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Com o passar dos séculos, o homem trouxe para sua
companhia os animais, ou com finalidade de trabalho ou para
fins alimentares. Desde esses tempos, o ser humano teve que
se preocupar em como manter esses animais, mesmo que um
rebanho estivesse livre em um campo. Surge então, junto à
domesticação, o processo de alimentação animal. E, com o
passar dos tempos e avanço das Ciências, a simples
alimentação animal já dava lugar ao estudo da nutrição
animal.
Tem-se que estar consciente de uma pequena diferença: alimentação e nutrição. Grosso
modo, alimentar é apenas a ingestão de alimento, suprindo as necessidades psíquicas
(fome); já a nutrição busca, além da alimentação, suprir todos os requisitos do organismo,
ou seja, fornecer os "combustíveis" adequados ao funcionamento correto deste. Assim
sendo, deve-se ter uma preocupação considerável com a parte nutricional.
Atualmente, há um grande cisma sobre o assunto. Há quem defenda veementemente
ministrar apenas ração; outros estudiosos, porém, condenam veementemente a ração e
lançam a validade apenas da alimentação natural. Há também, claro, quem permaneça em
um meio termo. Todas as teorias tem sua validade e também defeitos. Uma alimentação
natural pode não suprir as necessidades nutricionais do animal, caso seja preparada
inadequadamente, ao passo que uma ração de baixa qualidade pode, além de não nutrir,
prejudicar o organismo.
O maior intuito de consumir alimento é fornecer a energia necessária às células, para que
possam desempenhar seus diversos papéis no organismo. Cada aparelho ou sistema possui
células com papéis específicos que necessitam, portanto, de nutrientes específicos ou
quantidades específicas de energia para seu funcionamento.
A energia contida nos alimentos pode ser dividida em duas categorias: energia bruta e
energia metabolizável. A energia bruta é a energia total contida no alimento; a energia
metabolizável é aquela que pode ser aproveitada pelo organismo. Ao longo da evolução, os
diversos animais desenvolveram necessidades diferenciadas, intimamente ligadas ao modo
de vida. Um coelho tem necessidades nutricionais diferentes das de um cão, que por sua vez
possui necessidades diferenciadas em relação a um gato. Com isso, a capacidade de
metabolizar a energia de um mesmo alimento também se diferencia, ou seja, a energia de
uma fruta é metabolizada de forma diferente em um cão e no ser humano, por exemplo.
Esse fato também está ligado ao desenvolvimento fisiológico: como exemplo cita-se o fato
de, em carnívoros, o comprimento dos intestinos influenciar na quantidade de alimento por
ele degradado (e metabolizado), ou seja, o homem consegue degradar mais um mesmo
alimento em relação a um cão, pois o comprimento do intestino deste é bem inferior ao
daquele.
Levando-se em conta essas considerações, diversas pesquisas chegaram às quantidades
desejáveis de cada nutriente na alimentação diária. O intuito desse texto não é defender
marcas de rações ou quais alimentos frescos oferecer. Caberá ao leitor, em conjunto com um
Médico Veterinário de confiança, estabelecer qual o melhor alimento para o cão em questão.
Dá-se, apenas, uma noção geral sobre o que deve constar na alimentação. Caso o leitor opte
por ração industrializada, escolha aquela que possua em seus ingredientes carnes leves e
vegetais, pois rações derivadas apenas de farináceos podem não oferecer nutrição adequada
e, por ventura, prejudicar o organismo; optando por alimentação fresca, veja quais desses
são de preferência do animal e, junto com o Médico Veterinário, trace um cardápio que
balanceie os nutrientes.
Alguns aspectos importantes da nutrição animal
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