2. A descoberta dos fósseis de três preguiças gigantes (Eremotherium) e
um mastodonte (Cuvieronius), todos encontrado em julho de 2001, no
Município de Itaituba (PA), possui 13.340 anos.
3. O material foi datado nos Estados Unidos e o resultado do exame
foi encaminhado ao Museu Paraense Emilio Goeldi, Instituto de
Pesquisa vinculado ao Ministério da Ciências e Tecnologia e
responsável pelo estudo do material.
O fóssil da preguiça pôde ser datado porque preservou o colágeno
(proteína contida no osso), o que possibilitou a datação do material
através da análise do Carbono 14. Essa é a primeira datação em um
exemplar em fosseis de mamíferos da Amazônia.
4. O fóssil do animal encontrado é uma preguiça gigante de hábitos
terrestres, do grupo Megatérios (ordem Xenarthra ou Edentata), com
distribuição pela América do Sul e cujos representantes atuais são o
bicho preguiça, o tatu e o tamanduá. O mamífero gigante media cerca
de 6 metros de comprimento, pesava mais de 5 toneladas e se
alimentava de folhas.
5. LOCAL DO ACHADO
O material estava enterrado em uma propriedade privada em Itaituba e
foi encontrada durante escavações para fazer um tanque de criação de
peixes. Ao que tudo indica, os animais foram levados por uma
enxurrada e ficaram presos em um buraco.
6. A PESQUISA ARQUEOLÓGICA
O grande porte do animal, a dificuldade de movimentação e o fato de
viver em bandos confirmam a teoria de que há cerca de 14 mil anos
atrás, a Amazônia era uma imensa savana, parecia com o que é hoje a
África. “Com essas características é impossível imaginar que a preguiça
vivesse em uma floresta densa”, explica o paleontólogo e diretor e
diretor do Museu Emilio Goeldi, Peter Toledo, que estuda os fósseis
encontrados.