1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
ENGENHARIA ELÉTRICA
LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Partida direta sem e com reversão de sentido
Raony Serrão da Silva
SÃO LUÍS
2012
3. 1 Partida direta
1.1 Teoria
É a forma mais simples de partir um motor elétrico, cuja potência seja inferior a 5 cv,
na qual as fases são ligadas diretamente ao motor. Possui como características: Partida com
tempo rápido; Pico de corrente cujas perturbações causadas são conhecidas; Possui um conju-
gado de partida elevado; É uma chave de partida de fácil implementação; Acentuada queda de
tensão no sistema de alimentação causando interferência em outros equipamentos; Cabeamento
superdimensionado acarretando um alto custo.
A corrente de partida, que pode ser cerca de 9 vezes maior do que a corrente nominal do
motor obedecendo a relação Ip/In, é diretamente proporcional à tensão de alimentação e diminui
à medida que a velocidade aumenta, como na gura 1.
Figura 1: Corrente de partida
O conjugado de partida varia proporcionalmente com o quadrado da tensão a que o motor
é submetido, como na gura 2.
Figura 2: Corrente de partida
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4. 1.2 Equipamentos Utilizados
Circuitos de força e controle: Fusível (F), Contator (K1), Botoeira NF (S0), Botoeiras
NA (S1 e S2) e Motor trifásico (M)
1.3 Esquema de ligação
Figura 3: Diagrama funcional de partida direta
1.4 Funcionamento
Acionando o motor: Ao apertar S1 a bobina do contator K1 é energizada, fechando o
contato paralelo com o botão S1, fechando o curcuito deixando a bobina de K1 energizada mesmo
com a abertura de S1, e os contatos entre as fases (L1, L2 e L3) e o motor. Desligamento do
motor: Ao apertar S0 cessa o uxo de corente na bobina do contator k1, abrindo o contato
paralelo com o botão S1 e os contatos entre as fases (L1, L2 e L3) e o motor.
2 Partida direta com reversão
2.1 Teoria
Acionar, de forma automática, um motor com reversão no sentido de rotação, somente
introduzimos o conceito de intertravamento à partida direta retirando o risco de um curto-circuito
no motor, no instante da inversão de duas fases na alimentação do mesmo, como na gura 4.
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5. Figura 4: Esquema de reversão do sentido de rotação
2.2 Equipamentos Utilizados
Circuitos de força e controle: Fusível (F), Contatores (K1 e K2), Botoeira NF (S0),
Botoeiras NA (S1 e S2) e Motor trifásico (M).
2.3 Esquema de ligação
Figura 5: Diagrama funcional de partida direta com reversão
2.4 Funcionamento
Acionando o motor em um sentido: Ao apertar S1 a bobina do contator K1 é energizada,
abrindo o circuito da bobina do contator K2, não deixando qe que energizada ao mesmo tempo
que K11 evitando um curto-circuito, também fechando o contato K1 paralelo com o botão S1,
permanecendo a bobina de K1 energizada mesmo com a abertura de S1, e fechando os contatos
entre as fases (T, S e R) e o motor.
Acionando o motor no sentido reverso: Ao apertar S2 a bobina do contator K2 é energi-
zada, abrindo o circuito da bobina de K1, não deixando que que energizada ao mesmo tempo
que K22, evitando um curto-circuito, fechando o contato K2 paralelo com o botão S2, permane-
1
Condição válida quando K2 estiver energizado
2
Condição válida quando K1 estiver energizado
4
6. cendo a bobina de K2 energizada mesmo com a abertura de S2, e fechando os contatos entre as
fases reversamente ligadas (R,S e T) e o motor.
Desligamento do motor: Ao apertar S0 cessa o uxo de corente em qualquer bobina,
abrindo os contatos paralelos com o botões S1 e S2, e os contatos entre as fases diretamente
ligadas ou reversamente ligadas e o motor.
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