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Autores
Adriana Gledys Zink – Zink Pinho Odontologia – zinkpinho@yahoo.com.br
Adriana Moral – Centro LUMI – adriana@centrolumi.com.br
Estela Hosoe Shimabukuro – Centro LUMI – estela@centrolumi.com.br
Eder Cassola Molina – IAG-USP – eder.molina@iag.usp.br
Ilustrador
Filipe Pessoa de Andrade - fandradec3@gmail.com
Diagramação
Gabriel Jardim de Souza – ECA-USP – gabriel.jardim.souza@usp.br
Imagens
Capa – Montagem de arte por Freepik e ilustração de Filipe Pessoa de Andrade
Demais imagens – Ilustração por Filipe Pessoa de Andrade
Agradecimentos ao IAG-USP, que forneceu a estrutura para o desenvolvimento
deste projeto, e a Luciana Hiromi Yamada da Silveira e Moacir Lopes de
Macedo pelo inestimável suporte técnico e administrativo.
EstematerialédedicadoaoEnzo,acriançaautistamaisfascinantedesteplaneta. ☺
Projeto contemplado no 3º EDITAL SANTANDER/USP/FUSP de Direitos
Fundamentais e Políticas Públicas - 2017
Apoio
HIGIENE BUCAL PARA PESSOAS COM TEA
A higiene bucal precisa fazer parte da rotina diária da pessoa
com Transtorno do Espectro Autista (TEA), caso contrário ela
poderá ter cárie e dor. A dor desorganiza a pessoa com TEA e pode
torná-la agressiva ou autoagressiva, e o descontrole pode levar ao
aumento do uso de medicações. Pessoas no espectro autista
normalmente têm muita dificuldade em lidar com a higiene bucal,
e seus cuidadores muitas vezes não possuem indicações objetivas
para como agir nestas situações. Pensando nisso, foi criado este
material para auxiliar tanto os pais quanto os demais profissionais
envolvidos no cuidado com estas pessoas.
Como escolher a escova ideal
Sãomuitasasmarcasdisponíveisnomercadoeospaispodemter
dificuldades na escolha da escova adequada. O ideal é uma escova
com cerdas macias ou extra macias e com a cabeça pequena. Muitas
pessoas com TEA tem alterações sensoriais tão significativas que o
tamanho da escova pode causar um desconforto muito grande e
realmente ser impossível realizar a higiene bucal. Recomenda-se
que se inicie com a escova de menor cabeça que se encontrar e aos
poucos vá se aumentando o tamanho da escova, independente da
idade que seja a recomendada pelo fabricante.
Quanto ao comprimento do cabo, indica-se uma escova de
cabo longo quando a higiene bucal não é realizada pela própria
pessoa com TEA, assim a mão do(a) executor(a) se mantêm mais
distante do rosto da pessoa e diminui o desconforto do contato.
Quando a pessoa realiza a higiene bucal sozinha, pode usar uma
escova indicada à sua idade, ou seja, cabo curto para crianças e
longo para adultos, pois, ao segurar o cabo da escova de pediatria,
a mão do adulto ocupa quase toda a escova e sua proximidade
com o rosto da pessoa é muito grande, causando desconforto. Um
cabo longo aumenta a distância da mão até a boca e melhora
muito a aceitação.
3
4
Como escolher o dentifrício ideal
O dentifrício ideal é aquele que contêm flúor em sua formulação,
para prevenção da doença cárie, desde a erupção do 1º dente.
Muitos pais questionam que seus filhos não sabem cuspir e podem
ingerir o creme dental, mas a indicação é uma quantidade pequena
de creme para a boca toda. Indica-se um dentifrício convencional
sem sabor atraente (uva, morango, etc.), pois desta forma a criança
acaba cuspindo o dentifrício com maior facilidade.
Preciso abrir a boca!
Algumas pessoas com TEA têm dificuldade de abrir a boca para a
realização da higiene bucal ou mesmo de manter a boca aberta para
que a ação seja realizada. Indica-se a contagem de tempo dividindo
em setores para que se dê previsibilidade à ação e diminua a
ansiedade. Pode-se dividir a boca em 4 quadrantes e realizar a
contagem em um quadrante por vez. A cada quadrante realizado
pode-seoferecerumreforçopositivo,poisemmuitoscasosoreforço
social funciona muito bem.
Alguns vídeos podem ser utilizados para ajudar nesta ação, como
por exemplo, “Dino na dentista”, onde se faz um treino de boca
aberta e boca fechada com uso de reforço positivo social. Funciona
muito bem para as crianças! O vídeo pode ser acessado pelo link:
https://youtu.be/mxeOEm-GIgY.
A criança pode assistir ao vídeo para aprender o tempo de ficar
com a boca aberta e fechada, e nessa mesma atividade é possível
incluir a escovação. O uso do reforço positivo social, quando as
crianças são parabenizadas por seus acertos, além de estimular a
repetição da ação, é muito empolgante. Essa atividade deve
antecipar a ação real. Assistir ao vídeo também diminui a ansiedade
das crianças por dar previsibilidade à atividades.
5
Objeto concreto para treinar a atividade
"boca aberta – boca fechada"
Algumas crianças no espectro autista têm um nível de
aprendizagem “mais inicial” e às vezes têm dificuldade de entender
figuras e fotos, sendo necessário o uso de um objeto concreto para
queelascompreendamaaçãoproposta.Muitaspodemverumafoto
com uma boca aberta e não entender que precisam abrir a boca.
Pode-se usar fantoches para ensinar sobre “boca aberta” e
“boca fechada”, e fazer treinos antes de escovar os dentes. Alguns
brinquedos podem auxiliar nesse
processo, e mesmo o personagem
preferido da criança pode ser
adaptado.Aescovaçãopodeacontecer
primeiramente no fantoche, e depois
na criança, até que a atividade faça
parte da rotina. Inúmeras repetições
serão necessárias para a aquisição
dessa nova habilidade, que é a
escovaçãodosdentes.
6
O treino de “boca aberta”
e “boca fechada” deve ser
iniciado em casa para
facilitar o posicionamento
e o comportamento no
consultório odontológico.
Utilizar os brinquedos da
criança nesta tarefa pode
ajudar muito neste treino, e
viabilizar uma experiência
tranquila quando for ne-
cessário comparecer a um
consultório.
Como ensinar uma pessoa no espectro autista a
escovar os dentes?
Devemos primeiro respeitar a individualidade de cada um; a mãe
deve precocemente iniciar a manipulação oral da criança para um
processo de dessensibilização. A criança no espectro autista
apresenta algumas alterações sensoriais que dificultam tarefas
simples como a higiene bucal. Se a mãe iniciar esse aprendizado
logo cedo, com certeza irá minimizar problemas futuros como cárie
e doença periodontal. Mesmo assim, nunca é tarde para começar
essa atividade, mesmo que a criança ou jovem já esteja numa idade
mais avançada.
A visita ao cirurgião-dentista precisa ser no mínimo semestral e
deve-se realizar a higiene bucal pelo menos 3 vezes ao dia. Se os
cuidadores têm dificuldade no processo, devem procurar um
Especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades
Especiais, que é a área da Odontologia especializada nas
necessidades desse público.
7
O uso de material estruturado pode auxiliar no processo de
higiene bucal para pessoas com TEA. Propõe-se que a sequência de
imagens apresentada neste material seja impressa para que a
criança possa acompanhar os desenhos e orientar a ação. Pode-se
fazer a agenda visual com fotos da própria criança, caso seja
possível. O ideal é plastificar as imagens para aumentar a
durabilidade do produto.
Como a atividade proposta é escovar os dentes, sugerimos que o
processosejarealizadoemambienteapropriado,comoporexemplo
o banheiro ou área de escovação, e sempre em frente a um espelho.
Esquematicamente, a sequência deve seguir a numeração das
imagens apresentada abaixo, lembrando que o processo foi
desenhado para ser seguido sempre da esquerda para a direita.
Pasta na
escova
Escovar
lado
esquerdo
Escovar
frente
Escovar
lado
direito
Bochecho
ecuspir
Finalização
1 2 3 4 5 6
8
A seguir, serão detalhadas as imagens do processo e ressaltada
a importância de cada etapa. Toda atividade merece um reforço
social, como um elogio, para facilitar que se repita.
Normalmente, até a pessoa com TEA adquirir coordenação
motora fina, será preciso oferecer apoio para a realização da
higiene bucal correta. Aos poucos a necessidade do apoio pode ir
diminuindo e a pessoa pode conquistar independência para
atividade.
9
FIGURA 1
Nesta imagem o menino representando a criança com TEA coloca
odentifrícionaescovadental.Oidealéqueacriançafaçaessetreino
mesmo que não tenha coordenação motora fina para a correta
higiene bucal. Deseja-se que a criança aprenda o processo.
Indica-se um dentifrício com flúor, para prevenção de cárie. A
quantidade a ser utilizada é equivalente a um grão de ervilha para
a escovação da boca toda.
A figura 1 deve ficar sempre à esquerda, indicando o início da
atividade.
ATIVIDADE
SUPERVISIONADA
POR UM ADULTO
Colocar dentifrício na escova
10
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8, 9, 10!
MUITO BOM!
ESCOVAR O LADO ESQUERDO
FIGURA 2
A figura 2 é fixada após a figura 1 e mostra o menino com a escova
do lado ESQUERDO. As atividades são sempre iniciadas do lado
esquerdo e terminadas do lado direito. São indicados movimentos
rotacionais com as cerdas da escova inclinadas em relação ao dente
da criança. Os movimentos circulares podem ser acompanhados de
contagem numérica, muito apreciadas por pessoas com TEA.
A cada sequência, deve-se contar junto com a criança até 10, em
voz alta:
“-1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10”, e em seguida usar o reforço social:
“– MUITO BOM!”
Isso ajuda a repetição da ação.
11
FIGURA 3
Mostra o menino escovando os dentes da frente, tanto superiores
quanto inferiores.
MOVIMENTOS
CIRCULARES
- “bolinha, bolinha,
bolinha” e
contagem de 1 a 10
ESCOVAR A PARTE DA FRENTE
FIGURA 4
Escovar o lado DIREITO. São indicados movimentos rotacionais
com as cerdas da escova inclinadas em relação ao dente da criança.
Os movimentos circulares podem ser acompanhados de contagem
numérica, junto com a criança, de 1 até 10, em voz alta.
12
ESCOVAR O LADO DIREITO
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8, 9, 10!
MUITO BOM!
13
FIGURA 5
Fazer bochecho e cuspir. Muitas crianças não sabem fazer
bochecho nem mesmo cuspir, e precisam de um treino diário para
conquistar essa ação. A importância do cuspir é fundamental para
eliminar o excesso do dentifrício fluoretado, que não deve ser
ingerido. Essa ação pode ser treinada diariamente até que a criança
a conclua com êxito.
FAZER BOCHECHO E CUSPIR
14
TERMINOU A ATIVIDADE
FIGURA 6
A criança precisa de uma representação de que a atividade está
finalizada. Indica-se que seja colocado ao lado DIREITO um copo
para guardar a escova e o dentifrício, sinalizando o término da
atividade.
A higiene bucal precisa estar inserida nas atividades diárias da
pessoa.
Algumas pessoas com TEA precisarão de apoio para sempre, mas
mesmo assim devem passar pelo treino de escovação. Não se pode
afirmar até qual momento existe o aprendizado, então deve-se
ensinar sempre.
Recorte no tracejado
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
TEA
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
TEA
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
TEA
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
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TEA
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PESSOAS
COM
TEA
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PESSOAS
COM
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Recorte no tracejado
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
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HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
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TEA
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
TEA
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
TEA
HIGIENEBUCALPARA
PESSOAS
COM
TEA
AGRADECIMENTOS
http://www.centrolumi.com.br/
Este informativo, e diversos outros materiais a respeito de
TEA, podem ser encontrados na forma digital no endereço:
www.iag.usp.br/~eder/AUTISMO
https://pt-br.facebook.com/zinkpinhoodontologia/
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012 (Lei Berenice Piana) - institui
a ‘Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno
do Espectro Autista’ e estabelece diretrizes para sua consecução,
assegurando às pessoas com autismo os mesmos benefícios legais das
pessoas com deficiência, que incluem desde a reserva de vagas em
empresas com mais de cemfuncionários,até o atendimentopreferencial
em bancos e repartições públicas, alterando o § 3º do art. 98 da Lei
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
EMENTA: Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990.
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12764-27-dezembro-
2012-774838-publicacaooriginal-138466-pl.html
DECRETO Nº 8.368, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2014
Regulamenta a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui
a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno
do Espectro Autista.
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2014/decreto-8368-2-
dezembro-2014-779648-publicacaooriginal-145511-pe.html
Pessoas no espectro autista normalmente têm muita
dificuldade em lidar com a higiene bucal, e seus
cuidadores muitas vezes não possuem indicações
objetivas de como agir nesta situação. Este material foi
criado para auxiliar tanto os pais quanto os demais
profissionais envolvidos no cuidado com estas pessoas.

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  • 2. Autores Adriana Gledys Zink – Zink Pinho Odontologia – zinkpinho@yahoo.com.br Adriana Moral – Centro LUMI – adriana@centrolumi.com.br Estela Hosoe Shimabukuro – Centro LUMI – estela@centrolumi.com.br Eder Cassola Molina – IAG-USP – eder.molina@iag.usp.br Ilustrador Filipe Pessoa de Andrade - fandradec3@gmail.com Diagramação Gabriel Jardim de Souza – ECA-USP – gabriel.jardim.souza@usp.br Imagens Capa – Montagem de arte por Freepik e ilustração de Filipe Pessoa de Andrade Demais imagens – Ilustração por Filipe Pessoa de Andrade Agradecimentos ao IAG-USP, que forneceu a estrutura para o desenvolvimento deste projeto, e a Luciana Hiromi Yamada da Silveira e Moacir Lopes de Macedo pelo inestimável suporte técnico e administrativo. EstematerialédedicadoaoEnzo,acriançaautistamaisfascinantedesteplaneta. ☺ Projeto contemplado no 3º EDITAL SANTANDER/USP/FUSP de Direitos Fundamentais e Políticas Públicas - 2017 Apoio
  • 3. HIGIENE BUCAL PARA PESSOAS COM TEA A higiene bucal precisa fazer parte da rotina diária da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), caso contrário ela poderá ter cárie e dor. A dor desorganiza a pessoa com TEA e pode torná-la agressiva ou autoagressiva, e o descontrole pode levar ao aumento do uso de medicações. Pessoas no espectro autista normalmente têm muita dificuldade em lidar com a higiene bucal, e seus cuidadores muitas vezes não possuem indicações objetivas para como agir nestas situações. Pensando nisso, foi criado este material para auxiliar tanto os pais quanto os demais profissionais envolvidos no cuidado com estas pessoas. Como escolher a escova ideal Sãomuitasasmarcasdisponíveisnomercadoeospaispodemter dificuldades na escolha da escova adequada. O ideal é uma escova com cerdas macias ou extra macias e com a cabeça pequena. Muitas pessoas com TEA tem alterações sensoriais tão significativas que o tamanho da escova pode causar um desconforto muito grande e realmente ser impossível realizar a higiene bucal. Recomenda-se que se inicie com a escova de menor cabeça que se encontrar e aos poucos vá se aumentando o tamanho da escova, independente da idade que seja a recomendada pelo fabricante. Quanto ao comprimento do cabo, indica-se uma escova de cabo longo quando a higiene bucal não é realizada pela própria pessoa com TEA, assim a mão do(a) executor(a) se mantêm mais distante do rosto da pessoa e diminui o desconforto do contato. Quando a pessoa realiza a higiene bucal sozinha, pode usar uma escova indicada à sua idade, ou seja, cabo curto para crianças e longo para adultos, pois, ao segurar o cabo da escova de pediatria, a mão do adulto ocupa quase toda a escova e sua proximidade com o rosto da pessoa é muito grande, causando desconforto. Um cabo longo aumenta a distância da mão até a boca e melhora muito a aceitação. 3
  • 4. 4 Como escolher o dentifrício ideal O dentifrício ideal é aquele que contêm flúor em sua formulação, para prevenção da doença cárie, desde a erupção do 1º dente. Muitos pais questionam que seus filhos não sabem cuspir e podem ingerir o creme dental, mas a indicação é uma quantidade pequena de creme para a boca toda. Indica-se um dentifrício convencional sem sabor atraente (uva, morango, etc.), pois desta forma a criança acaba cuspindo o dentifrício com maior facilidade. Preciso abrir a boca! Algumas pessoas com TEA têm dificuldade de abrir a boca para a realização da higiene bucal ou mesmo de manter a boca aberta para que a ação seja realizada. Indica-se a contagem de tempo dividindo em setores para que se dê previsibilidade à ação e diminua a ansiedade. Pode-se dividir a boca em 4 quadrantes e realizar a contagem em um quadrante por vez. A cada quadrante realizado pode-seoferecerumreforçopositivo,poisemmuitoscasosoreforço social funciona muito bem. Alguns vídeos podem ser utilizados para ajudar nesta ação, como por exemplo, “Dino na dentista”, onde se faz um treino de boca aberta e boca fechada com uso de reforço positivo social. Funciona muito bem para as crianças! O vídeo pode ser acessado pelo link: https://youtu.be/mxeOEm-GIgY. A criança pode assistir ao vídeo para aprender o tempo de ficar com a boca aberta e fechada, e nessa mesma atividade é possível incluir a escovação. O uso do reforço positivo social, quando as crianças são parabenizadas por seus acertos, além de estimular a repetição da ação, é muito empolgante. Essa atividade deve antecipar a ação real. Assistir ao vídeo também diminui a ansiedade das crianças por dar previsibilidade à atividades.
  • 5. 5 Objeto concreto para treinar a atividade "boca aberta – boca fechada" Algumas crianças no espectro autista têm um nível de aprendizagem “mais inicial” e às vezes têm dificuldade de entender figuras e fotos, sendo necessário o uso de um objeto concreto para queelascompreendamaaçãoproposta.Muitaspodemverumafoto com uma boca aberta e não entender que precisam abrir a boca. Pode-se usar fantoches para ensinar sobre “boca aberta” e “boca fechada”, e fazer treinos antes de escovar os dentes. Alguns brinquedos podem auxiliar nesse processo, e mesmo o personagem preferido da criança pode ser adaptado.Aescovaçãopodeacontecer primeiramente no fantoche, e depois na criança, até que a atividade faça parte da rotina. Inúmeras repetições serão necessárias para a aquisição dessa nova habilidade, que é a escovaçãodosdentes.
  • 6. 6 O treino de “boca aberta” e “boca fechada” deve ser iniciado em casa para facilitar o posicionamento e o comportamento no consultório odontológico. Utilizar os brinquedos da criança nesta tarefa pode ajudar muito neste treino, e viabilizar uma experiência tranquila quando for ne- cessário comparecer a um consultório. Como ensinar uma pessoa no espectro autista a escovar os dentes? Devemos primeiro respeitar a individualidade de cada um; a mãe deve precocemente iniciar a manipulação oral da criança para um processo de dessensibilização. A criança no espectro autista apresenta algumas alterações sensoriais que dificultam tarefas simples como a higiene bucal. Se a mãe iniciar esse aprendizado logo cedo, com certeza irá minimizar problemas futuros como cárie e doença periodontal. Mesmo assim, nunca é tarde para começar essa atividade, mesmo que a criança ou jovem já esteja numa idade mais avançada. A visita ao cirurgião-dentista precisa ser no mínimo semestral e deve-se realizar a higiene bucal pelo menos 3 vezes ao dia. Se os cuidadores têm dificuldade no processo, devem procurar um Especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, que é a área da Odontologia especializada nas necessidades desse público.
  • 7. 7 O uso de material estruturado pode auxiliar no processo de higiene bucal para pessoas com TEA. Propõe-se que a sequência de imagens apresentada neste material seja impressa para que a criança possa acompanhar os desenhos e orientar a ação. Pode-se fazer a agenda visual com fotos da própria criança, caso seja possível. O ideal é plastificar as imagens para aumentar a durabilidade do produto. Como a atividade proposta é escovar os dentes, sugerimos que o processosejarealizadoemambienteapropriado,comoporexemplo o banheiro ou área de escovação, e sempre em frente a um espelho. Esquematicamente, a sequência deve seguir a numeração das imagens apresentada abaixo, lembrando que o processo foi desenhado para ser seguido sempre da esquerda para a direita. Pasta na escova Escovar lado esquerdo Escovar frente Escovar lado direito Bochecho ecuspir Finalização 1 2 3 4 5 6
  • 8. 8 A seguir, serão detalhadas as imagens do processo e ressaltada a importância de cada etapa. Toda atividade merece um reforço social, como um elogio, para facilitar que se repita. Normalmente, até a pessoa com TEA adquirir coordenação motora fina, será preciso oferecer apoio para a realização da higiene bucal correta. Aos poucos a necessidade do apoio pode ir diminuindo e a pessoa pode conquistar independência para atividade.
  • 9. 9 FIGURA 1 Nesta imagem o menino representando a criança com TEA coloca odentifrícionaescovadental.Oidealéqueacriançafaçaessetreino mesmo que não tenha coordenação motora fina para a correta higiene bucal. Deseja-se que a criança aprenda o processo. Indica-se um dentifrício com flúor, para prevenção de cárie. A quantidade a ser utilizada é equivalente a um grão de ervilha para a escovação da boca toda. A figura 1 deve ficar sempre à esquerda, indicando o início da atividade. ATIVIDADE SUPERVISIONADA POR UM ADULTO Colocar dentifrício na escova
  • 10. 10 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10! MUITO BOM! ESCOVAR O LADO ESQUERDO FIGURA 2 A figura 2 é fixada após a figura 1 e mostra o menino com a escova do lado ESQUERDO. As atividades são sempre iniciadas do lado esquerdo e terminadas do lado direito. São indicados movimentos rotacionais com as cerdas da escova inclinadas em relação ao dente da criança. Os movimentos circulares podem ser acompanhados de contagem numérica, muito apreciadas por pessoas com TEA. A cada sequência, deve-se contar junto com a criança até 10, em voz alta: “-1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10”, e em seguida usar o reforço social: “– MUITO BOM!” Isso ajuda a repetição da ação.
  • 11. 11 FIGURA 3 Mostra o menino escovando os dentes da frente, tanto superiores quanto inferiores. MOVIMENTOS CIRCULARES - “bolinha, bolinha, bolinha” e contagem de 1 a 10 ESCOVAR A PARTE DA FRENTE
  • 12. FIGURA 4 Escovar o lado DIREITO. São indicados movimentos rotacionais com as cerdas da escova inclinadas em relação ao dente da criança. Os movimentos circulares podem ser acompanhados de contagem numérica, junto com a criança, de 1 até 10, em voz alta. 12 ESCOVAR O LADO DIREITO 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10! MUITO BOM!
  • 13. 13 FIGURA 5 Fazer bochecho e cuspir. Muitas crianças não sabem fazer bochecho nem mesmo cuspir, e precisam de um treino diário para conquistar essa ação. A importância do cuspir é fundamental para eliminar o excesso do dentifrício fluoretado, que não deve ser ingerido. Essa ação pode ser treinada diariamente até que a criança a conclua com êxito. FAZER BOCHECHO E CUSPIR
  • 14. 14 TERMINOU A ATIVIDADE FIGURA 6 A criança precisa de uma representação de que a atividade está finalizada. Indica-se que seja colocado ao lado DIREITO um copo para guardar a escova e o dentifrício, sinalizando o término da atividade. A higiene bucal precisa estar inserida nas atividades diárias da pessoa. Algumas pessoas com TEA precisarão de apoio para sempre, mas mesmo assim devem passar pelo treino de escovação. Não se pode afirmar até qual momento existe o aprendizado, então deve-se ensinar sempre.
  • 19. AGRADECIMENTOS http://www.centrolumi.com.br/ Este informativo, e diversos outros materiais a respeito de TEA, podem ser encontrados na forma digital no endereço: www.iag.usp.br/~eder/AUTISMO https://pt-br.facebook.com/zinkpinhoodontologia/ INFORMAÇÕES IMPORTANTES LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012 (Lei Berenice Piana) - institui a ‘Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista’ e estabelece diretrizes para sua consecução, assegurando às pessoas com autismo os mesmos benefícios legais das pessoas com deficiência, que incluem desde a reserva de vagas em empresas com mais de cemfuncionários,até o atendimentopreferencial em bancos e repartições públicas, alterando o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. EMENTA: Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12764-27-dezembro- 2012-774838-publicacaooriginal-138466-pl.html DECRETO Nº 8.368, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2014 Regulamenta a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2014/decreto-8368-2- dezembro-2014-779648-publicacaooriginal-145511-pe.html
  • 20. Pessoas no espectro autista normalmente têm muita dificuldade em lidar com a higiene bucal, e seus cuidadores muitas vezes não possuem indicações objetivas de como agir nesta situação. Este material foi criado para auxiliar tanto os pais quanto os demais profissionais envolvidos no cuidado com estas pessoas.