O documento descreve três tipos de cimento Portland de acordo com as normas brasileiras NBR 5732/1991, NBR 5735/1991 e NBR 5736/1991. São eles: Cimento Portland Comum (CP I), Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) e Cimento Portland Pozolânico (CP IV). São definidas suas composições, designações e exigências mínimas de resistência à compressão.
2. É um aglomerante hidráulico obtido
pela moagem de clínquer Portland ao
qual se adiciona, durante a operação, a
quantidade necessária de uma ou mais
formas de sulfato de cálcio. Durante a
moagem é permitido adicionar a esta
mistura materiais pozolânicos, escórias
granuladas de alto-forno e/ou materiais
carbonáticos, em teores específicos.
3. Os
cimentos Portland comuns são designados
pelas seguintes siglas:
CP
I - Cimento Portland comum
* Classe de resistência: 25, 32, 40.
CP
I-S - Cimento Portland comum com adição
* Classe de resistência: 25, 32, 40.
Nota: As classes 25, 32 e 40 representam os
mínimos de resistência à compressão aos 28
dias de idade.
4.
5. Aglomerante
hidráulico que atende às
exigências de alta resistência inicial,
obtido pela moagem de clínquer Portland,
constituído em sua maior parte de silicatos
de cálcio hidráulicos, ao qual se adiciona,
durante a operação, a quantidade
necessária de uma ou mais formas de
sulfato
de cálcio. Durante a moagem é permitido
adicionar a esta mistura materiais
carbonáticos em teores específicos.
6. O cimento Portland de alta resistência
inicial é designado pela sigla CP V-ARI.
Nota: A designação ARI representa o
mínimo de resistência à compressão
aos 7 dias de idade, ou seja, 34,0 MPa.
8. Exigências químicas
- O material carbonático utilizado como adição deve ter no
mínimo 85% de CaCO3.
- A escória de alto-forno utilizada como adição deve atender aos
requisitos da NBR 5735.
- A atividade do material pozolânico utilizado como adição,
determinada conforme NBR 5752, deve ser no mínimo de 75% aos
28 dias de idade.
- Nos casos em que o cimento se destine a emprego em concreto
com agregados potencialmente reativos, são necessários estudos
específicos para o uso de materiais pozolânicos ou de escória
granulada de alto-forno para a inibição da reação, visando garantir
a durabilidade do concreto.
9. INSPEÇÃO
- Devem ser dadas ao consumidor todas as facilidades para uma cuidadosa
inspeção e amostragem do cimento a ser entregue.
- O cimento a ser ensaiado pelo consumidor deve ser amostrado de acordo com a
metodologia expressa na NBR 5741, ressalvando-se o disposto nos próximos três
itens.
- Considera-se um lote a quantidade máxima de 30 t, referente ao cimento oriundo
de um mesmo fornecedor, entregue na mesma data e mantido nas mesmas
condições de armazenamento.
- Cada lote deve ser representado por uma amostra composta de dois exemplares,
com aproximadamente 25 kg cada um, pré-homogeneizados.
- Cada um dos exemplares deve ser acondicionado em recipiente hermético e
impermeável, de material não reagente com o cimento, devidamente identificado,
sendo um enviado ao laboratório para ensaios e outro mantido em local seco e
protegido, como testemunha para eventual comprovação de resultados.
- Quando a amostra não for retirada da fábrica, deve ser acompanhada de
informações do fornecedor, data de recebimento e condições de armazenamento.
10. - O prazo decorrido entre a coleta e a chegada do exemplar ao
laboratório de ensaio deve ser, no máximo, de 10 dias.
- A contar da data de amostragem, os resultados do ensaio de
resistência à compressão devem ser fornecidos ao solicitante dentro
dos seguintes prazos:
Idade do ensaio Prazo máximo
03 dias ............................... 13 dias
07 dias ............................... 17 dias
28 dias ............................... 38 dias
- O prazo para entrega dos demais ensaios de caracterização do
produto não deve ultrapassar os prazos acima para o fornecimento
dos resultados do ensaio de resistência à compressão aos 28 dias.
- Os ensaios devem ser realizados de acordo com os seguintes
métodos:
- resíduo insolúvel;
11. - perda ao fogo;
- trióxido de enxofre;
- óxido de magnésio;
- área específica;
- finura;
- expansibilidade;
- tempo de pega;
- resistência à compressão;
- índice de consistência da argamassa normal;
- anidrido carbônico;
- água de consistência da pasta ;
14. Aglomerante hidráulico obtido pela mistura
homogênea de clínquer Portland e escória
granulada de altoforno, moídos em conjunto ou em
separado.
Durante a moagem é permitido adicionar uma ou
mais formas de sulfato de cálcio e materiais
carbonáticos em teores específicos.
O conteúdo de escória granulada de alto-forno deve
estar compreendido entre 35% e 70% da massa
total de aglomerante.
15. Os cimentos Portland de alto-forno são designados
pela sigla CP III.
Nota: As classes 25, 32 e 40 representam os mínimos
de resistência à compressão aos 28 dias de idade.
16. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
O material carbonático utilizado como adição deve ter no mínimo
85% de CaCO3.
Nos casos em que o cimento se destine a emprego em concreto
com agregados potencialmente reativos, são necessários estudos
específicos para o uso de materiais pozolânicos ou de escória de
alto-forno para a inibição da reação, visando garantir a durabilidade
do concreto.
A contribuição do teor de cloretos do cimento no teor total de
cloretos do concreto solúveis em água deve ser determinada quando
se comprovar que o teor total deste componente venha a
comprometer a durabilidade da peça ou da estrutura de concreto.
Sempre que solicitado, deve ser efetuada a determinação do índice
de consistência da argamassa normal, cujos valores-limites devem
ser estabelecidos de comum acordo pelas partes interessadas.
17. Inspeção
- Devem ser dadas ao consumidor todas as facilidades
para uma cuidadosa inspeção e amostragem do cimento a ser
entregue.
- O cimento a ser ensaiado pelo consumidor deve ser amostrado de
acordo com a metodologia expressa na MB-508, ressalvando-se os
próximos três itens.
- Considera-se um lote a quantidade máxima de 30 t, referente ao
cimento oriundo de um mesmo fornecedor, entregue na mesma data
e mantido nas mesmas condições de armazenamento.
- Cada lote deve ser representado por uma amostra composta de
dois exemplares, com aproximadamente 25 kg cada um, préhomogeneizados.
18. Cada um dos exemplares deve ser acondicionado em recipiente
hermético e impermeável, de material não-reagente com o cimento,
devidamente identificado, sendo um enviado ao laboratório para
ensaios e outro mantido em local seco e protegido, como
testemunha para eventual comprovação de resultados.
Quando a amostra não for retirada da fábrica, deve ser acompanhada
de informações do fornecedor, data de recebimento e condições de
armazenamento.
- O prazo decorrido entre a coleta e a chegada do exemplar ao
laboratório de ensaio deve ser, no máximo, de 10 dias.
A contar da data de amostragem, os resultados do ensaio de
resistência à compressão devem ser fornecidos ao solicitante dentro
dos seguintes prazos:
Idade do ensaio Prazo m áximo
03 dias ------------------ 13 dias
07 dias ------------------ 17 dias
28 dias ------------------ 38 dias
91 dias ------------------ 101 dias
19. O prazo para entrega dos demais ensaios de caracterização do
produto não deve ultrapassar o fixado no item anterior para o
fornecimento dos resultados do ensaio de resistência à compressão
aos 28 dias.
- Os ensaios devem ser realizados de acordo com os seguintes
métodos:
a) perda ao fogo - MB-510;
b) trióxido de enxofre - MB-512;
c) resíduo insolúvel - MB-511;
d) enxofre na forma de sulfeto - MB-513;
e) finura - MB-3432;
f) expansibilidade - MB-3435;
g) tempos de pega - MB-3434;
h) resistência à compressão - MB-1;
i) determinação do teor de escória - MB-858;
j) anidrido carbônico - MB-3377;
k) índice de consistência da argamassa normal - MB-1;
l) água de consistência da pasta - MB-3433;
20. Aceitação e rejeição
- O lote é automaticamente aceito sempre que os resultados dos
ensaios atenderem às exigências desta Norma.
- Quando os resultados não atenderem às condições específicas
constantes desta Norma, o impasse deve ser resolvido por meio da
utilização do exemplar reservado para a repetição dos ensaios, que
devem ser efetuados em laboratório escolhido por consenso entre as
partes.
- Independentemente das exigências anteriores, não devem ser
aceitos os cimentos entregues em sacos rasgados, molhados ou
avariados durante o transporte. Do mesmo modo, não devem ser
aceitos cimentos transportados a granel ou contêiner, quando
houver sinais evidentes
de contaminação.
22. - Aglomerante hidráulico obtido pela mistura
homogênea de clínquer Portland e materiais
pozolânicos, moídos em conjunto ou em
separado.
-Durante
a moagem é permitido adicionar uma
ou mais formas de sulfato de cálcio e materiais
carbonáticos em teores específicos.
--
O teor de materiais pozolânicos secos deve
estar compreendido entre 15% e 50% da massa
total de aglomerante.
23. Materiais pozolânicos
Materiais silicosos ou silicoaluminosos que por si sós
possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante mas que,
quando finamente divididos e na presença de água, reagem
com o hidróxido de cálcio, à temperatura ambiente, para
formar compostos com propriedades cimentícias.
Pozolanas naturais
Materiais de origem vulcânica, geralmente ácidos, ou de
origem sedimentar.
Pozolanas artificiais
Materiais resultantes de processos industriais ou
provenientes de tratamento térmico com atividade pozolânica.
24. Argilas calcinadas
Materiais provenientes da calcinação de determinadas argilas
que, quando tratadas a temperatura entre 500°C e 900°C,
adquirem a propriedade de reagir com o hidróxido de cálcio.
Cinzas volantes
Materiais finamente divididos provenientes da combustão de
carvão pulverizado ou granulado.
Outros materiais
São considerados ainda como pozolanas artificiais outros
materiais não tradicionais, tais como: escórias siderúrgicas
ácidas, microssílica, rejeito silicoaluminoso de craqueamento
de petróleo, cinzas de resíduos vegetais e de rejeito de carvão
mineral.
25. Designação
Os cimentos Portland pozolânicos são
designados pela sigla CP IV.
Nota: As classes 25 e 32 representam os
mínimos de resistência à compressão aos 28
dias de idade.
26. Condições específicas
-O
material carbonático utilizado como adição deve ter no
mínimo 85% de CaCo3.
--
Nos casos em que o cimento se destine a emprego em
concretos com agregados potencialmente reativos, são
necessários estudos específicos para o uso de materiais
-pozolânicos ou escórias de alto-forno para a inibição da reação,
visando garantir a durabilidade.
--
Exigências de pozolanicidade
-A atividade pozolânica dos cimentos Portland pozolânicos deve
ser positiva, conforme o método descrito na MB-1154. A
atividade do material pozolânico utilizado como adição,
determinada conforme MB-1153, deve ser, no mínimo, de 75%
aos 28 dias de idade.
27. --
Outras características podem ser exigidas, tais como:
-calor de hidratação, inibição da expansão devida à reação álcaliagregado, resistência a meios agressivos, tempo máximo de início
de pega.
--
A determinação do teor de material pozolânico deve ser realizada
mediante ensaio de determinação de resíduo insolúvel, levando-se
em consideração a insolubilidade parcial do clínquer e a
solubilidade parcial do material pozolânico usado.
--
A contribuição do teor de cloretos do cimento no teor total de
cloretos do concreto solúveis em água deve ser determinada
quando se comprovar que o teor total deste componente venha a
comprometer a durabilidade da peça ou da estrutura de concreto.
--
Sempre que solicitado, deve ser efetuada a determinação do
índice de consistência da argamassa normal, cujos valores limites
devem ser estabelecidos de comum acordo pelas partes
interessadas.
28. Inspeção
- Devem ser dadas ao consumidor todas as facilidades para uma
cuidadosa inspeção e amostragem do cimento a ser entregue.
--
O cimento a ser ensaiado pelo consumidor deve ser amostrado de
acordo com a metodologia expressa na MB-508, ressalvando-se o
disposto nos próximos três itens.
- Considera-se um lote a quantidade máxima de 30t, referente ao
cimento oriundo de um mesmo fornecedor, entregue na mesma data
e mantido nas mesmas condições de armazenamento.
- Cada lote deve ser representado por uma amostra composta de
dois exemplares, com aproximadamente 25 kg cada um, préhomogeneizados.
- Cada um dos exemplares deve ser acondicionado em recipiente
hermético e impermeável, de material não-reagente com o cimento,
devidamente identificado, sendo um enviado ao laboratório para
ensaios e outro, mantido em local seco e protegido, como
testemunha para eventual comprovação de resultados.
29. --
Quando a amostra não for retirada da fábrica, deve ser
acompanhada de informações do fornecedor, data de recebimento
e condições de armazenamento.
--
O prazo decorrido entre o coleta e a chegada do exemplar ao
laboratório de ensaio deve ser, no máximo, de 10 dias.
-A
contar da data de amostragem, os resultados do ensaio de
resistência à compressão devem ser fornecidos ao solicitante
dentro dos seguintes prazos:
Idade do ensaio Prazo máximo
03 dias ------------------------- 13 dias
07 dias ------------------------- 17 dias
28 dias ------------------------- 38 dias
91 dias ------------------------- 101 dias
30. Os ensaios devem ser realizados de acordo com os seguintes métodos:
a) perda ao fogo - MB-1866;
b) trióxido de enxofre - MB-512;
c) óxido de magnésio - MB-1866;
d) resíduo insolúvel - MB-1866;
e) atividade pozolânica do cimento - MB-1154;
f) finura - MB-3432;
g) expansibilidade - MB-3435;
h) tempo de pega - MB-3434;
i) resistência à compressão - MB-1;
j) anidrido carbônico - MB-3377;
k) água de consistência da pasta - MB-3433;
l) índice de consistência da argamassa normal - MB-1;
m) atividade pozolânica do material empregado como adição - MB-1153.
31. Aceitação e rejeição
- O lote é automaticamente aceito sempre que os resultados dos ensaios
atenderem às exigências desta Norma.
- Quando os resultados não atenderem às condições específicas constantes
desta Norma, o impasse deve ser resolvido por meio da utilização do exemplar
reservado para a repetição dos ensaios, que devem ser efetuados em
laboratório escolhido por consenso entre as partes.
- Independentemente das exigências anteriores, não devem ser aceitos os
cimentos entregues em sacos rasgados, molhados ou avariados durante o
transporte. Do mesmo modo, não devem ser aceitos cimentos transportados
a granel ou contêiner, quando houver sinais evidentes de contaminação.
- O cimento armazenado a granel ou contêiner por mais de seis meses, ou
armazenado em sacos por mais de três meses, deve ser reensaiado, podendo
ser rejeitado se não satisfizer a qualquer exigência desta Norma.
- Sacos que apresentem variação superior a 2%, para mais ou para menos, dos
50 kg líquidos, devem ser rejeitados. Se a massa média dos sacos, em
qualquer lote, obtida pela pesagem de 30 unidades tomadas ao acaso, for
menor que 50 kg, todo o lote deve ser rejeitado.
33. Aglomerante hidráulico que atenda à condição de resistência
dos sulfatos, obtido pela moagem de clínquer Portland ao
qual se adiciona, durante a operação, a quantidade
necessária de uma ou mais formas de sulfato de cálcio.
Durante a moagem, são permitidas adições, a esta mistura,
de escórias granuladas de alto-forno ou materiais pozolânicos
e/ou materiais carbonáticos.
34. Sigla
Os cimentos Portland resistentes a sulfatos são designados
pela sigla original de seu tipo, acrescida de “RS”.
Por exemplo: CP I-S-32 RS, CP III-32 RS, CP V-ARI RS.
35. No casos em que o cimento se destine a emprego em
concretos com agregados potencialmente reativos, são
necessárias considerações específicas para a limitação dos
teores de álcalis solúveis e o uso de materiais pozolânicos ou
de escória granulada de alto-forno, visando a garantir a
durabilidade do concreto.
36. Inspeção
Devem ser dadas ao comprador todas as facilidades para uma
cuidadosa inspeção e amostragem do cimento e do clínquer
utilizado na sua fabricação. Recomenda-se que o teor e a
composição do clínquer sejam conhecidos através de
informações do fabricante ou por meio de ensaios específicos.
37. Embalagem, marcação e entrega
O cimento pode ser entregue em sacos, contêiner ou a granel.
- Quando o cimento é entregue em sacos, estes devem
ter impressos de forma bem visível, em cada extremidade, a
sigla (CP I, CPI-S ou CP V-ARI), com 60 mm de altura no
mínimo e, no centro, a denominação normalizada - nome e
marca do fornecedor.
- Os sacos devem conter 50 kg líquidos de cimento e
devem estar íntegros na ocasião da inspeção e recebimento.
- No caso de entrega a granel ou contêiner, a documentação que
acompanha a entrega deve conter a sigla correspondente, a
denominação normalizada – nome e marca do fornecedor - e a
massa líquida do cimento entregue.
38. Armazenamento em sacos
Os sacos de cimento devem ser armazenados em locais bem
secos e bem protegidos para preservação da qualidade, e de
forma que permita fácil acesso à inspeção e à identificação de
cada lote. As pilhas devem ser colocadas sobre estrados
secos e não devem conter mais de dez sacos de altura.
40. Objetivo
- Esta Norma pre screve o procedimento para moldagem e
cura de corpos-de-prova de concreto.
- Esta Norma se aplica a corpos-de-prova cilíndricos utilizados
nos ensaios de compressão e de tração por compressão
diametral e a corpos-de-prova prismáticos utilizados no ensaio
de tração por flexão.
- Esta Norma não se aplica a concretos com abatimento igual
a zero ou misturas relativamente secas, tais como as
empregadas para a construção de tubos para galerias ou
blocos de concreto.
41. Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem
citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições
indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda
norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a
informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 9833:1987 - Concreto fresco - Determinação da massa específica e
do teor de ar pelo método gravimétrico - Método de ensaio
NBR NM 33:1998 - Concreto - Amostragem de concreto fresco
NBR NM 36:1998 - Concreto fresco - Separação de agregados grandes
por peneiramento
NBR NM 47:2002 - Concreto - Determinação do teor de ar em concreto
fresco - Método pressométrico
NBR NM 67:1998 - Concreto - Determinação da consistência pelo
abatimento do tronco de cone
42. Dimensão básica dos corpos-de-prova: Dimensão
utilizada como referência para os corpos-de-prova, sendo utilizado o diâmetro,
no caso de corpos-de-prova cilíndricos, e a menor aresta, no caso de corposde-prova prismáticos.
Cilíndricos
Devem ter altura igual ao dobro do diâmetro. O diâmetro deve ser de 10 cm, 15
cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm.
As medidas diametrais têm tolerância de 1% e a altura, 2%. Os planos das
bordas circulares extremas do molde devem ser perpendiculares ao eixo
longitudinal do molde.
- Prismáticos
Devem ter seção transversal quadrada, com superfícies lisas e livres de
saliências, e cumprir com os seguintes requisitos: o comprimento deve ser
pelo menos 50 mm maior que o vão de ensaio e 50 mm maior que três vezes a
dimensão do lado da seção transversal do corpo-de-prova;
a dimensão transversal deve ser de no mínimo 150 mm;
a tolerância das dimensões deve ser inferior a 2% e nunca maior do que 2 mm.
43. Características gerais
- As laterais e a b ase do molde devem ser de aço ou outro
material não absorvente, que não reaja com o cimento
Portland, e suficientemente resistentes para manter sua forma
durante a operação de moldagem. O molde deve ser aberto em
seu extremo superior e permitir fácil desmoldagem, sem
danificar os corpos-de-prova. A base, colocada no extremo
inferior do molde, deve ser rígida e plana, com tolerância de
planeza de 0,05 mm.
- O conjunto cons tituído pelo molde e sua base deve ser
estanque. Quando as juntas não forem estanques, devem ser
vedadas com um material de características adequadas que
não reaja com o cimento Portland, para evitar perda de água.
- Não devem ser aceitos moldes com geratrizes abertas
desencontradas. Para evitar esse problema, os moldes podem
ter um dispositivo que evite o desencontro das geratrizes
abertas.
44. Controle geométrico
Periodicamente, dependendo das condições e freqüência de uso dos
moldes, ou sempre que se verificar alguma anomalia, deve ser realizado
um controle geométrico, sendo verificadas as dimensões, com exatidão
de 0,1 mm, e as condições de perpendicularidade e planeza das laterais e
base dos moldes, respectivamente, com exatidão de 0,05 mm.
Haste de adensamento
Deve ser de aço, cilíndrica, com superfície lisa, de (16,0 ± 0,2) mm de
diâmetro e comprimento de 600 mm a 800 mm, com um ou os dois
extremos em forma semiesférica, com diâmetro igual ao da haste.
Vibradores
- Os vibradores de imersão (internos) podem ter eixo rígido ou flexível e
devem ser acionados por um motor elétrico. A freqüência de vibração não
deve ser inferior a 100 Hz (6 000 vibrações por minuto), medida quando o
elemento vibrante estiver submerso no concreto.
45. Vibradores
- O diâmetro ou o lado exterior da seção transversal do elemento
vibrante de vibradores internos não deve ser inferior a 19 mm nem
superior a 1/4 da dimensão básica (d) para os corpos-de-prova
cilíndricos e 1/3 da dimensão básica (d) para os corpos-de-prova
prismáticos. O comprimento total da parte flexível e do elemento
vibrante deve ser pelo menos 80 mm
maior que a altura do molde.
- Os vibradores e xternos podem ser do tipo de compartimento
fechado e a freqüência de vibração deve ser superior a 50 Hz (3 000
vibrações por minuto).
- Qualquer que s eja o tipo de vibrador externo utilizado, ele deve
dispor de meios para fixar firmemente o molde ao vibrador. Deve
dispor ainda de aparelhagem para controlar a freqüência de vibração.
46. Amostragem
-A amostra de concreto destinada à preparação de corpos-de-prova
deve ser obtida de acordo com o definido na NBR NM 33.
- Registrar, para posterior referência, a data, a hora de adição da
água de mistura, o local de aplicação do concreto, a hora da
moldagem e o abatimento obtido.
Abatimento
- Determinar o abatimento da amostra de concreto de acordo com a
NBR NM 67.
NOTA - Quando necessário, determinar o teor de ar na amostra de
concreto de acordo com a NBR NM 47 ou, no caso de concretos que
contenham agregados de elevada porosidade, de acordo com a
NBR 9833.
- As amostras em pregadas nos ensaios de abatimento e teor de ar
devem ser descartadas.
47. Procedimento de moldagem
Dimensões do s corpos-de-prova
A dimensão básica do corpo-de-prova deve ser no mínimo
quatro vezes maior que a dimensão nominal máxima do
agregado graúdo do concreto. As partículas de dimensão
superior à máxima nominal, que ocasionalmente sejam
encontradas na moldagem dos corpos-de-prova, devem ser
eliminadas por peneiramento do concreto, de acordo com a
NBR NM 36.
NOTA - Alternativamente, desde que conste no relatório do
ensaio, a medida básica do corpo-de-prova pode ser no
mínimo três vezes
maior que a dimensão nominal máxima do agregado graúdo do
concreto.
48. Preparação dos moldes
- Antes de proceder à moldagem dos corpos-de-prova, os moldes e
suas bases devem ser convenientemente revestidos internamente
com uma fina camada de óleo mineral.
- A superfície de apoio dos moldes deve ser rígida, horizontal, livre de
vibrações e outras perturbações que possam modificar a forma e as
propriedades do concreto dos corpos-de-prova durante sua
moldagem e início de pega.
Moldagem dos corpos-de-prova
- Proceder a uma prévia remistura da amostra para garantir a sua
uniformidade e colocar o concreto dentro dos moldes em número de
camadas específicas, utilizando uma concha de seção U.
- Ao introduzir o concreto, deslocar a concha ao redor da borda do
molde, de forma a assegurar uma distribuição simétrica e,
imediatamente, com a haste em movimento circular, nivelar o
concreto antes de iniciar seu adensamento.
49. Adensamento dos corpos-de-prova
Escolha do método de adensamento
- Deve ser feita em função do abatimento do concreto,
determinado de acordo com a NBR NM 67, e das seguintes
condições:
a) os concretos com abatimento compreendido entre 10 mm e 30
mm devem ser adensados por vibração;
b) os concretos com abatimento compreendido entre 30 mm e 150
mm podem ser adensados com a haste (adensamento manual) ou
por vibração;
c) os concretos com abatimento superior a 150 mm devem ser
adensados com a haste (adensamento manual).
NOTA - Para concretos especiais, o procedimento de moldagem
pode ser modificado de modo a simular o adensamento a ser
empregado na obra, de acordo com o responsável pela obra.
50. Vibração interna
- Para corpos-de -prova cilíndricos, a razão entre o diâmetro do
corpo-de-prova e o diâmetro ou o lado externo do elemento vibrante
não deve ser inferior a quatro. Ao vibrar cada camada, o elemento
vibrante deve ser introduzido apenas uma vez, no centro da
superfície do corpo-de-prova, ao longo de seu eixo.
- Para corpos-de -prova prismáticos, a razão entre a largura do molde
e o diâmetro ou o lado externo do elemento vibrante não deve ser
inferior a três. O elemento vibrante deve ser introduzido em direção
perpendicular à superfície do corpo-de-prova, em pontos afastados
entre si aproximadamente a metade do comprimento do corpo-deprova, no sentido do eixo longitudinal do corpo-de-prova.
- Ao adensar a camada inferior, evitar que o vibrador descanse sobre
a base do molde ou toque suas paredes laterais; ao adensar a
segunda camada, o vibrador deve penetrar aproximadamente 20 mm
na camada anterior.
-- A retirada do vibrador deve ser realizada com todo o cuidado
possível, evitando que fiquem vazios em cada local de inserção, na
massa do concreto adensado. Após o adensamento de cada camada,
bater levemente na face externa do molde até o fechamento dos
vazios deixados pelo elemento vibrante.
51. Vibração externa
Devem ser tomadas todas as precauções para que o molde se mantenha
fixo à superfície ou ao elemento vibrante.
Rasamento
Independentemente do método de adensamento utilizado, após o
adensamento da última camada deve ser feito o rasamento da superfície
com a borda do molde, empregando para isso uma régua metálica ou uma
colher de pedreiro adequada.
Manuseio e transporte
- Quando não for possível realizar a moldagem no local de armazenamento,
os corpos-de-prova devem ser levados imediatamente após o rasamento
indicado em 7.5, até o local onde permanecerão durante a cura inicial. Ao
manusear os corpos-de-prova, evitar trepidações, golpes, inclinações e, de
forma geral, qualquer movimento que possa perturbar o concreto ou a
superfície superior do corpo-de-prova.
- Após a desforma, os corpos-de-prova destinados a um laboratório devem
ser transportados em caixas rígidas, contendo serragem ou areia molhadas
52. Cura
Cura inicial
- Após a moldagem, colocar os moldes sobre uma superfície
horizontal rígida, livre de vibrações e de qualquer outra causa que
possa perturbar o concreto. Durante as primeiras 24 h (no caso de
corpos-de-prova cilíndricos), ou 48 h (no caso de corpos-de-prova
prismáticos), todos os corpos-de-prova devem ser armazenados
em local protegido de intempéries, sendo devidamente cobertos
com material não reativo e não absorvente, com a finalidade de
evitar perda de água do concreto.
- Os corpos-de-prova transportados da obra ao laboratório para
serem ensaiados, após cumprido o período de cura inicial, devem
ser submetidos ao tipo de cura correspondente, segundo definido
em 8.2 ou 8.3. Para realizar o transporte, devem ser embalados de
maneira adequada, que evite golpes, choques, exposição direta ao
sol ou outra fonte de calor, evitando temperaturas elevadas e
perda de umidade.
53. Corpos-de-pro va moldados para comprovar a qualidade
e a uniformidade do concreto durante a construção
- Os corpos-de-p rova a serem ensaiados a partir de um dia de idade,
moldados com a finalidade de verificar a qualidade e a uniformidade do
concreto utilizado em obra ou para decidir sobre sua aceitação, devem ser
desmoldados 24 h após o momento de moldagem, no caso de corpos-deprova cilíndricos, ou após 48 h, para corpos-de-prova prismáticos.
NOTA - Em casos especiais, os corpos-de-prova podem ser desmoldados
em idades mais recentes e esse fato deve constar no relatório do ensaio.
- Antes de serem armazenados, os corpos-de-prova devem ser identificados.
- Imediatamente após sua identificação, os corpos-de-prova devem ser
armazenados até o momento do ensaio em solução saturada de hidróxido de
cálcio a (23 ± 2)°C ou em câmara úmida à temperatura de (23 ± 2)°C e
umidade relativa do ar superior a 95%. Os corpos-de-prova não devem ficar
expostos ao gotejamento nem à ação de água em movimento.
NOTA - A temperatura do ar da câmara úmida ou da água do tanque de cura
pode ser mantida no intervalo de (21 ± 2)°C, (25 ± 2)°C ou (27 ± 2)°C, porém
deve ser registrada no relatório de ensaio.
54. - Impedir a secagem das superfícies dos corpos-de-prova prismáticos entre
o momento em que são retirados do local de cura e a realização do ensaio.
- Os corpos-de-prova preparados com concreto leve devem ser retirados da
câmara de cura aos sete dias e conservados ao ar a (23 ± 2)°C e a uma
umidade relativa de (50 ± 15)% até o momento do ensaio.
NOTA - A temperatura do ar pode ser mantida no intervalo de (21 ± 2)°C, (25
± 2)°C ou (27 ± 2)°C, porém deve ser registrada no relatório de ensaio.
Corpos-de-prova moldados para verificar
as condições de proteção e cura do
concreto
- Os corpos-de-prova devem receber as mesmas proteções contra as ações
climáticas e a mesma cura em toda sua superfície que a estrutura de
concreto que representam.
55. -Após
o período d e cura especificado para as estruturas, os corposde-prova devem permanecer no mesmo local e expostos às mesmas
condições climáticas que as estruturas, até que sejam enviados ao
laboratório para serem ensaiados.
-Se
os corpos-de-prova forem ensaiados aos 28 dias, devem
permanecer na obra nas condições indicadas no item acima pelo
menos durante 21 dias. No caso de outras idades, devem
permanecer na obra pelo menos durante três quartas partes da
idade de ensaio.
-Ao
chegar ao laboratório, os corpos-de-prova devem ser mantidos
em câmara úmida até o momento do ensaio.
56. Retificação
-Consiste
na remoção, por meios mecânicos, de uma fina
camada de material do topo a ser preparado. Esta operação é
normalmente executada em máquinas especialmente adaptadas
para essa finalidade, com a utilização de ferramentas abrasivas.
A retificação deve ser feita de tal forma que se garanta a
integridade estrutural das camadas adjacentes à camada
removida, e proporcione uma superfície lisa e livre de
ondulações e abaulamentos.
- As falhas de planicidade em qualquer ponto da superfície
obtida, não devem ser superiores a 0,05 mm.
57. Capeamento
- Consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova com uma
fina camada de material apropriado, com as seguintes características:
a) aderência ao corpo-de-prova;
b) compatibilidade química com o concreto;
c) fluidez, no momento de sua aplicação;
d) acabamento liso e plano após endurecimento;
e) resistência à compressão compatível com os valores normalmente
obtidos em concreto.
NOTA - Em caso de dúvida, a adequabilidade do material de capeamento
utilizado deve ser testada por uma comparação estatística, com
resultados obtidos de corpos-de-prova cujos topos foram preparados
por retificação.
- Deve ser utilizado um dispositivo auxiliar, denominado capeador, que
garanta a perpendicularidade da superfície obtida com a geratriz do
corpo-de-prova.
58. - A superfície resultante deve ser lisa, isenta de riscos ou vazios e
não ter falhas de planicidade superiores a 0,05 mm em qualquer
ponto.
- A espessura da camada de capeamento não deve exceder 3 mm
em cada topo.
- Outros processos podem ser adotados, desde que estes sejam
submetidos à avaliação prévia por comparação estatística, com
resultados obtidos de corpos-de-prova capeados por processo
tradicional, e os resultados obtidos apresentem-se compatíveis.
60. Material obtido pela mistura
conveniente de cimento, água e
eventualmente, de aditivos, destinado
ao preenchimento de bainhas ou dutos
de armaduras de protensão de peças de
concreto protendido.
61. CONDIÇÕES GERAIS
Cimento
É utilizado o cimento Portland comum, conforme a NBR
5732, com as seguintes restrições:
a) teor de cloro proveniente de cloretos:
- no máximo igual a 0,10%;
b) teor de enxofre proveniente de sulfetos, determinado
conforme NBR 5746:
- no máximo0 igual a 0,20%.
Nota: Em casos especiais, a critério do responsável pela
obra, podem ser empregados
outros tipos de cimento, desde que satisfeitas as condições
a) e b) acima.
62. Água
A água destinada ao preparo da caIda deve ser isenta de teores prejudiciais
de substâncias estranhas. Presumem-se satisfatórias as águas que tenham
pH entre 5,8 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos:
a) matéria orgânica (expressa em oxigênio consumido)... 3 mg/l;
b) resíduo sólido... 5000 mg/l;
c) sulfatos (expresso em íons SO4)... 300 mg/l;
d) cloretos (expresso em íons Cl)... 500 mg/l;
e) açúcar... 5 mg/l.
Nota: Em casos especiais, a critério do responsável pela obra, devem ser
consideradas
outras substâncias prejudiciais.
63. Aditivos
Somente são utilizados aditivos após a realização de ensaios que
comprovem melhoria das qualidades da calda.
Não são utilizados aditivos que contenham halogenetos ou que reajam
com materiais da calda liberando qualquer componente que deteriore ou
ataque o aço.
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
Fator água/cimento
O fator água/cimento não deve ser superior a 0,45, em massa.
64. Fluidez
A calda deve apresentar fluidez adequada, durante tempo que confira
segurança à operação de injeção prevista.
O índice de fluidez da calda de injeção, imediatamente antes de ser
injetada, não deve exceder o valor de 18 segundos, determinado conforme
NBR 7682.
A operação de injeção deve prosseguir até que o índice de fluidez da calda
na saída da bainha seja, no mínimo, igual ao índice de fluidez na entrada,
menos 3 segundos. O índice de fluidez na saída, entretanto, nunca deve
ser inferior a 8 segundos.
Vida
útil
Não é admitida calda cujo índice de fluidez ultrapasse o valor de 18
segundos, durante o período de 30 minutos, após a conclusão da mistura,
determinado conforme NBR 7685.
65. Exsudação
A água exsudada deve ser no máximo 2% do volume inicial da calda, medida 3
horas após a mistura, conforme NBR 7683.
Expansão
Quando um aditivo expansor for empregado, a expansão total livre deve ser no
máximo 7% do volume inicial de calda, medida 3 horas após a mistura,
conforme NBR 7683.
A calda deve ser injetada em um tempo tal que pelo menos 70% da expansão
total livre ocorra dentro da bainha.
Resistência à compressão
A calda não deve apresentar resistência à compressão inferior à 25 MPa aos5
28 dias de idade, conforme NBR 7684.