O documento discute a Diplomática Contemporânea como base metodológica para organização do conhecimento arquivístico. Apresenta Luciana Duranti como figura central que aplicou o método diplomático aos documentos modernos, mostrando que os mesmos elementos estão presentes. Isso levou os arquivistas a verem a Diplomática Contemporânea como ferramenta essencial para tratamento de conjuntos documentais no século 21.
Unidade I aborda conceitos, bases e normas para a gestão arquivística de documentos digitais, incluindo definições de termos como documento digital, função arquivística e legislação arquivística. Discutem-se também atributos da assinatura digital para autenticação de documentos digitais e softwares livres para gestão de documentos.
1. O documento apresenta conceitos fundamentais sobre técnicas de arquivos, incluindo a legislação brasileira e o papel dos profissionais de arquivos.
2. Aborda os diferentes tipos de documentos em termos de valor e localização, como correntes, intermediários e permanentes.
3. Discutem-se os diferentes tipos de arquivos, públicos e privados, e a responsabilidade do poder público na gestão da documentação e acesso à informação.
O documento discute conceitos de arquivo e documento, definindo arquivo como um conjunto orgânico de documentos independente da data, forma ou suporte material, produzidos no exercício de uma atividade e conservados para prova ou informação. Documentos têm valor administrativo, legal, fiscal ou histórico dependendo do propósito e idade.
Gestão de documentos: Classificação, Ordenação e Protocolo, Tipos de Arquivo:...Jader Windson
Abordagem sobre a gestão de documentos e a preocupação que se tornou uma importante ferramenta logo após o período pós-segunda guerra mundial. Leitura e compreensão do que a constituição define sobre arquivos públicos e privados na Lei 8.159; explanação da teoria das idades; vantagem de informatizar o sistema de gestão de documentos em uma organização; classificação; ordenação e protocolo.
O documento é um formulário de solicitação de emissão de diploma da Universidade de Brasília. O grupo analisou o documento segundo os moldes de Mariano Ruipérez, Luciana Duranti e o próprio formulário. A análise considerou elementos externos e internos do documento como suporte, linguagem, signos, protocolo e texto.
O objeto da Ciência da Informação vem mudando ao longo dos tempos. Segundo Dias (2002),
da ideia inicial de “orientação para o usuário” como objeto na década de sessenta, passou-se a
“uso da informação” e, mais tarde, a “satisfação das necessidades individuais de informação”
Este documento descreve a evolução da arquivística moderna desde a antiguidade até os dias atuais. Começa com arquivos estruturados no Egito, Grécia e Império Romano e depois uma queda na Idade Média com a perda do uso da escrita. Retoma com a centralização de arquivos nos séculos XVI-XVIII e o desenvolvimento do modelo de arquivo histórico no século XIX. No século XX, a teoria das três idades revolucionou a arquivística focando nos estágios corrente, intermedi
1. O documento discute a evolução da arquivologia no século XX devido à rápida evolução tecnológica e novos suportes para documentos. 2. A arquivologia conheceu desenvolvimentos importantes para garantir o acesso rápido à informação e preservação de arquivos. 3. O texto apresenta conceitos básicos da arquivologia moderna e compila teoria dos principais autores da área.
Unidade I aborda conceitos, bases e normas para a gestão arquivística de documentos digitais, incluindo definições de termos como documento digital, função arquivística e legislação arquivística. Discutem-se também atributos da assinatura digital para autenticação de documentos digitais e softwares livres para gestão de documentos.
1. O documento apresenta conceitos fundamentais sobre técnicas de arquivos, incluindo a legislação brasileira e o papel dos profissionais de arquivos.
2. Aborda os diferentes tipos de documentos em termos de valor e localização, como correntes, intermediários e permanentes.
3. Discutem-se os diferentes tipos de arquivos, públicos e privados, e a responsabilidade do poder público na gestão da documentação e acesso à informação.
O documento discute conceitos de arquivo e documento, definindo arquivo como um conjunto orgânico de documentos independente da data, forma ou suporte material, produzidos no exercício de uma atividade e conservados para prova ou informação. Documentos têm valor administrativo, legal, fiscal ou histórico dependendo do propósito e idade.
Gestão de documentos: Classificação, Ordenação e Protocolo, Tipos de Arquivo:...Jader Windson
Abordagem sobre a gestão de documentos e a preocupação que se tornou uma importante ferramenta logo após o período pós-segunda guerra mundial. Leitura e compreensão do que a constituição define sobre arquivos públicos e privados na Lei 8.159; explanação da teoria das idades; vantagem de informatizar o sistema de gestão de documentos em uma organização; classificação; ordenação e protocolo.
O documento é um formulário de solicitação de emissão de diploma da Universidade de Brasília. O grupo analisou o documento segundo os moldes de Mariano Ruipérez, Luciana Duranti e o próprio formulário. A análise considerou elementos externos e internos do documento como suporte, linguagem, signos, protocolo e texto.
O objeto da Ciência da Informação vem mudando ao longo dos tempos. Segundo Dias (2002),
da ideia inicial de “orientação para o usuário” como objeto na década de sessenta, passou-se a
“uso da informação” e, mais tarde, a “satisfação das necessidades individuais de informação”
Este documento descreve a evolução da arquivística moderna desde a antiguidade até os dias atuais. Começa com arquivos estruturados no Egito, Grécia e Império Romano e depois uma queda na Idade Média com a perda do uso da escrita. Retoma com a centralização de arquivos nos séculos XVI-XVIII e o desenvolvimento do modelo de arquivo histórico no século XIX. No século XX, a teoria das três idades revolucionou a arquivística focando nos estágios corrente, intermedi
1. O documento discute a evolução da arquivologia no século XX devido à rápida evolução tecnológica e novos suportes para documentos. 2. A arquivologia conheceu desenvolvimentos importantes para garantir o acesso rápido à informação e preservação de arquivos. 3. O texto apresenta conceitos básicos da arquivologia moderna e compila teoria dos principais autores da área.
O documento discute a trajetória do conceito de classificação de documentos arquivísticos, desde a Antiguidade até os dias atuais. É dividido em dois períodos principais: o primeiro até o século XIX, quando as classificações eram baseadas em critérios como localização, forma e assunto; e o segundo a partir do século XIX, quando surgiram os princípios de respeito aos fundos e ordem original, fundamentando a organização dos arquivos. O documento analisa as definições e características da classificação segundo diferentes escol
O documento resume a evolução da arquivística contemporânea, destacando: 1) A influência do Quebec na arquivística integrada; 2) A criação do Conselho Internacional de Arquivos e seu papel no desenvolvimento da profissão; 3) Os novos paradigmas da era pós-custodial e do continuum de registros.
1) O documento discute a diversidade da historiografia contemporânea e a crise dos paradigmas históricos. 2) Ao longo dos séculos XIX e XX, houve uma expansão das fontes e objetos de estudo dos historiadores para além de apenas política e instituições. 3) Os historiadores também passaram a dialogar com outros campos como sociologia, economia e literatura, tornando o campo histórico mais complexo e interdisciplinar.
O documento discute a evolução do conceito de arquivos ao longo do tempo, da Grécia antiga aos dias atuais, à luz dos avanços tecnológicos. Também aborda a importância crescente da informação contida nos arquivos e a relação entre Arquivologia e Ciência da Informação. Por fim, apresenta definições formais de arquivo segundo organizações e legislação arquivísticas.
O documento discute conceitos e métodos históricos, incluindo a distinção entre a história positivista e a nova história, fontes primárias e secundárias, e ciências auxiliares da história como arqueologia e demografia. Também lista obras de referência importantes sobre a história dos surdos e reflete sobre a importância dos conhecimentos adquiridos para realizar pesquisas históricas.
Este documento discute as semelhanças e diferenças entre Biblioteconomia, Arquivística e Ciência da Informação. Ambas as profissões lidam com documentos e informação, porém cada uma tem funções específicas. A Biblioteconomia possui uma reflexão teórica maior sobre Ciência da Informação, enquanto a Arquivística nasceu ligada ao Estado. Ambas compartilham conceitos com a Ciência da Informação como gestão e análise de informação.
O documento apresenta um resumo do curso de introdução ao pensamento tomista, abordando o contexto histórico da escolástica e a biografia de Santo Tomás de Aquino. O documento destaca a importância do período escolástico e do pensamento de Tomás de Aquino para a sistematização da filosofia cristã, além de apresentar brevemente as principais obras e ideias de Tomás, como sua metafísica do ser e as cinco vias para a existência de Deus.
Fontes históricas documentais as possibilidades de utilização dos livros de n...UNEB
Este documento discute o potencial uso dos livros de notas como fonte histórica para pesquisas sobre a história local de Conceição do Coité na Bahia. Ele explica que os livros de notas do século XIX em diante contêm registros de compras e vendas de terras, doações e procurações que podem fornecer informações sobre a economia e sociedade da época. O documento também cataloga as informações contidas em um livro de notas específico dos anos 1895-1901 como exemplo do tipo de dados disponíveis nessa fonte.
1. O documento apresenta os anais de um workshop sobre perspectivas de estudo em história medieval no Brasil, realizado em 2011 na UFMG.
2. Os resumos abordam temas como disputas por bens eclesiásticos na Gália Merovíngia, envio de legados francos ao Império Bizantino no século VI, arqueologia funerária no norte da Gália, concílios de Paz de Deus, origens dos godos em Jordanes e Isidoro de Sevilha, economia no período carol
O resumo aborda o Manual de Confissão de Martín Pérez, um clérigo salamantino do século XIII que escreveu o Libro de las confesiones. O manual teve grande influência na Península Ibérica devido à circulação de seus manuscritos e menções em outras obras. O resumo destaca como o pensamento de Pérez expresso no manual reflete o contexto da cristandade da época e a importância deste tipo de fonte para compreender a Igreja medieval.
A enciclopédia barsa e o contexto dos anos 60 – algumas percepções do impressoEmerson Mathias
1) A Enciclopédia Barsa foi lançada no Brasil em 1964 como uma versão em português da Encyclopaedia Britannica, contendo artigos escritos por brasileiros.
2) A obra teve como objetivo ser informativa e abrangente sobre diversos assuntos, refletindo os pensamentos da época dos anos 1960 no Brasil.
3) A década de 1960 foi um período de grande desenvolvimento econômico e mudanças sociais no Brasil, com o crescimento da indústria e da classe média urbana.
O documento descreve a evolução histórica dos arquivos desde as civilizações antigas até a era digital. Os arquivos surgiram com a escrita e evoluíram para garantir a memória e organização das sociedades ao longo do tempo, adaptando-se aos avanços tecnológicos em cada época.
O documento descreve a evolução histórica dos arquivos desde as civilizações antigas até a era digital. Os arquivos surgiram com a escrita e desempenharam um papel importante na organização das sociedades, garantindo a memória. Os primeiros arquivos foram encontrados nas civilizações do Oriente Médio há cerca de 6 mil anos. Os gregos e romanos criaram arquivos estruturados para guardar documentos oficiais. A era digital transformou os arquivos com o surgimento do arquivo digital.
Arquivos da Universidade da Havana: do custodial ao pós-custodialebicet
O documento descreve a evolução dos paradigmas arquivísticos custodial e pós-custodial e o desenvolvimento dos arquivos na Universidade de Havana, Cuba. Discute como os arquivos na universidade passaram de um foco na custódia para um enfoque na gestão da informação e no papel do arquivista. Também fornece detalhes sobre a estrutura e legislação dos arquivos na Cuba.
O documento discute a origem dos fundamentos contemporâneos do desenvolvimento de coleções. Analisa oito obras de autores europeus do século XIX que já abordavam conceitos como seleção baseada no valor do conteúdo e uso de instrumentos auxiliares, antecipando as abordagens modernas. Conclui que esses autores apresentaram soluções para lidar com a complexidade gerada pela explosão da informação, fortalecendo o que hoje é chamado de abordagem baseada no acesso.
Este guia de estudos aborda a transição do sistema feudal para o período moderno, destacando o
movimento renascentista e a Igreja Católica medieval. Discutirá o teocentrismo católico versus o
antropocentrismo renascentista e como a mudança de mentalidade requer tempo. Também tratará da
sociedade estamental medieval, do feudalismo, do papel da Igreja e do surgimento da burguesia no
Renascimento.
Este documento resume uma resenha de um livro sobre documentos do Arquivo Secreto do Vaticano sobre a expansão portuguesa. O livro publica documentos da Nunciatura Apostólica de Lisboa entre os séculos XV-XX. A documentação mostra a importância das Nunciaturas e sua evolução, além de fornecer informações sobre as estruturas socioeconômicas portuguesas. Apesar de alguns documentos triviais, a publicação organiza a documentação de forma geográfica e diacrônica para auxiliar pesquis
Este documento discute três conceitos importantes para a teoria da história: escola histórica, paradigma e matriz disciplinar. A escola histórica refere-se a grupos de historiadores unidos por métodos, perspectivas ou afiliações. Paradigma se refere às crenças e técnicas compartilhadas por um grupo. A matriz disciplinar articula paradigmas dentro de uma ciência.
Este documento é uma introdução à antropologia que descreve sua história e abordagens. Começa explicando como a antropologia emergiu como uma ciência no século 18 ao começar a estudar o homem, e não mais a natureza. Destaca que seu objeto inicial eram as chamadas sociedades "primitivas", permitindo a distância geográfica necessária entre observador e observado. Explica como a antropologia desenvolveu suas ferramentas de pesquisa no início do século 20, mas percebeu que seu objeto de estudo estava desaparecendo
Este documento apresenta uma introdução à antropologia, discutindo seu desenvolvimento histórico e as principais tendências contemporâneas. Começa descrevendo como a antropologia emergiu como ciência no século XVIII ao tomar o homem, e não mais a natureza, como objeto de estudo. Depois, traça a evolução da antropologia desde os pioneiros no século XIX até os principais teóricos do século XX. Por fim, aborda as especificidades da prática antropológica e os desafios colocados pelo estudo do homem
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para automatizar tarefas complexas. Analistas esperam que o produto tenha um bom desempenho no mercado e gere receita significativa para a empresa no próximo ano fiscal.
O documento discute a trajetória do conceito de classificação de documentos arquivísticos, desde a Antiguidade até os dias atuais. É dividido em dois períodos principais: o primeiro até o século XIX, quando as classificações eram baseadas em critérios como localização, forma e assunto; e o segundo a partir do século XIX, quando surgiram os princípios de respeito aos fundos e ordem original, fundamentando a organização dos arquivos. O documento analisa as definições e características da classificação segundo diferentes escol
O documento resume a evolução da arquivística contemporânea, destacando: 1) A influência do Quebec na arquivística integrada; 2) A criação do Conselho Internacional de Arquivos e seu papel no desenvolvimento da profissão; 3) Os novos paradigmas da era pós-custodial e do continuum de registros.
1) O documento discute a diversidade da historiografia contemporânea e a crise dos paradigmas históricos. 2) Ao longo dos séculos XIX e XX, houve uma expansão das fontes e objetos de estudo dos historiadores para além de apenas política e instituições. 3) Os historiadores também passaram a dialogar com outros campos como sociologia, economia e literatura, tornando o campo histórico mais complexo e interdisciplinar.
O documento discute a evolução do conceito de arquivos ao longo do tempo, da Grécia antiga aos dias atuais, à luz dos avanços tecnológicos. Também aborda a importância crescente da informação contida nos arquivos e a relação entre Arquivologia e Ciência da Informação. Por fim, apresenta definições formais de arquivo segundo organizações e legislação arquivísticas.
O documento discute conceitos e métodos históricos, incluindo a distinção entre a história positivista e a nova história, fontes primárias e secundárias, e ciências auxiliares da história como arqueologia e demografia. Também lista obras de referência importantes sobre a história dos surdos e reflete sobre a importância dos conhecimentos adquiridos para realizar pesquisas históricas.
Este documento discute as semelhanças e diferenças entre Biblioteconomia, Arquivística e Ciência da Informação. Ambas as profissões lidam com documentos e informação, porém cada uma tem funções específicas. A Biblioteconomia possui uma reflexão teórica maior sobre Ciência da Informação, enquanto a Arquivística nasceu ligada ao Estado. Ambas compartilham conceitos com a Ciência da Informação como gestão e análise de informação.
O documento apresenta um resumo do curso de introdução ao pensamento tomista, abordando o contexto histórico da escolástica e a biografia de Santo Tomás de Aquino. O documento destaca a importância do período escolástico e do pensamento de Tomás de Aquino para a sistematização da filosofia cristã, além de apresentar brevemente as principais obras e ideias de Tomás, como sua metafísica do ser e as cinco vias para a existência de Deus.
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Este documento discute o potencial uso dos livros de notas como fonte histórica para pesquisas sobre a história local de Conceição do Coité na Bahia. Ele explica que os livros de notas do século XIX em diante contêm registros de compras e vendas de terras, doações e procurações que podem fornecer informações sobre a economia e sociedade da época. O documento também cataloga as informações contidas em um livro de notas específico dos anos 1895-1901 como exemplo do tipo de dados disponíveis nessa fonte.
1. O documento apresenta os anais de um workshop sobre perspectivas de estudo em história medieval no Brasil, realizado em 2011 na UFMG.
2. Os resumos abordam temas como disputas por bens eclesiásticos na Gália Merovíngia, envio de legados francos ao Império Bizantino no século VI, arqueologia funerária no norte da Gália, concílios de Paz de Deus, origens dos godos em Jordanes e Isidoro de Sevilha, economia no período carol
O resumo aborda o Manual de Confissão de Martín Pérez, um clérigo salamantino do século XIII que escreveu o Libro de las confesiones. O manual teve grande influência na Península Ibérica devido à circulação de seus manuscritos e menções em outras obras. O resumo destaca como o pensamento de Pérez expresso no manual reflete o contexto da cristandade da época e a importância deste tipo de fonte para compreender a Igreja medieval.
A enciclopédia barsa e o contexto dos anos 60 – algumas percepções do impressoEmerson Mathias
1) A Enciclopédia Barsa foi lançada no Brasil em 1964 como uma versão em português da Encyclopaedia Britannica, contendo artigos escritos por brasileiros.
2) A obra teve como objetivo ser informativa e abrangente sobre diversos assuntos, refletindo os pensamentos da época dos anos 1960 no Brasil.
3) A década de 1960 foi um período de grande desenvolvimento econômico e mudanças sociais no Brasil, com o crescimento da indústria e da classe média urbana.
O documento descreve a evolução histórica dos arquivos desde as civilizações antigas até a era digital. Os arquivos surgiram com a escrita e evoluíram para garantir a memória e organização das sociedades ao longo do tempo, adaptando-se aos avanços tecnológicos em cada época.
O documento descreve a evolução histórica dos arquivos desde as civilizações antigas até a era digital. Os arquivos surgiram com a escrita e desempenharam um papel importante na organização das sociedades, garantindo a memória. Os primeiros arquivos foram encontrados nas civilizações do Oriente Médio há cerca de 6 mil anos. Os gregos e romanos criaram arquivos estruturados para guardar documentos oficiais. A era digital transformou os arquivos com o surgimento do arquivo digital.
Arquivos da Universidade da Havana: do custodial ao pós-custodialebicet
O documento descreve a evolução dos paradigmas arquivísticos custodial e pós-custodial e o desenvolvimento dos arquivos na Universidade de Havana, Cuba. Discute como os arquivos na universidade passaram de um foco na custódia para um enfoque na gestão da informação e no papel do arquivista. Também fornece detalhes sobre a estrutura e legislação dos arquivos na Cuba.
O documento discute a origem dos fundamentos contemporâneos do desenvolvimento de coleções. Analisa oito obras de autores europeus do século XIX que já abordavam conceitos como seleção baseada no valor do conteúdo e uso de instrumentos auxiliares, antecipando as abordagens modernas. Conclui que esses autores apresentaram soluções para lidar com a complexidade gerada pela explosão da informação, fortalecendo o que hoje é chamado de abordagem baseada no acesso.
Este guia de estudos aborda a transição do sistema feudal para o período moderno, destacando o
movimento renascentista e a Igreja Católica medieval. Discutirá o teocentrismo católico versus o
antropocentrismo renascentista e como a mudança de mentalidade requer tempo. Também tratará da
sociedade estamental medieval, do feudalismo, do papel da Igreja e do surgimento da burguesia no
Renascimento.
Este documento resume uma resenha de um livro sobre documentos do Arquivo Secreto do Vaticano sobre a expansão portuguesa. O livro publica documentos da Nunciatura Apostólica de Lisboa entre os séculos XV-XX. A documentação mostra a importância das Nunciaturas e sua evolução, além de fornecer informações sobre as estruturas socioeconômicas portuguesas. Apesar de alguns documentos triviais, a publicação organiza a documentação de forma geográfica e diacrônica para auxiliar pesquis
Este documento discute três conceitos importantes para a teoria da história: escola histórica, paradigma e matriz disciplinar. A escola histórica refere-se a grupos de historiadores unidos por métodos, perspectivas ou afiliações. Paradigma se refere às crenças e técnicas compartilhadas por um grupo. A matriz disciplinar articula paradigmas dentro de uma ciência.
Este documento é uma introdução à antropologia que descreve sua história e abordagens. Começa explicando como a antropologia emergiu como uma ciência no século 18 ao começar a estudar o homem, e não mais a natureza. Destaca que seu objeto inicial eram as chamadas sociedades "primitivas", permitindo a distância geográfica necessária entre observador e observado. Explica como a antropologia desenvolveu suas ferramentas de pesquisa no início do século 20, mas percebeu que seu objeto de estudo estava desaparecendo
Este documento apresenta uma introdução à antropologia, discutindo seu desenvolvimento histórico e as principais tendências contemporâneas. Começa descrevendo como a antropologia emergiu como ciência no século XVIII ao tomar o homem, e não mais a natureza, como objeto de estudo. Depois, traça a evolução da antropologia desde os pioneiros no século XIX até os principais teóricos do século XX. Por fim, aborda as especificidades da prática antropológica e os desafios colocados pelo estudo do homem
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para automatizar tarefas complexas. Analistas esperam que o produto tenha um bom desempenho no mercado e gere receita significativa para a empresa no próximo ano fiscal.
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para ajudar os usuários a automatizar tarefas complexas. Analistas esperam que o produto ajude a empresa a crescer em novos mercados e aumentar sua receita nos próximos anos.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo aparelho também possui bateria de maior duração e armazenamento expansível. O lançamento do novo modelo está previsto para o último trimestre do ano, com preço sugerido a partir de US$799.
A República é um documento que discute a forma de governo da República. Ele descreve como a República é uma forma de governo em que o poder político é exercido pelo povo através de representantes eleitos e leis, em oposição a uma monarquia ou ditadura onde um único líder governa.
A queda da monarquia portuguesa ocorreu devido ao descontentamento popular com o atraso econômico, o Ultimato Inglês de 1890 e as promessas republicanas de mudança. Em 1910, após vários levantes falhos, os republicanos tomaram Lisboa e proclamaram a República, pondo fim à monarquia constitucional e estabelecendo um novo regime e símbolos nacionais.
A história conta a história de uma galinha ruiva que quer fazer um bolo de milho para a Festa do Outono, mas nenhum de seus amigos (o gato, o cachorro, o porco ou a vaca) quer ajudá-la a colher o milho. A galinha faz tudo sozinha e não convida os amigos preguiçosos para comerem o bolo.
Peter Pan levou Wendy, João e Miguel para conhecer a Terra do Nunca, onde encontraram o barco pirata do Capitão Gancho. Gancho tentou atacar as crianças, mas Peter Pan salvou Wendy. Os meninos perdidos moravam em uma árvore oca, onde Wendy contava histórias. Gancho raptou a Princesa dos índios, mas Peter Pan a libertou, embora Gancho tenha escapado do crocodilo Tic-Tac.
Este documento descreve o fim da monarquia em Portugal no início do século XX. O rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro foram assassinados em 1908, levando à queda da monarquia e ao estabelecimento da República Portuguesa. O povo português estava insatisfeito com a pobreza, as dificuldades econômicas e a influência estrangeira sobre o país, levando ao crescimento do Partido Republicano, que desejava estabelecer uma república.
O documento descreve o sistema de classificação decimal universal (CDU), que divide todo o conhecimento em 10 classes principais que podem ser infinitamente subdivididas. Explica as principais divisões da CDU e como os documentos são classificados e organizados na biblioteca de acordo com seu assunto principal usando este sistema.
O documento descreve o estatuto legal do trabalhador-estudante em Portugal, definindo seus direitos em termos de organização do tempo de trabalho, faltas justificadas para avaliações, férias e licenças. O estatuto visa permitir que trabalhadores possam conciliar estudos com trabalho, recebendo ajustes e dispensas para frequência de aulas.
O documento apresenta seis frutas e seus atributos em versos curtos. A banana é descrita como comprida, amarela e a mais bela de todas as frutas. O limão serve como remédio para a constipação. A noz é dura, pequena e boa amiguinha. A laranja é bonita, agradável e um alimento saudável. A maçã é um fruto saboroso da macieira. Por fim, a castanha é seca, saborosa e gostosa quando assada e quentinha.
O documento fala sobre a importância de uma alimentação equilibrada e variada representada pela Roda dos Alimentos. A roda destaca os diferentes grupos alimentares essenciais como cereais, leguminosas, carnes, laticínios, hortaliças e frutas. O texto também conta a história de uma princesa que foi expulsa de casa pelo pai e acabou se tornando cozinheira, sendo reconhecida através de um anel.
Este documento define o estatuto do trabalhador-estudante no Código do Trabalho português, estabelecendo direitos como horários flexíveis, dispensas de trabalho para aulas, licenças sem remuneração e faltas justificadas para exames.
O documento fala sobre a importância de uma alimentação equilibrada e variada, representada pela Roda dos Alimentos. A roda destaca os diferentes grupos alimentares e suas funções para a saúde. O texto também conta a história de uma princesa que foi expulsa de casa por amar seu pai como "a comida quer o sal", mas que acaba se casando com um príncipe após ele reconhecer seu valor.
Educ@ naWeb é um projeto que visa levar educação de qualidade para todos os estudantes brasileiros por meio de conteúdos digitais e gratuitos disponibilizados na internet. O projeto disponibiliza videoaulas, apostilas, simulados e outros recursos educacionais digitais produzidos por professores e especialistas para auxiliar os alunos nos estudos. Educ@ naWeb tem o objetivo de reduzir as desigualdades educacionais no país oferecendo conteúdos de diferentes disciplinas para os ensinos fundamental e médio.
1. A DIPLOMÁTICA CONTEMPORÂNEA COMO BASE
METODOLÓGICA PARA A ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
ARQUIVÍSTICO: PERSPECTIVAS DE RENOVAÇÃO A PARTIR DAS
IDÉIAS DE LUCIANA DURANTI
Natália Bolfarini Tognoli; José Augusto Chaves Guimarães
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. Departamento de Ciência da Informação
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Marília – SP – Brasil.
nataliabtognoli@yahoo.com.br; guimajac@marilia.unesp.br
RESUMO
A Diplomática traz, em seu bojo, um aporte metodológico à Ciência da Informação,
notadamente para as questões de organização da informação, podendo ser dividida em
dois momentos: Diplomática Histórica e Diplomática Contemporânea. Essa última
fornece subsídios à análise documental na Arquivística (por meio da identificação
documental) e, para a Biblioteconomia, constitui importante referencial no tratamento
temático da informação, mais especificamente na identificação de conceitos. No final do
século XX, na década de 80, a Diplomática encontra um lócus investigativo privilegiado
(e institucionalizado) em Luciana Duranti, com a publicação de Diplomatics: new uses
for an old science, identificado como um turning point na literatura arquivística, onde a
autora aplica o método e os conceitos diplomáticos aos documentos produzidos nos dias
de hoje, inclusive aos eletrônicos. Dessa forma, constata-se que a partir dos estudos de
Luciana Duranti sobre a aplicação do método diplomático aos documentos modernos, os
arquivistas começam a ver a Diplomática Contemporânea como uma ferramenta si ne
qua non para o tratamento dos conjuntos documentais, constituindo o método
diplomático, um divisor de águas no conhecimento arquivístico, uma vez que propicia a
análise de diferentes documentos, independente de sua natureza.
ABSTRACT
Diplomatics brings in its midst, a methodological support to Information Science,
notably in matters of organization of information and can be divided into two periods:
Historical Diplomatics and Contemporary Diplomatics. The latter provides grants to
documentary analysis in Archival Science (by documental identification) and to Library
Science is an important benchmark to the treatment of thematic information through the
identification of concepts. By the end of the twentieth century, at the 80s, Diplomatics
finds a privileged investigative locus (and institutionalized) by the studies of the italian
Luciana Duranti, with the publication of Diplomatics: new uses for an old science, that
has been identified as a turning point in archival science literature, where the author
23
2. applies the method and the concepts of Diplomatics to the contemporary documents,
including the electronic ones. Thus, with the studies of Luciana Duranti about the
application of the diplomatic method in contemporary records, the archivists are
beginning to see the Contemporary Diplomatics as a si ne qua non tool for the treatment
of records, being the diplomatic method a landmark to archival knowledge, since it
provides the analysis of many kinds of documents, regardless of their nature.
PALABRAS CLAVES: Diplomática Contemporânea. Luciana Duranti. Arquivística
24
3. INTRODUÇÃO
A Diplomática traz em seu bojo um aporte metodológico à Ciência da Informação,
notadamente nas questões de organização da informação, na medida em que fornece
subsídios para a análise documental na Arquivística – através da identificação
documental - e para o tratamento temático da informação na Biblioteconomia – através
da identificação de conceitos.
A partir do final do século XX, a Diplomática pode ser divida em Diplomática Histórica
e Diplomática Arquivística. Essa última, a partir da década de 80 começa a auxiliar os
arquivistas na difícil tarefa de compreender o processo de criação dos documentos
contemporâneos.
Dessa forma, destaca-se a apropriação do método diplomático pela Arquivística, que
passa a vê-lo como uma ferramenta si ne qua non para o tratamento da informação no
século XXI.
Nesse contexto, os estudos da italiana Luciana Duranti destacam-se no cenário
arquivístico mundial, uma vez que a autora é a primeira a aplicar o método diplomático
aos documentos contemporâneos na América do Norte. Ao fazê-lo ela observa que os
mesmos elementos contidos em documentos históricos e medievais estão contidos
também nos documentos contemporâneos.
A partir daí a Diplomática desvincula-se do binômio necessário que até então
desempenhava com a Paleografia, e deixa de ter simples rótulo de ―ciência auxiliar da
história‖, para ser uma ciência autônoma, cujo método analítico-comparativo pode ser
considerado uma nova forma de compreender os documentos contemporâneos.
Identifica-se, na literatura analisada, que Luciana Duranti pode ser considerada um
marco teórico, tanto para a Diplomática quanto para a Arquivística, a partir da
publicação de sua série de artigos, intitulada Diplomatics: new uses for an old science –
considerado um turning point para a área - onde a autora expõe o método e os conceitos
diplomáticos, a fim de definir um novo uso para uma antiga ciência.
Portanto, pretende-se aqui expor as principais fases pelas quais a Diplomática passou
até chegar aos dias de hoje, de ciência auxiliar da história, cujo objeto era o documento
histórico, à ciência autônoma, que tem o objeto em comum com a Arquivística - o
documento de arquivo. Para isso, serão focados os estudos de Duranti e sua contribuição
para a renovação científica da área.
25
4. DIPLOMÁTICA ARQUIVÍSTICA CONTEMPORÂNEA: elementos para uma
renovação científica
A Diplomática nasce no século XVII com a finalidade de estabelecer regras para
comprovar a autenticidade de documentos eclesiásticos.
A Igreja Católica, preferindo dedicar-se a uma teologia mais positivista do que
especulativa, publica em 1643 os primeiros volumes da Acta Sanctorum,com o objetivo
de separar o que era fato de lenda na vida dos santos. Essa iniciativa partiu dos
Bolandistas, que convidam o jesuíta Daniel Papenbroek para escrever a introdução do
segundo volume da Acta.
Com isso, Papenbroek anuncia princípios para estabelecer a autenticidade de
documentos antigos, aplicando-os aos documentos preservados no mosteiro de Sant-
Denis. ―Ao fazê-lo, declara (erroneamente) que alguns documentos eram falsos, caindo
em descrédito, assim, todos os documentos preservados no mosteiro‖ (Tognoli, 2008).
Esse episódio ficou conhecido como as ―guerras diplomáticas‖ (bella diplomática) e
originou um grande número de disciplinas científicas cujo objetivo era estabelecer a
autenticidade dos documentos, entre elas a Diplomática, a Paleografia e a Sigilografia.
Em resposta aos escritos de Papenbroek, o monge beneditino Jean Mabillon publica em
1681 um tratado de seis partes intitulado De re diplomatica libri VI, no qual estabelecia
regras precisas para verificar a autenticidade dos documentos, promulgando assim uma
nova ciência, que seria conhecida como Diplomática, conceituada como ―o
estabelecimento de regras e termos certos e precisos pelos quais o instrumentos
autênticos podem ser distinguidos dos falsos, e instrumentos certos e originais dos
incertos e suspeitos‖ (Mabillon apud MacNeil, 2000).
O método preconizado por Mabillon consiste em repartir o documento em suas partes e
analisá-las separadamente em seus elementos internos e externos. Esse método
analítico-comparativo é estendido por toda a Europa e disseminado nas escolas de
Direito.
Durante os séculos seguintes a Diplomática é tomada como uma ciência auxiliar da
historiografia, sob influência da Filologia e da própria História, pois é utilizada para
verificar a autenticidade documental de documentos medievais enquanto fontes
históricas. Essa apropriação da Diplomática pela História se dá entre os séculos XVIII e
XIX, com a introdução dos estudos diplomáticos em escolas Européias, que irão
contribuir para o progresso na formulação e definição dos princípios diplomáticos,
introduzindo no campo novas idéias acerca do objeto e da crítica diplomática. Segundo
Riesco Terrero (2000) a Diplomática até o século XIX e início do século XX não era
considerada uma ciência, enquanto método e técnica científica, o que irá mudar com a
inserção dos seus estudos nessas escolas.
26
5. Entre essas escolas a École des Chartes, em Paris, e o Institut für Osterreichsgeschichte,
em Viena, ofereceram as maiores contribuições para a área, com os estudos de Tessier e
Bautier, e Ficker e Sickel, respectivamente. ―O século XIX viu a criação da École des
Chartes em Paris, em 1821, o desenvolvimento conseguinte da Paleografia como
disciplina autônoma e o progresso decisivo da formulação e definição dos princípios
diplomáticos. No entanto, os maiores avanços tiveram lugar na Alemanha e na Áustria‖
(Luciana Duranti, 1995).
Theodor Von Sickel introduz o estudo da forma documental e o estudo crítico do
documento, apresentando com rigor científico o método de análise das formas
documentais, enquanto Ficker estabelece a distinção entre actio (momento da ação) e
conscriptio (momento da documentação).
Ainda nessa época registra-se o nascimento de outra disciplina científica cujo objeto de
estudo também consistia na informação registrada.
A Arquivística enquanto disciplina científica nasce no século XIX, no contexto da
Revolução Francesa, como uma extensão da Diplomática, sendo rapidamente
apropriada pelos historiadores, e seus estudos são iniciados através dos manuais de
Diplomática e das escolas de historiografia e documentação.
A introdução da Arquivística nessas escolas e a promulgação do princípio da
proveniência - princípio norteador da área - em 1841, na França contribuíram para a
formalização da disciplina enquanto um corpo de conhecimentos específicos para o
tratamento dos documentos de arquivo.
Porém, a Arquivística só é elevada ao status de disciplina científica com a publicação do
famoso Manual dos Arquivistas Holandeses (Handleiding vor het ordenen em
bescheijven van archieven) em 1898, por S. Müller, T. Feith e J. Fruin. Durante toda a
década de 1980, as 100 regras introduzidas no manual, sobre arranjo e descrição de
arquivos, foram exaustivamente discutidas na Associação.
No contexto histórico e conceitual de formação da disciplina, o Manual dos Arquivistas
Holandeses é importante, uma vez que, foi traduzido para vários idiomas facilitando
assim, a disseminação das idéias e princípios ali expostos, além de ―libertar a
Arquivística das disciplinas a que se encontrava ligada, representando um grande
avanço na teorização da disciplina‖ (Barros e Tognoli, 2008).
Após a publicação do manual holandês, outras obras importantes são publicadas, a fim
de teorizar e sistematizar a disciplina, entre eles o Manual of Archive Administration
(1922) do inglês de Hilary Jenkinson e Archivistica (1928) do italiano Eugenio
Casanova.
No século XX, os arquivistas começam a enfrentar alguns problemas com a
documentação gerada na burocracia weberiana e com a explosão documental
27
6. ocasionada após o final da II Guerra Mundial. Com isso, a partir dos anos 30 a visão
historicista do arquivo começa a perder forças, e é identificada uma dimensão
administrativa dos arquivos nos EUA.
A partir dos anos 30, o arquivo continua a ser um laboratório da História e seus
documentos ainda são utilizados como fonte histórica, porém os arquivistas começam a
ver os arquivos como facilitadores da administração, e o conceito de gestão documental
é criado.
Porém, na década de 80, os arquivistas puderam constatar que os princípios enunciados
no final do século XIX e começo do XX, nos famosos manuais (dos arquivistas
holandeses, de Jenkinson e Casanova), não estavam mais dando conta da situação
documental, pois tais princípios são reflexos do pensamento de uma determinada época
e de um determinado contexto, e, como ressalta Cook (1997), ―os princípios
arquivísticos não são fixos no tempo, mas, como visões da própria história, ou da
literatura, ou filosofia, refletem o espírito de uma época e são, então, interpretados de
uma nova forma por gerações sucessivas‖.
Com a criação de novas funções administrativas, que foram horizontalizadas e
fragmentadas, os princípios devem ser reinterpretados uma vez que essas mudanças
refletem na criação dos documentos. As categorias documentais foram aumentadas e
novos formatos inventados, e as novas tecnologias de informação contribuíram
sobremaneira para uma mudança tida como paradigmática na Arquivística Moderna.
Dessa forma, a Arquivística encontra na Diplomática um ponto em comum: o
documento de arquivo, que acabaria por trazer a solução para alguns dos problemas
enfrentados pelos arquivistas do século XXI: o estudo da Tipologia Documental.
A Diplomática, que no final do século XIX e começo do XX passou por uma ―crise‖
devido à falta de consenso em seu objeto, é colocada novamente em contato com a
Arquivística através de Robert-Henri Bautier, professor da École des Chartes que
anuncia o documento de arquivo como o objeto em comum entre as duas disciplinas.
Segundo Ghignoli (1991) ―Bautier estabelece uma identidade entre documento
diplomático e documento d‟archivio, definindo como novo objeto da crítica
Diplomática todas as peças de arquivo‖. Além de estabelecer essa identidade entre as
duas disciplinas, Bautier propõe o estudo de documentos de épocas diferentes, não só os
medievais.
Contemporâneo a Bautier, Tessier (1952) propunha o objeto da Diplomática como ―a
descrição e explicação das formas dos atos escritos‖, e visava não apenas analisar as
formas dos documentos, mas também a buscar uma explicação racional das
circunstâncias que influenciam os modificadores. Para Bautier e Tessier a essência do
documento está em sua condição de prova. O termo ‗forma‘ é a palavra chave da
Diplomática, entendendo por ela não só os caracteres externos do documento, mas
28
7. também sua disposição material e a ordenação interna do texto, o ‗discurso diplomático‘
(Galende; Garcia, 2003).
Para Duranti (1995) a forma é definida como um complexo de regras de representação
usado para transmitir uma mensagem. Essa forma é constituída das características do
documento manifestando-se física e intelectualmente. É papel do método diplomático
repartir e analisar essa forma, através de seus elementos internos e externos, com o
objetivo de analisar a gênese documental, sua evolução, tradição e autenticidade.
Para tanto, os elementos externos são o caráter material do documento, sua aparência
externa. Eles podem ser identificados como o suporte, a escritura, a linguagem, sinais
especiais, selos, anotações, etc., e os elementos internos são os componentes que
articulam intelectualmente o documento, como se apresenta seu conteúdo.
―É possível dizer que os documentos apresentam uma estrutura típica, óbvia e uma
subestrutura analítica ideal. Essa última compreende três seções, cada uma com uma
finalidade específica‖ (Duranti, 1995). A primeira seção é o protocolo, que contém o
contexto administrativo da ação (as pessoas incluídas na ação, tempo, lugar e assunto. A
segunda seção é o texto, com a ação, considerações e circunstâncias que a originaram; e
a última parte é o escatocolo que contém o contexto da documentação ação.
Entendendo essa essência documental como prova de uma ação, e uma conseqüência do
ato, fica bem claro que a Diplomática e a Arquivística possuem em comum o mesmo
objeto de estudo. A partir daí, a relação entre as duas disciplinas se torna clara para os
pesquisadores no final da década de 60.
Porém, apesar dessa relação estabelecida em meados do século XX, a Arquivística só
começará a absorvê-la no final do século. Como destacam Guimarães e Tognoli (2007)
―foi a partir dos anos 80 do século passado que a Diplomática pôde assumir uma nova
dimensão, desvinculando-se do ―binômio necessário‖ que até então desempenhava com
a Paleografia e sendo encarada, pelos arquivistas, como uma ferramenta cujo método
analítico-comparativo trouxe especial contribuição para o tratamento da documentação
gerada na burocracia moderna‖.
Dessa forma, como afirma Rondinelli (2005) ―a possibilidade de integração dos
princípios e conceitos dessa disciplina aos da arquivologia é vista, por aqueles
profissionais, como o caminho seguro para o bom gerenciamento arquivístico dos
documentos de hoje‖.
Esse caminho seguro é, sem dúvida, o estudo da Tipologia Documental, uma vez que a
Diplomática deixa de estudar apenas a espécie e documental e, como ressalta Bellotto
(2004) ―é ampliada na direção da gênese documental e de sua contextualização nas
atribuições, competências, funções e atividades da entidade geradora/acumuladora‖.
29
8. Logo, a Tipologia Documental voltar-se-á, segundo Bellotto (2004) ―para a lógica
orgânica dos conjuntos documentais: a mesma constituição diplomática em todos os
documentos do mesmo tipo, para que se disponha sobra ou cumpra a mesma função‖.
Essa nova Diplomática ampliada na direção da gênese documental é chamada de
Diplomática Arquivística Contemporânea, e seus estudos são preconizados na Itália por
Paola Carucci.
A autora é a primeira a aplicar a crítica diplomática aos documentos da administração
pública italiana, redefinindo o conceito de documento diplomático ao incluir aqueles
produzidos por uma organização no curso normal de suas funções (ou seja, o documento
de arquivo). Em 1987 Carucci publica ―Il documento contemporaneo: Diplomática e
criteri di edizione‖ que segundo Duranti, pode ser considerado a primeira tentativa da
aplicação do método diplomático aos documentos contemporâneos. Em sua obra,
Carucci (1987) define a Diplomática como ―uma disciplina que estuda a unidade
arquivística elementar, o documento, mas também o arquivo [...] analisando, sobretudo
os aspectos formais para definir a natureza jurídica dos atos, tanto na sua formação
quanto em seus efeitos‖.
Logo, a análise diplomática, ―recai sobre a vontade expressa no ato jurídico e o
conhecimento da forma na qual o ato se manifesta, isto é, das características próprias do
documento em cujo ato é representado‖ (Carucci, 1987).
A fusão dos princípios e métodos arquivísticos e diplomáticos dar-se-á na Itália, mas é
no Canadá, através dos estudos de Luciana Duranti que a disciplina encontrará um lócus
investigativo privilegiado.
Porém, vale destacar aqui, o importante papel da Escola Espanhola na aplicação do
método diplomático aos documentos contemporâneos que, sem dúvida, colaborou
sobremaneira para o engrandecimento da disciplina. (Tamayo, 1996; Romero Tallafigo,
1997; Heredia Herrera, 1991; e Nuñez Contreras, 1981).
No final da década de 80 Luciana Duranti publica sua legendária série de artigos, que
mais tarde viria tornar-se um livro, intitulada Diplomatics: new uses for an old science,
considerada um turning point na área, no qual aplica o método diplomático aos
documentos contemporâneos, ressaltando que os mesmos elementos contidos em
documentos históricos e medievais estão contidos também nos contemporâneos.
Para Duranti (s/d) ―esse esforço foi baseado em duas suposições: primeiro, que a
Diplomática é uma ciência viva, e pode ser renovada sem comprometer suas fundações
teóricas e metodológicas; e segundo, que os conceitos e princípios diplomáticos podem
ser usados para desenvolver sistemas digitais de produção e preservação de registros‖.
30
9. No mesmo trabalho, Duranti volta a colocar o objeto da Diplomática em questão,
assumindo a mesma posição de Bautier, na qual ambas as disciplinas, Arquivística e
Diplomática, possuem o mesmo objeto, enfatizando a diferença entre as duas, onde a
primeira tem como objeto o estudo dos conjuntos documentais, enquanto a segunda foca
seus estudos na peça documental, no documento isolado.
Logo, os estudos realizados Duranti provam que é perfeitamente possível a aplicação da
crítica diplomática aos documentos contemporâneos e com isso os arquivistas passam a
ver o método diplomático, ou estudo da Tipologia Documental como uma ferramenta de
suma importância para o conhecimento da documentação gerada no século XXI, uma
vez que como afirma Carucci (1987) ―a análise das características formais e substanciais
dos documentos é indispensável para identificar as séries, para reconduzir documentos
singulares aos arquivos de origem, para entender em quais relações se encontram os
documentos referentes a um mesmo procedimento conservados em séries distintas‖.
Com a aplicação do método diplomático, o arquivista é capaz de reconstruir todo o
contexto de produção de um conjunto documental, a partir de um único documento,
uma vez que as fontes utilizadas para reconstruir o percurso do documento, como os
organogramas e regimentos, por exemplo, nem sempre serão suficientes.
Dessa forma, a análise do documento contemporâneo tem como objetivo também
contribuir para a história da administração. Segundo Barros e Tognoli (2008) à medida
que as administrações vão ficando mais flexíveis e existe uma horizontalidade nas
funções e competências, a estrutura das instituições vai ficando mais fragmentada. A
análise dos documentos como peças documentais que de alguma maneira remontam à
essa estrutura esfacelada, é um caminho seguro para o desenvolvimento dos métodos
arquivísticos.
Portanto, destaca-se aqui, o importante papel da Tipologia Documental, e
conseqüentemente da Diplomática para os novos contextos de produção documental,
inclusive sua aplicação aos documentos eletrônicos, pois com o advento das novas
tecnologias de informação os arquivistas se vêem despreparados para tratar da
quantidade de documentos gerados pelos novos sistemas. Com isso os profissionais da
informação têm à frente mais um desafio: manter os registros criados em meio
eletrônico inalterados, de forma a garantir seu acesso e sua autenticidade e
fidedignidade nos sistemas em que foram gerados.
A partir dessas novas questões colocadas, ocorre uma mudança de paradigma na
Arquivística e os arquivistas se dão conta de que a disciplina não é mais capaz de
resolver todos os problemas sozinha. É nessa mudança de paradigma que a Diplomática,
novamente, irá fornece as bases teóricas e metodológicas para a solução das questões
apresentadas, e mais uma vez o papel de Luciana Duranti é fundamental.
Em 1999 é Duranti lança, no Canadá, o Projeto InterPARES (International research on
Permanent Authentic Records in Electronic Systems) cujo objetivo era responder às
31
10. questões que assombravam os arquivistas: como manter a autenticidade de uma registro
criado eletronicamente? Como assegurar a conservação e o acesso ao documento sem
comprometer essa autenticidade?
O propósito do Projeto, segundo Guimarães e Tognoli (2007), ―era desenvolver um
conhecimento teórico e metodológico essencial para a preservação permanente de
registros digitais autênticos, e formular políticas, estratégias e padrões modelos capazes
de assegurar essa preservação‖.
Para tanto, o projeto contou com conceitos e métodos de várias disciplinas, entre elas a
Diplomática, que forneceu os elementos necessários para caracterizar o registro
eletrônico, além de fornecer o conceito de autenticidade e fidedignidade dos
documentos.
O projeto também contou com o apoio de um grupo de co-pesquisadores dos setores
público e privado de diversos países, entre eles o Canadá, Estados Unidos, Irlanda,
Hong Kong, China, Suécia, França, Itália, Portugal, Austrália, Reino Unido e Holanda.
Em 2001 a primeira fase do projeto foi concluída e produziu exigências e métodos para
a criação, manutenção, seleção, e preservação dos registros digitais autênticos, a maioria
gerados no curso de atividades administrativas. Em 2002 teve início a segunda fase do
projeto cujo objetivo era garantir as mesmas exigências para documentos criados no
curso de atividades artísticas, científicas e governamentais, tendo apoio de mais países
como, por exemplo, o Caribe e alguns países da América Latina, entre eles o Brasil.
Em 2007 a terceira fase do projeto começou e busca, com os resultados obtidos nas
primeiras duas fases, divulgar e colocar em prática os métodos e exigências encontrados
e aplicá-los aos documentos de arquivos em instituições de pequeno e médio porte de
forma a garantir a preservação e uso da informação.
Contudo, a contribuição do método diplomático revisado por Duranti, não se limita
apenas aos documentos arquivísticos e eletrônicos. Seus estudos garantem que qualquer
documentação, independente do suporte, gênero e natureza, seja passível de análise.
Nesse sentido, a Biblioteconomia e Ciência da Informação também se apropriam do
aporte metodológico da Diplomática para o tratamento temático da informação na
identificação de conceitos. Partindo daí, estudos resgatados por Guimarães (1994;1998)
foram desenvolvidos com ―intuito de analisar a interação dos elementos da análise
diplomática na Análise documentária enquanto instrumento de identificação de
conteúdo, auxiliando, possivelmente, em uma fundamentação mais consistente quanto à
compreensão e comunicação dos dados documentais‖ (Guimarães; Moraes;
Nascimento, 2005).
32
11. Com isso, observa-se, igual importância à aplicabilidade do método diplomático para a
análise documental na Biblioteconomia, ao oferecer parâmetros mais consistentes de
produção documental, significando ―um avanço científico (teórico e aplicado) à área.‖
(Guimarães; Moraes; Nascimento, 2005).
CONCLUSÃO
A Diplomática durante quatro séculos passou por várias transformações, mas a maior
dela é com certeza seu objeto. No final do século XX o objeto da Diplomática
confunde-se com o objeto de outra disciplina, a Arquivística, nascida a partir da
primeira, e o documento arquivístico começa a ser visto também como objeto da
Diplomática.
A apropriação da Arquivística pela Diplomática e o uso da crítica diplomática para a
compreensão dos documentos gerados nos dias de hoje dará origem à chamada
Diplomática Contemporânea, que encontra na América do Norte, mais precisamente nos
estudos de Luciana Duranti, um lócus investigativo privilegiado.
A autora, a partir de estudos realizados em documentos medievais, prova que qualquer
documento, inclusive os eletrônicos, pode ser repartido em suas partes e analisado
separadamente, de forma a identificar os elementos necessários para a compreensão dos
conjuntos documentais.
Com isso, ao publicar Diplomatics: new uses for an old science e idealizar o Projeto
InterPARES, a autora pode ser considerada um marco teórico na área, pois coloca a
Diplomática - ora com vistas para a espécie documental - em contato com várias
disciplinas, entre elas com a Arquivística. Nesse sentido, observa-se que a Diplomática
fornece, à Arquivística, uma base teórico-metodológica que lhe permite, em nossos dias,
fazer frente às demandas decorrentes dos universos de tratamento documental em que
novos contextos de produção, novos suportes, novos formatos, novas estruturas e novos
usos caracterizam a realidade informacional do cidadão.
Indo além, pode-se dizer que ao método diplomático, ao centrar sua ênfase na estrutura
documental como evidência de sua função, mas sem se esquecer dos distintos usos a
que pode servir, confere parâmetros de cientificidade não apenas ao fazer arquivístico
no que tange à identificação documental, mas, de mesma forma, ao fazer bibliotecário,
como subsídio à análise documental de conteúdo.
Adentrando no universo de organização de um conhecimento produzido (registrado e
socializado) para que o mesmo possa transformar-se em informação que, por sua vez,
subsidie a construção de um novo conhecimento, observa-se que a Diplomática ocupa,
ao lado de disciplinas como a Lingüística, a Lógica, a Terminologia e a Psicologia
33
12. Cognitiva, um espaço interdisciplinar em cujo âmbito a organização do conhecimento
pode construir suas bases metodológicas de ação.
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