1. FÔRMAS E ARMADURAS
DE VIGAS
Centro Universitário de Anápolis
Contrução Civil – 7º Período
Acadêmicos: Hudson Oliveira Aquino
Kamilla Souza Gomes
Mariana Gomes Pidde
Renato Leite Martins
Ruberval Ferreira
2. INTRODUÇÃO - CONCEITOS
Forma é o molde provisório que serve para dar ao
concreto fresco a geometria e textura desejada;
Cimbramento são todos os elementos que servem
para sustentar o concreto até que ele atinja
resistência suficiente para auto suportar os
esforços que lhe são submetidos;
4. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
Proteção do concreto fresco em sua fase frágil;
Cura;
Contra impactos;
Variações de temperatura;
Limitar a perda de água por evaporação;
Suporte para posicionamento de outros elementos
estruturais;
Suporte para própria concretagem;
5. PLANEJAMENTO
A forma é um dos subsistentes dos muitos que
compõem o sistema construtivo;
É a única que inicia todo o processo, e por isso,
passa a ser referência aos demais, estabelecendo
e padronizando o grau de excelência exigida para
toda a obra;
Por isso, deve ser devidamente planejada levando
em consideração o sistema de fôrma adotado,
número de reaproveitamento dos materiais, a
produtividade da equipe e o prazo de execução.
6. Tipos de fôrmas Material Indicação (tipo de obra)
Convencional Madeira Pequenas obras particulares e
detalhes específicos
Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e edifícios
altos
Trepantes Madeira, metálicas e
mistas
Torres, barragens e silos
Deslizantes verticais Madeira, metálicas e
mistas
Torres e pilares altos de grande
seção
Deslizantes
horizontais
Metálicas Barreiras, defensas e guias
7. PLANEJAMENTO - PROJETO
São definidas todas as medidas de confecção de
todos os componentes da fôrma;
Especificação do cimbramento e escoras
remanescentes;
Todas as informações operacionais:
sequência de detalhes de montagem;
de desforma;
de descimbramento.
Deve contemplar:
Desenhos de montagem da fôrma;
Desenhos de confecção da fôrma;
Especificações técnicas dos materiais e Normas
básicas operacionais.
9. PLANEJAMENTO - DIMENSIONAMENTO
A fôrma é uma estrutura, portanto, deve ser
dimensionada;
Para seu dimensionamento deve-se considerar
todo o conjunto de ações que atuam em cada
elemento da fôrma:
Peso próprio do concreto;
Empuxos que atuam nos painéis verticais;
Cargas de armação e de movimentação dos operários;
Cargas dos equipamentos utilizados, da altura de
lançamento e vibração do concreto;
Por isso deve-se seguir a risco o projeto.
11. FÔRMAS DE MADEIRA - VANTAGENS
Obtida em grandes quantidades a preço
competitivo, existindo reservas para renovação do
material;
Pode ser produzida em peças que podem ser
rapidamente desdobradas em pequenas
dimensões;
Permite ser trabalhada com ferramentas simples e
ser empregada várias vezes;
Capaz de resistir esforços de compressão como de
tração;
Tem baixa massa específica e alta resistência
mecânica;
Permite fáceis ligações e emendas;
Não estilhaça quando golpeada.
12. FÔRMAS DE MADEIRA - DESVANTAGENS
Heterogeneidade e anisotropia;
Vulnerabilidade a agentes externos,
combustibilidade, dentre outras.
Obs:
Porém, essas características se tornam mínimas
quando considerado o uso em uma estrutura temporária
como a fôrma.
13. MATERIAIS E FERRAMENTAS
Para as fôrmas de madeira, podemos utilizar:
Tábuas de madeira serrada;
Chapa de madeira compensada resinada;
Chapa de madeira compensada plastificada.
Obs:
As chapas compensadas são compostas por diversas
lâminas coladas ou por cola "branca" PVA, ou cola
fenólica. As coladas com cola fenólica são mais
resistentes ao descolamento das lâminas quando
submetidas a umidade.
14. MATERIAIS E FERRAMENTAS -
ESCORAMENTOS
Pode-se utilizar pontaletes de eucaliptos ou peças
de peroba como os caibros (5,0 x 7,0 cm; 8,0 x 8,0
cm);
16. MATERIAIS E FERRAMENTAS -
ESCORAMENTOS
Para se apoiar os pontaletes no terreno, deve-se
colocar tábuas ou pranchas para evitar recalques,
quanto mais fraco for o terreno, maior será o
pontalete;
O escoramento deve estar muito bem alinhado
para que o fundo da viga siga nível identificado em
projeto e não tenha desníveis (barrigas).
17. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS DE
MADEIRA
Devem-se prever cunhas duplas nos pés de todos os
pontaletes para possibilitar uma desforma mais fácil;
18. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS DE
MADEIRA
Nos vãos intermediários dos escoramentos devem ser
colocados cunhas de modo a permitir a colocação das
contra flechas;
Nos pontaletes com mais de 3,00m, prever travamentos
horizontais e contraventamentos para evitar flambagem;
Cada pontalete de madeira poderá ter somente uma
emenda;
A emenda somente poderá ser feita no terço superior ou
inferior do pontalete;
O número de pontaletes com emenda deverá ser inferior
a 1/3 do total de pontaletes distribuídos.
19. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESCORAS
METÁLICAS
O escoramento metálico possibilita maior
produtividade nos serviços;
Reaproveitamento total, sem desperdício;
As peças são de fácil manuseio, proporcionando
rapidez na montagem e desmontagem;
Regulagem para o nivelamento preciso dos fundos
de vigas e do fundo da laje.
20. MATERIAIS E FERRAMENTAS – PREGOS
Os pregos mais utilizados para a execução das
fôrmas são:
Fôrmas de tábuas: 18 x 27; 17 x 21;
Fôrmas de chapas: 15 x 15; 18 x 27;
Escoramentos: 18 x 30; 18 x 27.
O diâmetro deve ser escolhido entre 1/8 e 1/10 da
espessura da peça de menor espessura.
21. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA
Deve-se atentar ao projeto para indicar as
armaduras a serem utilizadas.
Podem ser pré-moldadas ou moldadas in loco;
22. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA
Sequência de moldadas in loco:
Alinhamento: Certificar que as barras estão retas, antes
do corte;
Corte: feito de acordo com as plantas de projeto
estrutural, com o auxílio de serra manual ou máquina
de corte;
Dobra: feita manualmente com o auxílio de pinos
fixados em bancada de madeira ou máquina
automática;
Emendas: por trespasse (mais comum), por solda ou
por luvas;
23. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ARMADURA
A armadura deve ser colocada nas formas de modo
a permanecer na posição correta durante a
concretagem;
24. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES
Função:
Garantir o cobrimento da armadura do fluxo de
concreto;
Evitando fissuras;
Reduzir o seu contato com a fôrma a fim de suportar
uma maior carga sem quebrar.
25. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES
Os espaçadores circulares são os mais utilizados e
seu perfil foi construído de maneira a diminuir seu
contato com a forma e o seu encaixe no ferro para
dificultar a saída;
26. MATERIAIS E FERRAMENTAS – ESPAÇADORES
O principal cuidado ao comprar espaçadores é
procurar produtos certificados. Para espaçadores
plásticos, não há certificação compulsória por parte
do Inmetro.
27. MATERIAIS E FERRAMENTAS
Acrescenta-se ainda, que na execução utilizam-se
também:
Martelo;
Serrote;
Lima;
Furadeira, etc.,
Mesa de serra circular;
Bancada com gabarito para a montagem dos painéis.
28. TRAVAMENTO
Mão francesa em sarrafo;
Travamento com sarrafo;
Sarrafo de pressão;
Travamento com gastalho metálico;
Pontaletes
Barra de ancoragem;
31. MONTAGEM
As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a
concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas
pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao
mesmo tempo;
O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das
cabeças dos pilares com apoios intermediários em
garfos ou escoras.
32. MONTAGEM - PROCEDIMENTOS
Depois de limpos os painéis das vigas, deve-se
passar desmoldante com rolo;
Lançar os painéis de fundo de vigas sobre a
cabeça dos pilares ou sobre a borda das fôrmas
dos pilares, providenciando apoios intermediários
(espaçamento mínimo de 80 cm);
Fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas
nos pilares cuidando pra que não ocorram folgas
(verificar prumo e nível);
33. MONTAGEM - PROCEDIMENTOS
Nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas
nas bases dos garfos e fixando o nível com
sarrafos pregados nos garfos (repetir nos outros
garfos até que todo o conjunto fique nivelado);
Conferir e liberar para colocação e montagem da
armadura;
Depois de colocada a armadura e todos os
embutidos (prumadas, caixas etc.) posicionar as
galgas e espaçadores a fim de garantir as
dimensões internas e o recobrimento da armadura;
Lançar e fixar os painéis laterais;
34. MONTAGEM - PROCEDIMENTOS
Travamento do molde de viga: dependendo do tipo
de viga (intermediária ou periférica) executar o
travejamento da fôrma por meio de escoras
inclinadas, chapuzes, tirantes, tensores,
encunhamentos etc., de acordo com as dimensões
dos painéis e da carga de lançamento a suportar;
Conferir todo o conjunto e partes e liberar para
concretagem, verificando principalmente:
alinhamento lateral, prumo, nível, imobilidade,
travejamento, estanqueidade, armaduras,
espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.
35. CONCRETAGEM
Nivelamento das formas da laje;
Fechamento das "bocas" na base das formas dos
pilares após a limpeza;
Vedação das juntas das formas, se necessário;
Umedecimento das formas (jato de mangueira);
Lançamento do concreto, com adensamento e
"desempeno" (regularização da superfície, com o
concreto ainda fresco, tornando-a bem acabada e
plana) .
36. CONCRETAGEM – CUIDADOS ESPECIAIS
Posicionar e prever a passagem de tubulação,
pontos de luz e caixas de passagem por vigas,
lajes, escadas antes da concretagem;
Observação do cobrimento das barras;
Posicionamento de gabaritos (tacos de madeira)
para os pilares que seguem;
Recolhimento de corpos-de-prova para controle
tecnológico do concreto;
Cura: manter o concreto endurecido úmido por 7
dias, no mínimo (ABNT), para hidratação do
cimento e obtenção da resistência de projeto;
Os serviços devem ser acompanhados por
engenheiro, mestre-de-obras, bombeiro, eletricista,
armador e carpinteiro.
37. DESFORMA
A retirada das formas deve respeitar prazos de norma
ABNT. Geralmente as faces laterais são removidas em
3 dias, as faces inferiores, com escoramento
remanescente ("reescoramento") em 14 dias e sem
reescoramento em 21 dias;
Deve ser feita a limpeza, remoção completa de pregos
e restos de argamassa.
É possível analisar e reparar falhas de concretagem
("brocas" ou "bicheiras"). Para isso é preciso analisar a
gravidade do caso; proceder à limpeza do local,
retirando partes soltas; e enfim executar o reparo, com
novo concreto.
38. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As chapas de madeira compensada são as mais
usadas, em lugar das tábuas.
Bom reaproveitamento;
Fácil desforma;
Menor número de juntas, com menor consumo de
pregos;
Permitem maior produtividade da mão de obra.
As chapas de acabamento plastificado são indicadas
para concreto aparente.
As fôrmas podem ser um produto temporário na
obra, mas a marca que deixam no empreendimento
é sentida para sempre.
São responsáveis por uma estrutura com medidas
geométricas exatas e com características perfeitas
de prumo, alinhamento, esquadro e nível.