O documento descreve os principais planos anatômicos, posições anatômicas e termos anatômicos utilizados para descrever a anatomia humana. Também resume as principais características do sistema esquelético, incluindo os ossos da cabeça.
1. 1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA
1.1 PLANOS ANATÔMICOS
a) Planos Seccionais
1) Plano Mediano: Plano vertical que
passa longitudinalmente através do
corpo, dividindo-o em metades
EXATAS/IGUAIS direita e esquerda. É
um plano Sagital.
2) Planos Sagitais: São planos
verticais que passam através do corpo,
paralelos ao plano mediano.
3) Planos Frontais (Coronais): São
plano verticais que passam através do
corpo em ângulos retos com o plano
mediano, dividindo-o em partes anterior
(frente) e posterior (de trás).
4) Planos Transversos (Horizontais):
São planos que passam através do
corpo em ângulos retos com os planos
coronais e mediano. Divide o corpo em
partes superior e inferior.
2. b) Planos Tangenciais
Ex: Ser humano dentro de uma caixa de
vidro.
1) Plano Superior: Seria a parede que
está por cima da cabeça.
2) Plano Inferior: É o que se situa por
baixo dos pés.
3) Plano Anterior: É o plano que passa
pela frente do corpo.
4) Plano Posterior: É o que formaria o
fundo do caixão, ou seja, atrás das
costas.
5) Planos Laterais: São as duas
paredes laterais, que limitam os
membros (superiores e inferiores), do
lado direito e esquerdo.
1.2 POSIÇÃO ANATÔMICA
O corpo está numa postura ereta (em
pé, posição ortostática ou bípede) com
os membros superiores estendidos ao
lado do tronco e as palmas das mãos
voltadas para a frente. A cabeça e pés
também estão apontados para frente e
o olhar para o horizonte.
Posição SUPINA e PRONA são
expressões utilizadas na descrição da
posição do corpo, quando este não se
encontra na posição anatômica.
1) POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO
DORSAL – o corpo está deitado com a
face voltada para cima.
2) POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO
VENTRAL – o corpo está deitado com
a face voltada para baixo.
3) DECÚBITO LATERAL – o corpo está
deitado de lado.
4) POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo
está deitado com a face voltada para
cima, com flexão de 90° de quadril e
joelho, expondo o períneo.
3. 5) POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG –
O corpo está deitado com a face
voltada para cima, com a cabeça sobre
a maca inclinada para baixo cerca de
40°.
1.3 TERMOS ANATÔMICOS
a) Termos de Relação
1) Anterior / Ventral / Frontal: na direção
da frente do corpo.
2) Posterior / Dorsal: na direção das
costas (traseiro).
3) Superior / Cranial: na direção da
parte superior do corpo.
4) Inferior / Caudal: na direção da parte
inferior do corpo.
5) Medial: mais próximo do plano
sagital mediano (linha sagital mediana.
6) Lateral: mais afastado do plano
sagital mediano (linha sagital mediana).
7) Mediano: Exatamente sobre o eixo
sagital mediano. (Ex: esôfago)
8) Intermédio: entre medial e lateral.
(Ex: Vasto Intermédio entre Vasto
Medial e Vasto Lateral.)
9) Médio: estrutura ou órgão interposto
entre um superior e um inferior ou entre
anterior e posterior. (Lobo médio entre
os Lobos Superior e Inferior do pulmão
direito).
b) Termos de Comparação
1) Proximal: próximo da raiz do
membro. Na direção do tronco.
‘Cabeça’
1) Distal: afastado da raiz do
membro. Longe do tronco ou do ponto
de inserção. ‘Base’
2) Superficial: significa mais perto
da superfície do corpo. (Ex: Pele)
3) Profundo: significa mais
afastado da superfície do corpo.
(Artérias, ossos)
4) Homolateral / Ipsilateral: do
mesmo lado do corpo ou de outra
estrutura.
5) Contralateral: do lado oposto do
corpo ou de outra estrutura.
c) Termos de Movimento
1) Flexão: curvatura ou diminuição
do ângulo entre os ossos ou partes do
corpo.
4. 2) Extensão: endireitar ou
aumentar o ângulo entre os ossos ou
partes do corpo.
3) Adução: movimento na direção
do plano mediano em um plano
coronal.
4) Abdução: afastar-se do plano
mediano no plano coronal.
5) Rotação Medial: traz a face
anterior de um membro para mais perto
do plano mediano.
6) Rotação Lateral: leva a face
anterior para longe do plano mediano.
7) Retrusão: movimento de
retração (para trás) como ocorre na
retrusão da mandíbula e no ombro.
8) Protrusão: movimento dianteiro
(para frente) como ocorre na protrusão
da mandíbula e no ombro.
9) Oclusão: movimento em que
ocorre o contato da arcada dentário
superior com a arcada dentária inferior.
10) Abertura: movimento em que
ocorre o afastamento dos dentes no
sentido súpero-inferior.
11) Elevação: elevar ou mover uma
parte para cima, como elevar os
ombros.
12) Abaixamento: abaixar ou mover
uma parte para baixo, como baixar os
ombros.
13) Pronação: movimento que gira a
estrutura medialmente em torno de seu
eixo longitudinal de modo que a palma
da mão olha posteriormente.
14) Supinação: movimento do
antebraço e mão que gira o rádio
lateralmente em torno de seu eixo
longitudinal de modo que a palma da
mão olha anteriormente.
15) Inversão: movimento da sola do
pé em direção ao plano mediano.
Quando o pé está totalmente invertido,
ele também está plantifletido. (Pé
virado)
16) Eversão: movimento da sola do
pé para longe do plano mediano.
Quando o pé está totalmente evertido,
ele também está dorsifletido. (Pé
normal)
17) Dorsi-flexão (flexão dorsal):
movimento de flexão na articulação do
tornozelo, como acontece quando se
caminha morro acima ou se levantam
os dedos do solo. (Levanta o pé).
18) Planti-flexão (flexão plantar):
dobra o pé ou dedos em direção à face
plantar, quando se fica em pé na ponta
dos dedos. (Abaixo o pé).
5. 2 SISTEMA ESQUELÉTICO
2.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA ESQUELÉTICO
a) Funções do Sistema Esquelético
– Sustentação do organismo (apoio para o corpo)
– Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)
– Base mecânica para o movimento
– Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)
– Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas)
b) Número de Ossos do Corpo Humano
É clássico admitir o número de 206 ossos.
Membro Inferior = 31
Cintura Pélvica = 1
Coxa = 1
Joelho = 1
Perna = 2
Pé = 26
Cabeça = 22
Crânio = 08
Face = 14
Pescoço = 8
7 vértebras
1 hioide
Tórax = 37
24 costelas
12 vértebras
1 esterno
Ossículos do Ouvido
Médio = 3
Abdome = 7
5 vértebras lombares
1 sacro
1 cóccix
Membro Superior = 32
Cintura Escapular = 2
Braço = 1
Antebraço = 2
Mão = 27
c) Divisão do Esqueleto
Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.
Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular
e pélvica.
6. d) Classificação dos Ossos do Corpo Humano
Ossos Longos: Tem o comprimento
maior que a largura e são constituídos
por um corpo e duas extremidades.
Eles são um pouco encurvados, o que
lhes garante maior resistência.
Exemplo: Fêmur.
Ossos Curtos: São parecidos com um
cubo, tendo seus comprimentos
praticamente iguais às suas larguras.
Exemplo: Ossos do Carpo.
Ossos Laminares (Planos): São
ossos finos. Os ossos planos garantem
7. considerável proteção e geram grandes
áreas para inserção de
músculos. Exemplos: Frontal e
Parietal.
Além desses três grupos básicos bem
definidos, há outros intermediários, que
podem ser distribuídos em 5 grupos:
Ossos Alongados: São ossos longos,
porém achatados e não apresentam
canal central. Exemplo: Costelas.
Ossos Pneumáticos: São osso ocos,
com cavidades cheias de ar e
revestidas por mucosa (seios),
apresentando pequeno peso em
relação ao seu volume. Exemplo:
Esfenoide.
Ossos Irregulares: Apresentam
formas complexas e não podem ser
agrupados em nenhuma das categorias
prévias. Exemplo: Vértebras.
Ossos Sesamoides: Estão presentes
no interior de alguns tendões em que há
considerável fricção, tensão e estresse
físico, como as palmas e plantas.
Ossos Suturais: São pequenos ossos
localizados dentro de articulações,
chamadas de suturas, entre alguns
ossos do crânio. Seu número varia
muito de pessoa para pessoa.
e) Estruturas dos Ossos Longos
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituído principalmente de tecido
ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o
articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de
uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por
cartilagem.
8. Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.
f) Periósteo e Endósteo
O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que
reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície
externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de
fixação para os músculos e contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso
subjacente.
O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por
tecido conjuntivo.
Tecido Ósseo Compacto Tecido Ósseo Esponjoso
Contém poucos espaços em seus
componentes rígidos. Dá proteção e
suporte e resiste às forças
produzidas pelo peso e movimento.
Encontrados geralmente nas diáfises.
Constitui a maior parte do tecido
ósseo dos ossos curtos, chatos e
irregulares. A maior parte é encontrada
nas epífises.
9. 2.2 CABEÇA
A cabeça consiste em crânio, face, escalpo, dentes, encéfalo, nervos cranianos,
meninges, órgãos dos sentidos especiais e outras estruturas, como vasos
sanguíneos, linfáticos e gordura. Também é o local onde o alimento é ingerido e o ar
é inspirado e expirado
Os ossos da cabeça são divididos em: duas partes: o Neurocrânio e o Esqueleto
da Face (Viscerocrânio). O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as
meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos.
O crânio possui um teto semelhante a uma abóbada – a Calvaria – e um assoalho
ou Base do Crânio que é composta do esfenoide e partes do occipital e do temporal.
O Esqueleto da Face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e
contribuem para as órbitas.
a) Neurocrânio
O Neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as meninges encefálicas,
partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos.
Os ossos do Neurocrânio são em número de 8 ossos, sendo 2 pares e 4 impares.
Frontal (01)
Occipital (01)
Esfenoide (01)
Etmoide (01)
Temporal (02)
Parietal (02)
Frontal: O osso frontal é um osso largo ou chato, situado para frente e para cima e
apresenta duas porções: uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tectos das
cavidades orbitais e nasais.
10. Occipital: É perfurado por uma abertura grande e oval, o forame magno, através do
qual a cavidade craniana comunica-se com o canal vertebral. Apresenta duas
porções: escamosa (lâmina curvada que se estende posteriormente ao forame
occipital) e basilar (anterior ao forame occipital e espessa).
11. Esfenóide: É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos
temporais e à porção basilar do osso occipital.
Corpo (1)
Asas Menores (2)
Asas Maiores (2)
Processos Pterigoideos (2).
Etmoide: É um osso leve, esponjoso, irregular, ímpar e situa-se na parte anterior do
crânio.
1 Lâmina Horizontal
(crivosa)
1 Lâmina Perpendicular 2 Massas Laterais
(labirintos)
12.
13. Temporal: É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu interior
encontra-se o aparelho auditivo.
Escamosa Timpânica Petrosa
Parietal: O parietal forma o tecto do crânio. Osso par, chato.
2 Faces 4 Bordas 4 Ângulos
14. b) Esqueleto da Face
O esqueleto da face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e
contribuem para as órbitas. No total são 14 ossos sendo que temos 6 pares e 2
impares.
Mandíbula (01)
Vômer (01)
Zigomático (02)
Maxila (02)
Palatino (02)
Nasal (02)
Lacrimal (02)
Concha Nasal Inferior (02)
15. Mandíbula: É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. Consiste de uma
porção horizontal, o corpo, e duas porções perpendiculares, os ramos, que se unem
ao corpo em um ângulo quase reto.
16. Vômer: É um osso ímpar. Forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal.
O Vômer articula-se com 6 ossos: Esfenoide, Etmoide, Maxilares (2) e Palatinos (2).
17. Zigomático: Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. É um osso par e
irregular. Apresenta as seguintes estruturas: faces malar, orbital, temporal; processos
frontal, temporal e maxilar e quatro bordas.
Maxila: É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade
bucal, o soalho e a parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar. Cada
osso apresenta um corpo e quatro processos.
18.
19. Palatino: Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da
cavidade nasal e o soalho da órbita. É formado por uma parte vertical e uma horizontal
e apresenta 3 processos: piramidal, orbital e esfenoidal.
Nasal: Forma, com o nasal do lado oposto, o dorso do nariz. O Nasal articula-se com
4 ossos: Frontal, Etmoide, Maxila e Nasal do lado oposto.
20. Lacrimal: Localiza-se na parte medial da órbita. É o menor e mais frágil osso da face.
O Lacrimal articula-se com 4 ossos: Frontal, Etmoide, Maxila e Concha Nasal
Inferior.
21. Concha Nasal Inferior: Localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal.
2.3 Tórax
É uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da respiração
e circulação e cobre parte dos órgãos abdominais.
A face dorsal é formado pelas doze vértebras torácicas, e a parte dorsal das
doze costelas. A face ventral é constituída pelo esterno e cartilagens costais. As faces
laterais são compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos onze
espaços intercostais, ocupados pelos músculos e membranas intercostais.
Esterno: É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoético.
Manúbrio Corpo Processo Xifoide
22. Costelas: As costelas são em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma
de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno.
7 Pares Verdadeiras:
articulam se
diretamente ao esterno
3 Pares Falsas
Propriamente Ditas:
articulam-se
indiretamente
(cartilagens)
2 Pares Falsas
Flutuantes: são livres
23. 2.4 Coluna Vertebral
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio
até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta
por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão
sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral
é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno
e costelas, o esqueleto axial.
Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se
com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro
regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12
torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.
24. a) Curvaturas da Coluna Vertebral
Cervical (convexa ventralmente –
LORDOSE),
Torácica (côncava ventralmente –
CIFOSE),
Lombar (convexa ventralmente –
LORDOSE)
Pélvica (côncava ventralmente –
CIFOSE).
Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos
de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e
lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma
curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE.
b) Funções da Coluna Vertebral
• Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;
• Suporta o peso do corpo;
• Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a
cabeça;
• Exerce um papel importante na postura e locomoção;
• Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do
dorso;
• Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e
para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior.
25. c) Disco Intervertebral
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical
até o sacro, existem discos intervertebrais. Constituído por um disco fibroso periférico
composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância
interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes
articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os
impactos.
d) Características Gerais
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é
representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra
inferior.
Função: Sustentação.
2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e
posteriormente.
Função: Movimentação.
3. Processo Transverso: São 2 prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que se
projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina.
Função: Movimentação.
4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois
inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si.
Função: Obstrução.
5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo
espinhoso ao processo transverso.
Função: Proteção.
26. 6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo
vertebral.
Função: Proteção.
7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e
posteriormente pelo arco ósseo.
Função: Proteção
e) Características Regionais
Vértebras Cervicais: Possuem um corpo pequeno exceto a primeira vértebra. Em
geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processos
transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias vertebrais.
Vértebras Torácicas: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta
descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas,
sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-
27. fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos
processos transversos.
Vértebras Lombares: Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal
não é bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame
vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo
transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado
também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal.
f) Sacro
O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para
cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª Vértebra Lombar e
inferiormente com o Cóccix. O sacro é a fusão de cinco vértebras e apresenta 4 faces:
duas laterais, uma anterior e uma posterior.
28.
29. g) Cóccix
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo.
Cornos Coccígeos
Processos Transversos Rudimentares
Processos Articulares Rudimentares
Corpos
2.5 MEMBRO SUPERIOR
Os ossos dos membros superiores
podem ser divididos em quatro
segmentos:
• Cintura Escapular
– Clavícula e Escápula
• Braço – Úmero
• Antebraço – Rádio e Ulna
• Mão – Ossos da Mão
a) Clavícula
A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado
como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da primeira
costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o
acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas faces e duas bordas.
30. b) Escápula
É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma
a parte dorsal da cintura escapular. Tem a forma triangular apresentando duas faces,
três bordas e três ângulos.
c) Úmero
É o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na
articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta
duas epífises e uma diáfise.
31. d) Rádio
É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço.
Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo
e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise.
32. e) Ulna
É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio
e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e
uma diáfise.
f) Ossos da Mão
A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges. A região denominada carpo é
composta por oito ossos dispostos em duas fileiras.1a fileira ou fileira proximal (de
lateral para medial) – Escafóide; Semilunar; Piramidal; Pisiforme; é o menor dos ossos
do carpo. A fileira proximal articula – se com o rádio (exceto pisiforme).2ª fileira ou
fileira distal (de lateral para medial) – Trapézio; Trapezóide; formato de um trapézio,
Capitato; é o maior dos ossos do carpo. Hamato. Além da articulação entre si, a
segunda fileira articula – se proximalmente com os ossos da primeira fileira e
distalmente com os ossos do metacarpo.
Metacarpos: Numerados de I a V de lateral para medial, articulam – se com os
carpos, proximalmente e com as falanges distalmente, os quatro metacarpos mediais
ainda se articulam entre si por meio de suas bases.
Falanges: Cada dedo possui três falanges, com exceção do polegar, que possui
apenas duas. As falanges são ditas proximais, médias e distais.
33. 2.6 MEMBRO INFERIOR
O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem
a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros
inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril
e sacro).
A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril,
que são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o
sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA.
Os ossos dos membros inferiores podem
ser divididos em quatro segmentos:
• Cintura Pélvica – Ilíaco (Osso do
Quadril)
• Coxa – Fêmur e Patela
• Perna – Tíbia e Fíbula
• Pé – Ossos do Pé
a) Ilíaco (Ossos do Quadril)
O Ilíaco é um osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três ossos:
Ílio – 2/3 superiores
34. Ísquio – 1/3 inferior e posterior (mais
resistente)
Púbis – 1/3 inferior e anterior
O osso apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos.
b) Fêmur
O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. O fêmur consiste em uma diáfise
e duas epífises. Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com
a patela e a tíbia.
35. c) Patela
A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação
do joelho. É um osso sesamoide.
É dividida em: Base (larga e superior) e Ápice (pontiaguda e inferior).
d) Tíbia
Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. Está
localizada no lado ântero-medial da perna. Apresenta duas epífises e uma diáfise.
Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula.
36. e) Fíbula
A fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para
fixação de músculos. Não possui função de sustentação de peso. Articula-se com a
tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus distalmente.
37. f) Ossos do Pé
O pé se divide em: tarso, metatarso e falanges.
• TARSOS: calcâneo, tálus, cubóide, navicular, cuneiformes medial, intermédio
e lateral. Os tarsos são maiores e menos móveis que os ossos do carpo, pois,
fornecem a base de suporte do corpo, na posição ortostática.
• METATARSOS: São os cinco ossos da região dorsal do pé. Numerados
juntamente com os dedos, ou seja, começando com um na face medial e
terminando com o cinco na face lateral. É provida de três partes, a parte distal
redonda de cada metatarso é a cabeça do metatarso, temos o corpo do
metatarso, a extremidade proximal expandida de cada metatarso é chamada
de base.
• FALANGES: São os ossos mais distais do pé, que formam os artelhos ou dedos
do pé. São numerados de um a cinco, começando do lado medial ou do
primeiro artelho. Preste atenção no primeiro, o hálux ele terá apenas duas
falanges, sendo elas as falanges proximal e distal. Do segundo até o quinto
dedo nós teremos três falanges, a proximal, a medial e a distal. Quando você
for se referir a qualquer um dos ossos ou articulação do pé, o dedo e o pé
devem ser identificados da seguinte forma, a falange distal do primeiro artelho
direito.
38. 3 SISTEMA ARTICULAR
Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do
esqueleto. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e
mobilidade:
1 – Articulações Fibrosas (Sinartroses) ou imóveis;
2 – Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ou com movimentos limitados;
3 – Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos.
3.1 SINARTROSES
As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos
ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio
(exceto a ATM). Há três tipos principais de articulações fibrosas.
a) Suturas
Nas suturas as
extremidades dos ossos têm
interdigitações ou sulcos, que
os mantêm íntima e
firmemente unidos.
Conseqüentemente, as fibras
de conexão são muito curtas
preenchendo uma pequena fenda
entre os ossos. Este tipo de
articulação é encontrado somente
entre os ossos planos do crânio. Na
maturidade, as fibras da sutura
começam a ser substituídas
completamente, os de ambos os
lados da sutura tornam-se
firmemente unidos/fundidos. Esta
condição é chamada de sinostose.
39. b) Sindesmoses
Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo
fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Na verdade, a
Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos:
sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar.
c) Gonfoses
Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa
especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas.
O colágeno do periodonto une o cimento dentário com o osso alveolar.
3.1 ANFIARTROSES
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de
pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são
chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas.
40. a) Sincondroses
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma
cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a
cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos
longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas
e as cartilagens costais são sincondroses permanentes.
Sincondroses Cranianas:
• Esfeno-etmoidal
• Esfeno-petrosa
• Intra-occipital anterior
• Intra-occipital posterior
Sincondroses Pós-cranianas:
• Epifisiodiafisárias
• Epifisiocorporal
• Intra-epifisária
• Esternais
Manúbrio-esternal
• Xifoesternal
• Sacrais
b) Sínfises
As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma
camada de cartilagem fibrosa. Entre os ossos da articulação, há um disco
fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. Esses discos por
serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os
ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises.
Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas por uma
41. sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade
adulta.
• Manúbrio-esternal
• Intervertebrais
• Sacrais
• Púbica
• Mentoniana
3.1 DIARTROSES
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As
superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos
revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou
incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a
cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana
sinovial.
a) Classificação Funcional das Articulações
• Articulação Monoaxial – Quando uma articulação realiza movimentos apenas
em torno de um eixo (1 grau de liberdade).
– Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem
movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos
colaterais. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar.
– Trocoide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de
rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando
dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar
proximal e atlanto-axial.
• Articulação Biaxial – Quando uma articulação realiza movimentos em torno de
dois eixos (2 graus de liberdade).
– Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovoide
ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os
42. movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja,
todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do
pulso.
– Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente
côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações
condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar.
• Articulação Triaxial – Quando uma articulação realiza movimentos em torno de
três eixos (3 graus de liberdade).
– Articulação Esferoide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso
distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro
comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro.
• Articulação Plana - permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos:
Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso.
b) Estruturas das Articulações Móveis
Ligamentos: Os ligamentos são constituídos por
fibras colágenas dispostas paralelamente ou
intimamente entrelaçadas umas às outras. São
maleáveis e flexíveis para permitir perfeita
liberdade de movimento, porém são muito fortes,
resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente
à ação de forças.
Cápsula articular: É uma membrana
conjuntiva que envolve as articulações
sinoviais como um manguito. Apresenta-
se com duas camadas: a membrana
fibrosa (externa) e a membrana sinovial
(interna). Tem por finalidade manter a
união entre os ossos, mas além disso,
impedem o movimento em planos
indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais.
43. • A Membrana Fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada,
em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos
capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações
sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados
extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho,
aparecem também ligamentos intra-articulares.
• A Membrana Sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma
um saco fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente
vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial.
Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra-filtrado do
sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade
necessária à sua função lubrificadora.
Discos e Meniscos: Em várias articulações sinoviais,
interpostas as superfícies articulares, encontram-se
formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-
articulares, de função discutida: serviriam a melhor
adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as
congruentes) ou seriam
estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo
como amortecedores. Meniscos, com sua característica em
forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho.
Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações
esternoclavicular e ATM.
Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o deslizamento de tendões que passam
através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho).
44. Bolsas Sinoviais (Bursas): São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos,
tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento
sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências
ósseas ou ligamentosas.
c) Articulação Temporo-Mandibular-ATM
É uma combinação de gínglimo e articulação plana. É formada pela parte anterior
da fossa mandibular do osso temporal, o tubérculo articular e o côndilo da mandíbula.
Os meios de união dessa articulação são:
Cápsula Articular – é um fino envoltório frouxo que está inserido anteriormente no
tubérculo articular, posteriormente na fissura escamotimpânica, acima na fossa
mandibular e abaixo no colo da mandíbula.
Disco Articular – é uma lâmina ovulada e fina situada entre o côndilo da mandíbula
e a fossa mandibular. Divide a articulação em parte superior e inferior, cada qual
guarnecida com uma membrana sinovial. Sua face superior é côncavo-convexa para
se ajustar ao tubérculo e a fossa da mandíbula e sua face inferior é côncava para se
ajustar ao côndilo da mandíbula.
Ligamento Temporomandibular Lateral – consiste em dois curtos fascículos
estreitos. Está inserido acima no arco zigomático e abaixo na face lateral do colo da
mandíbula.
45. Ligamento Esfenomandibular – é uma faixa fina e achatada que localiza-se medial
à cápsula. Está inserido na espinha do esfenoide e abaixo na lígula do forame
mandibular.
Ligamento Estilomandibular – posterior à cápsula, insere-se no processo estiloide
e na margem posterior do ângulo da mandíbula. Separa a glândula parótida da
submandibular.
46. d) Coluna Vertebral
Articulações dos Corpos Vertebrais
• Ligamento Longitudinal Anterior – extenso e resistente feixe de fibras
longitudinais que se estendem ao longo das faces anteriores dos corpos das
vértebras do axis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com o ligamento
atlantoaxial anterior.
• Ligamento Longitudinal Posterior – localizado no canal vertebral, nas faces
posteriores dos corpos vertebrais de áxis (C2) até o sacro. Continua-se
superiormente com a membrana tectória.
• Disco Intervertebral - Localizam-se entre as faces adjacentes dos corpos das
vértebras, do axis (C2) até o osso sacro. Variam em forma, tamanho e espessura
no trajeto da coluna vertebral. Os discos vertebrais constituem cerca de 1/4 do
comprimento da coluna vertebral. Cada disco é
constituído por um disco fibroso periférico
composto por tecido fibrocartilaginoso,
chamado ANEL FIBROSO; e uma substância
interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO
PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos
da coluna vertebral e absorvem os impactos.
47. Articulações dos Arcos Vertebrais
• Cápsulas Articulares – são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares
dos processos articulares adjacentes.
• Ligamentos Amarelos – são ligamentos que unem as lâminas das vértebras
adjacentes no canal vertebral de axis (C2) até o primeiro segmento do sacro.
Possui certa elasticidade que serve para preservar a postura vertical.
• Ligamento Nucal – é uma membrana fibrosa que estende-se da protuberância
occipital externa até a 7ª vértebra cervical (C7).
48. • Ligamento Supra-espinhal – corda fibrosa e resistente que une os ápices dos
processos espinhosos a partir da 7ª vértebra cervical (C7) até o sacro. É
considerado uma continuação do ligamento nucal.
• Ligamentos Interespinhais – finos e quase membranáceos, unem os processos
espinhosos adjacentes.
• Ligamentos Intertransversários – estão interpostos entre os processos
transversos.
49. Articulações Atlanto-Occipitais (C0 – C1)
• Cápsulas Articulares – circundam os côndilos do occipital e as facetas
articulares das massas laterais do atlas.
• Membrana Atlanto-occipital Anterior – larga e de fibras densamente
entrelaçadas une a margem anterior do forame magno com a borda superior do
arco anterior do atlas.
• Membrana Atlanto-occipital Posterior – é ampla e fina e está fixada na margem
posterior do forame magno e à borda superior do arco posterior de atlas.
• Ligamentos Atlanto-occipitais Laterais – são porções espessadas das
cápsulas articulares reforçados por feixes de tecido fibroso e obliquamente
dirigidos superior e medialmente. Inserem-se no processo jugular do osso occipital
e na base do processo transverso do atlas.
Ligamentos Occipito-Axiais (C0 – C2)
• Membrana Tectórica – é uma faixa extensa e resistente que recobre o dente e
seus ligamentos dentro do canal vertebral. É considerado o prolongamento do
ligamento longitudinal posterior. Está inserido no corpo do áxis e superiormente
no sulco basilar do occipital.
• Ligamentos Alares – começam de cada lado do ápice do dente do áxis e
inserem-se na parte medial rugosa dos côndilos do occipital.
50. • Ligamento Apical do Dente – estende-se do ápice do dente do áxis até a
margem posterior do forame magno, entre os ligamentos alares.
Articulações Atlanto-Axiais (C1 – C2)
• Cápsulas Articulares – são delgadas e frouxas e unem as margens das massas
laterais do atlas às da face articular posterior do axis.
• Ligamento Atlanto-axial Anterior – é uma membrana resistente, fixada na
margem inferior do arco posterior do atlas e à face ventral do corpo do axis.
• Ligamento Atlanto-axial Posterior – é uma membrana fina e larga inserida na
borda inferior do arco posterior do atlas e na margem superior das lâminas do
axis.
• Ligamento Transverso do Atlas – é uma faixa espessa, resistente e arqueada
que mantém o dente em contato com o arco anterior. Insere-se na parte basilar
do occipital e na face posterior do corpo do áxis. O ligamento transverso do atlas
junto com os fascículos longitudinais superior e inferior formam o ligamento
cruciforme.
51. Articulações Costovertebrais
1 – Articulação da Cabeça da Costela – é uma articulação plana formada pela
articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral das vértebras torácicas. Os
ligamentos dessa articulação são:
• Cápsula Articular – é constituído por curtas e resistentes fibras unindo as
cabeças das costelas às cavidades articulares formados pelas vértebras e discos
intervertebrais.
• Ligamento Radiado da Cabeça da Costela – une as partes anteriores das
cabeças das costelas aos corpos de duas vértebras e seus discos intervertebrais.
Consta de três fascículos achatados que se inserem na parte anterior da cabeça
das costela.
• Ligamento Intra-articular da Cabeça da Costela – é um feixe curto, achatado,
inserido lateralmente na crista entre as facetas articulares e, medialmente, no
disco intervertebral, dividindo a articulação (cada uma com sua membrana sinovial
própria).
52. 2 – Articulação Costotransversais – é a articulação entre a faceta articular do
tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra correspondente. É formada
pelas seguintes estruturas:
• Cápsula Articular – é fina e inserida na circunferência articular com um
revestimento sinovial.
• Ligamento Costotransversário Superior – insere-se na borda superior do colo
da costela e no processo transverso da vértebra acima.
• Ligamento Costotransversário Posterior – são fibras que se inserem no colo
da costela e na base do processo transverso e borda lateral do processo articular
da vértebra acima.
• Ligamento do Colo da Costela – são curtas e resistentes fibras que unem o
dorso do colo da costela com o processo transverso adjacente.
• Ligamento do Tubérculo da Costela – é um fascículo curto, espesso e
resistente que se dirige do ápice do processo transverso para a porção não
articular do tubérculo da costela.
53. Articulações Esternocostais
As articulações das cartilagens das costelas verdadeiras com o esterno são
articulações planas, com exceção da primeira que é uma sincondrose. Os elementos
de conexão são:
• Cápsula Articular – são fibras muito finas que circundam as articulações das
cartilagens costais das costelas verdadeiras com o esterno.
• Ligamento Esternocostal Radiado – feixes finos e radiados que se irradiam
adas faces anterior e posterior das extremidades esternais das cartilagens das
costelas verdadeiras.
• Ligamento Esternocostal Intra-articular – constante apenas na segunda
costela. Estende-se a partir da cartilagem da costela até a fibro cartilagem que
une o manúbrio ao corpo do esterno.
• Ligamento Costoxifóide – ligam as faces anterior e posterior da sétima costela
às mesmas no processo xifoide.
54. Articulações Intercondrais – articulações entre as cartilagens costais.
Articulações Costocondrais – articulações entre as costelas e as cartilagens costais.
Articulações Esternais
1 – Manúbrio-esternal – entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma
sínfise.
2 – Xifoesternal – entre o processo xifoide e o corpo do esterno, é geralmente uma
sínfise.
Articulações Lombossacrais
São as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Seus corpos são unidos
por uma sínfise, incluindo um disco intervertebral.
Ligamento Ileolombar – inserido na face ântero-inferior da 5ª vértebra lombar e
irradia na pelve por meio de dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que
insere-se na face ântero-superior do sacro e um feixe superior, a inserção parcial do
músculo quadrado do lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação
sacroilíaca, continuando acima com a fáscia toracolombar.
55. Articulação Sacrococcígea
Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um disco
fibrocartilagíneo.
• Ligamento Sacrococcígeo Anterior – fibras irregulares que descem sobre as
faces pélvicas tanto do sacro como do cóccix.
• Ligamento
Sacrococcígeo
Posterior – superficial
passa da parte posterior
da Quinta vértebra
sacral par o dorso do
cóccix.
• Ligamento
Sacrococcígeo
Lateral – liga um
processo transverso do
cóccix ao ângulo ínfero-
lateral do osso sacro.
• Ligamentos Intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix.
56. e) Ombro
1- Articulação Esternoclavicular
Essa articulação é formada pela união da extremidade esternal na clavícula e o
manúbrio do esterno. Possui as seguintes estruturas articulares:
• Cápsula Articular – Circunda a articulação e varia em espessura e resistência.
• Ligamento Esternoclavicular Anterior – é um amplo feixe de fibras cobrindo a
face anterior da articulação.
• Ligamento Esternoclavicular Posterior – é um análogo feixe de fibras que
recobre a face posterior da articulação.
• Ligamento Interclavicular – é um feixe achatado que une as faces superiores
das extremidades esternais das clavículas.
• Ligamento Costoclavicular – é pequeno, achatado e resistente. Está fixado na
parte superior e medial da cartilagem da primeira costela e face inferior da
clavícula.
• Disco Articular – é achatado e está interposto entre as superfícies articulares do
esterno e clavícula.
2- Articulação Acromioclavicular
É uma articulação plana entre a extremidade acromial da clavícula e a borda medial
do acrômio. É formada pelas seguintes estruturas:
• Cápsula Articular – Envolve toda a articulação acrômio-clavicular.
• Ligamento Acromioclavicular – é constituído por fibras paralelas que
estendem-se da extremidade acromial da clavícula até o acrômio.
• Disco Articular – geralmente está ausente nesta articulação.
• Ligamento Coracoclavicular – une a clavícula ao processo coracoide da
escápula. É formado por dois ligamentos: Ligamento Trapezoide e Ligamento
Conoide.
• Ainda podemos identificar mais dois ligamentos importantes no complexo do
ombro: o Ligamento Coracoacromial e o Ligamento Transverso Superior.
• Ligamento Coracoacromial – é um forte feixe triangular estendido entre o
processo coracoide e o acrômio. É um ligamento importante para estabilização da
57. cabeça do úmero na cavidade glenoide, pois evita a elevação da mesma nos
movimentos de abdução acima dos 90 graus.
• Ligamento Transverso Superior – é um fino fascículo achatado inserido no
processo coracoide e na incisura da escápula.
3- Articulação Gleno-umeral
Esta é uma articulação esferoide multiaxial com três graus de liberdade. As faces
articulares são a cabeça hemisférica do úmero (convexa) e a cavidade glenoide da
escápula (côncava).
A articulação gleno-umeral é formada pelas seguintes estruturas:
• Cápsula Articular – Envolve toda a cavidade glenoide e a cabeça do úmero.
• Ligamento Córaco-umeral – é um amplo feixe que fortalece a parte superior da
cápsula.
• Ligamentos Glenoumerais – são robustos espessamentos da cápsula articular
sobre a parte ventral da articulação. É constituído por três ligamentos:
1 – Glenoumeral
Superior
2 – Ligamento
Glenoumeral Médio
3 – Ligamento
Glenoumeral Inferior
• Ligamento Transverso do Úmero – é uma estreita lâmina de fibras curtas e
transversais que unem o tubérculo maior e o menor, mantendo o tendão longo do
bíceps braquial no sulco intertubercular.
• Lábio (Labrum) Glenoidal – é uma orla fibrocartilagínea inserida ao redor da
cavidade glenoide. Tem importante função na estabilização glenoumeral e quando
rompido proporciona uma instabilidade articular facilitando o deslocamento
anterior ou posterior do úmero (luxação).
58. f) Cotovelo
A articulação do cotovelo é um gínglimo ou articulação em dobradiça. Possui três
articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna,
úmero-radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio e rádio-ulnar proximal,
entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.
As superfícies articulares são reunidas por uma cápsula que é espessada medial
e lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial.
• Cápsula Articular – Circunda toda a articulação e é formada por duas partes:
anterior e posterior. A parte anterior é uma fina camada fibrosa que recobre a face
59. anterior da articulação. A parte posterior é fina e membranosa e consta de fibras
oblíquas e transversais.
• Ligamento Colateral Ulnar – É um feixe triangular espesso constituído de duas
porções: anterior e posterior, unidas por uma porção intermediária mais fina.
• Ligamento Colateral Radial – É um feixe fibroso triangular, menos evidente que
o ligamento colateral ulnar.
• A articulação rádio-ulnar proximal é uma juntura trocoide ou em pivô, entre a
circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e
o ligamento anular.
• Ligamento Anular – É um forte feixe de fibras que envolve a cabeça do rádio,
mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna.
• Da borda inferior do ligamento anular sai um feixe espesso de fibras que se
estende até o colo do rádio, denominado ligamento quadrado.
60. g) Punho
A articulação do punho é formada pelas articulações radio-ulnar distal e rádio-
cárpica.
A articulação rádio-ulnar distal é uma juntura trocoide formada entre a cabeça da
ulna e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. É unida pela cápsula articular
e pelo disco articular.
• Cápsula Articular – É constituída de feixes de fibras inseridas nas margens da
incisura ulnar e na cabeça da ulna. Apresenta dois espessamentos
denominados Ligamento Radioulnar Ventral e Ligamento Radioulnar Dorsal.
• Disco Articular – Tem forma triangular e está colocado transversalmente sob a
cabeça da ulna, unindo firmemente as extremidades inferiores da ulna e do rádio.
• A articulação rádio-cárpica (sindesmose) é uma juntura condilar. É formada pela
extremidade distal do rádio e a face distal do disco articular com os ossos
escafoide, semilunar e piramidal. A articulação rádio-cárpica é formada pelos
seguintes ligamentos:
• Ligamento Radiocárpico Palmar – É um largo feixe membranoso inserido na
margem anterior da extremidade distal do rádio, no seu processo estiloide e na
face palmar da extremidade distal da ulna. Suas fibras se dirigem distalmente para
inserir-se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal.
• Ligamento Radiocárpico Dorsal – É menos espesso e resistente que o palmar.
Sua inserção proximal é na borda posterior da extremidade distal do rádio. Suas
fibras são dirigidas obliquamente no sentido distal e ulnar e fixam-se nos ossos
escafoide, semilunar e piramidal.
61. • Ligamento Colateral Ulnar – É um cordão arredondado inserido proximalmente
na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e
pisiforme.
• Ligamento Colateral Radial – Estende-se do ápice do processo estiloide do rádio
para o lado radial do escafoide.
• Distalmente às articulações estudadas acima, encontramos ainda as articulações
intercárpicas, carpometacárpicas, intermetacárpicas, metacarpofalangianas e
interfalangeanas.
62. h) Quadril
É uma articulação do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do
acetábulo.
• Cápsula Articular – A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a
articulação coxo-femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da
articulação, onde se requer maior resistência. Posteriormente e distalmente é
delgada e frouxa.
• Ligamento Iliofemoral – É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à
articulação. Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la.
• Ligamento Pubofemoral – Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da
pube; distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical
do ligamento iliofemoral.
• Ligamento Isquiofemoral – Consiste de um feixe triangular de fibras resistentes,
que nasce no ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras
circulares da cápsula.
• Ligamento da Cabeça do Fêmur – É um feixe triangular, um tanto achatado,
inserindo-se no ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do
acetábulo. Tem pequena função como ligamento e algumas vezes está ausente.
• Orla Acetabular – É uma orla fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo,
tornando assim mais profunda essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e nivela
as desigualdades de sua superfície, formando assim um círculo completo que
circunda a cabeça do fêmur e auxilia na contenção desta em seu lugar.
• Ligamento Transverso do Acetábulo – É uma parte da orla acetabular, diferindo
dessa por não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras
achatadas que cruzam a incisura acetabular.
63. i) Joelho
A articulação do joelho pode ser descrita como um gínglimo ou articulação em
dobradiça (entre o fêmur e a tíbia) e plana (entre o fêmur e a patela).
• Cápsula Articular – Consiste em uma membrana fibrosa, delgada mas
resistente, reforçada em quase toda sua extensão por ligamentos intimamente
aderidos a ela. Abaixo do tendão do quadríceps femoral a cápsula é representada
apenas pela membrana sinovial.
64. • Ligamento Patelar – É a porção central do tendão do quadríceps femoral que se
continua da patela até a tuberosidade da tíbia. É um forte feixe ligamentoso,
achatado, com cerca de 8 cm de comprimento. A face posterior do ligamento
patelar está separada da membrana sinovial por um grande coxim gorduroso infra-
patelar e da tíbia por uma bolsa sinovial.
• Ligamento Poplíteo Oblíquo – É um feixe fibroso, largo e achatado, formado por
fascículos separados uns dos outros. Forma parte do soalho da fossa poplítea.
• Ligamento Poplíteo Arqueado – Forma um arco do côndilo lateral do fêmur à
face posterior da cápsula articular. Está unido ao processo estiloide da cabeça da
fíbula por seis feixes convergentes.
• Ligamento Colateral Tibial – é um feixe membranáceo, largo e achatado que se
prolonga para parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur
e no côndilo medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Impede
o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo
medial).
• Ligamento Colateral Fibular – é um cordão fibroso, arredondado e forte, inserido
no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. Não se insere no menisco lateral.
Impede o movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia (bocejo
lateral).
• Ligamento Cruzado Anterior (LCA) – insere-se na eminência intercondilar da
tíbia e vai se fixar na face medial do côndilo lateral do fêmur. O LCA apresenta um
suprimento sanguíneo relativamente escasso. Impede o movimento de
deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fêmur (Movimento de
gaveta anterior), além da hipertensão do joelho.
• Ligamento Cruzado Posterior (LCP) – é mais robusto, porém mais curto e
menos oblíquo em sua direção quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa
intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e
dirige-se para frente e medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial
do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado durante a flexão da articulação
joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento
anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior).
• Além dos ligamentos, o joelho possuem também outra estrutura importantíssima
na sua estabilização, biomecânica e absorção de impactos: os meniscos. Os
65. meniscos são duas lâminas em forma de crescente que servem para tornar mais
profundas as superfícies das faces articulares da cabeça da tíbia que recebem os
côndilos do fêmur. Cada menisco cobre aproximadamente os dois terços
periféricos da face articular correspondente da tíbia.
• Menisco Medial – é de forma quase semi-circular, um pouco alongado e mais
largo posteriormente. Sua extremidade anterior fixa-se na fossa intercondilar
anterior da tíbia e a posterior na fossa intercondilar posterior da tíbia.
• Menisco Lateral – é quase circular e recobre uma extensão da face articular
maior do que a recoberta pelo menisco medial. Sua extremidade anterior fixa-se
na eminência intercondilar anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar
da tíbia.
• Ligamento Transverso – une a margem anterior, convexa, do menisco lateral, à
extremidade anterior do menisco medial. As vezes está ausente.
• Ligamentos Coronários – São porções da cápsula que unem a periferia dos
meniscos com a margem da cabeça da tíbia.
• Distalmente à articulação do joelho e ainda nas porções proximais da fíbula e da
tíbia, encontramos outra articulação importante: a Articulação Tibio-fibular
Proximal.
• É uma articulação deslizante entre o côndilo lateral da tíbia e a cabeça da fíbula.
É formada por uma cápsula articular e os ligamentos anterior e posterior.
• Cápsula Articular – Circunda a articulação e adere ao redor das margens das
facetas articulares da tíbia e fíbula.
• Ligamento Anterior – Consiste de 2 ou 3 feixes chatos e largos que se dirigem
obliquamente da cabeça da fíbula para a parte anterior do côndilo lateral da tíbia.
• Ligamento Posterior – É um feixe único, largo e espesso, que se dirige
obliquamente para cima, da parte posterior da cabeça da fíbula para a parte
posterior do côndilo lateral da tíbia.
66.
67. j) Tornozelo
Proximalmente à articulação do tornozelo, nas porções distais da fíbula e da
tíbia, encontramos uma articulação importante: a articulação tibio-fibular distal
(sindesmose). É formada pela superfície áspera e convexa da face medial da
extremidade distal da fíbula e uma superfície áspera e côncava da face lateral da tíbia.
Essa articulação é formada pelos ligamentos tibio-fibular anterior e posterior,
transverso inferior e interósseo.
• Ligamento Tibio-fibular Anterior – É um feixe de fibras achatado que se estende
oblíqua, distal e lateralmente entre as bordas adjacentes da tíbia e da fíbula, na
face anterior da sindesmose.
• Ligamento Tibio-fibular Posterior – Menor do que o anterior, está disposto de
modo semelhante da face posterior da sindesmose.
• Ligamento Transverso Inferior – Situa-se anteriormente ao ligamento posterior,
e é um feixe grosso e robusto de fibras amareladas, que se dirigem
transversalmente do maléolo lateral para a borda posterior da face articular da
tíbia.
• Ligamento Interósseo – Consiste de numerosos feixes fibrosos, curtos e
robustos, que passam entre a superfície rugosa contínua da tíbia e da fíbula e
constituem o principal laço de união dos entre os ossos.
• A articulação do tornozelo propriamente dita é um gínglimo (dobradiça) formada
pela extremidade distal da tíbia e fíbula. ligamento transverso inferior e o tálus.
• Os ossos são ligados pela cápsula articular e pelos seguintes ligamentos: deltoide,
talofibular anterior, talofibular posterior e calcaneofibular.
• Cápsula Articular – Recobre a articulação. A parte anterior da cápsula é uma
camada membranosa larga e fina. A parte posterior da cápsula é muito fina e
formada principalmente por fibras transversais.
• Ligamento Deltoide – É um feixe triangular, robusto e achatado. Consta de dois
feixes de fibras: superficial (fibras tibionaviculares, calcaneotibiais e talotibiais
posteriores) e profundo (fibras talotibiais anteriores). Sua principal função é
estabilizar a região medial do tornozelo e impedir o movimento de eversão.
• Fibras Tibionaviculares – EStão inseridas na tuberosidade do osso navicular e
posterior a este elas se unem com a margem medial do ligamento
calcaneonavicular plantar.
68. • Fibras Fibras Calcaneotibiais – Descem quase perpendicularmente para se
inserir em toda a extensão do sustentáculo do talo do calcâneo.
• Fibras Talotibiais Posteriores – Dirigem-se lateralmente para se inserir no lado
interno do talo e no tubérculo proeminente em sua face posterior, medial ao sulco
para o tendão do flexor longo do hálux.
• Fibras Talotibiais Anteriores – Estão inseridas na ponta do maléolo medial e na
face medial do talo.
• Ligamento Talofibular Anterior – Dirige-se anterior e medialmente da margem
anterior do maléolo fibular para o talo, anteriormente à sua faceta articular lateral.
• Ligamento Talofibular Posterior – Corre quase horizontalmente da depressão
na parte medial e posterior do maléolo fibular para um tubérculo proeminente na
face posterior do talo, imediatamente lateral ao sulco para o tendão do flexor longo
do hálux.
• Ligamento Calcaneofibular – É um cordão estreito e arredondado que corre do
ápice do maléolo fibular para um tubérculo na face lateral do calcâneo.
• Os três ligamentos acima descritos são colateralmente referidos como Ligamento
Colateral Lateral. Ele sustenta o aspecto lateral do tornozelo, impedindo o
movimento de inversão.
• O Ligamento Anterior e o Calcaneofibular são os mais freqüentemente lesionados
nas torções em inversão do tornozelo. Isso porque com o pé em flexão plantar, o
tálus é mais instável no encaixe do tornozelo, e portanto mais dependente do
suporte ligamentar.
• Distalmente às articulações estudadas acima, encontramos ainda as articulações
intertársicas, tarsometatársicas, intermetatársicas, metatarsofalangeanas e
articulação dos dedos.