SlideShare uma empresa Scribd logo
PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO E O
INCONSCIENTE
Psicóloga Esp. Marilia Menezes
CRP11/11855
Doutoranda em psicologia
Especialista em Clínica Psicanalítica
Terapeuta do Esquema
APARELHOPSÍQUICO
O CONCEITO FREUDIANO DEAPARELHO PSÍQUICO DESIGNA UMAORGANIZAÇÃO PSÍQUICA QUE É
DIVIDAEM INSTÂNCIAS. ESSAS INSTÂNCIAS OU SISTEMAS SÃO INTERLIGADAS ENTRE SI, MAS
POSSUEM FUNÇÕES DISTINTAS.APARTIR DESSE CONCEITO FREUDAPRESENTOU DOIS MODELOS: A
DIVISÃO TOPOGRÁFICAEADIVISÃO ESTRUTURAL DAMENTE.
FREUD ORGANIZOU OAPARELHO PSÍQUICO EM DIVISÃO, EM QUE CADAINSTÂNCIA PSÍQUICA, COM
FUNÇÕES ESPECÍFICAS ESTÃO INTERLIGADAS ENTRE SI E OCUPAM UM LOCALNAMENTE, DAÍ SURGE
O NOME “TÓPICA”, RELACIONADOALUGAR.APRIMEIRATÓPICA É CHAMADATOPOGRÁFICA, JÁA
SEGUNDA, ESTRUTURAL.
É IMPORTANTE COMPREENDER QUEAS DIVISÃOES MENTAIS NÃO TEM CARÁTERANATÔMICO, NÃO
HÁ COMPARTIMENTOS FIXOS E BEM DELIMITADOS COMOATEORIADE LOCALIZAÇÃO CEREBRAL
INDICA
PRIMEIRA TÓPICA
1. CONSCIENTE: É AQUELE QUE SE RELACIONA COM OS FENÔMENOSQUE NOS DAMOS
CONTA, AQUILO QUE É CLARO, RACIONAL
2. PRÉ-CONSCIENTE: É O AMBIENTE AONDE ESTÃO OS FENÔMENOS QUE NÃO NOS DAMOS
CONTA, MAS QUE É ACESSÍVEL A NOSSA RAZÃO, ESTÃO PRESTES A CHEGAR A
CONSCIÊNCIA
3. INCONSCIENTE: FENÔMENOS OBSCUROS, PRIMITIVOS; TUDO QUE A MENTE EVITA PARA
NÃO SOFRER, COMO MEDOS, DESEJOS, PULSÕES, E QUE NOS CHEGAM ATRAVÉS DOS
SONHOS, ATOS FALHOS E DA ANÁLISE PSICANALÍTICA
SEGUNDATÓPICA
ID: DEFINIDO COMO O QUE COMPÕEAS VONTADES E OS DESEJOS DE CADAPESSOA. MUITAS VEZES,
DESEJOS QUE UMAPESSOADESCONHECE QUE TENHAFICAMARMAZENADOS NESSAPARTE DA
MENTE. POR POSSUIR UMASPECTO PRIMITIVO, DE CONSTANTE BUSCAPELO PRAZER, O ID SEMPRE
ESTÁ SENDO CONTROLADO POR OUTRAINSTÂNCIADAMENTE
EGO: TALVEZ SEJAAINSTÂNCIA MAIS CONHECIDADAMENTE, É BASTANTEATUANTE NOS
COMPORTAMENTOS DE CADAPESSOA. É POR MEIO DO EGO QUEALGUNS DOS DESEJOS CRIADOS PELO
ID PODEM SER REALIZADOS. CONHECIDO COMO “PRINCÍPIO DAREALIDADE”, O EGO SURGE DO
CONTATO ENTRE ID EAMBIENTE DE VIDADE UMAPESSOA, SENDO UMAVERSÃO MAIS CONTROLADA E
REALISTADO ID.
SUPEREGO: SE DESENVOLVEAPARTIR DO EGO, É ESSAINSTÂNCIAQUE CONTROLAO EGO PARAQUE O
ID NÃO SE MANIFESTE LIVREMENTE. O SUPEREGO É RESPONSÁVELPOR MANTERAPURADO O SENSO
DE JUSTIÇAE DE MORALIDADE DE UMAPESSOA,ALERTANDO-A SOBREATITUDES QUE POSSAM SER
INADEQUADAS DEACORDO COMACULTURANAQUAL ELAVIVE.
ESSAS TRÊS ESTRUTURAS ISOLADAMENTE TÊM FUNÇÕES ESPECIFICAS, MAS QUE SÃO
INSEPARÁVEIS ENTRE SI, E INTERAGEM PERMANENTEMENTE E INFLUENCIAM-SE RECIPROCAMENTE.
O ID TEM UM REPRESENTANTE QUASE IGUAL NAPRIMEIRATÓPICA, O INCONSCIENTE. É O POLO
PULSIONAL. NASEGUNDATÓPICAPULSÃO DE VIDAE PULSÃO DE MORTE PERTENCEMAELE. NO ID
NÃO HÁ LUGAR PARAANEGAÇÃO, NEM O PRINCÍPIO DANÃO CONTRADIÇÃO, IGNORAOS JUÍZOS DE
VALOR, O BEM, O MAL,AMORAL.
EM ESBOÇO DE PSICANÁLISE FREUD (1930) DIZ QUE NAORIGEM TUDO ERAID, O EGO SE
DESENVOLVEUAPARTIR DO ID, SOBAINFLUÊNCIA PERSISTENTE DO MUNDO EXTERNO.
Sob o ponto de vista econômico, o id é a um só tempo um reservatório e uma fonte de
energia psíquica. Do ponto de vista funcional ele é regido pelo princípio do prazer;
logo, pelo processo primário. Do ponto de vista da dinâmica psíquica, ele abriga e
interage com as funções do ego e com os objetos, tanto os da realidade exterior, como
aqueles que, introjetados, estão habitando o superego, com os quais quase sempre
entra em conflito, porém, não raramente, o id estabelece alguma forma de aliança.
(Zimerman, 1999).
O INCONSCIENTE FREUDIANO
• Leibniz e Baumgarten como duas referências históricas importantes na formulação deste
conceito.
• Leibniz, é o primeiro a introduzir a discussão acerca de uma representação inconsciente
para os filósofos, o campo do inconsciente é o confuso ou obscuro, e para Baumgarten, o reino
das trevas, que constitui o fundo da alma.
• Segundo estes dois autores, o ‘inconsciente’ ou o ‘obscuro’ é característico da faculdade
inferior, a sensação.
• Para Kant, o inconsciente é definido como um gênero amplo de representações.
• Conceitualmente empregado pela primeira vez em 1751( com a significação de
inconsciência), jurista escocês Henry Kames.
• Depois vulgarizado na Alemanha como um reservatório de imagens mentais e uma fonte
de paixões cujo conteúdo escapa a consciência
• Na língua francesa foi introduzido em 1860(com a significação de vida inconsciente) por
Henri Amiel, escritor suíço.
Em “Psicanálise”, o inconsciente é um lugar desconhecido pela
consciência: uma “outra cena”.
Na primeira tópica*elaborada por Freud, trata-se de uma
instância ou um sistema constituído por conteúdos recalcados
que escapam às outras instâncias, o pré-consciente (estão
disponíveis para recordação e são facilmente "capazes de se
tornar conscientes) e o consciente(representa todo o material
mental acessível para o indivíduo naquele momento)
Para Freud, o Ics é uma instância a que a Cs já não tem acesso,
mas que se revela a ela através do sonho, dos lapsos, dos atos
falhos, etc..
Na atualidade, a psicanálise, indo além do paradigma celebrado por
Freud de “tornar consciente aquilo que for inconsciente”, amplia-se
com a noção de que mais importante é a maneira de como “o
consciente e o inconsciente do paciente comunicam-se entre si”.
Igualmente, à medida que os psicanalistas não se limitam unicamente a
analisar os conflitos inconscientes resultantes das pulsões ou das
relações objetais internalizadas, mas também incluem a análise das
funções do ego, tanto as inconscientes como as conscientes
(percepção, pensamento, conhecimento, juízo crítico, discriminação,
etc)
O RECALQUE
Na linguagem comum, a palavra recalque designa o ato de fazer recuar ou de
rechaçar alguém ou algo;
• Para Freud, o recalque designa o processo que visa a manter no “Ics” todas as
ideias e representações ligadas às pulsões e cuja realização, produtora de
prazer, afetaria o equilíbrio do funcionamento psicológico do individuo,
transformando-se em fonte de desprazer;
• A ideia de “recalque “aparece desde cedo na elaboração da teoria freudiana
do aparelho psíquico. O recalque é a denominação clínica da “falta de
tradução” de alguns materiais que não têm acesso à consciência*
• é sempre a produção de desprazer que resultaria de uma tradução; é como se
esse desprazer perturbasse o pensamento, entravando o processo de tradução”
• “o recalcamento é o pilar fundamental sobre o qual descansa o edifício da
psicanálise”. (Freud, 1914)
• Objetivo: Fuga do desprazer

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 5 AULA - ESCOLAS DA PSICOLOGIA 1 -PSICANÁLISE.pptx

Cap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdfCap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdf
FlaviadosSantosNasci
 
Software Junguiano
Software JunguianoSoftware Junguiano
Software Junguiano
Antonio Morais
 
Teoria psicanalítica
Teoria psicanalíticaTeoria psicanalítica
Teoria psicanalítica
Edleusa Silva
 
Introdução à psicologia para game designers
Introdução à psicologia para game designersIntrodução à psicologia para game designers
Introdução à psicologia para game designers
Gamecultura
 
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 22 doc
Apostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 22 docApostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 22 doc
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 22 doc
Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 
Doenças psicossomáticas
Doenças psicossomáticasDoenças psicossomáticas
Doenças psicossomáticas
Marcos Paterra
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
andrea cristina
 
A interpretação dos sonhos
A interpretação dos sonhosA interpretação dos sonhos
A interpretação dos sonhos
Claudio Duarte Sá
 
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 17 doc
Apostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 17 docApostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 17 doc
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 17 doc
Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 
O LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
O LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTESO LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
O LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
ProfessorPrincipiante
 
Palestra Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung
Palestra Semelhanças e diferenças entre Freud e JungPalestra Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung
Palestra Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung
tacio111
 
117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii
Silvana Eloisa
 
AULA 02- 03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptx
AULA 02-      03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptxAULA 02-      03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptx
AULA 02- 03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptx
coordenadepsi
 
Freud e a Psicanálise I
Freud e a Psicanálise IFreud e a Psicanálise I
Freud e a Psicanálise I
Universidade Católica Portuguesa
 
Sigmund_FREUD .pdf
Sigmund_FREUD .pdfSigmund_FREUD .pdf
jung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptx
jung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptxjung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptx
jung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptx
FabioBahia2
 
Aula Psicanálise
Aula Psicanálise Aula Psicanálise
Aula Psicanálise
LetciaAnjos3
 
Psicanalise e neurociencia antonio carlos pacheco
Psicanalise e neurociencia  antonio carlos pachecoPsicanalise e neurociencia  antonio carlos pacheco
Psicanalise e neurociencia antonio carlos pacheco
Marcos Silvabh
 
Introdução psicopatologia
Introdução psicopatologiaIntrodução psicopatologia
Introdução psicopatologia
lucasvazdelima
 
Fenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introduçãoFenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introdução
Bruno Carrasco
 

Semelhante a 5 AULA - ESCOLAS DA PSICOLOGIA 1 -PSICANÁLISE.pptx (20)

Cap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdfCap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdf
 
Software Junguiano
Software JunguianoSoftware Junguiano
Software Junguiano
 
Teoria psicanalítica
Teoria psicanalíticaTeoria psicanalítica
Teoria psicanalítica
 
Introdução à psicologia para game designers
Introdução à psicologia para game designersIntrodução à psicologia para game designers
Introdução à psicologia para game designers
 
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 22 doc
Apostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 22 docApostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 22 doc
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 22 doc
 
Doenças psicossomáticas
Doenças psicossomáticasDoenças psicossomáticas
Doenças psicossomáticas
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
 
A interpretação dos sonhos
A interpretação dos sonhosA interpretação dos sonhos
A interpretação dos sonhos
 
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 17 doc
Apostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 17 docApostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 17 doc
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 17 doc
 
O LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
O LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTESO LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
O LUGAR DO INCONSCIENTE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
 
Palestra Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung
Palestra Semelhanças e diferenças entre Freud e JungPalestra Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung
Palestra Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung
 
117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii
 
AULA 02- 03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptx
AULA 02-      03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptxAULA 02-      03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptx
AULA 02- 03 DE JUNHO DE 2023 -ADEPSI.pptx
 
Freud e a Psicanálise I
Freud e a Psicanálise IFreud e a Psicanálise I
Freud e a Psicanálise I
 
Sigmund_FREUD .pdf
Sigmund_FREUD .pdfSigmund_FREUD .pdf
Sigmund_FREUD .pdf
 
jung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptx
jung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptxjung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptx
jung psicologia e espiritualidade Apresentacao FInal.pptx
 
Aula Psicanálise
Aula Psicanálise Aula Psicanálise
Aula Psicanálise
 
Psicanalise e neurociencia antonio carlos pacheco
Psicanalise e neurociencia  antonio carlos pachecoPsicanalise e neurociencia  antonio carlos pacheco
Psicanalise e neurociencia antonio carlos pacheco
 
Introdução psicopatologia
Introdução psicopatologiaIntrodução psicopatologia
Introdução psicopatologia
 
Fenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introduçãoFenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introdução
 

5 AULA - ESCOLAS DA PSICOLOGIA 1 -PSICANÁLISE.pptx

  • 1. PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO E O INCONSCIENTE Psicóloga Esp. Marilia Menezes CRP11/11855 Doutoranda em psicologia Especialista em Clínica Psicanalítica Terapeuta do Esquema
  • 2. APARELHOPSÍQUICO O CONCEITO FREUDIANO DEAPARELHO PSÍQUICO DESIGNA UMAORGANIZAÇÃO PSÍQUICA QUE É DIVIDAEM INSTÂNCIAS. ESSAS INSTÂNCIAS OU SISTEMAS SÃO INTERLIGADAS ENTRE SI, MAS POSSUEM FUNÇÕES DISTINTAS.APARTIR DESSE CONCEITO FREUDAPRESENTOU DOIS MODELOS: A DIVISÃO TOPOGRÁFICAEADIVISÃO ESTRUTURAL DAMENTE. FREUD ORGANIZOU OAPARELHO PSÍQUICO EM DIVISÃO, EM QUE CADAINSTÂNCIA PSÍQUICA, COM FUNÇÕES ESPECÍFICAS ESTÃO INTERLIGADAS ENTRE SI E OCUPAM UM LOCALNAMENTE, DAÍ SURGE O NOME “TÓPICA”, RELACIONADOALUGAR.APRIMEIRATÓPICA É CHAMADATOPOGRÁFICA, JÁA SEGUNDA, ESTRUTURAL. É IMPORTANTE COMPREENDER QUEAS DIVISÃOES MENTAIS NÃO TEM CARÁTERANATÔMICO, NÃO HÁ COMPARTIMENTOS FIXOS E BEM DELIMITADOS COMOATEORIADE LOCALIZAÇÃO CEREBRAL INDICA PRIMEIRA TÓPICA 1. CONSCIENTE: É AQUELE QUE SE RELACIONA COM OS FENÔMENOSQUE NOS DAMOS CONTA, AQUILO QUE É CLARO, RACIONAL 2. PRÉ-CONSCIENTE: É O AMBIENTE AONDE ESTÃO OS FENÔMENOS QUE NÃO NOS DAMOS CONTA, MAS QUE É ACESSÍVEL A NOSSA RAZÃO, ESTÃO PRESTES A CHEGAR A CONSCIÊNCIA 3. INCONSCIENTE: FENÔMENOS OBSCUROS, PRIMITIVOS; TUDO QUE A MENTE EVITA PARA NÃO SOFRER, COMO MEDOS, DESEJOS, PULSÕES, E QUE NOS CHEGAM ATRAVÉS DOS SONHOS, ATOS FALHOS E DA ANÁLISE PSICANALÍTICA
  • 3.
  • 4. SEGUNDATÓPICA ID: DEFINIDO COMO O QUE COMPÕEAS VONTADES E OS DESEJOS DE CADAPESSOA. MUITAS VEZES, DESEJOS QUE UMAPESSOADESCONHECE QUE TENHAFICAMARMAZENADOS NESSAPARTE DA MENTE. POR POSSUIR UMASPECTO PRIMITIVO, DE CONSTANTE BUSCAPELO PRAZER, O ID SEMPRE ESTÁ SENDO CONTROLADO POR OUTRAINSTÂNCIADAMENTE EGO: TALVEZ SEJAAINSTÂNCIA MAIS CONHECIDADAMENTE, É BASTANTEATUANTE NOS COMPORTAMENTOS DE CADAPESSOA. É POR MEIO DO EGO QUEALGUNS DOS DESEJOS CRIADOS PELO ID PODEM SER REALIZADOS. CONHECIDO COMO “PRINCÍPIO DAREALIDADE”, O EGO SURGE DO CONTATO ENTRE ID EAMBIENTE DE VIDADE UMAPESSOA, SENDO UMAVERSÃO MAIS CONTROLADA E REALISTADO ID. SUPEREGO: SE DESENVOLVEAPARTIR DO EGO, É ESSAINSTÂNCIAQUE CONTROLAO EGO PARAQUE O ID NÃO SE MANIFESTE LIVREMENTE. O SUPEREGO É RESPONSÁVELPOR MANTERAPURADO O SENSO DE JUSTIÇAE DE MORALIDADE DE UMAPESSOA,ALERTANDO-A SOBREATITUDES QUE POSSAM SER INADEQUADAS DEACORDO COMACULTURANAQUAL ELAVIVE.
  • 5.
  • 6. ESSAS TRÊS ESTRUTURAS ISOLADAMENTE TÊM FUNÇÕES ESPECIFICAS, MAS QUE SÃO INSEPARÁVEIS ENTRE SI, E INTERAGEM PERMANENTEMENTE E INFLUENCIAM-SE RECIPROCAMENTE. O ID TEM UM REPRESENTANTE QUASE IGUAL NAPRIMEIRATÓPICA, O INCONSCIENTE. É O POLO PULSIONAL. NASEGUNDATÓPICAPULSÃO DE VIDAE PULSÃO DE MORTE PERTENCEMAELE. NO ID NÃO HÁ LUGAR PARAANEGAÇÃO, NEM O PRINCÍPIO DANÃO CONTRADIÇÃO, IGNORAOS JUÍZOS DE VALOR, O BEM, O MAL,AMORAL. EM ESBOÇO DE PSICANÁLISE FREUD (1930) DIZ QUE NAORIGEM TUDO ERAID, O EGO SE DESENVOLVEUAPARTIR DO ID, SOBAINFLUÊNCIA PERSISTENTE DO MUNDO EXTERNO. Sob o ponto de vista econômico, o id é a um só tempo um reservatório e uma fonte de energia psíquica. Do ponto de vista funcional ele é regido pelo princípio do prazer; logo, pelo processo primário. Do ponto de vista da dinâmica psíquica, ele abriga e interage com as funções do ego e com os objetos, tanto os da realidade exterior, como aqueles que, introjetados, estão habitando o superego, com os quais quase sempre entra em conflito, porém, não raramente, o id estabelece alguma forma de aliança. (Zimerman, 1999).
  • 7. O INCONSCIENTE FREUDIANO • Leibniz e Baumgarten como duas referências históricas importantes na formulação deste conceito. • Leibniz, é o primeiro a introduzir a discussão acerca de uma representação inconsciente para os filósofos, o campo do inconsciente é o confuso ou obscuro, e para Baumgarten, o reino das trevas, que constitui o fundo da alma. • Segundo estes dois autores, o ‘inconsciente’ ou o ‘obscuro’ é característico da faculdade inferior, a sensação. • Para Kant, o inconsciente é definido como um gênero amplo de representações. • Conceitualmente empregado pela primeira vez em 1751( com a significação de inconsciência), jurista escocês Henry Kames. • Depois vulgarizado na Alemanha como um reservatório de imagens mentais e uma fonte de paixões cujo conteúdo escapa a consciência • Na língua francesa foi introduzido em 1860(com a significação de vida inconsciente) por Henri Amiel, escritor suíço.
  • 8. Em “Psicanálise”, o inconsciente é um lugar desconhecido pela consciência: uma “outra cena”. Na primeira tópica*elaborada por Freud, trata-se de uma instância ou um sistema constituído por conteúdos recalcados que escapam às outras instâncias, o pré-consciente (estão disponíveis para recordação e são facilmente "capazes de se tornar conscientes) e o consciente(representa todo o material mental acessível para o indivíduo naquele momento) Para Freud, o Ics é uma instância a que a Cs já não tem acesso, mas que se revela a ela através do sonho, dos lapsos, dos atos falhos, etc..
  • 9. Na atualidade, a psicanálise, indo além do paradigma celebrado por Freud de “tornar consciente aquilo que for inconsciente”, amplia-se com a noção de que mais importante é a maneira de como “o consciente e o inconsciente do paciente comunicam-se entre si”. Igualmente, à medida que os psicanalistas não se limitam unicamente a analisar os conflitos inconscientes resultantes das pulsões ou das relações objetais internalizadas, mas também incluem a análise das funções do ego, tanto as inconscientes como as conscientes (percepção, pensamento, conhecimento, juízo crítico, discriminação, etc)
  • 10. O RECALQUE Na linguagem comum, a palavra recalque designa o ato de fazer recuar ou de rechaçar alguém ou algo; • Para Freud, o recalque designa o processo que visa a manter no “Ics” todas as ideias e representações ligadas às pulsões e cuja realização, produtora de prazer, afetaria o equilíbrio do funcionamento psicológico do individuo, transformando-se em fonte de desprazer; • A ideia de “recalque “aparece desde cedo na elaboração da teoria freudiana do aparelho psíquico. O recalque é a denominação clínica da “falta de tradução” de alguns materiais que não têm acesso à consciência* • é sempre a produção de desprazer que resultaria de uma tradução; é como se esse desprazer perturbasse o pensamento, entravando o processo de tradução” • “o recalcamento é o pilar fundamental sobre o qual descansa o edifício da psicanálise”. (Freud, 1914) • Objetivo: Fuga do desprazer