1) O documento discute a natureza da Igreja como uma comunidade de discípulos fundada por Cristo e baseada na Palavra de Deus.
2) A Igreja é descrita como universal e local, visível e invisível, com o crescimento espiritual de seus membros ocorrendo através do conhecimento da Palavra.
3) A Igreja local é onde os frutos da redenção são experimentados e onde o poder do Reino de Deus é manifestado.
Você sabe o que é uma Igreja? Tem Certeza?
Frequentar a igreja é uma coisa... Ser Igreja é outra bem diferente!
Ir à Igreja é fácil... Difícil é ser Igreja!
Você sabe o que é uma Igreja? Tem Certeza?
Frequentar a igreja é uma coisa... Ser Igreja é outra bem diferente!
Ir à Igreja é fácil... Difícil é ser Igreja!
estudo do evangelho de Mateus, sinóticos, publicano, presente de Deus, sinédrio, nazaré, belém, jerusalém, egito, nazaré, genealogia, joão batista, parábolas, sermão do monte, última semana de Jesus.
#O Tabernáculo construído por Moisés no deserto e o seu significado para nós. Falaremos sobre suas medidas e as cobertas que foram colocadas sobre ele, assim como o significado dos materiais empregados: linho fino, cores dos fios, madeira, metais e peles ou pêlos de animais, além dos utensílios sagrados e dos recintos separados para cada atividade realizada ali: o Santo dos Santos, o Lugar Santo e o Átrio Exterior ou Pátio do Tabernáculo. Há também um estudo sobre o óleo da santa unção dos sacerdotes e o incenso sagrado com as especiarias aromáticas usadas na sua preparação: estoraque, ônica, gálbano e incenso (olíbano). O Tabernáculo levou um ano para ser construído.
A importância dos capítulos de Êxodo que tratam do Tabernáculo é bem expressa por Witsius: "Deus criou o mundo inteiro em seis dias, mas Ele usou 40 dias para instruir Moisés sobre o Tabernáculo. Pouco mais de um capítulo foi necessário para descrever a estrutura do mundo, mas seis foram usados para o Tabernáculo."
Ministrado pelo Pr Rovanildo na IEC-BV,
Os estudos têm todos a mesma introdução, no que tange ao culto de modo geral, e a diferenla em relação ao culto cristão.
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro ppsJosé Luiz Silva Pinto
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra (Fechamento)
Tema dos 14°; 15°; 16° e 17° encontros: Vivência Litúrgica
Tema do dia: “Autores da Celebração Litúrgica “ (17°)
Data: 24 de novembro de 2014
Assessor: Padre Carlos Alberto Gomes da Silva Júnior
Paróquia Santo Antônio de Pádua – Barra Mansa R/J
Diocese de Volta Redonda – Barra do Pirai
estudo do evangelho de Mateus, sinóticos, publicano, presente de Deus, sinédrio, nazaré, belém, jerusalém, egito, nazaré, genealogia, joão batista, parábolas, sermão do monte, última semana de Jesus.
#O Tabernáculo construído por Moisés no deserto e o seu significado para nós. Falaremos sobre suas medidas e as cobertas que foram colocadas sobre ele, assim como o significado dos materiais empregados: linho fino, cores dos fios, madeira, metais e peles ou pêlos de animais, além dos utensílios sagrados e dos recintos separados para cada atividade realizada ali: o Santo dos Santos, o Lugar Santo e o Átrio Exterior ou Pátio do Tabernáculo. Há também um estudo sobre o óleo da santa unção dos sacerdotes e o incenso sagrado com as especiarias aromáticas usadas na sua preparação: estoraque, ônica, gálbano e incenso (olíbano). O Tabernáculo levou um ano para ser construído.
A importância dos capítulos de Êxodo que tratam do Tabernáculo é bem expressa por Witsius: "Deus criou o mundo inteiro em seis dias, mas Ele usou 40 dias para instruir Moisés sobre o Tabernáculo. Pouco mais de um capítulo foi necessário para descrever a estrutura do mundo, mas seis foram usados para o Tabernáculo."
Ministrado pelo Pr Rovanildo na IEC-BV,
Os estudos têm todos a mesma introdução, no que tange ao culto de modo geral, e a diferenla em relação ao culto cristão.
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro ppsJosé Luiz Silva Pinto
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra (Fechamento)
Tema dos 14°; 15°; 16° e 17° encontros: Vivência Litúrgica
Tema do dia: “Autores da Celebração Litúrgica “ (17°)
Data: 24 de novembro de 2014
Assessor: Padre Carlos Alberto Gomes da Silva Júnior
Paróquia Santo Antônio de Pádua – Barra Mansa R/J
Diocese de Volta Redonda – Barra do Pirai
Lição 1 - A Origem da Igreja - Lições Bíblicas.pptxCelso Napoleon
EBD | 1° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos | Tema: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo | Escola Bíblica Dominical | Lição 1- A Origem da Igreja
Slides elaborados por Celso Napoleon
“...Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo...” (1Co 3.11).
A Igreja foi fundada pelo Senhor Jesus Cristo para expandir o Reino de Deus na Terra.
A Igreja foi fundada pelo Senhor Jesus Cristo para expandir o Reino de Deus na Terra.
1. A Igreja comunidade de discípulos
O que é a Igreja? Pode-se dizer que ela é a comunidade
de santos que como projeto divino foi concebida na eternidade
e redimida pela graça de Deus no tempo transformada em uma
sociedade de discípulos dentro do processo histórico como
versão ou concretização do reino de Cristo. Etimologicamente
a igreja pode ser descrita como os “chamados para fora”. Em
grego ekklêsia que no grego clássico se referia a uma
assembleia de qualquer tipo, religiosa ou secular. No uso do
Novo Testamento era o equivalente das palavras hebraicas
qahal e ‘edhah, significavam uma reunião ou assembleia, como
as que o judaísmo tinha na sinagoga. Augustus H. Strong
define a Igreja como o conjunto de pessoas regeneradas em
todos os tempos e épocas, no céu e na terra (Strong, SP, 2009,
VL 2, p.630).
Distinções na natureza da Igreja
Do exposto ficam estabelecidos alguns pressupostos
elementares que caracterizam a constituição ontológica da
igreja. O primeiro deste é sua natureza metafisica. Ao me
referir à metafísica quero salientar realidade da origem
supratemporal da igreja que como projeto em Deus acontece
antes do tempo. Esse aspecto está presente na mente de Paulo
quando ele assinala sua gênese teológica (Ef 1.1-4). O
segundo pressuposto sugerido na abordagem é sua
historicidade. Com essa me refiro aos contornos históricos e
existências que apresentam a igreja como fenômeno
intratemporal. É neste norte que os apóstolos e o próprio
Jesus se referiram a igreja a identificando com cidades ou
regiões, como por exemplo, a igreja em Corinto, em Éfeso,
Antioquia, na Ásia, enfim.
Essa igreja histórica é tanto universal como local.
Representa tanto a totalidade de todos aqueles que professam
a fé em Jesus, como uma unidade circunscritamente local e
2. geograficamente designada (At 5.11 ; 8.1; 11.22,26;12.1, 5; I
Co 11.18; 14.19.28, 35; Rm 16.4; G1 1.2; Cl 4.16 ITs 2.14).
Para Norman Geisler essa realidade binária que manifesta a
igreja não pode ser negligenciada, diz ele que devemos fazer
uma distinção entre a igreja universal (que constitui o corpo
invisível de todos os crentes) e a igreja local (uma
manifestação visível da Igreja universal em uma determinada
localidade (Geisler, SP, VL 2, p.507).
Além dessa divisão temos também a igreja como invisível
e visível. A igreja visível é o conjunto dos crentes que na
história confessam e confessaram a fé em Cristo. Nesta
configuração a igreja é percebida em sua exterioridade
institucional, geográfica e temporal. A Igreja invisível por seu
turno é a igreja formada dos crentes que já estão no céu como
também de todos aqueles que são alvos da vocação eletiva de
Deus em sentido universal, desta feita supralocal,
ultrageográfica e atemporal. Em seu magistério teológico
Wayne Grundem ataca com maestria essa ambivalência:
Na sua verdadeira realidade espiritual como a comunhão de todos os
verdadeiros crentes, a igreja é invisível. Isto é porque nós não
podemos ver a condição espiritual do coração das pessoas. Podemos
ver o externamente frequentar o templo, e podemos ver a evidência
exterior de mudança espiritual interior, mas não podemos realmente
ver o coração das pessoas e sua situação espiritual, só Deus pode ver
isso. Assim, Paulo diz: "O Senhor conhece os seus" (2 Tm
2:19).Mesmo em nossas igrejas e nossos bairros, só Deus sabe ao
certo quem são, sem erro os verdadeiros crentes. Falando da igreja
invisível como autor de Hebreus fala da "assembleia (literalmente,"
Igreja ") dos primogênitos inscritos nos céus" (Hb 12:23), e diz que os
crentes de hoje estão unidos com a montagem em adoração. Podemos
dar a seguinte definição: A igreja invisível é a igreja como Deus a vê.
(Grunden, SP, 2010, p.1331)
A importância da Igreja Local
É na igreja local por sua vez que a realidade ideal ou
universal da comunidade espiritual que tem em Cristo seu
portador ganha contornos perceptíveis e concretos. Apesar de
suas limitações temporais e finitude existencial, não se pode
detrair a importância veiculadora da igreja como concebida nos
3. planos divino. Partilha dessa convicção Strong que salienta ser
a igreja local:
Uma companhia menor de regenerados, que, em qualquer comunidade
se reúnem voluntariamente, de acordo com as leis de Cristo, com o
proposito de assegurar o completo estabelecimento do seu reino em si
mesmo e no mundo.(Strong, 2010,p.638-39)
Portanto, é na igreja local que a multiformidade das
riquezas da salvação são comunicadas e as riquezas singulares
da mediação de Cristo são fruídas (Ef 1.3-14). A autoridade
dessa conclusão é facilmente provada se entendermos que a
redenção tem como sua realização imediata a criação de uma
comunidade de redimidos que exiba os frutos dessa redenção
em relações transformadas e marcadas pela pratica da justiça
do reino (Ef 4.15-32). Podemos avançar mais e afirmar que é
na esfera da igreja visível que o poder do reino de Deus é
sentido e sua manifestação encontra lugar propicio. Perfila tal
entendimento o teólogo Louis Berkof:
Certamente se pode dizer que a igreja visível pertence ao Reino, faz
parte do Reino e até constitui a mais importante incorporação visível
das forças do Reino. Ela compartilha o caráter da igreja invisível
(sendo ambas uma só) como meio para a realização do reino de Deus.
(Berkof, SP, 2012,p. 568).
Igreja comunidade de discípulos
Essa igreja encerra em si um principio fundamental que
reputo ser regulamentar para todas as suas características
legitimatórias tais como: santidade, unidade, catolicidade e
apostolicidade. Esse princípio que nesse primeiro momento
destacaria (futuramente trataremos das características
elencadas) é o ser ela uma companhia de discípulos (talmidîm,
mathêtes).
Cristo deixou claro que esperava que a igreja se tornasse
uma comunidade de discípulos: “18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que
estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mt 28.18-20). Os
primeiros líderes e cristãos da igreja compreenderam essa
4. ênfase no discipulado dada por Jesus e constituíram a igreja
numa sociedade de discípulos: “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o
número dos discípulos.” (At 6.1).
Como comunidade de discípulos a igreja esta vinculada
jurisdicionalmente a Palavra Revelada de Deus (que adquiriu
contornos propositivos e histórico-existencial no que
conhecemos como Bíblia Sagrada) como Constituição do Reino
(malku’th, basiléia) de Cristo. Essa Constituição como carta
político-espiritual se apresenta materialmente atualizada nos
ensinos apostólicos e proféticos na condição de legisladores
positivos e constituintes originários instituídos pelo Cabeça e
Governante supremo da Igreja, a saber Jesus: “20 edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; 21
no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, 22 no
qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no
Espírito.” (Ef 2.20-22).
Nessa Constituição estão desde a arquitetura do governo,
a forma e os meios de cidadania até as garantias individuais,
sociais e políticas dos cidadãos da Nova Comunidade fundada
no Calvário. Assim como não há real exercício de cidadania ao
arrepio da Constituição, não existi cidadania espiritual
negligenciando a palavra divina. Isso porque segundo
Jesus é através dela que se recebe a nova vida indispensável à
filiação divina (Jo 3.3-5; 1 Pe 1.3,23), a justiça do reino que
titulariza os direitos espirituais de cada crente e a fé (Rm
1.16-17; 10.17) que é agência causal da santificação (Jo
17.17).
O discipulado e seu crescimento
Cristo ao fundar sua comunidade intentou que ela se
desenvolve-se. Na verdade esse crescimento é parte das
consequências dos seus labores medianeiros (Is 53. 10-12) e
sendo assim parte da vontade de Deus para todos nós como
sua igreja. John Stot captou isso de maneira formidável quando
salientou que Deus nunca cessa de ser nosso Pai, e nós nunca
cessamos de ser seus filhos. Mas ele quer que nos tornemos
seus filhos crescidos (Stot, SP, 1995 p.284).
5. Bem verdade que esse crescimento não é puramente
quantitativo. É prioritariamente um crescimento em
espiritualidade, que é o mesmo que afirmar ser um
crescimento em intimidade existencial com Cristo, ou
maturidade (télos). A maturidade do discípulo está frontalmente
ligada ao conhecimento e incorporação da palavra (debar, logos)
do reino (2 Tm 3.14-17). É por meio da dela que a seiva da
Nova Vida nutri e fortalece a comunidade dos discípulos. Essa
verdade foi ensinada por Jesus através da alegoria da vinha:
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Todo ramo que, estando em
mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto
ainda. 3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; 4 permanecei em mim,
e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não
permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito
fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6 Se alguém não permanecer em mim, será
lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o
queimam. 7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedireis o que quiserdes, e vos será feito. 8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis
muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” (Jo 15.1-8). Nesta,
Cristo deixa patente que não é possível maturidade espiritual
real sem profunda intimidade com ele. Na sua forma de
encarar o assunto do crescimento Jesus estabelece que
crescer como discípulo é fruto da seiva de vida que brota da
conexão dos ramos (discípulos) com a videira (Jesus).
Por seu turno o apóstolo Pedro ressalta o
crescimento (auksánw) dos discípulos utilizando-se da metáfora
do leite: “Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e
invejas e de toda sorte de maledicências, 2 desejai ardentemente, como crianças recém-
nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para
salvação, 3 se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. 4 Chegando-
vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa, 5 também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (1 Pe 2.1-5), para Ele há
uma relação direta e imperativa entre o beber da palavra com
avidez e a maturidade espiritual, visto que ele utiliza-se do
verbo desejar muito (epipothêsate) no tempo imperativo aoristo
ativo que enfoca uma ordem inquestionável e de natureza
material definitiva. Na percepção de Kistemaker o crescimento
é consequência do beber da palavra como leite espiritual:
6. O resultado de beber do leite da palavra de Deus deve ser o
crescimento espiritual dos crestes. Assim como uma mãe está sempre
procurando indícios de crescimento em suas crianças, Deus também
quer ver o crescimento espiritual dos seus filhos (Kistemaker,
2006,p.112).
De outra sorte este caráter indispensável da palavra para
a Igreja como comunidade de discípulos torna uma
necessidade crucial a experimentação concomitante da
autoridade e poder divinos (At 3.1-26; 4.5-31; 5.12-16; 8.32-
43 entre outros). Essa carência essencial nos é apresentada
pela Escritura de várias maneiras. Uma delas é na própria
instituição do chamado (proskaléomai) onde Cristo no rito
vocacional dos apóstolos lhes delega eksousías, isto é,
autoridade espiritual: “Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus
autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e
enfermidades. 2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por
sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4
Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.” (Mt 10.1-4). Outra é
a promessa do derramamento do Espírito: “7 Respondeu-lhes: Não vos
compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; 8
mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At
1.7-8). Aqui Jesus declara que esse revestimento de poder
(lêpsesthe dýnamin) tinha como objetivo capacitar os discípulos
a serem testemunhas (mártyres), o que é equivalente a
integralidade do discipulado, pois, a própria natureza nuclear
do discípulo é ser testemunha fiel do mestre.
Por fim, a condição conflitiva que marca o universo onde o
discipulado é desenvolvido. Quero afirmar com isso que somos
convocados pelo Messias a sermos seus discípulos não num
parque de diversão, mas em um mundo hostil a mensagem
cristã e controlado por forças demoníacas, como deixa claro
Paulo: “10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 11
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do
diabo; 12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as
forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer
inabaláveis.”(Ef 6.10-13). Nesse ambiente é mais que óbvio a
necessidade de armas, recursos compatíveis e adaptados a
7. essa dura refregas, batalha o que numa linguagem militar o
apóstolo aos gentios descreve como armadura (panóplia)
espiritual (Ef 6.10-20). Essa armadura é o fruto consumado e
experenciado do poder (dynamis) divino, dos dons (karismas)
carismático que Deus dota sua Igreja para que ela possa ser
essa comunidade dinâmica, engaja e atuante de discípulos.
Portanto, enquanto igreja é imprescindível que o
discipulado seja algo dominante em sua práxis missionária e
evangelizadora. Não basta apenas abarrotar os templos de
conversos se ao mesmo tempo esses conversos não estão
tornando-se discípulos de Cristo. Não é suficiente o apelo ao
engajamento aos projetos da Igreja, a frequência ao culto, se
no mesmo fôlego não se trabalha duro para esculpir a imagem
e caráter de Jesus nos membros. Não é definitivo saber a
cartilha da denominação se não se sabe a doutrina de Cristo,
não dá para apenas buscar cura e bênçãos de maneira frenética
e voraz se não se busca com a mesma intensidade dispositiva
conhecer Cristo. Urge descontruir o espectro que se tornou a
igreja visível nessa nossa modernidade liquida que, por falta
de uma terminologia melhor posso designar de consumidores
espirituais para o que Jesus sonhou e designou que sua
comunidade fosse, isto é, uma comunidade de discípulos.
Pense Nisto!!!