2. Principais causas de acidentes de
trabalho em andaimes
Derrubamento ou desmoronamento:
ausência do número mínimo de travessas e de diagonais de
contraventamento;
ausência, insuficiência ou ineficácia das amarrações à
construção quer o andaime seja coberto por um toldo ou não;
abatimento das bases de apoio;
sobrecargas excessivas;
materiais em mau estado;
choque provocado por veículos.
Rotura da plataforma:
sobrecarga exagerada;
insuficiência da sua resistência ou dos seus suportes;
ausência de travessas de apoio intermédia;
materiais em mau estado.
3. Principais causas de acidentes de
trabalho em andaimes
Perda de equilíbrio de trabalhadores:
não utilização de um equipamento individual de protecção
contra as quedas, durante a montagem e desmontagem;
ausência ou utilização dos meios de acesso;
ausência ou ineficácia das guardas de segurança;
plataforma de largura insuficiente ou espaço livre excessivo
entre a plataforma e a construção.
Queda de materiais:
queda de um elemento estrutural do andaime durante a
montagem ou desmontagem;
como consequência do derrubamento ou desmoronamento de
um andaime;
rotura de uma plataforma;
ausência de rodapés.
4. Principais causas de acidentes de
trabalho em andaimes
Contacto com linhas aéreas (dos corpos ou por intermédio de um
objecto) devido a:
desrespeito pelas distâncias de segurança;
ausência de protecções.
Nos andaimes de pés móveis, para além das causas referidas
anteriormente, as causas de acidentes são:
derrubamento ou desmoronamento provocado pelo deslocamento
sobre piso irregular;
rotura de suporte de uma roda;
ausência de estabilizadores;
perdas de equilíbrio de trabalhadores provocadas por deslocamento
inopinado do andaime ou por ausência de calçamento.
5. ANDAIME FIXO (Certificados Norma NF HD 100)
1 – Base com parafuso;
2 – Travessa ou diagonal;
3 – Guarda-Costas;
4 – Varandim ou corrimão;
5 – Varandim lateral;
6 – Prumo;
7 – Plataforma;
8 – Plataforma com as
tábuas de pé;
9 – Rodapé lateral;
10 - Rodapé frontal;
11 – Suplemento do
varandim;
12 – Pé do varandim.
13 -- Escada
6. ANDAIMES
É obrigatório o emprego de andaimes nas obras
de construção civil em que os operários tenham
de trabalhar a mais de 4 m do solo ou de
qualquer superfície contínua que ofereça as
necessárias condições de segurança.
Os andaimes de altura superior a 25 m serão
previamente calculados pelo técnico
responsável, qualquer que seja o material neles
empregado.
Os andaimes serão montados de modo a
resistirem a uma carga igual ao triplo do peso
dos operários e materiais a suportar.
7. ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UM
ANDAIME
Prumos – São elementos verticais destinados a suportar os esforços transmitidos
pelas outras peças do andaime e a descarregá-los no solo;
Tábuas de pé – Servem de plano de circulação dos trabalhadores e, por vezes, de
apoio a ferramentas e algum material de construção. Podem ser em madeira ou
metálicos;
Travessanhos – São elementos horizontais, encarregados de travar os prumos na
direcção perpendicular ao plano do andaime, ligando-os à parede ou a outra fiada de
prumos. Também servem de base de apoio às tábuas de pé;
Polés – São conjuntos de dois elementos, um horizontal e outro oblíquo, que formam
um esquadro quando se ligam aos prumos e, tal como os travessanhos, se
encarregam de travá-los na direcção perpendicular ao plano do andaime, ligando-os à
parede. Também servem de apoio às tábuas de pé;
Travessas ou diagonais – São elementos que fazem o travamento entre prumos,
dispondo-se em formato de cruz, e ligando os prumos consecutivos ou não, conforme
interesse
8. PROTECÇÕES CONTRA QUEDAS EM
ALTURA
Deve ser constituído de uma protecção
sólida, de material rígido e resistente,
convenientemente fixada e instalada nos
pontos das plataformas, áreas de trabalho
e de circulação onde haja risco de queda
de pessoas e materiais.
9. GUARDA-CORPOS
Constituído por um
travessão superior
(barrote, listão,
parapeito), instalado a
uma altura de 1,00m
referida do eixo da peça
ao piso de trabalho. Um
travessão intermediário,
este situado entre o
rodapé e o travessão
superior, a uma altura de
0,45m referida do eixo da
peça ao piso de trabalho.
10. GUARDA-CABEÇAS (RODAPÉ)
Constituído por um elemento apoiado
sobre o piso de trabalho que objectiva
impedir a queda de objectos e/ou
materiais. É formado por uma peça plana
e resistente com uma altura mínima de
0,15m.
11.
12. SISTEMA DE BARREIRA COM REDE
É constituído por dois elementos
horizontais, rigidamente fixados em suas
extremidades à estrutura da construção,
sendo o vão entre os elementos superior
e inferior fechado unicamente por meio de
rede de resistência, com malha de
abertura de intervalo entre 20mm e 40mm
ou de material de resistência e
durabilidade equivalentes.
13. PASSADIÇOS
Equipamento utilizado quando os pontos
de apoio dos vãos a vencer se encontram
ao mesmo nível ou exista pouca
diferença. Quando estão situados a
alturas superiores a 2,00m é obrigatória a
existência de guarda-cabeças e
corrimãos;
14. PRANCHADAS
Equipamento utilizado quando os pontos de
apoio dos vãos a vencer se encontram a níveis
diferentes. Devem ser construídas
independentemente dos andaimes, com
travessas a ligar as vigas10 que impedem,
também, o seu escorregamento. Alguns limites
são impostos por lei (RSTCC) a este
equipamento:
Altura máxima – 9,00m
Inclinação máxima – 30%
Largura mínima – 0,60m
15. LINHA DA VIDA
Consiste num cabo,
normalmente de aço, de
comprimento variável,
estendido na horizontal,
fixado nas extremidades a
pontos de ancoragem
seguros existentes na
edificação e que tem por
objectivo a servir de
fixação aos mosquetões
dos arneses de segurança
ou dos cintos de
segurança que devem
equipar cada trabalhador.
16. LINHA DA VIDA
A sua utilização é aconselhada aquando
da execução de trabalhos em planos
elevados (montagem de vigas em
coberturas) em relação aos quais não é
tecnicamente possível a instalação de um
outro tipo de protecção colectiva mais
convencional (guarda-corpos, plataformas
de trabalho, etc).
17. SEGURANÇA NOS ANDAIMES
Colocação de guarda-corpos duplos e rodapés
Colocação de redes de protecção (dupla de preferência)
Aplicação de tábuas de pé suficientemente resistentes
Utilização de escadas de acesso em boas condições
Utilização em número suficiente de travessas e de diagonais de
contraventamento
Ancoragens bem distribuídas pela estrutura
Bases de apoio feitas em betão ou pelo menos com solipas de
madeira
Evitar sobrecargas excessivas
Não aplicação de elementos com geometria e pontos de soldadura
duvidosos
Ligação à terra de toda a estrutura metálica
18. MONTAGEM
Verificar as zonas de apoio do ANDAIME
Fazer a distribuição dos niveladores (bases)
Proceder ao seu nivelamento
Proceder á montagem em conformidade com instruções do fabricante
Verificar colocação das diagonais
Verificar as amarrações do andaime
Verificar a distância entre níveis de plataformas
Colocação de redes ou lonas de protecção requer em alguns casos
estudos concretos
Qualquer dúvida em relação ás zonas de apoio do andaime é motivo
suficiente para a suspensão da montagem.
19. Uma Montagem de Andaime Correcta
O primeiro passo para a montagem é sempre a verificação do solo.
As bases reguláveis apoiam em superfícies lisas e bastante resistentes.
Se necessário calçar as bases com madeira, que deve ser suficientemente comprida e
resistente para suportar ambas as bases de arranque, permitindo uma distribuição de carga
por igual.
Iniciar a montagem sempre pelo ponto mais elevado do terreno.
Preparar o equipamento de forma a diminuir a distância na passagem de material para a
montagem.
O nivelamento do andaime é indispensável.
As amarrações devem ser suficientes.
A fórmula mais utilizada corresponde a ca. de uma (1) amarração por 24m2
em
andaime aberto.
Em andaime fechado (com rede de Protecção) é de ca. 1 por 12m2
Se o andaime for coberto por lonas rígidas, deve recorrer a estudo prévio de ventos
e forças a aplicar. +/- 1 por 6m2
Alturas superiores a 30 m requerem um estudo e cálculo prévio de todas as cargas a suportar
pela estrutura.