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Semicondutores do tipo
P e tipo N
Trabalho elaborado por:
Samuel Monteiro
10ºE Nº14
Estrutura cristalina dos semicondutores
 Quando os átomos se unem para formarem as moléculas de uma substância, a
distribuição e disposição desses átomos pode ser ordenada e organizada e
designa-se por estrutura cristalina.
 O Germânio e o Silício possuem uma estrutura cristalina cúbica como é
mostrado na seguinte figura.
Átomo de silício
Estrutura cristalina dos semicondutores
 Na prática, a estrutura cristalina ilustrada na figura só é conseguida quando o
cristal de silício é submetido à temperatura de zero graus absolutos (ou -
273ºC). Nessa temperatura, todas as ligações covalentes estão completas os
átomos têm oito electrões de valência o que faz com que o átomo tenha
estabilidade química e molecular, logo não há electrões livres e,
consequentemente o material comporta-se como um isolante
Ligação Covalente
 Nessa estrutura cristalina, cada átomo (representado por Si) une-se a outros
quatro átomos vizinhos, por meio de ligações covalentes, e cada um dos
quatro electrões de valência de um átomo é compartilhado com um electrão
do átomo vizinho, de modo que dois átomos adjacentes compartilham os dois
electrões.
Semicondutores do tipo P
 A introdução de átomos trivalentes (como o Índio) num semicondutor puro
(intrínseco) faz com que apareçam lacunas livres no seu interior. Como esses
átomos recebem (ou aceitam) electrões eles são denominados impurezas
aceitadoras ou átomos aceitadores. Todo o cristal puro de Silício ou
Germânio, dopado com impurezas aceitadoras é designado por semicondutor
do tipo P (P de positivo, referindo-se à falta da carga negativa do electrão).
Semicondutores do tipo N
 A introdução de átomos pentavalentes (como o Arsénio) num semicondutor
puro (intrínseco) faz com que apareçam electrões livres no seu interior. Como
esses átomos fornecem (doam) electrões ao cristal semicondutor eles
recebem o nome de impurezas dadoras ou átomos dadores. Todo o cristal de
Silício ou Germânio, dopado com impurezas dadoras é designado por
semicondutor do tipo N (N de negativo, referindo-se à carga do electrão).
Electrão
livre do
Arsénio
Semicondutor intrínseco
 Um semicondutor intrínseco é um semicondutor no estado puro. À
temperatura de zero graus absolutos (-273ºC) comporta-se como um isolante,
mas à temperatura ambiente (20ºC) já se torna um condutor porque o calor
fornece a energia térmica necessária para que alguns dos electrões de
valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma lacuna)
passando a existir alguns electrões livres no semicondutor.
Semicondutor extrínseco
 Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares electrão-lacuna
livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é através da energia
térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em fazer com que um feixe de
luz incida sobre o material semicondutor.
 Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que o
número de electrões livres seja bem superior ao número de lacunas, ou de um
cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao número de electrões
livres. Isto é conseguido tomando-se um cristal semicondutor puro (intrínseco)
e adicionando-se a ele (dopagem), por meio de técnicas especiais, uma
determinada quantidade de outros tipos de átomos, aos quais chamamos de
impurezas.
 Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco) este
passa a denominar-se por semicondutor extrínseco.
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Semicondutor extrínseco
Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares electrão-
lacuna livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é
através da energia térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em
fazer com que um feixe de luz incida sobre o material semicondutor.
Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que
o número de electrões livres seja bem superior ao número de lacunas,
ou de um cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao
número de electrões livres. Isto é conseguido tomando-se um cristal
semicondutor puro (intrínseco) e adicionando-se a ele (dopagem), por
meio de técnicas especiais, uma determinada quantidade de outros
tipos de átomos, aos quais chamamos de impurezas.
Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro
(intrínseco) este passa a denominar-se por semicondutor extrínseco.
Processo de dopagem
 Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco), este
passa a ser um semicondutor extrínseco.
 As impurezas usadas na dopagem de um semicondutor intrínseco podem ser
de dois tipos: impurezas ou átomos dadores e impurezas ou átomos
aceitadores.
 Átomos dadores têm cinco electrões de valência (são pentavalentes): Arsénio
(AS), Fósforo (P) ou Antimónio (Sb).
 Átomos aceitadores têm três electrões de valência (são trivalentes): Índio
(In), Gálio (Ga), Boro (B) ou Alumínio (Al).
Movimento dos electrões e das lacunas
nos semicondutores do tipo N
 Num cristal semicondutor tipo N o fluxo de electrões será muito mais intenso (sete
larga) que o fluxo de lacunas (sete estreita) porque o número de electrões livres
(portadores maioritários) é muito maior que o número de lacunas (portadores
minoritários).
 A lacuna comporta-se como se fosse uma partícula semelhante ao electrão, porém com
carga eléctrica positiva. Isto significa que, quando o semicondutor é submetido a uma
diferença de potencial, a lacuna pode mover-se do mesmo modo que o electrão, mas
em sentido contrário, uma vez que possui carga eléctrica contrária. Enquanto os
electrões livres se deslocam em direcção ao pólo positivo do gerador, as lacunas
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Semicondutores do tipo p e tipo n

  • 1. Semicondutores do tipo P e tipo N Trabalho elaborado por: Samuel Monteiro 10ºE Nº14
  • 2. Estrutura cristalina dos semicondutores  Quando os átomos se unem para formarem as moléculas de uma substância, a distribuição e disposição desses átomos pode ser ordenada e organizada e designa-se por estrutura cristalina.  O Germânio e o Silício possuem uma estrutura cristalina cúbica como é mostrado na seguinte figura. Átomo de silício
  • 3. Estrutura cristalina dos semicondutores  Na prática, a estrutura cristalina ilustrada na figura só é conseguida quando o cristal de silício é submetido à temperatura de zero graus absolutos (ou - 273ºC). Nessa temperatura, todas as ligações covalentes estão completas os átomos têm oito electrões de valência o que faz com que o átomo tenha estabilidade química e molecular, logo não há electrões livres e, consequentemente o material comporta-se como um isolante
  • 4. Ligação Covalente  Nessa estrutura cristalina, cada átomo (representado por Si) une-se a outros quatro átomos vizinhos, por meio de ligações covalentes, e cada um dos quatro electrões de valência de um átomo é compartilhado com um electrão do átomo vizinho, de modo que dois átomos adjacentes compartilham os dois electrões.
  • 5. Semicondutores do tipo P  A introdução de átomos trivalentes (como o Índio) num semicondutor puro (intrínseco) faz com que apareçam lacunas livres no seu interior. Como esses átomos recebem (ou aceitam) electrões eles são denominados impurezas aceitadoras ou átomos aceitadores. Todo o cristal puro de Silício ou Germânio, dopado com impurezas aceitadoras é designado por semicondutor do tipo P (P de positivo, referindo-se à falta da carga negativa do electrão).
  • 6. Semicondutores do tipo N  A introdução de átomos pentavalentes (como o Arsénio) num semicondutor puro (intrínseco) faz com que apareçam electrões livres no seu interior. Como esses átomos fornecem (doam) electrões ao cristal semicondutor eles recebem o nome de impurezas dadoras ou átomos dadores. Todo o cristal de Silício ou Germânio, dopado com impurezas dadoras é designado por semicondutor do tipo N (N de negativo, referindo-se à carga do electrão). Electrão livre do Arsénio
  • 7. Semicondutor intrínseco  Um semicondutor intrínseco é um semicondutor no estado puro. À temperatura de zero graus absolutos (-273ºC) comporta-se como um isolante, mas à temperatura ambiente (20ºC) já se torna um condutor porque o calor fornece a energia térmica necessária para que alguns dos electrões de valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma lacuna) passando a existir alguns electrões livres no semicondutor.
  • 8. Semicondutor extrínseco  Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares electrão-lacuna livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é através da energia térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em fazer com que um feixe de luz incida sobre o material semicondutor.  Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que o número de electrões livres seja bem superior ao número de lacunas, ou de um cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao número de electrões livres. Isto é conseguido tomando-se um cristal semicondutor puro (intrínseco) e adicionando-se a ele (dopagem), por meio de técnicas especiais, uma determinada quantidade de outros tipos de átomos, aos quais chamamos de impurezas.  Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco) este passa a denominar-se por semicondutor extrínseco.
  • 9. 9 Semicondutor extrínseco Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares electrão- lacuna livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é através da energia térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em fazer com que um feixe de luz incida sobre o material semicondutor. Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que o número de electrões livres seja bem superior ao número de lacunas, ou de um cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao número de electrões livres. Isto é conseguido tomando-se um cristal semicondutor puro (intrínseco) e adicionando-se a ele (dopagem), por meio de técnicas especiais, uma determinada quantidade de outros tipos de átomos, aos quais chamamos de impurezas. Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco) este passa a denominar-se por semicondutor extrínseco.
  • 10. Processo de dopagem  Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco), este passa a ser um semicondutor extrínseco.  As impurezas usadas na dopagem de um semicondutor intrínseco podem ser de dois tipos: impurezas ou átomos dadores e impurezas ou átomos aceitadores.  Átomos dadores têm cinco electrões de valência (são pentavalentes): Arsénio (AS), Fósforo (P) ou Antimónio (Sb).  Átomos aceitadores têm três electrões de valência (são trivalentes): Índio (In), Gálio (Ga), Boro (B) ou Alumínio (Al).
  • 11. Movimento dos electrões e das lacunas nos semicondutores do tipo N  Num cristal semicondutor tipo N o fluxo de electrões será muito mais intenso (sete larga) que o fluxo de lacunas (sete estreita) porque o número de electrões livres (portadores maioritários) é muito maior que o número de lacunas (portadores minoritários).  A lacuna comporta-se como se fosse uma partícula semelhante ao electrão, porém com carga eléctrica positiva. Isto significa que, quando o semicondutor é submetido a uma diferença de potencial, a lacuna pode mover-se do mesmo modo que o electrão, mas em sentido contrário, uma vez que possui carga eléctrica contrária. Enquanto os electrões livres se deslocam em direcção ao pólo positivo do gerador, as lacunas deslocam-se em direcção ao pólo negativo Electrões Electrões
  • 12. Movimento dos electrões e das lacunas nos semicondutores do tipo P  Num cristal semicondutor tipo P o fluxo de lacunas será muito mais intenso (sete larga) que o fluxo de electrões (sete estreita) porque o número de lacunas livres (portadores maioritários) é muito maior que o número de electrões livres (portadores minoritários).  A lacuna comporta-se como se fosse uma partícula semelhante ao electrão, porém com carga eléctrica positiva. Isto significa que, quando o semicondutor é submetido a uma diferença de potencial, a lacuna pode mover-se do mesmo modo que o electrão, mas em sentido contrário, uma vez que possui carga eléctrica contrária. Enquanto os electrões livres se deslocam em direcção ao pólo positivo do gerador, as lacunas deslocam-se em direcção ao pólo negativo. Electrões Electrões