou à roda do seu
pescoço e o foi apertando lentamente. Então o rapaz viu o céu ficar preto, deixou - Adeus, adeus, gaivota. Obrigado, obrigado.
de ouvir o barulho das ondas e esqueceu-se de tudo. Estava desmaiado. Acordou
com a água a bater-lhe na cara. A maré tinha subido e as ondas já quase cobriam E correu para as ondas e nadou até ao golfinho.
a rocha onde ele estava caído. Levantou-se e todo o seu corpo ainda lhe doía,
coberto de marcas deixadas pelas ventosas dos polvos. Foi para casa devagar. - Agarra-te à minha cauda - disse o golfinho.
Passaram dias e dias. O rapaz voltou muitas vezes às rochas mas nunca mais viu E foram os dois pelo mar fora.
a Menina nem os seus três amigos. Era como se tudo tivesse sido um sonho.
Nadaram muitos dias e muitas noites através de calmarias e tempestades.
Até que chegou o Inverno. O tempo estava frio, o mar cinzento e chovia quase
todos os dias. E numa manhã de nevoeiro o rapaz sentou-se na praia a pensar Atravessaram o mar dos Sargaços e viram os peixes voadores. E viram as
na Menina do Mar. grandes baleias que atiram repuxos de água para o céu e viram os grandes
E enquanto assim estava viu uma gaivota que vinha do mar alto com uma coisa vapores que deixam atrás de si colunas de fumo suspensas no ar. E viram os
no bico. Era uma coisa brilhante que reflectia luz e o rapaz pensou que devia ser icebergues majestosos e brancos na solidão do oceano. E nadaram ao lado dos
um peixe. Mas a gaivota chegou junto dele, deu urna volta no ar e deixou cair a veleiros que corriam velozes esticados no vento. E os marinheiros gritavam de
coisa na areia. espanto quando viam um rapaz agarrado à cauda dum golfinho. Mas eles
mergulhavam e desciam ao fundo do mar para não serem pescados.
Cultura em Miúdos Cultura em Miúdos
http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html
6. Aí estavam os antigos navios naufragados com os seus cofres carregados de oiro No dia seguinte de manhã eu voltei ao palácio. E o Rei do Mar sentou-me no seu
e os seus mastros quebrados cobertos de anémonas e conchas. ombro e subiu comigo à tona das águas. Chamou uma gaivota, deu-lhe o frasco
com o filtro das anémonas e mandou-a ir à tua procura. E foi assim que eu
Depois de nadarem sessenta dias e sessenta noites chegaram a uma ilha rodeada consegui que tu voltasses.
de corais. O golfinho deu a volta à ilha e por fim parou em frente duma gruta e
disse: - Agora nunca mais nos separamos - disse o rapaz.
- É aqui: entra na gruta e encontrarás a Menina do Mar. - Agora vais ser forte como um polvo.
- Adeus, adeus, golfinho. Obrigado, obrigado. - Agora vais ser sábio como um caranguejo - disse o caranguejo.
A gruta era toda de coral e o seu chão era de areia branca e fina. Tinha em frente - Agora vais ser feliz como um peixe - disse o peixe.
um jardim de anémonas azuis.
- Agora a tua terra é o Mar - disse a Menina do Mar.
O rapaz entrou na gruta e espreitou. A Menina, o polvo, o caranguejo e o peixe
estavam a brincar com conchinhas. Estavam quietos, tristes e calados. De vez E foram os cinco através de florestas, areais e grutas.
em quando a Menina suspirava.
No dia seguinte houve outra festa no Palácio do Rei. A Menina do Mar dançou
- Estou aqui! Cheguei! sou eu! - gritou o rapaz. toda a noite e as baleias, os tubarões as tartarugas e todos os peixes diziam:
Todos se voltaram para ele. Houve um momento de grande confusão. Todos se - Nunca vimos dançar tão bem.
abraçaram, todos riam, todos gritavam. A Menina do Mar dançava, batia palmas
e ria com gargalhadas claras como a água. O polvo fazia o pino. O caranguejo E o Rei do Mar estava sentado no seu trono de nácar, rodeado de cavalos-
dava cambalhotas e o peixe dava saltos mortais. Depois de todas estas marinhos, e o seu manto de púrpura nas águas.
habilidades ficaram um pouco mais calmos.
Então a Menina do Mar sentou-se no ombro do rapaz e disse:
- Estou tão feliz, tão feliz, tão feliz! Pensei que nunca mais te ia ver. Sem ti o
mar, apesar de todas as suas anémonas, parecia triste e vazio. E eu passava os
dias inteiros a suspirar. E não sabia o que havia de fazer. Até que um dia o Rei
do Mar deu uma grande festa. Convidou muitas baleias, muitos tubarões e
muitos peixes importantes. E mandou-me ir ao palácio para eu dançar na festa.
No fim do banquete chegou a altura da minha dança e eu entrei na gruta onde o
Rei do Mar estava com os seus convidados, sentado no seu trono de nácar,
rodeado de cavalos-marinhos. Então os búzios começaram a cantar uma
cantiga antiquíssima que foi inventada no principio do Mundo. Mas eu estava
muito triste e por isso dancei muito mal.
- Porque é que estás a dançar tão mal? - perguntou o Rei do Mar.
- Porque estou cheia de saudades -- respondi eu.
- Saudades? - disse o Rei do Mar. Que história é essa?
E perguntou ao polvo, ao caranguejo e ao peixe o que tinha acontecido. Eles
contaram-lhe tudo. Então o Rei do Mar teve pena da minha tristeza e teve pena
de ver uma bailarina que já não sabia dançar. E disse:
- Amanhã de manhã vem ao meu palácio.
Cultura em Miúdos Cultura em Miúdos
http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html http://www.min-cultura.pt/Miudos/BoasVindas.html