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Descoberta e História Henri Becquerel (1852-1908) Casal Curie A Radioactividade não é um fenómeno recente A sua descoberta é atribuída a Henri Becquerel em 1896 Um Sal de Urânio e Potássio emitia radiação invisível que escurecia uma placa fotográfica Descoberta dos Raios X por Roentgen em 1895 Nobel da Física 1903 – Becquerel e Pierre e Marie Curie
Descoberta e História Conclusões das experiências realizadas por Roentgen:   Transparência de metais desde que as placas sejam  finas. À medida que a espessura aumenta todos os materiais se tornam menos transparentes Possibilidade de ver a sombra dos ossos sobre a sombra mais ténue dos contornos das mãos  Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923 )
Características Gerais do Núcleo   Representação do  núcleo O núcleo atómico é composto de dois tipos  de partículas chamadas nucleões que são os: Protões  - carga eléctrica positiva  Neutrões  - sem carga eléctrica  Z   -  número atómico Z é igual ao número de protões do núcleo N  -  número de neutrões do núcleo A  -  número de  massa é igual ao número de nucleões:  A = N + Z  Cada espécie nuclear com um dado  Z  e  A  é chamado de nuclídeo Protões Neutrões A única excepção é o núcleo do H que só tem um protão X  -   símbolo do elemento químico
[object Object],Exemplo:   Hidrogénio ( Z =1), temos isótopos com  N =0 ( A =1),  N =1 (deutério) ( A =2) e  N =2 (trítio) ( A =3) Hidrogénio Deutério Trítio
O que é a radioactividade? ,[object Object],O fenómeno radioactivo consiste na transformação de um núcleo atómico noutro   Neste processo há libertação de partículas ou de radiação electromagnética
Origem da Radioactividade ,[object Object],Origem Natural Terrestre Cósmica Origem Artificial Antrópica
Tipos de Radioactividade ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Tipo  O que é? Penetração na pele Alcance no ar Barrado por Alfa Partícula composta de dois protões e dois neutrões. 0.0033 cm Alguns centímetros Folha de papel Beta Electrões com alta energia 0,5 cm Dezenas de centímetros Folha de alumínio (mm de espessura) Gama Radiação electromagnética (fotões) de alta energia 9,91 cm * Ilimitado Paredes de concreto (espessura superior a 1 m) * Para raios gama não se pode definir um “penetração” pois eles penetram indefinidamente. Este valor indica o espaço necessário para atenuar metade da radiação.
Radiação Alfa ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Radiação Beta Radiação Beta:  - é constituída por electrões resultantes da transformação de      neutrões em protões  ou de  protões em neutrões ;    É capaz de penetrar um centímetro nos tecidos;   Tem alta velocidade, aproximadamente 270 000 km/s. Partícula Beta Negativa Partícula Beta Positiva
Radiação Gama Radiação Gama:     Ondas electromagnéticas;   Tipo de radiação mais perigosa: pode chegar    a alterar o código genético;   Extremamente penetrantes;   Velocidade da luz (cerca de 300 000 km/s);
Alfa, Beta e Gama têm poderes de penetração diferentes papel metal concreto
Perigos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Perigos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Desastre de Chernobyl   ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Aplicações ,[object Object],Radioterapia;  Arqueologia;   Transmutação;   Energia Nuclear; Bomba atómica.
Radioterapia Especialidade médica que se ocupa do tratamento oncológico utilizando radiação – rádio.   Teleterapia:  utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioactivos ou aceleradores lineares.   Branquiterapia :  tratamento através de isótopos radioactivos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.
Arqueologia Calculo da idade de objectos através do período de meia vida Transmutações Conversão de um elemento químico em outro, geralmente através da incidência de partículas alfa. Exemplos : carbono em azoto; cobre em níquel; árgon em potássio;  chumbo em ouro.
Energia Nuclear ,[object Object],[object Object],Bomba Atómica Arma mais mortífera que o homem já conheceu está estritamente ligada à radioactividade
Necessidades Energéticas ,[object Object],[object Object],[object Object]
Vantagens ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Situação futura do mercado de energia em Portugal Mercado Português de produção de energia ,[object Object],Pressões  Soluções  ,[object Object],[object Object],Energias Renováveis ,[object Object],[object Object],Energia Nuclear Gestão da Procura ,[object Object]
Energia nuclear como solução realista  ,[object Object],[object Object],[object Object],Sem Emissões de CO2 Energia Barata Elevada Segurança Uma central nuclear não emite CO2 para a atmosfera cumprindo totalmente o protocolo de Quioto. A energia  nuclear é, em média, 28% mais barata que o carvão, 24% que o gás natural e 53% que a energia eólica.  A taxa actual de acidentes deste tipo de energia é de 5,500 anos de operação comercial por acidente.
Impacto económico da energia nuclear ,[object Object],Vantagens da Implementação de uma Central Nuclear Inversão da posição de “Importador de Energia” para “Exportador de Energia” Aumento da Competitividade de Portugal Redução do Deficit da Balança Comercial Diminuição das Assimetrias do Custo de Energia face à média da UE Cumprimento do Protocolo de Quioto
Impacto económico / Impacto na Balança Comercial ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Custo e disponibilidade das renováveis e co-geração – Contribuem mas não são a solução ,[object Object],[object Object],Fonte: REN
Fontes: life-cycle assessment of electricity generation systems and applications for climate change policy analysis, Meier, 2002, published on website Nuclear Energy Institute; own data; IEA CCGT como Back up Variação devido ao tipo de carvão ( lenhite/hulha )  e de  tecnologia ( baixa/alta-eficiência ) Ciclo de vida da produção de CO2 nas várias fileiras de energia
[object Object],[object Object],- 2.500 ton. de  carvão produzindo 5.000 ton. de CO 2 , SO 2 , cinzas e metais pesados libertados para a atmosfera - 1.500 ton. de  fuelóleo produzindo 4.800 ton. de CO 2 , SO 2  e outros - 700 ton. de  gás natural produzindo 2.400 ton. de CO 2 - 25 Kg de  urânio enriquecido produzindo 23 Kg de resíduos (apenas 1Kg de resíduos de alta actividade)
A questão dos resíduos nucleares ,[object Object],[object Object],- 2.500 ton. de  carvão produzindo 5.000 ton. de CO 2 , SO 2 , cinzas e metais pesados libertados para a atmosfera - 1.500 ton. de  fuelóleo produzindo 4.800 ton. de CO 2 , SO 2  e outros - 700 ton. de  gás natural produzindo 2.400 ton. de CO 2 - 25 Kg de  urânio enriquecido produzindo 23 Kg de resíduos (apenas 1Kg de resíduos de alta actividade)
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],A questão da segurança nuclear
Centrais próximas da fronteira e próximas de Madrid Central nuclear
Energia nuclear – uma opção realista e inevitável ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Quercus: Nuclear, não obrigado! ECONOMIA DA ENERGIA
Principais razões pelas quais se considera inviável, num quadro de desenvolvimento sustentável do país e a bem da nossa economia, a opção pela energia nuclear.
1.  Portugal tem uma enorme oportunidade na conservação de energia e eficiência energética.
As previsões de aumento em 350% do consumo de electricidade entre 1990 e 2020 são um erro tremendo em relação àquilo que está a ser desenvolvido em diversos países Europeus, onde a intensidade energética (energia consumida por produto interno bruto) tem vindo a diminuir e o consumo per capita estabilizou.  Existem várias centrais térmicas, nomeadamente um eventual caso de uma central nuclear, que não se justificam pelo enorme potencial da eficiência energética e conservação de energia, nomeadamente nos sectores residencial e serviços.
O consumo de electricidade em Portugal tem vindo a aumentar na ordem dos 6% ao ano, não sendo já argumento o nosso baixo grau de desenvolvimento.  Temos estado a crescer mal e com muitos desperdícios.  A correcção deste caminho permite perfeitamente melhorar a qualidade de vida com menor consumo de energia e menor poluição, desde a electricidade à dependência do petróleo em sectores como os transportes.  Um kWh poupado, de acordo com a Entidade Reguladora do Sector Energético, é dez vezes mais barato que um kWh a ser produzido, inclusive por energias renováveis.
2.  Potencial de implementação das energias renováveis em Portugal é enorme.
As energias renováveis têm um enorme potencial em termos de expansão no nosso país, em particular a energia eólica, biomassa e solar, sendo que a hídrica já apresenta níveis de exploração bastante consideráveis.  Quer pela produção directa de electricidade, quer pela produção de calor, Portugal apresenta condições climáticas e de uso do território que permitem a sua afirmação em termos tecnológicos e em consonância com metas estabelecidas na União Europeia que, para 2010, e para Portugal, será de 39% de energias renováveis na produção de electricidade, mas com percentagens crescentes para os anos seguintes.
3.  A energia nuclear serve para produzir electricidade e esta representa apenas cerca de 20% do consumo de energia final do país
A dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis, nomeadamente em relação ao petróleo, está directamente relacionada com outros usos da energia em sectores como os transportes e a indústria.  A instalação de uma central nuclear não resolve assim os problemas energéticos estruturais de Portugal, que passam muito mais por medidas integradas associadas ao ordenamento do território e às actividades produtivas do país.
4.   A energia nuclear é muito mais cara
A produção de energia nuclear é das mais dispendiosas, contrariamente ao que é habitualmente referido  O contemplar dos custos de construção e de desmantelamento face ao período de vida da central, faz com que apenas o solar fotovoltaico apresente valores mais elevados, valores estes que no entanto tendem a reduzir-se por efeitos de economia de escala face à sua cada vez maior expressão.
Fonte de Energia  / Custos por kilowatt-hora Eficiência energética 0-5 cêntimos Hidroeléctrica 2-8 cêntimos Carvão 5-6 cêntimos Vento  5-8 cêntimos Petróleo 6-8 cêntimos Solar térmica 9 cêntimos Nuclear 10-12 cêntimos Solar fotovoltaico 15-20 cêntimos
5.  A falácia da produção limpa em termos de emissões de gases de efeito de estufa
Contrariamente ao que se anuncia, a produção de energia através de centrais nucleares não é isenta em termos de emissões de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas  A sua construção é uma importante fonte de emissões, mas principalmente a exploração do urânio e também o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem, acabam por contribuir significativamente.  Os níveis calculados de emissão em termos de ciclo de vida colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural.
6.   Segurança de abastecimento comprometida – potencialidade de descentralização oferecida pelas energias renováveis é contrariada por uma central nuclear
A segurança de abastecimento é um dos aspectos mais relevantes no sentido de evitar problemas como os blackouts que sucederam na costa Oeste dos Estados Unidos em 2000/2001 ou no Brasil, ou ameaças externas como o bloqueio e o fornecimento de determinados tipos de combustível (como sucedeu recentemente nos problemas entre a Rússia e a Ucrânia).  Neste quadro, tem sido defendida uma cada vez maior descentralização da produção que, no limite, será baseada em energias renováveis associadas às próprias residências e serviços, até porque desta forma existem menos perdas no transporte.
Neste sentido, uma forma de produção centralizada com uma enorme potência instalada contradiz objectivos de longo prazo que têm vindo a ser reforçados à escala europeia e num quadro de maior sustentabilidade da gestão da produção e consumo de electricidade
7 . A energia nuclear só é viável à custa de enormes subsídios governamentais – Portugal apoia muito mais investigação no nuclear que na conservação de energia e renováveis
A produção de energia nuclear continua a beneficiar de fortes subsídios públicos ao abrigo do Tratado Euratom  Ao longo dos últimos 30 anos, a tecnologia nuclear foi brindada com cerca de 60 biliões de euros para investigação, um valor muito superior ao atribuído a qualquer outra fonte de energia.  Por outro lado, a industria nuclear continua a reclamar subsídios para a gestão dos resíduos radioactivos produzidos pelas centrais  Portugal também não faz os investimentos certos em investigação e desenvolvimento na área de energia: o nuclear recebe 110 vezes mais do que a conservação de energia e 7 vezes mais do que as renováveis.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, Portugal destinou, em 2004, 2,2 milhões de euros para investigação na fusão nuclear enquanto que apenas dedicou 0,32 milhões de euros para energias renováveis e 0,02 milhões para a conservação de energia e apenas no sector industrial.  Em causa está a fraquíssima prioridade dada à conservação de energia e eficiência energética e também às energias renováveis.
8.  Portugal ficará dependente de tecnologia importada e cara; é mais uma dependência, neste caso perigosa, de outros países
Não existe experiência em Portugal de construção ou manutenção de centrais nucleares, uma vez que essa nunca foi uma opção, mesmo quando outros países enveredaram por essa forma de produzir energia.  Neste contexto, as mais importantes valias económicas do projecto serão para os países e empresas dos mesmos que têm experiência nestas tecnologias e não para Portugal.  Ter uma central nuclear com tecnologia importada é um risco demasiado elevado a correr.
Na Europa estão apenas em construção duas centrais: a central de Olkiluoto-3 na Finlândia, cujas condições de financiamento passam por um subsidio indirecto pela taxa de juro muito abaixo do mercado, providenciada por instituições francesas e alemãs e que não se deverá vir a repetir, nomeadamente face às novas directrizes de transparência no financiamento do mercado energético na União Europeia, e a central de Cernavoda na Roménia, cuja construção se iniciou ainda no regime comunista, foi suspensa e recomeçada alguns anos depois.  O cenário oficial da União Europeia em termos energéticos (modelo PRIMES) de Novembro de 2005 apresenta uma redução da produção de electricidade por centrais nucleares 0,8% ao ano entre 2010 e 2030.
10.  Longevidade dos resíduos e herança para as gerações futuras
A longevidade dos resíduos nucleares estima-se em dezenas a centenas de milhares de anos.  Será justo delegar nas gerações futuras a resolução de um problema que, nos cerca de cinquenta anos de existência da indústria nuclear, ainda não conheceu qualquer evolução no sentido de poderem ser tratados sem impactos para as gerações presentes e futuras?  O responsável pelo depósito de resíduos nucleares dos Estados Unidos referiu que, para o projecto previsto para a Montanha de Yuccan, não se consegue ainda afirmar um prazo de conclusão nem um custo final que, no entanto, deverá ser muito elevado.
Esta questão é ainda mais premente quando se prevê que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas, o que implica que as gerações futuras teriam que encontrar outra solução para a produção da sua energia (resolvendo um problema que os governos actuais não tiveram a coragem e empenho para resolver), ficando com o ónus de lidar com os resíduos que nós produzimos por muitos milhares de anos.
11.  Riscos associados ao transporte e armazenamento dos resíduos nucleares
Uma vez que o reprocessamento dos resíduos nucleares, componente que pode ter maior ou menor peso dependendo do tipo de central, não ocorreria em Portugal, o seu transporte poderia acarretar riscos acrescidos para as populações e o ambiente por onde passasse, bem como nos locais onde fosse armazenado.
12.  Tempo de construção previsto
A construção de uma central nuclear em Portugal levaria cerca de 10 a 15 anos até que pudesse estar operacional em termos de fornecimento de energia eléctrica.  Portugal terá que tomar as medidas certas no sentido de acertar o passo com as reduções de emissões de gases com efeito de estufa previstas, sob pena de condenarmos o país à estagnação ou retrocesso económico e social, pelo que esta solução em nada contribui para a resolução do problema.
13.  Custo de desmantelamento das centrais e suas consequências ainda não estão suficientemente avaliados
O custo do processo de desmantelamento é geralmente estimado por baixo em relação à realidade.  Estamos porém a falar de valores de muitas dezenas de milhões de euros.  No âmbito do processo de desmantelamento, muitos dos elementos de uma central nuclear têm obrigatoriamente que ser tratados como resíduos nucleares, o que implica custos elevadíssimos de desmantelamento.  A experiência nesta matéria é também ainda relativamente reduzida a nível mundial e como já se mencionou, em países com uma forte indústria nuclear como os Estados Unidos, o problema ainda está longe de ter resolução.
14.   Secretismo e estímulo ao militarismo
As centrais nucleares tendem a ser encaradas como casos especiais, mesmo em países democráticos, sendo difícil ter acesso a informação concreta sempre que há algum problema.  Para além disso, com a produção do plutónio que resulta do processamento dos resíduos decorrentes da produção de energia, estimula-se a produção de mais armas nucleares com fins militares, alimentando a indústria da guerra a nível mundial.  Existem vários documentos que comprovam que, por exemplo no Reino Unido, o ataque a centrais nucleares por parte de células terroristas foi considerado.
A instalação de uma central em território português iria aumentar o risco de Portugal poder ser vítima de um atentado que poderia ter consequências desastrosas em termos ambientais, sociais e económicos.  Os custos com a segurança em qualquer central são avassaladores e tendem a aumentar.
15.  Dificuldade em encontrar uma localização
Considerando as suas necessidades específicas, nomeadamente ao nível da disponibilidade de uma fonte de água abundante e factores de segurança como a necessidade de evitar zonas de maior actividade sísmica, e tendo em conta a exiguidade do território português, a definição e aceitação da localização de uma central nuclear será uma tarefa muito difícil.
Energia Nuclear: energia limpa?
Durante o nosso passado recente, a energia nuclear foi olhada das mais diversas formas  De início parecia tratar-se de uma energia limpa, sem riscos e que parecia conduzir à resolução de todos os problemas energéticos globais, resolvendo definitivamente a dependência dos combustíveis fósseis. Contudo, o evoluir da situação demonstrou o contrário, mostrou que na realidade, mesmo sob as rigorosas formas de controlo, ela nunca era desprovida de riscos.
A prová-lo temos por exemplo os casos de Sellafield, Three Mile Island, Chernobyl, assim como o problema dos lixos nucleares e das armas nucleares. Os riscos para o meio ambiente foram, sem duvida uma das maiores preocupações dos instaladores desde a entrada em funcionamento dos programas iniciais.  De acordo com os critérios técnico-científicos, as medidas de segurança para o funcionamento de uma central nuclear e a eventual evacuação são suficientes.  Naturalmente, para o qual ninguém pode encontrar um remédio infalível são os acidentes, sempre possíveis, motivo de grande preocupação para os adversários da energia nuclear, atribuídos sobretudo a falhas humanas.
Que acontece se um reactor chega a ficar realmente fora de controlo?   Os defensores da energia nuclear argumentam que a possibilidade de uma tal situação é muito baixa.  Os opositores argumentam dizendo que os resíduos radioactivos contaminarão durante décadas a zona que rodeia o reactor, pondo em perigo toda a vida aí existente.
Que segurança oferece o armazenamento definitivo? Existem ensaios que demonstram que a inclusão em vidro mediante a fusão ou num material com as características das rochas, isola os resíduos radioactivo do meio ambiente durante muito tempo, estanque ao ar e à água.  Mas segundo afirma a fonte contrária, acontecimentos imprevisíveis podem libertar, apesar de tudo, os elementos nocivos e consigo a radiação mortífera.
Conclui-se então que a energia nuclear não é uma tecnologia sustentável nem amiga do ambiente, como as grandes potências nucleares (EUA por exemplo) querem provar. Substituir um problema por outro, como propuseram os EUA em Haia, é algo extremamente injusto e irresponsável para com as gerações futuras.  Por mais que as condições de segurança nas centrais aumentem, a insegurança e o medo entre as populações permanecerá para sempre, pois não nos podemos esquecer que as máquinas são construídas pelo Homem, e este não é infalível.
 
 

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Energia Nuclear

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE VENDAS NOVAS CURSOS EFA Dupla Certificação : Contabilidade STC 7 – Saberes Fundamentais DR3 e DR4
  • 2. Descoberta e História Henri Becquerel (1852-1908) Casal Curie A Radioactividade não é um fenómeno recente A sua descoberta é atribuída a Henri Becquerel em 1896 Um Sal de Urânio e Potássio emitia radiação invisível que escurecia uma placa fotográfica Descoberta dos Raios X por Roentgen em 1895 Nobel da Física 1903 – Becquerel e Pierre e Marie Curie
  • 3. Descoberta e História Conclusões das experiências realizadas por Roentgen: Transparência de metais desde que as placas sejam finas. À medida que a espessura aumenta todos os materiais se tornam menos transparentes Possibilidade de ver a sombra dos ossos sobre a sombra mais ténue dos contornos das mãos Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923 )
  • 4. Características Gerais do Núcleo Representação do núcleo O núcleo atómico é composto de dois tipos de partículas chamadas nucleões que são os: Protões - carga eléctrica positiva Neutrões - sem carga eléctrica Z - número atómico Z é igual ao número de protões do núcleo N - número de neutrões do núcleo A - número de massa é igual ao número de nucleões:  A = N + Z Cada espécie nuclear com um dado Z e A é chamado de nuclídeo Protões Neutrões A única excepção é o núcleo do H que só tem um protão X - símbolo do elemento químico
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Radiação Beta Radiação Beta: - é constituída por electrões resultantes da transformação de neutrões em protões ou de protões em neutrões ; É capaz de penetrar um centímetro nos tecidos; Tem alta velocidade, aproximadamente 270 000 km/s. Partícula Beta Negativa Partícula Beta Positiva
  • 11. Radiação Gama Radiação Gama: Ondas electromagnéticas; Tipo de radiação mais perigosa: pode chegar a alterar o código genético; Extremamente penetrantes; Velocidade da luz (cerca de 300 000 km/s);
  • 12. Alfa, Beta e Gama têm poderes de penetração diferentes papel metal concreto
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Radioterapia Especialidade médica que se ocupa do tratamento oncológico utilizando radiação – rádio. Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioactivos ou aceleradores lineares. Branquiterapia : tratamento através de isótopos radioactivos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.
  • 18. Arqueologia Calculo da idade de objectos através do período de meia vida Transmutações Conversão de um elemento químico em outro, geralmente através da incidência de partículas alfa. Exemplos : carbono em azoto; cobre em níquel; árgon em potássio; chumbo em ouro.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Fontes: life-cycle assessment of electricity generation systems and applications for climate change policy analysis, Meier, 2002, published on website Nuclear Energy Institute; own data; IEA CCGT como Back up Variação devido ao tipo de carvão ( lenhite/hulha ) e de tecnologia ( baixa/alta-eficiência ) Ciclo de vida da produção de CO2 nas várias fileiras de energia
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Centrais próximas da fronteira e próximas de Madrid Central nuclear
  • 32.
  • 33. Quercus: Nuclear, não obrigado! ECONOMIA DA ENERGIA
  • 34. Principais razões pelas quais se considera inviável, num quadro de desenvolvimento sustentável do país e a bem da nossa economia, a opção pela energia nuclear.
  • 35. 1. Portugal tem uma enorme oportunidade na conservação de energia e eficiência energética.
  • 36. As previsões de aumento em 350% do consumo de electricidade entre 1990 e 2020 são um erro tremendo em relação àquilo que está a ser desenvolvido em diversos países Europeus, onde a intensidade energética (energia consumida por produto interno bruto) tem vindo a diminuir e o consumo per capita estabilizou. Existem várias centrais térmicas, nomeadamente um eventual caso de uma central nuclear, que não se justificam pelo enorme potencial da eficiência energética e conservação de energia, nomeadamente nos sectores residencial e serviços.
  • 37. O consumo de electricidade em Portugal tem vindo a aumentar na ordem dos 6% ao ano, não sendo já argumento o nosso baixo grau de desenvolvimento. Temos estado a crescer mal e com muitos desperdícios. A correcção deste caminho permite perfeitamente melhorar a qualidade de vida com menor consumo de energia e menor poluição, desde a electricidade à dependência do petróleo em sectores como os transportes. Um kWh poupado, de acordo com a Entidade Reguladora do Sector Energético, é dez vezes mais barato que um kWh a ser produzido, inclusive por energias renováveis.
  • 38. 2. Potencial de implementação das energias renováveis em Portugal é enorme.
  • 39. As energias renováveis têm um enorme potencial em termos de expansão no nosso país, em particular a energia eólica, biomassa e solar, sendo que a hídrica já apresenta níveis de exploração bastante consideráveis. Quer pela produção directa de electricidade, quer pela produção de calor, Portugal apresenta condições climáticas e de uso do território que permitem a sua afirmação em termos tecnológicos e em consonância com metas estabelecidas na União Europeia que, para 2010, e para Portugal, será de 39% de energias renováveis na produção de electricidade, mas com percentagens crescentes para os anos seguintes.
  • 40. 3. A energia nuclear serve para produzir electricidade e esta representa apenas cerca de 20% do consumo de energia final do país
  • 41. A dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis, nomeadamente em relação ao petróleo, está directamente relacionada com outros usos da energia em sectores como os transportes e a indústria. A instalação de uma central nuclear não resolve assim os problemas energéticos estruturais de Portugal, que passam muito mais por medidas integradas associadas ao ordenamento do território e às actividades produtivas do país.
  • 42. 4. A energia nuclear é muito mais cara
  • 43. A produção de energia nuclear é das mais dispendiosas, contrariamente ao que é habitualmente referido O contemplar dos custos de construção e de desmantelamento face ao período de vida da central, faz com que apenas o solar fotovoltaico apresente valores mais elevados, valores estes que no entanto tendem a reduzir-se por efeitos de economia de escala face à sua cada vez maior expressão.
  • 44. Fonte de Energia / Custos por kilowatt-hora Eficiência energética 0-5 cêntimos Hidroeléctrica 2-8 cêntimos Carvão 5-6 cêntimos Vento 5-8 cêntimos Petróleo 6-8 cêntimos Solar térmica 9 cêntimos Nuclear 10-12 cêntimos Solar fotovoltaico 15-20 cêntimos
  • 45. 5. A falácia da produção limpa em termos de emissões de gases de efeito de estufa
  • 46. Contrariamente ao que se anuncia, a produção de energia através de centrais nucleares não é isenta em termos de emissões de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas A sua construção é uma importante fonte de emissões, mas principalmente a exploração do urânio e também o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem, acabam por contribuir significativamente. Os níveis calculados de emissão em termos de ciclo de vida colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural.
  • 47. 6. Segurança de abastecimento comprometida – potencialidade de descentralização oferecida pelas energias renováveis é contrariada por uma central nuclear
  • 48. A segurança de abastecimento é um dos aspectos mais relevantes no sentido de evitar problemas como os blackouts que sucederam na costa Oeste dos Estados Unidos em 2000/2001 ou no Brasil, ou ameaças externas como o bloqueio e o fornecimento de determinados tipos de combustível (como sucedeu recentemente nos problemas entre a Rússia e a Ucrânia). Neste quadro, tem sido defendida uma cada vez maior descentralização da produção que, no limite, será baseada em energias renováveis associadas às próprias residências e serviços, até porque desta forma existem menos perdas no transporte.
  • 49. Neste sentido, uma forma de produção centralizada com uma enorme potência instalada contradiz objectivos de longo prazo que têm vindo a ser reforçados à escala europeia e num quadro de maior sustentabilidade da gestão da produção e consumo de electricidade
  • 50. 7 . A energia nuclear só é viável à custa de enormes subsídios governamentais – Portugal apoia muito mais investigação no nuclear que na conservação de energia e renováveis
  • 51. A produção de energia nuclear continua a beneficiar de fortes subsídios públicos ao abrigo do Tratado Euratom Ao longo dos últimos 30 anos, a tecnologia nuclear foi brindada com cerca de 60 biliões de euros para investigação, um valor muito superior ao atribuído a qualquer outra fonte de energia. Por outro lado, a industria nuclear continua a reclamar subsídios para a gestão dos resíduos radioactivos produzidos pelas centrais Portugal também não faz os investimentos certos em investigação e desenvolvimento na área de energia: o nuclear recebe 110 vezes mais do que a conservação de energia e 7 vezes mais do que as renováveis.
  • 52. De acordo com a Agência Internacional de Energia, Portugal destinou, em 2004, 2,2 milhões de euros para investigação na fusão nuclear enquanto que apenas dedicou 0,32 milhões de euros para energias renováveis e 0,02 milhões para a conservação de energia e apenas no sector industrial. Em causa está a fraquíssima prioridade dada à conservação de energia e eficiência energética e também às energias renováveis.
  • 53. 8. Portugal ficará dependente de tecnologia importada e cara; é mais uma dependência, neste caso perigosa, de outros países
  • 54. Não existe experiência em Portugal de construção ou manutenção de centrais nucleares, uma vez que essa nunca foi uma opção, mesmo quando outros países enveredaram por essa forma de produzir energia. Neste contexto, as mais importantes valias económicas do projecto serão para os países e empresas dos mesmos que têm experiência nestas tecnologias e não para Portugal. Ter uma central nuclear com tecnologia importada é um risco demasiado elevado a correr.
  • 55. Na Europa estão apenas em construção duas centrais: a central de Olkiluoto-3 na Finlândia, cujas condições de financiamento passam por um subsidio indirecto pela taxa de juro muito abaixo do mercado, providenciada por instituições francesas e alemãs e que não se deverá vir a repetir, nomeadamente face às novas directrizes de transparência no financiamento do mercado energético na União Europeia, e a central de Cernavoda na Roménia, cuja construção se iniciou ainda no regime comunista, foi suspensa e recomeçada alguns anos depois. O cenário oficial da União Europeia em termos energéticos (modelo PRIMES) de Novembro de 2005 apresenta uma redução da produção de electricidade por centrais nucleares 0,8% ao ano entre 2010 e 2030.
  • 56. 10. Longevidade dos resíduos e herança para as gerações futuras
  • 57. A longevidade dos resíduos nucleares estima-se em dezenas a centenas de milhares de anos. Será justo delegar nas gerações futuras a resolução de um problema que, nos cerca de cinquenta anos de existência da indústria nuclear, ainda não conheceu qualquer evolução no sentido de poderem ser tratados sem impactos para as gerações presentes e futuras? O responsável pelo depósito de resíduos nucleares dos Estados Unidos referiu que, para o projecto previsto para a Montanha de Yuccan, não se consegue ainda afirmar um prazo de conclusão nem um custo final que, no entanto, deverá ser muito elevado.
  • 58. Esta questão é ainda mais premente quando se prevê que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas, o que implica que as gerações futuras teriam que encontrar outra solução para a produção da sua energia (resolvendo um problema que os governos actuais não tiveram a coragem e empenho para resolver), ficando com o ónus de lidar com os resíduos que nós produzimos por muitos milhares de anos.
  • 59. 11. Riscos associados ao transporte e armazenamento dos resíduos nucleares
  • 60. Uma vez que o reprocessamento dos resíduos nucleares, componente que pode ter maior ou menor peso dependendo do tipo de central, não ocorreria em Portugal, o seu transporte poderia acarretar riscos acrescidos para as populações e o ambiente por onde passasse, bem como nos locais onde fosse armazenado.
  • 61. 12. Tempo de construção previsto
  • 62. A construção de uma central nuclear em Portugal levaria cerca de 10 a 15 anos até que pudesse estar operacional em termos de fornecimento de energia eléctrica. Portugal terá que tomar as medidas certas no sentido de acertar o passo com as reduções de emissões de gases com efeito de estufa previstas, sob pena de condenarmos o país à estagnação ou retrocesso económico e social, pelo que esta solução em nada contribui para a resolução do problema.
  • 63. 13. Custo de desmantelamento das centrais e suas consequências ainda não estão suficientemente avaliados
  • 64. O custo do processo de desmantelamento é geralmente estimado por baixo em relação à realidade. Estamos porém a falar de valores de muitas dezenas de milhões de euros. No âmbito do processo de desmantelamento, muitos dos elementos de uma central nuclear têm obrigatoriamente que ser tratados como resíduos nucleares, o que implica custos elevadíssimos de desmantelamento. A experiência nesta matéria é também ainda relativamente reduzida a nível mundial e como já se mencionou, em países com uma forte indústria nuclear como os Estados Unidos, o problema ainda está longe de ter resolução.
  • 65. 14. Secretismo e estímulo ao militarismo
  • 66. As centrais nucleares tendem a ser encaradas como casos especiais, mesmo em países democráticos, sendo difícil ter acesso a informação concreta sempre que há algum problema. Para além disso, com a produção do plutónio que resulta do processamento dos resíduos decorrentes da produção de energia, estimula-se a produção de mais armas nucleares com fins militares, alimentando a indústria da guerra a nível mundial. Existem vários documentos que comprovam que, por exemplo no Reino Unido, o ataque a centrais nucleares por parte de células terroristas foi considerado.
  • 67. A instalação de uma central em território português iria aumentar o risco de Portugal poder ser vítima de um atentado que poderia ter consequências desastrosas em termos ambientais, sociais e económicos. Os custos com a segurança em qualquer central são avassaladores e tendem a aumentar.
  • 68. 15. Dificuldade em encontrar uma localização
  • 69. Considerando as suas necessidades específicas, nomeadamente ao nível da disponibilidade de uma fonte de água abundante e factores de segurança como a necessidade de evitar zonas de maior actividade sísmica, e tendo em conta a exiguidade do território português, a definição e aceitação da localização de uma central nuclear será uma tarefa muito difícil.
  • 71. Durante o nosso passado recente, a energia nuclear foi olhada das mais diversas formas De início parecia tratar-se de uma energia limpa, sem riscos e que parecia conduzir à resolução de todos os problemas energéticos globais, resolvendo definitivamente a dependência dos combustíveis fósseis. Contudo, o evoluir da situação demonstrou o contrário, mostrou que na realidade, mesmo sob as rigorosas formas de controlo, ela nunca era desprovida de riscos.
  • 72. A prová-lo temos por exemplo os casos de Sellafield, Three Mile Island, Chernobyl, assim como o problema dos lixos nucleares e das armas nucleares. Os riscos para o meio ambiente foram, sem duvida uma das maiores preocupações dos instaladores desde a entrada em funcionamento dos programas iniciais. De acordo com os critérios técnico-científicos, as medidas de segurança para o funcionamento de uma central nuclear e a eventual evacuação são suficientes. Naturalmente, para o qual ninguém pode encontrar um remédio infalível são os acidentes, sempre possíveis, motivo de grande preocupação para os adversários da energia nuclear, atribuídos sobretudo a falhas humanas.
  • 73. Que acontece se um reactor chega a ficar realmente fora de controlo? Os defensores da energia nuclear argumentam que a possibilidade de uma tal situação é muito baixa. Os opositores argumentam dizendo que os resíduos radioactivos contaminarão durante décadas a zona que rodeia o reactor, pondo em perigo toda a vida aí existente.
  • 74. Que segurança oferece o armazenamento definitivo? Existem ensaios que demonstram que a inclusão em vidro mediante a fusão ou num material com as características das rochas, isola os resíduos radioactivo do meio ambiente durante muito tempo, estanque ao ar e à água. Mas segundo afirma a fonte contrária, acontecimentos imprevisíveis podem libertar, apesar de tudo, os elementos nocivos e consigo a radiação mortífera.
  • 75. Conclui-se então que a energia nuclear não é uma tecnologia sustentável nem amiga do ambiente, como as grandes potências nucleares (EUA por exemplo) querem provar. Substituir um problema por outro, como propuseram os EUA em Haia, é algo extremamente injusto e irresponsável para com as gerações futuras. Por mais que as condições de segurança nas centrais aumentem, a insegurança e o medo entre as populações permanecerá para sempre, pois não nos podemos esquecer que as máquinas são construídas pelo Homem, e este não é infalível.
  • 76.  
  • 77.