[1] Solange de Carvalho Araújo escreve uma carta ao Ministro da Educação sobre as políticas públicas e inclusão digital na rede pública de ensino em Posse-GO. [2] Ela relata que as escolas têm laboratórios de informática, mas um não tem acesso à internet e os laboratórios não estão sendo muito utilizados. [3] Solange pede continuidade nos programas existentes de tecnologia educacional e infraestrutura para sustentar a inovação tecnológica nas escolas.
1. Universidade Federal de Goiás
Curso: Especialização em Mídias na Educação
Acadêmico: Solange de Carvalho Araújo
Polo UAB: Posse - Goiás
Professor Formador: João Ferreira
Orientadora Acadêmica: Noemi Vasconcelos
Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura
Disciplina: Políticas Públicas das Tecnologias
Atividade: 2
Período: 28 de Março a 04 de Abril/2012
Posse-GO, 03 de Abril de 2012.
Ao EXMO.SR.
Aloizio Mercadante
Ministro da Educação
Assuntos: Realidade na Rede Pública de Ensino do Estado em Posse-GO
Políticas públicas e inclusão digital
Meu nome é Solange de Carvalho Araújo, sou licenciada em Geografia pela Universidade
Estadual de Goiás e especializada em Metodologia do Ensino Fundamental pela Universidade
Federal de Goiás. Recentemente fui aprovada na seleção para Especialização em Mídias na
Educação, também pela mesma Universidade. Fiz dois cursos na área da informática pelo Proinfo
(Programa de Formação Continuada em Tecnologia Educacional) – Introdução à Educação Digital
(40 horas) e Ensinando e Aprendendo com as TIC (100 horas).
Sou educadora a quinze anos, no momento estou contratada temporariamente pelo Estado
de Goiás, trabalho em duas escolas com uma carga horária de 42 horas semanais, uma escola na
zona urbana e outra na zona rural. Ministro aulas a turmas do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano,
Geografia e Língua Portuguesa.
As duas escolas possuem Laboratórios de Informática, a escola na cidade está conectada a
Internet, a escola na zona rural, não. Na Gestão pública anterior havia nesses laboratórios,
dinamizadores, professores capacitados para mediar junto aos outros professores, que também
tiveram a mesma oportunidade de capacitação, mas, acredito, que para uma reorganização
administrativa no Estado os mesmos foram retirados, por hora, esses laboratórios não estão sendo
tão utilizados como antes.
No meio educacional se fala muito em “formação continuada”, hoje muitos professores
buscam essa formação, na maioria das vezes ele começa um trabalho de excelência, mas, as
mudanças que ocorrem a cada nova Gestão, frustram esse trabalho. Há algum tempo atrás era do
conhecimento de todos que apenas 15% dos brasileiros tinham acesso a Internet e que 85% estavam
fora da inclusão digital, isso mudou um pouco, porém, os alunos em sua maioria ainda não possuem
recursos tecnológicos em casa, e quando muito, só os terá na escola.
Gostaria que as políticas públicas procurassem dar continuidade aos programas já
existentes e não ficar criando novos que não irão ter prosseguimento deixando-os inacabados. É
possível se concordar com a fala da professora Léa Fagundes, em resposta, à pergunta: “O que
emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?” Revista Nova Escola (abril
2005). “A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações”. Para a
mesma, “os educadores e gestores não podem tomar iniciativa quando o estado e a administração da
educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o
processo de inovação tecnológica”.
Certa de ser atendida, ficarei no aguarde de vossa resposta.
Atenciosamente,
Solange de Carvalho Araújo