O documento discute a falta de escrutínio na seleção de artigos científicos em periódicos de acesso aberto e a superficialidade com que a mídia cobre temas de ciência e tecnologia. Também aborda a falta de comunicação interdisciplinar nas universidades e como isso prejudica a formação dos estudantes.
Esta é uma tradução do documento elaborado para The Latin America and the Caribbean Scientific Data Management Workshop. Original em: https://www.slideshare.net/RobertodePinho/towards-a-scientific-data-policy
Pôster apresentado à CONFOA 2013 (06 a 09 de outubro de 2013 - São Paulo, SP, Brasil) - Ariadne Chloe Furnival, Pedro Carlos Oprime, Nelson Sebastian Silva Jerez
Esta é uma tradução do documento elaborado para The Latin America and the Caribbean Scientific Data Management Workshop. Original em: https://www.slideshare.net/RobertodePinho/towards-a-scientific-data-policy
Pôster apresentado à CONFOA 2013 (06 a 09 de outubro de 2013 - São Paulo, SP, Brasil) - Ariadne Chloe Furnival, Pedro Carlos Oprime, Nelson Sebastian Silva Jerez
1. Polyteck | www.pltk.com.br | 1
Biotecnologia Empreendedorismo e Inovação
Web e Design Sustentabilidade e Ambiente
Engenharia, Energia e Materiais Nanotecnologia
Revista de Tecnologia e Ciência
Distribuição Gratuita nº 02 | outubro 2013
pág. 10
A reinvenção
do computador
2.
3. Polyteck | www.pltk.com.br | 3
Comunicação na
ciência e tecnologia
Estudantes acompanham notícias
superficiais e inconsistentes. Falta
interdisciplinaridade nas universidades.
Editorial
Peer-review
Os periódicos de alto impacto adotam
um sistema de revisão por pares, conhecido
como peer-review, para garantir a quali-
dade dos trabalhos publicados. Este pro-
cesso fornece um nível de segurança sobre
a confiabilidade das conclusões dos estudos,
fazendo com que o cientista não precise
verificar a veracidade de cada informação
pessoalmente.
A edição de outubro da revista
Science trouxe uma seção especial sobre
comunicação na ciência. Uma das repor-
tagens revelou a falta de escrutínio na
seleção de papers publicados em peri-
ódicos de acesso aberto. Nesse artigo,
o seguinte experimento foi relatado:
papers similares, que continham erros
básicos e evidentes, foram submetidos
para vários periódicos de acesso aberto.
O detalhe é que, além dos erros, os
autores e as instituições eram fictícios.
Qualquer revisor com conhecimentos de
química do ensino médio e capacidade
para entender uma plotagem de dados
seria capaz de perceber as falhas concei-
tuais nos artigos submetidos.
O resultado deste experimento foi
surpreendente: dos 304 jornais de acesso
aberto que receberam os artigos, 157
aceitaram os papers para publicação e
98 os rejeitaram. Outros 49 não deram
resposta até a publicação da revista, 29
destes pareciam ter sido abandonados
pelos criadores e os outros 20 enviaram
um e-mail para os autores avisando que
o artigo continuava sob revisão.
Como os erros nos trabalhos eram
óbvios para qualquer leitor com conhe-
cimento médio de ciência, a reportagem
da Science mostrou que os artigos prova-
velmente não foram lidos antes de serem
aceitos para publicação, além de não
terem passado por revisão por pares.
O artigo original discute as implica-
ções dessa falta de escrutínio na sele-
ção dos papers e rende uma boa leitura,
assim como os outros artigos dessa
edição especial da Science. O tema
“Comunicação na ciência” também
abre espaço para nós, da Polyteck,
expormos os resultados de uma pes-
quisa de mercado que incentivou a
publicação da revista.
Realizamos uma pesquisa qua-
litativa com o objetivo de enten-
der como o estudante universitário
atualiza seus conhecimentos sobre
tecnologia e ciência, quais assuntos
o interessa e quais são as principais
fontes de informação que ele uti-
liza. Para isso, foram entrevistados
aproximadamente 100 alunos de cursos
relacionados à tecnologia e à ciência em
três instituições de ensino superior de
Curitiba. As entrevistas foram conduzi-
das pessoalmente e seguiram um roteiro
informal; os resultados coletados foram
analisados de forma qualitativa.
Ciência e tecnologia tratada de
forma superficial e errada
Grande parte dos estudantes entre-
vistados demonstrou interesse por tec-
nologia e ciência, porém poucos dis-
seram ler artigos científicos. Alguns
responderam que leem blogs e sites espe-
cializados e a maioria disse que só acom-
panha o que é publicado pelos grandes
jornais e portais de comunicação.
Os meios de comunicação genera-
listas, na maioria das vezes, são super-
ficiais ao abordar estes temas. Isso a
princípio não é um defeito, pois estes
jornais são direcionados ao público leigo
que, supõe-se, não tem suporte educa-
cional para compreender tais assuntos
de forma aprofundada. Além da super-
ficialidade, estes meios de comunica-
ção muitas vezes cometem gafes e erros
ao publicar notícias de tecnologia e
ciência. Um exemplo disso ocorreu no
começo deste mês: ao comentar sobre
a entrega do prêmio Nobel de Física, o
jornal O Estado de S. Paulo escreveu em
sua página no Facebook (facebook.com/
estadao): “Nobel de Física: Prêmio vai
para os descobridores da ‘Partícula de
Deus’. Peter Higgs e François Englert
identificaram partículas que explicam a
formação da vida como a conhecemos.”.
Em primeiro lugar: um físico comete
suicídio no mundo cada vez que o Bóson
de Higgs é tratado como “Partícula de
Deus”. Em segundo lugar, os pesqui-
sadores não identificaram, mas sim
desenvolveram um modelo teórico que
previa a existência de tal partícula. Em
terceiro, esta partícula subatômica não
4. 4 | www.pltk.com.br | Polyteck
A Polyteck é uma publicação mensal da
Editora Polyteck. É permitida a reprodução de
reportagens e artigos, desde que citada a fonte.
É vetada a reprodução de imagens e ilustrações,
pois estas são protegidas pelas leis de direito
autoral vigentes. Os pontos de vista expressos
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Diretor Executivo: André Sionek
Diretor Comercial: Fábio A. S. Rahal
Diretora de Redação: Raisa Requi Jakubiak
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institutos de pesquisa de Curitiba.
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G R Á F I C A & E D I T O R A
Editorial
explica a vida como a conhecemos, e sim
a origem da massa das outras partículas
elementares.
Este é apenas um entre muitos casos
de divulgação científica inconsistente e
superficial feita pelos grandes jornais e
portais de comunicação. Os universitá-
rios entrevistados na pesquisa disseram
utilizar preferencialmente estas fontes
de informação, o que, na nossa opinião,
prejudica seriamente a formação do
estudante universitário. O aluno acaba
adquirindo conhecimentos errôneos e
superficiais, e, na maioria das vezes, não
se dá ao trabalho de verificar as fontes
(quando elas são citadas).
Falta de comunicação entre as
disciplinas
Boa parte dos universitários entre-
vistados não demonstrou interesse em
temas não relacionados ao curso que
frequentam. A percepção que tivemos é
que, de certa forma, cada curso encon-
tra-se isolado em relação aos outros
e a comunicação entre diversas áreas
do conhecimento é falha dentro do
ambiente acadêmico. Esse ponto de vista
foi compartilhado conosco por vários
professores e alunos, que comentaram
sentir essa distância entre as áreas do
conhecimento. Este “isolamento” parece
se estender desde os alunos de gradua-
ção até os docentes das instituições.
Ao mesmo tempo, percebemos que
já existe um esforço muito grande
para transformar as universidades em
espaços mais interdisciplinares. Isso
foi observado através da existência de
vários projetos de pesquisa que envol-
vem várias áreas do conhecimento, das
agências de inovação e dos esforços de
alguns departamentos e professores.
Porém, ainda fica a impressão de que
as engrenagens não se encaixam perfei-
tamente e que esses projetos, de certa
forma, rangem e até quebram ao tentar
girar juntos.
Na nossa opinião, a troca de informa-
ções entre diferentes áreas é o que possi-
bilita a construção do conhecimento, e
isto não tem ocorrido nas universidades
de forma eficiente. É possível até sugerir
que essa falha na comunicação dentro
das universidades pode ser parcialmente
responsável pela baixa produção de arti-
gos científicos nacionais de alto impacto,
assim como pela tímida participação
brasileira no desenvolvimento de tecno-
logias de ponta.
A nossa percepção a é de que a cria-
tividade está intimamente relacionada
com a diversidade de experiências e
conhecimento. Quem possui conheci-
mentos mais amplos e diversos parece
ter maior probabilidade de encon-
trar soluções criativas para problemas.
Acreditamos que é na interdisciplinari-
dade que nascem as grandes revoluções
tecnológicas, os produtos inovadores e
as descobertas científicas mais significa-
tivas. Por isso, convidamos você a fazer
a sua parte. Leia mais conteúdo de qua-
lidade, compartilhe mais conhecimento,
informe-se sobre outras áreas e torne-se
o pesquisador, empresário, professor ou
profissional que vai reinventar o Brasil.
Este é um artigo de opinião e não
passou por revisão por pares. Nós esta-
mos ansiosos para ouvir a sua opinião!
Se você discorda, quer complementar
ou fazer um comentário sobre algo que
foi dito neste artigo, acesse o QR Code
abaixo, a nossa página no Facebook ou
envie um e-mail. e
Fontes:
»» Marcia McNutt, Science, 342, 6154, 13 (2013)
»» John Bohannon, Science, 342, 6154, 60-65 (2013)
Contato:
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contato@pltk.com.br
<---- Leia mais!
5. Polyteck | www.pltk.com.br | 5
Apesar de parecer uma técnica atrasada e de mau gosto,
o transplante fecal oferece esperança para o tratamento
de várias doenças.
Transplante de fezes?
“Foram relatados resultados encorajadores
para doenças não gastrointestinais, tais
como mal de Parkinson, autismo e esclerose
múltipla.”
Um artigo publicado em 1958 por Ben Eiseman,
médico da Universidade do Colorado, em Denver,
descrevia como a infusão de fezes havia curado
quatro pacientes de uma doença chamada colite
pseudomembranosa. A técnica, de certa forma pri-
mitiva e de mau gosto, permaneceu pouco explo-
rada pela comunidade médica devido ao advento
dos antibióticos.
Porém, em 2006, os médicos Max Nieuwdorp
e Joep Bartelsman, da Academic Medical Center
(AMC), em Amsterdã, resolveram utilizar a técnica
em uma paciente de 81 anos de idade. Após antibi-
óticos dizimarem a população microbiana do cólon
da paciente, uma bactéria oportunista chamada
Clostridium difficile havia se multiplicado, desre-
gulando a flora intestinal e causando uma terrível
diarreia e inflamação do intestino.
Os médicos lavaram o cólon da mulher, espe-
rando eliminar a população de C. difficile, e inse-
riram a flora bacteriana saudável de um doador,
neste caso o filho da paciente. Para isso, mistura-
ram as fezes do doador com solução salina em um
liquidificador e esguicharam a mistura diretamente
no duodeno da paciente através de um cateter nasal.
Três dias depois do tratamento, a mulher deixou o
hospital andando.
Estudos, tratamentos e riscos
O gastroenterologista Thomas Borody, do
Centro Australiano para Doenças Digestivas em
Five Dock, realizou transplantes fecais em mais
de 3.000 pacientes desde 1988. Os pacientes trans-
plantados sofrem de várias doenças como infec-
ção por C. difficile, síndrome do intestino irritável,
doença inflamatória intestinal, prisão de ventre e
artrite. No ano passado, Borody relatou melhoras
em 92% dos 62 pacientes com colite ulcerativa que
foram tratados com transplante fecal e reportou
recuperação integral em 68% deles.
Apesar de Borody ser reconhecido como um pio-
neiro, ele nunca realizou um estudo randomizado
sobre transplantes fecais. Outros pesquisadores
relataram resultados encorajadores para doenças
não gastrointestinais que parecem estar associa-
das com alterações na flora microbiana, tais como
o mal de Parkinson, autismo e esclerose múltipla.
Na maioria das vezes, no entanto, as reivindicações
baseiam-se em alguns casos, ou em uma série de
casos sem um grupo de controle.
Um estudo publicado por Nieuwdorp mostrou a
eficácia do transplante fecal comparado com van-
comicina, que é o tratamento padrão para C. diffi-
cile, ou de vancomicina combinada com lavagem
intestinal. Os pesquisadores queriam avaliar 120
pacientes, mas o estudo precisou ser interrompido
após apenas 43 deles passarem pelo procedimento.
Desses pacientes, 94% foram curados (contra 31%
e 23%, respectivamente, nos grupos de controle) e
o comitê de ética considerou desnecessário subme-
ter mais pacientes ao transplante, uma vez que os
resultados obtidos até então eram conclusivos.
Outro pioneiro do transplante fecal, Lawrence
Brandt, do Centro Médico Montefiore, em Nova
York, está fazendo um segundo estudo sobre
casos recorrentes de C. difficile. No estudo tanto o
paciente quanto um doador fornecem suas fezes, e
o paciente é tratado com uma delas: a sua própria
ou a do doador, sem saber qual está recebendo.
Leia mais!
6. 6 | www.pltk.com.br | Polyteck
Como funciona o transplante fecal
Escolha do doador
Os doadores passam por uma bateria
de exames para detectar possíveis vírus,
bactérias e parasitas que podem ser
transmitidos através das fezes, incluindo
HIV, citomegalovírus e hepatites B e C.
Em um transplante fecal, fezes de um doador saudável são
usadas para recompor a flora microbiana do intestino do paciente.
Preparação do transplante
As preparações exatas variam, mas geralmente
as fezes são misturadas com uma solução salina
e depois filtradas. A solução resultante pode ser
congelada antes do uso.
Transplante
O intestino do paciente é lavado na preparação para
o transplante. Existem duas formas de realizar o
transplante:
(a) as fezes podem ser aplicadas no duodeno através
da inserção de um pequeno tubo pela boca ou nariz
do paciente;
(b) ou as fezes são inseridas no cólon ascendente,
através de colonoscopia.
Efeitos positivos
Pesquisadores relataram efeitos positivos do transplante
fecal em, pelo menos, 15 diferentes doenças. Porém, para a
maioria delas, as evidências ainda são fracas.
Doenças gastrointestinais: Infecção recorrente por C.
difficile; síndrome do intestino irritável; constipação crô-
nica; colite ulcerativa; doença de Crohn.
Doenças não gastrointestinais: Síndrome metabólica;
esclerose múltipla; autismo; mal de Parkinson; acne; insonia;
depressão.
Fonte: Jop de Vrieze, Science, 341, 954-957 (2013) | Ilustração: Polyteck
Perspectivas
No futuro os pesquisadores
esperam substituir o trans-
plante de fecal por um mix de
cepas bacterianas derivadas
das fezes humanas, sem cheiro
e crescidas em laboratório.
Elas poderiam ser aplicadas
pelos métodos existentes ou
em cápsulas.
7. Polyteck | www.pltk.com.br | 7
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TECNICÓPIAS
1983-2013
Max Nieuwdorp prepara fezes humanas para transplante.
Foto: Tim Wong/AMC Press Office
Para reduzir os riscos, os doadores devem passar por uma
bateria de exames para detectar a presença de vírus, bacté-
rias e parasitas que podem ser transmitidos através das fezes,
incluindo HIV, citomegalovírus e hepatites B e C. Porém, os
médicos não podem ter certeza absoluta de que as fezes “estão
limpas”. Além disso, doenças não infecciosas são uma outra
preocupação, pois já foi mostrado que certas composições da
flora intestinal estão relacionadas a doenças como diabetes,
aterosclerose e autismo.
Mecanismos
Entender como os transplantes fecais funcionam é a chave
para torná-los mais seguros. Nieuwdorp, em conjunto com
Willem de Vos, ecologista microbiano na Universidade de
Wageningen, na Holanda, mostraram que, em alguns pacien-
tes de C. difficile, certas espécies importantes de bactérias
anaeróbias estão ausentes, enquanto outras não desejáveis são
dominantes. A investigação também demonstrou que a baixa
diversidade microbiana nos pacientes era restaurada após o
transplante.
A esperança é que, com o desenrolar dos estudos, os médi-
cos possam identificar as bactérias necessárias ao tratamento
e, em vez de realizar um transplante de fezes, apenas infundir
as espécies necessárias nos pacientes. Eles esperam que estes
coquetéis de bactérias ofereçam os benefícios de um trans-
plante fecal completo, porém com menos riscos. Nieuwdorp vê
enormes possibilidades para tais terapias, mas afirma que isso
vai levar tempo. Por enquanto, ele está feliz com o fato de que
o tabu sobre transplante fecal desapareceu e que os estudos
mostram um caminho promissor pela frente. e
Escrito com base nos seguintes trabalhos:
»» Jop de Vrieze, Science, 341, 6149, 954-957 (2013);
»» Aroniadis OC et al., Curr. Opin. Gastroenterol., 29 (2013);
»» Lawrence J. Brandt et al., Gastrointestinal Endoscopy, 78 (2013)
»» Borody TJ et al., Gastroenterol. Rep., 15 (2013).
8. 8 | www.pltk.com.br | Polyteck
Mais de dois anos já se passaram
desde o terremoto e tsunami que cau-
saram o acidente na usina nuclear
Fukushima Daichii. Pode parecer algo
distante para nós, por estarmos no outro
lado do mundo, mas o governo japonês e
a operadora da usina continuam lutando
contra o risco de novas explosões e con-
tra novos focos de contaminação. Além
disso, o trabalho de descontaminação
das áreas atingidas pela radiação conti-
nua. Enquanto isso, a população ainda
vive apreensiva e poucos se arriscam a
voltar para as suas casas.
Vazamentos de água radioativa
Segundo a operadora Tokyo Electric
Power Company (Tepco), a água tem
sido constantemente bombeada para
resfriar os reatores. Isso é imprescindível
para evitar que novas reações em cadeia
aconteçam, causando novas explosões
que podem ser ainda mais poderosas.
Porém, armazenar as 400 toneladas de
água radioativa, geradas todos os dias
nesse processo, mostrou-se um grande
desafio.
Esses resíduos são armazenados em
tanques dentro da própria usina, mas
vazamentos têm preocupado a Tepco e
o governo japonês. Várias ocorrências
já foram registradas, sendo a mais grave
em agosto deste ano: 300 toneladas de
água altamente radioativa vazaram dos
tanques de armazenamento, alcançando
o lençol freático e o oceano. Há pro-
blemas nas tubulações, rachaduras nos
tanques de contenção e suspeita-se que
resíduos dos próprios reatores danifica-
dos possam estar vazando.
Com isso, o governo japonês sentiu-
se forçado a investir em soluções per-
manentes para evitar mais acidentes e
A crise ainda não
acab u
De paredes de gelo subterrâneas a Geigers de bolso. Veja
como o governo e a população japonesa vêm enfrentando
os problemas da contaminação por radiação.
Mar
Parede de aço
(em construção)
Turbina
Reator
Lençol Freático
Água contaminada
fica contida entre as
paredes de gelo
Tanques de
armazenamento
Central de refrigeração
da parede de gelo
Excesso de água usada para resfriar os
reatores é transferida para os tanques
Parede de gelo
(em construção)
Fonte: Reuters Ilustração: Polyteck
Contaminação das águas subterrâneas em Fukusima
Vazamento dos
tanques
9. Polyteck | www.pltk.com.br | 9
Reatores Nucleares
Parede
de Gelo
vazamentos. Uma delas é a construção
de uma enorme “barreira de gelo” ao
redor dos reatores que contêm a água
contaminada, evitando, assim, que ela
atinja o oceano.
A parede subterrânea de gelo
Lembrando filmes de ficção científica,
mas já utilizada antes para conter polui-
ção, a ideia principal é congelar o solo
ao redor da usina. Isso preveniria que
a água dos lençóis freáticos penetrasse
no local, carregando água contaminada
para o Oceano Pacífico. Uma tubula-
ção de canos equidistantes que contém
fluido refrigerante será implantada ao
redor da usina. O fluido, resfriado por
uma unidade de refrigeração próxima
ao complexo, é bombeado para o sub-
solo. Ele absorve o calor do solo ao seu
redor e é bombeado novamente para a
unidade de refrigeração.
À medida que o calor é absorvido, a
tubulação começa a ser envolvida com
gelo. Espera-se que, após alguns meses,
o espaço entre os tubos esteja comple-
tamente preenchido com gelo. Assim,
estaria formada uma barreira física que
impediria o vazamento de água que
esteve em contato com o núcleo dos
reatores para o Oceano Pacífico. Mesmo
que haja algum furo ou vazamento na
parede de gelo, a água contaminada con-
gelará rapidamente e impedindo mais
vazamentos, pois a temperatura das
paredes deverá ficar próxima de -40 ºC.
O projeto deve custar cerca de US$ 470
milhões, que sairão dos impostos pagos
pelos cidadãos japoneses.
Geigers de bolso: cada um tem
o seu
Enquanto o governo luta contra os
problemas de contenção da radiação, a
população convive com áreas contami-
nadas: muitas cidades foram evacua-
das e as pessoas precisaram recomeçar
suas vidas em outros lugares. Outras
localidades já foram descontaminadas
e consideradas seguras. Parte dos anti-
gos moradores está voltando, mas outros
continuam céticos e preocupados.
Um fato curioso é que, logo após o
acidente, o estoque mundial de contado-
res Geiger, equipamento utilizado para
medir o nível de radiação, simplesmente
desapareceu do mercado. A realidade é
que todos querem ter a certeza de que
não terão problemas com a radiação.
Dois grupos de voluntários foram
organizados para promover ajuda nas
áreas afetadas pelo desastre: Safecast e
Radiation Watch. Como não foi possí-
vel fornecer contadores Geiger para a
população, como inicialmente planejado,
a Safecast resolveu o problema de outra
maneira: desenvolveu seus próprios
detectores, chamados de bGeige, que
foram amarrados a alguns carros. Eles
realizam leituras de 5 em 5 segundos e
as sincronizam com as coordenadas de
GPS. As informações são disponibiliza-
das para a população através mapas na
internet.
Em paralelo, o Radiation Watch vem
trabalhando no desenvolvimento de
monitores de radiação que podem ser
conectados com smartphones. Os volun-
tários do grupo lançaram seu primeiro
Pocket Geiger (“Geiger de Bolso”) em
agosto de 2011, que levava cerca de 20
minutos para realizar medidas de dose.
O monitor consiste em um fotodiodo
PIN sensível à radiação e um aplica-
tivo para smartphone que sincroniza os
dados com informações de GPS. A ver-
são mais recente do aparelho custa US$
70 e leva apenas dois minutos para reali-
zar uma medida, e está disponível para
iPhone e Android. O Radiation Watch
afirma que já existem cerca de 12.000
usuários do Pocket Geiger. e
Fontes:
»» Eliza Strickland, IEEE Spectrum, 04/09/2013.
»» http://blog.safecast.org/
»» http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-23940214
acesso em 12/10/2013
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Ilustração: Polyteck
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10. 10 | www.pltk.com.br | Polyteck
A reinvenção
do computador
Os nanotubos de carbono (NTC) são alótropos do carbono com
uma nanoestrutura cilíndrica. Um nanotubo consiste basicamente
em uma folha de grafeno enrolada. As propriedades térmicas,
mecânicas e elétricas dos nanotubos dependem do ângulo com o
qual essa folha de carbono foi enrolada.
A imagem acima mostra vários NTC emaranhados e foi obtida
por microscopia eletrônica de varredura. Foto: Shutterstock.
O primeiro computador totalmente construído com
transístores de nanotubos de carbono promete reinventar
a indústria de semicondutores.
Comparando com os padrões modernos, alguém desavi-
sado poderia achar obsoleto o computador desenvolvido em
Stanford, pela equipe dos professores H.-S. Philip Wong e
Subhasish Mitra. Composto por 178 transístores baseados em
nanotubos de carbono (NTC), opera em apenas 1 bit de infor-
mação. Isso é muito inferior ao Intel 4004, lançado no final
de 1971, que continha 2300 transístores e operava com 4 bits.
Máquinas modernas têm microchips com bilhões de transís-
tores e operam em 32 ou 64 bits de informação. Mas não se
engane: essa máquina “rústica” pode ser a pioneira de uma
grande revolução na indústria de semicondutores.
Por que o carbono?
A busca por dispositivos cada vez menores, mais rápidos e
de preço acessível tem criado uma reviravolta na indústria de
semicondutores. Baseada fortemente em dispositivos à base
de silício, ela tenta agora se reinventar procurando materiais
alternativos. Cada vez menores, o tamanho dos transístores
CMOS baseados em silício parece ter chegado a um limite
inferior. Esses problemas são, em grande parte, decorrentes
da própria arquitetura dos dispositivos: um transístor CMOS
padrão é constituído de quatro partes – fonte, dreno, um canal
que conecta os dois e o gate, que controla o canal. Quando o
gate é ligado, ele cria um caminho condutor que permite que
os elétrons ou buracos viajem da fonte para o dreno. Quando
o gate é desligado, o caminho condutor desaparece. Acontece
11. Polyteck | www.pltk.com.br | 11
“Em 1998, o sonho de qualquer
pesquisador da área era ser capaz
de usar nanotubos para construir
dispositivos que pudessem ser
produzidos em grande escala.”
Diagrama de fabricação do
computador de nanotubos.
Os passos 1 a 4 mostram a preparação do
substrato de silício para a fabricação do cir-
cuito. Os passos 5 a 8 mostram a transferên-
cia dos CNTs do wafer de quartzo (onde os
nanotubos altamente alinhados foram cres-
cidos) para o substrato de SiO2. Os passos 9
a 11 mostram a finalização da fabricação do
dispositivo.
Foto: Max M. Shulaker et al./Nature
Adaptado para o português.
Reprinted by permission from Macmillan
Publishers Ltd: Nature (501, 526–530),
copyright (2013)
que, com a diminuição da distância entre a fonte
e o dreno, o controle do gate sobre o canal ficou
mais fraco. Devido às pequenas distâncias dentro
do dispositivo, os efeitos quânticos, como as cor-
rentes de tunelamento, tornam-se mais evidentes.
Elas fazem com que os portadores de carga passem
da fonte para o dreno, mesmo com o gate desligado.
Esse efeito gera uma pequena dissipação de calor
que, quando somada com as dissipações dos outros
bilhões de transístores, acaba fazendo o processa-
dor esquentar muito rápido.
Especialistas afirmam que essas dificuldades
apontam para o fim da Lei de Moore, que diz que
o número de transístores em circuitos integrados
dobra a cada dois anos
Uma das alternativas mais promissoras é o uso
de polímeros no lugar do silício, gálio, arsênico
e outros materiais semicondutores. Os chama-
dos “dispositivos semicondutores orgânicos”, entre
outras vantagens, são muito mais baratos, leves e
principalmente mais flexíveis. Dentre esses mate-
riais, os NTC há muito tempo demonstraram seu
potencial. O número de aplicações dos nanotubos
é notável: desde melhorar a resistência de tacos de
beisebol, até aplicações nas indústrias eletrônica e
farmacêutica. Entre muitas propriedades interes-
santes, sua elevada condutividade torna-se um atra-
tivo para fabricantes de semicondutores.
Os primeiros transístores a utilizarem os NTC
foram construídos em 1998 por grupos de pesquisa
da IBM e da Delft University of Technology. Na
época, o sonho de qualquer pesquisador da área era
ser capaz de construir dispositivos comerciais que
pudessem ser comercializados em grande escala.
Porém, algumas dificuldades inerentes aos nanotu-
bos impediram que isso fosse realizado. Elas advêm
do fato de que, por mais que seja relativamente fácil
crescer os NTC usando deposição por evaporação,
o processo tende a produzir, em um mesmo con-
junto, nanotubos com propriedades elétricas dife-
rentes: nanotubos semicondutores e metálicos. Os
de natureza metálica são indesejados, uma vez que
podem causar curtos-circuitos no sistema.
Além disso, há o problema do emaranhamento
entre os nanotubos. Dependendo do tipo do subs-
trato usado, eles podem crescer paralelos ou emara-
nhados. Mesmo com um substrato que force o cres-
cimento paralelo, uma pequena fração dos NTC irá
inevitavelmente crescer desalinhada.
Truques e técnicas utilizadas
Para contornar esses problemas, os pesquisado-
res de Stanford desenvolveram uma série de téc-
nicas para cada passo do processo, o que acabou
levando ao primeiro computador feito completa-
mente com transístores efeito de campo com nano-
tubos de carbono (“Carbon Nanotube Field Effect
Transistor” - CNFET, em inglês).
Antes do crescimento dos nanotubos, um wafer
de silício foi preparado com uma camada de óxido
de silício, de 110 nm, através de oxidação térmica.
Os gates e a camada inferior de conexões elétri-
cas do circuito foram impressos utilizando técni-
cas convencionais de litografia. Os pesquisadores
utilizaram uma camada de Al2
O3
de 24 nm como o
material de alta constante dielétrica (k) para o gate
inferior do transístor. Ela foi depositada através de
deposição por camadas atômicas, cobrindo os gates
e as conexões inferiores do wafer. Para finalizar a
preparação e remover todos os contaminantes, o
wafer foi limpo com plasma de oxigênio.
Um substrato de quartzo recozido foi utilizado
para o crescimento dos NTC. Faixas paralelas de
12. “O computador de nanotubos
é programável e pode rodar um
sistema operacional básico”
A imagem ao lado mostra dispositivos
eletrônicos, impressos sobre um wafer de
silício, sendo testados nos estágios finais do
processo de fabricação.
A indústria de semicondutores enfrenta
dificuldades operacionais que estão dire-
tamente relacionadas ao tamanho cada
vez menor dos transístores fabricados. Em
dispositivos menores que algumas dezenas
de nanômetros surgem vários problemas
relacionados à fuga de corrente elétrica e
produção excessiva de calor. Esses proble-
mas prejudicam o funcionamento, reduzem a
velocidade de processamento e encurtam a
vida útil do dispositivo.
Foto: Shutterstock
ferro, que atuam como catalisadoras na reação,
foram litograficamente impressas sobre o wafer de
quartzo. Os nanotubos foram crescidos por depo-
sição de vapor químico; então, o substrato com os
nanotubos foi coberto por uma camada de 150 nm
de ouro. Finalmente uma fita thermal release foi
aplicada sobre o ouro. Nesses passos existem dois
truques: o primeiro é o substrato de quartzo, que é
responsável pelo alinhamento de 99,5% dos nano-
tubos de carbono; o segundo truque é que a fita
thermal release remove os NTC cobertos com ouro
do substrato de quartzo.
A fita com os NTC foi então aplicada sobre o
wafer de silício previamente preparado e ambos
foram aquecidos até 125 °C, temperatura na qual
a fita perde sua adesão e pode ser removida, dei-
xando os nanotubos cobertos com ouro sobre o
wafer. A superfície foi tratada com plasma de oxi-
gênio e argônio para remover os resíduos deixados
pela fita. Em seguida, o ouro foi removido seleti-
vamente através de corrosão química (“wet etch”),
deixando os NTC altamente alinhados sobre o
wafer de silício.
As fontes e drenos dos transístores, assim como
uma segunda camada metálica com as conexões
elétricas, foram impressas logo após a transferência
dos nanotubos para o wafer de silício. Nesse pro-
cesso também foram utilizadas técnicas conven-
cionais de litografia. O truque para evitar funções
lógicas incorretas no circuito foi remover os NTC
que ficaram mal posicionados. Para isso a área dos
transístores foi coberta com photoresist e os NTC
mal posicionados foram removidos com plasma de
oxigênio. Isso garantiu um circuito imune a nano-
tubos deformados ou mal posicionados.
Para garantir altas taxas de on/off nos tran-
sístores e um correto funcionamento lógico, foi
necessário remover mais de 99,99% dos NTC metá-
licos do circuito. O que se faz é aplicar um poten-
cial que faça o gate desligar os NTC semiconduto-
res e fazer uma alta corrente elétrica pulsada fluir
pelos nanotubos metálicos. Esse “curto-circuito”
causa o aquecimento dos nanotubos metálicos
através de efeito Joule até que eles se oxidem, não
conduzindo mais corrente elétrica. Em vez de fazer
esse procedimento para os transístores individual-
mente, os pesquisadores empregaram um método
chamado VLSI-compatible Metallic-CNT Removal
(VMR), que permite causar um curto-circuito
em centenas de transístores e milhares de NTC
simultaneamente.
O computador pioneiro
Mitra, um dos professores de Stanford respon-
sáveis pelo computador de nanotubos, disse à IEEE
Spectrum que “as pessoas diziam que não dava
para construir nada com nanotubos de carbono.
Agora essa questão está resolvida.” Portanto o com-
putador de nanotubos não é apenas um avanço tec-
nológico, mas também uma quebra de paradigma
na área dos semicondutores.
Apesar das diferenças em relação às máquinas
atuais, o computador construído pelos pesquisado-
res é capaz de realizar qualquer tarefa esperada de
um processador. Similar aos primeiros computa-
dores baseados em silício, o computador de nano-
tubos, que foi totalmente construído com CNFETs,
pode executar programas gravados e é reprogramá-
vel. Ele pode rodar um sistema operacional básico e
realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Os pesqui-
sadores também executaram 20 diferentes instru-
ções do conjunto de instruções comercial MIPS
(Milhões de Instruções Por Segundo).
O próximo passo inclui melhorar a velocidade
do processador. Para isso, os pesquisadores preci-
sam aumentar a densidade de NTC no substrato,
que atualmente é de apenas cinco nanotubos por
micrômetro. Os cientistas estimam que com uma
densidade entre 100 e 200 nanotubos por micrôme-
tro, a velocidade aumentará suficientemente para
que o custo do processo seja justificável. Outro
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Dreno
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No topo está uma foto do wafer de 4 polegadas após todo
o processo de fabricação. Abaixo encontra-se uma imagem de
microscopia eletrônica de varredura de um transístor de nanotu-
bos de carbono por efeito de campo (CNFET) , mostrando a fonte
(source), dreno (drain) e os nanotubos de carbono se estendendo
na região do canal.
Foto adaptada de: Max M. Shulaker et al./Nature. Reprinted by
permission from Macmillan Publishers Ltd: Nature (501, 526–
530), copyright (2013)
aprimoramento refere-se à distribuição
dos NTC pelo substrato. A densidade de
NTC deve ser aproximadamente cons-
tante em toda a extensão dos transísto-
res. Segundo Mitra, há trabalhos sendo
realizados especificamente para solucio-
nar essas questões.
Com isso, fica a certeza de que esta-
mos presenciando um avanço signifi-
cativo no desenvolvimento de um novo
tipo de computador. A expectativa é
de que, em breve, a indústria de semi-
condutores adote esta nova tecnologia,
assim teremos dispositivos eletrônicos
mais rápidos, econômicos e baratos que
os atuais. e
Artigo escrito com base nos
trabalhos:
»» Max M. Shulaker et al., Nature 501, 526–530.
»» Rachel Courtland, IEEE Spectrum, 25/09/2013.
»» Khaled Ahmed e Klaus Schuegraf, IEEE
Spectrum, 28/10/2011.
»» Patil, N. et al., IEEE, 573–576 (2009)
»» Agradecemos ao prof. Cyro Ketzer Saul, do
Departamento de Física da UFPR, pelo trabalho de
revisão técnica do artigo.
14. 14 | www.pltk.com.br | Polyteck
dos programadores e designers
Aplicativos inteligentes podem convencer as pessoas de que
ter um computador vestível é um bom negócio.
O sucesso
destes dispositivos
dependerá da criatividade
Os fabricantes de hardware e desenvolvedores de
software estão apostando que os wearable compu-
ters, nome dado a computadores feitos para serem
vestidos, vão se tornar uma nova plataforma para
desenvolvimento de aplicativos. Uma das apostas
são dispositivos como o Google Glass, que ainda
está nos últimos estágios de validação antes do
lançamento comercial. Outra novidade que tem
ganhado muita atenção são os relógios inteligentes,
conhecidos como smart watches.
Os primeiros dispositivos lançados incluem o
Galaxy Gear, da Samsung, o Toq, da Qualcomm, e
o Pebble, que foi financiado por pessoas do mundo
todo através do Kickstarter. Estes primeiros reló-
gios estão ajudando a esclarecer o que funciona
ou não no desenvolvimento de softwares para este
novo tipo de plataforma.
A Runkeeper, empresa que já desenvolveu
um popular aplicativo de fitness para smar-
tphones e para o Pebble, está agora trabalhando
com a Samsung. Segundo Jason Jacobs, CEO da
Runkeeper, o smart watch é um complemento
ao smartphone e não um substituto. Ele é como
um controle remoto que controla o aplicativo no
smartphone.
Parte do apelo em um relógio de pulso inteli-
gente é que, além de deixar as mãos relativamente
livres ao verificar as horas, previsão do tempo ou
notificações, ele permite agilidade e discrição. Os
diferentes tipos de sensores disponíveis em um
smart watch e as limitações no tamanho da tela
fazem com que as informações que um relógio
inteligente pode apresentar ao usuário sejam muito
diferentes das presentes em um telefone.
Um aplicativo de fitness encaixa-se natural-
mente em um relógio inteligente, mas a utilidade de
outros tipos de programas é menos clara. Quando
surgiram os primeiros tablets, falava-se que um
laptop sem teclado nunca teria utilidade: por exem-
plo, ninguém imaginava que médicos usariam
tablets para fazer o acompanhamento dos pacientes
internados. Da mesma forma que ocorreu com os
tablets, o sucesso dos relógios inteligentes está rela-
cionado com o tipo de aplicativo que será criado
para eles.
Oportunidade
Não é preciso muito esforço para perceber que
este tipo de dispositivo oferece muitas possibili-
dades para empreendedores e desenvolvedores de
software. Se você programa em Android, ou tem
alguma ideia para um aplicativo, agora é a hora de
botar a mão na massa. Aproveitando esta janela
de oportunidade, você se estabelecerá como um
pioneiro e também ajudará na consolidação desse
novo mercado.
A esperança é que, ao longo do tempo, os dis-
positivos farão mais, custarão menos e vestirão
melhor. Porém, o que realmente fará centenas de
milhões de pessoas utilizarem esses computado-
res são a criatividade e o poder dos softwares, não
importando se eles estão no relógio, óculos ou em
sensores nas roupas. e
Artigo escrito com base em:
»» Tim Carmody, MIT Technology Review, 25/09/2013
Leia mais!
15. Polyteck | www.pltk.com.br | 15
Sensor mimetiza
características da
pele humana
Um dispositivo flexível que responde
à pressão abre caminho para peles
eletrônicas que simulam o tato.
Foto: Representação esquemática de um
único pixel que consiste de um TFT com
nanotubos de carbono, um OLED e um
sensor de pressão (PSR) sobre um substrato
de poliimida (esquerda). Ilustração de uma
matriz de 16 x 16 pixels, funcionando como
uma pele interativa, capaz de mapear e
exibir visualmente a intensidade da pressão
aplicada (direita).
Foto: Chuan Wang et al./Nature - Reprinted by permis-
sion from Macmillan Publishers Ltd: Nature Materials
(12, 899–904), copyright (2013)
A pele é um órgão flexível e robusto
que cobre e protege o organismo
humano contra danos externos. Ao
mesmo tempo, também funciona como
um sensor para toque, dor e tempera-
tura. Este modelo biológico multifuncio-
nal está inspirando o desenvolvimento
de equivalentes eletrônicos conhecidos
como “pele eletrônica”, que consiste em
uma matriz de sensores mecanicamente
flexíveis ou elásticos. Ela pode ser apli-
cada em superfícies irregulares e tem a
capacidade de mapear espacialmente
e quantificar diversos estímulos. Estes
dispositivos têm sido propostos como
próteses biomiméticas e como ferramen-
tas de diagnóstico, bem como um meio
para criar robôs com percepções senso-
riais semelhantes às humanas.
Pesquisadores do Departamento
de Engenharia Elétrica e Ciência da
Computação da Universidade da
Califórnia, em Berkeley, descreveram a
primeira pele eletrônica interativa. Ela
não só mapeia espacialmente a pres-
são aplicada, mas também fornece uma
resposta visual instantânea através de
um display de diodos orgânicos emisso-
res de luz (OLEDs). Os OLEDs acendem
no local onde o dispositivo é tocado e a
intensidade da luz emitida é proporcio-
nal à pressão aplicada.
Como funciona
Um wafer de silício é revestido com
uma camada de poliimida de aproxi-
madamente 24 µm. Em seguida, ele é
processado utilizando passos convencio-
nais de microfabricação para imprimir
os circuitos, tais como fotolitografia e
metalização. A camada de poliimida é
retirada do wafer de silício com os dis-
positivos já impressos em sua superfície,
resultando em um sistema eletrônico
feito em plástico altamente flexível.
Cada pixel da matriz consiste em um
transístor de película fina (TFT) com
nanotubos de carbono, sendo o dreno
do transístor ligado ao ânodo de um
OLED. Uma borracha sensível à pres-
são com nanopartículas de carbono
incorporadas (PSR) é aplicada no topo
da matriz de diodos, de forma que ela
fique em contato elétrico com o cátodo
de cada OLED. A superfície de borracha
é revestida com uma tinta de prata que
serve como aterramento.
Quando a pressão é aplicada sobre a
PSR, o caminho de tunelamento entre as
nanopartículas de carbono na borracha
é reduzido, resultando na diminuição da
resistência elétrica. A variação da resis-
tência da PSR modula a corrente que flui
através do OLED e altera o brilho da luz
emitida.
Para mudar a cor da luz emitida,
basta uma simples alteração do material
da camada emissiva dos OLEDs. Isso
resulta na alteração do pico de compri-
mento de onda emitido pelo dispositivo,
que pode ser ajustado para 489, 523, 562
ou 601 nm. Os pesquisadores mostra-
ram também que o visor é resistente à
flexão e que a matriz funciona adequa-
damente em diferentes curvaturas.
Pele eletrônica interativa
O sistema completo foi fabricado
consistindo em matrizes de 16 x 16
pixels de TFTs, OLEDs e sensores de
pressão integrados sobre um substrato
de poliimida. Quando nenhuma pressão
é aplicada, a resistência da PSR evita a
passagem de corrente e todos os OLEDs
ficam desligados. O aumento da cor-
rente elétrica ocorre pela aplicação de
pressão sobre a PSR: os OLEDs recebem
mais corrente e acendem nesses locais.
A integração de outros componentes
e sensores pode ser feita utilizando uma
plataforma semelhante, permitindo uma
interface mais sofisticada e parecida
com a pele humana. Os pesquisadores
preveem que a plataforma apresentada
pode encontrar uma grande variedade
de aplicações em painéis automotivos,
robótica e dispositivos de monitora-
mento médico e de saúde. As matrizes
de pele eletrônica também podem ser
exploradas para cobrir grandes áreas,
tais como paredes de edifícios com
papéis de parede interativos, utilizando
o conceito apresentado. e
Leia o trabalho original:
»» Chuan Wang et al., Nature Materials 12, 899–
904 (2013)
<---- Leia mais!
16. 16 | www.pltk.com.br | Polyteck
Confira os pontos essenciais para a realização de uma
pesquisa eficiente por Rodolfo Ohl, country manager da SurveyMonkey
Como ter
sucesso na
Pesquisa
Online
“Recentes estatísticas mostram
que as maiores taxas de abertura
e cliques acontecem na segunda-
feira, sexta-feira e no domingo.”
Não há dúvidas de que a realização de pesquisas ajuda
pessoas e organizações a tomarem melhores decisões. Ainda
assim, muitos acabam deixando este passo importante de
lado por acreditarem ser uma ação lenta e trabalhosa. É aí que
entram as ferramentas online, que otimizam todo o processo
da coleta e tornam a tabulação de dados muito mais rápida e
eficiente.
Porém, é importante tomar alguns cuidados para obter
resultados que realmente contribuam para que você ou sua
empresa enxergue o cenário e reúna as informações essenciais
para nortear seus passos futuros.
Uma pesquisa bem feita fornece insights claros e confiá-
veis que ajudarão o estudante, profissional ou empreendedor a
definir quais as melhores ações a serem tomadas. A finalidade
pode ser diversa: as mais realizadas por nossos clientes são
pesquisas de satisfação, avaliação de desempenho funcional,
pesquisas de mercado, feedbacks de eventos, treinamentos e
produtos.
Dados e dicas importantes para garantir um bom resultado
na aplicação de uma pesquisa foram coletados em nossos 14
anos de expertise no assunto. Isso nos permitiu reunir alguns
pontos essenciais para a realização de uma pesquisa eficiente:
• Defina claramente o propósito da sua pesquisa
online
Objetivos confusos levam a resultados confusos. Um bom
exemplo é o de uma empresa de software que desejava saber
quais das novas funcionalidades eram mais importantes para
seus clientes. A pesquisa perguntava “Como podemos melho-
rar nosso produto?”. As respostas variaram desde “Faça o mais
simples” até “Adicione um botão de atualizar na página de
recrutamento”. Resultado: embora as informações coletadas
parecessem interessantes, estes dados não foram úteis para o
gerente do produto. O que ele esperava era uma lista de fun-
cionalidades a serem desenvolvidas, utilizando o input dos
clientes como uma variável na priorização.
Para não perder o rumo, invista tempo respondendo às
seguintes perguntas:
• Por que está criando esta pesquisa?
• O que você espera alcançar com esta pesquisa?
• Como você pretende utilizar os dados que serão coletados?
• Quais decisões espera impactar com os resultados desta
pesquisa?
Isso vai ajudar a estabelecer um objetivo claro e aumentar
suas chances de sucesso. Boas pesquisas têm objetivos que são
facilmente entendidos.
• Mantenha a pesquisa curta e focada
O ideal é focar em apenas um objetivo. Pesquisas curtas e
focadas ajudam na qualidade e quantidade das respostas cole-
tadas, uma vez que a taxa de abandono é menor.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
17. Polyteck | www.pltk.com.br | 17
• Calcule o tempo de resposta
Na SurveyMonkey temos estudado bastante o tempo ideal
para completar uma pesquisa. Aprendemos que o respon-
dente investe cinco minutos ou menos para completá-la. Seis
a 10 minutos são aceitáveis, mas vemos taxas significativas de
abandono após 11 minutos.
• Não inclua perguntas fora do escopo da
pesquisa
Faça uma avaliação genuína de cada questão para saber se
elas realmente agregam informações e ajudam a atingir seu
objetivo.
• Mantenha as questões simples
Faça perguntas diretas. Evite o uso de jargões ou siglas. Não
presuma que seus respondentes conheçam os acrônimos utili-
zados na sua organização.
• Dê preferência às questões fechadas e saiba
quando utilizar questões abertas
Questões fechadas são aquelas que dão alternativas ao res-
pondente. Além de facilitarem o processo de análise, facili-
tam a resposta. As questões abertas permitem que as pessoas
respondam à pergunta com suas próprias palavras. São ótimas
para fornecer informações qualitativas e insights que talvez
não tenham sido abordados no questionário.
• Mantenha as escalas de avaliação padronizadas
em todo o questionário
Escalas de avaliação são uma ótima forma de analisar e
comparar um conjunto de variáveis. Caso escolha utilizá-las
em seu questionário, mantenha a padronização em todas as
perguntas. Alterar sua escala de avaliação no questionário
aumentará as chances de os respondentes ficarem confusos e
fornecerem respostas não confiáveis.
• Mantenha um ordenamento lógico
Certifique-se de que o fluxo do seu questionário está orde-
nado de maneira lógica. Comece com uma curta introdução
que motive o respondente a completar a pesquisa (exemplo bem
simples, mas funcional: “Ajude a melhorar nossos serviços para
você.”). Uma boa ideia é começar com questões mais amplas e
depois afunilar o escopo das perguntas. É melhor coletar dados
demográficos e sensitivos no final da pesquisa, a não ser que
esta informação sirva para filtrar e desqualificar participantes.
• Realize um pré-teste
Antes de divulgar sua pesquisa, peça para alguns conheci-
dos ou colegas de trabalho respondê-la. Desta forma você pode
encontrar falhas ou interpretações equivocadas das questões.
• Saiba escolher bem o dia de enviar a pesquisa
para sua audiência
Recentes estatísticas mostram que as maiores taxas de
abertura e cliques acontecem segunda-feira, sexta-feira e
domingo. No entanto, o mais importante para acertar e ter um
bom índice de respostas é considerar o perfil da sua audiên-
cia. Em uma pesquisa com funcionários, por exemplo, o ideal
seria enviá-la em um dia útil. Enviar uma pesquisa no final
do mês, que é época de fechamento de relatórios e balanços
mensais, pode ser uma boa aposta dependendo do perfil dos
entrevistados.
• Envie lembretes
Enviar lembretes para quem ainda respondeu à pesquisa
pode ajudar a aumentar significativamente a taxa de respostas.
Mas lembre-se: isso não é necessariamente apropriado para
todas as pesquisas. e
»» Rodolfo Ohl é o country manager Brasil da SurveyMonkey, empresa líder
global em pesquisas. Bacharel e mestre em administração de empresas pela
FECAP – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado –, Rodolfo possui
rica experiência na implantação e gestão de subsidiárias de unidades de
negócios de empresas líderes da internet, como Monster.com, Catho, Manager,
além da própria SurveyMonkey, onde trabalha atualmente.
»» A SurveyMonkey é a maior empresa de pesquisa online do mundo, e ajuda
seus clientes a coletarem mais de 1 milhão de respostas para pesquisas todos
os dias. A SurveyMonkey revolucionou a forma com que as pessoas entregam
e recebem feedback, tornando este processo acessível, fácil e flexível a vários
níveis de orçamento. A empresa foi fundada em 1999 e está focada em ajudar
as pessoas a tomarem melhores decisões. São mais de 15 milhões de clientes
no mundo todo, entre eles, 99% das empresas indicadas pela Fortune 500,
instituições acadêmicas, organizações e empresas no mundo todo. No Brasil,
são 380 mil clientes. A empresa tem sede em Palo Alto, Califórnia e conta com
mais de 200 colaboradores.
<---- Leia mais!
la an polytek rodape.pdf 1 15/10/13 10:51 PM
18. 18 | www.pltk.com.br | Polyteck
o Atlântico
Barco autônomo
tenta cruzar
Embarcação projetada por estudantes
pode entrar para a história da navegação.
A Scout é um barco de quatro metros
de comprimento projetado para atra-
vessar o Oceano Atlântico. Isso não
seria grande coisa, caso a embarcação
não o fizesse de forma completamente
autônoma, utilizando apenas comandos
pré-programados e informações sobre o
ambiente que o seu sistema coleta atra-
vés de sensores acoplados.
Projetada em 2010 por estudantes de
Engenharia Civil, Mecânica, Eletrônica
e Ciência da Computação, a embarcação
foi lançada no dia 24 de agosto deste ano
em Rhode Island, nos EUA, e espera-se
que chegue à Espanha em apenas alguns
meses. Até agora, ela já percorreu apro-
ximadamente 2.000 dos 5.900 km entre
o ponto de partida e o de chegada.
Diferentemente de seus predecesso-
res, a Scout é completamente autônoma.
Seu sistema manda updates três vezes
por hora, utilizando um transmissor
Iridium. Assim, é possível monitorar a
posição, velocidade, nível da bateria e
algumas outras condições do barco, mas
novas instruções não podem ser envia-
das para ele.
Tecnologia
O casco da Scout foi construído com
materiais de ponta (espuma Divinycell
envolta por fibra de carbono), porém o
restante do barco é relativamente sim-
ples. A bateria lítio-ferro-fosfato que
alimenta o motor acoplado ao fundo
do casco é carregada através de painéis
solares localizados no topo da embar-
cação. Quando as condições climáticas
são boas, a bateria carrega o suficiente
durante o dia para manter o motor em
funcionamento à noite. Caso as con-
dições não sejam as melhores, o motor
desliga e o barco fica à deriva até que a
bateria seja carregada novamente.
Fortes tempestades não devem ser um
problema para o barco, pois o formato
do deck e o chumbo colocado no fundo
da quilha garantem que a embarcação
volte à sua posição original caso ela vire.
Uma característica curiosa é que o barco
é programado para parar e navegar de
ré a cada cinco horas. Segundo a equipe,
essa manobra ajuda a livrar a quilha
de qualquer objeto que possa ter ficado
preso na embarcação durante o percurso.
Problemas
No dia 28 de setembro, a Scout dei-
xou de enviar informações para a equipe.
Ela já teve períodos de silêncio antes,
que foram corrigidos com a reinicializa-
ção automática do sistema que cuida da
comunicação por satélite. Porém, geral-
mente estes blecautes não duraram mais
que 12 horas.
Após quase três dias de completo
silêncio, o barco ativou um sistema de
backup que envia informações sobre a
posição duas vezes ao dia para a equipe.
A principio, por efeito dos ventos e
correntes marítimas, o barco parecia
navegar na direção correta, mas agora
está claro que a Scout está à deriva. Os
idealizadores do barco esperam que,
devido às correntes marítimas, o barco
passe próximo à Carolina do Norte no
próximo ano. Eles planejam recuperar
a embarcação, corrigir os problemas e
tentar novamente. Novas informações
sobre a embarcação e a sua saga estão na
fan page da Scout no Facebook.
Você pode conhecer o site do projeto,
entender melhor a embarcação, acom-
panhar a trajetória da Scout rumo à
Espanha e torcer pelo sucesso da missão
pelo QR Code desta notícia, ou aces-
sando: www.pltk.com.br/scout e
Este artigo foi escrito com base em:
»» http://www.gotransat.com/
»» David Schneider, IEEE Spectrum, 27/09/2013
Foto: Scout Transatlantic
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