SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Baixar para ler offline
1
Escola Bíblica Dominical
Missão e Liderança
Rev. Vagner Pereira dos Santos1
2º Semestre de 2023
1
Direitos autorais: essas apostilas foram compiladas por mim a partir de material pesquisado em livros, apostilas e sites da internet, e a
maioria está com as notas de rodapé apontando seus autores.
Erros: caso perceba algum erro ou tenha alguma sugestão, eu ficarei agradecido se entrar em contato.
2
ÍNDICE
Aula 01 - MISSÃO E MISSÕES, IGREJA E LIDERANÇA ........................................... 3
Aula 02 - A METANARRATIVA BÍBLICA ................................................................... 5
Aula 03 - ESTRUTURA DE LIDERANÇA E MISSIONÁRIA DA IPB ........................ 9
Aula 04 - BASES DA LIDERANÇA CRISTÃ .............................................................. 15
Aula 05 - APRENDIZADO............................................................................................. 18
Aula 06 - JOSÉ E AS 4 FASES DO CRESCIMENTO NA LIDERANÇA .................. 21
Aula 07 - LÍDERES QUE FAZEM O MELHOR - CINCO HÁBITOS ........................ 22
Aula 08 - LIDERANÇA CRISTOCÊNTRICA............................................................... 24
Aula 09 - APRENDENDO A ESTABELECER ALVOS E METAS ............................ 25
Aula 10 - PONDO A MÃO NO ARADO ....................................................................... 27
Aula 11 – QUE CARGO VOCÊ OCUPA NA IGREJA? ................................................. 28
TESTE SUA VOCAÇÃO E CAPACIDADE DE LIDERAR: ......................................... 30
3
Aula 01 - MISSÃO E MISSÕES, IGREJA E LIDERANÇA
O objetivo maior desta matéria é mostrar que existe uma Missão dada por Jesus à sua Igreja, a
qual deve ser cumprida cabalmente. E para essa tarefa, as igrejas locais precisam se organizar e engajar
nessa grande tarefa, sendo, portanto, necessário que haja uma liderança para a organização e
direcionamento, liderança essa que está aberta a todos que o Senhor chamar e que também, é claro, se
dispuserem e dedicarem para tal finalidade.
Primeiramente, precisamos deixar claro alguns termos usados no nosso meio.
"Missão" e "missões" são duas formas diferentes da mesma palavra, mas têm significados e usos
distintos na língua portuguesa. Vamos explorar as diferenças entre elas:
Missão (singular):
• A palavra "missão" no singular se refere a uma tarefa, objetivo ou incumbência específica que
alguém ou algo é designado para realizar. Pode se referir a uma atividade ou objetivo
específico que uma pessoa, grupo, organização ou entidade deve cumprir.
• Exemplo: "A missão da empresa é fornecer produtos de alta qualidade."
Missões (plural):
• "Missões" é a forma plural da palavra "missão". Refere-se a múltiplas tarefas, objetivos ou
incumbências que podem ser realizadas por diferentes entidades ou indivíduos.
• Exemplo: "As missões dos astronautas incluíam realizar experimentos científicos e manter a
estação espacial."
Uma definição comum de "missão" e "missões" no contexto evangélico pode ser:
➢ MISSÃO: "Missão é a expressão da responsabilidade dada por Deus à sua igreja e aos indivíduos
crentes para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e fazer discípulos de todas as nações. A
missão envolve tanto a pregação da Palavra de Deus como a prática de amor, justiça e compaixão
em conformidade com os ensinamentos de Jesus."
➢ MISSÕES: "Missões são os esforços organizados e individuais de crentes e igrejas para cumprir a
missão dada por Deus. Isso inclui o envio de missionários para áreas onde o Evangelho ainda não
foi pregado, a plantação de igrejas em regiões não alcançadas, a assistência em projetos
humanitários e o cuidado dos necessitados em nome de Cristo."
Nas Escrituras Sagradas é o próprio Deus quem se revela missionário, sem conotação ideológica
ou pragmaticamente proselitista. Já, no Antigo Testamento, percebemos a iniciativa de Deus ao escolher
um povo para ser testemunha de Seu propósito reconciliador para resgatar a dignidade humana e
recompor a “sua imagem e semelhança”, manchadas pelo pecado. Jesus Cristo veio ao mundo como
missionário de Deus, isto é, enviado especialmente por Deus para dar maior expressão à Missio Dei e
estabelecer Seu Reino neste mundo.
A missão como Missio Dei, numa visão ampla da história, significa que Deus assume diretamente
no mundo a tarefa de preservar e redimir a Criação, reconciliar pessoas consigo mesmas e criar
comunidades fraternas e solidárias em torno da memória de seu Filho Jesus Cristo. Isto significa que o
próprio Deus faz missão a partir de sua misericórdia.
Em relação aos conceitos de missão e missões, gradativamente algumas mudanças têm
acontecido. A ideia de missão, no singular, continua fundamenta quando ligada à ideia de Missio Dei.
Mas missões, no plural, constitui um derivativo que tem passado por mudanças. O que se diz hoje, em
4
decorrência da Conferência de Willingen (1952), é que “a era das missões chegou ao fim; iniciou-se a era
da missão”.
O QUE É IGREJA? QUAL É O SIGNIFICADO DA IGREJA?
A Igreja é a união de todos aqueles que foram chamados por Deus, os quais, pela ação do Espírito
Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus enviado ao mundo para redimi-los de seus
pecados. É por isso que a Igreja é definida como sendo o corpo de Cristo (Efésios 1:22,23).
A palavra “Igreja” traduz o latim ecclesia, que por sua vez vem do grego ekklesia, que basicamente
significa “assembleia pública”, ou algo como “reunião dos que foram chamados”. É comum escutar que
Igreja significa “chamados para fora”. Isso acontece porque o termo grego original é formado por uma
combinação de duas palavras que significam “chamar” e “fora”.
De fato, teologicamente essa é uma verdade absoluta com relação à Igreja, no sentido de que os
membros do corpo de Cristo foram chamados para viverem fora do padrão pecaminoso do mundo.
Porém não é exatamente nesse sentido que a palavra “Igreja” é empregada na Bíblia, mas simplesmente
“reunião de pessoas”, “ajuntamento” ou “assembleia”, mas é claro que isso se referindo à Igreja Cristã,
tanto no sentido de sua pluralidade nas comunidades locais (Romanos 16:16; 1 Coríntios 4:17; 7:17;
14:33; Colossenses 4:15) quanto em seu aspecto universal, destacando sua unidade, ou seja, só há uma
única Igreja (Atos 20:28; 1 Coríntios 12:28; 15:9; Efésios 1:22) = Igreja Locar X Igreja Universal.
O QUE É LIDERANÇA
Definição do termo. É impossível alguém liderar com excelência sem conhecer o significado e o
real propósito da liderança. Sendo assim, a definição do termo deve ser o nosso ponto de partida. O
termo ‘liderança’ aponta para aquele que vai à frente, cuja responsabilidade é conduzir pessoas,
orientando-as e guiando nas mais diferentes situações da vida. Na prática, liderar implica em influenciar.
O verdadeiro líder é aquele que, por meio do exemplo pessoal, consegue extrair o que seus liderados
têm de melhor, levando-os a cumprirem o propósito para o qual foram chamados. Uma liderança
eficiente requer que o líder tenha visão e a comunique com clareza. Também é necessário que o líder
trabalhe pelo sucesso do coletivo: defenda os seus liderados, respeite-os e seja um pacificador. Podemos
afirmar que ‘liderar’ e in­fluenciar pessoas.
O que é liderança cristã. Lide-rança cristã é aquela norteada pelos princípios de Jesus Cristo
encontrados nas Escrituras Sagradas. O trabalho de um líder cristão e influenciar pessoas – segundo os
padrões bíblicos – a servirem e agradarem a Cristo. O primeiro chamado divino para o ser humano não
é para liderar, mas sim para ser um discípulo de Cristo. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas
mostram que, próximo ao mar da Galileia, o Senhor Jesus chamou Pedro e André para segui-lo e serem
“pescadores de homens” (Mt 4.19). A convocação para o trabalho é precedida pelo convite à comunhão.
CONCLUSÃO
Existe uma tarefa, uma missão, e precisa-se de líderes, pessoas compromissadas com o sucesso
dessa nobre tarefa que nos foi confiada pelo Senhor Jesus. Você se dispõe?
5
Aula 02 - A METANARRATIVA BÍBLICA
O que é uma Metanarrativa Bíblica?
Uma metanarrativa bíblica refere-se a uma narrativa ou história central e abrangente que
permeia toda a Bíblia, unindo seus diversos livros e passagens em um tema geral. Geralmente, essa
metanarrativa envolve a compreensão da criação, queda e redenção da humanidade. Alguns autores a
chamam de “A Grande História”. Aqui estão os principais elementos dessa metanarrativa:
1. CRIAÇÃO: Começa com a história da criação do mundo por Deus, conforme descrito em Gênesis. Este
é o começo de tudo, quando Deus cria o universo, a terra, e a humanidade à Sua imagem.
2. QUEDA: Em seguida, a Bíblia descreve a queda da humanidade no pecado. Adão e Eva
desobedeceram a Deus, introduzindo o pecado e a separação entre Deus e a humanidade.
3. REDENÇÃO: A Bíblia também apresenta a história da redenção, onde Deus busca reconciliar a
humanidade consigo mesma. Isso inclui a promessa de um Salvador (Messias) e o plano de Deus para
a salvação por meio de Jesus Cristo, que é visto como o cumprimento dessa promessa.
4. RESTAURAÇÃO: Finalmente, a Bíblia fala sobre a restauração, onde Deus promete restaurar todas as
coisas e estabelecer um novo céu e uma nova terra, onde a justiça reinará e a humanidade viverá em
perfeita harmonia com Deus.
Essa metanarrativa é a espinha dorsal da mensagem da Bíblia e fornece um contexto para muitos
dos eventos e histórias que são narrados ao longo do texto.
Qual a conexão da Metanarrativa Bíblica com a Missio Dei e a Missão da Igreja?
A Metanarrativa bíblica, a Missio Dei e a missão da igreja estão interligadas de forma significativa
na teologia cristã. Vamos explorar essa conexão:
6
1. METANARRATIVA BÍBLICA:
- A metanarrativa bíblica estabelece a base para toda a história da Bíblia, começando com a criação,
passando pela queda da humanidade no pecado, a promessa de redenção por meio de Jesus Cristo e a
promessa de restauração final.
- Ela revela o propósito de Deus ao longo da história humana, que é a reconciliação da humanidade
consigo mesmo, bem como a restauração da criação.
2. MISSIO DEI:
- A Missio Dei é um conceito teológico que significa "Missão de Deus". Refere-se à ideia de que Deus
está ativamente envolvido na missão de reconciliar e redimir a humanidade e toda a criação.
- A Missio Dei reconhece que a missão de Deus transcende a atividade da igreja e está em andamento
em todo o mundo. Deus está trabalhando para cumprir Sua vontade e propósito em toda a história.
3. MISSÃO DA IGREJA:
- A missão da igreja é a responsabilidade dada aos seguidores de Jesus Cristo para participar ativamente
da Missio Dei. A igreja é vista como o instrumento que Deus usa para proclamar o Evangelho, fazer
discípulos e ser uma luz no mundo.
- A missão da igreja está alinhada com a metanarrativa bíblica, pois a igreja busca compartilhar a
mensagem da redenção encontrada em Cristo, ajudando as pessoas a se reconciliarem com Deus e
apontando para a esperança da restauração final.
Portanto, a conexão entre a Metanarrativa bíblica, a Missio Dei e a missão da igreja reside no fato
de que todas elas estão direcionadas para o cumprimento do plano de Deus de reconciliação e
restauração. A igreja, como o povo de Deus, é chamada a desempenhar um papel ativo na concretização
desse plano, compartilhando o amor de Deus, proclamando o Evangelho e trabalhando para a
transformação espiritual e social em conformidade com os princípios do Reino de Deus, conforme
revelados na metanarrativa bíblica.
Como uma igreja local cumpre seu papel nessa Missão dada por Deus?
Cumprir o papel na missão dada por Deus é uma responsabilidade fundamental para uma igreja
local. Aqui estão algumas das principais formas práticas pelas quais uma igreja local pode desempenhar
seu papel na Missio Dei e na Metanarrativa bíblica:
1. EVANGELIZAÇÃO E DISCIPULADO: A igreja deve proclamar o Evangelho, compartilhando a mensagem
da salvação por meio de Jesus Cristo. Isso envolve alcançar pessoas não crentes em sua comunidade e
além, bem como investir na formação espiritual e discipulado dos membros da igreja para que cresçam
em sua fé.
2. MINISTÉRIO SOCIAL: A igreja pode atender às necessidades práticas das pessoas em sua comunidade,
incluindo os necessitados, os pobres e os marginalizados. Isso pode incluir a organização de programas
de alimentação, abrigo, aconselhamento e outros serviços sociais.
3. MISSÕES GLOBAIS / TRANSCULTURAIS: Além de seu impacto local, a igreja pode se envolver em
missões globais, apoiando e enviando missionários para áreas do mundo que ainda não ouviram a
mensagem do Evangelho.
7
4. CULTO E ADORAÇÃO: A adoração é central para a vida da igreja, e através dela, a igreja pode glorificar
a Deus e edificar os crentes. O culto também é uma oportunidade de proclamar a verdade bíblica e
inspirar os crentes a viverem de acordo com ela.
5. MINISTÉRIOS DE ENSINO: A igreja pode oferecer uma variedade de ministérios de ensino, incluindo
estudos bíblicos, Escola Bíblica dominical e grupos de crescimento espiritual para ajudar os membros a
crescerem em seu entendimento da Palavra de Deus.
6. COMUNIDADE E RELACIONAMENTOS: Uma igreja saudável cultiva um ambiente de amor, apoio e
comunhão / comunidade. Isso pode atrair pessoas para a igreja e mostrar o amor de Deus em ação.
7. ORAÇÃO: A oração é essencial para a vida da igreja. Ela não apenas fortalece o relacionamento da
igreja com Deus, mas também capacita os crentes a buscar a orientação divina e a interceder pelos
outros.
8. DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES: Uma igreja eficaz investe na formação e capacitação de líderes para
que possam liderar ministérios e orientar outros no cumprimento da missão da igreja.
9. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL: A igreja pode ser um modelo de responsabilidade
ambiental e social, cuidando da criação de Deus e agindo de maneira justa e ética na sociedade.
10. INOVAÇÃO E RELEVÂNCIA: A igreja deve ser sensível às mudanças culturais e procurar maneiras
criativas e relevantes de compartilhar a mensagem do Evangelho em um mundo em constante mudança.
Cada igreja local pode adaptar essas práticas de acordo com suas capacidades e contexto, mas o
objetivo central é participar ativamente na Missio Dei e na Metanarrativa bíblica, refletindo o amor e o
propósito de Deus em sua comunidade e além dela.
Qual a necessidade de pessoas que se tornem líderes na igreja local?
A necessidade de líderes engajados na igreja para conduzi-la em sua missão é de vital
importância. Líderes comprometidos desempenham um papel fundamental em orientar a congregação
para cumprir o propósito da Missio Dei e da Metanarrativa bíblica. Aqui estão algumas razões pelas quais
líderes engajados são essenciais:
1. EXEMPLO E INSPIRAÇÃO: Líderes servem como modelos para os membros da igreja. Se eles estão
genuinamente engajados na missão da igreja, isso inspirará outros a se envolverem e a seguir o exemplo.
1 Coríntios 11:1 (NVI): "Sigam o meu exemplo, como eu sigo o exemplo de Cristo."
2. VISÃO E ORIENTAÇÃO: Líderes ajudam a definir a visão e os objetivos da igreja, garantindo que eles
estejam alinhados com a missão de Deus. Eles também fornecem orientação e direção para alcançar
esses objetivos. Provérbios 29:18 (NVI): "Quando não há visão, o povo se descontrola; mas, feliz é aquele
que obedece à lei."
3. ENSINO E DISCIPULADO: Líderes desempenham um papel importante no ensino e no discipulado dos
membros da igreja. Eles podem capacitá-los com conhecimento e habilidades para desempenhar
eficazmente seus papéis na missão da igreja. 2 Timóteo 2:2 (NVI): "O que você ouviu de mim, diante de
muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros."
8
4. TOMADA DE DECISÃO: Líderes frequentemente participam da tomada de decisões estratégicas na
igreja, garantindo que os recursos e esforços sejam direcionados para a missão prioritária. Provérbios
15:22 (NVI): "Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos
conselheiros."
5. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS: Eles podem ajudar a mobilizar recursos financeiros, humanos e materiais
necessários para apoiar os ministérios e programas da igreja. 1 Coríntios 16:2 (NVI): "No primeiro dia da
semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não
seja necessário fazer coleta quando eu chegar."
6. PASTOREIO E CUIDADO: Líderes desempenham um papel de pastoreio, cuidando das necessidades
espirituais e emocionais dos membros da igreja, encorajando-os em seu envolvimento na missão e
oferecendo apoio em tempos de dificuldade. 1 Pedro 5:2-3 (NVI): "Pastoreiem o rebanho de Deus que
está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não
façam isso por ganância, mas com o desejo de servir."
7. ADAPTAÇÃO E INOVAÇÃO: Em um mundo em constante mudança, líderes engajados podem liderar a
igreja na adaptação e inovação, encontrando maneiras criativas de cumprir a missão em um contexto
em evolução. É fato que à medida que envelhecemos, vamos nos desconectando das novas gerações,
logo, é necessário que surjam líderes novos que consigam fazer essa conexão. 1 Coríntios 9:22b (NVI):
"Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns."
8. RESPONSABILIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS: Líderes são responsáveis perante Deus e a
congregação pela liderança da igreja. Eles desempenham um papel importante na prestação de contas
e no monitoramento do progresso em relação aos objetivos da missão. Hebreus 13:17 (NVI): "Obedeçam
aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas.
Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso
para vocês."
Portanto, líderes engajados são essenciais para guiar e capacitar a igreja em sua missão
de acordo com a Metanarrativa bíblica e a Missio Dei. Eles desempenham um papel crítico na liderança
espiritual e prática da igreja, ajudando-a a cumprir seu chamado divino de proclamar o Evangelho, fazer
discípulos e ser uma luz no mundo.
É fundamental que a igreja valorize, capacite e apoie seus líderes para que possam liderar
eficazmente a congregação na busca desse propósito divino.
9
Aula 03 - ESTRUTURA DE LIDERANÇA E MISSIONÁRIA DA IPB
ORGANOGRAMA DA IPB2
2
Essa estrutura é ensinada na nossa matéria CONHEÇA SUA IGREJA
10
ORGANIZAÇÃO
• PRESIDÊNCIA
• SECRETARIA EXECUTIVA
• TESOURARIA
SECRETARIAS GERAIS
• APOIO PASTORAL
• TERCEIRA IDADE
• TRABALHO MASCULINO
• TRABALHO FEMININO
• TRABALHO COM MOCIDADE
• SECRETARIA GERAL DO TRABALHO COM ADOLESCENTES
• SECRETARIA GERAL DO TRABALHO COM CRIANÇAS
COMISSÕES
• ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS
• PREVIDÊNCIA SAÚDE E SEGURIDADE
• RELAÇÕES INTER-ECLESIÁSTICAS
• NACIONAL PRESBITERIANA DE EDUCAÇÃO
• CONSELHO DE AÇÃO SOCIAL
• CONSELHO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ E PUBLICAÇÕES
• CONSELHO DE HINOLOGIA, HINÓDIA E MÚSICA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
• JUNTA PATRIMONIAL, ECONÔMICA E FINANCEIRA
• TRIBUNAL DE RECURSOS
AUTARQUIAS
• APECOM - http://apecom.com.br/
• LUZ PARA O CAMINHO - https://lpc.org.br/
• CASA EDITORA PRESBITERIANA (EDITORA CULTURA CRISTÃ) - https://editoraculturacrista.com.br/
• APMT - https://www.apmt.org.br/
• JMN - http://jmnipb.org.br/
• MACKENZIE - https://www.mackenzie.br/
11
ESTRUTURA DE UMA IGREJA LOCAL
No dia a dia de uma igreja local, torna-se necessário o estabelecimento de líderes para a
organização e desempenho das várias tarefas necessárias ao bom andamento dos trabalhos.
Nesse ponto, é importante salientar que numa denominação como a nossa IPB, a estrutura de
todas as igrejas jurisdicionadas devem obedecer às determinações da nossa Constituição / Manual
Presbiteriano, e isso implica principalmente no seu Sistema de Governo que é Conciliar, ou seja, regido
por um Conselho local formado por Pastores e Presbíteros.
Contudo, existe liberdade para que as igrejas locais deem ênfase a determinadas áreas que
desejarem, haja visto que seria muito difícil para qualquer igreja ser eficiente em todas as áreas. Assim,
pode acontecer de alguma igreja ter um trabalho forte no ensino / EBD, ou na área de Missões, ou com
crianças, ou na área social com algum trabalho relevante na cidade, etc.
LÍDERES DE MINISTÉRIOS
Os Ministérios, também chamados de Departamentos, existem para facilitar o trabalho na igreja.
Desta forma, a igreja é unida na adoração, mas setorizada no trabalho.
A IPFF enfatiza o exercício dos dons e talentos. Entendemos que todo crente é chamado a servir
ao Senhor e compete à igreja dar o direcionamento para isto. Assim, estabelecemos vários ministérios
internos a fim de prover oportunidade para cada pessoa participar na obra do Senhor.
12
ENSINO / EBD = ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra” 2Tm 3.16-17
O ensino é fundamental e a Escola Bíblica Dominical é o principal meio de ensino na nossa igreja.
Fora isso, temos ensino também nos Cultos, Discipulado, Pequenos Grupos, Cursos Específicos, etc.
Nossa Escola Bíblica adota atualmente o seguinte Currículo:
DEPARTAMENTO INFANTIL:
1. BERÇÁRIO (0-1)
2. MATERNAL (2-3)
3. JARDIM e PRÉ (4-6)
4. PRIMÁRIO (7-9)
5. JUNIORES (10-11)
INTERMEDIÁRIO:
1. PRÉ ADOLESCENTES
2. ADOLESCENTES
JOVENS E ADULTOS:
1. CATECÚMENOS
2. CONHEÇA SUA IGREJA + MATURIDADE CRISTÃ
3. PANORAMA BÍBLICO
4. CONFISSÃO DE FÉ
5. ESCATOLOGIA + TEMAS POLÊMICOS
6. HISTÓRIA DA IGREJA + MISSÃO E LIDERANÇA
ASSISTÊNCIA PASTORAL
Pressupostos básicos:
1. Os membros da igreja precisam ser pastoreados.
2. Essa assistência pastoral é composta principalmente de:
a. Ensino = todo crente precisa ser devidamente instruído
b. Aconselhamento = é o ensino individualizado, mostrando como aplicar o conhecimento
bíblico na situação vivida.
c. Visitação = conhecer a realidade de cada crente, ir atrás dos dispersos, participar dos
momentos marcantes da família.
d. Exortação = advertir contra o erro e conduzir à fidelidade.
3. A função de pastorear é dos pastores. Contudo, a Bíblia nos mostra que esta tarefa deve ser dividida
com os líderes, em especial os Oficiais3.
3
MANUAL PRESBITERIANO - Seção 3.a - Presbíteros e Diáconos
Art. 50 - O Presbítero regente é o representante imediato do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o
pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade,
quando para isso eleito ou designado.
Art. 51 - Compete ao Presbítero:
a) levar ao conhecimento do Conselho as faltas que não puder corrigir por meio de admoestações particulares;
b) auxiliar o pastor no trabalho de vistas;
c) instruir os neófitos, consolar os aflitos e cuidar da infância e da juventude;
d) orar com os crentes e por eles;
e) informar o pastor dos casos de doenças e aflições;
f) distribuir os elementos da Santa Ceia;
g) tomar parte na ordenação de ministros e oficiais;
h) representar o Conselho no Presbitério, este no Sínodo e no Supremo Concílio.
13
4. No modelo de igreja que adotamos, os ministérios também se encaixam em partes deste processo
pastoral. Cada líder de ministério, de Grupo, ou discipulador, auxilia na tarefa de cuidar das pessoas.
5. Na igreja, ninguém pode ficar sobrecarregado de tarefas. Os pastores, por exemplo, necessitam de
tempo para dedicar ao preparo de estudos, sermões, reuniões ministeriais, oração, planejamento,
etc.
6. Enfatizamos a doutrina do Sacerdócio Universal dos Crentes, em especial, no ponto em que cada
crente tem o poder e o dever de auxiliar os demais irmãos em Cristo. Cada crente é um ministro.
Devemos cuidar “uns dos outros”.
O MODELO DE JETRO:
O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu
como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer. Ouve,
pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus,
leva as suas causas a Deus, ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que
devem andar e a obra que devem fazer. Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus,
homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de
cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa
grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e
eles levarão a carga contigo. Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poderás, então, suportar; e
assim também todo este povo tornará em paz ao seu lugar. (Êxodo 18.17-23)
1. Pastores = atendem geralmente por demanda, ou seja, casos mais sérios ou os que forem solicitados
(no entanto, qualquer pessoa que desejar, terá total liberdade de procurar o pastor ou pedir sua
ajuda ou visita).
2. Presbíteros e Evangelistas = também foram consagrados para cuidar da espiritualidade dos crentes.
Eles cuidarão das causas gerais da comunidade e encaminham aos pastores as mais graves.
LÍDER DE
1.000
LÍDER DE
100
LÍDER DE
50
LÍDER DE
10
LÍDER DE
10
LÍDER DE
50
LÍDER DE
10
LÍDER DE
10
LÍDER DE
100
LÍDER DE
50
LÍDER DE
10
LÍDER DE
10
LÍDER DE
50
LÍDER DE
10
LÍDER DE
10
14
3. Diáconos = são oficiais eleitos para cuidarem da igreja, principalmente na parte logística e
assistencial.4
4. Líderes / Discipuladores = Líderes de Ministérios (isso pode incluir5 Presbíteros e Diáconos),
Discipuladores, Líderes dos Pequenos Grupos, Professores = estes têm a responsabilidade primeira
por serem os que estão em contato direto com a igreja verificando suas necessidades.
ESTA ESTRUTURA DE ASSISTÊNCIA AOS MEMBROS TRÁS VÁRIOS BENEFÍCIOS:
1) Cumpre um modelo bíblico onde cada crente exerce o amor ao próximo (Jo 13.34; 1Jo 4.11), o
suporte/empatia (Cl 3.13-14), o envolvimento (Rm 12.15), o real significado de sermos chamados
irmãos (Jo 13.35).
2) Fornece um real sentido de fraternidade, de amor e empatia entre os irmãos, evitando a
profissionalização do atendimento aos membros, onde alguns entendem que pelo fato do pastor ser
assalariado, somente ele teria a obrigação de cumprir esta tarefa.
3) Fará com que haja mais envolvimento entre as pessoas, combatendo a tendência individualista que
assola os tempos atuais.
4) Não sobrecarregará ninguém. Se todos ajudarem, tanto os pastores quanto presbíteros e demais
líderes terão mais tempo para se dedicarem a outras áreas.
5) Evita o estigma de que o “bom pastor” que é mostrado na Bíblia seja, não Jesus, mas o pastor da
igreja local, então, se este pastor não consegue cuidar de todas as ovelhas, de ir atrás das
desgarradas, curar as feridas, alimentá-las, ... então, ele é um mau pastor. Lembrem-se que Jesus é
o bom pastor! As ovelhas pertencem a ele.
4
Art. 53 - O diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:
a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos:
b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos;
c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino;
d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências.
.
5
Entendemos que o Pastor não deve assumir liderança de nenhum Ministério local, pois deve estar voltado para as questões
pastorais, como ensino, pregação, aconselhamento, ... sem falar que ele tem suas obrigações também no Presbitério.
15
Aula 04 - BASES DA LIDERANÇA CRISTÃ
Boas notícias! A liderança cristã é simples!
Isto não significa que seja fácil. Mesmo que sigamos todos os princípios corretos, as coisas podem
sair mal e podem desenvolver situações tensas. A liderança cristã pode ser um duro trabalho.
Por simples quero dizer que os princípios essenciais são fáceis de compreender e simples de
aplicar se temos a coragem moral para fazê-lo.
A liderança cristã não é algo misterioso para uns poucos escolhidos com um dom especial de
sabedoria. Os princípios estão disponíveis para todos, inclusive para os que não têm o chamado para um
ofício bíblico. Estes princípios influem nos dons das pessoas, com ou sem títulos.
Aos que Deus escolheu para a liderança, Paulo lhes disse: Toda Escritura divinamente inspirada é
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de
Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2Tm 3:16-17.
Em suma: Tudo o que você precisa para ser um líder cristão efetivo está na Bíblia. Note o que
Paulo diz inteiramente preparado. Você talvez não saiba onde achar um princípio na Bíblia ou reconhecer
um quando o vê, mas está lá. Por isso este curso é muito útil.
O ponto de vista bíblico da liderança. A Bíblia ensina a ÚNICA filosofia de liderança cristã, a que
Cristo resumiu e moldou em Mateus 20. Os princípios de serviço e sofrimento são a base da relação do
líder com seus subordinados, desde que o líder mostre respeito para com seus colegas de ministério,
considerando-os como iguais.
A VIRTUDE FUNDAMENTAL
Uma das palavras mais difíceis de lidar com ela por par dos “EVANGÉLICOS” é “INTEGRIDADE”.
Viver uma vida irrepreensível diante da sociedade e principalmente diante de Deus é algo que não atrai
os modernos crentes do século XXI. Esta palavra é muito usada e citada nos meios políticos, nos
programas de candidatos a um cargo na vida pública e até nas igrejas. Mas qual é o seu verdadeiro
significado? Vejamos.
“INTEGRIDADE” vem do latim “INTEGRITATE”, significa a qualidade de alguém ou algo ser íntegro,
de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, brioso, pundonoroso, cuja natureza de ação
nos dá uma imagem de inocência, pureza ou castidade, o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de
alma e de espírito. “INTEGRIDADE” na raiz significa “INTEIRO”. Um ser humano íntegro não se vende por
situações momentâneas, infringindo as normas e leis, prejudicando alguém por um motivo fútil e
incoerente. A moral de uma pessoa não tem preço e é indiscutível.
O significado raiz desta palavra me remete as aulas de matemática onde aprendemos que um
número “INTEIRO” é completo. Já o oposto é uma “FRAÇÃO”. Portanto, precisamos considerar que
“INTEGRIDADE” aponta para plenitude, pureza, coerência, compromisso, etc. O inverso seria então
fragmentado ou corrompido. É necessário salientar que quando falta integridade na vida de uma pessoa
ela passa a ter duas caras, o seu caráter e a sua conduta passam a ser ambíguos. A pessoa sem
“INTEGRIDADE” vive de uma maneira na igreja, de outra na sociedade e de outra no trabalho. Ela não
possui equilíbrio nas suas posições.
A Bíblia diz: “MELHOR É O POBRE ÍNTEGRO EM SUA CONDUTA DO QUE O RICO PERVERSO EM
SEUS CAMINHOS” – Provérbios 28:6. É importante frisar que a integridade não tem preço, cor, razão
social ou nacionalidade. Uma pessoa íntegra não anda preocupada, ela não precisa se valer dos famosos
“JEITINHOS” para se safar de situações inusitadas criada pela sua conduta.
16
A decisão da formula um deste ano veio mostrar que a integridade é algo que deve ultrapassar
as barreiras da disputa e da importância de um título. Alonso era considerado o virtual campeão. Mas os
seus adversários o viam apenas como um concorrente e lutaram dentro da pista para conseguirem êxito
nos seus intentos. Vettel, mostrando ser um atleta completo, integro e hábil na sua conduta conseguiu
ser o campeão. Ele dominava com competência o seu carro.
A integridade na nossa vida tem semelhança com a conduta deste atleta. Se buscarmos um
estado de força interior e de paz integral nós poderemos nos dar bem em nossa vida espiritual. Mas é
preciso compromisso com a verdade. Precisamos ser completos em tudo, não apenas em algumas áreas
específicas de nossa vida. Uma vida cristã estabelecida sobre a égide da Palavra de Deus exige que
sejamos verdadeiros diante da sociedade e principalmente diante de Deus.
DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO À MISSÃO DE SERVO 6
Há diversos textos bíblicos que nos mostram servos de Deus sendo provados e aprovados através
das experiências da vida. Aqui, queremos refletir sobre a experiência de Moisés, um dos maiores líderes
da história do povo de Deus.
A história de Moisés, resumida por Estevão, está dividida em três fases de 40 anos (Atos 7). É
importante compreender essas três fases na vida desse servo de Deus para percebermos como o jovem
voluntarioso (Ex 2) tornou-se o homem mais manso da terra (Nm 12), e o que isto significa para nós hoje.
Como aconteceu com José, Moisés foi duramente provado e, finalmente, aprovado por Deus para ser
participante da sua obra na terra.
A FRUSTRAÇÃO DO VOLUNTÁRIO - Na primeira fase de 40 anos, Moisés recebeu esmerada
formação religiosa de sua mãe e a melhor educação geral no palácio egípcio, tornando-se um homem
poderoso em palavras e obras. Moisés tinha consciência da sua identidade e da sua missão, talvez fruto
da sua formação religiosa. Por isso, considerou-se apto para iniciar sua missão de libertador. Mas
cometeu diversos equívocos.
Quando viu um egípcio espancando um hebreu, (1) olhou de uma banda e de outra e não olhou
para cima; (2) temeu a presença de homens, mas não temeu a presença de Deus; (3) quis ser libertador
e tornou-se homicida; (4) tentou esconder o que tinha feito. O resultado foi a fuga para esconder-se do
faraó. Não há registro de que Moisés tenha ouvido ou buscado a Deus. Tentou, sinceramente, fazer
alguma coisa para Deus e para o seu povo, mas foi frustrado.
Deus não desistiu de Moisés, como ele não desiste de nós. Todos os que se dispõem a servir
podem errar. Faz parte do processo pedagógico de Deus. Precisamos de pausas para reflexão. Como
Pedro, tornamo-nos mais humanos quando temos de chorar amargamente os nossos fracassos. Só não
erra quem nunca tenta servir e ser útil.
O PREPARO DO VOCACIONADO - Na segunda fase de 40 anos, de príncipe egípcio, Moisés
tornou-se pastor das ovelhas do sogro no deserto de Midiã (Ex 2.18-22; 3.1).
Essa escola do deserto foi importante na formação daquele que seria o maior líder de Israel. Aliás,
o deserto é terreno fértil da reflexão bíblica (Moisés, João Batista, Jesus). Tempo de reflexão, de
crescimento, de maturidade. O homem poderoso aprendeu a depender de Deus.
O homem versado nas ciências do Egito reconheceu-se incapaz para a missão para a qual Deus o
chamava. O voluntário se oferece; o ministro é chamado; o voluntário é capaz para a tarefa; o ministro
(servo) precisa ser capacitado por Deus.
6
http://www.institutojetro.com/Artigos/reflexao/do_servico_voluntario_a_missao_de_servo.html
17
De acordo com o Novo Testamento, todos os crentes são chamados e capacitados por Deus (Rm
12.4-6; Ef 4.7; 1 Co 12.7,11). A Igreja é o Corpo de Cristo. Assim como não há membro no corpo sem
função, também não há crente sem ministério.
Todos nós podemos servir como ministros de Deus, porque “Deus não chama os capazes, mas
capacita os chamados”. Deixemo-nos moldar pelas potentes e amorosas mãos do Senhor para que
sejamos vasos de bênçãos.
A MISSÃO DO SERVO - O chamado de Moisés começou com o encontro dele com Deus numa
experiência de adoração (Ex 3.1-6). Isaías teve experiência semelhante (Is 6.1-3, 8). As ações que
glorificam a Deus têm origem no trono e no altar de adoração. Moisés foi, primeiro, um adorador, e
depois chamado e enviado por Deus como o líder libertador do seu povo. Não se ofereceu para fazer
alguma coisa para Deus e para o seu povo, mas submeteu-se ao Senhor em adoração; por isso os sinais
e prodígios procediam de Deus, glorificavam a Deus e abençoavam o povo.
Moisés serviu ao Senhor nos seus dias e profetizou a respeito do Messias (At 7.37-38). Com as
experiências dele aprendemos que tudo coopera para o nosso bem e nos prepara para sermos bênçãos
nas mãos do Senhor.
Na primeira fase da vida de Moisés, ele pensava que era tudo; depois, aprendeu que não era
nada; por fim, reconheceu que Deus era tudo. A vida e o ministério de Moisés nos ensinam que na
submissão completa ao Deus soberano somos felizes e cumprimos a missão que Ele tem para nós.
Para responder e refletir:
1. Quando e como foi a sua conversão?
2. O que já mudou na sua vida?
3. Quantas pessoas você já evangelizou? (que agora estão em uma
igreja evangélica)
4. De 1 a 10, que nota você daria para o seu nível de conhecimento
da Bíblia?
5. Quanto tempo você passa em oração por semana?
6. Quantos livros evangélicos você já leu?
7. Você tem um dicionário bíblico e faz uso dele regularmente?
8. Em quais ministérios e atividades da igreja já se envolveu?
9. Qual seu sonho, seu desejo para esta igreja? O que desejaria ver
acontecendo aqui?
10. Você sinceramente tem o desejo de ser um líder? De ser usado
por Deus para o bem do seu Reino?
11. Até onde você gostaria de chegar?
12. O que você poderia e deveria fazer para atingir seu potencial para servir a Deus e ver o
crescimento desta igreja? Liste o máximo que puder.
13. Você conhece pessoas que compartilham dos mesmos pensamentos e anseios que você? Será
que elas estariam dispostas a formar uma equipe para trabalhar em prol destes objetivos?
18
Aula 05 - APRENDIZADO
JOSÉ, O LÍDER APRENDIZ. 7
A boa liderança surge quando há interesse pelo aprendizado. Qualquer pessoa que se mostra
curiosa em relação ao conhecimento, possui uma das características fundamentais para a liderança. O
líder eficaz - que provoca resultados produtivos para a organização, para os outros e para si mesmo
- precisa ter vontade e capacidade de aprender. O conhecimento não torna ninguém líder, mas é a chave
do sucesso na liderança. Aquele que lidera não pode atuar sem conhecimento de causa. É preciso saber
o que faz para fazer bem feito. E somente sabe o que faz quem tem paixão pelo conhecimento e
aprendizado.
A Bíblia relata a história de um jovem sábio que foi posto como governador do Egito justamente
por saber o que fazer. Logo no início de sua vida, José enfrentou diversos empecilhos por ter consciência
de sua missão no mundo. Entendia que para cumprir com o seu papel precisava romper obstáculos, além
disso, devia estar sempre pronto para responder aos desafios que lhe eram impostos.
O próprio Faraó, rei do Egito, reconheceu a habilidade de José e o considerou um homem tão
criterioso e sábio que entregou em suas mãos o governo de toda a terra do Egito. Não é
despretensiosamente que José é exemplo e modelo eficaz de liderança. Ele era governador e conhecia a
realidade do Egito. A Bíblia relata que ele se ausentou da presença de Faraó e percorreu todas as cidades
do Egito para armazenar o excedente dos sete anos de fartura. José não se acomodou em seu cargo de
governador.
Dessa forma, não apenas saber o que fazer é fundamental na liderança, mas tornar esse
saber uma constante funcionalidade é fundamental para que o líder não perca sua capacidade de
atuação. José demonstrou ter conhecimento produtivo para cada ocasião específica. É importante
salientar que pessoa alguma sabe o suficiente e, portanto, sempre é necessário atualizar-se em relação
a tudo que desconhece. Há muito líder que em virtude de sua longa experiência se fecha em seu
próprio saber e não percebe a evolução de informações e as transformações que perpassam a sua
realidade. Sendo assim, estar atento, ser curioso, possuir uma inquietação intelectual, são variáveis que
acompanham aquele que sabe o que faz.
O líder que não moderniza seu conhecimento corre o risco de não corresponder mais aos
objetivos de sua missão. Isso significa perder a razão de liderança no lugar em que se está, ou seja,
significa correr o risco de ser desconsiderado. Certamente José não correu esse risco, pois tanto o Faraó
como todo o Egito dependiam dele.
Assim, é possível afirmar que o líder constrói tanto o seu reconhecimento quanto o seu
esquecimento. Saber o que faz dá ao líder a segurança de ser sempre lembrado; todavia, perder o
conhecimento de sua atuação conduz o líder ao ostracismo. Não existem desculpas óbvias para quem se
perdeu no tempo ou acreditou demais na sua experiência e não se apercebeu para o novo. Quem tem
uma mente obsoleta sobre determinado assunto também se tornará obsoleto no desempenho de sua
atividade.
Por fim, quem não quer se tornar obsoleto no desempenho da liderança, não fica parado,
atualiza-se, e isso significa estar sempre disposto para o novo, reconhecer que Deus nos dá o dom da
sabedoria para desempenhar com excelência a nossa função e que por isso devemos trabalhar esse dom
com extrema primazia. Existem inúmeras possibilidades de desenvolvermos nossa função com
conhecimento e de forma sempre atual, quem sabe o que faz e quem tem vontade de aprender conhece
o caminho. José, o bom líder, conhecia.
7
Ivan Cordeiro, www.institutojetro.com
19
VOCÊ É ENSINÁVEL? 8
Ouvi de meu pai que um presbítero do Sul de Minas, pessoa simples, fez uma visita ao Pr. Eduardo
Carlos Pereira, em São Paulo, um dos mais ilustres líderes evangélicos brasileiros do final do século XIX
e início do século XX. O objetivo daquele irmão era aprender com o mestre que ele tanto admirava, mas
ficou surpreso quando Carlos Pereira pediu licença para anotar idéias expostas pelo presbítero, com a
justificativa de que eram muito importantes para aprofundar a sua compreensão de assuntos teológicos
e práticos, úteis para o seu ministério. Carlos Pereira foi o que foi porque era ensinável. E nós? Se não
somos ensináveis, o momento é oportuno para mudarmos de atitude para o bem da nossa vida cristã e
do nosso ministério.
Todos os cristãos, principalmente os líderes, são discípulos permanentes de Jesus
O objetivo dos ministros da palavra que exercem funções apostólicas, proféticas, evangelísticas,
pastorais e didáticas (Ef 4.11) é treinar todos os crentes para que estes exerçam o ministério e edifiquem
o corpo de Cristo (Ef 4.12). Este treinamento prossegue “até que todos nós alcancemos a unidade da fé
e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de
Cristo” (Ef 4.13). Ora, qual de nós, em sã consciência, pode afirmar que já chegou á medida da plenitude
de Cristo? Tendo em vista esse paradigma, podemos concluir que quanto mais maduro é um líder, mais
necessidade ele sente de crescer.
Jesus não se faz de rogado como Mestre, pelo contrário, ele nos desafia: “Tomem sobre vocês o
meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para
as suas almas” (Mt 11.29). Com certeza pastores e líderes cansados, sobrecarregados, estressados,
frustrados e desmotivados não estão sendo discípulos de Jesus. As experiências dos discípulos de Jesus
são expressas de maneira bonita na poesia de um dos nossos hinos: Ao sentir-me rodeado de cuidados
terreais,/ Irritado ou abatido, ou em dúvidas fatais,/ A Jesus eu me dirijo nesses tempos de aflição;/ As
palavras que ele fala trazem paz, consolação.
Todos nós ensinamos e somos ensinados na comunhão do corpo de Cristo
Jesus afirmou: “Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é o vosso Mestre, e
vós todos sois irmãos” (Mt 23.8). Na igreja, corpo vivo, estamos todos unidos sob a cabeça, Cristo, e
temos a mesma posição (irmãos), mas exercemos funções diferentes para servirmos uns aos outros.
Para isto, precisamos estar sujeitos uns aos outros, por temor a Cristo (Ef 5.21). Assim, por exemplo,
todos devem estar sujeitos ao pastor para que sejam ministrados e fiquem cheios do Espírito, mas o
pastor deve estar sujeito a cada irmão, no dom que esse irmão tem, para que seja também ministrado
e fique cheio do Espírito.
Jesus falou diretamente com Saulo no caminho de Damasco, mas o instruiu: “Levanta-te, entra
na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9.6). Saulo nada seria sem a ministração do piedoso
Ananias, simples discípulo, no ambiente singelo de uma casa onde foi instruído, curado, batizado e ficou
cheio do Espírito Santo (At 9.10-19). O mesmo aconteceu com Cornélio. Ele era temente a Deus, piedoso
e generoso. Por isso, ouviu um anjo do Senhor numa visão extraordinária. Não foi ministrado pelo anjo,
mas instruído a chamar Simão Pedro. A salvação de Cornélio e de toda a sua casa dependia da
ministração desse homem que era apóstolo, mas ainda preconceituoso em relação aos gentios (At 11.4-
8
Mathias Quintela de Souza, www.institutojetro.com
20
17). No Antigo Testamento temos o exemplo de Eli, sumo sacerdote, que foi exortado por Deus mediante
mensagem transmitida por Samuel, ainda adolescente (1 Sm 3).
Os dons do Espírito Santo visam a edificação da igreja (1 Co 12.5,11). Exercendo esses dons, todos
os membros são administradores da graça para servir uns aos outros (1 Pe 4.10). Os que falam, devem
ser fiéis na transmissão dos dons de comunicação (conhecimento, sabedoria, profecia, línguas,
interpretação, exortação, ensino etc.) para que a palavra de Deus seja comunicada, todos sejam
edificados e Deus seja glorificado (1 Pe 4.11). Sendo ensináveis, temos como líderes uma fonte
inesgotável de aprendizagem e de crescimento na comunhão do corpo de Cristo, mas precisamos ser
generosos para dar e humildes, para receber.
Todos nós precisamos aprender na escola da vida
O nosso Deus é soberano e usa as pessoas, circunstâncias e os recursos que ele quiser para o
nosso preparo. José não teria sido a bênção que foi para o Egito e para o seu povo sem as experiências
da escravidão e da cadeia. Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha ardente, mas estava com eles
na fornalha, manifestou o seu poder e levou um monarca pagão a dar glória a Deus e a reconhecer a sua
soberania.
O líder precisa discernir o que vem de Deus, daquilo que vem do maligno ou do mundo como
sistema em rebelião contra o Reino de Deus. Melquisedeque não pertencia ao povo da aliança, mas era
sacerdote do Deus Altíssimo, recebeu dízimos de Abraão e o abençoou. Por outro lado, o nosso pai na
fé não aceitou nada do rei de Sodoma. Moisés, um servo de Deus que exerceu funções proféticas,
sacerdotais e reais, foi ensinado por Jetro, seu sogro, que não pertencia ao povo escolhido (Ex 18.13-27).
O conselho de Jetro foi perfeitamente assimilado por Moisés (Dt 1.9-18).
Exercemos como líderes funções administrativas e nem sempre estamos preparados para elas.
Precisamos da humildade de Moisés, para ouvirmos dos Jetros atuais a afirmação: “Não é bom o que
fazes” (Ex 18.17). Se não estivermos dispostos a rever e mudar, se necessário, os nossos paradigmas,
não teremos odres novos para o vinho novo. Ou o vinho novo arrebenta os odres velhos, com prejuízo
para ambos (Mt 9.17) ou o vinho se evapora dos odres velhos e as igrejas, como instituições religiosas,
viram peças de museu.
Enquanto vivermos, deixemos de lado a presunção de que já sabemos tudo e aprendamos
diariamente com Jesus, com os irmãos e com a vida. A autossuficiência é heresia na vida cristã. “O
saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu
ainda como convém saber” (1 Co 8.1b-2).
APLICAÇÃO:
• Você gostaria de ser usado por Deus?
• Você é ensinável?
• Você está disposto a liderar?
• O que você acha que poderia fazer?
• O que falta para você iniciar?
21
Aula 06 - JOSÉ E AS 4 FASES DO CRESCIMENTO NA LIDERANÇA 9
Verdade Central: Leva tempo para se transformar num líder.
Texto: “Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e
inverno, dia e noite”. Gênesis 8:22
Introdução: No início de sua vida, as habilidades interpessoais de José eram fracas. Pior ainda, ele
não tinha experiência, sabedoria e humildade – três qualidades que só podem ser obtidas com o passar
do tempo. Se você olhar para a vida de José, verá de que maneira o tempo e a experiência contribuíram
para o desenvolvimento diário de sua liderança à medida que passava pelas seguintes fases:
Fase 1: Não sei o que não sei. Todos começam num estado de ignorância. Foi ali que José
começou. Ele não entendia a dinâmica de sua família. Também não tinha ideia de qual seria a reação de
seus irmãos quando compartilhasse o sonho dos feixes que se dobravam e não se preocupava com o
dano que isso poderia provocar no relacionamento com eles. As escrituras dizem que seus irmãos já o
odiavam. Quando compartilhou seu sonho com eles, passaram a odiar ainda mais. José não sabia o que
estava acontecendo. Ele estava dizendo e fazendo coisas sem entender as questões interpessoais
existentes. O custo disso foi a alienação de sua família por mais de duas décadas.
Fase 2: Sei o que não sei. Foi preciso um incidente gravíssimo para chamar a atenção de José e
colocá-lo no caminho da mudança. Levado ao Egito como escravo, ele começou a aprender sobre aquilo
que não sabia. Começou a entender que liderança é uma coisa complicada e que carrega uma enorme
responsabilidade. Com o passar dos anos, José sofreu traição e recebeu lições sobre a natureza humana,
os relacionamentos e a liderança. O processo moldou seu caráter. Ele desenvolveu paciência e
humildade. Também começou a reconhecer que Deus era sua fonte de bênção e poder.
Fase 3: Sei e me aperfeiçoo, e surgem os resultados. Os líderes que mostram grande habilidade
quando aparece a oportunidade, eles o fazem apenas porque já pagaram o preço de se preparar para
aquele momento. Ao ser finalmente chamado para comparecer perante Faraó, José cumpriu sua tarefa
com excelência e sabedoria. Ele não foi bem sucedido porque, de repente, aos 30 anos, tornou-se bom
naquilo que fazia. Teve bom êxito, porque estava pagando o preço havia 13 anos. Por causa de sua
sabedoria e discernimento, José tornou-se o segundo em comando daquela que era a nação mais
poderosa de sua época.
Fase 4: Simplesmente avanço por causa do que sei. Por sete anos, durante o tempo de fartura
no Egito, José executou habilmente seu plano de liderança. Encheu as cidades do Egito de grãos e
preparou o país para o período de fome. Os seus anos de dor e crescimento estavam se pagando de
modo maravilhoso. Mas você só consegue entender plenamente o que foi sua liderança observando os
anos de fome que se seguiram. Seu objetivo principal era alimentar o povo do Egito durante os anos de
dificuldade. Porém, por meio de força de sua liderança, José alimentou a nação de seu monarca e
sustentou os povos de outras terras. Neste processo, ele arregimentou dinheiro, rebanhos e terra para
seu senhor. Também cumpriu a profecia dos sonhos de sua adolescência.
CONCLUSÃO: Uma pessoa precisa de tempo para se tornar um líder eficiente. Mas tempo apenas
não transforma uma pessoa num líder produtivo. Elas não trabalham o crescimento e ficam paradas na
fase 1 pelo resto de suas vidas.
A escada de sucesso propõe a cada discípulo um processo de desenvolvimento da liderança.
Aqueles que se submetem ao tratamento proposto experimentam a alegria do novo nascimento, são
consolidados com o leite da boa doutrina, são discipulados para ampliarem suas habilidades e
despertarem os dons espirituais, e enviados para reproduzirem os bons efeitos da vida de Cristo naqueles
que são alcançados por seu serviço e que, ao mesmo tempo, testificarão da eficácia da obra de Deus na
sua formação.
9
http://www.mibac.com.br/estudos-m12/jose-e-as-4-fases-do-crescimento-na-lideranca
22
Aula 07 - LÍDERES QUE FAZEM O MELHOR - CINCO HÁBITOS 10
“Pessoas não podem ser administradas. Inventários podem ser administrados. Pessoas devem ser
conduzidas” H. Ross Perot, Founder, Eletronic Data Systems.
Liderança tem a ver com futuro. O grande legado do líder é a criação de instituições valiosas que
sobrevivem ao tempo. A contribuição mais significativa que o líder faz não é para resolver problemas do
dia de hoje, mas em desenvolver um projeto a longo prazo para abençoar pessoas e instituições que vão
prosperar e crescer.
“Liderança é a arte de levar outros a desejarem fazer alguma coisa que você está convencida de
que deveria ser feita”. Vance Packard, The Pyramid Climbers. Quando líderes fazem aquilo que o seu
melhor, eles desafiam, inspiram, capacitam, modelam e encorajam. Liderança é um relacionamento
entre líderes e seguidores. A maioria das pessoas deseja líderes honestos, competentes, visionários e
inspiradores. Queremos líderes em quem possamos crer e que tenham um claro senso de direção.
O que existe de comum entre varias histórias de sucesso no campo da liderança, a despeito dos
riscos, trabalho duro e competição? Normalmente líderes assim possuem um conceito chamado de VIP.
Visão, integração (envolvimento) e persistência.
• VISÃO - Eles eram capazes de visualizar o que sua empresa poderia ser, eles realmente criam e
estavam confiantes que coisas grandes poderiam ser feitas.
• INTEGRAÇÃO – Eles sabiam que não poderiam sozinhos colocar seu plano em ação, eles precisavam
pessoas para criar, produzir, vender e sustentar a visão. O envolvimento deles seria fundamental.
• PERSISTÊNCIA – sabiam também que sonhos não se realizam sem trabalho duro e perseverança, que
seus projetos exigiriam esforço, firmeza, competência, plano, atenção a detalhes e encorajamento.
Cinco hábitos
1. Desafiando o processo – Liderança é algo ativo, não passivo. Embora muitos líderes atribuam seu
sucesso à sorte, ou de serem “o homem certo na hora certa”, o desafio pode ser um novo
produto, a reestruturação, a mudança de direção ou do status quo. Tudo isto implica em desafiar
o processo.
Líderes são pioneiros – pessoas que estão desejosas de dar um passo em direção ao desconhecido,
desejosas de assumir riscos, inovar ou experimentar uma forma de fazer as coisas de um jeito diferente.
Líderes não necessariamente precisam criar novos produtos. Tal inovação pode surgir clientes,
vendedores ou trabalhadores na linha de produção. A contribuição primaria do líder é o reconhecimento
de boas idéias e o desejo de desafiar o sistema para adquirir novos objetivos e criar novas formas de
realizar o trabalho. Inovação envolve riscos. Roberto Metcalfe, Chairperson do SCOM afirma: “nos
sugerimos aos nossos funcionários que cometam, pelo menos dez erros por dia, se eles não fizerem isto,
eles não estão trabalhando duro. Você precisa ser corajoso bastante para cair como líder”.
Experimentos, inovação e desafios envolvem riscos e fracassos. Líderes são aprendizes. Eles aprendem
de seus sucessos e seus fracassos.
2. Inspirando uma visão – Líder é aquele que cria uma visão. Toda organização e todo movimento
social começa com um sonho. O sonho ou a visão é a forca que inventa o futuro. Gasta tempo
olhando adiante. Alguns chamam isto de visão, outros de propósito, missão, alvo ou agenda
10
Rev. Samuel Vieira
23
pessoal. É a pessoa que tem o desejo de fazer alguma coisa acontecer, de criar algo que ninguém
havia criado anteriormente. Líderes visualizam idéias. A imagem clara do futuro os faz pensar no
amanhã, embora visão seja algo insuficiente para criar um movimento ou trazer mudanças. Uma
pessoa sem seguidor não é líder, e as pessoas não seguirão uma idéia até que aceitem tal visão
como sua. Não conseguimos fazer as pessoas se comprometerem, apenas podemos inspirá-las.
Líderes inspiram uma visão. Eles colocam vida nas esperanças e sonhos de outros e os capacita a ver as
excelentes oportunidades para o futuro. Para inspirar, precisam conhecer seus liderados e falar sua
linguagem. Eles precisam entender que você entende suas necessidades e tem interesse por seus
corações.
Existe um adágio texano que diz: “você não pode acender uma fogueira com um fósforo molhado”.
Líderes não podem colocar fogo e paixão se eles mesmos não expressam entusiasmo por tal visão.
Líderes cativam, geram entusiasmo.
3. Capacitam outros a ação – Líderes não alcançam sucesso por eles mesmos. A palavra chave para
o líder é “”nós”. Tais líderes dão condições para que outros trabalhem, constroem times,
encorajam colaboração. Trabalho de time e colaboração torna-se essencial. Geram sentimento
de grupo, de família. Moss Kanter, professora em Harvard disse: “Os poucos projetos de meu
estudo que se desintegraram foram por causa do fracasso do líder em construir uma coalizão de
colaboradores e auxiliares”. 11 O efeito de capacitar outros a ação, dá-lhes um sentido de que são
fortes, capazes e comprometidos. Eles possuem um senso de ownership. Eles recebem poder, e
quando se sentem fortes, tornam-se capazes de produzir resultados extraordinários.
4. Pavimentam o caminho – Visão precisa de administração, eletricidade e concreto. Líderes devem
ter uma visão detalhada, precisam avaliar a disponibilidade de recursos, avaliar resultados e fazer
correções na caminhada. Líderes precisam pavimentar o caminho. “Seu trabalho lhe dá
autoridade, seu comportamento conquista o respeito”.12 A questão é simples: “Meu líder pratica
o que prega?”. Precisamos liderar pelo exemplo.
Líderes devem ser claros acerca de suas convicções. Se seu comportamento é incompatível com sua
palavra, as pessoas perderão o respeito por eles. Ser um modelo significa prestar atenção ao que é
importante. Demonstrar pelo nosso comportamento que vivemos nossos valores.
5. Encorajando o coração – “se você vai dar um bônus a alguém, não apenas o coloque no envelope
e mande pelo correio. Faça uma celebração!”. Pessoas facilmente cansam, se frustram, se
desencantam, são tentadas a desistir. Líderes devem encorajar seus corações. Líderes
normalmente fazem reconhecimentos individuais e celebrações entre o grupo. Atos genuínos de
cuidado estimulam pessoas a continuar a caminhada.
11
. Kanter, Moss – The change Masters.
12
. Irwin Federman, presidente e executivo dos Monolithic Memories.
24
Aula 08 - LIDERANÇA CRISTOCÊNTRICA
A Igreja só tem um líder, JESUS CRISTO. Foi Ele quem morreu na cruz!
A conexão é que, embora somente Deus seja o líder, ele usa homens e mulheres para
implementar sua vontade. Em nem um momento Ele transfere a eles seu direito de honra, todavia, Ele
faz seu próprio trabalho através de homens e mulheres.
O Espirito Santo tem um papel importante nessa história, ele santifica as pessoas e dá a elas dons
específicos para cumprirem sua missão na Igreja, assim, essas pessoas devem apontar a sua dependência
em Jesus, tanto para viver quanto para liderar. Logo, toda liderança cristã deve essencialmente ser uma
Liderança Cristocêntrica.
Liderança Cristocêntrica é Espiritual: seus alvos serão espirituais (1Ts 5:12), seus métodos serão
espirituais e seu poder é espiritual; seus participantes devem ser guiados pelo Espírito Santo. Se não
houver espiritualidade sadia e verdadeira, sua liderança fracassará.
Liderança Cristocêntrica é Pastoral: os líderes nunca estão dirigindo seus próprios negócios e sim
os do Reino de Deus. Eles sempre devem conduzir os assuntos e problemas pastoralmente. Nas igrejas
existe uma grande quantidade de pessoas, entre membros, visitantes, bem como parentes e amigos
destes que são alvos da atenção pastoral. São aconselhamentos, visitas, discipulados, aniversários,
velórios, hospitais, empresas,... enfim, são vários momentos em que é requerido uma presença pastoral
e só um pastor não consegue atender a toda essa demanda. É necessário que os líderes da igreja
entendam a necessidade de se unirem nesta tarefa pastoral. Todo crente é chamado e transformado por
Deus até ao ponto de estar apto para abençoar, liderar, pastorear outras pessoas (medite em Ef 4.7-16).
Liderança Cristocêntrica é Bíblica: a questão não é tão óbvia quanto parece. Algumas lideranças
eclesiásticas têm sido dominadas pelo sucesso e vaidade, abandonando algumas considerações
importantes das Escrituras. O caminho para honrar a Deus em nossa liderança não é a sabedoria do
homem, nem a tradição denominacional, nem a conveniência, mas a concordância com os princípios
bíblicos. Tem que haver embasamento bíblico!
Liderança Cristocêntrica é servil: eu uso “servil” não em um sentido depreciativo, mas para
enfatizar que os líderes não devem construir um nome para si mesmos nem evitar a mais servil das
tarefas. Jesus deixou grande exemplo ao lavar os pés dos seus discípulos, numa atitude de servo (medite
em Mt 20.25-28). O líder que não tiver coração e atitude de servo, não serve para liderar! Tem muita
coisa sem fazer por falta de líderes-servos; as tarefas são muitas mas os aplausos são poucos. Quem se
dispõe?
Liderança Cristocêntrica é sacrificial: ela não tem espírito de mártir, nem de relutância. “Pobre de
mim” é uma expressão ausente em seu vocabulário. Se pensarmos que estamos sempre em
desvantagens, nada sabemos ainda a respeito da mensagem da cruz. As pessoas devem ver em nós uma
consagração à vontade de Deus. Uma firme resolução em dizer “eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8).
Para trabalhar para Deus você terá que fazer sacrifícios, terá que abrir mão de algumas coisas, de
alguns momentos de descanso e lazer. Para liderar é preciso primeiro aprender a renunciar. O grande
dilema é que, embora muitos queiram trabalhar para Deus, poucos querem “por a mão no arado” (Lc
9.62). Mas para servir a Deus é preciso tempo e dedicação para, por exemplo: estudar, afinal, como você
pretende liderar se não tiver conhecimento bíblico? Você terá que ter disciplina, aprender a cumprir
horários, obedecer rotinas, a servir de exemplo, a ter tempo de oração, etc.
Liderança Cristocêntrica é visionária: primeiramente, em dar ás pessoas uma visão, uma
motivação. Eles acreditam que tudo é possível, eles “idealizaram” meios de obter motivações pelas
coisas relacionadas a Jesus. Em segundo lugar, a liderança cristã é visionária no sentido de ser
comprometida com a expectativa tanto de uma atitude (espere grandes coisas de Deus) como de uma
maneira de abordar o futuro integral de nossa Igreja (empreenda grandes coisas por Deus). “Uma visão
é uma tentativa de articular, tão clara e vividamente quanto possível, o desejado estado futuro da Igreja,
do departamento ou do ministério”.
25
Aula 09 - APRENDENDO A ESTABELECER ALVOS E METAS 13
ALVO X META: há uma pequena diferença entre alvo e
meta, para você entender melhor, comparemos os dois com
uma escada, o alvo é como se fosse o ultimo degrau da
escada, e as metas como se fossem cada degrau da mesma.
O ultimo degrau continua sendo a escada, mas
naturalmente falando, é impossível chegar até o final sem
antes passar pelos primeiro degraus.
Devo visualizar aonde quero chegar mais também
estabelecer pequenos “alvos” (metas) a alcançar até chegar
no topo da escada (alvo).
Vivemos a cultura evangélica do “seja o que Deus
quiser”... Vi no Globo News reportagem sobre Graciliano Ramos e seu romance Vidas Secas e foi
mostrado o mesmo quadro de mais de 60 anos, onde um agricultor de 90 anos em Girau do
Ponciano/AL puxando um carro de boi, uma cadela... dizendo: Se é assim que Deus quer... Seja o que
Deus quiser...!
O Salmista no Salmo 2:8 nos diz: “Pede-me...”! As nossas Metas são pedidos a Deus, enviados
pelo correio da fé direto aos céus e de lá retornam como decretos divinos que serão estabelecidos
como planos de Deus que jamais poderão ser frustrados!
Todo Líder tem seus Alvos e Metas definidos, anunciados e por eles trabalha dia e
noite...! É através das Metas que a Visão se Cumpre!
I – AS METAS PRECISAM SER CLARAS E OBJETIVAS
Elas precisam ser palpáveis, tangíveis, mensuráveis: Não podemos ter uma meta de “ganhar o
Brasil”, mas ganhar 200 milhões de pessoas; E como isso vai acontecer? Quais são as estratégias que
serão utilizadas? Em quanto tempo desejamos que isso aconteça?
Elas precisam ser subdividas: Dividir a Meta Geral em partes e cada parte com o seu tempo
definido; Podemos fazer um planejamento para 5 anos, 10 anos, 2 anos... mas precisamos dessas
metas anuais, bimestrais...
II- AS METAS PRECISAM SER PUBLICADAS
Nenhum Líder fica com as suas metas guardadas só para ele, a não ser que ele queira conquistá-
las sozinho! Precisamos ser criativos para publicar as nossas Metas, fazê-las conhecidas a todos os
nossos discípulos, a todos os que estão envolvidos em nosso projeto! Devemos escrever, registrar as
nossas Metas para que a nossa mente seja tomada por elas! Devemos orar por essas Metas que
estarão escritas...!
III- AS METAS PRECISAM SER REALISTAS
Sabemos que o nosso Deus pode todas as coisas, Ele é o Deus do impossível, sabemos que Ele
se alegra quando decidimos viver pela fé, crendo nEle, mas ainda que vivamos pela fé, precisamos
estabelecer metas compatíveis com a nossa capacidade de realização, isso sem excluir a nossa fé.
As Metas muito acima do que seria humanamente possível, pode provocar a desistência e a
falta de apoio dos nossos liderados/discípulos. Precisamos buscar em Deus metas que sejam Realistas,
13
www.mibac.com.br e Blog do Discipulador
26
mas que, todavia, expressem a nossa fé! Pois, de outro lado, não podemos estabelecer metas tão
pequenas que “não precisem de Deus” para serem cumpridas!
O melhor é começar com metas pequenas, exemplo: evangelizar e discipular os nossos
familiares, depois a nossa vizinhança, depois um bairro, a cidade, etc.
IV – AS METAS GERAM ÂNIMO, DISCIPLINA E CONCENTRAÇÃO
As Metas nos disciplinam em tudo. Quando temos Metas não perdemos tempo... Quando
temos Metas, mudamos comportamentos e hábitos para atingirmos nossas metas...
As metas impedem que desperdicemos Tempo, R$, Forças etc. e aí nos concentramos
totalmente no cumprimento das metas. Ilustração: Uma Igreja sem uma Visão e sem Metas vive
“atirando para todos os lados”, sai de programa em programa, sai de evento em evento, convida todo
e qualquer pregador, cantor... libera seus discípulos p/todo tipo de Seminário... Mas quando ela Tem
uma Visão c/Metas definidas, aí ela Concentrará seus esforços...!
V- AS METAS GERAM CONFRONTAÇÃO E ENCORAJAMENTO
Os Discípulos são confrontados pelas Metas que estabelecemos! As Metas são distribuídas
eqüitativamente para todos os discípulos e o fato de algum discípulo não cumprir sua parte, já traz um
confronto... Muitos não gostam de Metas, reclamam, se Sentem Cansados... Na Verdade eles estão
sendo incomodados pelas feridas que há na sua alma (Sentimentos de insegurança, incapacidade,
inércia, preguiça...).
As Metas Confrontam os discípulos em suas reais prioridades de vida e aí eles revelarão onde
está o seu “tesouro”, onde está verdadeiramente o seu coração...! Quando os discípulos são
confrontados eles receberão cura e se sentirão encorajados à Luta, à Conquista!!!
VI- AS METAS GERAM RESPEITO, ALEGRIA E SUCESSO
Quando as Metas são alcançadas e até ultrapassadas vem sobre a Equipe um sentimento de
Respeito, Alegria e Sucesso...! E quem é que não gosta de se sentir um vencedor, um conquistador...?
Porém, precisamos ter cuidado com as Metas não Alcançadas, pois elas podem ter efeito
contrário e trazer um sentimento de fracasso...! Para isso, precisamos ajustar as Metas ao longo do
Ano, refazê-las e estabelecer novos prazos sempre envolvendo toda a Equipe!
CONCLUSÃO:
Você é um líder? Você tem visão e estabelece metas ou você sempre fica na retaguarda
aguardando que alguém te aponte o que deve fazer?
Na sua igreja você sabe o que deve fazer? Seu pastor já ensinou o que a Bíblia aponta como
sendo o alvo da igreja e de cada crente? Enfim, aqueles que ainda não estão engajados na Obra do
Senhor é por falta de orientação ou por falta de iniciativa própria?
E você? Qual é a sua Visão? E para o alcance desta sua Visão, quais são as suas Metas?
27
Aula 10 - PONDO A MÃO NO ARADO
❖ Mt 9:37 E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Mt 9:38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
❖ Gn 22:1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu:
Eis-me aqui!
❖ Is 6:8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?
Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Is 6:9 Então, disse ele: Vai...
❖ Lc 9:62 Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto
para o reino de Deus.
Vejamos um pouco das tarefas que necessitam ser realizadas na igreja.
GRUPO 1 = Ações voltadas para os crentes:
✓ VISITAÇÃO – visitar pessoa na casa ou no trabalho, aproximar, criar amizade, demonstrar interesse
sincero, envolver-se.
✓ ACONSELHAMENTO – observar e conversar com pessoas que estão passando por problemas, lutas e
conflitos ou que estejam com alguma prática errada ou afastando de Deus.
✓ DISCIPULADO – acompanhar e instruir os novos convertidos até que firmem na igreja.
✓ MOTIVAÇÃO – inspirar, fortalecer e encorajar pessoas e ministérios.
GRUPO 2 = Ações voltadas para os não-crentes:
✓ VISITAÇÃO E ACONSELHAMENTO – com o devido foco evangelístico.
✓ CAPELANIA – visitação aos enfermos nos hospitais ou nas casas. Visita ao enlutados, atribulados,...
sempre com uma mensagem de consolo, fé e salvação.
✓ EVANGELIZAÇÃO – pregação da salvação em Jesus Cristo nos mais variados meios e formas possíveis.
✓ AÇÃO SOCIAL – Atos de Bondade, voltados para o auxílio e bem estar do próximo.
GRUPO 3 = Ações voltadas para a igreja:
✓ SERMÃO – pregação da Palavra de Deus em qualquer lugar ou
circunstância.
✓ ESTUDO BÍBLICO – ensino da Palavra de Deus.
✓ INTERCESSÃO – oração em favor de outras pessoas e situações.
✓ REUNIÃO MINISTERIAL – reuniões para organização dos
trabalhos da igreja.
TAREFA PARA CASA:
Durante esta semana você deverá realizar pelo menos 2
destas tarefas acima e trazer um relatório. Não vale tarefas que já
estão programadas para fazer esta semana.
28
Aula 11 – QUE CARGO VOCÊ OCUPA NA IGREJA? 14
O livro de Atos é um registro da história da igreja apostólica, desde seu nascimento em Jerusalém
até sua chegada a Roma, a capital do império. Nessa trajetória muitas lutas foram travadas, muitas
perseguições foram enfrentadas, mas, também, muitas vitórias foram celebradas. No capítulo 11 de
Atos, nos versículos 1 a 26, Lucas relata o testemunho de Pedro aos irmãos da igreja de Jerusalém, como
Deus abrira a porta do evangelho aos gentios. Segundo Warren Wiersbe, ilustre comentarista bíblico,
esse relato nos enseja algumas preciosas lições.
1. ALGUMAS PESSOAS FAZEM AS COISAS ACONTECER (At 11.4-17) - Pedro, mesmo relutante em
atender à ordem de Deus, dispôs-se a levar o evangelho aos gentios. A parede da inimizade que separava
os judeus dos gentios havia sido quebrada pela morte de Cristo (Ef 2.11-19). Essa notícia foi estonteante
para os judeus tradicionais, uma vez que eles imaginavam que os gentios precisavam primeiro se tornar
judeus para depois serem cristãos. Pedro, obedecendo ao desiderato divino, foi à casa do gentio Cornélio
e pregou a ele e a toda a sua família o evangelho e eles creram e foram salvos. Damos graças a Deus
porque Pedro não resistiu ao propósito de Deus e se tornou instrumento nas mãos do Eterno para as
coisas acontecerem.
2. ALGUMAS PESSOAS ESCUTAM QUE AS COISAS ACONTECEM (At 11.1) - Chegou ao
conhecimento dos apóstolos e dos irmãos que estavam na Judéia que também os gentios haviam
recebido a palavra de Deus (At 11.1). Argüiram a Pedro sobre seu procedimento e exigiram explicações
pelo fato de ele ter entrado na casa de gentios incircuncisos e até ter comido com eles. Essas pessoas
dão mais valor à tradição religiosa do que às pessoas. Valorizam mais os rituais do que o amor. Elas
imaginam que Deus não pode amar aqueles a quem elas rejeitam. Elas não são agentes para fazer a obra
de Deus; apenas escutam com censura o que está acontecendo.
3. ALGUMAS PESSOAS SE OPÕEM ÀS COISAS QUE ACONTECEM (At 11.2,3) - Os membros
legalistas da assembléia de Jerusalém atacaram Pedro por este ter entrado na casa do gentio Cornélio e
tomado uma refeição em sua casa. Diante da argüição dos opositores, Pedro explicou que sua atitude
foi em plena submissão à orientação do Espírito Santo (At 11.12) e desobedecer a esse mandato seria o
mesmo que resistir ao próprio Deus (At 11.15-17). Por um momento essas pessoas se apaziguaram (At
11.18). Mais tarde alguns indivíduos, da seita dos fariseus, que desceram da Judéia para Antioquia
teimavam em ensinar que os gentios precisam primeiro se tornar judeus para depois se tornarem
cristãos (At 15.1-5). Para esclarecer esse ponto vital para o Cristianismo, foi necessário, que os apóstolos
e os presbíteros se reunissem em Jerusalém num concílio geral a fim de silenciar aqueles que tentavam
limitar a liberdade do evangelho.
4. ALGUMAS PESSOAS AJUDAM OUTRAS PESSOAS A FAZEREM AS COISAS ACONTECER (At
11.19-26) - Quando a igreja de Jerusalém ouviu acerca do crescimento da igreja em Antioquia da Síria
enviou para lá Barnabé, um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Este, imediatamente lembrou-
se de Saulo que estava em Tarso e o convocou para juntar-se a ele na obra. Barnabé, o filho da
consolação, fez do seu ministério uma plataforma de investimento na vida de outras pessoas, para que
elas pudessem ser usadas também nas mãos de Deus. Longe de ser obstáculo para os que queriam fazer
a obra como os fariseus legalistas, Barnabé era um facilitador, um cooperador e um encorajador
daqueles que estavam engajados na obra.
14
http://www.montesiao.pro.br/estudos/lideranca/cargo_igreja.html
29
Precisamos perguntar a nós mesmos, quem somos dentro da igreja: Pessoas que fazem as coisas
acontecer? Pessoas que apenas escutam que as coisas estão acontecendo? Pessoas que se opõem ao
que está acontecendo ou pessoas que ajudam outras pessoas a fazerem as coisas acontecer?
Em qual dessas molduras está a sua fotografia?
“Se eu não faço parte da solução, então eu sou o problema”
DEZ DICAS “SECULARES” PARA SE TORNAR UM LÍDER
Em 1937, o vendedor americano Dale Carnegie publicou Como Fazer Amigos & Influenciar
Pessoas. Abaixo, dez de seus principais ensinamentos:
➢ 1 - Seja receptivo a idéias = Isso o torna mais simpático e mostra que a opinião dos outros importa
para você.
➢ 2 - Seja um bom ouvinte = Incentive as pessoas a falar sobre elas mesmas.
➢ 3 - Admita os seus erros = É uma maneira eficiente de convencer os outros a mudar de
comportamento e de mostrar que você é igual a eles.
➢ 4 – Elogie = É a melhor maneira de potencializar a capacidade das pessoas.
➢ 5 - Prometa apenas o que possa cumprir = Não atender as expectativas diminui a confiança que os
outros têm em você.
➢ 6 - Memorize o nome das pessoas = Esquecer ou trocar o nome de uma pessoa sinaliza que ela não
significa nada para você.
➢ 7 - Sorria sempre = Isso mostra que você é uma pessoa agradável.
➢ 8 - Evite mostrar que está irritado = Não controlar os impulsos causa má impressão em todo mundo.
➢ 9 - Não critique ninguém na frente de outros = A pessoa se sentirá menosprezada e ficará magoada
com você.
➢ 10 - Respeite a opinião alheia = Nem sempre as pessoas pensam como você, e isso não significa que
estão necessariamente erradas.
30
TESTE SUA VOCAÇÃO E CAPACIDADE DE LIDERAR:
PERGUNTAS-CHAVES ☺  
VISÃO
1) Sei onde quero chegar em um ano, no próximo ano e daqui a cinco anos?
2) Sei onde estou na caminhada?
3) Sei o que está me desviando do alvo?
4) Sei o que devo fazer para corrigir a rota?
5) Observo e aprendo com a minha experiência e com a dos outros?
PESSOAS
6) Estou convencido de que tenho bons critérios para selecionar pessoas para funções chaves?
7) Ao designar pessoas para as funções, tenho um bom programa de treinamento?
8) Sou transparente em relação ao desempenho dos meus liderados, seja ele satisfatório ou
não?
9) As pessoas que trabalham comigo se sentem alegres e motivadas?
10) Consigo discernir ovelhas de lobos e tratálos adequadamente?
SISTEMAS
11) Tenho reações efetivas quando percebo falhas em processos que impactarão no futuro?
12) Consigo relacionar o crescimento da igreja com outros processos bem desempenhados?
13) Consigo compreender a relação entre a estagnação em determinadas áreas ou ministérios
com
14) Observo atentamente o impacto das ações nos ministérios e departamentos da igreja?
15) Consigo enxergar os efeitos de longo prazo de um discipulado saudável?
APREN-DIZAGEM
16) Meu estilo de liderança incentiva a aprendizagem e desenvolvimento das pessoas?
17) Estimulo a individualidade e a criatividade sabendo que a diversidade é uma grande
riqueza?
18) Estou comprometido em aprender coisas novas?
19) Estou consciente de que devo desaprender algumas coisas, ainda que isto seja difícil?
20) Estou convicto de que somos mais capazes coletivamente em Deus do que
individualmente?
RECURSOS
21) Estou convicto de que Deus é o Senhor absoluto e não deixará faltar nada?
22) Estou convencido de que os recursos seguem a visão e as pessoas?
23) A aplicação dos recursos está alinhada com a visão?
24) Estou prestando contas às pessoas e a Deus sobre a aplicação de todos os recursos?
25) A aplicação dos recursos está equilibrada com as áreas de necessidade?
COMUNI-CAÇÃO
26) Estou ouvindo a Deus com clareza, juntamente com outros irmãos?
27) Estou ouvindo os liderados com a devida atenção?
28) Estou comunicando claramente a visão de forma que todos possam reproduzi-la?
29) Os líderes da igreja estão falando e ouvindo de maneira compreensível e equilibrada?
30) Há comunicação entre a igreja e a comunidade local?
Formulário de auto-análise disponível com base no artigo "A Boa Gestão de uma Igreja" no site
www.institutojetro.com

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 10. MISSÃO E LIDERANÇA.pdf

Curso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey Malphurs
Curso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey MalphursCurso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey Malphurs
Curso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey MalphursRobson Santana
 
As Dimensões missionarias da Igreja
As Dimensões missionarias da Igreja  As Dimensões missionarias da Igreja
As Dimensões missionarias da Igreja Oswaldo Michaelano
 
Igreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedadeIgreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedadeLuis Claudio de Roco
 
Igreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedadeIgreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedadeLuis Claudio de Roco
 
Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptx
Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptxLição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptx
Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptxCelso Napoleon
 
Paradigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamentoParadigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamentoHebert Balieiro
 
Evangelismo e missões ibaderj Parte 1
Evangelismo e missões ibaderj Parte 1Evangelismo e missões ibaderj Parte 1
Evangelismo e missões ibaderj Parte 1Dangelo Nascimento
 
Diaconia e Profecia
Diaconia e  ProfeciaDiaconia e  Profecia
Diaconia e Profeciadaliberdade
 
Missão integral (1/3)
Missão integral (1/3)Missão integral (1/3)
Missão integral (1/3)daalianca
 
Missão Integral 1
Missão Integral 1Missão Integral 1
Missão Integral 1daalianca
 
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUBGuia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUBPaulo Zanin Júnior
 
Missões em pespesctiva teologica pentencostal
Missões em pespesctiva teologica pentencostalMissões em pespesctiva teologica pentencostal
Missões em pespesctiva teologica pentencostalHenriqueLuciano2
 
Escola Bíblica - Eclesiologia
Escola Bíblica - EclesiologiaEscola Bíblica - Eclesiologia
Escola Bíblica - EclesiologiaAlex Camargo
 
escolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdf
escolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdfescolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdf
escolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdfvinicius252017
 
E.b.d adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08
E.b.d   adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08E.b.d   adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08
E.b.d adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08Joel Silva
 
O que é missão Integral?
O que é missão Integral?O que é missão Integral?
O que é missão Integral?Jean Francesco
 
Tcc - Releitura da missão integral
Tcc - Releitura da missão integralTcc - Releitura da missão integral
Tcc - Releitura da missão integralDiego Camilo
 

Semelhante a 10. MISSÃO E LIDERANÇA.pdf (20)

Curso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey Malphurs
Curso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey MalphursCurso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey Malphurs
Curso Fazendo Discípulos Estrategicamente - Adaptado de Aubrey Malphurs
 
As Dimensões missionarias da Igreja
As Dimensões missionarias da Igreja  As Dimensões missionarias da Igreja
As Dimensões missionarias da Igreja
 
Igreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedadeIgreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedade
 
Igreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedadeIgreja meio de transformação na sociedade
Igreja meio de transformação na sociedade
 
Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptx
Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptxLição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptx
Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo.pptx
 
Paradigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamentoParadigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamento
 
Evangelismo e missões ibaderj Parte 1
Evangelismo e missões ibaderj Parte 1Evangelismo e missões ibaderj Parte 1
Evangelismo e missões ibaderj Parte 1
 
Diaconia e Profecia
Diaconia e  ProfeciaDiaconia e  Profecia
Diaconia e Profecia
 
Missão integral (1/3)
Missão integral (1/3)Missão integral (1/3)
Missão integral (1/3)
 
Tcc TEOLOGIA
Tcc TEOLOGIATcc TEOLOGIA
Tcc TEOLOGIA
 
Missão Integral 1
Missão Integral 1Missão Integral 1
Missão Integral 1
 
Vocacionado! eu
Vocacionado! euVocacionado! eu
Vocacionado! eu
 
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUBGuia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
 
6 a missão da igreja
6 a missão da igreja6 a missão da igreja
6 a missão da igreja
 
Missões em pespesctiva teologica pentencostal
Missões em pespesctiva teologica pentencostalMissões em pespesctiva teologica pentencostal
Missões em pespesctiva teologica pentencostal
 
Escola Bíblica - Eclesiologia
Escola Bíblica - EclesiologiaEscola Bíblica - Eclesiologia
Escola Bíblica - Eclesiologia
 
escolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdf
escolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdfescolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdf
escolabblica-eclesiologiaslides-230726114336-bd31763c.pdf
 
E.b.d adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08
E.b.d   adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08E.b.d   adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08
E.b.d adultos 3ºtrimestre 2017 lição 08
 
O que é missão Integral?
O que é missão Integral?O que é missão Integral?
O que é missão Integral?
 
Tcc - Releitura da missão integral
Tcc - Releitura da missão integralTcc - Releitura da missão integral
Tcc - Releitura da missão integral
 

Último

Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 

Último (15)

Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 

10. MISSÃO E LIDERANÇA.pdf

  • 1. 1 Escola Bíblica Dominical Missão e Liderança Rev. Vagner Pereira dos Santos1 2º Semestre de 2023 1 Direitos autorais: essas apostilas foram compiladas por mim a partir de material pesquisado em livros, apostilas e sites da internet, e a maioria está com as notas de rodapé apontando seus autores. Erros: caso perceba algum erro ou tenha alguma sugestão, eu ficarei agradecido se entrar em contato.
  • 2. 2 ÍNDICE Aula 01 - MISSÃO E MISSÕES, IGREJA E LIDERANÇA ........................................... 3 Aula 02 - A METANARRATIVA BÍBLICA ................................................................... 5 Aula 03 - ESTRUTURA DE LIDERANÇA E MISSIONÁRIA DA IPB ........................ 9 Aula 04 - BASES DA LIDERANÇA CRISTÃ .............................................................. 15 Aula 05 - APRENDIZADO............................................................................................. 18 Aula 06 - JOSÉ E AS 4 FASES DO CRESCIMENTO NA LIDERANÇA .................. 21 Aula 07 - LÍDERES QUE FAZEM O MELHOR - CINCO HÁBITOS ........................ 22 Aula 08 - LIDERANÇA CRISTOCÊNTRICA............................................................... 24 Aula 09 - APRENDENDO A ESTABELECER ALVOS E METAS ............................ 25 Aula 10 - PONDO A MÃO NO ARADO ....................................................................... 27 Aula 11 – QUE CARGO VOCÊ OCUPA NA IGREJA? ................................................. 28 TESTE SUA VOCAÇÃO E CAPACIDADE DE LIDERAR: ......................................... 30
  • 3. 3 Aula 01 - MISSÃO E MISSÕES, IGREJA E LIDERANÇA O objetivo maior desta matéria é mostrar que existe uma Missão dada por Jesus à sua Igreja, a qual deve ser cumprida cabalmente. E para essa tarefa, as igrejas locais precisam se organizar e engajar nessa grande tarefa, sendo, portanto, necessário que haja uma liderança para a organização e direcionamento, liderança essa que está aberta a todos que o Senhor chamar e que também, é claro, se dispuserem e dedicarem para tal finalidade. Primeiramente, precisamos deixar claro alguns termos usados no nosso meio. "Missão" e "missões" são duas formas diferentes da mesma palavra, mas têm significados e usos distintos na língua portuguesa. Vamos explorar as diferenças entre elas: Missão (singular): • A palavra "missão" no singular se refere a uma tarefa, objetivo ou incumbência específica que alguém ou algo é designado para realizar. Pode se referir a uma atividade ou objetivo específico que uma pessoa, grupo, organização ou entidade deve cumprir. • Exemplo: "A missão da empresa é fornecer produtos de alta qualidade." Missões (plural): • "Missões" é a forma plural da palavra "missão". Refere-se a múltiplas tarefas, objetivos ou incumbências que podem ser realizadas por diferentes entidades ou indivíduos. • Exemplo: "As missões dos astronautas incluíam realizar experimentos científicos e manter a estação espacial." Uma definição comum de "missão" e "missões" no contexto evangélico pode ser: ➢ MISSÃO: "Missão é a expressão da responsabilidade dada por Deus à sua igreja e aos indivíduos crentes para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e fazer discípulos de todas as nações. A missão envolve tanto a pregação da Palavra de Deus como a prática de amor, justiça e compaixão em conformidade com os ensinamentos de Jesus." ➢ MISSÕES: "Missões são os esforços organizados e individuais de crentes e igrejas para cumprir a missão dada por Deus. Isso inclui o envio de missionários para áreas onde o Evangelho ainda não foi pregado, a plantação de igrejas em regiões não alcançadas, a assistência em projetos humanitários e o cuidado dos necessitados em nome de Cristo." Nas Escrituras Sagradas é o próprio Deus quem se revela missionário, sem conotação ideológica ou pragmaticamente proselitista. Já, no Antigo Testamento, percebemos a iniciativa de Deus ao escolher um povo para ser testemunha de Seu propósito reconciliador para resgatar a dignidade humana e recompor a “sua imagem e semelhança”, manchadas pelo pecado. Jesus Cristo veio ao mundo como missionário de Deus, isto é, enviado especialmente por Deus para dar maior expressão à Missio Dei e estabelecer Seu Reino neste mundo. A missão como Missio Dei, numa visão ampla da história, significa que Deus assume diretamente no mundo a tarefa de preservar e redimir a Criação, reconciliar pessoas consigo mesmas e criar comunidades fraternas e solidárias em torno da memória de seu Filho Jesus Cristo. Isto significa que o próprio Deus faz missão a partir de sua misericórdia. Em relação aos conceitos de missão e missões, gradativamente algumas mudanças têm acontecido. A ideia de missão, no singular, continua fundamenta quando ligada à ideia de Missio Dei. Mas missões, no plural, constitui um derivativo que tem passado por mudanças. O que se diz hoje, em
  • 4. 4 decorrência da Conferência de Willingen (1952), é que “a era das missões chegou ao fim; iniciou-se a era da missão”. O QUE É IGREJA? QUAL É O SIGNIFICADO DA IGREJA? A Igreja é a união de todos aqueles que foram chamados por Deus, os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus enviado ao mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso que a Igreja é definida como sendo o corpo de Cristo (Efésios 1:22,23). A palavra “Igreja” traduz o latim ecclesia, que por sua vez vem do grego ekklesia, que basicamente significa “assembleia pública”, ou algo como “reunião dos que foram chamados”. É comum escutar que Igreja significa “chamados para fora”. Isso acontece porque o termo grego original é formado por uma combinação de duas palavras que significam “chamar” e “fora”. De fato, teologicamente essa é uma verdade absoluta com relação à Igreja, no sentido de que os membros do corpo de Cristo foram chamados para viverem fora do padrão pecaminoso do mundo. Porém não é exatamente nesse sentido que a palavra “Igreja” é empregada na Bíblia, mas simplesmente “reunião de pessoas”, “ajuntamento” ou “assembleia”, mas é claro que isso se referindo à Igreja Cristã, tanto no sentido de sua pluralidade nas comunidades locais (Romanos 16:16; 1 Coríntios 4:17; 7:17; 14:33; Colossenses 4:15) quanto em seu aspecto universal, destacando sua unidade, ou seja, só há uma única Igreja (Atos 20:28; 1 Coríntios 12:28; 15:9; Efésios 1:22) = Igreja Locar X Igreja Universal. O QUE É LIDERANÇA Definição do termo. É impossível alguém liderar com excelência sem conhecer o significado e o real propósito da liderança. Sendo assim, a definição do termo deve ser o nosso ponto de partida. O termo ‘liderança’ aponta para aquele que vai à frente, cuja responsabilidade é conduzir pessoas, orientando-as e guiando nas mais diferentes situações da vida. Na prática, liderar implica em influenciar. O verdadeiro líder é aquele que, por meio do exemplo pessoal, consegue extrair o que seus liderados têm de melhor, levando-os a cumprirem o propósito para o qual foram chamados. Uma liderança eficiente requer que o líder tenha visão e a comunique com clareza. Também é necessário que o líder trabalhe pelo sucesso do coletivo: defenda os seus liderados, respeite-os e seja um pacificador. Podemos afirmar que ‘liderar’ e in­fluenciar pessoas. O que é liderança cristã. Lide-rança cristã é aquela norteada pelos princípios de Jesus Cristo encontrados nas Escrituras Sagradas. O trabalho de um líder cristão e influenciar pessoas – segundo os padrões bíblicos – a servirem e agradarem a Cristo. O primeiro chamado divino para o ser humano não é para liderar, mas sim para ser um discípulo de Cristo. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mostram que, próximo ao mar da Galileia, o Senhor Jesus chamou Pedro e André para segui-lo e serem “pescadores de homens” (Mt 4.19). A convocação para o trabalho é precedida pelo convite à comunhão. CONCLUSÃO Existe uma tarefa, uma missão, e precisa-se de líderes, pessoas compromissadas com o sucesso dessa nobre tarefa que nos foi confiada pelo Senhor Jesus. Você se dispõe?
  • 5. 5 Aula 02 - A METANARRATIVA BÍBLICA O que é uma Metanarrativa Bíblica? Uma metanarrativa bíblica refere-se a uma narrativa ou história central e abrangente que permeia toda a Bíblia, unindo seus diversos livros e passagens em um tema geral. Geralmente, essa metanarrativa envolve a compreensão da criação, queda e redenção da humanidade. Alguns autores a chamam de “A Grande História”. Aqui estão os principais elementos dessa metanarrativa: 1. CRIAÇÃO: Começa com a história da criação do mundo por Deus, conforme descrito em Gênesis. Este é o começo de tudo, quando Deus cria o universo, a terra, e a humanidade à Sua imagem. 2. QUEDA: Em seguida, a Bíblia descreve a queda da humanidade no pecado. Adão e Eva desobedeceram a Deus, introduzindo o pecado e a separação entre Deus e a humanidade. 3. REDENÇÃO: A Bíblia também apresenta a história da redenção, onde Deus busca reconciliar a humanidade consigo mesma. Isso inclui a promessa de um Salvador (Messias) e o plano de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo, que é visto como o cumprimento dessa promessa. 4. RESTAURAÇÃO: Finalmente, a Bíblia fala sobre a restauração, onde Deus promete restaurar todas as coisas e estabelecer um novo céu e uma nova terra, onde a justiça reinará e a humanidade viverá em perfeita harmonia com Deus. Essa metanarrativa é a espinha dorsal da mensagem da Bíblia e fornece um contexto para muitos dos eventos e histórias que são narrados ao longo do texto. Qual a conexão da Metanarrativa Bíblica com a Missio Dei e a Missão da Igreja? A Metanarrativa bíblica, a Missio Dei e a missão da igreja estão interligadas de forma significativa na teologia cristã. Vamos explorar essa conexão:
  • 6. 6 1. METANARRATIVA BÍBLICA: - A metanarrativa bíblica estabelece a base para toda a história da Bíblia, começando com a criação, passando pela queda da humanidade no pecado, a promessa de redenção por meio de Jesus Cristo e a promessa de restauração final. - Ela revela o propósito de Deus ao longo da história humana, que é a reconciliação da humanidade consigo mesmo, bem como a restauração da criação. 2. MISSIO DEI: - A Missio Dei é um conceito teológico que significa "Missão de Deus". Refere-se à ideia de que Deus está ativamente envolvido na missão de reconciliar e redimir a humanidade e toda a criação. - A Missio Dei reconhece que a missão de Deus transcende a atividade da igreja e está em andamento em todo o mundo. Deus está trabalhando para cumprir Sua vontade e propósito em toda a história. 3. MISSÃO DA IGREJA: - A missão da igreja é a responsabilidade dada aos seguidores de Jesus Cristo para participar ativamente da Missio Dei. A igreja é vista como o instrumento que Deus usa para proclamar o Evangelho, fazer discípulos e ser uma luz no mundo. - A missão da igreja está alinhada com a metanarrativa bíblica, pois a igreja busca compartilhar a mensagem da redenção encontrada em Cristo, ajudando as pessoas a se reconciliarem com Deus e apontando para a esperança da restauração final. Portanto, a conexão entre a Metanarrativa bíblica, a Missio Dei e a missão da igreja reside no fato de que todas elas estão direcionadas para o cumprimento do plano de Deus de reconciliação e restauração. A igreja, como o povo de Deus, é chamada a desempenhar um papel ativo na concretização desse plano, compartilhando o amor de Deus, proclamando o Evangelho e trabalhando para a transformação espiritual e social em conformidade com os princípios do Reino de Deus, conforme revelados na metanarrativa bíblica. Como uma igreja local cumpre seu papel nessa Missão dada por Deus? Cumprir o papel na missão dada por Deus é uma responsabilidade fundamental para uma igreja local. Aqui estão algumas das principais formas práticas pelas quais uma igreja local pode desempenhar seu papel na Missio Dei e na Metanarrativa bíblica: 1. EVANGELIZAÇÃO E DISCIPULADO: A igreja deve proclamar o Evangelho, compartilhando a mensagem da salvação por meio de Jesus Cristo. Isso envolve alcançar pessoas não crentes em sua comunidade e além, bem como investir na formação espiritual e discipulado dos membros da igreja para que cresçam em sua fé. 2. MINISTÉRIO SOCIAL: A igreja pode atender às necessidades práticas das pessoas em sua comunidade, incluindo os necessitados, os pobres e os marginalizados. Isso pode incluir a organização de programas de alimentação, abrigo, aconselhamento e outros serviços sociais. 3. MISSÕES GLOBAIS / TRANSCULTURAIS: Além de seu impacto local, a igreja pode se envolver em missões globais, apoiando e enviando missionários para áreas do mundo que ainda não ouviram a mensagem do Evangelho.
  • 7. 7 4. CULTO E ADORAÇÃO: A adoração é central para a vida da igreja, e através dela, a igreja pode glorificar a Deus e edificar os crentes. O culto também é uma oportunidade de proclamar a verdade bíblica e inspirar os crentes a viverem de acordo com ela. 5. MINISTÉRIOS DE ENSINO: A igreja pode oferecer uma variedade de ministérios de ensino, incluindo estudos bíblicos, Escola Bíblica dominical e grupos de crescimento espiritual para ajudar os membros a crescerem em seu entendimento da Palavra de Deus. 6. COMUNIDADE E RELACIONAMENTOS: Uma igreja saudável cultiva um ambiente de amor, apoio e comunhão / comunidade. Isso pode atrair pessoas para a igreja e mostrar o amor de Deus em ação. 7. ORAÇÃO: A oração é essencial para a vida da igreja. Ela não apenas fortalece o relacionamento da igreja com Deus, mas também capacita os crentes a buscar a orientação divina e a interceder pelos outros. 8. DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES: Uma igreja eficaz investe na formação e capacitação de líderes para que possam liderar ministérios e orientar outros no cumprimento da missão da igreja. 9. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL: A igreja pode ser um modelo de responsabilidade ambiental e social, cuidando da criação de Deus e agindo de maneira justa e ética na sociedade. 10. INOVAÇÃO E RELEVÂNCIA: A igreja deve ser sensível às mudanças culturais e procurar maneiras criativas e relevantes de compartilhar a mensagem do Evangelho em um mundo em constante mudança. Cada igreja local pode adaptar essas práticas de acordo com suas capacidades e contexto, mas o objetivo central é participar ativamente na Missio Dei e na Metanarrativa bíblica, refletindo o amor e o propósito de Deus em sua comunidade e além dela. Qual a necessidade de pessoas que se tornem líderes na igreja local? A necessidade de líderes engajados na igreja para conduzi-la em sua missão é de vital importância. Líderes comprometidos desempenham um papel fundamental em orientar a congregação para cumprir o propósito da Missio Dei e da Metanarrativa bíblica. Aqui estão algumas razões pelas quais líderes engajados são essenciais: 1. EXEMPLO E INSPIRAÇÃO: Líderes servem como modelos para os membros da igreja. Se eles estão genuinamente engajados na missão da igreja, isso inspirará outros a se envolverem e a seguir o exemplo. 1 Coríntios 11:1 (NVI): "Sigam o meu exemplo, como eu sigo o exemplo de Cristo." 2. VISÃO E ORIENTAÇÃO: Líderes ajudam a definir a visão e os objetivos da igreja, garantindo que eles estejam alinhados com a missão de Deus. Eles também fornecem orientação e direção para alcançar esses objetivos. Provérbios 29:18 (NVI): "Quando não há visão, o povo se descontrola; mas, feliz é aquele que obedece à lei." 3. ENSINO E DISCIPULADO: Líderes desempenham um papel importante no ensino e no discipulado dos membros da igreja. Eles podem capacitá-los com conhecimento e habilidades para desempenhar eficazmente seus papéis na missão da igreja. 2 Timóteo 2:2 (NVI): "O que você ouviu de mim, diante de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros."
  • 8. 8 4. TOMADA DE DECISÃO: Líderes frequentemente participam da tomada de decisões estratégicas na igreja, garantindo que os recursos e esforços sejam direcionados para a missão prioritária. Provérbios 15:22 (NVI): "Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros." 5. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS: Eles podem ajudar a mobilizar recursos financeiros, humanos e materiais necessários para apoiar os ministérios e programas da igreja. 1 Coríntios 16:2 (NVI): "No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja necessário fazer coleta quando eu chegar." 6. PASTOREIO E CUIDADO: Líderes desempenham um papel de pastoreio, cuidando das necessidades espirituais e emocionais dos membros da igreja, encorajando-os em seu envolvimento na missão e oferecendo apoio em tempos de dificuldade. 1 Pedro 5:2-3 (NVI): "Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir." 7. ADAPTAÇÃO E INOVAÇÃO: Em um mundo em constante mudança, líderes engajados podem liderar a igreja na adaptação e inovação, encontrando maneiras criativas de cumprir a missão em um contexto em evolução. É fato que à medida que envelhecemos, vamos nos desconectando das novas gerações, logo, é necessário que surjam líderes novos que consigam fazer essa conexão. 1 Coríntios 9:22b (NVI): "Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns." 8. RESPONSABILIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS: Líderes são responsáveis perante Deus e a congregação pela liderança da igreja. Eles desempenham um papel importante na prestação de contas e no monitoramento do progresso em relação aos objetivos da missão. Hebreus 13:17 (NVI): "Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês." Portanto, líderes engajados são essenciais para guiar e capacitar a igreja em sua missão de acordo com a Metanarrativa bíblica e a Missio Dei. Eles desempenham um papel crítico na liderança espiritual e prática da igreja, ajudando-a a cumprir seu chamado divino de proclamar o Evangelho, fazer discípulos e ser uma luz no mundo. É fundamental que a igreja valorize, capacite e apoie seus líderes para que possam liderar eficazmente a congregação na busca desse propósito divino.
  • 9. 9 Aula 03 - ESTRUTURA DE LIDERANÇA E MISSIONÁRIA DA IPB ORGANOGRAMA DA IPB2 2 Essa estrutura é ensinada na nossa matéria CONHEÇA SUA IGREJA
  • 10. 10 ORGANIZAÇÃO • PRESIDÊNCIA • SECRETARIA EXECUTIVA • TESOURARIA SECRETARIAS GERAIS • APOIO PASTORAL • TERCEIRA IDADE • TRABALHO MASCULINO • TRABALHO FEMININO • TRABALHO COM MOCIDADE • SECRETARIA GERAL DO TRABALHO COM ADOLESCENTES • SECRETARIA GERAL DO TRABALHO COM CRIANÇAS COMISSÕES • ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS • PREVIDÊNCIA SAÚDE E SEGURIDADE • RELAÇÕES INTER-ECLESIÁSTICAS • NACIONAL PRESBITERIANA DE EDUCAÇÃO • CONSELHO DE AÇÃO SOCIAL • CONSELHO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ E PUBLICAÇÕES • CONSELHO DE HINOLOGIA, HINÓDIA E MÚSICA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL • JUNTA PATRIMONIAL, ECONÔMICA E FINANCEIRA • TRIBUNAL DE RECURSOS AUTARQUIAS • APECOM - http://apecom.com.br/ • LUZ PARA O CAMINHO - https://lpc.org.br/ • CASA EDITORA PRESBITERIANA (EDITORA CULTURA CRISTÃ) - https://editoraculturacrista.com.br/ • APMT - https://www.apmt.org.br/ • JMN - http://jmnipb.org.br/ • MACKENZIE - https://www.mackenzie.br/
  • 11. 11 ESTRUTURA DE UMA IGREJA LOCAL No dia a dia de uma igreja local, torna-se necessário o estabelecimento de líderes para a organização e desempenho das várias tarefas necessárias ao bom andamento dos trabalhos. Nesse ponto, é importante salientar que numa denominação como a nossa IPB, a estrutura de todas as igrejas jurisdicionadas devem obedecer às determinações da nossa Constituição / Manual Presbiteriano, e isso implica principalmente no seu Sistema de Governo que é Conciliar, ou seja, regido por um Conselho local formado por Pastores e Presbíteros. Contudo, existe liberdade para que as igrejas locais deem ênfase a determinadas áreas que desejarem, haja visto que seria muito difícil para qualquer igreja ser eficiente em todas as áreas. Assim, pode acontecer de alguma igreja ter um trabalho forte no ensino / EBD, ou na área de Missões, ou com crianças, ou na área social com algum trabalho relevante na cidade, etc. LÍDERES DE MINISTÉRIOS Os Ministérios, também chamados de Departamentos, existem para facilitar o trabalho na igreja. Desta forma, a igreja é unida na adoração, mas setorizada no trabalho. A IPFF enfatiza o exercício dos dons e talentos. Entendemos que todo crente é chamado a servir ao Senhor e compete à igreja dar o direcionamento para isto. Assim, estabelecemos vários ministérios internos a fim de prover oportunidade para cada pessoa participar na obra do Senhor.
  • 12. 12 ENSINO / EBD = ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” 2Tm 3.16-17 O ensino é fundamental e a Escola Bíblica Dominical é o principal meio de ensino na nossa igreja. Fora isso, temos ensino também nos Cultos, Discipulado, Pequenos Grupos, Cursos Específicos, etc. Nossa Escola Bíblica adota atualmente o seguinte Currículo: DEPARTAMENTO INFANTIL: 1. BERÇÁRIO (0-1) 2. MATERNAL (2-3) 3. JARDIM e PRÉ (4-6) 4. PRIMÁRIO (7-9) 5. JUNIORES (10-11) INTERMEDIÁRIO: 1. PRÉ ADOLESCENTES 2. ADOLESCENTES JOVENS E ADULTOS: 1. CATECÚMENOS 2. CONHEÇA SUA IGREJA + MATURIDADE CRISTÃ 3. PANORAMA BÍBLICO 4. CONFISSÃO DE FÉ 5. ESCATOLOGIA + TEMAS POLÊMICOS 6. HISTÓRIA DA IGREJA + MISSÃO E LIDERANÇA ASSISTÊNCIA PASTORAL Pressupostos básicos: 1. Os membros da igreja precisam ser pastoreados. 2. Essa assistência pastoral é composta principalmente de: a. Ensino = todo crente precisa ser devidamente instruído b. Aconselhamento = é o ensino individualizado, mostrando como aplicar o conhecimento bíblico na situação vivida. c. Visitação = conhecer a realidade de cada crente, ir atrás dos dispersos, participar dos momentos marcantes da família. d. Exortação = advertir contra o erro e conduzir à fidelidade. 3. A função de pastorear é dos pastores. Contudo, a Bíblia nos mostra que esta tarefa deve ser dividida com os líderes, em especial os Oficiais3. 3 MANUAL PRESBITERIANO - Seção 3.a - Presbíteros e Diáconos Art. 50 - O Presbítero regente é o representante imediato do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade, quando para isso eleito ou designado. Art. 51 - Compete ao Presbítero: a) levar ao conhecimento do Conselho as faltas que não puder corrigir por meio de admoestações particulares; b) auxiliar o pastor no trabalho de vistas; c) instruir os neófitos, consolar os aflitos e cuidar da infância e da juventude; d) orar com os crentes e por eles; e) informar o pastor dos casos de doenças e aflições; f) distribuir os elementos da Santa Ceia; g) tomar parte na ordenação de ministros e oficiais; h) representar o Conselho no Presbitério, este no Sínodo e no Supremo Concílio.
  • 13. 13 4. No modelo de igreja que adotamos, os ministérios também se encaixam em partes deste processo pastoral. Cada líder de ministério, de Grupo, ou discipulador, auxilia na tarefa de cuidar das pessoas. 5. Na igreja, ninguém pode ficar sobrecarregado de tarefas. Os pastores, por exemplo, necessitam de tempo para dedicar ao preparo de estudos, sermões, reuniões ministeriais, oração, planejamento, etc. 6. Enfatizamos a doutrina do Sacerdócio Universal dos Crentes, em especial, no ponto em que cada crente tem o poder e o dever de auxiliar os demais irmãos em Cristo. Cada crente é um ministro. Devemos cuidar “uns dos outros”. O MODELO DE JETRO: O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer. Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus, ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo. Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poderás, então, suportar; e assim também todo este povo tornará em paz ao seu lugar. (Êxodo 18.17-23) 1. Pastores = atendem geralmente por demanda, ou seja, casos mais sérios ou os que forem solicitados (no entanto, qualquer pessoa que desejar, terá total liberdade de procurar o pastor ou pedir sua ajuda ou visita). 2. Presbíteros e Evangelistas = também foram consagrados para cuidar da espiritualidade dos crentes. Eles cuidarão das causas gerais da comunidade e encaminham aos pastores as mais graves. LÍDER DE 1.000 LÍDER DE 100 LÍDER DE 50 LÍDER DE 10 LÍDER DE 10 LÍDER DE 50 LÍDER DE 10 LÍDER DE 10 LÍDER DE 100 LÍDER DE 50 LÍDER DE 10 LÍDER DE 10 LÍDER DE 50 LÍDER DE 10 LÍDER DE 10
  • 14. 14 3. Diáconos = são oficiais eleitos para cuidarem da igreja, principalmente na parte logística e assistencial.4 4. Líderes / Discipuladores = Líderes de Ministérios (isso pode incluir5 Presbíteros e Diáconos), Discipuladores, Líderes dos Pequenos Grupos, Professores = estes têm a responsabilidade primeira por serem os que estão em contato direto com a igreja verificando suas necessidades. ESTA ESTRUTURA DE ASSISTÊNCIA AOS MEMBROS TRÁS VÁRIOS BENEFÍCIOS: 1) Cumpre um modelo bíblico onde cada crente exerce o amor ao próximo (Jo 13.34; 1Jo 4.11), o suporte/empatia (Cl 3.13-14), o envolvimento (Rm 12.15), o real significado de sermos chamados irmãos (Jo 13.35). 2) Fornece um real sentido de fraternidade, de amor e empatia entre os irmãos, evitando a profissionalização do atendimento aos membros, onde alguns entendem que pelo fato do pastor ser assalariado, somente ele teria a obrigação de cumprir esta tarefa. 3) Fará com que haja mais envolvimento entre as pessoas, combatendo a tendência individualista que assola os tempos atuais. 4) Não sobrecarregará ninguém. Se todos ajudarem, tanto os pastores quanto presbíteros e demais líderes terão mais tempo para se dedicarem a outras áreas. 5) Evita o estigma de que o “bom pastor” que é mostrado na Bíblia seja, não Jesus, mas o pastor da igreja local, então, se este pastor não consegue cuidar de todas as ovelhas, de ir atrás das desgarradas, curar as feridas, alimentá-las, ... então, ele é um mau pastor. Lembrem-se que Jesus é o bom pastor! As ovelhas pertencem a ele. 4 Art. 53 - O diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos: b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências. . 5 Entendemos que o Pastor não deve assumir liderança de nenhum Ministério local, pois deve estar voltado para as questões pastorais, como ensino, pregação, aconselhamento, ... sem falar que ele tem suas obrigações também no Presbitério.
  • 15. 15 Aula 04 - BASES DA LIDERANÇA CRISTÃ Boas notícias! A liderança cristã é simples! Isto não significa que seja fácil. Mesmo que sigamos todos os princípios corretos, as coisas podem sair mal e podem desenvolver situações tensas. A liderança cristã pode ser um duro trabalho. Por simples quero dizer que os princípios essenciais são fáceis de compreender e simples de aplicar se temos a coragem moral para fazê-lo. A liderança cristã não é algo misterioso para uns poucos escolhidos com um dom especial de sabedoria. Os princípios estão disponíveis para todos, inclusive para os que não têm o chamado para um ofício bíblico. Estes princípios influem nos dons das pessoas, com ou sem títulos. Aos que Deus escolheu para a liderança, Paulo lhes disse: Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2Tm 3:16-17. Em suma: Tudo o que você precisa para ser um líder cristão efetivo está na Bíblia. Note o que Paulo diz inteiramente preparado. Você talvez não saiba onde achar um princípio na Bíblia ou reconhecer um quando o vê, mas está lá. Por isso este curso é muito útil. O ponto de vista bíblico da liderança. A Bíblia ensina a ÚNICA filosofia de liderança cristã, a que Cristo resumiu e moldou em Mateus 20. Os princípios de serviço e sofrimento são a base da relação do líder com seus subordinados, desde que o líder mostre respeito para com seus colegas de ministério, considerando-os como iguais. A VIRTUDE FUNDAMENTAL Uma das palavras mais difíceis de lidar com ela por par dos “EVANGÉLICOS” é “INTEGRIDADE”. Viver uma vida irrepreensível diante da sociedade e principalmente diante de Deus é algo que não atrai os modernos crentes do século XXI. Esta palavra é muito usada e citada nos meios políticos, nos programas de candidatos a um cargo na vida pública e até nas igrejas. Mas qual é o seu verdadeiro significado? Vejamos. “INTEGRIDADE” vem do latim “INTEGRITATE”, significa a qualidade de alguém ou algo ser íntegro, de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, brioso, pundonoroso, cuja natureza de ação nos dá uma imagem de inocência, pureza ou castidade, o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de alma e de espírito. “INTEGRIDADE” na raiz significa “INTEIRO”. Um ser humano íntegro não se vende por situações momentâneas, infringindo as normas e leis, prejudicando alguém por um motivo fútil e incoerente. A moral de uma pessoa não tem preço e é indiscutível. O significado raiz desta palavra me remete as aulas de matemática onde aprendemos que um número “INTEIRO” é completo. Já o oposto é uma “FRAÇÃO”. Portanto, precisamos considerar que “INTEGRIDADE” aponta para plenitude, pureza, coerência, compromisso, etc. O inverso seria então fragmentado ou corrompido. É necessário salientar que quando falta integridade na vida de uma pessoa ela passa a ter duas caras, o seu caráter e a sua conduta passam a ser ambíguos. A pessoa sem “INTEGRIDADE” vive de uma maneira na igreja, de outra na sociedade e de outra no trabalho. Ela não possui equilíbrio nas suas posições. A Bíblia diz: “MELHOR É O POBRE ÍNTEGRO EM SUA CONDUTA DO QUE O RICO PERVERSO EM SEUS CAMINHOS” – Provérbios 28:6. É importante frisar que a integridade não tem preço, cor, razão social ou nacionalidade. Uma pessoa íntegra não anda preocupada, ela não precisa se valer dos famosos “JEITINHOS” para se safar de situações inusitadas criada pela sua conduta.
  • 16. 16 A decisão da formula um deste ano veio mostrar que a integridade é algo que deve ultrapassar as barreiras da disputa e da importância de um título. Alonso era considerado o virtual campeão. Mas os seus adversários o viam apenas como um concorrente e lutaram dentro da pista para conseguirem êxito nos seus intentos. Vettel, mostrando ser um atleta completo, integro e hábil na sua conduta conseguiu ser o campeão. Ele dominava com competência o seu carro. A integridade na nossa vida tem semelhança com a conduta deste atleta. Se buscarmos um estado de força interior e de paz integral nós poderemos nos dar bem em nossa vida espiritual. Mas é preciso compromisso com a verdade. Precisamos ser completos em tudo, não apenas em algumas áreas específicas de nossa vida. Uma vida cristã estabelecida sobre a égide da Palavra de Deus exige que sejamos verdadeiros diante da sociedade e principalmente diante de Deus. DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO À MISSÃO DE SERVO 6 Há diversos textos bíblicos que nos mostram servos de Deus sendo provados e aprovados através das experiências da vida. Aqui, queremos refletir sobre a experiência de Moisés, um dos maiores líderes da história do povo de Deus. A história de Moisés, resumida por Estevão, está dividida em três fases de 40 anos (Atos 7). É importante compreender essas três fases na vida desse servo de Deus para percebermos como o jovem voluntarioso (Ex 2) tornou-se o homem mais manso da terra (Nm 12), e o que isto significa para nós hoje. Como aconteceu com José, Moisés foi duramente provado e, finalmente, aprovado por Deus para ser participante da sua obra na terra. A FRUSTRAÇÃO DO VOLUNTÁRIO - Na primeira fase de 40 anos, Moisés recebeu esmerada formação religiosa de sua mãe e a melhor educação geral no palácio egípcio, tornando-se um homem poderoso em palavras e obras. Moisés tinha consciência da sua identidade e da sua missão, talvez fruto da sua formação religiosa. Por isso, considerou-se apto para iniciar sua missão de libertador. Mas cometeu diversos equívocos. Quando viu um egípcio espancando um hebreu, (1) olhou de uma banda e de outra e não olhou para cima; (2) temeu a presença de homens, mas não temeu a presença de Deus; (3) quis ser libertador e tornou-se homicida; (4) tentou esconder o que tinha feito. O resultado foi a fuga para esconder-se do faraó. Não há registro de que Moisés tenha ouvido ou buscado a Deus. Tentou, sinceramente, fazer alguma coisa para Deus e para o seu povo, mas foi frustrado. Deus não desistiu de Moisés, como ele não desiste de nós. Todos os que se dispõem a servir podem errar. Faz parte do processo pedagógico de Deus. Precisamos de pausas para reflexão. Como Pedro, tornamo-nos mais humanos quando temos de chorar amargamente os nossos fracassos. Só não erra quem nunca tenta servir e ser útil. O PREPARO DO VOCACIONADO - Na segunda fase de 40 anos, de príncipe egípcio, Moisés tornou-se pastor das ovelhas do sogro no deserto de Midiã (Ex 2.18-22; 3.1). Essa escola do deserto foi importante na formação daquele que seria o maior líder de Israel. Aliás, o deserto é terreno fértil da reflexão bíblica (Moisés, João Batista, Jesus). Tempo de reflexão, de crescimento, de maturidade. O homem poderoso aprendeu a depender de Deus. O homem versado nas ciências do Egito reconheceu-se incapaz para a missão para a qual Deus o chamava. O voluntário se oferece; o ministro é chamado; o voluntário é capaz para a tarefa; o ministro (servo) precisa ser capacitado por Deus. 6 http://www.institutojetro.com/Artigos/reflexao/do_servico_voluntario_a_missao_de_servo.html
  • 17. 17 De acordo com o Novo Testamento, todos os crentes são chamados e capacitados por Deus (Rm 12.4-6; Ef 4.7; 1 Co 12.7,11). A Igreja é o Corpo de Cristo. Assim como não há membro no corpo sem função, também não há crente sem ministério. Todos nós podemos servir como ministros de Deus, porque “Deus não chama os capazes, mas capacita os chamados”. Deixemo-nos moldar pelas potentes e amorosas mãos do Senhor para que sejamos vasos de bênçãos. A MISSÃO DO SERVO - O chamado de Moisés começou com o encontro dele com Deus numa experiência de adoração (Ex 3.1-6). Isaías teve experiência semelhante (Is 6.1-3, 8). As ações que glorificam a Deus têm origem no trono e no altar de adoração. Moisés foi, primeiro, um adorador, e depois chamado e enviado por Deus como o líder libertador do seu povo. Não se ofereceu para fazer alguma coisa para Deus e para o seu povo, mas submeteu-se ao Senhor em adoração; por isso os sinais e prodígios procediam de Deus, glorificavam a Deus e abençoavam o povo. Moisés serviu ao Senhor nos seus dias e profetizou a respeito do Messias (At 7.37-38). Com as experiências dele aprendemos que tudo coopera para o nosso bem e nos prepara para sermos bênçãos nas mãos do Senhor. Na primeira fase da vida de Moisés, ele pensava que era tudo; depois, aprendeu que não era nada; por fim, reconheceu que Deus era tudo. A vida e o ministério de Moisés nos ensinam que na submissão completa ao Deus soberano somos felizes e cumprimos a missão que Ele tem para nós. Para responder e refletir: 1. Quando e como foi a sua conversão? 2. O que já mudou na sua vida? 3. Quantas pessoas você já evangelizou? (que agora estão em uma igreja evangélica) 4. De 1 a 10, que nota você daria para o seu nível de conhecimento da Bíblia? 5. Quanto tempo você passa em oração por semana? 6. Quantos livros evangélicos você já leu? 7. Você tem um dicionário bíblico e faz uso dele regularmente? 8. Em quais ministérios e atividades da igreja já se envolveu? 9. Qual seu sonho, seu desejo para esta igreja? O que desejaria ver acontecendo aqui? 10. Você sinceramente tem o desejo de ser um líder? De ser usado por Deus para o bem do seu Reino? 11. Até onde você gostaria de chegar? 12. O que você poderia e deveria fazer para atingir seu potencial para servir a Deus e ver o crescimento desta igreja? Liste o máximo que puder. 13. Você conhece pessoas que compartilham dos mesmos pensamentos e anseios que você? Será que elas estariam dispostas a formar uma equipe para trabalhar em prol destes objetivos?
  • 18. 18 Aula 05 - APRENDIZADO JOSÉ, O LÍDER APRENDIZ. 7 A boa liderança surge quando há interesse pelo aprendizado. Qualquer pessoa que se mostra curiosa em relação ao conhecimento, possui uma das características fundamentais para a liderança. O líder eficaz - que provoca resultados produtivos para a organização, para os outros e para si mesmo - precisa ter vontade e capacidade de aprender. O conhecimento não torna ninguém líder, mas é a chave do sucesso na liderança. Aquele que lidera não pode atuar sem conhecimento de causa. É preciso saber o que faz para fazer bem feito. E somente sabe o que faz quem tem paixão pelo conhecimento e aprendizado. A Bíblia relata a história de um jovem sábio que foi posto como governador do Egito justamente por saber o que fazer. Logo no início de sua vida, José enfrentou diversos empecilhos por ter consciência de sua missão no mundo. Entendia que para cumprir com o seu papel precisava romper obstáculos, além disso, devia estar sempre pronto para responder aos desafios que lhe eram impostos. O próprio Faraó, rei do Egito, reconheceu a habilidade de José e o considerou um homem tão criterioso e sábio que entregou em suas mãos o governo de toda a terra do Egito. Não é despretensiosamente que José é exemplo e modelo eficaz de liderança. Ele era governador e conhecia a realidade do Egito. A Bíblia relata que ele se ausentou da presença de Faraó e percorreu todas as cidades do Egito para armazenar o excedente dos sete anos de fartura. José não se acomodou em seu cargo de governador. Dessa forma, não apenas saber o que fazer é fundamental na liderança, mas tornar esse saber uma constante funcionalidade é fundamental para que o líder não perca sua capacidade de atuação. José demonstrou ter conhecimento produtivo para cada ocasião específica. É importante salientar que pessoa alguma sabe o suficiente e, portanto, sempre é necessário atualizar-se em relação a tudo que desconhece. Há muito líder que em virtude de sua longa experiência se fecha em seu próprio saber e não percebe a evolução de informações e as transformações que perpassam a sua realidade. Sendo assim, estar atento, ser curioso, possuir uma inquietação intelectual, são variáveis que acompanham aquele que sabe o que faz. O líder que não moderniza seu conhecimento corre o risco de não corresponder mais aos objetivos de sua missão. Isso significa perder a razão de liderança no lugar em que se está, ou seja, significa correr o risco de ser desconsiderado. Certamente José não correu esse risco, pois tanto o Faraó como todo o Egito dependiam dele. Assim, é possível afirmar que o líder constrói tanto o seu reconhecimento quanto o seu esquecimento. Saber o que faz dá ao líder a segurança de ser sempre lembrado; todavia, perder o conhecimento de sua atuação conduz o líder ao ostracismo. Não existem desculpas óbvias para quem se perdeu no tempo ou acreditou demais na sua experiência e não se apercebeu para o novo. Quem tem uma mente obsoleta sobre determinado assunto também se tornará obsoleto no desempenho de sua atividade. Por fim, quem não quer se tornar obsoleto no desempenho da liderança, não fica parado, atualiza-se, e isso significa estar sempre disposto para o novo, reconhecer que Deus nos dá o dom da sabedoria para desempenhar com excelência a nossa função e que por isso devemos trabalhar esse dom com extrema primazia. Existem inúmeras possibilidades de desenvolvermos nossa função com conhecimento e de forma sempre atual, quem sabe o que faz e quem tem vontade de aprender conhece o caminho. José, o bom líder, conhecia. 7 Ivan Cordeiro, www.institutojetro.com
  • 19. 19 VOCÊ É ENSINÁVEL? 8 Ouvi de meu pai que um presbítero do Sul de Minas, pessoa simples, fez uma visita ao Pr. Eduardo Carlos Pereira, em São Paulo, um dos mais ilustres líderes evangélicos brasileiros do final do século XIX e início do século XX. O objetivo daquele irmão era aprender com o mestre que ele tanto admirava, mas ficou surpreso quando Carlos Pereira pediu licença para anotar idéias expostas pelo presbítero, com a justificativa de que eram muito importantes para aprofundar a sua compreensão de assuntos teológicos e práticos, úteis para o seu ministério. Carlos Pereira foi o que foi porque era ensinável. E nós? Se não somos ensináveis, o momento é oportuno para mudarmos de atitude para o bem da nossa vida cristã e do nosso ministério. Todos os cristãos, principalmente os líderes, são discípulos permanentes de Jesus O objetivo dos ministros da palavra que exercem funções apostólicas, proféticas, evangelísticas, pastorais e didáticas (Ef 4.11) é treinar todos os crentes para que estes exerçam o ministério e edifiquem o corpo de Cristo (Ef 4.12). Este treinamento prossegue “até que todos nós alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). Ora, qual de nós, em sã consciência, pode afirmar que já chegou á medida da plenitude de Cristo? Tendo em vista esse paradigma, podemos concluir que quanto mais maduro é um líder, mais necessidade ele sente de crescer. Jesus não se faz de rogado como Mestre, pelo contrário, ele nos desafia: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas” (Mt 11.29). Com certeza pastores e líderes cansados, sobrecarregados, estressados, frustrados e desmotivados não estão sendo discípulos de Jesus. As experiências dos discípulos de Jesus são expressas de maneira bonita na poesia de um dos nossos hinos: Ao sentir-me rodeado de cuidados terreais,/ Irritado ou abatido, ou em dúvidas fatais,/ A Jesus eu me dirijo nesses tempos de aflição;/ As palavras que ele fala trazem paz, consolação. Todos nós ensinamos e somos ensinados na comunhão do corpo de Cristo Jesus afirmou: “Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos” (Mt 23.8). Na igreja, corpo vivo, estamos todos unidos sob a cabeça, Cristo, e temos a mesma posição (irmãos), mas exercemos funções diferentes para servirmos uns aos outros. Para isto, precisamos estar sujeitos uns aos outros, por temor a Cristo (Ef 5.21). Assim, por exemplo, todos devem estar sujeitos ao pastor para que sejam ministrados e fiquem cheios do Espírito, mas o pastor deve estar sujeito a cada irmão, no dom que esse irmão tem, para que seja também ministrado e fique cheio do Espírito. Jesus falou diretamente com Saulo no caminho de Damasco, mas o instruiu: “Levanta-te, entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9.6). Saulo nada seria sem a ministração do piedoso Ananias, simples discípulo, no ambiente singelo de uma casa onde foi instruído, curado, batizado e ficou cheio do Espírito Santo (At 9.10-19). O mesmo aconteceu com Cornélio. Ele era temente a Deus, piedoso e generoso. Por isso, ouviu um anjo do Senhor numa visão extraordinária. Não foi ministrado pelo anjo, mas instruído a chamar Simão Pedro. A salvação de Cornélio e de toda a sua casa dependia da ministração desse homem que era apóstolo, mas ainda preconceituoso em relação aos gentios (At 11.4- 8 Mathias Quintela de Souza, www.institutojetro.com
  • 20. 20 17). No Antigo Testamento temos o exemplo de Eli, sumo sacerdote, que foi exortado por Deus mediante mensagem transmitida por Samuel, ainda adolescente (1 Sm 3). Os dons do Espírito Santo visam a edificação da igreja (1 Co 12.5,11). Exercendo esses dons, todos os membros são administradores da graça para servir uns aos outros (1 Pe 4.10). Os que falam, devem ser fiéis na transmissão dos dons de comunicação (conhecimento, sabedoria, profecia, línguas, interpretação, exortação, ensino etc.) para que a palavra de Deus seja comunicada, todos sejam edificados e Deus seja glorificado (1 Pe 4.11). Sendo ensináveis, temos como líderes uma fonte inesgotável de aprendizagem e de crescimento na comunhão do corpo de Cristo, mas precisamos ser generosos para dar e humildes, para receber. Todos nós precisamos aprender na escola da vida O nosso Deus é soberano e usa as pessoas, circunstâncias e os recursos que ele quiser para o nosso preparo. José não teria sido a bênção que foi para o Egito e para o seu povo sem as experiências da escravidão e da cadeia. Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha ardente, mas estava com eles na fornalha, manifestou o seu poder e levou um monarca pagão a dar glória a Deus e a reconhecer a sua soberania. O líder precisa discernir o que vem de Deus, daquilo que vem do maligno ou do mundo como sistema em rebelião contra o Reino de Deus. Melquisedeque não pertencia ao povo da aliança, mas era sacerdote do Deus Altíssimo, recebeu dízimos de Abraão e o abençoou. Por outro lado, o nosso pai na fé não aceitou nada do rei de Sodoma. Moisés, um servo de Deus que exerceu funções proféticas, sacerdotais e reais, foi ensinado por Jetro, seu sogro, que não pertencia ao povo escolhido (Ex 18.13-27). O conselho de Jetro foi perfeitamente assimilado por Moisés (Dt 1.9-18). Exercemos como líderes funções administrativas e nem sempre estamos preparados para elas. Precisamos da humildade de Moisés, para ouvirmos dos Jetros atuais a afirmação: “Não é bom o que fazes” (Ex 18.17). Se não estivermos dispostos a rever e mudar, se necessário, os nossos paradigmas, não teremos odres novos para o vinho novo. Ou o vinho novo arrebenta os odres velhos, com prejuízo para ambos (Mt 9.17) ou o vinho se evapora dos odres velhos e as igrejas, como instituições religiosas, viram peças de museu. Enquanto vivermos, deixemos de lado a presunção de que já sabemos tudo e aprendamos diariamente com Jesus, com os irmãos e com a vida. A autossuficiência é heresia na vida cristã. “O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Co 8.1b-2). APLICAÇÃO: • Você gostaria de ser usado por Deus? • Você é ensinável? • Você está disposto a liderar? • O que você acha que poderia fazer? • O que falta para você iniciar?
  • 21. 21 Aula 06 - JOSÉ E AS 4 FASES DO CRESCIMENTO NA LIDERANÇA 9 Verdade Central: Leva tempo para se transformar num líder. Texto: “Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite”. Gênesis 8:22 Introdução: No início de sua vida, as habilidades interpessoais de José eram fracas. Pior ainda, ele não tinha experiência, sabedoria e humildade – três qualidades que só podem ser obtidas com o passar do tempo. Se você olhar para a vida de José, verá de que maneira o tempo e a experiência contribuíram para o desenvolvimento diário de sua liderança à medida que passava pelas seguintes fases: Fase 1: Não sei o que não sei. Todos começam num estado de ignorância. Foi ali que José começou. Ele não entendia a dinâmica de sua família. Também não tinha ideia de qual seria a reação de seus irmãos quando compartilhasse o sonho dos feixes que se dobravam e não se preocupava com o dano que isso poderia provocar no relacionamento com eles. As escrituras dizem que seus irmãos já o odiavam. Quando compartilhou seu sonho com eles, passaram a odiar ainda mais. José não sabia o que estava acontecendo. Ele estava dizendo e fazendo coisas sem entender as questões interpessoais existentes. O custo disso foi a alienação de sua família por mais de duas décadas. Fase 2: Sei o que não sei. Foi preciso um incidente gravíssimo para chamar a atenção de José e colocá-lo no caminho da mudança. Levado ao Egito como escravo, ele começou a aprender sobre aquilo que não sabia. Começou a entender que liderança é uma coisa complicada e que carrega uma enorme responsabilidade. Com o passar dos anos, José sofreu traição e recebeu lições sobre a natureza humana, os relacionamentos e a liderança. O processo moldou seu caráter. Ele desenvolveu paciência e humildade. Também começou a reconhecer que Deus era sua fonte de bênção e poder. Fase 3: Sei e me aperfeiçoo, e surgem os resultados. Os líderes que mostram grande habilidade quando aparece a oportunidade, eles o fazem apenas porque já pagaram o preço de se preparar para aquele momento. Ao ser finalmente chamado para comparecer perante Faraó, José cumpriu sua tarefa com excelência e sabedoria. Ele não foi bem sucedido porque, de repente, aos 30 anos, tornou-se bom naquilo que fazia. Teve bom êxito, porque estava pagando o preço havia 13 anos. Por causa de sua sabedoria e discernimento, José tornou-se o segundo em comando daquela que era a nação mais poderosa de sua época. Fase 4: Simplesmente avanço por causa do que sei. Por sete anos, durante o tempo de fartura no Egito, José executou habilmente seu plano de liderança. Encheu as cidades do Egito de grãos e preparou o país para o período de fome. Os seus anos de dor e crescimento estavam se pagando de modo maravilhoso. Mas você só consegue entender plenamente o que foi sua liderança observando os anos de fome que se seguiram. Seu objetivo principal era alimentar o povo do Egito durante os anos de dificuldade. Porém, por meio de força de sua liderança, José alimentou a nação de seu monarca e sustentou os povos de outras terras. Neste processo, ele arregimentou dinheiro, rebanhos e terra para seu senhor. Também cumpriu a profecia dos sonhos de sua adolescência. CONCLUSÃO: Uma pessoa precisa de tempo para se tornar um líder eficiente. Mas tempo apenas não transforma uma pessoa num líder produtivo. Elas não trabalham o crescimento e ficam paradas na fase 1 pelo resto de suas vidas. A escada de sucesso propõe a cada discípulo um processo de desenvolvimento da liderança. Aqueles que se submetem ao tratamento proposto experimentam a alegria do novo nascimento, são consolidados com o leite da boa doutrina, são discipulados para ampliarem suas habilidades e despertarem os dons espirituais, e enviados para reproduzirem os bons efeitos da vida de Cristo naqueles que são alcançados por seu serviço e que, ao mesmo tempo, testificarão da eficácia da obra de Deus na sua formação. 9 http://www.mibac.com.br/estudos-m12/jose-e-as-4-fases-do-crescimento-na-lideranca
  • 22. 22 Aula 07 - LÍDERES QUE FAZEM O MELHOR - CINCO HÁBITOS 10 “Pessoas não podem ser administradas. Inventários podem ser administrados. Pessoas devem ser conduzidas” H. Ross Perot, Founder, Eletronic Data Systems. Liderança tem a ver com futuro. O grande legado do líder é a criação de instituições valiosas que sobrevivem ao tempo. A contribuição mais significativa que o líder faz não é para resolver problemas do dia de hoje, mas em desenvolver um projeto a longo prazo para abençoar pessoas e instituições que vão prosperar e crescer. “Liderança é a arte de levar outros a desejarem fazer alguma coisa que você está convencida de que deveria ser feita”. Vance Packard, The Pyramid Climbers. Quando líderes fazem aquilo que o seu melhor, eles desafiam, inspiram, capacitam, modelam e encorajam. Liderança é um relacionamento entre líderes e seguidores. A maioria das pessoas deseja líderes honestos, competentes, visionários e inspiradores. Queremos líderes em quem possamos crer e que tenham um claro senso de direção. O que existe de comum entre varias histórias de sucesso no campo da liderança, a despeito dos riscos, trabalho duro e competição? Normalmente líderes assim possuem um conceito chamado de VIP. Visão, integração (envolvimento) e persistência. • VISÃO - Eles eram capazes de visualizar o que sua empresa poderia ser, eles realmente criam e estavam confiantes que coisas grandes poderiam ser feitas. • INTEGRAÇÃO – Eles sabiam que não poderiam sozinhos colocar seu plano em ação, eles precisavam pessoas para criar, produzir, vender e sustentar a visão. O envolvimento deles seria fundamental. • PERSISTÊNCIA – sabiam também que sonhos não se realizam sem trabalho duro e perseverança, que seus projetos exigiriam esforço, firmeza, competência, plano, atenção a detalhes e encorajamento. Cinco hábitos 1. Desafiando o processo – Liderança é algo ativo, não passivo. Embora muitos líderes atribuam seu sucesso à sorte, ou de serem “o homem certo na hora certa”, o desafio pode ser um novo produto, a reestruturação, a mudança de direção ou do status quo. Tudo isto implica em desafiar o processo. Líderes são pioneiros – pessoas que estão desejosas de dar um passo em direção ao desconhecido, desejosas de assumir riscos, inovar ou experimentar uma forma de fazer as coisas de um jeito diferente. Líderes não necessariamente precisam criar novos produtos. Tal inovação pode surgir clientes, vendedores ou trabalhadores na linha de produção. A contribuição primaria do líder é o reconhecimento de boas idéias e o desejo de desafiar o sistema para adquirir novos objetivos e criar novas formas de realizar o trabalho. Inovação envolve riscos. Roberto Metcalfe, Chairperson do SCOM afirma: “nos sugerimos aos nossos funcionários que cometam, pelo menos dez erros por dia, se eles não fizerem isto, eles não estão trabalhando duro. Você precisa ser corajoso bastante para cair como líder”. Experimentos, inovação e desafios envolvem riscos e fracassos. Líderes são aprendizes. Eles aprendem de seus sucessos e seus fracassos. 2. Inspirando uma visão – Líder é aquele que cria uma visão. Toda organização e todo movimento social começa com um sonho. O sonho ou a visão é a forca que inventa o futuro. Gasta tempo olhando adiante. Alguns chamam isto de visão, outros de propósito, missão, alvo ou agenda 10 Rev. Samuel Vieira
  • 23. 23 pessoal. É a pessoa que tem o desejo de fazer alguma coisa acontecer, de criar algo que ninguém havia criado anteriormente. Líderes visualizam idéias. A imagem clara do futuro os faz pensar no amanhã, embora visão seja algo insuficiente para criar um movimento ou trazer mudanças. Uma pessoa sem seguidor não é líder, e as pessoas não seguirão uma idéia até que aceitem tal visão como sua. Não conseguimos fazer as pessoas se comprometerem, apenas podemos inspirá-las. Líderes inspiram uma visão. Eles colocam vida nas esperanças e sonhos de outros e os capacita a ver as excelentes oportunidades para o futuro. Para inspirar, precisam conhecer seus liderados e falar sua linguagem. Eles precisam entender que você entende suas necessidades e tem interesse por seus corações. Existe um adágio texano que diz: “você não pode acender uma fogueira com um fósforo molhado”. Líderes não podem colocar fogo e paixão se eles mesmos não expressam entusiasmo por tal visão. Líderes cativam, geram entusiasmo. 3. Capacitam outros a ação – Líderes não alcançam sucesso por eles mesmos. A palavra chave para o líder é “”nós”. Tais líderes dão condições para que outros trabalhem, constroem times, encorajam colaboração. Trabalho de time e colaboração torna-se essencial. Geram sentimento de grupo, de família. Moss Kanter, professora em Harvard disse: “Os poucos projetos de meu estudo que se desintegraram foram por causa do fracasso do líder em construir uma coalizão de colaboradores e auxiliares”. 11 O efeito de capacitar outros a ação, dá-lhes um sentido de que são fortes, capazes e comprometidos. Eles possuem um senso de ownership. Eles recebem poder, e quando se sentem fortes, tornam-se capazes de produzir resultados extraordinários. 4. Pavimentam o caminho – Visão precisa de administração, eletricidade e concreto. Líderes devem ter uma visão detalhada, precisam avaliar a disponibilidade de recursos, avaliar resultados e fazer correções na caminhada. Líderes precisam pavimentar o caminho. “Seu trabalho lhe dá autoridade, seu comportamento conquista o respeito”.12 A questão é simples: “Meu líder pratica o que prega?”. Precisamos liderar pelo exemplo. Líderes devem ser claros acerca de suas convicções. Se seu comportamento é incompatível com sua palavra, as pessoas perderão o respeito por eles. Ser um modelo significa prestar atenção ao que é importante. Demonstrar pelo nosso comportamento que vivemos nossos valores. 5. Encorajando o coração – “se você vai dar um bônus a alguém, não apenas o coloque no envelope e mande pelo correio. Faça uma celebração!”. Pessoas facilmente cansam, se frustram, se desencantam, são tentadas a desistir. Líderes devem encorajar seus corações. Líderes normalmente fazem reconhecimentos individuais e celebrações entre o grupo. Atos genuínos de cuidado estimulam pessoas a continuar a caminhada. 11 . Kanter, Moss – The change Masters. 12 . Irwin Federman, presidente e executivo dos Monolithic Memories.
  • 24. 24 Aula 08 - LIDERANÇA CRISTOCÊNTRICA A Igreja só tem um líder, JESUS CRISTO. Foi Ele quem morreu na cruz! A conexão é que, embora somente Deus seja o líder, ele usa homens e mulheres para implementar sua vontade. Em nem um momento Ele transfere a eles seu direito de honra, todavia, Ele faz seu próprio trabalho através de homens e mulheres. O Espirito Santo tem um papel importante nessa história, ele santifica as pessoas e dá a elas dons específicos para cumprirem sua missão na Igreja, assim, essas pessoas devem apontar a sua dependência em Jesus, tanto para viver quanto para liderar. Logo, toda liderança cristã deve essencialmente ser uma Liderança Cristocêntrica. Liderança Cristocêntrica é Espiritual: seus alvos serão espirituais (1Ts 5:12), seus métodos serão espirituais e seu poder é espiritual; seus participantes devem ser guiados pelo Espírito Santo. Se não houver espiritualidade sadia e verdadeira, sua liderança fracassará. Liderança Cristocêntrica é Pastoral: os líderes nunca estão dirigindo seus próprios negócios e sim os do Reino de Deus. Eles sempre devem conduzir os assuntos e problemas pastoralmente. Nas igrejas existe uma grande quantidade de pessoas, entre membros, visitantes, bem como parentes e amigos destes que são alvos da atenção pastoral. São aconselhamentos, visitas, discipulados, aniversários, velórios, hospitais, empresas,... enfim, são vários momentos em que é requerido uma presença pastoral e só um pastor não consegue atender a toda essa demanda. É necessário que os líderes da igreja entendam a necessidade de se unirem nesta tarefa pastoral. Todo crente é chamado e transformado por Deus até ao ponto de estar apto para abençoar, liderar, pastorear outras pessoas (medite em Ef 4.7-16). Liderança Cristocêntrica é Bíblica: a questão não é tão óbvia quanto parece. Algumas lideranças eclesiásticas têm sido dominadas pelo sucesso e vaidade, abandonando algumas considerações importantes das Escrituras. O caminho para honrar a Deus em nossa liderança não é a sabedoria do homem, nem a tradição denominacional, nem a conveniência, mas a concordância com os princípios bíblicos. Tem que haver embasamento bíblico! Liderança Cristocêntrica é servil: eu uso “servil” não em um sentido depreciativo, mas para enfatizar que os líderes não devem construir um nome para si mesmos nem evitar a mais servil das tarefas. Jesus deixou grande exemplo ao lavar os pés dos seus discípulos, numa atitude de servo (medite em Mt 20.25-28). O líder que não tiver coração e atitude de servo, não serve para liderar! Tem muita coisa sem fazer por falta de líderes-servos; as tarefas são muitas mas os aplausos são poucos. Quem se dispõe? Liderança Cristocêntrica é sacrificial: ela não tem espírito de mártir, nem de relutância. “Pobre de mim” é uma expressão ausente em seu vocabulário. Se pensarmos que estamos sempre em desvantagens, nada sabemos ainda a respeito da mensagem da cruz. As pessoas devem ver em nós uma consagração à vontade de Deus. Uma firme resolução em dizer “eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8). Para trabalhar para Deus você terá que fazer sacrifícios, terá que abrir mão de algumas coisas, de alguns momentos de descanso e lazer. Para liderar é preciso primeiro aprender a renunciar. O grande dilema é que, embora muitos queiram trabalhar para Deus, poucos querem “por a mão no arado” (Lc 9.62). Mas para servir a Deus é preciso tempo e dedicação para, por exemplo: estudar, afinal, como você pretende liderar se não tiver conhecimento bíblico? Você terá que ter disciplina, aprender a cumprir horários, obedecer rotinas, a servir de exemplo, a ter tempo de oração, etc. Liderança Cristocêntrica é visionária: primeiramente, em dar ás pessoas uma visão, uma motivação. Eles acreditam que tudo é possível, eles “idealizaram” meios de obter motivações pelas coisas relacionadas a Jesus. Em segundo lugar, a liderança cristã é visionária no sentido de ser comprometida com a expectativa tanto de uma atitude (espere grandes coisas de Deus) como de uma maneira de abordar o futuro integral de nossa Igreja (empreenda grandes coisas por Deus). “Uma visão é uma tentativa de articular, tão clara e vividamente quanto possível, o desejado estado futuro da Igreja, do departamento ou do ministério”.
  • 25. 25 Aula 09 - APRENDENDO A ESTABELECER ALVOS E METAS 13 ALVO X META: há uma pequena diferença entre alvo e meta, para você entender melhor, comparemos os dois com uma escada, o alvo é como se fosse o ultimo degrau da escada, e as metas como se fossem cada degrau da mesma. O ultimo degrau continua sendo a escada, mas naturalmente falando, é impossível chegar até o final sem antes passar pelos primeiro degraus. Devo visualizar aonde quero chegar mais também estabelecer pequenos “alvos” (metas) a alcançar até chegar no topo da escada (alvo). Vivemos a cultura evangélica do “seja o que Deus quiser”... Vi no Globo News reportagem sobre Graciliano Ramos e seu romance Vidas Secas e foi mostrado o mesmo quadro de mais de 60 anos, onde um agricultor de 90 anos em Girau do Ponciano/AL puxando um carro de boi, uma cadela... dizendo: Se é assim que Deus quer... Seja o que Deus quiser...! O Salmista no Salmo 2:8 nos diz: “Pede-me...”! As nossas Metas são pedidos a Deus, enviados pelo correio da fé direto aos céus e de lá retornam como decretos divinos que serão estabelecidos como planos de Deus que jamais poderão ser frustrados! Todo Líder tem seus Alvos e Metas definidos, anunciados e por eles trabalha dia e noite...! É através das Metas que a Visão se Cumpre! I – AS METAS PRECISAM SER CLARAS E OBJETIVAS Elas precisam ser palpáveis, tangíveis, mensuráveis: Não podemos ter uma meta de “ganhar o Brasil”, mas ganhar 200 milhões de pessoas; E como isso vai acontecer? Quais são as estratégias que serão utilizadas? Em quanto tempo desejamos que isso aconteça? Elas precisam ser subdividas: Dividir a Meta Geral em partes e cada parte com o seu tempo definido; Podemos fazer um planejamento para 5 anos, 10 anos, 2 anos... mas precisamos dessas metas anuais, bimestrais... II- AS METAS PRECISAM SER PUBLICADAS Nenhum Líder fica com as suas metas guardadas só para ele, a não ser que ele queira conquistá- las sozinho! Precisamos ser criativos para publicar as nossas Metas, fazê-las conhecidas a todos os nossos discípulos, a todos os que estão envolvidos em nosso projeto! Devemos escrever, registrar as nossas Metas para que a nossa mente seja tomada por elas! Devemos orar por essas Metas que estarão escritas...! III- AS METAS PRECISAM SER REALISTAS Sabemos que o nosso Deus pode todas as coisas, Ele é o Deus do impossível, sabemos que Ele se alegra quando decidimos viver pela fé, crendo nEle, mas ainda que vivamos pela fé, precisamos estabelecer metas compatíveis com a nossa capacidade de realização, isso sem excluir a nossa fé. As Metas muito acima do que seria humanamente possível, pode provocar a desistência e a falta de apoio dos nossos liderados/discípulos. Precisamos buscar em Deus metas que sejam Realistas, 13 www.mibac.com.br e Blog do Discipulador
  • 26. 26 mas que, todavia, expressem a nossa fé! Pois, de outro lado, não podemos estabelecer metas tão pequenas que “não precisem de Deus” para serem cumpridas! O melhor é começar com metas pequenas, exemplo: evangelizar e discipular os nossos familiares, depois a nossa vizinhança, depois um bairro, a cidade, etc. IV – AS METAS GERAM ÂNIMO, DISCIPLINA E CONCENTRAÇÃO As Metas nos disciplinam em tudo. Quando temos Metas não perdemos tempo... Quando temos Metas, mudamos comportamentos e hábitos para atingirmos nossas metas... As metas impedem que desperdicemos Tempo, R$, Forças etc. e aí nos concentramos totalmente no cumprimento das metas. Ilustração: Uma Igreja sem uma Visão e sem Metas vive “atirando para todos os lados”, sai de programa em programa, sai de evento em evento, convida todo e qualquer pregador, cantor... libera seus discípulos p/todo tipo de Seminário... Mas quando ela Tem uma Visão c/Metas definidas, aí ela Concentrará seus esforços...! V- AS METAS GERAM CONFRONTAÇÃO E ENCORAJAMENTO Os Discípulos são confrontados pelas Metas que estabelecemos! As Metas são distribuídas eqüitativamente para todos os discípulos e o fato de algum discípulo não cumprir sua parte, já traz um confronto... Muitos não gostam de Metas, reclamam, se Sentem Cansados... Na Verdade eles estão sendo incomodados pelas feridas que há na sua alma (Sentimentos de insegurança, incapacidade, inércia, preguiça...). As Metas Confrontam os discípulos em suas reais prioridades de vida e aí eles revelarão onde está o seu “tesouro”, onde está verdadeiramente o seu coração...! Quando os discípulos são confrontados eles receberão cura e se sentirão encorajados à Luta, à Conquista!!! VI- AS METAS GERAM RESPEITO, ALEGRIA E SUCESSO Quando as Metas são alcançadas e até ultrapassadas vem sobre a Equipe um sentimento de Respeito, Alegria e Sucesso...! E quem é que não gosta de se sentir um vencedor, um conquistador...? Porém, precisamos ter cuidado com as Metas não Alcançadas, pois elas podem ter efeito contrário e trazer um sentimento de fracasso...! Para isso, precisamos ajustar as Metas ao longo do Ano, refazê-las e estabelecer novos prazos sempre envolvendo toda a Equipe! CONCLUSÃO: Você é um líder? Você tem visão e estabelece metas ou você sempre fica na retaguarda aguardando que alguém te aponte o que deve fazer? Na sua igreja você sabe o que deve fazer? Seu pastor já ensinou o que a Bíblia aponta como sendo o alvo da igreja e de cada crente? Enfim, aqueles que ainda não estão engajados na Obra do Senhor é por falta de orientação ou por falta de iniciativa própria? E você? Qual é a sua Visão? E para o alcance desta sua Visão, quais são as suas Metas?
  • 27. 27 Aula 10 - PONDO A MÃO NO ARADO ❖ Mt 9:37 E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Mt 9:38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. ❖ Gn 22:1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! ❖ Is 6:8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Is 6:9 Então, disse ele: Vai... ❖ Lc 9:62 Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus. Vejamos um pouco das tarefas que necessitam ser realizadas na igreja. GRUPO 1 = Ações voltadas para os crentes: ✓ VISITAÇÃO – visitar pessoa na casa ou no trabalho, aproximar, criar amizade, demonstrar interesse sincero, envolver-se. ✓ ACONSELHAMENTO – observar e conversar com pessoas que estão passando por problemas, lutas e conflitos ou que estejam com alguma prática errada ou afastando de Deus. ✓ DISCIPULADO – acompanhar e instruir os novos convertidos até que firmem na igreja. ✓ MOTIVAÇÃO – inspirar, fortalecer e encorajar pessoas e ministérios. GRUPO 2 = Ações voltadas para os não-crentes: ✓ VISITAÇÃO E ACONSELHAMENTO – com o devido foco evangelístico. ✓ CAPELANIA – visitação aos enfermos nos hospitais ou nas casas. Visita ao enlutados, atribulados,... sempre com uma mensagem de consolo, fé e salvação. ✓ EVANGELIZAÇÃO – pregação da salvação em Jesus Cristo nos mais variados meios e formas possíveis. ✓ AÇÃO SOCIAL – Atos de Bondade, voltados para o auxílio e bem estar do próximo. GRUPO 3 = Ações voltadas para a igreja: ✓ SERMÃO – pregação da Palavra de Deus em qualquer lugar ou circunstância. ✓ ESTUDO BÍBLICO – ensino da Palavra de Deus. ✓ INTERCESSÃO – oração em favor de outras pessoas e situações. ✓ REUNIÃO MINISTERIAL – reuniões para organização dos trabalhos da igreja. TAREFA PARA CASA: Durante esta semana você deverá realizar pelo menos 2 destas tarefas acima e trazer um relatório. Não vale tarefas que já estão programadas para fazer esta semana.
  • 28. 28 Aula 11 – QUE CARGO VOCÊ OCUPA NA IGREJA? 14 O livro de Atos é um registro da história da igreja apostólica, desde seu nascimento em Jerusalém até sua chegada a Roma, a capital do império. Nessa trajetória muitas lutas foram travadas, muitas perseguições foram enfrentadas, mas, também, muitas vitórias foram celebradas. No capítulo 11 de Atos, nos versículos 1 a 26, Lucas relata o testemunho de Pedro aos irmãos da igreja de Jerusalém, como Deus abrira a porta do evangelho aos gentios. Segundo Warren Wiersbe, ilustre comentarista bíblico, esse relato nos enseja algumas preciosas lições. 1. ALGUMAS PESSOAS FAZEM AS COISAS ACONTECER (At 11.4-17) - Pedro, mesmo relutante em atender à ordem de Deus, dispôs-se a levar o evangelho aos gentios. A parede da inimizade que separava os judeus dos gentios havia sido quebrada pela morte de Cristo (Ef 2.11-19). Essa notícia foi estonteante para os judeus tradicionais, uma vez que eles imaginavam que os gentios precisavam primeiro se tornar judeus para depois serem cristãos. Pedro, obedecendo ao desiderato divino, foi à casa do gentio Cornélio e pregou a ele e a toda a sua família o evangelho e eles creram e foram salvos. Damos graças a Deus porque Pedro não resistiu ao propósito de Deus e se tornou instrumento nas mãos do Eterno para as coisas acontecerem. 2. ALGUMAS PESSOAS ESCUTAM QUE AS COISAS ACONTECEM (At 11.1) - Chegou ao conhecimento dos apóstolos e dos irmãos que estavam na Judéia que também os gentios haviam recebido a palavra de Deus (At 11.1). Argüiram a Pedro sobre seu procedimento e exigiram explicações pelo fato de ele ter entrado na casa de gentios incircuncisos e até ter comido com eles. Essas pessoas dão mais valor à tradição religiosa do que às pessoas. Valorizam mais os rituais do que o amor. Elas imaginam que Deus não pode amar aqueles a quem elas rejeitam. Elas não são agentes para fazer a obra de Deus; apenas escutam com censura o que está acontecendo. 3. ALGUMAS PESSOAS SE OPÕEM ÀS COISAS QUE ACONTECEM (At 11.2,3) - Os membros legalistas da assembléia de Jerusalém atacaram Pedro por este ter entrado na casa do gentio Cornélio e tomado uma refeição em sua casa. Diante da argüição dos opositores, Pedro explicou que sua atitude foi em plena submissão à orientação do Espírito Santo (At 11.12) e desobedecer a esse mandato seria o mesmo que resistir ao próprio Deus (At 11.15-17). Por um momento essas pessoas se apaziguaram (At 11.18). Mais tarde alguns indivíduos, da seita dos fariseus, que desceram da Judéia para Antioquia teimavam em ensinar que os gentios precisam primeiro se tornar judeus para depois se tornarem cristãos (At 15.1-5). Para esclarecer esse ponto vital para o Cristianismo, foi necessário, que os apóstolos e os presbíteros se reunissem em Jerusalém num concílio geral a fim de silenciar aqueles que tentavam limitar a liberdade do evangelho. 4. ALGUMAS PESSOAS AJUDAM OUTRAS PESSOAS A FAZEREM AS COISAS ACONTECER (At 11.19-26) - Quando a igreja de Jerusalém ouviu acerca do crescimento da igreja em Antioquia da Síria enviou para lá Barnabé, um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Este, imediatamente lembrou- se de Saulo que estava em Tarso e o convocou para juntar-se a ele na obra. Barnabé, o filho da consolação, fez do seu ministério uma plataforma de investimento na vida de outras pessoas, para que elas pudessem ser usadas também nas mãos de Deus. Longe de ser obstáculo para os que queriam fazer a obra como os fariseus legalistas, Barnabé era um facilitador, um cooperador e um encorajador daqueles que estavam engajados na obra. 14 http://www.montesiao.pro.br/estudos/lideranca/cargo_igreja.html
  • 29. 29 Precisamos perguntar a nós mesmos, quem somos dentro da igreja: Pessoas que fazem as coisas acontecer? Pessoas que apenas escutam que as coisas estão acontecendo? Pessoas que se opõem ao que está acontecendo ou pessoas que ajudam outras pessoas a fazerem as coisas acontecer? Em qual dessas molduras está a sua fotografia? “Se eu não faço parte da solução, então eu sou o problema” DEZ DICAS “SECULARES” PARA SE TORNAR UM LÍDER Em 1937, o vendedor americano Dale Carnegie publicou Como Fazer Amigos & Influenciar Pessoas. Abaixo, dez de seus principais ensinamentos: ➢ 1 - Seja receptivo a idéias = Isso o torna mais simpático e mostra que a opinião dos outros importa para você. ➢ 2 - Seja um bom ouvinte = Incentive as pessoas a falar sobre elas mesmas. ➢ 3 - Admita os seus erros = É uma maneira eficiente de convencer os outros a mudar de comportamento e de mostrar que você é igual a eles. ➢ 4 – Elogie = É a melhor maneira de potencializar a capacidade das pessoas. ➢ 5 - Prometa apenas o que possa cumprir = Não atender as expectativas diminui a confiança que os outros têm em você. ➢ 6 - Memorize o nome das pessoas = Esquecer ou trocar o nome de uma pessoa sinaliza que ela não significa nada para você. ➢ 7 - Sorria sempre = Isso mostra que você é uma pessoa agradável. ➢ 8 - Evite mostrar que está irritado = Não controlar os impulsos causa má impressão em todo mundo. ➢ 9 - Não critique ninguém na frente de outros = A pessoa se sentirá menosprezada e ficará magoada com você. ➢ 10 - Respeite a opinião alheia = Nem sempre as pessoas pensam como você, e isso não significa que estão necessariamente erradas.
  • 30. 30 TESTE SUA VOCAÇÃO E CAPACIDADE DE LIDERAR: PERGUNTAS-CHAVES ☺   VISÃO 1) Sei onde quero chegar em um ano, no próximo ano e daqui a cinco anos? 2) Sei onde estou na caminhada? 3) Sei o que está me desviando do alvo? 4) Sei o que devo fazer para corrigir a rota? 5) Observo e aprendo com a minha experiência e com a dos outros? PESSOAS 6) Estou convencido de que tenho bons critérios para selecionar pessoas para funções chaves? 7) Ao designar pessoas para as funções, tenho um bom programa de treinamento? 8) Sou transparente em relação ao desempenho dos meus liderados, seja ele satisfatório ou não? 9) As pessoas que trabalham comigo se sentem alegres e motivadas? 10) Consigo discernir ovelhas de lobos e tratálos adequadamente? SISTEMAS 11) Tenho reações efetivas quando percebo falhas em processos que impactarão no futuro? 12) Consigo relacionar o crescimento da igreja com outros processos bem desempenhados? 13) Consigo compreender a relação entre a estagnação em determinadas áreas ou ministérios com 14) Observo atentamente o impacto das ações nos ministérios e departamentos da igreja? 15) Consigo enxergar os efeitos de longo prazo de um discipulado saudável? APREN-DIZAGEM 16) Meu estilo de liderança incentiva a aprendizagem e desenvolvimento das pessoas? 17) Estimulo a individualidade e a criatividade sabendo que a diversidade é uma grande riqueza? 18) Estou comprometido em aprender coisas novas? 19) Estou consciente de que devo desaprender algumas coisas, ainda que isto seja difícil? 20) Estou convicto de que somos mais capazes coletivamente em Deus do que individualmente? RECURSOS 21) Estou convicto de que Deus é o Senhor absoluto e não deixará faltar nada? 22) Estou convencido de que os recursos seguem a visão e as pessoas? 23) A aplicação dos recursos está alinhada com a visão? 24) Estou prestando contas às pessoas e a Deus sobre a aplicação de todos os recursos? 25) A aplicação dos recursos está equilibrada com as áreas de necessidade? COMUNI-CAÇÃO 26) Estou ouvindo a Deus com clareza, juntamente com outros irmãos? 27) Estou ouvindo os liderados com a devida atenção? 28) Estou comunicando claramente a visão de forma que todos possam reproduzi-la? 29) Os líderes da igreja estão falando e ouvindo de maneira compreensível e equilibrada? 30) Há comunicação entre a igreja e a comunidade local? Formulário de auto-análise disponível com base no artigo "A Boa Gestão de uma Igreja" no site www.institutojetro.com