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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ


             GRAZIELE BRUGNAGO
             ROSA FIDÊNCIO VIEIRA




A INFLUÊNCIA DO BELO NO CONSUMO DE COSMÉTICOS




              Balneário Camboriú
                     2007
GRAZIELE BRUGNAGO
             ROSA FIDÊNCIO VIEIRA




A INFLUÊNCIA DO BELO NO CONSUMO DE COSMÉTICOS




                      Trabalho de Conclusão de Curso
                      apresentado como requisito para
                      avaliação da Banca Examinadora,
                      do curso de Cosmetologia e
                      Estética da Universidade do Vale
                      do Itajaí, Centro de Educação
                      Balneário Camboriú.

                      Orientadora:   Juliana   Cristina
                      Gallas




              Balneário Camboriú
                     2007
A influência do belo no consumo de cosméticos.

Graziele Brugnago1 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética, da
Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina ( Univali) .
Rosa Fidêncio Vieira2 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética, da
Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina ( Univali) .
Juliana Cristina Gallas3 – Administradora, mestranda, professora do curso de
Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

Contato
1
    graziele.brugnago@univali.br
2
    rosaduge@hotmail.com
3
    jugallas@univali.br




RESUMO


        O conceito de consumo está contextualizado no mundo capitalista da
beleza padrão, o interesse da pesquisa por este tema foi despertado pela
constatação do crescimento e rentabilidade do setor da beleza, o consumo de
cosmético através do belo. O belo, uma visão de padrão de beleza impostos
pelo convívio social que determina os objetos que devem ser consumidos,
sendo aceitos pela sociedade, estimula as consumidoras, através da mídia a
procurar o que é belo a partir dos padrões de serviços de beleza, tais como
cosméticos, esteticistas, médicos estéticos, academias, nutricionistas, spa’s e
afins. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar o aumento do
consumo na área da beleza, tanto nos cosméticos quanto no consumo e
procura dos profissionais da área da beleza. O público alvo da pesquisa foi
restrito às usuárias de cosméticos, pertencentes às classes A e B, variando
entre 15 e 60 anos, residentes nas cidades de Balneário Camboriú e Itajaí e
freqüentadoras de dois salões de beleza, que responderam ao questionário
elaborado para esta pesquisa.

Palavras-chave: Beleza. Cosméticos. Consumidor.
INTRODUÇÃO


      Os valores estéticos atualmente empregados, surgiram na Grécia
Clássica, quando os gregos difundiram o gosto pela harmonia, proporção das
formas e equilíbrio perfeito, criando os padrões de beleza imitados até hoje. O
deus Apolo era modelo de beleza e proporção, tanto que, os pintores e
escultores, usavam as partes do corpo que achavam belos, de vários modelos,
para reproduzir o deus grego. (KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000)
      Estes padrões de beleza acompanharam a humanidade ao longo dos
anos, tendo poucos períodos em que foram alterados, para corresponder a
moda ditada em cada época. Não alterando porém, que os padrões de beleza,
na maioria da vezes, eram inspirados em personagens famosos. Quando o
cliente decidi cortar os cabelos num salão de beleza, a maioria ressalta ao
cabeleireiro que faça um corte igual ao da heroína da novela, ou baseiam-se
nas revistas especializadas, que mostram as modas mais recentes. (KURY;
HARGREAVES; VALENÇA, 2000).
      O belo é um tema subjetivo pois depende da concepção, cultura e meio
social de quem esta observando. No Brasil, a mídia apresenta um padrão de
beleza quase que inatingível para a maioria das mulheres, e como está
correlacionada com a idade, o uso de recursos para recuperação da juventude
e beleza estão cada dia mais evoluídos, tanto nos cosméticos quanto nos
procedimentos cirúrgicos. (TEIXEIRA, 2002)
      No mundo todo, o aumento da procura pela beleza imposta pela
sociedade e pela mídia, está em constante crescimento. O que leva a discutir
quais os fatores que afetam o público masculino e feminino no consumo
exagerado de produtos e serviços de beleza e estética com o objetivo de
analisar o aumento do consumo de cosméticos através de uma pesquisa
quantitativa exploratória, por meio de um questionário. A evolução do
cosmético e da medicina estética abre uma gama de opções para o
consumidor, levando-o cada vez mais a investir em produtos que os ajudem a
atingir os padrões de beleza hoje impostos.
A BELEZA E O COSMÉTICO


      A beleza é algo que chama a atenção do homem desde o início dos
tempos. Seja na literatura, na pintura, na arte ou no próprio homem. Os
pintores famosos procuravam modelos que lhes eram belas para pintarem. “ É
nos ateliês que se acumulam, desde o fim do século XV, retratos de mulheres
escolhidas menos por seu prestígio ou seu estatuto social do que por sua
beleza.” (VIGARELLO, 2006). A beleza humana sempre foi cultuada, conforme
as imposições de sua época. No século XVI, o corpo considerado belo era um
corpo “carnudo, cheio de curvas”. “O corpo feminino em particular ganha então
uma espessura e uma carnação que não tinha. A aparência se torna mais
polpuda, o contorno mais consistente.” (VIGARELLO, 2006). É no século XVI
que surgem os manuais de boas maneiras, que tomam conta da corte, e a
inclusão de perucas, maquiagens, jóias, sedas e sapatos altos, tanto para os
homens quanto para as mulheres. ( KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000).
      No século XVII os rostos deixam de ser um branco uniforme, para
colorir-se de vermelho, as mulheres nobres usam espartilhos feitos nos corpos
para apertarem os seios e abdômen e corrigir a postura, deixando-a quase com
corpo de homem. A partir do século XIX o padrão de beleza começa a mudar,
tornando os corpos mais delgados., passando pelos espartilhos do século
XVIII, quando também, a maquiagem começou a adquirir nuanças variadas,
tornando a busca pela individualização possível e, deixando de ser caseira,
tornou-se especialidade de boticários e perfumistas. “O comércio se
multiplicou. Hierarquizou-se. Comissários e subempreiteiros se instituíram,
enquanto o comércio ambulante difundia os produtos mais comuns: pós para
as perucas, pomadas para as mãos.” (VIGARELLO, 2006).         Foi no fim do
século XIX que iniciou a alusão aos regimes e exercícios para emagrecer,
criando o mercado do embelezamento, as indústrias produzem artigos de
beleza em larga escala, tornando-os mais baratos. (KURY; HARGREAVES;
VALENÇA, 2000). Nos anos 50, começaram a surgir produtos para controlar o
peso. Na década de 60, as mulheres que sofrem cobranças quanto à beleza,
começam a colorir os fios brancos ou colorem para parecerem as deusas do
cinema e da televisão. (KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000).
Assim, as transformações foram aparecendo como cascatas até os dias
atuais, com novas tecnologias e a comunicação mais acessível, tornando o
mercado da beleza num mercado em ascensão. A Cosmética e a Dermatologia
têm evoluido de modo extraordinário nos últimos anos, somando recursos e
esforços para que os tratamentos de pele tenham resultados cada vez mais
promissores (KEDE; SABATOVICH, 2004)
          Em matéria intitulada Beleza sem Fronteira, que apresenta uma
entrevista com Andrea Jung, presidente mundial da Avon, publicada pela
revista     Veja   (2001b,   p.   11-15),   encontram-se   importantes   dados   e
considerações sobre cosméticos(...) comprovando que a Avon é uma das
maiores multinacionais da área, encontra-se que ela está presente em 140
países e tem um faturamento anual em torno de 7 bilhões de dólares.
(TEIXEIRA, 2002)
          Esta matéria mostra o que a mídia veicula todos os dias sobre o
aumento da indústria dos cosméticos. De acordo com o estudo realizado por
Teixeira (2002) com 30.000 mulheres em 33 países... Dessas, 82% disseram
que produtos de beleza são uma necessidade, e não um luxo. A vaidade é um
valor universal." A compreensão da relação entre indivíduos e objetos de
consumo, suscita o entendimento do homem como um ser dotado de
necessidades sociais que sobrepujam as necessidades naturais.
          Esta corrida pela beleza muitas vezes é imposta pela sociedade, já que
é imprescindível, em anúncios de empregos, boa aparência, o que, na maioria
dos casos, está associada à beleza corporal humana, além de que homens e
mulheres buscam atributos de beleza em seus parceiros, assim afirmando o
valor generalizado dispensado à beleza. A obtenção de emprego e a escolha
de parceiro sexual, dão retorno positivo à pessoas belas. Outra recompensa
que a beleza dá às pessoas é a simpatia, confiança, auxílio financeiro e
parceiros sexuais, com maior grau de facilidade do que para as pessoas
consideradas menos belas. (TEIXEIRA, 2002)
          A crescente busca humana pela preservação do vigor, da juventude, da
beleza e da aparência saudável e os apelos da mídia, têm sido incentivados
pelos avanços tecnológicos ocorridos na medicina, biotecnologia, cosmética,
etc. O mercado dos cosméticos está em ascensão, aumentando a
competitividade, exigindo um posicionamento estratégico bem estruturado e o
fortalecimento e diferenciação de princípios ativos e resultados. O mercado da
beleza emprega direta e indiretamente 2,5 milhões de pessoas e vem criando
atrativos para novos investimentos e negócios. Segundo dados do IBGE
(2006), o mercado dos cosméticos cresce aproximadamente 10% ao ano,
atento aos desejos e necessidades do consumidor, acompanhando a moda e a
alta tecnologia. Os fabricantes de cosméticos devem estar atentos aos desejos,
novas tendências e materializá-las criando produtos ou aperfeiçoando produtos
já existentes no mercado, para a disputa acirrada entre a concorrência.
(MELO; SANTANA; BRITO, 2005). No Brasil, é um mercado ascendente. A
entrada das mulheres no mercado de trabalho, seria um dos motivos deste
aumento do setor. (PACHIONE, 2002).




METODOLOGIA


      Foi realizado um estudo do tipo quantitativo exploratório, sendo
realizado um questionário com perguntas pertinentes ao assunto abordado na
pesquisa, e respondido por consumidoras das classes A e B, que freqüentam
os salões de beleza em Balneário Camboriú e Itajaí, afim de obtenção de
dados sobre o consumo de produtos cosméticos e a importância que elas dão
à beleza imposta pela sociedade atual. Foi realizado também pesquisa em
referenciais teóricos como: livros, revistas, jornais e sites para a elaboração.
Atribuindo também relatos apresentados em materiais da área da beleza e
estética que não estão ligados a materiais didáticos e teóricos.




ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS


      O resultado da análise dos questionários, nos mostra que, apesar de
algumas mulheres terem respondido serem pouco vaidosas e terem um gasto
baixo com produtos de beleza, em sua grande maioria, responderam que
carregam algum tipo de cosmético na bolsa e, de fazerem uso deles desde a
adolescência. Outro ponto analisado, foi que a maioria respondeu não serem
influenciadas pelos meios de comunicação para o consumo de cosméticos,
mas acham que os padrões de beleza são projetados pela mídia. O
questionário também nos mostra que apesar de que, para algumas mulheres o
consumo de cosméticos não ser uma prioridade, em sua totalidade, é
consumido por algum motivo, seja ele uma necessidade ou não.




RESULTADOS DA PESQUISA




      Figura 1 – Quanto a profissão dos entrevistados




                                  Autônoma                     Outros
                                     25%
                                                               Autônoma
                   Outros
                                             Estudante         Estudante
                    36%
                                                17%            Educação
                   Empresárias           Educação              Saúde
                       6%        Saúde     11%                 Empresárias
                                  5%




       Fonte – autores
Figura 2 – Quanto ao uso de cosméticos




                                  Consumo




                         M édio
                          45%                    Raramente
                                                 Pouco
                                         Muito   Médio
              Pouco                       21%    Muito
               25%                               Exagerado
                      Raramente     Exagerado
                          7%           2%




 Fonte – autores




Figura 3 – Quanto ao perfil das entrevistadas
Perfil


                            Nada
          Extremamente     Vaidosa                  Nada Vaidosa
             Vaidosa          4%
               7%
                                                    Pouco Vaidosa
                                        Pouco
           Vaidosa                     Vaidosa      Vaidosa
             44%                         45%
                                                    Extremamente
                                                    Vaidosa



 Fonte – autores



Figura 4 – Quanto ao cosméticos na bolsa




                           Cosmético na Bolsa


                     Não
                     18%

                                                              Sim
                                                              Não


                                              Sim
                                              82%


 Fonte – autores




Figura 5 – Quanto ao tempo de uso de cosméticos
Tempo de Uso




                   Desde a
                 adolescência                        Sempre Usei
Sempre Usei          38%                             Desde a adolescência
   22%                               Desde os 20
                                                     Desde os 20 anos
                                        anos
                                                     Desde os 30 anos
                                        22%
  Nunca usei                                         Desde os 40 anos
     1%                    Desde os 30               Desde 1 ano atrás
                              anos                   Nunca usei
     Desde 1 ano
                              12%
        atrás    Desde os 40
         3%         anos
                     2%

    Fonte – autores




   Figura 6 – Quanto a influência dos meios de comunicação




                            Influência da Comunicação



                         Televisão
               Jornais                         Sim
                            16%
                 0%                            32%              Sim
                                                                Não
          Revistas
                                                                Revistas
            16%
                                                                Jornais
                                                                Televisão
                                     Não
                                     36%




    Fonte – autores
Figura 7 – Quanto a projeção em ídolos




                         Projetados em Ídolos




             Não
             40%
                                                         Sim
                                                         Não
                                                Sim
                                                60%




 Fonte – autores



Figura 8 – Quanto ao uso de cosméticos por necessidade




                         Uso por Necessidade




                   Não
                   42%
                                                         Sim
                                           Sim           Não
                                           58%




 Fonte – autores
Figura 9 – Quanto a análise da necessidade ou supérfluo




                          Análise da Necessidade


                        Não
                        29%
                                                                   Sim
                                                                   Não
                                           Sim
                                           71%



 Fonte – autores



Figura 10 – Quanto ao perfil do consumidor




                              Perfil Consumidor




                                                      Compra pouco
                   Só compra o
                   que necessita
                                                      Só compra o que
                       51%
                                                      necessita
                                         Exagera às   Exagera às vezes
           Compra                          vezes
            pouco                           24%
                                   Exagera            Exagera sempre
             15%
                    Compulsiva     sempre
                       4%            6%               Compulsiva




 Fonte – autores
CONSIDERAÇÕES FINAIS


      Este artigo mostra como surgiu a importância do belo em relação à
sociedade e aos padrões de beleza atuais. O que as pessoas buscam nos
cosméticos e nos métodos de obtenção da beleza, como tratamentos estéticos
e cirúrgicos. Apesar dos resultados da pesquisa obterem dados contraditórios,
fica implícito o interesse das pessoas em buscar cada vez mais, recursos para
a recuperação ou manutenção da beleza, como fins sociais ou para seu bem-
estar. Este trabalho se propõe como base para futuros estudos, direcionado
para uma análise da influência da mídia, especificamente novelas, nos hábitos
de consumo de cosméticos.
REFERÊNCIAS


PACHIONE, R. Revista Atualidades: SETOR DEMANDA MAIS INSUMOS E
TECNOLOGIA. 2002. Disponível em: http://www.quimica.com.br/revista


TEIXEIRA, S. A. Artigos PRODUÇÃO E CONSUMO SOCIAL DA BELEZA.
UFRS, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo


MELO, A. C. E. S.; SANTANA, C. M. B.; BRITO, M. E. G. Monografia.
IMAGINÁRIO FEMININO NO CONSUMO DE COSMÉTICOS: Um estudo
sobre a significação das marcas de cremes faciais e o uso desses produtos
para    o     público    feminino.     UFBA,     2005.   Disponível   em:
http://www.adm.afba.br/CPA_monografias/novo/Monografia_CremesFaciais.pdf


KEDE, M. P. V., SABATOVICH, O. DERMATOLOGIA ESTÉTICA. São Paulo.
Ed. Atheneu, 2004.


VIGARELLO, Georges. HISTÓRIA DA BELEZA: O corpo e a arte de se
embelezar, do Renascimento aos dias de hoje. Rio de Janeiro. Ediouro,
2006.

KURY, L.; HARGREAVES, L.; VALENÇA, M. T. RITOS DO CORPO. Rio de
Janeiro. Ed. Senac Nacional, 2000.
ANEXO I


                         QUESTIONÁRIO DE PESQUISA



1) Qual a sua profissão ou ocupação?
( ) Estudante       ( ) Profissional da saúde       ( ) Profissional da Educação
( ) Autônoma         ( ) Empresária                  ( ) Outros

2) Você costuma fazer uso de cosméticos?
( ) Raramente    ( ) Pouco       ( ) Médio       ( ) Muito     ( ) Exagerado

3) Qual o seu gasto mensal com cosmético?
( ) Abaixo de R$ 20,00 ( ) R$ 30,00 ( ) R$ 50,00        ( ) R$ 100,00
( ) R$ 200,00 ( ) Acima de R$ 300,00

4) Quanto ao seu perfil de consumidora de cosméticos, você se acha:
( ) Nada vaidosa ( ) Pouco vaidosa ( ) Vaidosa ( ) Extremamente vaidosa

5) Você tem cosméticos e perfumaria na bolsa?    ( ) Sim     ( ) Não

6) Há quanto tempo você faz uso de cosméticos?
( ) Sempre usei ( ) Desde a adolescência ( ) Desde os 20 anos
( ) Desde os 30 anos ( ) Desde os 40 anos ( ) Desde 1 ano atrás
( ) Nunca usei

7) Você é influenciada pelos meios de comunicação para consumir cosméticos?
( ) Sim ( ) Não
   Quais? ( ) Revistas ( ) Jornais ( ) Televisão

8) Na sua opinião, os padrões de beleza são projetados em cima de ídolos?
( ) Sim ( ) Não

9) Você faz uso de cosméticos por alguma necessidade?
( ) Sim ( ) Não

10) Ao comprar um cosmético, você analisa se ele é uma necessidade ou supérfluo?
( ) Sim ( ) Não

11) Você se considera uma consumidora:
( ) Compra pouco
( ) Só compra o que necessita
( ) Exagera às vezes
( ) Exagera sempre
( ) Compulsiva
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Modelo de questionário

  • 1. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ GRAZIELE BRUGNAGO ROSA FIDÊNCIO VIEIRA A INFLUÊNCIA DO BELO NO CONSUMO DE COSMÉTICOS Balneário Camboriú 2007
  • 2. GRAZIELE BRUGNAGO ROSA FIDÊNCIO VIEIRA A INFLUÊNCIA DO BELO NO CONSUMO DE COSMÉTICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para avaliação da Banca Examinadora, do curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientadora: Juliana Cristina Gallas Balneário Camboriú 2007
  • 3. A influência do belo no consumo de cosméticos. Graziele Brugnago1 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética, da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina ( Univali) . Rosa Fidêncio Vieira2 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética, da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina ( Univali) . Juliana Cristina Gallas3 – Administradora, mestranda, professora do curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Contato 1 graziele.brugnago@univali.br 2 rosaduge@hotmail.com 3 jugallas@univali.br RESUMO O conceito de consumo está contextualizado no mundo capitalista da beleza padrão, o interesse da pesquisa por este tema foi despertado pela constatação do crescimento e rentabilidade do setor da beleza, o consumo de cosmético através do belo. O belo, uma visão de padrão de beleza impostos pelo convívio social que determina os objetos que devem ser consumidos, sendo aceitos pela sociedade, estimula as consumidoras, através da mídia a procurar o que é belo a partir dos padrões de serviços de beleza, tais como cosméticos, esteticistas, médicos estéticos, academias, nutricionistas, spa’s e afins. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar o aumento do consumo na área da beleza, tanto nos cosméticos quanto no consumo e procura dos profissionais da área da beleza. O público alvo da pesquisa foi restrito às usuárias de cosméticos, pertencentes às classes A e B, variando entre 15 e 60 anos, residentes nas cidades de Balneário Camboriú e Itajaí e freqüentadoras de dois salões de beleza, que responderam ao questionário elaborado para esta pesquisa. Palavras-chave: Beleza. Cosméticos. Consumidor.
  • 4. INTRODUÇÃO Os valores estéticos atualmente empregados, surgiram na Grécia Clássica, quando os gregos difundiram o gosto pela harmonia, proporção das formas e equilíbrio perfeito, criando os padrões de beleza imitados até hoje. O deus Apolo era modelo de beleza e proporção, tanto que, os pintores e escultores, usavam as partes do corpo que achavam belos, de vários modelos, para reproduzir o deus grego. (KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000) Estes padrões de beleza acompanharam a humanidade ao longo dos anos, tendo poucos períodos em que foram alterados, para corresponder a moda ditada em cada época. Não alterando porém, que os padrões de beleza, na maioria da vezes, eram inspirados em personagens famosos. Quando o cliente decidi cortar os cabelos num salão de beleza, a maioria ressalta ao cabeleireiro que faça um corte igual ao da heroína da novela, ou baseiam-se nas revistas especializadas, que mostram as modas mais recentes. (KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000). O belo é um tema subjetivo pois depende da concepção, cultura e meio social de quem esta observando. No Brasil, a mídia apresenta um padrão de beleza quase que inatingível para a maioria das mulheres, e como está correlacionada com a idade, o uso de recursos para recuperação da juventude e beleza estão cada dia mais evoluídos, tanto nos cosméticos quanto nos procedimentos cirúrgicos. (TEIXEIRA, 2002) No mundo todo, o aumento da procura pela beleza imposta pela sociedade e pela mídia, está em constante crescimento. O que leva a discutir quais os fatores que afetam o público masculino e feminino no consumo exagerado de produtos e serviços de beleza e estética com o objetivo de analisar o aumento do consumo de cosméticos através de uma pesquisa quantitativa exploratória, por meio de um questionário. A evolução do cosmético e da medicina estética abre uma gama de opções para o consumidor, levando-o cada vez mais a investir em produtos que os ajudem a atingir os padrões de beleza hoje impostos.
  • 5. A BELEZA E O COSMÉTICO A beleza é algo que chama a atenção do homem desde o início dos tempos. Seja na literatura, na pintura, na arte ou no próprio homem. Os pintores famosos procuravam modelos que lhes eram belas para pintarem. “ É nos ateliês que se acumulam, desde o fim do século XV, retratos de mulheres escolhidas menos por seu prestígio ou seu estatuto social do que por sua beleza.” (VIGARELLO, 2006). A beleza humana sempre foi cultuada, conforme as imposições de sua época. No século XVI, o corpo considerado belo era um corpo “carnudo, cheio de curvas”. “O corpo feminino em particular ganha então uma espessura e uma carnação que não tinha. A aparência se torna mais polpuda, o contorno mais consistente.” (VIGARELLO, 2006). É no século XVI que surgem os manuais de boas maneiras, que tomam conta da corte, e a inclusão de perucas, maquiagens, jóias, sedas e sapatos altos, tanto para os homens quanto para as mulheres. ( KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000). No século XVII os rostos deixam de ser um branco uniforme, para colorir-se de vermelho, as mulheres nobres usam espartilhos feitos nos corpos para apertarem os seios e abdômen e corrigir a postura, deixando-a quase com corpo de homem. A partir do século XIX o padrão de beleza começa a mudar, tornando os corpos mais delgados., passando pelos espartilhos do século XVIII, quando também, a maquiagem começou a adquirir nuanças variadas, tornando a busca pela individualização possível e, deixando de ser caseira, tornou-se especialidade de boticários e perfumistas. “O comércio se multiplicou. Hierarquizou-se. Comissários e subempreiteiros se instituíram, enquanto o comércio ambulante difundia os produtos mais comuns: pós para as perucas, pomadas para as mãos.” (VIGARELLO, 2006). Foi no fim do século XIX que iniciou a alusão aos regimes e exercícios para emagrecer, criando o mercado do embelezamento, as indústrias produzem artigos de beleza em larga escala, tornando-os mais baratos. (KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000). Nos anos 50, começaram a surgir produtos para controlar o peso. Na década de 60, as mulheres que sofrem cobranças quanto à beleza, começam a colorir os fios brancos ou colorem para parecerem as deusas do cinema e da televisão. (KURY; HARGREAVES; VALENÇA, 2000).
  • 6. Assim, as transformações foram aparecendo como cascatas até os dias atuais, com novas tecnologias e a comunicação mais acessível, tornando o mercado da beleza num mercado em ascensão. A Cosmética e a Dermatologia têm evoluido de modo extraordinário nos últimos anos, somando recursos e esforços para que os tratamentos de pele tenham resultados cada vez mais promissores (KEDE; SABATOVICH, 2004) Em matéria intitulada Beleza sem Fronteira, que apresenta uma entrevista com Andrea Jung, presidente mundial da Avon, publicada pela revista Veja (2001b, p. 11-15), encontram-se importantes dados e considerações sobre cosméticos(...) comprovando que a Avon é uma das maiores multinacionais da área, encontra-se que ela está presente em 140 países e tem um faturamento anual em torno de 7 bilhões de dólares. (TEIXEIRA, 2002) Esta matéria mostra o que a mídia veicula todos os dias sobre o aumento da indústria dos cosméticos. De acordo com o estudo realizado por Teixeira (2002) com 30.000 mulheres em 33 países... Dessas, 82% disseram que produtos de beleza são uma necessidade, e não um luxo. A vaidade é um valor universal." A compreensão da relação entre indivíduos e objetos de consumo, suscita o entendimento do homem como um ser dotado de necessidades sociais que sobrepujam as necessidades naturais. Esta corrida pela beleza muitas vezes é imposta pela sociedade, já que é imprescindível, em anúncios de empregos, boa aparência, o que, na maioria dos casos, está associada à beleza corporal humana, além de que homens e mulheres buscam atributos de beleza em seus parceiros, assim afirmando o valor generalizado dispensado à beleza. A obtenção de emprego e a escolha de parceiro sexual, dão retorno positivo à pessoas belas. Outra recompensa que a beleza dá às pessoas é a simpatia, confiança, auxílio financeiro e parceiros sexuais, com maior grau de facilidade do que para as pessoas consideradas menos belas. (TEIXEIRA, 2002) A crescente busca humana pela preservação do vigor, da juventude, da beleza e da aparência saudável e os apelos da mídia, têm sido incentivados pelos avanços tecnológicos ocorridos na medicina, biotecnologia, cosmética, etc. O mercado dos cosméticos está em ascensão, aumentando a competitividade, exigindo um posicionamento estratégico bem estruturado e o
  • 7. fortalecimento e diferenciação de princípios ativos e resultados. O mercado da beleza emprega direta e indiretamente 2,5 milhões de pessoas e vem criando atrativos para novos investimentos e negócios. Segundo dados do IBGE (2006), o mercado dos cosméticos cresce aproximadamente 10% ao ano, atento aos desejos e necessidades do consumidor, acompanhando a moda e a alta tecnologia. Os fabricantes de cosméticos devem estar atentos aos desejos, novas tendências e materializá-las criando produtos ou aperfeiçoando produtos já existentes no mercado, para a disputa acirrada entre a concorrência. (MELO; SANTANA; BRITO, 2005). No Brasil, é um mercado ascendente. A entrada das mulheres no mercado de trabalho, seria um dos motivos deste aumento do setor. (PACHIONE, 2002). METODOLOGIA Foi realizado um estudo do tipo quantitativo exploratório, sendo realizado um questionário com perguntas pertinentes ao assunto abordado na pesquisa, e respondido por consumidoras das classes A e B, que freqüentam os salões de beleza em Balneário Camboriú e Itajaí, afim de obtenção de dados sobre o consumo de produtos cosméticos e a importância que elas dão à beleza imposta pela sociedade atual. Foi realizado também pesquisa em referenciais teóricos como: livros, revistas, jornais e sites para a elaboração. Atribuindo também relatos apresentados em materiais da área da beleza e estética que não estão ligados a materiais didáticos e teóricos. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS O resultado da análise dos questionários, nos mostra que, apesar de algumas mulheres terem respondido serem pouco vaidosas e terem um gasto baixo com produtos de beleza, em sua grande maioria, responderam que carregam algum tipo de cosmético na bolsa e, de fazerem uso deles desde a adolescência. Outro ponto analisado, foi que a maioria respondeu não serem influenciadas pelos meios de comunicação para o consumo de cosméticos,
  • 8. mas acham que os padrões de beleza são projetados pela mídia. O questionário também nos mostra que apesar de que, para algumas mulheres o consumo de cosméticos não ser uma prioridade, em sua totalidade, é consumido por algum motivo, seja ele uma necessidade ou não. RESULTADOS DA PESQUISA Figura 1 – Quanto a profissão dos entrevistados Autônoma Outros 25% Autônoma Outros Estudante Estudante 36% 17% Educação Empresárias Educação Saúde 6% Saúde 11% Empresárias 5% Fonte – autores
  • 9. Figura 2 – Quanto ao uso de cosméticos Consumo M édio 45% Raramente Pouco Muito Médio Pouco 21% Muito 25% Exagerado Raramente Exagerado 7% 2% Fonte – autores Figura 3 – Quanto ao perfil das entrevistadas
  • 10. Perfil Nada Extremamente Vaidosa Nada Vaidosa Vaidosa 4% 7% Pouco Vaidosa Pouco Vaidosa Vaidosa Vaidosa 44% 45% Extremamente Vaidosa Fonte – autores Figura 4 – Quanto ao cosméticos na bolsa Cosmético na Bolsa Não 18% Sim Não Sim 82% Fonte – autores Figura 5 – Quanto ao tempo de uso de cosméticos
  • 11. Tempo de Uso Desde a adolescência Sempre Usei Sempre Usei 38% Desde a adolescência 22% Desde os 20 Desde os 20 anos anos Desde os 30 anos 22% Nunca usei Desde os 40 anos 1% Desde os 30 Desde 1 ano atrás anos Nunca usei Desde 1 ano 12% atrás Desde os 40 3% anos 2% Fonte – autores Figura 6 – Quanto a influência dos meios de comunicação Influência da Comunicação Televisão Jornais Sim 16% 0% 32% Sim Não Revistas Revistas 16% Jornais Televisão Não 36% Fonte – autores
  • 12. Figura 7 – Quanto a projeção em ídolos Projetados em Ídolos Não 40% Sim Não Sim 60% Fonte – autores Figura 8 – Quanto ao uso de cosméticos por necessidade Uso por Necessidade Não 42% Sim Sim Não 58% Fonte – autores
  • 13. Figura 9 – Quanto a análise da necessidade ou supérfluo Análise da Necessidade Não 29% Sim Não Sim 71% Fonte – autores Figura 10 – Quanto ao perfil do consumidor Perfil Consumidor Compra pouco Só compra o que necessita Só compra o que 51% necessita Exagera às Exagera às vezes Compra vezes pouco 24% Exagera Exagera sempre 15% Compulsiva sempre 4% 6% Compulsiva Fonte – autores
  • 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo mostra como surgiu a importância do belo em relação à sociedade e aos padrões de beleza atuais. O que as pessoas buscam nos cosméticos e nos métodos de obtenção da beleza, como tratamentos estéticos e cirúrgicos. Apesar dos resultados da pesquisa obterem dados contraditórios, fica implícito o interesse das pessoas em buscar cada vez mais, recursos para a recuperação ou manutenção da beleza, como fins sociais ou para seu bem- estar. Este trabalho se propõe como base para futuros estudos, direcionado para uma análise da influência da mídia, especificamente novelas, nos hábitos de consumo de cosméticos.
  • 15. REFERÊNCIAS PACHIONE, R. Revista Atualidades: SETOR DEMANDA MAIS INSUMOS E TECNOLOGIA. 2002. Disponível em: http://www.quimica.com.br/revista TEIXEIRA, S. A. Artigos PRODUÇÃO E CONSUMO SOCIAL DA BELEZA. UFRS, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo MELO, A. C. E. S.; SANTANA, C. M. B.; BRITO, M. E. G. Monografia. IMAGINÁRIO FEMININO NO CONSUMO DE COSMÉTICOS: Um estudo sobre a significação das marcas de cremes faciais e o uso desses produtos para o público feminino. UFBA, 2005. Disponível em: http://www.adm.afba.br/CPA_monografias/novo/Monografia_CremesFaciais.pdf KEDE, M. P. V., SABATOVICH, O. DERMATOLOGIA ESTÉTICA. São Paulo. Ed. Atheneu, 2004. VIGARELLO, Georges. HISTÓRIA DA BELEZA: O corpo e a arte de se embelezar, do Renascimento aos dias de hoje. Rio de Janeiro. Ediouro, 2006. KURY, L.; HARGREAVES, L.; VALENÇA, M. T. RITOS DO CORPO. Rio de Janeiro. Ed. Senac Nacional, 2000.
  • 16. ANEXO I QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 1) Qual a sua profissão ou ocupação? ( ) Estudante ( ) Profissional da saúde ( ) Profissional da Educação ( ) Autônoma ( ) Empresária ( ) Outros 2) Você costuma fazer uso de cosméticos? ( ) Raramente ( ) Pouco ( ) Médio ( ) Muito ( ) Exagerado 3) Qual o seu gasto mensal com cosmético? ( ) Abaixo de R$ 20,00 ( ) R$ 30,00 ( ) R$ 50,00 ( ) R$ 100,00 ( ) R$ 200,00 ( ) Acima de R$ 300,00 4) Quanto ao seu perfil de consumidora de cosméticos, você se acha: ( ) Nada vaidosa ( ) Pouco vaidosa ( ) Vaidosa ( ) Extremamente vaidosa 5) Você tem cosméticos e perfumaria na bolsa? ( ) Sim ( ) Não 6) Há quanto tempo você faz uso de cosméticos? ( ) Sempre usei ( ) Desde a adolescência ( ) Desde os 20 anos ( ) Desde os 30 anos ( ) Desde os 40 anos ( ) Desde 1 ano atrás ( ) Nunca usei 7) Você é influenciada pelos meios de comunicação para consumir cosméticos? ( ) Sim ( ) Não Quais? ( ) Revistas ( ) Jornais ( ) Televisão 8) Na sua opinião, os padrões de beleza são projetados em cima de ídolos? ( ) Sim ( ) Não 9) Você faz uso de cosméticos por alguma necessidade? ( ) Sim ( ) Não 10) Ao comprar um cosmético, você analisa se ele é uma necessidade ou supérfluo? ( ) Sim ( ) Não 11) Você se considera uma consumidora: ( ) Compra pouco ( ) Só compra o que necessita ( ) Exagera às vezes ( ) Exagera sempre ( ) Compulsiva