Manual de-sobrevivencia-no-mar

27/4/2010 AEROCLUBE DE ARARAQUARA 1
SOBREVIVÊNCIAS
GRUPO I. ESS
SOBREVIVÊNCIA NO MAR
Aula 01

CUIDADOS IMEDIATOS PARA A SOBREVIVÊNCIA NO MAR
- Após completada a lotação, afastar o bote da aeronave sinistrada, porém não em
excesso, bem como das águas impregnadas de combustível;
- Não usar fósforo, etc, enquanto os barcos estiverem dentro da área coberta de
combustível;
- Tentar localizar os PAX ou TRIP desaparecidos. Estes poderão estar boiando com seus
coletes inflados, porém desacordados;
- Salvar tudo o que puder dos equipamentos que estiverem flutuando;
- O tripulante mais graduado de cada barco deverá assumir o comando do mesmo;
- Verifique se o bote salva-vidas não está vazando ou se não apresenta zonas esfoladas;
- Soltar as ancoras ou birutas d´água assim que praticável, a fim de evitar que os barcos
sejam levados para muito longe;
- Proteja o bote contra arranhaduras provocadas por sapatos ou objetos pontiagudos,
cortantes, etc;
- Se houver mais do que um bote, ligue-os por meio de amarras, fixando-as à corda salva-
vidas que circunda o bote. Esta ligação deverá ser feita com corda, de no mínimo 8 metros,
para evitar abalroamento de embarcações.

- Redistribuir a lotação dos barcos, caso haja excesso de ocupantes em um deles;
- Retire a água do mar que estiver dentro do bote;
- O barco sempre deverá ser mantido o mais seco possível. As pessoas com roupas
molhadas deverão merecer atenção especial, principalmente em clima frio;
- Mantenha os náufragos juntos para se aquecerem;
- Movimente-se com regularidade para manter ativa a circulação. Isso o aquecerá e evitará
feridas nos pés e nas nádegas;
- Socorra os que necessitarem de primeiros socorros. Coloque os feridos de cumprido
dentro do bote;
- Arme um toldo sobre o bote e procure instalar um “Quebra Vento” para evitar os salpicos
de água do mar;

- Familiarizar-se com todo o conteúdo do KIT de emergência. Em mar agitado
não deixar nada solto dentro do barco, a fim de evitar perdas caso o barco vire;
- Proteja: bússolas, relógios, fósforos e isqueiros contra a umidade;
- Ponha em funcionamento o transmissor de emergência e prepare todos os
demais meios de sinalização;
- Em cada barco deverá ser estabelecido um sistema de vigilância, devendo
cada ocupante exercer a função de vigia no máximo por duas horas
consecutivas. Não escalara doentes ou feridos graves para esta tarefa;
- Sempre estar preparado para usar os aparelhos de sinalização assim que
surgir um avião ou navio, a fim de não perder a ocasião de ser localizado;
- Não entregar a leigos o manuseio dos sinalizadores;
- Os ocupantes dos barcos deverão manter seus coletes inflados;
- Crianças deverão ser atadas a um de seus pais ou responsáveis;
- Um dos ocupantes de cada barco deverá permanecer atado ao barco por uma
corda, de pelo menos, três metros, a fim de servir como âncora caso o barco
vire;
- Proteja-se contra os raios solares por meio de toldo, vestes, óculos, cera
protetora para lábios;
- Avalie a quantidade de água disponível, levando em conta que em média um
náufrago necessita de MEIO LITRO DE ÀGUA por dia.

COMO UTILIZAR A PRÓPRIA CALÇA PARA FLUTUAR

CUIDADOS ESPECIAIS COM O BOTE SALVA-VIDAS
- Verificar, freqüentemente se o bote está inflado. Ocorrendo um esvaziamento,
procure corrigi-lo com o auxílio da bomba manual;
- ATENÇÃO
Dias frios: Coloque mais ar no bote salva-vidas;
Dias quentes: Retire um pouco de ar do bote salva-vidas;
- Conserve o bote seco e em constante estado de equilíbrio;
- Evite deixar anzóis, canivetes, latas e demais objetos afiados ou cortantes no
fundo do bote;
- Não deixe de usar uma biruta d’água, ligada ao bote. Não dispondo da
mesma, improvise-a por meio de um balde de lona, uma camisa ou um pedaço
de lona. Ela manterá o bote próximo ao local do acidente e facilitará o trabalho
de busca e salvamento.
- Cuidar para que a biruta d’água não fique presa à aeronave ou parte destas;
- Usar tampões especiais (Bujões de vedação) para vedar qualquer infiltração;

CUIDADOS ESPECIAIS COM O BOTE SALVA-VIDAS

SINALIZAÇÃO
- Espelho apropriado ou improvisado;
- Pedidos internacionais no horário de silêncio:
15 a 18 minutos e 45 e 48 minutos depois de cada hora cheia – HS;
Palavra MAY DAY ou MEDE em 121.5 – radiotelefonia ou qualquer emissor de voz
humana;
- Artifícios pirotécnicos:
Sinais de fumaça, durante o dia;
Sinais de luz vermelha, durante a noite;
ATENÇÂO: Evite que este material provoque incêndio a bordo;
Deve-se manter o foguete pirotécnico numa posição que forme um ângulo de 45
Graus em relação a linha do horizonte, para fora da embarcação e a FAVOR do vento;

SINALIZAÇÃO
- Corantes de marcação:
Deverão ser utilizados somente durante o dia;
É um saco de pano contendo um produto químico que reage com a água,
alterando o seu PH;
Produz uma mancha sinalizadora ( Na maioria das vezes VERDE, clara
ou escura);
Permanece ativa por aproximadamente 03 horas;
Pode ser vista a uma distância de 10 NM
- Sinais luminosos à noite, por meio de lanternas elétricas de mão. Qualquer luz
pode ser percebida sobre às águas à distancia de muitas milhas.
- Apitos, à noite ou em ocasião de nevoeiros para atrair a atenção das pessoas
em navios ou na praia;
ATENÇÃO:
- Os sinalizadores como sinalizadores pirotécnicos, corante marcador de água e
sinalizadores luminosos deverão ser mantidos embrulhados e protegidos da
umidade, quando não estiverem em uso;
- Não desperdice os equipamentos de sinalização; Use-os somente quando
ouvir ruído de outra aeronave ou embarcação;

ÁGUA
- Procure reduzir a necessidade de água por meio de:
Redução de Alimentação;
Conserve seu corpo bem protegido, tanto do sol como do seu reflexo na
superfície das águas;
Mantendo as roupas molhadas ou úmidas com água do mar nos dias quentes.
Não exagere desta pratica quando não dispuser do toldo protetor;
Sempre que puder fique quieto e procure cochilar um pouco;
- Utilize o aparelho destilador atuado pelo sol, se existente a bordo;
- Utilize a água das chuvas que deverá ser coletada em vasilhas disponíveis, no toldo
ou em um receptáculo feito com lona.
- Sempre que chover beba água o quanto puder conter em seu estomago, sem que
se sinta mal;
- Utilizando o bote salva-vidas para coletar água da chuva, use o lado azul do dossel
(teto) do bote;
- Não tendo o aparelho destilador, nem contando com água da chuva, utilize o
dessalgante;
- SE VOCÊ NÃO DISPUSER DE ÁGUA , NÃO COMA;
- Não beber água salgada; Quanto mais se bebe , mais se tem sede;
- A quantidade mínima de água para que uma pessoa possa se manter em forma é
de mais ou menos meio litro por dia.
- Se o suprimento de água for insuficiente, será preferível bebe-la no primeiro dia de
uma vez só;

ALIMENTOS
- Não possuindo mais rações ou efeito delas forem reduzidos deve-se procurar
o alimento marinho (Peixes, principalmente);
- NÃO SE DEVE COMER:
Mariscos pertencentes a colônias onde existem moluscos mortos ou
quase mortos e mal cheirosos;
Mariscos e ostras agarrados a cascos de navios ou qualquer objeto
metálico – provocam intoxicações violentíssimas;
Medusas, águas-vivas, caravelas, cobras do mar e holotúrias;
Vísceras ou ovos de qualquer peixe desconhecido;
Baiacus lisos ou de espinhos: Corpo arredondado com pele dura, boca
pequena, com bico de papagaio;
COMO PESCAR EM PLENO MAR
- Utilizar os apetrechos de pesca que existem no bote;
- Se não mais existirem, proceder de forma alternativa;

ALIMENTOS
MEDUSAS OU ÁGUA-VIVA

ALIMENTOS
CARAVELAS

ALIMENTOS
COBRAS DO MAR
ATENÇÃO: PERGUNTA ANAC
Qual a única cobra que não serve como alimento?
COBRA DO MAR

ALIMENTOS
BAIACUS

ALIMENTOS
Como pescar de forma alternativa:
1. Improvise um anzol com alfinetes, clips, pregos de sapatos e canivetes; Esses
anzóis devem ser pequenos e a linha de pesca muito leve;
2. Improvise a linha de pesca, utilizando-se de cordão de sapatos ou fio da própria
roupa;
3. Improvise um arpão, amarrando uma faca ao remo;
4. Utilize tudo o que pode funcionar como uma rede;
5. Empregue um facho de luz à noite, fazendo-o incidir sobre a água. A luz atrairá os
peixes e muitos deles irão cair dentro do bote;
6. Capturando o peixe, mate-o com uma pancada na cabeça antes de traze-lo para
bordo;
7. Peixes pequenos servirão de isca;
Aves Marinhas: Alimento em potencial
1. Por meio de anzóis como isca;
2. Atraídas pelo bote, como pouso ou descanso: Agarra-las logo que tenham
fechado as asas;
3. Fornecerão:
Carne – Comida crua;
Penas – Isca para peixes;
Sangue – Poderá ser ingerido;

ALIMENTOS
PEIXES VENENOSOS
- Os peixes que não devem ser ingeridos apresentam como característica olhos
e boca pequenos;
1. Baiacu ou Baiacu de espinho
ANIMAIS MARINHOS PERIGOSOS
1. Moréia
- Raivosas e agressivas quando perturbadas em seu habitat;
- Sua mordida causa grande lesão que, se não for tratada, infecciona
rapidamente;

ALIMENTOS
2. Barracuda
- Nadam em pequenos cardumes e suas mordidas causam lesões graves;
3. Arraia
- Possuem ferroes na cauda que podem causar ferimentos doloridos e de difícil
cicatrização;

ALIMENTOS
4. Medusa (Água-viva, Caravelas)
- Comuns nas águas tropicais;
- Perigo: Contato físico com as cápsulas venenosas cheias com um líquido
urticante, distribuídas pelos seus longos tentáculos
- Provocam irritações e queimaduras, podendo provocar até a morte;
5. Ouriço ou anêmona
- Ouriços: Espinhos - Ferimentos dolorosos;
- Algumas espécies: Espinhos dentados sendo necessária sua extração
cirurgicamente;
- Espinhos de natureza calcária e siliciosa: dissolvidos pela aplicação de
amoníaco, álcool ou sumo cítricos;
- Anêmonas: Expelem uma secreção urticante que produz irritação;
- Evitar tocá-las com a pele desprotegida;

ALIMENTOS
6. Caracol Venenoso
- Forma cônica são venenosos
- Os mais perigosos possuem um apêndice vermelho e uma tromba, usada para
injetar o veneno

TUBARÕES
- As causas dos ataques são diversas, a maioria dos ataques foi registrada em
temperatura acima dos 18 graus centígrados.
- Precauções que podem ajudar:
1. Não retirar as roupas (roupas escuras fornecem maior proteção)
2. Permanecer imóvel, ou se estiver próximo à uma embarcação nadar
com movimentos regulares.
3. Afastar-se dos locais onde existem cardumes de peixe.
4. Estando no interior da embarcação, evitar deixar mãos e pés dentro da
água.
5. Se um tubarão atacar a embarcação, procurar atingi-lo no focinho e na
cabeça com algum objeto contundente.

TUBARÃO BRANCO

TUBARÃO AZUL

TUBARÃO MARTELO

TUBARÃO TINTUREIRA

PEIXES COMESTÍVEIS DE ALTO MAR
ALBACORA
CAVALA
DOURADO

AGULHA
XAREU
SARDINHA

ATUM
BONITO

ENCHOVA
VOADOR

FATORES SUBJETIVOS
PÂNICO: Normalmente toma conta da pessoa no momento do
acidente, ou mais tarde, já na embarcação. conhecimento de
procedimentos e um razoável adestramento fará com que se
desenvolva o autocontrole.
SOLIDÃO: É o prelúdio do tédio no barco salva-vidas.
Principalmente quando dá conta da sua situação e da vastidão
do mar.
TÉDIO: É a fase em que o sobrevivente, revoltado contra tudo e
contra todos, começa a se desinteressar das coisas que
poderiam servir de ocupação e perde a vontade de viver

FATORES OBJETIVOS
FRIO: É quando o corpo humano é exposto a baixas temperaturas, perde
calor, se a temperatura do corpo cai cerca de 30 graus centígrados a
pessoa pode entra em choque e se a temperatura continuar caindo a
pessoa poderá morrer.
Durante a sobrevivência no mar uma das constantes preocupações de ser a
de manter as roupas e o barco o mais seco possível.
CONGELAMENTO: Ocorre principalmente no rosto, orelha, pés e mãos
levando à ulceração e podendo gangrenar os locais.
Ao menor sinal de congelamento deve-se aquecer as parte. NÃO DEVE-SE
FRICCIONAR OU MASSAGEAR AS PARTES ATINGIDAS.
QUEIMADURAS: Deve-se conservar a cabeça e a pele cobertas,
protegendo inclusive o pescoço e a nuca. Os raios refletidos nas águas
também queimam, com o reflexo intenso do sol os olhos podem ficar
infetados de sangue, inflamados e doloridos.
Deve-se usar pomadas anti-séptica nos lábios e na pele, usar óculos ou
pedaço de pano ou atadura sobre os olhos, alem de pomada oftálmica.
NÃO SE DEVE FURAR AS BOLHAS.

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