Com um olhar bem Poético e Reflexivo Marcelo Edu Oliveira, apresenta algumas verdades bíblicas a respeito da Criação e Redenção.
Com uma ênfase muito forte em Missões Urbanas este livro revela um pouco sobre a complexidade urbana e cuidado de Deus.
Portanto, ler o Contraste Entre Dois Jardins é ler a si mesmo
ISBN: 9788580456769
3. O Constraste Entre Dois Jardins
Marcelo Edu de Oliveira
1a Edição: Dezembro 2011
Capa
Pedro Barros
e-mail: pedro.barros.16@hotmail.com
Diagramação
Paula Felisbino
paulacris519@hotmail.com
Coordenação Editorial
Paula Felisbino
Contato:
Marcelo Edu de Oliveira
e-mail: oliveiramarceloedu@gmail.com
fone: (11) 4489-0664
Publicado no Brasil com a devida autorização
e com todos os direitos reservados ao autor.
Dedicatória
“Saber silenciar meu dia, ouvir em melodia;
canção que sempre esperei.
Sincera a mente ficará, sinceramente se fará.
se dás chuva; choverás!
assim, verás neste meu ser, a humildade de viver
e começar nova manhã.
No teu abraço que me aquece,
em minha blusa que é de lã.
Na tua voz que esmorece,
o meu desejo de reinar
e assim descubro que meu dia;
é bem melhor se tu estás!”
Meus sinceros agradecimentos a Deus, pois,
sabe quem eu sou quando ninguém
está me vendo.
a minha Família que suporta minha sagrada teimosia
e aos amigos que comigo participam
em favor do Reino.
4. ÍNDICE
Introdução .................................................... 13
No tempo da inocência............................... 15
A serpente rebelde....................................... 17
Um dia triste no jardim das delícias .......... 19
A visita no jardim......................................... 21
Mas o que era o Éden?................................ 25
2a parte ........................................................... 27
A mudança .................................................... 29
A vida do lado de fora do jardim .............. 31
A faceta de Deus na complexidade
urbana ............................................................ 33
Andando com Deus .................................... 35
Um novo povo, uma vida antiga ............... 37
Nossa esperança........................................... 39
Cristo, o segundo Adão .............................. 41
O segundo Jardim ........................................ 43
O contraste ................................................... 45
De volta a inocência .................................... 47
O pão de Deus ............................................. 49
Nem tudo está perdido ............................... 51
Um recado para você .................................. 53
Um convite à você....................................... 55
A cidade de Deus ......................................... 57
Conclusão ..................................................... 59
5. 1312
Diante de um século de grandes metró-
polis e construções, um mundo corriqueiro
que traz consigo grandes problemas socio-
lógicos; problemas que, na verdade, já exis-
tiam desde os tempos antigos, porém, agora
estão mais aflorados.
Multidões que fazem caminhada pela
paz e buscam a paz fazendo a guerra.
Jovens nos becos, com armas, escon-
dendo drogas. Crianças nos parques mas não
para diversão e sim para pedir dinheiro. O
homem sentado na praça; homem que pára,
pensa e morre.
O rico que passa correndo, com medo
do ladrão; ladrão escondido em algum canto
da grande cidade.
Hoje eu te convido a parar por algum
tempo, abandonar por algum momento, a
INTRODUÇÃO
6. 1514
LONGE DE QUALQUER CONFLITO, HAVIA UM
homem que foi formado do pó da terra e a
quem Deus deu o fôlego da vida (Gn 2:7)
Este Deus além de ter criado o homem
plantou um jardim. O primeiro jardim, no
lugar das delícias, paraíso também mais
conhecido como Eden (Gn 2:8). No tempo
da inocência, tempo da criação, dias onde o
homem, cujo nome era Adão, juntamente
com sua esposa chamada Eva, viviam no
lugar das delícias, ouviam a voz do grande
Deus. Tanto o homem quanto a mulher an-
davam nus e nessa época não existia vergo-
nha (gn 2:25). No primeiro jardim, lugar de
pureza, os primeiros moradores deste jardim
tinham tudo: árvores agradáveis, uma ótima
comida e, principalmente, desfrutavam de
uma grande amizade com Deus. Incrível! O
NO TEMPO DA INOCÊNCIA
complexidade daquilo que é urbano e voltar-
mos os nossos pensamentos para a simpli-
cidade de um mundo rural, com grandes en-
sinamentos; para sentir a fragrância das flo-
res do campo, observar o sol nascer e experi-
mentar uma nova vida, descobrindo a Sabe-
doria nas coisas simples.
Então não perca mais tempo, venha
comigo conhecer O Contraste Entre Dois
Jardins.
Marcelo Edu de Oliveira
Dezembro de 2009
7. 1716
TUDO ERA BELO, MAS HAVIA ALGUÉM QUE
não gostava nada disso, a Serpente Rebelde.
Lúcifer, o anjo de luz, querubim ungido,
alguém que esteve com Deus, conduzia os
anjos na adoração, quis ocupar o lugar que
pertencia somente à Deus, queria ser dono
do trono, tornou-se soberbo, o orgulho que
lhe trouxe a queda. (Ezequiel 28:13-15)
Não caiu sozinho, mas trouxe consigo a
Terça parte dos anjos. O anjo de luz com
toda sua formosura, ministro de louvor,
querubim protetor, rebelou-se contra o
criador, não quis viver o tempo da inocência,
no seu coração já não havia pureza e o or-
gulho não permitiu que continuasse no
Monte Santo, o orgulho é o motivo da queda
(Provérbios 16:18) e no jardim de Deus não
tem espaço para o orgulhoso. A serpente
homem e Deus, grandes amigos.
Adão não tinha uma vida sedentária, cui-
dava das plantas, dava nome aos animais, ze-
lador, jardineiro, fazendeiro, enfim, tinha
tanto trabalho. Ainda bem que Deus em Sua
infinita sabedoria, deu a este homem uma
esposa, já pensou fazer tudo isso sozinho?
O próprio Deus foi quem disse: “Não é bom
que o homem esteja só...” (Gn 2:18). Glória a
Deus! Aleluia. A única coisa que lhes foi
restrito, foi a árvore da ciência do bem e do
mal, dela Deus disse que não era para comer.
Alguns dizem que esta árvore existia de
uma forma simbólica, outros porém, afirmam
que a árvore existia fisicamente, com pro-
priedadesespeciais.Nãomeprendereinaques-
tão de ser ou não simbólica, a ênfase é: Deus
falou que não era para comer, Deus deu ao
homem a oportunidade de escolher. E a esco-
lha que Adão fizesse determinaria seu estilo
de vida, o primeiro jardim era lindo, tinha
árvores,animais,tinharios,tinhapássaros,além
de tudo isso, tinha a presença de Deus. Mas
isso não era um conto de fadas, e no jardim da
inocência, Deus deu ao ho-mem a chance de
vida ou morte (Gn 2:15-17).
Quão lindo era o jardim, mas havia
alguém que não queria observar tanta beleza.
A SERPENTE REBELDE
8. 1918
além de astuta, era manipuladora, mesmo de-
pois da queda quis provar ser vencedora.
Decidiu então tocar naquilo que Deus tinha
feito, distorcendo a verdade daquilo que
Deus tinha falado, além de caído, quis condu-
zir o homem a queda. Além de ser desobe-
diente, levou outros a desobediência. E no
Éden foi o lugar onde iria realizar seu plano
maléfico.
E disfarçado de serpente começou sua
conversa (Gn 3:1).
A SERPENTE DISTORCEU A PALAVRA DE DEUS,
ela perguntou a Eva: “É assim que disse Deus:
não comereis de toda árvore do jardim? (Gn 3:1)
mas na verdade Deus tinha dito: “De toda
árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore da ciência do bem e do mal, dela
não comerás, porque no dia que dela come-
res, certamente morrerás”.(Gn 2:16-17)
Satanás fez com que Eva abandonasse a
simplicidade, duvidando da bondade de
Deus, e fazendo com que ela caísse na ilusão
do bem estar que teria ao provar do fruto,
após comer ofereceu também a seu marido.
Ambos comeram, este foi o momento
mais triste da humanidade, um dia em que o
solo do jardim das delícias, experimentou a
desobediência, o início dos conflitos, rebel-
dia, homicídios, suicídios, enfim, dia em que
UM DIA TRISTE NO JARDIM
DAS DELÍCIAS
9. 2120
É MAIS DO QUE POÉTICO SABER QUE HOUVE
uma visitação tão especial em um pôr do sol.
Deus passeava pelo jardim na viração do dia.
Acredito que na sua ótica, assim como na
minha, pensávamos em Deus como um ve-
lhote de barba branca e um raio na mão, sen-
tado no seu trono branco, esperando você e
eu pecar, para jogar o raio em nossa cabeça,
mas não é esta a impressão que temos quando
lemos o versículo 8 do capítulo 3 de Gênesis.
É libertador saber que Deus é relacional,
e seu relacionamento íntimo com o homem
foi quebrado devido a desobediência, e mes-
mo assim, Ele foi ao jardim. Incrível! Deus
não queria passar um pôr-do-sol sem o
homem, Deus investe no relacionamento,
valoriza o relacionamento, pois é relacional
em sua integra.
o homem abriu a porta e permitiu que o
pecado entrasse em sua habitação (Gn 3:1-
6), e seus olhos foram abertos, viram que
estavam nus e tentaram ocultar a nudez, mas
esqueceram que Deus conhece tudo e não
seria algumas folhas de figueira que escon-
deria seus pecados, ainda que se colocasse
entre as árvores do jardim, não tem como
fugir do Deus Onisciente. “Os olhos do Senhor
estão em todo lugar, contemplando os bons e os maus”
(Provérbios 15:3)
É assombroso saber que uma amizade
tão especial estava preste a terminar, e não
era culpa de Deus (Gn 3:7)
A VISITA NO JARDIM
10. 2322
sentido, pois o homem escolheu ficar sem
Deus. Mesmo com tanta rebeldia, mas Deus
revelou seu caráter de Deus da providência,
pois fez túnicas de pele para o homem e a
mulher (Gn 3:21). O homem tinha feito suas
vestes com folhas de figueira, mas Deus
tinha algo melhor para eles, mesmo sendo
eles pecadores. Deus desejava mais do que
dar-lhes vestes de pele, o desejo de Deus era
a intimidade com o homem. Mas a justiça
de Deus não compactua com o pecado.
Mas o homem e a mulher esconderam-se
de Deus, satanás colocou neles o sentimento
deculpaeahumanidadeperdeusuaidentidade
em Deus, não quiseram estar na presença de
Deus. Adão decidiram viver no estado under-
ground (subterrâneo), mas Deus amava estes
undergroundsatalpontoquemesmosabendo
onde eles estavam, perguntou: “onde estás?”,
pois fez questão de começar um diálogo com
ohomem.(Gn3:9).Eodiálogocontinua,desta
vez o ho-mem fala que teve medo, tentou
justificar-se, mas “o justo não se justifica”.
(quando erra, confessa e deixa).
Deusmesmoemsuaonisciência,pergunta
outra vez, porquê queria falar com Adão.
Descubra o que Adão fez. É irônico mas jo-
gou a culpa na mulher e depois no próprio
Deus. Então Deus foi perguntar a Eva. Ima-
gine o que Eva fez: seguiu o modelo de Adão,
jogou a culpa na serpente.Imagine o que deve
Ter passado na mente da serpente: “e agora?
Sobrou para mim”. Se você prestar a atenção,
Deus nem fez questão de perguntar a ser-
pente. As palavras de Deus para a serpente
foram para amaldiçoá-la e, para a serpente,
não tem o porquê ficar de bate-papo.
AspalavrasditasporDeusorevelamcomo
o primeiro profeta, pois, naquele jardim
proferiu a derrota de satanás, revelando que
Cristo, descendente ou semente da mulher,
pisaria na cabeça da serpente (Gn 3:15).
No primeiro jardim a vida tornou-se sem
11. 2524
ÉDEN, LUGAR DAS DELÍCIAS DE DEUS, O LO-
cal da paz com Deus, de uma forma sim-
bólica, a comunhão com Deus, o lugar onde
criador gostava de estar, criado para que o
homem e Deus andassem juntos. Contudo
para Adão estava prestes a não desfrutar do
paraíso, a raça humana, a sentir a saudade
do tempo da inocência, as flores do campo,
as águas cristalinas, pedras preciosas. O
jardim onde morou o pai da raça hu-mana,
um zoólogo (deu nome aos animais), feito a
imagem e semelhança de Deus, partilhava
de um relacionamento íntimo com o criador.
Embora, havendo tanta beleza, não fo-
ram suficientes, pois o zelador do jardim pre-
feriu o fruto da árvore do conhecimento do
bem e do mal e o resultado disso foi Ter que
mudar de habitação.
MAS O QUE ERA O ÉDEN?
13. 2928
CHEGOU O TEMPO DE “ARRUMAR AS MALAS”.
Não dá para viver no jardim de Deus, no pe-
cado.Eestatransiçãoacarretouquebrasderela-
cionamentos: Em primeiro lugar com Deus -
opecadofezseparaçãoentreohomemeDeus.
(Isaías 59:1 e 2). Pecar significa errar o alvo e
Adão errou o alvo, ou seja, o lugar da união
com Deus. Em segundo lugar, quebrou-se os
relacionamentos interpessoais; a raça humana
perdeu a inocência, queda que ocasionou o
egoísmo.Provadissofoioprimeirohomicídio,
onde Caim mata Abel (Gn 4:8). “Porque esta é a
mensagemqueouvistedesdeoprincípio:quenosamemos
uns aos outros; não como Caim que era do maligno e
matou a seu irmão. E porque causa o matou? Porque
suas obras eram más e as de seu irmão justas” (I João
3:11 e 12). E por último, o homem perdeu o
relacionamento com a natureza; a queda
A MUDANÇA
14. 3130
PIOR DO QUE ESTAR DO LADO DE FORA DO
jardim é caminhar para longe de Deus. Não
daria para colocar todos os relatos dentro
deste simples livro, mas gostaria de fazer um
pequeno resumo do que aconteceu com o
homem ao abandonar Deus.
Ao deixar o jardim, nasceu Caim, filho
de Adão e Eva. Logo depois nasceu Abel.
Enfim, existe todo um contexto histórico.
Caim irou-se contra Abel e assim aconteceu
o primeiro homicído. Caim fugiu após ser
repreendido por Deus e foi morar na terra
de Node (Gn 4:16). Tendo chegado na terra
de Node, formou uma cidade. A raça hu-
mana foi lançada fora do jardim e, agora,
tinha uma cidade; fruto do seu distancia-
mento de Deus.
Onde existem pessoas, existem proble-
comprometeu tudo o que estava em sua volta
e a falta de amor por Deus trouxe uma sede
insaciável, onde não respeitaria, sequer a
natureza.
O dia da transição foi um dia trágico; a
humanidade não seria mais a mesma. Foi ne-
cessário que Deus os lançasse fora do Jardim
(Gn 3:23-24). O lugar das delícias ficaria guar-
dado por querubins e o homem precisaria a-
prender a ficar do lado de fora, no mundo de
conflitos, sem acesso à árvore da vida.
A VIDA DO LADO DE FORA
DO JARDIM
15. 3332
OS SERES HUMANOS AGORA PODERIAM SER
chamados de seres urbanos. Porém, mesmo
em um mundo urbanizado, existe uma falta
no homem e esta falta só pode ser preen-
chida por Deus.
Não há como negar que toda humani-
dade, por pior que seja, tem a faceta de Deus,
porque foi criada por Deus. A verdade é esta:
enquanto houver pessoas, haverá carência de
Deus. No decorrer da história, da primeira
cidade, havia um homem que desejava voltar
às origens, Ter intimidade com Deus, assim
como havia sido um dia, no primeiro jardim.
Este homem não precisava e não queria estar
no jardim, mas invocava o nome do Senhor,
em busca da comunhão que um dia fora per-
dida. Enos era o nome dele (Gn 4:26). Deus
ama pessoas e procura pessoas que o adore
massociológicos,existemosbecos,existeacor-
reria do dia a dia. Começou a surgir as “cons-
truções”, os músicos, os fazedores de armas e,
seexistemosfazedoresdearmas,tambémexis-
temoscompradores,surgindomaishomicídios.
E assim foi a formação da cidade.
Com a chegada da cidade, a impressão
que temos é o jardim sendo esquecido. O
primeiro jardim, agora, já não era mais lem-
brado como o lugar das delícias. Sua recor-
dação vem quando nos lembramos da queda;
todavia, mesmo diante de uma humanidade
caída, Deus não deixou de revelar a faceta
de seu amor por aqueles que Ele mesmo
havia criado
A FACETA DE DEUS
NA COMPLEXIDADE URBANA
16. 3534
A TERRA ESTAVA CHEIA DE VIOLÊNCIA. A
corrupção da terra feria o coração de Deus.
Foi com uma rapidez assustadora que o povo
esqueceu de Deus. E viu Deus a maldade
do homem se multiplicando sobre a terra. E
Deus expressou sua tristeza, desejando des-
truir a terra. Noé, porém, arrancou um sor-
riso de Deus (Gn 6:8 e 9). A vida de Noé
era um exemplo diante de uma geração rebel-
de, diante de suas viagens. A bíblia fala de
um homem que andou com Deus.
Achar graça aos olhos de Deus, não sig-
nifica ser o bobo da corte, pelo contrário.
Conseguimos achar graça aos olhos de Deus
com nosso caráter e dependência nEle.
As escrituras sagradas não existem sim-
plesmente para aumentar nossos conheci-
mentos e sim para transformar nosso caráter.
em espírito e em verdade. Enos deixou claro
que era possível adorar a Deus, nos com-
plexos centros urbanos (João 4:23-24).
Embora as pessoas tenham, os conflitos
continuamemnossosdias.AleituradeGênesis
não pode ser interpretada como algo distante
darealidade;acarênciadeDeuséumfato.Fato
este que não podemos ignorar, a identidade
humana só pode ser restaurada em Cristo.
Voltar às origens significa dar passos
para mais próximo de Deus; significa Ter
uma identidade restaurada. É libertador
conhecer o versículo de Gênesis revelando
a história de um homem que invocou o no-
me do Senhor, diante de um quadro con-
trário à sua atitude. Enos contrariou o cami-
nho da população e foi feliz
ANDANDO COM DEUS
17. 3736
AS ÁGUAS DIMINUÍRAM E ATRAVÉS DE NOÉ
e sua família surgiu a esperança de um novo
povo. Realmente um novo povo estava
surgindo, mas o estilo de vida era tão antigo,
quanto a do primeiro povoado.
A carência de Deus é um fato indepen-
dente das gerações, e nessa geração surgiu um
home chamado Ninrode, que tornou-se
poderoso na terra. Era um cidadão influen-
ciador e um eloqüente caçador. (Gn 10:8 e 9).
E mais uma vez o primeiro jardim ficou de
lado e o que era urbano prevaleceu.
Não vou apegar-me muito a pequenos
detalhes, porém é interessante lembrar que,
mais uma vez o povo tinha esquecido sua
identidade em Deus. Era um novo povo mas
com uma vida antiga. A raça humana tem
sede de impressionar a Deus com seus pró-
Ter o caráter transformado conforme a
imagem de Cristo deve ser o alvo de todos
quanto crêem estar em Cristo. “Aquele que
diz estar em Cristo, também deve andar como ele
andou”.(I João 2:6)
Noé mesmo tendo vivido muitos anos
antes de Cristo, já entendia este princípio bí-
blico. Parece atéumautopia,andarcomDeus,
porém estava com Deus e andar com o mes-
moétãorealquantoérealarespiração.Temos
nossas identidades restauradas quando cre-
mos na simplicidade das caminhadas pelo
jardim, ou seja, nossa comunhão com Deus.
Noé foi um exemplo, de alguém que an-
dou com Deus e provou que é possível. Deus
mandou o dilúvio, destruiu a terra, deixando
somente Noé e sua família, juntamente com
os animais que estavam na arca. Apartirdeste
acontecimento, começa um novo povoado.
Deus faz uma aliança com Noé e uma nova
história a terra começou a viver. Tudo isso
porque um homem andou com Deus e achou
graça aos olhos de Deus.
Noé não era perfeito mas buscou o Deus
da perfeição.
UM NOVO POVO,
UMA VIDA ANTIGA
18. 3938
COMO JÁ FORA DITO, O HOMEM TEM CAR-
ência de Deus e busca satisfação de suprir essa
carência. Todavia também descobrimos que
não é por nossas próprias forças que conse-
guimosandarcomDeus.Umdosnossoserros
édepositarnossasesperançasemnósmesmos.
O que dizer dos livros de auto-ajuda? Eles
dizem que você pode, você con-segue, confie
em si próprio, porém, nossa esperança não
pode ser baseada naquilo que fazemos e sim
naquilo que somos. E quando entendemos
quem somos, percebemos que não conse-
guimosfazercomnossasprópriasforças.Mais
importantedoqueofazer é o ser e a verdade é
esta: temos feito muito sem entender quem
somos.Porcausadopecadonãoconseguimos
ver nossa verdadeira identidade.
É por isso que nas próximas páginas
prios esforços e esta sede levou o homem a
construir a torre de Babel, fazendo com que
a paixão desenfreada por conquista deixasse
Deus de lado.
Não sou contra aquilo que é urbano e
também não desejo construir uma igreja em
um jardim, nem tampouco me tornaria um
guru indiano, mas minha intimidade com
Deus deve ser prioridade, independente do
lugar onde esteja. Deus deu ao homem uma
cabeça pensante, mas essa cabeça pensante
tem se distanciado do Senhor.
A filosofia tem buscado resposta, os
cientistas estão de cabelos brancos. Contudo
a sabedoria está na simplicidade do primeiro
jardim, ou seja, a sabedoria está no nosso
caminhar com Deus.
NOSSA ESPERANÇA
19. 4140
NO COMEÇO DO LIVRO FALAMOS DO PRI-
meiro jardim, foi falado do pecado, morte
espiritual, separação de Deus, desobediência
do homem, castigo, etc.
Mas o amor de Deus é grande. Romanos
5:8 diz: “mas Deus prova o seu amor para
conosco, em que Cristo morreu por nós,
sendo nós ainda pecadores”. Deus não de-
siste do homem; mostrou seu amor durante
todo o tempo da história de Israel e não ape-
nas de Israel mas de toda a humanidade. A
prova desse amor é revelada de uma forma
especial, pois foi além: Ele enviou seu filho,
sendo nós ainda pecadores.
Existe uma ilustração que diz: havia uma
terra seca e nela havia também um povoado
pobre. Neste povoado existia um único poço
e desse poço dependia a vida do pobre povo.
quero falar do segundo jardim. O jardim que
é a nossa esperança de termos nossa iden-
tidade restaurada. E nisso define-se o andar
com Deus, entender a essência do segundo
jardim, o exemplo do segundo Adão, ou seja,
Jesus Cristo. “Porque, se, pela ofensa de um só, a
morte reinou por esse, muito mais os que recebem a
abundância da graça e do dom da justiça reinarão
em vida por um só, Jesus Cristo.” (Romanos 5:17)
A nossa esperança está em Cristo. Ele é
quem restaura nossa identidade, quebrando
nossas dúvidas, confissões, com o seu amor
revelado no segundo jardim. “E a esperança
não traz confusão, porquanto o amor de Deus está
derramado em nosso coração pelo Espírito Santo
que nos foi dado.” (Romanos 5:5)
Não podemos viver um cristianismo sem
Cristo.Esteéosegredodeumavidaverdadeira.
CRISTO - O SEGUNDO ADÃO
20. 4342
ACREDITO QUE O PRIMEIRO JARDIM TENHA
ficado claro. Ele foi o lugar da inocência, das
delícias de Deus, da intimidade com Deus,
mas também o lugar da queda, da rebeldia,
do distanciamento entre o homem e Deus.
Mas e o Segundo Jardim? Que lugar é esse?
Para que serve? Qual é o contraste entre o
primeiro e o segundo?
Antes de dizer um pouco sobre o segun-
do jardim, quero deixar claro que a ênfase
não é estar no Jardim. Este jardim só é sig-
nificativo devido o seu visitante. Getsêmani
é o nome do segundo jardim. Pode ser tra-
duzido no grego como: “o lugar de azeite ou
lagar - tanque onde se espremem certos
frutos”. É localizado em direção sudoeste do
Monte das Oliveiras (Lucas 22:39/João 18:1)
Não há nada de místico neste jardim,
Certo dia um homem jogou vários entulhos
no poço que, por sinal era muito fundo.
Passaram-se muitos anos até que um dia um
homem decidiu cavar o poço novamente.
Desceu portanto amarrado em uma corda e
passou algum tempo dentro do poço. A pes-
soa que estava em cima, ao puxar a corda
viu que o homem estava molhado, porém,
morto. Esta ilustração encaixa-se bem com
a idéia que é passada, do sacrifício de Cristo
em nosso favor.
Jesus morreu para que experimentásse-
mos da água que jorra para a vida eterna (João
4:13 e 14). Há um dito popular que diz: “a
esperança é a última que morre”. Contudo
hoje quero falar-te que a nossa es-perança
morreu, mas ressuscitou e através de Cristo,
o segundo Adão, nós temos a vida eterna.
Cristo não apenas falou de amor, ele foi
além, foi a revelação do amor de Deus por
seu povo caído e distante de suas verdades
(João 3:16)
O SEGUNDO JARDIM
21. 4544
mas traz consigo uma bela ilustração da re-
denção de Deus, que tem como objetivo
conduzir-nos ao evangelho do Reino. Reino
esse que vai além daquilo que nossos pensa-
mentos tentam supor. Infelizmente a nossa
visão de reino não tem sido a mesma visão
que Deus tem a respeito do reino. Quando
falamos de reino é bem provável que nos
lembremos dos anjos, dos seres espirituais, os
vinteequatroanciõesdescritosemapocalipse.
Não deveria ser assim mas infeliz-mente é.
Todavia na ótica de Deus Reino é mudança de
caráter. É isto que tento propor. Para mim dar
um abraço é tão espiritual quanto trazer um
sermão sobre o dia de Pentecostes.
Algo tem me assustado, pois temos per-
dido viagens, perdido autoridade espiritual
para mostrar que somos espirituais e não
para divulgar o evangelho do reino. O evan-
gelho do Reino é mudança de caráter. Vive-
mos a mudança de caráter quando experi-
mentamos o segundo jardim.
Acredito no céu, nos vinte e quatro anci-
ões, nos anjos, mas o reino de Deus vai além,
pois o Reino de Deus está entre nós, mol-
dando nosso caráter conforme a imagem de
Cristo (Lucas 17:20 e 21)
NO ÉDEN O HOMEM VIVIA EM INTIMIDADE
com Deus, porém, preferiu desobedecer sua
palavra.NoGetsêmaniJesusfalavacomDeus
em favor do homem que tinha caído. No
Éden Adão e sua esposa comem do fruto da
árvore do conhecimento do bem e do mal,
ignorando a vontade de Deus e saindo do Jar-
dim. Cristo porém, um pouco antes do
Getsêmani, come o pão e bebe o vinho junto
com seus discípulos e vão ao segundo jardim.
No primeiro jardim Eva dá ouvidos a
serpente e Adão apoiou a decisão da mulher.
No Getsêmani Jesus estava triste e se pros-
trou de joelhos, orando e fazendo a vontade
de Deus em nosso favor. No Éden, Deus
passeia no final do dia para conversar com
o homem e o homem e sua esposa se escon-
dem. No Getsêmani, Jesus vai até os seus
O CONTRASTE
22. 4746
discípulos e os encontra dormindo. No Éden
o homem percebe sua nudez e veste-se com
folhas de figueira, para cobrir sua vergonha
com seus próprios recursos. No Getsêmani,
Jesus orava com tanta intensi-dade que seu
suor tornou-se em grandes gotas de sangue.
No primeiro jardim, Adão coloca a culpa em
sua esposa e sua esposa por sua vez coloca a
culpa na serpente.
No segundo jardim, Jesus leva todas as
nossas culpas e acusações.No primeiro
jardim Deus faz túnicas de peles de algum
animal para que pudesse vestir o homem.No
segundo jardim Jesus se apresenta como o
cordeiro de Deus, que tira os pecados do
mundo.No primeiro jardim, Deus por ser
um Deus justo, lança o homem fora do lugar
das delícias.No segundo jardim, Jesus sofre
para que o homem volte a experimentar as
delícias da comunhão com Deus.No
segundo jardim Jesus veio para restaurar esta
amizade. No Éden o homem perde a
inocência. No Getsêmani começa o sacrifício
de Cristo para trazer o homem de volta ao
tempo da inocência.
APALAVRAHOMEM,NOGREGO,É“ANTHROPOS”,
que pode ser traduzida como aquele que e
todo homem tem a faceta de Deus, o vazio
que existe no homem é do tamanho de Deus.
O sacrifício de Cristo, começado no Getsê-
mani aconteceu para que o homem olhasse
para cima e se lembrasse de Deus. É restau-
rador ler a carta do apóstolo Paulo aos Ro-
manos. Preste atenção nesse versículo:
“10
Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados
com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estan-
do já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11
E
não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus
por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora
alcançamos a reconciliação”. (Romanos 5:10 e 11)
Nossa caminhada de volta à inocência só
poderá ser completa quando reconhecer-mos
que dependemos de Cristo para continuar,
DE VOLTA A INOCÊNCIA
23. 4948
porque sem Cristo não terá reconciliação.
A serpente enganou a Eva e continua
enganando pessoas, levando-as para longe
da simplicidade de Cristo. Faço das palavras
de Paulo as minhas palavras: “Mas temo que,
assim como a serpente enganou Eva com a sua astú-
cia, assim também sejam de alguma sorte corrom-
pidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade
que há em Cristo” (II Coríntios11:3)
Não perca o foco; seu alvo deve ser Cris-
to, pois seu sangue foi a tinta que escreveu
em nossas vidas, uma nova história, que os
conduz a Deus, o Grande escritor, e isto é
mais do que poético, é libertador, pois Cristo,
assim como diz uma canção, foi como uma
flor machucada. No jardim morreu por nós,
nos amou para que pudéssemos caminhar
de volta para a inocência.
PORQUE O PÃO DE DEUS É AQUELE QUE DESCE
do céu e dá vida ao mundo” (João 6:33).
Certa vez eu estava em um condomínio
fechado, pregando para um grupo de mora-
dores em Puerto Ordaz, na Venezuela, junto
como uma equipe de jovens missionários co-
mo eu. Confesso ter sentido uma certa inse-
gurança, embora já tivesse pregado várias ve-
zes em outros lugares, pregar em um condo-
mínio seria um fato inédito para mim.
Foi algo marcante para a minha vida. De-
pois da mensagem houve conversões, pes-
soas que foram tocadas por Deus. Algumas
estavam chorando. Mas mesmo assim, ainda
estava me questionando sobre o porque da
minha insegurança.
Ramom, um missionário venezuelano,
obreiro de JOCUM (Jovens Com Uma Mis-
O PÃO DE DEUS
24. 5150
são), sem saber do que se passava comigo,
chamou-me para conversar em particular.
Foi ele quem nesse dia me ajudou com a tra-
dução da mensagem e, na conversa que tive-
mos, não consigo me esquecer do que me
fora dito. Suas palavras foram essas: “vejo
que você tem uma unção especial e vai ser
usado grandemente por Deus. Mas jamais
se esqueça que o pão só pode ser oferecido
quando o trigo for moído.
Fiquei por um tempo em silêncio com
os olhos cheios de lágrimas, pois no mesmo
instante Deus estava me revelando que mi-
nha insegurança, na verdade, era um medo
de não ser aceito pelas pessoas que escuta-
vam-me, e o pão só poderia ser oferecido
quando o trigo fosse moído.
A atitude de Cristo foi diferente da mi-
nha, pois ele foi moído por nossas transgres-
sões,levando-nosaentenderqueseusacrifício,
o seu corpo na cruz, foi o pão que ma-tara a
fomedaraçahumana,porDeus.Masparaisso
é necessário crer no que Cristo disse: “47
Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em
mim tem a vida eterna. 48
Eu sou o pão da vida.”
NA CIDADE NÃO EXISTE APENAS A VISÃO
pessimista. A cidade faz parte do plano de
Deus para a redenção, pois a história que
começa no jardim será concluída na cidade,
a cidade do nosso Deus, em seu santo monte.
A nova Jerusalém.
Embora exista a agitação , nem tudo está
perdido, pois Deus ama a cidade, onde exis-
tempessoas;eDeususaacidadeparatra-balhar
o caráter das pessoas. É estando perto dos
diferentes que nos é revelado quem somos.
O jardim das delícias trouxe queda. O
jardim do azeite (Getsêmani) restauração: a
cidade opção. Isto mesmo, cidade é lugar de
escolhas, revelar opinião, decisão, pois é nela
que se encontra o palco dos conflitos, devido
a saída do jardim das delícias. Como já foi
dito, é nela também que encontramos a
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO
25. 5352
faceta de Deus, pois Cristo quer revelar seu
caráter restaurador, começado um dia, no
segundo jardim. A mais bela história de amor
é revelada em Cristo, pois é mais que uma
história, é uma notícia que percorre o
mundo, desde as pequenas aldeias até as
grandes metrópoles.
Não há nada mais impressionante que o
contraste entre os dois jardins, ou seja, cria-
ção e redenção. Enquanto estamos na cidade,
ou seja, na terra de conflitos, não poderemos
perder a simplicidade e a escolha por Cristo.
Aproveite a oportunidade e conheça a
Cristo, conheça o segundo jardim: a reden-
ção. Jesus morreu na cruz com um único
objetivo: torná-lo filho de Deus.
QUERIDO LEITOR, SE ESSAS PALAVRAS
chegarem até você, se esse simples livro che-
gou em suas mãos, saiba de uma coisa: você
faz parte de uma profecia.
Um dia eu estava falando com Deus e
em minha oração eu dizia mais ou menos as-
sim: “Senhor, me sinto tão pouco para anun-
ciar o seu nome. Eu sei, pai, que não posso
alcançar todas as pessoas, mas eu sei que eu
posso ir além”. Depois dessa oração, Deus
falou comigo dessa maneira: “Filho, onde os
teus pés não forem, as tuas letras chegará”. É
por isso que eu escrevo, pois creio na men-
sagem libertadora do evangelho. Este é o re-
cado que trago para você, hoje.
Cristomorreueressuscitou paraquevocê
tivessevida,umavidaverdadeira,poisvivemos
em um mundo de ilusões, você pode até ir nas
UM RECADO PARA VOCÊ
26. 5554
baladas,curtiravida, terváriossonhos,experi-
mentarváriasemoções,masedepois?Equan-
doencostaracabeçanotravesseiro?Equando
as luzes do palco se apagarem? Quando não
houver mais aplausos?
Cristo deseja restaurar sua identidade,
identidade que ficou oculta por causa da que-
da, por causa do pecado. Melhor seria não
existir, se fosse para existir sem conhecer a
santidade da existência. A santidade da exis-
tência está em Cristo. Aqui nesta terra sem-
pre existirá conflitos, mas existe uma cidade
santa, para onde Cristo quer te levar.
O reino de Deus é mais do que palavras
ou uma utopia, é uma verdade. Verdade que
você pode experimentar hoje, a verdadeira
emoção, a verdadeira adrenalina é caminhar
com Deus. Ser nova criatura, nascer de novo!
HOJE TE CONVIDA À ESSA MUDANÇA DE
caráter, ao conhecimento do segundo jardim,
a um encontro pessoal com Cristo.
O convido a fazer uma breve oração co-
migo. Esta é a maior decisão de sua vida, a
decisão de reconhecer a queda do jardim das
delícias e aceitar a mensagem libertadora de
Cristo. Não perca mais tempo! Repita essa
oração: “Senhor Jesus, eu reconheço que o
pecado nos afasta de ti, mas eu quero voltar
ao tempo da inocência. Perdoa os meus peca-
dos. Eu te aceito como meu único e suficiente
salvador, pois quero viver uma nova vida con-
tigo. Te agradeço por perdoar os meus peca-
dos e fazer-me uma nova criatura.”
Saiba que se você fez essa oração, com
sinceridade, o Espírito de Deus habita em
você e Ele te conduzirá à uma mudança de
UM CONVITE A VOCÊ
27. 5756
caráter. Andar com Cristo não é uma religião,
é uma transformação.
Procure uma igreja próxima de sua casa.
Um lugar onde você possa aprender melhor
a palavra de Deus. Um dia nos encontra-
remos, na cidade de Deus, a nova Jerusalém,
preparada para aqueles que um dia aceitaram
o convite de Cristo. Ele disse: “Eis que estou
à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir
a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele,
comigo.” (Apocalipse 3:20)
O maior erro do homem é excluir Deus
do seu processo de decisão. Não queira deci-
dir as coisas sozinho. Permita que Cristo par-
ticipe de sua vida, em todos os detalhes: emo-
cionalmente, espiritualmente, psicologica-
mente, enfim, cada detalhe, pois o próprio
Deus é detalhista!
Ao ordenar a Noé para que fizesse a arca,
Deus disse cada detalhe de como seria cons-
truída: falou a medida, o material a ser usado,
o lugar onde ficaria a porta e a janela. Pense
comigo se Deus cuidou dos detalhes da arca.
Quanto mais não cuidará dos de sua vida.
É INCRÍVEL POIS, A HISTÓRIA TERMINA COM
um novo começo!
Novos céus e uma nova terra, a cidade
de Deus em apocalipse 21 e 22, revela-nos
coisas preciosas sobre essa cidade,
prepararem para aqueles que aceitaram o seu
amor redentor.
Lá no começo, no Éden, Deus tinha
preparado o sol para iluminar a terra e a vida
humana. Nessa cidade não será mais neces-
sário o sol (Apocalipse 22:5). Satanás que se
sentiu vitorioso, na cidade santa é derrotado
por completo. Não haverá mais morte, pe-
cado, tristeza. Chega de lágrimas! Nessa ci-
dade são reveladas várias coisas, mas não
quero me apegar naquilo que muitos dizem,
tais como ruas de ouro. Ouvir certa vez um
tocador dizer que teria no céu um contra-
A CIDADE DE DEUS
28. 5958
baixo de ouro. Não ignoro a hipótese de po-
der existir tais coisas.
Porém, há algo muito mais importante:
adoraremos o cordeiro de Deus veremos sua
face, exaltaremos ao Rei das Nações, o Rei
da glória, Maravilhoso, Conselheiro, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.
Para que se preocupar com um violão
de ouro, um contra-baixo ou bateria, quando
posso estar ao lado do meu Redentor, estar
com Deus é mais importante. A cidade de
Deus, o lugar de refrigério, o lugar onde
Deus não está sozinho, por isso enviou a
Cristo, para que através de Cristo pudés-
semos fazer companhia. A teologia do reino
é profunda e emocionante, pois revela-nos
o Rei das Nações, controlando os deta-lhes
de nossas vidas.
Essa teologia não se limita em questões
doutrinárias, mas vai além, pois quando te-
mos a visão do Reino, aprendemos a ser uma
geração de homens e mulheres como João
Batista que, tanto no deserto quanto diante
de Herodes, anuncia o reino de Deus e pre-
para o caminho do Senhor.
SEJA LIVRE, POIS FOI PARA A LIBERDADE QUE
Cristo nos libertou (Gl 5:1)
Ouse caminhar com Deus e experimente
ouvir a sua voz. Conhecer a Cristo significa
dar espaço ao Deus libertador. Esta é a ên-
fase do lugar de azeite. Corra para a caminha-
da no tempo da inocência.
Estas palavras não é uma visão simples
da vida, aliás, viver é a atitude mais complexa
que alguém pode experimentar. Contudo eu
preciso, as vezes, falar como gente grande,
pois muitos têm ignorado as virtudes do rei-
no, esquecendo-se do que o apóstolo Paulo
tinha dito: “Porque o Reino de Deus não consiste
em palavras, mas em virtudes (I Coríntios 4:20)
E estas virtudes não são apenas aquilo que
julgamos superespirituais, tais como: expul-
sar demônios, falar novas línguas, trazer os
CONCLUSÃO
29. 6160
mais belos sermões, cantar de maneira que
todos a minha volta venham chorar.
Mas o reino de Deus não consiste em
palavras, é revelado em coisas que julgamos
sem importância, pois parecem longe dos
fatores espirituais tais como: ser um bom
trabalhador na sua empresa, ser um bom alu-
no onde as pessoas vêem o brilho de Cristo,
alguém que entenda a diferença entre separa-
ção e isolamento. Ser separado significa viver
uma vida exemplar, não compactuando com
o pecado. Ser isolado significa ter uma vida
longe da realidade cristã. É lamentável mas,
muitos crentes são isolados e não separados.
A vida torna-se mais significativa quando
deixamos Deus levar-nos a separação e não
ao isolamento.
Esta é a conclusão. Não fique apenas em
palavras, viva cada detalhe de sua vida
buscando mais de Deus.
Esteéocontrasteentreosdoisjardins:no
primeiroohomemseafastadeDeus,nosegun-
do Deus se aproxima do homem, através do
seu filho, para o homem voltar ao tempo das
delícias, ou seja, comunhão com Deus.
A minha oração é que o Espírito de Deus
possa falar melhor ao seu coração. Nota no final do Livro:
Qualquer comentário será bem vindo.
Pedidos serão atendidos no email abaixo:
oliveiramarceloedu@gmail.com
Telefone para contato: (11) 4489-0664
30. 6362
JOCUM
É um movimento internacional de jo-
vens cristãos, de orientações denominacio-
nais diversas que servem, de forma dinâmi-
ca, diferentes áreas da Sociedade, em busca
de integração social e geração de valo-res
sociais e humanos.
Fundada pelo casal Loren e Darlene
Cunningham há quase 50 anos, a JOCUM
reúne uma mistura de pessoas de mais de 170
países, desde a Coréia do Sul e Egito, até
nações da Europa, América do Norte, África,
Ásia Central, Oriente Médio, ilhas do Pacífico
e nações latinoamericanas, todas atuando
voluntariamenteemtempointegralouparcial.
Presente no Brasil há quase 35 anos e a-
tuante em cerca de 60 locais de operação e
centros de treinamento de Norte a Sul do
País, o movimento de Jovens Com Uma
Missão (JOCUM) visa fazer com que todos
os povos da Terra tenham a possibilidade
de alcançar dignidade e identidade humanas
a partir de uma cosmovisão orientada con-
forme uma perspectiva bíblica e cristã. Para
isso, buscamos gerar uma plataforma de
iniciativas diversificada e criativa que,
anualmente, recebe em torno de 30 mil pes-
soas para vivenciar ações de treinamento
intensivo e estratégico, entre outras.
Nossos projetos estão ligados à alfabe-
tização, reforço escolar, orientação voca-
cional, educação especial, ensino e incentivo
a práticas esportivas, música, dança, recupe-
ração de adictos, treinamento de agentes
sociais e líderes, dentre outras atividades,
sendo todas diversificadas conforme orien-
tações e contextos locais de cada base. Por
fim, em atenção às maneiras pelas quais as
pessoas têm sido discriminadas e têm sofrido
com o desrespeito quanto aos direitos huma-
nos, questões de gênero, raça, alimento e mo-
radia, etc., a JOCUM Brasil tem se mobi-
lizado para desenvolver ações envolvidas
com os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio da ONU, por exemplo, dentre outras
iniciativas de promoção da Paz, Igualdade e
Justiça Social.
31. 6564
JOCUM SAMPA
As características da cidade são
incomuns a outras capitais no país. Mais de
cem grupos étnicos podem ser encontrados
em suas ruas, sem contarmos as
representações de outros estados do Brasil.
E o maior pólo econômico do país e,
anualmente, cedia quase duzentas feiras e
eventos, muitos de importância
internacional.
Lado a lado com a prosperidade,
crescem os problemas sociais: o desemprego,
a criminalidade, a marginalidade e, com eles,
a solidão e a falta de esperança.
Uma cidade assim, como tal potencia de
liderança e ao mesmo tempo, com tantos
problemas, é um lugar estratégico para a
pregação do evangelho, a intensificação de
ministérios assistenciais as populações
carentes e o treinamento de obreiros. São
Paulo é um campo missionário.
É por isso que JOCUM - Jovens Com
Uma Missão - tem trabalhado desde 1991,
juntamente com igrejas locais, para que os
habitantes desta megacidade encontrem a
esperançaeasalvaçãodequetantonecessitam.
MINISTÉRIOS
ENSINO
Eted (Escola de Treinamento e Disci-
pulado) - A ETED é a porta de entrada de
voluntários comprometidos com as ativida-
des de Jocum mundial e é Pré- requisito para
se trabalhar em Jocum de tempo integral.
É através dela que os obreiros são trei-
nados nos conhecimentos básicos dos prin-
cípios bíblicos e valores que regem a Missão.
Sua duração é de 5 meses: Três teóricos e
dois práticos. Durante o Tempo teórico, o
aluno é exposto a atividades acadêmicas co-
mo aulas, leitura e apresentação de trabalhos
sobre livros, provas, trabalhos de pesquisas,
etc. Há um acompanhamento pessoal com
cada aluno por parte de um monitor desig-
nado, para ajudá-lo a formar caráter missio-
nário e a assimilar os princípios bási-cos do
trabalho a ser realizado no futuro próximo.
Nos dois meses Práticos, os alunos saem
em equipes, para servirem a igrejas evangé-
licas, comunidades carentes e projetos afins.
Neste tempo, cada aluno terá a oportunidade
de colocar em prática os conceitos elemen-
tares da escola, confirmando a veracidade
dos princípios ensinados.
Depois da Eted alguns dos alunos po-
32. 6766
dem escolher ficar como obreiros volun-
tários na Missão, engajando-se em uma de
nossas equipes.
EMU (Escola de Missões Urbanas) -
Este é um treinamento específico para pes-
soas que desejam se dedicar de tempo inte-
gral ao trabalho assistencial e evangelístico
ao povo da cidade. Multiplicam-se as orga-
nizações não-governamentais assistenciais
ao redor do país e cada uma delas tem um
interesse em comum: servir ao ser humano
na sua integralidade. Mais do que nunca, i-
grejas evangélicas tem se despertado para o
trabalho social, dispondo de pessoas e re-
cur-sos para realizar um ótimo trabalho.
Para este tipo de serviço é muito impor-
tante que se possa estudar as características
do público-alvo, assim como as estratégias
para suprir suas necessidade. Deve se levar
e consideração os recursos materiais e huma-
nos, em relação ao tempo disponível para a
realização do trabalho.
A escola de Missões Urbanas, com dura-
ção de 5 meses, supre métodos de serviço,
mostra as reais necessidades, e coloca o alu-
no, não apenas na sala de aula, mas também
na rua, onde ele vai ver de perto o que pode
e deve ser feito para mudar a situação social
da cidade. População de rua, prostitutas,
travestis, viciados, favelados, hippies, estes
são apenas alguns dos beneficiados com os
resultados deste trabalho em Jocum Sampa.
EASP (Escola Eu Amo São Paulo) - Este
cursorealizadoaossábadosserveparadespertar
nocidadãoqueestudaoutrabalhauminteresse
maior na sua cidade, e métodos para amá-la e
serví-ladeacordocomsuasnecessidades.Aqui
osalunosaprendemausarseusdonseseutem-
popararealizaçãodetrabalhovoluntário,even-
tos e levantamento de recursos para atuar em
serviços assistenciais e de cidadania.
O curso visa mobilizar, treinar e multi-
plicar a visão voluntaria, e provar que o cida-
dão comum pode fazer muito para amenizar
o quadro social triste ao seu redor. Algumas
atividades práticas serão acopladas ao treina-
mento.
Escola Missionária de Férias - A escola
missionária de férias é treinamento intenso
que visa oferecer experiência de curto prazo
em missões. A escola missionária de ferias
acontece duas vezes no ano sendo uma em
janeiro com duração de 1 mês e a outra em
julho com duração de 2 semanas. A escola é
bem intensa o aluno terá diversas atividades
como aula, oficinas de teatro, dança piro-
fagia, grupos pequenos e trabalhos práticos
todos os dias.
33. 6968
GESTÃO
COMUNICAÇÃO
Esse é o ministério que faz “a ponte”
entreIgrejaeOrganização.Éatravésdessemi-
nistério que muitas pessoas encontram a res-
posta ao seu chamado. Através da comunica-
ção podemos entender que o evangelho pode
ser levado de diversas formas (rádio, cinema,
internet, etc.). Existem várias áreas de atuação
dentrodesseministério.EmJOCUMtrabalha-
mos com Relações Públicas, Pesquisa, Tradu-
ção, Desenvolvimento Humano, Secretariado
e Tecnologia da Informação.
DISCIPULADO
Nossos missionários contam com apoio
psicológico, emocional e espiritual para po-
der executar seu trabalho de uma forma mais
diligente. Contamos com um discipulado pa-
ra obreiros solteiros, casados e para a lide-
rança que é realizado uma vez por mês, sob
a direção do Pastor Almir Salles.
HOSPITALIDADE
Temos como um dos valores funda-
mentais de Jocum a hospitalidade, por isso
esse ministério é tão importante queremos
que você ao vir em nossa base se sinta muito
bem recebido e amado por todos os que es-
tão na base. Importante que você saiba que
estamos de braços abertos para recebê-lo.
MANUTENÇÃO
Como toda casa requer cuidados, a nossa
casa também não é diferente.
Estamos localizados numa região com
muitas arvores, planta e flores e que sempre
estamos cuidando para melhor recebê-lo.
Este serviço não deixa de ser tão espiritual
quanto pregar e anunciar as boas novas.
MINISTÉRIOS DE INFLUÊNCIA
IMPACTOS
Cruzadas de curto prazo que acontecem
anualmente: No Carnaval (Evangelismo no
sambódromo), na Parada do Orgulho Gay
(Junho) e na Festa do Peão de Boiadeiro
(Barretos) em Agosto e no dia 12 de Outu-
bro em Aparecida do Norte, São Paulo.
CONSCIENTIZANDO GERAÇÕES
Em parceria com o Cervi - Centro de
Reestruturação para Vida, desenvolvemos
34. 7170
um trabalho de palestras com adolescentes
em escolas públicas sobre sexualidade, pre-
venção ás drogas, gravidez inesperada.
APOIO À IGREJAS LOCAIS
Equipes missionárias de JOCUM, local e
internacional,quetrabalhamnosfinsdesema-
na, com pregação, ensino e teatro, desafiando
a igreja local no alcance a os perdidos.
JUSTIÇA E TRANSFORMAÇÃO
FRANCISCO MORATO
Esse ministério visa à promoção do ser
humano. Dentro de uma sociedade onde,
diariamente testemunhamos a banalização da
vida, levamos esperança para pessoas, através
de trabalhos sociais. Por isso um trabalho
de desenvolvimento Comunitário na cidade
de Francisco Morato que é a segunda cidade
mais pobre de São Paulo.
Temos trabalho com escolinha de fute-
bol, atendimento psicológico e estamos bus-
cando parcerias para a implantação de uma
creche, uma biblioteca e um centro de in-
clusão digital.
URBANÓS
Cracolândia e Praça da Sé: Comparti-
lhando o amor de Deus com os usuários de
drogas, moradores de rua e crianças que tam-
bém moram nas ruas. Muitos deles já saí-
ram das ruas, levados para casas de recupe-
ração e entrando em um relacionamento
pessoal com Jesus.
PROJETOS INTERNACIONAIS
PERU
Apesar de termos uma forte influência
para Missões Urbanas, trabalhamos também
com Missões Transculturais. Temos um tra-
balho no Peru na cidade de San Juan de Luri-
gancho (maior cinturão de pobreza da Amé-
rica Latina), lugar que padece com a falta de
chuva a mais de 20 anos, onde anual-mente
são enviadas duas equipes para traba-lhos
sociais com os moradores dessa e de outras
comunidades.