1. Analise do artigo “A transformação da educação em mercadoria
no Brasil” ( Prof. Romualdo Portela de Oliveira, da USP)
O processo de transformação da educação em mercado financeiro lucrativo já
vem acontecendo ha um bom tempo, sendo ocultado durante a ditadura, que pela
legislação proibia que instituições de ensino tivessem lucro. Depois da constituição
de 1988 foi que se tornou explicito a possibilidade de lucro com o ensino.
Depois disso algumas instituições de ensino tornaram até seu capital aberto
com participação na bolsa de valores, além de criar franquias, sistemas próprios de
credito educativo e participação internacional em seus investimentos e ampliações.
E o carro chefe disso tudo é o ensino superior, que esta tendo uma demanda
crescente devido à regularização do fluxo no ensino fundamental e do crescimento
do ensino médio que o acompanha, também levando em conta a dificuldade do
setor publico, em competir com o privado nesta área. Isto cria um mercado cada
vez mais promissor e que atrai muitos investidores, principalmente internacionais.
Assim para aumentar o lucro, criam-se verdadeiros oligopólios, com várias
sedes, uma grande estrutura, e para isso, torna-se imprescindível atrair novos
alunos para aumentar seus lucros.
O mais triste é o estímulo à competição entre os alunos e não uma
cooperação estimulando-os laços de amizade, e o aluno passa a ver seu amigo
como um rival, disputando uma vaga na universidade.
Há também a necessidade de uma grande quantidade de assimilação de
conteúdos e sem estrutura ideal, muitas vezes uma política estimulada pelos
próprios pais. Porém, isso em alguns casos, vem sem uma boa dose de lições de
ética e de valores, onde nosso ensino vai cada vez mais de encontro ao fim..
Venture capital e Private equity: São modalidades de investidores
Venture capital: investe em empresas já estabelecidas, mas de pequeno e
médio porte, com potencial de crescimento. Os recursos financiam as primeiras
expansões e levam o negócio a novos patamares no mercado. O foco são
empresas inovadoras, em setores como os de biotecnologia e tecnologia. A
seleção também passa pelas etapas de avaliação, apresentação ao comitê de
investidores e negociação.
Private equity: as empresas que recebem os investimentos desta
modalidade já estão consolidadas e possuem faturamento na casa das dezenas ou
2. centenas de milhões de reais. O objetivo dos recursos é de dar um impulso
financeiro à companhia para que ela se prepare para abrir capital na bolsa de
valores. Empresas de capital aberto também podem receber os recursos dos
private equity. Neste caso, o capital é destinado a alterações financeiras,
operacionais ou estratégicas, visando a um novo posicionamento no mercado
aberto
Negociações no mercado das instituições de ensino
ANO Aquisição Investidor VALOR R$
2005 Anhenbi-Morumbi Grupo Laureate 165.000.000,00
Um investimento que passou mais da metade do PIB de São Paulo naquele ano.
Investimentos do GUPO IFC
ANO Aquisição Investidor Valor R$
2006 Anhanguera Educacional (70%) IFC 12.000.000,00
2006 Faculdade Latino Americana IFC/Anhanguera 29.400.000,00
2006 Fac. Integradas Jacareí e Mª Augusta IFC/Anhanguera 3.715.000,00
2007 Centro Hispânico Brasileiro IFC/Anhanguera 15.970.000,00
2007 FAFEB IFC/Anhanguera 6.500.000,00
2007 FIZO IFC/Anhanguera 18.200.000,00
2007 Noiva do Mar e Atlântico Sul IFC/Anhanguera 16.840.000,00
2007 UNIDERP e outras cinco instituições IFC/Anhanguera 246.800.000,00
2007 UniA IFC/Anhanguera 59.900.000,00
2008 Educar/IESVILLE/IESVILLE(FATI)
FATESC/ISEC/FATEJ/INTESC
IFC/Anhanguera 30.000.000,00
2008 FARPLAN IFC/Anhanguera 10.300.000,00
2008 FACNET IFC/Anhanguera 20.500.000,00
2008 FABRAI IFC/Anhanguera 10.400.000,00
2008 FAENAC IFC/anhanguera 34.000.000,00
2008 FRIS IFC/Anhanguera 3.500.000,00
2008 CESUR IFC/Anhanguera 13.700.000,00
2008 FASERT-SP IFC/Anhanguera 2.600.000,00
2008 SBCEC IFC/Anhanguera 31.300.000,00
2008 Fac. Santa Terezinha IFC/Anhanguera 5.300.000,00
2008 Instituições de Taboão da Serra IFC/Anhanguera 71.750.000,00
2008 Microlins (30%) IFC/Anhanguera 25.500.000,00
2008 Rede Luiz Flavio Gomes IFC/Anhanguera 180.000.000,00
2008 Criação de uma nova instituição IFC/anhanguera 1.500.000,00
Total Investimentos da IFC/Anhanguera 849.675.000,00
Anhanguera Educacional teve suas ações colocadas na Bolsa de Valores em
fevereiro de 2007.
3. Investimentos da Estácio de Sá
ANO Aquisição Valor
2007 IREP 55.700.000,00
2008 FINTEC 6.300.000,00
2008 EUROPAN 8.352.000,00
2008 Faculdade de Brasília 2.235.000,00
2008 UNICEM 4.300.000,00
Total Investimentos da Estácio de Sá 76.887.000,00
Aquisições da Kroton
ANO INSTITUIÇÃO ADQUIRIDA VALOR
2007 FADON (80%) 7.164.000,00
2007 UCES 2.000.000,00
2007 Instituto Japi – Jundiaí 5.200.000,00
2008 Faculdades Int. Padre Anchieta 4.600.000,00
2008 UNIMINAS 22.000.00,00
2008 SUESC 31.500.000,00
2008 UNILINHARES 15.000.000,00
Total Investimentos da Kroton 87.464.000,00
Desta forma nota-se claramente que o investimento é o que mais importa, que
o ensino é um mero instrumento ou uma ferramenta para alavancar o lucro e tornar
o mercado sempre aquecido, de forma que quem acaba pagando por tudo isso, é a
sociedade que absorve de maneira assídua tudo o que sai dessas transações.
Investimentos da Estácio de Sá;
VPL = PGTO (1+0,06)N
– 1 - I
(1+0,06)N
* i
TMA de 6% no período de 5 anos:
PGTO = 0,338225577 - 76.887
0,080293534
PGTO = 4.212363813 - 76.887
76.887 = 4.212363813
PGTO = R$ 18.252.696,92
TMA de 6% no período de 10 anos:
PGTO = 0,790847696 - 76.887
0,107450861
PAGTO = 7.360087101 - 76.887
76.887 = 7.360087101
PGTO = R$ 10.446.479,63
4. FACULDADE DE TECNOLOGIA (FATEC) MOCOCA - SP
Aluno:
Sidnei Antonio Quintino
Analise e Investimentos
Prof. Darlan Delgado
MOCOCA - SP
2013
TECNOLOGIA EM GESTÃO EMPRESARIAL (Processos Gerenciais)