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Psicologia e
Desenvolvimento Moral
Prof. Ranna Iara de Pinho
O QUE É A PSICOLOGIA MORAL?
• Aquilo que é moral ou bom que seja feito, como vimos
através do estudo das diferentes teorias morais, pode ser
enfocado de diferentes maneiras.
• Porém a partir de 1950 e 1960 a ética foi de fato aplicada as
organizações
• Questão – pessoas reais
• A psicologia moral busca conhecimento de determinantes
psicológicos do comportamento moral como o caráter, a
motivação moral, as emoções e o raciocínio.
• Quando normas morais governam com sucesso nossas ações, elas o fazem
por deixarem traços psicológicos permanentes nos agentes morais
(pessoas) cujas vidas elas governam.
• Os psicólogos morais são, portanto, aquelas pessoas que estudam os
padrões psicológicos específicos que atuam em pessoas que seguem
padrões morais. Assim, se queremos entender o comportamento moral é
preciso estudar quais estados e capacidades psicológicas atuam sobre nós
quando nos comportamos moralmente.
• A psicologia moral nada mais é do que a parte da ética que estuda os
fatores ou determinantes psicológicos do comportamento moral.
• A psicologia moral foi, durante boa parte da história
humana, objeto da atenção quase exclusiva dos filósofos.
• As pesquisas de Jean Piaget e Lawrence Kohlberg
desenvolvidas nos anos 40 e 50 foram pioneiras na
abordagem empírica do comportamento moral.
• A aproximação entre ética filosófica e psicologia empírica
(experimental) fez com que a psicologia moral adquirisse o
status de uma investigação multidisciplinar.
A motivação moral
• O problema de determinar o que nos motiva a agir moralmente é um
problema vinculado ao entendimento da função que estados psicológicos
(como crenças e desejos) e outros tipos de itens psicológicos
desempenham como forças motivadoras da ação moral.
• a motivação moral deve explicar a motivação que temos para agir bem,
para fazer coisas consideradas boas.
• Quais são os estados ou fatos psicológicos que motivam as pessoas a
agirem moralmente? Há outros elementos que podem motivar, além de
estados psicológicos?
• O problema da motivação moral é um problema vinculado às razões que
levam as pessoas a fazerem coisas com valor ou significado moral. O
simples pensamento que algo é bom é suficiente para motivar alguém a
fazer o que é bom?
Exemplo: Dar dinheiro para uma pessoa em situação de rua
• Jen está descendo a rua quando um mendigo lhe pede dinheiro.
Ela para e lhe dá um dólar, o cumprimenta e segue caminhando.
Jenparece ter feito uma ação moralmente boa. Mas o que a
motivou a realizá-la? Talvez ela tenha sido motivada pelo
pensamento que o homem precisava do dinheiro mais do que ela.
Talvez ela tenha sido motivada pelo desejo de parecer uma pessoa
boa para aqueles que a rodeiam. Talvez ela tenha sido motivada
por um surto irracional de medo do que o mendigo poderia fazer,
se ela não lhe desse esmola. E podemos fazer outras especulações,
pois cada ação tem muitas motivações possíveis. (SHROEDER et
al., 2010, p. 72)
• Há dois grupos de teorias que explicam a motivação moral. As
teorias psicológicas (que fazem referência a estados mentais
como desejo e crença) e as teorias não-psicológicas.
Cognitivista
• A motivação moral começa com uma crença ou um pensamento
(conteúdo cognitivo) sobre quais ações podem ser corretas.
Segundo Shroeder e outros, o cognitivista sustenta que, pelo
menos nos casos de ação moralmente relevantes, tais crenças
conduzem à motivação a realizar aquelas ações. Uma ação
moralmente relevante não depende de desejos antecedentes, mas
resulta primeiramente de crenças. A motivação de Jen poderia ser
explicada assim:
•
• As teorias cognitivistas, que enfatizam o papel da crença e cognição,
enfrentam dificuldades para explicar problemas vinculados à fraqueza da
vontade ou akrasia (fraqueza da vontade), uma vez que, se as concepções
sobre o que é certo fazer forem motivadoras, então o agente não deveria se
sujeitar a inclinações que divergem de sua escolha sobre o que é o melhor
a fazer.
• Os agentes que são fracos na vontade (akraticos) escolhem de modo livre e
intencional ir contra suas próprias convicções sobre o que é certo fazer. O
fenômeno da akrasia, portanto, é também um problema para a teoria
cognitivista.
• Em vista desses problemas, muitos filósofos foram levados
a especular sobre teorias alternativas, teorias que não
envolvem capacidades ou estados psicológicos específicos
como motivadores. Cabe destacar aqui duas teorias
principais: o personalismo e a teoria da consideração de
razões de Dancy, que sustentam uma concepção mais
abrangente da motivação.
O comportamento moral depende do caráter do agente?
• O caráter, por sua vez, é composto por traços morais persistentes, que se
manifestam no comportamento intersubjetivo e são reconhecidos (valorizados
ou desprezados) no interior de um determinado grupo ou comunidade moral.
• As virtudes são traços de caráter das pessoas, ou seja, um conjunto de traços de
comportamento que levam as pessoas a agirem de maneira específica em
determinadas ocasiões.
• Algumas virtudes muito apreciadas em nossa época são a honestidade,
bondade, disciplina, senso de justiça e preocupação com os outros
(solidariedade).
• Quando alguém morre, geralmente são as virtudes e os vícios morais das
pessoas que são lembrados para louvá-las ou recriminá-las. Coisas como um
caráter bondoso são louvadas, mas a arrogância, prepotência tendem a ser
criticadas.
• Aristóteles, Hume e muitos outros filósofos sustentam que é o caráter que está
na origem do bom comportamento, e essa é uma razão importante para uma
ética educativa focar no caráter.
O caráter faz com que possamos prever o comportamento
Porém há a crença na inexistência do caráter
Caráter moral robusto
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  • 2.
  • 3. O QUE É A PSICOLOGIA MORAL? • Aquilo que é moral ou bom que seja feito, como vimos através do estudo das diferentes teorias morais, pode ser enfocado de diferentes maneiras. • Porém a partir de 1950 e 1960 a ética foi de fato aplicada as organizações • Questão – pessoas reais • A psicologia moral busca conhecimento de determinantes psicológicos do comportamento moral como o caráter, a motivação moral, as emoções e o raciocínio.
  • 4. • Quando normas morais governam com sucesso nossas ações, elas o fazem por deixarem traços psicológicos permanentes nos agentes morais (pessoas) cujas vidas elas governam. • Os psicólogos morais são, portanto, aquelas pessoas que estudam os padrões psicológicos específicos que atuam em pessoas que seguem padrões morais. Assim, se queremos entender o comportamento moral é preciso estudar quais estados e capacidades psicológicas atuam sobre nós quando nos comportamos moralmente. • A psicologia moral nada mais é do que a parte da ética que estuda os fatores ou determinantes psicológicos do comportamento moral.
  • 5. • A psicologia moral foi, durante boa parte da história humana, objeto da atenção quase exclusiva dos filósofos. • As pesquisas de Jean Piaget e Lawrence Kohlberg desenvolvidas nos anos 40 e 50 foram pioneiras na abordagem empírica do comportamento moral. • A aproximação entre ética filosófica e psicologia empírica (experimental) fez com que a psicologia moral adquirisse o status de uma investigação multidisciplinar.
  • 6. A motivação moral • O problema de determinar o que nos motiva a agir moralmente é um problema vinculado ao entendimento da função que estados psicológicos (como crenças e desejos) e outros tipos de itens psicológicos desempenham como forças motivadoras da ação moral. • a motivação moral deve explicar a motivação que temos para agir bem, para fazer coisas consideradas boas. • Quais são os estados ou fatos psicológicos que motivam as pessoas a agirem moralmente? Há outros elementos que podem motivar, além de estados psicológicos? • O problema da motivação moral é um problema vinculado às razões que levam as pessoas a fazerem coisas com valor ou significado moral. O simples pensamento que algo é bom é suficiente para motivar alguém a fazer o que é bom?
  • 7. Exemplo: Dar dinheiro para uma pessoa em situação de rua • Jen está descendo a rua quando um mendigo lhe pede dinheiro. Ela para e lhe dá um dólar, o cumprimenta e segue caminhando. Jenparece ter feito uma ação moralmente boa. Mas o que a motivou a realizá-la? Talvez ela tenha sido motivada pelo pensamento que o homem precisava do dinheiro mais do que ela. Talvez ela tenha sido motivada pelo desejo de parecer uma pessoa boa para aqueles que a rodeiam. Talvez ela tenha sido motivada por um surto irracional de medo do que o mendigo poderia fazer, se ela não lhe desse esmola. E podemos fazer outras especulações, pois cada ação tem muitas motivações possíveis. (SHROEDER et al., 2010, p. 72) • Há dois grupos de teorias que explicam a motivação moral. As teorias psicológicas (que fazem referência a estados mentais como desejo e crença) e as teorias não-psicológicas.
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  • 9. Cognitivista • A motivação moral começa com uma crença ou um pensamento (conteúdo cognitivo) sobre quais ações podem ser corretas. Segundo Shroeder e outros, o cognitivista sustenta que, pelo menos nos casos de ação moralmente relevantes, tais crenças conduzem à motivação a realizar aquelas ações. Uma ação moralmente relevante não depende de desejos antecedentes, mas resulta primeiramente de crenças. A motivação de Jen poderia ser explicada assim: •
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  • 12. • As teorias cognitivistas, que enfatizam o papel da crença e cognição, enfrentam dificuldades para explicar problemas vinculados à fraqueza da vontade ou akrasia (fraqueza da vontade), uma vez que, se as concepções sobre o que é certo fazer forem motivadoras, então o agente não deveria se sujeitar a inclinações que divergem de sua escolha sobre o que é o melhor a fazer. • Os agentes que são fracos na vontade (akraticos) escolhem de modo livre e intencional ir contra suas próprias convicções sobre o que é certo fazer. O fenômeno da akrasia, portanto, é também um problema para a teoria cognitivista.
  • 13. • Em vista desses problemas, muitos filósofos foram levados a especular sobre teorias alternativas, teorias que não envolvem capacidades ou estados psicológicos específicos como motivadores. Cabe destacar aqui duas teorias principais: o personalismo e a teoria da consideração de razões de Dancy, que sustentam uma concepção mais abrangente da motivação.
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  • 16. O comportamento moral depende do caráter do agente? • O caráter, por sua vez, é composto por traços morais persistentes, que se manifestam no comportamento intersubjetivo e são reconhecidos (valorizados ou desprezados) no interior de um determinado grupo ou comunidade moral. • As virtudes são traços de caráter das pessoas, ou seja, um conjunto de traços de comportamento que levam as pessoas a agirem de maneira específica em determinadas ocasiões. • Algumas virtudes muito apreciadas em nossa época são a honestidade, bondade, disciplina, senso de justiça e preocupação com os outros (solidariedade). • Quando alguém morre, geralmente são as virtudes e os vícios morais das pessoas que são lembrados para louvá-las ou recriminá-las. Coisas como um caráter bondoso são louvadas, mas a arrogância, prepotência tendem a ser criticadas. • Aristóteles, Hume e muitos outros filósofos sustentam que é o caráter que está na origem do bom comportamento, e essa é uma razão importante para uma ética educativa focar no caráter.
  • 17. O caráter faz com que possamos prever o comportamento
  • 18. Porém há a crença na inexistência do caráter