SlideShare uma empresa Scribd logo
1

2º Licenciatura: curso de História

RONDONONOPÓLIS - MT
2013
2

Disciplina:
Brasil República

Trabalho apresentado pela acadêmicas
Andréia , Lucrécia e Marta, para fins de
avaliação na disciplina de História, 3º
Modulo sob a orientação da Prof.ª. Drª.
Thaís Leão Vieira

RONDONONOPÓLIS - MT
2013
3

Tortura Militar
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

4

Aqui vocês vão ver como essas pessoas
que lutaram tanto por nós sofreram e
tiveram sua liberdade tirada por pessoas
que acreditavam que isso seria melhor para
o Brasil. Mas aqueles que não se calaram
diante das mentiras que o governo daquela
época mostrava para as pessoas, Foram
Brutalmente Torturados, Humilhados e
muitos Assassinados.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

5

No Brasil do século XX, a tortura foi
praxe nos dois maiores períodos ditatoriais
que o país viveu, na época do Estado Novo
(1937-1945) e do regime militar (19641985), sendo institucionalizada neste
último
período,
banalizando-se
e
revelando-se como um método eficaz de
garantir um Estado de ilegalidade.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

6
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

7

Foi durante a ditadura militar que as
maiores atrocidades foram cometidas contra
os que se opunham ao regime. Neste período
os estudantes, os intelectuais, os engajados
políticos, foram as principais vítimas do
sistema que contestavam. Em plena Guerra
Fria, a elite brasileira posicionou-se do lado
dos Estados Unidos e da direita ideológica.
Ser comunista passou a ser terrorista.
Combatê-los era, segundo a visão do regime,
defender a pátria de homens que comiam
criancinhas, pregavam o ateísmo e destruíam
as igrejas e os conceitos familiares.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

8

No engodo de proteger o Brasil da
ameaça comunista, instalou-se uma
ditadura, que para manter os
princípios da caserna ortodoxa, calou,
torturou e matou sem o menor
constrangimento,
centenas
de
brasileiros. A tortura durante o período
do regime militar não livrou o Brasil
dos militantes de esquerda, tão pouco
destituiu da mente das pessoas o
direito à liberdade de expressão que
todos sonhavam.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

Se na sua propaganda
o regime salvou o Brasil
de
terroristas
comunistas, nos seus
porões ela garantiu a
sobrevivência de 20
anos de um Estado
ilegítimo, feito sob a
força bruta e o silêncio
dos
seus
cidadãos.

9
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

10

Tipos:
Pau-de-Arara – O preso era posto nu,
abraçando os joelhos e com os pés e as mãos
amarradas. Uma barra de ferro era atravessada
entre os punhos e os joelhos. Nesta posição a
vítima era pendurada entre dois cavaletes,
ficando a alguns centímetros do chão. A
posição causava dores e atrozes no corpo. O
preso ainda sofria choques elétricos, pancadas
e queimaduras com cigarro. Este método de
tortura já existia na época da escravidão,
sendo utilizado em várias fases sombrias da
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

11

Tipos:
Cadeira do Dragão – Os presos eram
sentados nus em uma cadeira elétrica,
revestida de zinco, ligada a terminais
elétricos. Uma vez ligado, o zinco do aparelho
transmitia choques a todo o corpo do
supliciado. Os torturadores complementavam
o mecanismo sinistro enfiando um balde de
metal na cabeça da vítima, aplicando-lhe
choques mais intensos.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

Tipos:

Pau- de- arara

Cadeira do Dragão

12
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

13

Tipos:
Choques Elétricos – O torturador usava um
magneto de telefone, acionado por uma
manivela, conforme a velocidade imprimida,
a descarga elétrica podia ser de maior ou
menor intensidade. Os choques elétricos eram
deferidos na cabeça, nos membros superiores
e inferiores e nos órgãos genitais, causando
queimaduras e convulsões, fazendo muitas
vezes, o preso morder a própria língua. As
máquinas usadas nesse método de tortura
eram
chamadas
de
“Maricota”
ou
“pimentinha”.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

Tipos:
Choques elétricos

14
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

15

Tipos:
Telefone – Entre as várias formas de
agressões que eram usadas, uma das mais
cruéis era o vulgarmente conhecido como
“telefone”. Com as duas mãos em posição
côncava, o torturador, a um só tempo,
aplicava um golpe violento nos ouvidos da
vítima. O impacto era tão violento, que
rompia os tímpanos do torturado, fazendo-o
perder a audição.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

16

Tipos:
Balé no Pedregulho – O preso era posto nu e
descalço em local com temperatura abaixo de
zero, sob um chuveiro gelado, tendo no piso
pedregulhos com pontas agudas, que
perfuravam os pés da vítima. A tendência do
torturado era pular sobre os pedregulhos,
como se dançasse, tentando aliviar a dor.
Quando ele “bailava”, os torturadores usavam
da palmatória para ferir as partes mais
sensíveis do seu corpo.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

17

Tipos:
Mamadeira de Subversivo – Era introduzido
na boca do preso um gargalo de garrafa, cheia
de urina quente, normalmente quando o preso
estava pendurado no pau-de-arara. Usando
uma estopa, os torturadores comprimiam a
boca do preso, obrigando-o a engolir a urina.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

Tipos:

18
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

19

Tipos:
Afogamento na Calda da Verdade – A
cabeça do torturado era mergulhada em um
tambor, balde ou tanque cheio de água, urina,
fezes e outros detritos. A nuca do preso era
forçada para baixo, até o limite do
afogamento na “calda da verdade”. Após o
mergulho, a vítima ficava sem tomar banho
vários dias, até que o seu cheiro ficasse
insuportável. O método consistia em destruir
toda
a
autoestima
do
torturado.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

20

Tipos:
Afogamento com Capuz – A cabeça do preso era
encapuzada e afundada em córregos ou tambores
de águas paradas e apodrecidas. O prisioneiro ao
tentar respirar, tinha o capuz molhado a
introduzir-se nas suas narinas, levando-o a perder
o fôlego, produzindo um terrível mal-estar. Outra
forma de afogamento consistia nos torturadores
fecharem as narinas do preso, pondo-lhe, ao
mesmo tempo, uma mangueira ou um tubo de
borracha dentro da boca, obrigando-o a engolir
água..
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

21

Tipos:
Soro da Verdade – Era injetado no preso
pentotal sódico, uma droga que produz
sonolência e reduz as inibições. Sob os efeitos
do “soro da verdade”, o preso contava coisas
que sóbrio não falaria. De efeito duvidoso, a
droga
pode
matar.
Massagem – O preso era encapuzado e
algemado, o torturador fazia-lhe uma violenta
massagem nos nervos mais sensíveis do corpo,
deixando-o totalmente paralisado por alguns
minutos. Violentas dores levavam o preso ao
desespero.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

22

Tipos:
Geladeira – O preso era posto nu em cela
pequena e baixa, sendo impedidos de ficar de
pé. Os torturadores alternavam o sistema de
refrigeração, que ia do frio extremo ao calor
exacerbado, enquanto alto-falantes emitiam
sons irritantes. A tortura na “geladeira”
prolongava-se por vários dias, ficando ali o
preso
sem
água
ou
comida.
As mulheres, além de sofrer as mesmas
torturas, eram estupradas e submetidas a
realizar as fantasias sexuais dos torturadores.
Poucos relatos apontaram para os estupros em
homens, se houveram, muitos por vergonha,
esconderam esta terrível verdade.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

23
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

24

Alguns Relatos de Torturados
“Muitos deles vinham assistir para aprender a torturar.
E lá estava eu, uma mulher franzina no meio daqueles
homens alucinados, que quase babavam. Hoje, eu ainda
vejo a cara dessas pessoas, são lembranças muito fortes.
Eu vejo a cara do estuprador. Era uma cara redonda. Era
um homem gordo, que me dava choques na vagina e dizia:
‘Você vai parir eletricidade’. Depois disso, me estuprou ali
mesmo. Levei muitos murros, pontapés, passei por um
corredor polonês. Fiquei um tempão amarrada num banco,
com a cabeça solta e levando choques nos dedos dos pés e
das mãos. Para aumentar a carga dos choques, eles
usavam uma televisão, mudando de canal, ‘telefone’, velas
acesas, agulhas e pingos de água no nariz, que é o único
trauma que permaneceu até hoje.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

25

Alguns Relatos de Torturados
Em todas as vezes em que eu era pendurada, eu fi cava nua,
amarrada pelos pés, de cabeça para baixo, enquanto davam
choques na minha vagina, boca, língua, olhos, narinas. Tinha
um bastão com dois pontinhos que eles punham muito nos
seios. E jogavam água para o choque ficar mais forte, além de
muita porrada. O estupro foi nos primeiros dias, o que foi
terrível para mim. Eu tinha de lutar muito para continuar
resistindo. Felizmente, eu consegui. Só que eu não perco a
imagem do homem. É uma cena ainda muito presente. Depois
do estupro, houve uma pequena trégua, porque eu estava
desfalecida. Eles tinham aplicado uma injeção de pentotal,
que chamavam de ‘soro da verdade’, e eu estava muito zonza.
Eles tiveram muito ódio de mim porque diziam que eu era
macho de aguentar. Perguntavam quem era meu professor de
ioga, porque, como eu estava aguentando muito a tortura, na
cabeça deles eu devia fazer ioga. Me tratavam de ‘puta’,
‘ordinária’.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

26

Alguns Relatos de Torturados
Me tratavam como uma pessoa completamente
desumana. Eu também os enfrentei muito. Com certa
tranquilidade, eu dizia que eles eram seres anormais,
que faziam parte de uma engrenagem podre. Eu me
sentia fortalecida com isso, me achava com a moral
mais alta.”

MARIA LUIZA FLORES DA CUNHA BIERRENBACH era advogada
de presos políticos quando foi presa em 8 de novembro de 1971, em São
Paulo (SP). Hoje, vive na mesma cidade, onde é procuradora do Estado
aposentada.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

27

Alguns Relatos de Torturados
“Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de
gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da
Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar
informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles,
comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não
deve nascer’. Depois, fui levada ao Pelotão de Investigação
Criminal (PIC), onde houve ameaças de tortura no pau de
arara e choques. Dias depois, soube que Paulo também estava
lá. Sofremos a tortura dos ‘refl etores’. Eles nos mantinham
acordados a noite inteira com uma luz forte no rosto. Fomos
levados para o Batalhão de Polícia do Exército do Rio de
Janeiro, onde, além de me colocarem na cadeira do dragão,
bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à
‘tortura cientifica’, numa sala profusamente iluminada. A
pessoa que interrogava ficava num lugar mais alto, parecido
com um púlpito.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

28

Alguns Relatos de Torturados
Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que
subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As
sensações que aquilo provocava eram indescritíveis:
calor, frio, asfi xia. De lá, fui levada para o Hospital
do Exército e, depois, de volta à Brasília, onde fui
colocada numa cela cheia de baratas. Eu estava muito
fraca e não conseguia fi car nem em pé nem sentada.
Como não tinha colchão, deitei-me no chão. As
baratas, de todos os tamanhos, começaram a me roer.
Eu só pude tirar o sutiã e tapar a boca e os ouvidos.
Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição em Brasília,
onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia,
para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo,
induziu o parto e fez o corte sem anestesia. Foi uma
experiência muito difícil, mas fiquei firme e não
chorei.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

29

Alguns Relatos de Torturados
Depois disso, ficavam dizendo que eu era fria, sem
emoção, sem sentimentos. Todos queriam ver quem era
a ‘fera’ que estava ali”

DULCE MAIA, ex-militante da Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR), era produtora cultural quando foi presa na madrugada de 26 de
janeiro de 1969, em São Paulo (SP).Hoje, vive em Cunha (SP), é
ambientalista, dirige a ONG Ecosenso e é cogestora do Parque Nacional
da Serra da Bocaina.
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

OS MILITARES
FAZIAM QUESTÃO
DE FOTOGRAFAR O
RESULTADO DE
SEUS TRABALHOS

30
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

31
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

32
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)
Visão dos torturadores:

Memórias: agente da repressão – Programa Conexão reporte, Roberto Cabrini

33
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)
Relatos dos exilados

http://www.youtube.com/watch?v=CCmA80YgwDY

34
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

A Mancha

Sinopse
Preso durante o regime
militar, Rogério parte para o
exílio. Ao voltar, enriquece no
ramo imobiliário. Visitando um
prédio que pretende comprar,
vê uma mancha que lhe impõe
uma tarefa paradoxal: lembrar e
ao mesmo tempo livrar-se da
memória dos anos da ditadura.

35
BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985)

36

Visão geral:
relatos de mortes, pessoas desaparecidas sem explicações:

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/11/aulas-sobreditadura-militar.html

Dicas para livros:
http://uranohistoria.blogspot.com.br/2011/11/livros-sobre-ditaduramilitar-para.html
37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fontes:
GOULART,Michel. 10 Torturas da Ditadura Militar. Disponível
<http://www.historiadigital.org/curiosidades/10-torturas-da-ditaduramilitar/.>Acesso em 27 de julho de 2013.
Imagens
da
Ditadura
militar.
Disponível
em

em

<

https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+pessoas+desaparecidas+na+ditadura+militar&sa=X&espv=210&es_sm=93&tb
m=isch&imgil=iu3mqbgkkXhEGM%253A%253Bhttps%253A%252F%252Fencryptedtbn2.gstatic.com%252Fimages%253Fq%253Dtbn%253AANd9GcSmHq6rcdBbXI46I4dgBHyMZmnUkik3KEwfkn2Nxlkih3nSTHM7Q%253B1101%253B483%253BgN_78MPNkLspWM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fblogdovladimir.wordpr
ess.com%25252F2012%25252F03%25252F11%25252Fcrimes-e-dorespermanentes%25252F&source=iu&usg=__Ujuo9HyyW65focOAby9HdIDheJM%3D&ei=v88ZU3GLJLrkQf51IHYAQ&ved=0CDUQ9QEwBQ&biw=1137&bih=693&dpr=0.9#q=ditadura+militar&tbm=isch&imgdii=_.

Acesso

em 27 de julho de 2013.
Relatos
de
uma
tortura.
Disponível
em
http://www.youtube.com/watch?v=CCmA80YgwDY . Acesso em 27 de julho de
2013.
Documentos
Revelados
.Disponível
em
<
http://www.documentosrevelados.com.br/> Acesso em 27 de julho de 2013..

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 2º LICENCIATURA: HISTÓRIA , UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. DISCIPLINA DE BRASIL REPÚBLICA.

História do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. Medeiros
História do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. MedeirosHistória do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. Medeiros
História do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. Medeiros
João Medeiros
 
Tortura na Ditadura Militar
Tortura na Ditadura MilitarTortura na Ditadura Militar
Tortura na Ditadura Militar
IoneSoares2
 
Ditadura, Tortura e Morte
Ditadura, Tortura e MorteDitadura, Tortura e Morte
Ditadura, Tortura e Morte
FilipiZanatta
 
A tortura
A torturaA tortura
Ditadura tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)
Ditadura   tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)Ditadura   tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)
Ditadura tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)
Lola Lisbeth
 
Ditadura militar no Brasil
Ditadura militar no BrasilDitadura militar no Brasil
Ditadura militar no Brasil
Fábio Luiz de Souza
 
Filmes nacionais
Filmes nacionaisFilmes nacionais
Torturas ditadura militar_no_brasil
Torturas ditadura militar_no_brasilTorturas ditadura militar_no_brasil
Torturas ditadura militar_no_brasil
Adriana Gomes Messias
 
Ditadura militar
Ditadura militarDitadura militar
Ditadura militar
Lú Carvalho
 
Ditadura militar
Ditadura militarDitadura militar
Ditadura militar
Lú Carvalho
 
Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.
Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.
Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.
Athus Leonardo
 
Slides santa inquisição
Slides santa inquisiçãoSlides santa inquisição
Slides santa inquisição
Colegio GGE
 
Slides santa inquisição
Slides santa inquisiçãoSlides santa inquisição
Slides santa inquisição
Colegio GGE
 
Utopia e Barbárie Direito - Nova Faculdade
Utopia e Barbárie Direito - Nova FaculdadeUtopia e Barbárie Direito - Nova Faculdade
Utopia e Barbárie Direito - Nova Faculdade
Amanda Gomes
 
Pena de Morte
Pena de MortePena de Morte
Pena de Morte
guesteb05f3
 
Utopia e Barbárie .
Utopia e Barbárie .Utopia e Barbárie .
Utopia e Barbárie .
gabrielle_rocha06
 
Contrarreforma2
Contrarreforma2Contrarreforma2
Contrarreforma2
Érica Alegre
 
Contra reforma
Contra reformaContra reforma
Contra reforma
Érica Alegre
 
Contrarreforma2
Contrarreforma2Contrarreforma2
Contrarreforma2
Alfredo Rocha
 
Felizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introdução
Felizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introduçãoFelizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introdução
Felizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introdução
RosaManuelaNogueiraA
 

Semelhante a 2º LICENCIATURA: HISTÓRIA , UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. DISCIPLINA DE BRASIL REPÚBLICA. (20)

História do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. Medeiros
História do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. MedeirosHistória do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. Medeiros
História do Brasil: Ditadura Militar (1964-1985). Prof. Medeiros
 
Tortura na Ditadura Militar
Tortura na Ditadura MilitarTortura na Ditadura Militar
Tortura na Ditadura Militar
 
Ditadura, Tortura e Morte
Ditadura, Tortura e MorteDitadura, Tortura e Morte
Ditadura, Tortura e Morte
 
A tortura
A torturaA tortura
A tortura
 
Ditadura tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)
Ditadura   tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)Ditadura   tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)
Ditadura tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)
 
Ditadura militar no Brasil
Ditadura militar no BrasilDitadura militar no Brasil
Ditadura militar no Brasil
 
Filmes nacionais
Filmes nacionaisFilmes nacionais
Filmes nacionais
 
Torturas ditadura militar_no_brasil
Torturas ditadura militar_no_brasilTorturas ditadura militar_no_brasil
Torturas ditadura militar_no_brasil
 
Ditadura militar
Ditadura militarDitadura militar
Ditadura militar
 
Ditadura militar
Ditadura militarDitadura militar
Ditadura militar
 
Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.
Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.
Utopia e Barbárie - Silvio Tendler.
 
Slides santa inquisição
Slides santa inquisiçãoSlides santa inquisição
Slides santa inquisição
 
Slides santa inquisição
Slides santa inquisiçãoSlides santa inquisição
Slides santa inquisição
 
Utopia e Barbárie Direito - Nova Faculdade
Utopia e Barbárie Direito - Nova FaculdadeUtopia e Barbárie Direito - Nova Faculdade
Utopia e Barbárie Direito - Nova Faculdade
 
Pena de Morte
Pena de MortePena de Morte
Pena de Morte
 
Utopia e Barbárie .
Utopia e Barbárie .Utopia e Barbárie .
Utopia e Barbárie .
 
Contrarreforma2
Contrarreforma2Contrarreforma2
Contrarreforma2
 
Contra reforma
Contra reformaContra reforma
Contra reforma
 
Contrarreforma2
Contrarreforma2Contrarreforma2
Contrarreforma2
 
Felizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introdução
Felizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introduçãoFelizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introdução
Felizmente Há Luar Luís Sttau Monteiro-introdução
 

Último

QUIZ - HISTÓRIA 9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
QUIZ - HISTÓRIA  9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptxQUIZ - HISTÓRIA  9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
QUIZ - HISTÓRIA 9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
AntonioVieira539017
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
Suzy De Abreu Santana
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
AdrianoMontagna1
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 

Último (20)

QUIZ - HISTÓRIA 9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
QUIZ - HISTÓRIA  9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptxQUIZ - HISTÓRIA  9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
QUIZ - HISTÓRIA 9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 

2º LICENCIATURA: HISTÓRIA , UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. DISCIPLINA DE BRASIL REPÚBLICA.

  • 1. 1 2º Licenciatura: curso de História RONDONONOPÓLIS - MT 2013
  • 2. 2 Disciplina: Brasil República Trabalho apresentado pela acadêmicas Andréia , Lucrécia e Marta, para fins de avaliação na disciplina de História, 3º Modulo sob a orientação da Prof.ª. Drª. Thaís Leão Vieira RONDONONOPÓLIS - MT 2013
  • 4. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 4 Aqui vocês vão ver como essas pessoas que lutaram tanto por nós sofreram e tiveram sua liberdade tirada por pessoas que acreditavam que isso seria melhor para o Brasil. Mas aqueles que não se calaram diante das mentiras que o governo daquela época mostrava para as pessoas, Foram Brutalmente Torturados, Humilhados e muitos Assassinados.
  • 5. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 5 No Brasil do século XX, a tortura foi praxe nos dois maiores períodos ditatoriais que o país viveu, na época do Estado Novo (1937-1945) e do regime militar (19641985), sendo institucionalizada neste último período, banalizando-se e revelando-se como um método eficaz de garantir um Estado de ilegalidade.
  • 6. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 6
  • 7. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 7 Foi durante a ditadura militar que as maiores atrocidades foram cometidas contra os que se opunham ao regime. Neste período os estudantes, os intelectuais, os engajados políticos, foram as principais vítimas do sistema que contestavam. Em plena Guerra Fria, a elite brasileira posicionou-se do lado dos Estados Unidos e da direita ideológica. Ser comunista passou a ser terrorista. Combatê-los era, segundo a visão do regime, defender a pátria de homens que comiam criancinhas, pregavam o ateísmo e destruíam as igrejas e os conceitos familiares.
  • 8. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 8 No engodo de proteger o Brasil da ameaça comunista, instalou-se uma ditadura, que para manter os princípios da caserna ortodoxa, calou, torturou e matou sem o menor constrangimento, centenas de brasileiros. A tortura durante o período do regime militar não livrou o Brasil dos militantes de esquerda, tão pouco destituiu da mente das pessoas o direito à liberdade de expressão que todos sonhavam.
  • 9. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) Se na sua propaganda o regime salvou o Brasil de terroristas comunistas, nos seus porões ela garantiu a sobrevivência de 20 anos de um Estado ilegítimo, feito sob a força bruta e o silêncio dos seus cidadãos. 9
  • 10. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 10 Tipos: Pau-de-Arara – O preso era posto nu, abraçando os joelhos e com os pés e as mãos amarradas. Uma barra de ferro era atravessada entre os punhos e os joelhos. Nesta posição a vítima era pendurada entre dois cavaletes, ficando a alguns centímetros do chão. A posição causava dores e atrozes no corpo. O preso ainda sofria choques elétricos, pancadas e queimaduras com cigarro. Este método de tortura já existia na época da escravidão, sendo utilizado em várias fases sombrias da
  • 11. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 11 Tipos: Cadeira do Dragão – Os presos eram sentados nus em uma cadeira elétrica, revestida de zinco, ligada a terminais elétricos. Uma vez ligado, o zinco do aparelho transmitia choques a todo o corpo do supliciado. Os torturadores complementavam o mecanismo sinistro enfiando um balde de metal na cabeça da vítima, aplicando-lhe choques mais intensos.
  • 12. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) Tipos: Pau- de- arara Cadeira do Dragão 12
  • 13. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 13 Tipos: Choques Elétricos – O torturador usava um magneto de telefone, acionado por uma manivela, conforme a velocidade imprimida, a descarga elétrica podia ser de maior ou menor intensidade. Os choques elétricos eram deferidos na cabeça, nos membros superiores e inferiores e nos órgãos genitais, causando queimaduras e convulsões, fazendo muitas vezes, o preso morder a própria língua. As máquinas usadas nesse método de tortura eram chamadas de “Maricota” ou “pimentinha”.
  • 14. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) Tipos: Choques elétricos 14
  • 15. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 15 Tipos: Telefone – Entre as várias formas de agressões que eram usadas, uma das mais cruéis era o vulgarmente conhecido como “telefone”. Com as duas mãos em posição côncava, o torturador, a um só tempo, aplicava um golpe violento nos ouvidos da vítima. O impacto era tão violento, que rompia os tímpanos do torturado, fazendo-o perder a audição.
  • 16. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 16 Tipos: Balé no Pedregulho – O preso era posto nu e descalço em local com temperatura abaixo de zero, sob um chuveiro gelado, tendo no piso pedregulhos com pontas agudas, que perfuravam os pés da vítima. A tendência do torturado era pular sobre os pedregulhos, como se dançasse, tentando aliviar a dor. Quando ele “bailava”, os torturadores usavam da palmatória para ferir as partes mais sensíveis do seu corpo.
  • 17. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 17 Tipos: Mamadeira de Subversivo – Era introduzido na boca do preso um gargalo de garrafa, cheia de urina quente, normalmente quando o preso estava pendurado no pau-de-arara. Usando uma estopa, os torturadores comprimiam a boca do preso, obrigando-o a engolir a urina.
  • 18. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) Tipos: 18
  • 19. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 19 Tipos: Afogamento na Calda da Verdade – A cabeça do torturado era mergulhada em um tambor, balde ou tanque cheio de água, urina, fezes e outros detritos. A nuca do preso era forçada para baixo, até o limite do afogamento na “calda da verdade”. Após o mergulho, a vítima ficava sem tomar banho vários dias, até que o seu cheiro ficasse insuportável. O método consistia em destruir toda a autoestima do torturado.
  • 20. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 20 Tipos: Afogamento com Capuz – A cabeça do preso era encapuzada e afundada em córregos ou tambores de águas paradas e apodrecidas. O prisioneiro ao tentar respirar, tinha o capuz molhado a introduzir-se nas suas narinas, levando-o a perder o fôlego, produzindo um terrível mal-estar. Outra forma de afogamento consistia nos torturadores fecharem as narinas do preso, pondo-lhe, ao mesmo tempo, uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca, obrigando-o a engolir água..
  • 21. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 21 Tipos: Soro da Verdade – Era injetado no preso pentotal sódico, uma droga que produz sonolência e reduz as inibições. Sob os efeitos do “soro da verdade”, o preso contava coisas que sóbrio não falaria. De efeito duvidoso, a droga pode matar. Massagem – O preso era encapuzado e algemado, o torturador fazia-lhe uma violenta massagem nos nervos mais sensíveis do corpo, deixando-o totalmente paralisado por alguns minutos. Violentas dores levavam o preso ao desespero.
  • 22. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 22 Tipos: Geladeira – O preso era posto nu em cela pequena e baixa, sendo impedidos de ficar de pé. Os torturadores alternavam o sistema de refrigeração, que ia do frio extremo ao calor exacerbado, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. A tortura na “geladeira” prolongava-se por vários dias, ficando ali o preso sem água ou comida. As mulheres, além de sofrer as mesmas torturas, eram estupradas e submetidas a realizar as fantasias sexuais dos torturadores. Poucos relatos apontaram para os estupros em homens, se houveram, muitos por vergonha, esconderam esta terrível verdade.
  • 23. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 23
  • 24. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 24 Alguns Relatos de Torturados “Muitos deles vinham assistir para aprender a torturar. E lá estava eu, uma mulher franzina no meio daqueles homens alucinados, que quase babavam. Hoje, eu ainda vejo a cara dessas pessoas, são lembranças muito fortes. Eu vejo a cara do estuprador. Era uma cara redonda. Era um homem gordo, que me dava choques na vagina e dizia: ‘Você vai parir eletricidade’. Depois disso, me estuprou ali mesmo. Levei muitos murros, pontapés, passei por um corredor polonês. Fiquei um tempão amarrada num banco, com a cabeça solta e levando choques nos dedos dos pés e das mãos. Para aumentar a carga dos choques, eles usavam uma televisão, mudando de canal, ‘telefone’, velas acesas, agulhas e pingos de água no nariz, que é o único trauma que permaneceu até hoje.
  • 25. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 25 Alguns Relatos de Torturados Em todas as vezes em que eu era pendurada, eu fi cava nua, amarrada pelos pés, de cabeça para baixo, enquanto davam choques na minha vagina, boca, língua, olhos, narinas. Tinha um bastão com dois pontinhos que eles punham muito nos seios. E jogavam água para o choque ficar mais forte, além de muita porrada. O estupro foi nos primeiros dias, o que foi terrível para mim. Eu tinha de lutar muito para continuar resistindo. Felizmente, eu consegui. Só que eu não perco a imagem do homem. É uma cena ainda muito presente. Depois do estupro, houve uma pequena trégua, porque eu estava desfalecida. Eles tinham aplicado uma injeção de pentotal, que chamavam de ‘soro da verdade’, e eu estava muito zonza. Eles tiveram muito ódio de mim porque diziam que eu era macho de aguentar. Perguntavam quem era meu professor de ioga, porque, como eu estava aguentando muito a tortura, na cabeça deles eu devia fazer ioga. Me tratavam de ‘puta’, ‘ordinária’.
  • 26. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 26 Alguns Relatos de Torturados Me tratavam como uma pessoa completamente desumana. Eu também os enfrentei muito. Com certa tranquilidade, eu dizia que eles eram seres anormais, que faziam parte de uma engrenagem podre. Eu me sentia fortalecida com isso, me achava com a moral mais alta.” MARIA LUIZA FLORES DA CUNHA BIERRENBACH era advogada de presos políticos quando foi presa em 8 de novembro de 1971, em São Paulo (SP). Hoje, vive na mesma cidade, onde é procuradora do Estado aposentada.
  • 27. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 27 Alguns Relatos de Torturados “Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer’. Depois, fui levada ao Pelotão de Investigação Criminal (PIC), onde houve ameaças de tortura no pau de arara e choques. Dias depois, soube que Paulo também estava lá. Sofremos a tortura dos ‘refl etores’. Eles nos mantinham acordados a noite inteira com uma luz forte no rosto. Fomos levados para o Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro, onde, além de me colocarem na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à ‘tortura cientifica’, numa sala profusamente iluminada. A pessoa que interrogava ficava num lugar mais alto, parecido com um púlpito.
  • 28. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 28 Alguns Relatos de Torturados Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfi xia. De lá, fui levada para o Hospital do Exército e, depois, de volta à Brasília, onde fui colocada numa cela cheia de baratas. Eu estava muito fraca e não conseguia fi car nem em pé nem sentada. Como não tinha colchão, deitei-me no chão. As baratas, de todos os tamanhos, começaram a me roer. Eu só pude tirar o sutiã e tapar a boca e os ouvidos. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição em Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia. Foi uma experiência muito difícil, mas fiquei firme e não chorei.
  • 29. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 29 Alguns Relatos de Torturados Depois disso, ficavam dizendo que eu era fria, sem emoção, sem sentimentos. Todos queriam ver quem era a ‘fera’ que estava ali” DULCE MAIA, ex-militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), era produtora cultural quando foi presa na madrugada de 26 de janeiro de 1969, em São Paulo (SP).Hoje, vive em Cunha (SP), é ambientalista, dirige a ONG Ecosenso e é cogestora do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
  • 30. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) OS MILITARES FAZIAM QUESTÃO DE FOTOGRAFAR O RESULTADO DE SEUS TRABALHOS 30
  • 31. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 31
  • 32. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 32
  • 33. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) Visão dos torturadores: Memórias: agente da repressão – Programa Conexão reporte, Roberto Cabrini 33
  • 34. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) Relatos dos exilados http://www.youtube.com/watch?v=CCmA80YgwDY 34
  • 35. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) A Mancha Sinopse Preso durante o regime militar, Rogério parte para o exílio. Ao voltar, enriquece no ramo imobiliário. Visitando um prédio que pretende comprar, vê uma mancha que lhe impõe uma tarefa paradoxal: lembrar e ao mesmo tempo livrar-se da memória dos anos da ditadura. 35
  • 36. BRASIL REPUBLICADitadura Militar : Tortura(1964-1985) 36 Visão geral: relatos de mortes, pessoas desaparecidas sem explicações: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/11/aulas-sobreditadura-militar.html Dicas para livros: http://uranohistoria.blogspot.com.br/2011/11/livros-sobre-ditaduramilitar-para.html
  • 37. 37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fontes: GOULART,Michel. 10 Torturas da Ditadura Militar. Disponível <http://www.historiadigital.org/curiosidades/10-torturas-da-ditaduramilitar/.>Acesso em 27 de julho de 2013. Imagens da Ditadura militar. Disponível em em < https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+pessoas+desaparecidas+na+ditadura+militar&sa=X&espv=210&es_sm=93&tb m=isch&imgil=iu3mqbgkkXhEGM%253A%253Bhttps%253A%252F%252Fencryptedtbn2.gstatic.com%252Fimages%253Fq%253Dtbn%253AANd9GcSmHq6rcdBbXI46I4dgBHyMZmnUkik3KEwfkn2Nxlkih3nSTHM7Q%253B1101%253B483%253BgN_78MPNkLspWM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fblogdovladimir.wordpr ess.com%25252F2012%25252F03%25252F11%25252Fcrimes-e-dorespermanentes%25252F&source=iu&usg=__Ujuo9HyyW65focOAby9HdIDheJM%3D&ei=v88ZU3GLJLrkQf51IHYAQ&ved=0CDUQ9QEwBQ&biw=1137&bih=693&dpr=0.9#q=ditadura+militar&tbm=isch&imgdii=_. Acesso em 27 de julho de 2013. Relatos de uma tortura. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=CCmA80YgwDY . Acesso em 27 de julho de 2013. Documentos Revelados .Disponível em < http://www.documentosrevelados.com.br/> Acesso em 27 de julho de 2013..