SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
ANÁLISE DA DIEGESE
CORRENTES DA ANALISE DO DISCURSO
&
ANALISE DO CONTEÚDO
A diegese, de acordo com Carlos Reis e Ana Cristina Macário Lopes em
seu "Dicionário de Narratologia", é o universo ficcional criado pelo autor
em um texto literário. Essa noção abrange não apenas o espaço físico e
temporal onde a história se desenvolve, mas também os personagens e
eventos presentes nesse universo. Em resumo, a diegese representa o
conjunto de elementos que compõem a narrativa, criando um ambiente
e contextos nos quais os eventos e personagens se desdobram.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Hilgert (1989), o discurso é o nível conversacional que tem
como cerne de seu estudo os acontecimentos referentes à organização
do momento da fala dos interlocutores, tais como: o turno
conversacional, a tomada de turnos, a sequência conversacional, os atos
de fala e os marcadores conversacionais, assim, torna-se imprescindível
conhecer um pouco a respeito dessas partes.
Nesse contexto, a compreensão tem papel fundamental, tornando-se
elemento definitivo no processo interactivo, sendo constituída pelas
chamadas marcas de atenção que constituem os marcadores
conversacionais, tais como:
⮚ Recursos prosódicos – (silabação, entonação, alongamento de vogais,
dentre outros);
⮚ Sinais paralinguísticos – (risos, gestos, dentre outros);
⮚ Marcadores metalinguísticos – podem ser expressos por termos que
servem para reiteração do turno ou chamar atenção para o tópico
com expressões do tipo agora sou eu, é minha vez, atenção.
CONT.
Santos (2010), Citando Martin Zorraquino e Portolés Lázaro (1999: 4080-
4081) distinguem dois grupos de marcadores conversacionais,
nomeadamente os marcadores da Modalidade Epistémica e os
marcadores da Modalidade Deôntica:
Marcadores da Modalidade Epistémica – referem-se a noções que
estabelecem relação com a possibilidade ou com a necessidade e com a
evidência, sobretudo através dos sentidos; e ainda com o que se ouve
dizer ou foi expresso por outros
Marcadores de evidência – (reforçadores da asserção sim ou não, e
alguns tematizando-os com “que”): claro, desde logo, com certeza,
certo, naturalmente e sem dúvida (menos gramaticalizado, pois admite
variantes como sem dúvida alguma/ nenhuma/ de nenhum género, o que
não acontece com marcadores como com efeito, efectivamente).
CONT.
Marcadores orientadores – sobre a fonte da mensagem (o falante
apresenta o discurso como algo que reflecte a sua própria opinião, ou
como algo que tenha ouvido dizer, que conhece através de outros e que
transmite como uma opinião alheia): pelos vistos, ao que parece (menos
gramatica lizado e menos coloquial; tem as variantes a me parece/
parece-me, no parecer de uns e de outros, segundo parece, ao que
parece).
Marcadores da Modalidade Deôntica – refletem atitudes do falante
relacionadas com a expressão da vontade ou do afecto. formas verbais:
aceitas, admito, construções verbais do estilo de bem está, está bem, está
bom. (Ex.: bom, bem; certo, de acordo, conforme, perfeitamente,
cabalmente, definitivamente). Neste grupo de MDs, distinguem-se os
enfocadores de alteridade e os metadiscursivos conversacionais:
CONT.
Enfocadores de alteridade – apontam para o ouvinte (homem, olha/
ouve/ olhe/ oiça) ou menos frequentemente para ambos os
interlocutores (vamos) e servem para comentar o fragmento do discurso
a que remetem para mostrar a atitude do falante a respeito deste, mas
sobretudo para assinalar o enfoque das relações que mantém o falante
com o ouvinte (amizade, cortesia).
Os Metadiscursivos conversacionais – servem para reforçar o que
realizam os falantes para formular e ir organizando o seu discurso, como
os sinais de pontuação para o repouso: já, sim, bom, bem, eh, isso.
CONT.
Espaço Narrativo: Ambiente físico da narrativa.
Tempo Narrativo: Organização temporal da história.
Personagens: Indivíduos fictícios que impulsionam a trama.
Eventos e Ações: Acontecimentos e consequências na narrativa.
Coerência Interna: Consistência dos elementos ficcionais.
CARACTERÍSTICAS DA DIEGESE
Linguística – concede a Saussure o lugar de fundador da linguística como
ciência, retomando sua concepção de “língua como sistema”, mas, ao
mesmo tempo centraliza a análise na semântica, partindo da ideia de não
transferência de sentido;
Materialismo histórico – ideia de que o homem faz sua história, mas
também não lhe é transparente. Ou seja, defende que o sujeito não é
livre para dizer o que quer, mas instigado/interpelado pela ideologia.
Psicanálise - parte-se da ideia de sujeito clivado (dividido) entre o
consciente e o inconsciente, ou seja, trata-se de pensar em um sujeito
que não tem absoluto controle sobre aquilo que diz.
Condições de produção
Para além das bases, nesta corrente são estipuladas algumas condições
que segundo Orlandi (1999, p.31) são fulcrais para se fazer uma análise
do discurso:
CONT.
⮚ Em sentido escrito: contexto imediato; onde irrompeu o discurso?
Quem o proferiu?
⮚ Em sentido amplo: se referem ao contexto socio-histórico, ideológico
em que nele foi produzido: porque irrompeu esse ou aquele discurso
e não outro em seu lugar?
A memória também faz parte da produção dos discursos, pois é ela que
possibilita que os discursos sejam actualizados;
⮚ Memoria: o saber discurso que torna possível todo o dizer e que
retorna sob a forma do pré-construído já dito que esta na base do
divisível, sustentando cada tomada da palavra.
CONT.
Diegese Restrita:
- Refere-se ao mundo ficcional específico onde a história principal se
desenrola.
- Delimita o espaço físico e temporal dos eventos centrais.
- É o ambiente onde os personagens principais interagem e os
acontecimentos cruciais ocorrem.
- Base essencial para a trama central da obra literária.
Diegese Ampliada:
- Vai além da história principal e inclui elementos não diretamente
relevantes para a trama central.
- Enriquece o universo ficcional com contextos secundários, subtramas
ou detalhes adicionais.
- Contribui para a complexidade e profundidade da narrativa.
- Constrói um ambiente rico e envolvente para os leitores.
Tipos de Diegese
⮚ Sujeito: não é uma realidade física, mas um objecto imaginário,
representando os lugares ocupados pelo sujeito na estrutura de
formação social; fala num determinado tempo e espaço afectado
pelo inconsciente e pela ideologia, mostrando que ele não esta
amplamente livre ao produzir o discurso.
⮚ Esquecimento: existindo o da ordem de enunciação que diz que o
sujeito produz o discurso fazendo de uma maneira e não de outra
acreditando que aquilo que diz só pode ser dito com aquelas
palavras: e de ordem ideológica que defende que o modo em que o
sujeito é afectado com a sua ideologia fá-lo pensar que aquilo que diz
não pode ser dito de maneira diferente.
CONT.
Romances:
- Diegese elaborada de forma detalhada e extensa.
- Permite imersão profunda no universo ficcional.
- Exemplo: "Cem Anos de Solidão" de Gabriel García Márquez, com a cidade
fictícia de Macondo como elemento central da diegese.
Contos:
- Diegese concisa e focada, destacando elementos específicos.
- Transmite a essência da história em um espaço reduzido.
- Exemplo: "A Metamorfose" de Franz Kafka, com o quarto transformado do
protagonista como elemento crucial da diegese.
Novelas:
- Diegese com construção mais ampla, intermediária entre romance e conto.
- Permite desenvolvimento mais abrangente do universo narrativo.
- Exemplo: "O Alienista" de Machado de Assis, com a cidade fictícia de Itaguaí
refletindo as complexidades da sociedade e das personagens.
Diegese nos Diferentes Tipos de Textos
Narrativos
Função da Diegese na Construção
Narrativa
Tratamento dos resultados obtidos e interpretação (tratamento do
material)
⮚ A interpretação dos resultados obtidos pode ser feita por meio da
inferência, que é um tipo de interpretação controlada. Para Bardin
(1977,p.133), a inferência poderá “apoiar-se nos elementos
constitutivos do mecanismo clássico da comunicação: por um lado, a
mensagem (significação e código) e o seu suporte ou canal; por
outro, o emissor e o receptor”.
Por isso, aqui é preciso atentar-se para:
a) O emissor ou produtor da mensagem;
b) O indivíduo (ou grupo) receptor da mensagem;
c) A mensagem propriamente dita; e
d) O médium, o canal por onde a mensagem foi enviada.
CONT.
Obrigado pela atenção dispensada!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 1663014648693.pptxmagicalconteudosdoanoqiestao

Semelhante a 1663014648693.pptxmagicalconteudosdoanoqiestao (20)

Linguística textual
Linguística textualLinguística textual
Linguística textual
 
Slide prod. e compreens. escrita (quase)
Slide prod. e compreens. escrita (quase)Slide prod. e compreens. escrita (quase)
Slide prod. e compreens. escrita (quase)
 
Caderno
CadernoCaderno
Caderno
 
419-1362-1-PB (1).pdf
419-1362-1-PB (1).pdf419-1362-1-PB (1).pdf
419-1362-1-PB (1).pdf
 
AULA 2- ANALISE DO DISCURSO.taquidirvasconhar
AULA 2- ANALISE DO DISCURSO.taquidirvasconharAULA 2- ANALISE DO DISCURSO.taquidirvasconhar
AULA 2- ANALISE DO DISCURSO.taquidirvasconhar
 
Pnaic unidade 5 gêneros reformulado - sevane
Pnaic unidade 5  gêneros reformulado - sevanePnaic unidade 5  gêneros reformulado - sevane
Pnaic unidade 5 gêneros reformulado - sevane
 
Simone marcuschi
Simone marcuschiSimone marcuschi
Simone marcuschi
 
INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO DISCURSO.ppt
INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO DISCURSO.pptINTRODUÇÃO À ANÁLISE DO DISCURSO.ppt
INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO DISCURSO.ppt
 
Texto descritivo
Texto descritivoTexto descritivo
Texto descritivo
 
Leitura e producao de sentido
Leitura e producao de sentidoLeitura e producao de sentido
Leitura e producao de sentido
 
Discurso
DiscursoDiscurso
Discurso
 
concepção sociointeracionista no ensino
concepção sociointeracionista no ensinoconcepção sociointeracionista no ensino
concepção sociointeracionista no ensino
 
A GramáTica
A GramáTicaA GramáTica
A GramáTica
 
Escrita e interação
Escrita e interaçãoEscrita e interação
Escrita e interação
 
Fichamento analise do discurso, orlandi
Fichamento analise do discurso, orlandiFichamento analise do discurso, orlandi
Fichamento analise do discurso, orlandi
 
Texto e discurso as vozes presentes no texto
Texto e discurso   as vozes presentes no textoTexto e discurso   as vozes presentes no texto
Texto e discurso as vozes presentes no texto
 
O Processo de Comunicação
O Processo de ComunicaçãoO Processo de Comunicação
O Processo de Comunicação
 
Texto-discurso.ppt
Texto-discurso.pptTexto-discurso.ppt
Texto-discurso.ppt
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
 
Letranova 3
Letranova   3Letranova   3
Letranova 3
 

1663014648693.pptxmagicalconteudosdoanoqiestao

  • 1. ANÁLISE DA DIEGESE CORRENTES DA ANALISE DO DISCURSO & ANALISE DO CONTEÚDO
  • 2. A diegese, de acordo com Carlos Reis e Ana Cristina Macário Lopes em seu "Dicionário de Narratologia", é o universo ficcional criado pelo autor em um texto literário. Essa noção abrange não apenas o espaço físico e temporal onde a história se desenvolve, mas também os personagens e eventos presentes nesse universo. Em resumo, a diegese representa o conjunto de elementos que compõem a narrativa, criando um ambiente e contextos nos quais os eventos e personagens se desdobram. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
  • 3. Segundo Hilgert (1989), o discurso é o nível conversacional que tem como cerne de seu estudo os acontecimentos referentes à organização do momento da fala dos interlocutores, tais como: o turno conversacional, a tomada de turnos, a sequência conversacional, os atos de fala e os marcadores conversacionais, assim, torna-se imprescindível conhecer um pouco a respeito dessas partes. Nesse contexto, a compreensão tem papel fundamental, tornando-se elemento definitivo no processo interactivo, sendo constituída pelas chamadas marcas de atenção que constituem os marcadores conversacionais, tais como: ⮚ Recursos prosódicos – (silabação, entonação, alongamento de vogais, dentre outros); ⮚ Sinais paralinguísticos – (risos, gestos, dentre outros); ⮚ Marcadores metalinguísticos – podem ser expressos por termos que servem para reiteração do turno ou chamar atenção para o tópico com expressões do tipo agora sou eu, é minha vez, atenção. CONT.
  • 4. Santos (2010), Citando Martin Zorraquino e Portolés Lázaro (1999: 4080- 4081) distinguem dois grupos de marcadores conversacionais, nomeadamente os marcadores da Modalidade Epistémica e os marcadores da Modalidade Deôntica: Marcadores da Modalidade Epistémica – referem-se a noções que estabelecem relação com a possibilidade ou com a necessidade e com a evidência, sobretudo através dos sentidos; e ainda com o que se ouve dizer ou foi expresso por outros Marcadores de evidência – (reforçadores da asserção sim ou não, e alguns tematizando-os com “que”): claro, desde logo, com certeza, certo, naturalmente e sem dúvida (menos gramaticalizado, pois admite variantes como sem dúvida alguma/ nenhuma/ de nenhum género, o que não acontece com marcadores como com efeito, efectivamente). CONT.
  • 5. Marcadores orientadores – sobre a fonte da mensagem (o falante apresenta o discurso como algo que reflecte a sua própria opinião, ou como algo que tenha ouvido dizer, que conhece através de outros e que transmite como uma opinião alheia): pelos vistos, ao que parece (menos gramatica lizado e menos coloquial; tem as variantes a me parece/ parece-me, no parecer de uns e de outros, segundo parece, ao que parece). Marcadores da Modalidade Deôntica – refletem atitudes do falante relacionadas com a expressão da vontade ou do afecto. formas verbais: aceitas, admito, construções verbais do estilo de bem está, está bem, está bom. (Ex.: bom, bem; certo, de acordo, conforme, perfeitamente, cabalmente, definitivamente). Neste grupo de MDs, distinguem-se os enfocadores de alteridade e os metadiscursivos conversacionais: CONT.
  • 6. Enfocadores de alteridade – apontam para o ouvinte (homem, olha/ ouve/ olhe/ oiça) ou menos frequentemente para ambos os interlocutores (vamos) e servem para comentar o fragmento do discurso a que remetem para mostrar a atitude do falante a respeito deste, mas sobretudo para assinalar o enfoque das relações que mantém o falante com o ouvinte (amizade, cortesia). Os Metadiscursivos conversacionais – servem para reforçar o que realizam os falantes para formular e ir organizando o seu discurso, como os sinais de pontuação para o repouso: já, sim, bom, bem, eh, isso. CONT.
  • 7. Espaço Narrativo: Ambiente físico da narrativa. Tempo Narrativo: Organização temporal da história. Personagens: Indivíduos fictícios que impulsionam a trama. Eventos e Ações: Acontecimentos e consequências na narrativa. Coerência Interna: Consistência dos elementos ficcionais. CARACTERÍSTICAS DA DIEGESE
  • 8. Linguística – concede a Saussure o lugar de fundador da linguística como ciência, retomando sua concepção de “língua como sistema”, mas, ao mesmo tempo centraliza a análise na semântica, partindo da ideia de não transferência de sentido; Materialismo histórico – ideia de que o homem faz sua história, mas também não lhe é transparente. Ou seja, defende que o sujeito não é livre para dizer o que quer, mas instigado/interpelado pela ideologia. Psicanálise - parte-se da ideia de sujeito clivado (dividido) entre o consciente e o inconsciente, ou seja, trata-se de pensar em um sujeito que não tem absoluto controle sobre aquilo que diz. Condições de produção Para além das bases, nesta corrente são estipuladas algumas condições que segundo Orlandi (1999, p.31) são fulcrais para se fazer uma análise do discurso: CONT.
  • 9. ⮚ Em sentido escrito: contexto imediato; onde irrompeu o discurso? Quem o proferiu? ⮚ Em sentido amplo: se referem ao contexto socio-histórico, ideológico em que nele foi produzido: porque irrompeu esse ou aquele discurso e não outro em seu lugar? A memória também faz parte da produção dos discursos, pois é ela que possibilita que os discursos sejam actualizados; ⮚ Memoria: o saber discurso que torna possível todo o dizer e que retorna sob a forma do pré-construído já dito que esta na base do divisível, sustentando cada tomada da palavra. CONT.
  • 10. Diegese Restrita: - Refere-se ao mundo ficcional específico onde a história principal se desenrola. - Delimita o espaço físico e temporal dos eventos centrais. - É o ambiente onde os personagens principais interagem e os acontecimentos cruciais ocorrem. - Base essencial para a trama central da obra literária. Diegese Ampliada: - Vai além da história principal e inclui elementos não diretamente relevantes para a trama central. - Enriquece o universo ficcional com contextos secundários, subtramas ou detalhes adicionais. - Contribui para a complexidade e profundidade da narrativa. - Constrói um ambiente rico e envolvente para os leitores. Tipos de Diegese
  • 11. ⮚ Sujeito: não é uma realidade física, mas um objecto imaginário, representando os lugares ocupados pelo sujeito na estrutura de formação social; fala num determinado tempo e espaço afectado pelo inconsciente e pela ideologia, mostrando que ele não esta amplamente livre ao produzir o discurso. ⮚ Esquecimento: existindo o da ordem de enunciação que diz que o sujeito produz o discurso fazendo de uma maneira e não de outra acreditando que aquilo que diz só pode ser dito com aquelas palavras: e de ordem ideológica que defende que o modo em que o sujeito é afectado com a sua ideologia fá-lo pensar que aquilo que diz não pode ser dito de maneira diferente. CONT.
  • 12. Romances: - Diegese elaborada de forma detalhada e extensa. - Permite imersão profunda no universo ficcional. - Exemplo: "Cem Anos de Solidão" de Gabriel García Márquez, com a cidade fictícia de Macondo como elemento central da diegese. Contos: - Diegese concisa e focada, destacando elementos específicos. - Transmite a essência da história em um espaço reduzido. - Exemplo: "A Metamorfose" de Franz Kafka, com o quarto transformado do protagonista como elemento crucial da diegese. Novelas: - Diegese com construção mais ampla, intermediária entre romance e conto. - Permite desenvolvimento mais abrangente do universo narrativo. - Exemplo: "O Alienista" de Machado de Assis, com a cidade fictícia de Itaguaí refletindo as complexidades da sociedade e das personagens. Diegese nos Diferentes Tipos de Textos Narrativos
  • 13. Função da Diegese na Construção Narrativa
  • 14. Tratamento dos resultados obtidos e interpretação (tratamento do material) ⮚ A interpretação dos resultados obtidos pode ser feita por meio da inferência, que é um tipo de interpretação controlada. Para Bardin (1977,p.133), a inferência poderá “apoiar-se nos elementos constitutivos do mecanismo clássico da comunicação: por um lado, a mensagem (significação e código) e o seu suporte ou canal; por outro, o emissor e o receptor”. Por isso, aqui é preciso atentar-se para: a) O emissor ou produtor da mensagem; b) O indivíduo (ou grupo) receptor da mensagem; c) A mensagem propriamente dita; e d) O médium, o canal por onde a mensagem foi enviada. CONT.
  • 15. Obrigado pela atenção dispensada!