1. PRÓTESE CULTURAL E O USO DO
APARELHO CELULAR
Neusa Maria da Rocha Ribeiro
Psicologia/IBGEN
Orientadora
Professora Joyce Munarski Pernigotti
Porto Alegre, 14 Setembro de 2013
2. A ESCOLHA DO TEMA
Optei pelo assunto do
uso do aparelho celular
como prótese cognitiva
e cultural por inspiração
em vídeos domésticos
na internet postados no
canal You Tube, que
mostram professores
quebrando ou retirando
o aparelho celular dos
alunos em salas de aula
pelo mundo.
3. MOTIVAÇÃO INICIAL...
Foi, principalmente, um vídeo de 05 anos atrás que
registra o conflito entre uma aluna e uma
professora motivado pela retirada do telemóvel
(aparelho celular) da aluna.
O fato ocorreu na cidade de Porto, em Portugal.
https://www.youtube.com/watch?feature=player_det
ailpage&list=WLA48471972DA138C5&v=aQ7tjBuT
aTo
4. CONSIDERAÇÕES...
A corporeidade e a intensa emoção
envolvidas no ato da aluna de não
permitir ser alijada do celular fez-
me pensar que o aparelho, naquele
momento, não era algo separado
dela, mas uma continuação do
corpo adolescente, como se fosse
uma prótese.
5. Como permitir que algo que
é considerado parte do seu
corpo seja retirado de si?
7. O papel histórico das tecnologias foi o
de liberar os indivíduos das limitações
de espaço e tempo.
A Cibercultura caracteriza-se pela
apropriação social-midiática
(microinformática, internet e as
atuais práticas sociais) da técnica.
8. SINGULARIDADE TECNOLÓGICA?
É a denominação dada
a um evento histórico
previsto para o futuro,
no qual a humanidade
atravessará um
estágio de colossal
avanço tecnológico
em um
curtíssimo espaço
de tempo.
9. PRÓTESE CULTURAL
A prótese cultural não é algo tão dotado de
razão, devido a sua natureza imaterial ou
mesmo virtual. Por exemplo, o vestuário é uma
prótese cultural, em sua função estética e
semiótica de resignificar a roupa não mais
como vestimenta, mas como um hipertexto a
ser lido pelo mundo.
A roupa pode nos misturar e nos tornar comuns
e aceitos pelos grupos sociais mais diversos.
Nos dois casos continua sendo uma prótese
cultural, pois a indumentária é uma segunda
pele que usamos para confrontar as hiper-
realides humanas.
10. PRÓTESE COGNITIVA
Hoje, a grande maioria das pessoas não guarda
mais na memória cerebral os números de
telefone que antigamente
guardava, simplesmente porque é
desnecessário, no sentido de que o aparelho
registra todas as chamadas e ligações
efetuadas, além de permitir o uso de microchip
que, em alguns casos, terá um armazenamento
de até mil números diferentes com foto. Uma
circunstância generosa diante da vultosa
realidade de informações e dados que compõe
a vida de um único ser humano.
11. JOSÉ BRAGANÇA DE MIRANDA (1998) AFIRMA
QUE O CORPO ESTA EM CRISE:
“O que esta em causa é a separação da carne e
as suas figuras, a que os antigos variadamente
chamavam “psyché”, “alma” ou “espírito”.
Esta separação está a colocar em crise a
própria noção de “corpo”. Com isso a carne fica
indefesa perante a tecnologia, reintegrando-se
na “natureza, rodeado de uma imensa panóplia
de técnicas médicas e clínicas; ao mesmo
tempo em que mundo virtual gerado pelos
computadores, que para isso têm de anular a
mediação, cria mundos de envolvência
imediata, pela manipulação da imagem.”
(p. 311),
12. NATUREZA PÓS-HUMANA..
A partir desta afirmativa de Miranda
(1998) podemos ver com certeza que há
um processo implícito instaurado na
relação corpo -máquina, principalmente
de integração e reinvenção de uma nova
natureza.
14. SINGULARITY UNIVERSITY/SU
Há uma exemplificação, neste
sentido, do avanço tecnológico na
área do conhecimento a partir da
experiência exponencial do modelo
do colégio Singularity
University/SU, criado pela Nasa. O
SU foi criado por um grupo de
pesquisadores e
patrocinadores, que se
autodenominam “Parceiros
15. O CELULAR É A TECNOLOGIA DE MASSA QUE
COLOCA AS PESSOAS DE TODAS AS CLASSES NA
MESMA ONDA DE SINGULARIDADE TECNOLÓGICA!