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FÔRMAS E ARMADURAS
DE VIGAS
Centro Universitário de Anápolis
Contrução Civil – 7º Período
Acadêmicos: Hudson Oliveira Aquino
Kamilla Souza Gomes
Mariana Gomes Pidde
Renato Leite Martins
Ruberval Ferreira
INTRODUÇÃO - CONCEITOS
 Forma é o molde provisório que serve para dar ao
concreto fresco a geometria e textura desejada;
 Cimbramento são todos os elementos que servem
para sustentar o concreto até que ele atinja
resistência suficiente para auto suportar os
esforços que lhe são submetidos;
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
 Proteção do concreto fresco em sua fase frágil;
 Cura;
 Contra impactos;
 Variações de temperatura;
 Limitar a perda de água por evaporação;
 Suporte para posicionamento de outros elementos
estruturais;
 Suporte para própria concretagem;
PLANEJAMENTO
 A forma é um dos subsistentes dos muitos que
compõem o sistema construtivo;
 É a única que inicia todo o processo, e por isso,
passa a ser referência aos demais, estabelecendo
e padronizando o grau de excelência exigida para
toda a obra;
 Por isso, deve ser devidamente planejada levando
em consideração o sistema de fôrma adotado,
número de reaproveitamento dos materiais, a
produtividade da equipe e o prazo de execução.
Tipos de fôrmas Material Indicação (tipo de obra)
Convencional Madeira Pequenas obras particulares e
detalhes específicos
Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e edifícios
altos
Trepantes Madeira, metálicas e
mistas
Torres, barragens e silos
Deslizantes verticais Madeira, metálicas e
mistas
Torres e pilares altos de grande
seção
Deslizantes
horizontais
Metálicas Barreiras, defensas e guias
PLANEJAMENTO - PROJETO
 São definidas todas as medidas de confecção de
todos os componentes da fôrma;
 Especificação do cimbramento e escoras
remanescentes;
 Todas as informações operacionais:
 sequência de detalhes de montagem;
 de desforma;
 de descimbramento.
 Deve contemplar:
 Desenhos de montagem da fôrma;
 Desenhos de confecção da fôrma;
 Especificações técnicas dos materiais e Normas
básicas operacionais.
PLANEJAMENTO - PROJETO
PLANEJAMENTO - DIMENSIONAMENTO
 A fôrma é uma estrutura, portanto, deve ser
dimensionada;
 Para seu dimensionamento deve-se considerar
todo o conjunto de ações que atuam em cada
elemento da fôrma:
 Peso próprio do concreto;
 Empuxos que atuam nos painéis verticais;
 Cargas de armação e de movimentação dos operários;
 Cargas dos equipamentos utilizados, da altura de
lançamento e vibração do concreto;
 Por isso deve-se seguir a risco o projeto.
FÔRMAS DE MADEIRA
FÔRMAS DE MADEIRA - VANTAGENS
 Obtida em grandes quantidades a preço
competitivo, existindo reservas para renovação do
material;
 Pode ser produzida em peças que podem ser
rapidamente desdobradas em pequenas
dimensões;
 Permite ser trabalhada com ferramentas simples e
ser empregada várias vezes;
 Capaz de resistir esforços de compressão como de
tração;
 Tem baixa massa específica e alta resistência
mecânica;
 Permite fáceis ligações e emendas;
 Não estilhaça quando golpeada.
FÔRMAS DE MADEIRA - DESVANTAGENS
 Heterogeneidade e anisotropia;
 Vulnerabilidade a agentes externos,
combustibilidade, dentre outras.
 Obs:
 Porém, essas características se tornam mínimas
quando considerado o uso em uma estrutura temporária
como a fôrma.
MATERIAIS E FERRAMENTAS
 Para as fôrmas de madeira, podemos utilizar:
 Tábuas de madeira serrada;
 Chapa de madeira compensada resinada;
 Chapa de madeira compensada plastificada.
 Obs:
 As chapas compensadas são compostas por diversas
lâminas coladas ou por cola "branca" PVA, ou cola
fenólica. As coladas com cola fenólica são mais
resistentes ao descolamento das lâminas quando
submetidas a umidade.
MATERIAIS E FERRAMENTAS -
ESCORAMENTOS
 Pode-se utilizar pontaletes de eucaliptos ou peças
de peroba como os caibros (5,0 x 7,0 cm; 8,0 x 8,0
cm);
MATERIAIS E FERRAMENTAS -
ESCORAMENTOS
 Escoramentos tubulares metálicos;
MATERIAIS E FERRAMENTAS -
ESCORAMENTOS
 Para se apoiar os pontaletes no terreno, deve-se
colocar tábuas ou pranchas para evitar recalques,
quanto mais fraco for o terreno, maior será o
pontalete;
 O escoramento deve estar muito bem alinhado
para que o fundo da viga siga nível identificado em
projeto e não tenha desníveis (barrigas).
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS DE
MADEIRA
 Devem-se prever cunhas duplas nos pés de todos os
pontaletes para possibilitar uma desforma mais fácil;
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS DE
MADEIRA
 Nos vãos intermediários dos escoramentos devem ser
colocados cunhas de modo a permitir a colocação das
contra flechas;
 Nos pontaletes com mais de 3,00m, prever travamentos
horizontais e contraventamentos para evitar flambagem;
 Cada pontalete de madeira poderá ter somente uma
emenda;
 A emenda somente poderá ser feita no terço superior ou
inferior do pontalete;
 O número de pontaletes com emenda deverá ser inferior
a 1/3 do total de pontaletes distribuídos.
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS
METÁLICAS
 O escoramento metálico possibilita maior
produtividade nos serviços;
 Reaproveitamento total, sem desperdício;
 As peças são de fácil manuseio, proporcionando
rapidez na montagem e desmontagem;
 Regulagem para o nivelamento preciso dos fundos
de vigas e do fundo da laje.
MATERIAIS E FERRAMENTAS – PREGOS
 Os pregos mais utilizados para a execução das
fôrmas são:
 Fôrmas de tábuas: 18 x 27; 17 x 21;
 Fôrmas de chapas: 15 x 15; 18 x 27;
 Escoramentos: 18 x 30; 18 x 27.
 O diâmetro deve ser escolhido entre 1/8 e 1/10 da
espessura da peça de menor espessura.
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA
 Deve-se atentar ao projeto para indicar as
armaduras a serem utilizadas.
 Podem ser pré-moldadas ou moldadas in loco;
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA
 Sequência de moldadas in loco:
 Alinhamento: Certificar que as barras estão retas, antes
do corte;
 Corte: feito de acordo com as plantas de projeto
estrutural, com o auxílio de serra manual ou máquina
de corte;
 Dobra: feita manualmente com o auxílio de pinos
fixados em bancada de madeira ou máquina
automática;
 Emendas: por trespasse (mais comum), por solda ou
por luvas;
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA
 A armadura deve ser colocada nas formas de modo
a permanecer na posição correta durante a
concretagem;
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES
 Função:
 Garantir o cobrimento da armadura do fluxo de
concreto;
 Evitando fissuras;
 Reduzir o seu contato com a fôrma a fim de suportar
uma maior carga sem quebrar.
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES
 Os espaçadores circulares são os mais utilizados e
seu perfil foi construído de maneira a diminuir seu
contato com a forma e o seu encaixe no ferro para
dificultar a saída;
MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES
 O principal cuidado ao comprar espaçadores é
procurar produtos certificados. Para espaçadores
plásticos, não há certificação compulsória por parte
do Inmetro.
MATERIAIS E FERRAMENTAS
 Acrescenta-se ainda, que na execução utilizam-se
também:
 Martelo;
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 Lima;
 Furadeira, etc.,
 Mesa de serra circular;
 Bancada com gabarito para a montagem dos painéis.
TRAVAMENTO
 Mão francesa em sarrafo;
 Travamento com sarrafo;
 Sarrafo de pressão;
 Travamento com gastalho metálico;
 Pontaletes
 Barra de ancoragem;
MONTAGEM
MONTAGEM
 As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a
concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas
pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao
mesmo tempo;
 O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das
cabeças dos pilares com apoios intermediários em
garfos ou escoras.
MONTAGEM - PROCEDIMENTOS
 Depois de limpos os painéis das vigas, deve-se
passar desmoldante com rolo;
 Lançar os painéis de fundo de vigas sobre a
cabeça dos pilares ou sobre a borda das fôrmas
dos pilares, providenciando apoios intermediários
(espaçamento mínimo de 80 cm);
 Fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas
nos pilares cuidando pra que não ocorram folgas
(verificar prumo e nível);
MONTAGEM - PROCEDIMENTOS
 Nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas
nas bases dos garfos e fixando o nível com
sarrafos pregados nos garfos (repetir nos outros
garfos até que todo o conjunto fique nivelado);
 Conferir e liberar para colocação e montagem da
armadura;
 Depois de colocada a armadura e todos os
embutidos (prumadas, caixas etc.) posicionar as
galgas e espaçadores a fim de garantir as
dimensões internas e o recobrimento da armadura;
 Lançar e fixar os painéis laterais;
MONTAGEM - PROCEDIMENTOS
 Travamento do molde de viga: dependendo do tipo
de viga (intermediária ou periférica) executar o
travejamento da fôrma por meio de escoras
inclinadas, chapuzes, tirantes, tensores,
encunhamentos etc., de acordo com as dimensões
dos painéis e da carga de lançamento a suportar;
 Conferir todo o conjunto e partes e liberar para
concretagem, verificando principalmente:
alinhamento lateral, prumo, nível, imobilidade,
travejamento, estanqueidade, armaduras,
espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.
CONCRETAGEM
 Nivelamento das formas da laje;
 Fechamento das "bocas" na base das formas dos
pilares após a limpeza;
 Vedação das juntas das formas, se necessário;
 Umedecimento das formas (jato de mangueira);
 Lançamento do concreto, com adensamento e
"desempeno" (regularização da superfície, com o
concreto ainda fresco, tornando-a bem acabada e
plana) .
CONCRETAGEM – CUIDADOS ESPECIAIS
 Posicionar e prever a passagem de tubulação,
pontos de luz e caixas de passagem por vigas,
lajes, escadas antes da concretagem;
 Observação do cobrimento das barras;
 Posicionamento de gabaritos (tacos de madeira)
para os pilares que seguem;
 Recolhimento de corpos-de-prova para controle
tecnológico do concreto;
 Cura: manter o concreto endurecido úmido por 7
dias, no mínimo (ABNT), para hidratação do
cimento e obtenção da resistência de projeto;
 Os serviços devem ser acompanhados por
engenheiro, mestre-de-obras, bombeiro, eletricista,
armador e carpinteiro.
DESFORMA
 A retirada das formas deve respeitar prazos de norma
ABNT. Geralmente as faces laterais são removidas em
3 dias, as faces inferiores, com escoramento
remanescente ("reescoramento") em 14 dias e sem
reescoramento em 21 dias;
 Deve ser feita a limpeza, remoção completa de pregos
e restos de argamassa.
 É possível analisar e reparar falhas de concretagem
("brocas" ou "bicheiras"). Para isso é preciso analisar a
gravidade do caso; proceder à limpeza do local,
retirando partes soltas; e enfim executar o reparo, com
novo concreto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 As chapas de madeira compensada são as mais
usadas, em lugar das tábuas.
 Bom reaproveitamento;
 Fácil desforma;
 Menor número de juntas, com menor consumo de
pregos;
 Permitem maior produtividade da mão de obra.
 As chapas de acabamento plastificado são indicadas
para concreto aparente.
 As fôrmas podem ser um produto temporário na
obra, mas a marca que deixam no empreendimento
é sentida para sempre.
 São responsáveis por uma estrutura com medidas
geométricas exatas e com características perfeitas
de prumo, alinhamento, esquadro e nível.
Fonte: Madeirit
longarina
cunha
escora
tirante
cunha
Mão-francesa
prumo
tensor
gastalho
Sarrafo
nivelamento
Painel da
laje
garfo
guia
gravata

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  • 1. FÔRMAS E ARMADURAS DE VIGAS Centro Universitário de Anápolis Contrução Civil – 7º Período Acadêmicos: Hudson Oliveira Aquino Kamilla Souza Gomes Mariana Gomes Pidde Renato Leite Martins Ruberval Ferreira
  • 2. INTRODUÇÃO - CONCEITOS  Forma é o molde provisório que serve para dar ao concreto fresco a geometria e textura desejada;  Cimbramento são todos os elementos que servem para sustentar o concreto até que ele atinja resistência suficiente para auto suportar os esforços que lhe são submetidos;
  • 4. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES  Proteção do concreto fresco em sua fase frágil;  Cura;  Contra impactos;  Variações de temperatura;  Limitar a perda de água por evaporação;  Suporte para posicionamento de outros elementos estruturais;  Suporte para própria concretagem;
  • 5. PLANEJAMENTO  A forma é um dos subsistentes dos muitos que compõem o sistema construtivo;  É a única que inicia todo o processo, e por isso, passa a ser referência aos demais, estabelecendo e padronizando o grau de excelência exigida para toda a obra;  Por isso, deve ser devidamente planejada levando em consideração o sistema de fôrma adotado, número de reaproveitamento dos materiais, a produtividade da equipe e o prazo de execução.
  • 6. Tipos de fôrmas Material Indicação (tipo de obra) Convencional Madeira Pequenas obras particulares e detalhes específicos Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e edifícios altos Trepantes Madeira, metálicas e mistas Torres, barragens e silos Deslizantes verticais Madeira, metálicas e mistas Torres e pilares altos de grande seção Deslizantes horizontais Metálicas Barreiras, defensas e guias
  • 7. PLANEJAMENTO - PROJETO  São definidas todas as medidas de confecção de todos os componentes da fôrma;  Especificação do cimbramento e escoras remanescentes;  Todas as informações operacionais:  sequência de detalhes de montagem;  de desforma;  de descimbramento.  Deve contemplar:  Desenhos de montagem da fôrma;  Desenhos de confecção da fôrma;  Especificações técnicas dos materiais e Normas básicas operacionais.
  • 9. PLANEJAMENTO - DIMENSIONAMENTO  A fôrma é uma estrutura, portanto, deve ser dimensionada;  Para seu dimensionamento deve-se considerar todo o conjunto de ações que atuam em cada elemento da fôrma:  Peso próprio do concreto;  Empuxos que atuam nos painéis verticais;  Cargas de armação e de movimentação dos operários;  Cargas dos equipamentos utilizados, da altura de lançamento e vibração do concreto;  Por isso deve-se seguir a risco o projeto.
  • 11. FÔRMAS DE MADEIRA - VANTAGENS  Obtida em grandes quantidades a preço competitivo, existindo reservas para renovação do material;  Pode ser produzida em peças que podem ser rapidamente desdobradas em pequenas dimensões;  Permite ser trabalhada com ferramentas simples e ser empregada várias vezes;  Capaz de resistir esforços de compressão como de tração;  Tem baixa massa específica e alta resistência mecânica;  Permite fáceis ligações e emendas;  Não estilhaça quando golpeada.
  • 12. FÔRMAS DE MADEIRA - DESVANTAGENS  Heterogeneidade e anisotropia;  Vulnerabilidade a agentes externos, combustibilidade, dentre outras.  Obs:  Porém, essas características se tornam mínimas quando considerado o uso em uma estrutura temporária como a fôrma.
  • 13. MATERIAIS E FERRAMENTAS  Para as fôrmas de madeira, podemos utilizar:  Tábuas de madeira serrada;  Chapa de madeira compensada resinada;  Chapa de madeira compensada plastificada.  Obs:  As chapas compensadas são compostas por diversas lâminas coladas ou por cola "branca" PVA, ou cola fenólica. As coladas com cola fenólica são mais resistentes ao descolamento das lâminas quando submetidas a umidade.
  • 14. MATERIAIS E FERRAMENTAS - ESCORAMENTOS  Pode-se utilizar pontaletes de eucaliptos ou peças de peroba como os caibros (5,0 x 7,0 cm; 8,0 x 8,0 cm);
  • 15. MATERIAIS E FERRAMENTAS - ESCORAMENTOS  Escoramentos tubulares metálicos;
  • 16. MATERIAIS E FERRAMENTAS - ESCORAMENTOS  Para se apoiar os pontaletes no terreno, deve-se colocar tábuas ou pranchas para evitar recalques, quanto mais fraco for o terreno, maior será o pontalete;  O escoramento deve estar muito bem alinhado para que o fundo da viga siga nível identificado em projeto e não tenha desníveis (barrigas).
  • 17. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS DE MADEIRA  Devem-se prever cunhas duplas nos pés de todos os pontaletes para possibilitar uma desforma mais fácil;
  • 18. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS DE MADEIRA  Nos vãos intermediários dos escoramentos devem ser colocados cunhas de modo a permitir a colocação das contra flechas;  Nos pontaletes com mais de 3,00m, prever travamentos horizontais e contraventamentos para evitar flambagem;  Cada pontalete de madeira poderá ter somente uma emenda;  A emenda somente poderá ser feita no terço superior ou inferior do pontalete;  O número de pontaletes com emenda deverá ser inferior a 1/3 do total de pontaletes distribuídos.
  • 19. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS METÁLICAS  O escoramento metálico possibilita maior produtividade nos serviços;  Reaproveitamento total, sem desperdício;  As peças são de fácil manuseio, proporcionando rapidez na montagem e desmontagem;  Regulagem para o nivelamento preciso dos fundos de vigas e do fundo da laje.
  • 20. MATERIAIS E FERRAMENTAS – PREGOS  Os pregos mais utilizados para a execução das fôrmas são:  Fôrmas de tábuas: 18 x 27; 17 x 21;  Fôrmas de chapas: 15 x 15; 18 x 27;  Escoramentos: 18 x 30; 18 x 27.  O diâmetro deve ser escolhido entre 1/8 e 1/10 da espessura da peça de menor espessura.
  • 21. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA  Deve-se atentar ao projeto para indicar as armaduras a serem utilizadas.  Podem ser pré-moldadas ou moldadas in loco;
  • 22. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA  Sequência de moldadas in loco:  Alinhamento: Certificar que as barras estão retas, antes do corte;  Corte: feito de acordo com as plantas de projeto estrutural, com o auxílio de serra manual ou máquina de corte;  Dobra: feita manualmente com o auxílio de pinos fixados em bancada de madeira ou máquina automática;  Emendas: por trespasse (mais comum), por solda ou por luvas;
  • 23. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA  A armadura deve ser colocada nas formas de modo a permanecer na posição correta durante a concretagem;
  • 24. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES  Função:  Garantir o cobrimento da armadura do fluxo de concreto;  Evitando fissuras;  Reduzir o seu contato com a fôrma a fim de suportar uma maior carga sem quebrar.
  • 25. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES  Os espaçadores circulares são os mais utilizados e seu perfil foi construído de maneira a diminuir seu contato com a forma e o seu encaixe no ferro para dificultar a saída;
  • 26. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES  O principal cuidado ao comprar espaçadores é procurar produtos certificados. Para espaçadores plásticos, não há certificação compulsória por parte do Inmetro.
  • 27. MATERIAIS E FERRAMENTAS  Acrescenta-se ainda, que na execução utilizam-se também:  Martelo;  Serrote;  Lima;  Furadeira, etc.,  Mesa de serra circular;  Bancada com gabarito para a montagem dos painéis.
  • 28. TRAVAMENTO  Mão francesa em sarrafo;  Travamento com sarrafo;  Sarrafo de pressão;  Travamento com gastalho metálico;  Pontaletes  Barra de ancoragem;
  • 29.
  • 31. MONTAGEM  As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao mesmo tempo;  O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças dos pilares com apoios intermediários em garfos ou escoras.
  • 32. MONTAGEM - PROCEDIMENTOS  Depois de limpos os painéis das vigas, deve-se passar desmoldante com rolo;  Lançar os painéis de fundo de vigas sobre a cabeça dos pilares ou sobre a borda das fôrmas dos pilares, providenciando apoios intermediários (espaçamento mínimo de 80 cm);  Fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas nos pilares cuidando pra que não ocorram folgas (verificar prumo e nível);
  • 33. MONTAGEM - PROCEDIMENTOS  Nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas nas bases dos garfos e fixando o nível com sarrafos pregados nos garfos (repetir nos outros garfos até que todo o conjunto fique nivelado);  Conferir e liberar para colocação e montagem da armadura;  Depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o recobrimento da armadura;  Lançar e fixar os painéis laterais;
  • 34. MONTAGEM - PROCEDIMENTOS  Travamento do molde de viga: dependendo do tipo de viga (intermediária ou periférica) executar o travejamento da fôrma por meio de escoras inclinadas, chapuzes, tirantes, tensores, encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de lançamento a suportar;  Conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando principalmente: alinhamento lateral, prumo, nível, imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.
  • 35. CONCRETAGEM  Nivelamento das formas da laje;  Fechamento das "bocas" na base das formas dos pilares após a limpeza;  Vedação das juntas das formas, se necessário;  Umedecimento das formas (jato de mangueira);  Lançamento do concreto, com adensamento e "desempeno" (regularização da superfície, com o concreto ainda fresco, tornando-a bem acabada e plana) .
  • 36. CONCRETAGEM – CUIDADOS ESPECIAIS  Posicionar e prever a passagem de tubulação, pontos de luz e caixas de passagem por vigas, lajes, escadas antes da concretagem;  Observação do cobrimento das barras;  Posicionamento de gabaritos (tacos de madeira) para os pilares que seguem;  Recolhimento de corpos-de-prova para controle tecnológico do concreto;  Cura: manter o concreto endurecido úmido por 7 dias, no mínimo (ABNT), para hidratação do cimento e obtenção da resistência de projeto;  Os serviços devem ser acompanhados por engenheiro, mestre-de-obras, bombeiro, eletricista, armador e carpinteiro.
  • 37. DESFORMA  A retirada das formas deve respeitar prazos de norma ABNT. Geralmente as faces laterais são removidas em 3 dias, as faces inferiores, com escoramento remanescente ("reescoramento") em 14 dias e sem reescoramento em 21 dias;  Deve ser feita a limpeza, remoção completa de pregos e restos de argamassa.  É possível analisar e reparar falhas de concretagem ("brocas" ou "bicheiras"). Para isso é preciso analisar a gravidade do caso; proceder à limpeza do local, retirando partes soltas; e enfim executar o reparo, com novo concreto.
  • 38. CONSIDERAÇÕES FINAIS  As chapas de madeira compensada são as mais usadas, em lugar das tábuas.  Bom reaproveitamento;  Fácil desforma;  Menor número de juntas, com menor consumo de pregos;  Permitem maior produtividade da mão de obra.  As chapas de acabamento plastificado são indicadas para concreto aparente.  As fôrmas podem ser um produto temporário na obra, mas a marca que deixam no empreendimento é sentida para sempre.  São responsáveis por uma estrutura com medidas geométricas exatas e com características perfeitas de prumo, alinhamento, esquadro e nível.