O documento descreve a estrutura cristalina dos semicondutores de silício e germânio, explicando que eles possuem uma estrutura cúbica com átomos ligados por ligações covalentes. Também explica como semicondutores do tipo P e tipo N são criados através da introdução de impurezas trivalentes ou pentavalentes, respectivamente, criando portadores de carga majoritários.
2. Estrutura cristalina dos semicondutores
Quando os átomos se unem para formarem as moléculas de uma substância, a
distribuição e disposição desses átomos pode ser ordenada e organizada e
designa-se por estrutura cristalina.
O Germânio e o Silício possuem uma estrutura cristalina cúbica como é
mostrado na seguinte figura.
Átomo de silício
3. Estrutura cristalina dos semicondutores
Na prática, a estrutura cristalina ilustrada na figura só é conseguida quando o
cristal de silício é submetido à temperatura de zero graus absolutos (ou -
273ºC). Nessa temperatura, todas as ligações covalentes estão completas os
átomos têm oito electrões de valência o que faz com que o átomo tenha
estabilidade química e molecular, logo não há electrões livres e,
consequentemente o material comporta-se como um isolante
4. Ligação Covalente
Nessa estrutura cristalina, cada átomo (representado por Si) une-se a outros
quatro átomos vizinhos, por meio de ligações covalentes, e cada um dos
quatro electrões de valência de um átomo é compartilhado com um electrão
do átomo vizinho, de modo que dois átomos adjacentes compartilham os dois
electrões.
5. Semicondutores do tipo P
A introdução de átomos trivalentes (como o Índio) num semicondutor puro
(intrínseco) faz com que apareçam lacunas livres no seu interior. Como esses
átomos recebem (ou aceitam) electrões eles são denominados impurezas
aceitadoras ou átomos aceitadores. Todo o cristal puro de Silício ou
Germânio, dopado com impurezas aceitadoras é designado por semicondutor
do tipo P (P de positivo, referindo-se à falta da carga negativa do electrão).
6. Semicondutores do tipo N
A introdução de átomos pentavalentes (como o Arsénio) num semicondutor
puro (intrínseco) faz com que apareçam electrões livres no seu interior. Como
esses átomos fornecem (doam) electrões ao cristal semicondutor eles
recebem o nome de impurezas dadoras ou átomos dadores. Todo o cristal de
Silício ou Germânio, dopado com impurezas dadoras é designado por
semicondutor do tipo N (N de negativo, referindo-se à carga do electrão).
Electrão
livre do
Arsénio
7. Semicondutor intrínseco
Um semicondutor intrínseco é um semicondutor no estado puro. À
temperatura de zero graus absolutos (-273ºC) comporta-se como um isolante,
mas à temperatura ambiente (20ºC) já se torna um condutor porque o calor
fornece a energia térmica necessária para que alguns dos electrões de
valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma lacuna)
passando a existir alguns electrões livres no semicondutor.
8. Semicondutor extrínseco
Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares electrão-lacuna
livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é através da energia
térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em fazer com que um feixe de
luz incida sobre o material semicondutor.
Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que o
número de electrões livres seja bem superior ao número de lacunas, ou de um
cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao número de electrões
livres. Isto é conseguido tomando-se um cristal semicondutor puro (intrínseco)
e adicionando-se a ele (dopagem), por meio de técnicas especiais, uma
determinada quantidade de outros tipos de átomos, aos quais chamamos de
impurezas.
Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco) este
passa a denominar-se por semicondutor extrínseco.
9. 9
Semicondutor extrínseco
Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares electrão-
lacuna livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é
através da energia térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em
fazer com que um feixe de luz incida sobre o material semicondutor.
Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que
o número de electrões livres seja bem superior ao número de lacunas,
ou de um cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao
número de electrões livres. Isto é conseguido tomando-se um cristal
semicondutor puro (intrínseco) e adicionando-se a ele (dopagem), por
meio de técnicas especiais, uma determinada quantidade de outros
tipos de átomos, aos quais chamamos de impurezas.
Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro
(intrínseco) este passa a denominar-se por semicondutor extrínseco.
10. Processo de dopagem
Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco), este
passa a ser um semicondutor extrínseco.
As impurezas usadas na dopagem de um semicondutor intrínseco podem ser
de dois tipos: impurezas ou átomos dadores e impurezas ou átomos
aceitadores.
Átomos dadores têm cinco electrões de valência (são pentavalentes): Arsénio
(AS), Fósforo (P) ou Antimónio (Sb).
Átomos aceitadores têm três electrões de valência (são trivalentes): Índio
(In), Gálio (Ga), Boro (B) ou Alumínio (Al).
11. Movimento dos electrões e das lacunas
nos semicondutores do tipo N
Num cristal semicondutor tipo N o fluxo de electrões será muito mais intenso (sete
larga) que o fluxo de lacunas (sete estreita) porque o número de electrões livres
(portadores maioritários) é muito maior que o número de lacunas (portadores
minoritários).
A lacuna comporta-se como se fosse uma partícula semelhante ao electrão, porém com
carga eléctrica positiva. Isto significa que, quando o semicondutor é submetido a uma
diferença de potencial, a lacuna pode mover-se do mesmo modo que o electrão, mas
em sentido contrário, uma vez que possui carga eléctrica contrária. Enquanto os
electrões livres se deslocam em direcção ao pólo positivo do gerador, as lacunas
deslocam-se em direcção ao pólo negativo
Electrões Electrões
12. Movimento dos electrões e das lacunas
nos semicondutores do tipo P
Num cristal semicondutor tipo P o fluxo de lacunas será muito mais intenso (sete
larga) que o fluxo de electrões (sete estreita) porque o número de lacunas livres
(portadores maioritários) é muito maior que o número de electrões livres (portadores
minoritários).
A lacuna comporta-se como se fosse uma partícula semelhante ao electrão, porém com
carga eléctrica positiva. Isto significa que, quando o semicondutor é submetido a uma
diferença de potencial, a lacuna pode mover-se do mesmo modo que o electrão, mas
em sentido contrário, uma vez que possui carga eléctrica contrária. Enquanto os
electrões livres se deslocam em direcção ao pólo positivo do gerador, as lacunas
deslocam-se em direcção ao pólo negativo.
Electrões Electrões